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Ritual

1° Grau
- Aprendiz Maçom -

Cerimônias Aprovadas do
Ritual de Emulação
(Sistema de Trabalho Maçônico Inglês Praticado no GOMB)

2017
1


CARÁTER DE AUTENTICIDADE

O exemplar deste Ritual de Grau Simbólico do 1° Grau do Ritual


de Emulação (Sistema de Trabalho Maçônico Inglês praticado no Grande
Oriente Maçônico do Brasil – GOMB) só será considerado autêntico
quando, além do número de ordem e do timbre do Grande Oriente
Maçônico do Brasil – GOMB, levar as rubricas dos Membros do Grão
Mestrado.

N° _

___________________________________--
Ricardo Saliba Urbano 33º
Soberano Grão Mestre Geral
Grão Prior Supremo Cavaleiro de Jerusalém

__________________________
Humberto Mazzari
Grande Secretário Geral de Orientação Ritualística

2
Cerimônias Aprovadas do RITO EMULAÇÃO, revisadas, Organizadas e
Ordenadas em 2016, pelo Ir Humberto Mazzari – Grande Secretário de
Ritualística, e retificadas pela Suprema Capela dos Cavaleiros de Jerusalém.

é destinado para uso pessoal do Ir

__ , membro efetivo da

A R L S. N° __ ,

situada à

Oriente de , Estado

(UF) CEP , Iniciado aos dias

do mês de , do ano de , da E V

Venerável Mestre

Secretário

3
Ritual de Emulação
(Sistema de Trabalho Maçônico Inglês praticado no GOMB)

1° Grau

O Aprendiz Maçom

4
ÍNDICE

PLANTA DO TEMPLO ............................................................................. 011


LEGENDA DA PLANTA DO TEMPLO ............................................ 012

JOIAS DO RITUAL DE EMULAÇÃO ...................................................... 014

NOTAS E PROCEDIMENTOS SOBRE O RITUAL ............................... 016


1. ORDEM DOS TRABALHOS ...................................................... 016
2. DETALHAMENTO DA ORDEM DOS TRABALHOS .................. 016
2.01. ENTRADA DOS IRMÃOS .................................................... 016
2.02. ENTRADA DOS PRINCIPAIS OFICIAIS ............................. 017
2.03. ABERT. DA LOJA, E APRESENT. DA CARTA PATENTE 017
2.04. LEITURA E CONFIRMAÇÃO DA ATA ............................... 017
2.05. APRESENTAÇÃO DE DESCULPAS DOS IIR. AUSENTES 018
2.06. APRESENTAÇÃO DOS IRMÃOS VISITANTES ................ 018
2.07. RECEBIMENTO DE CARTAS E COMUNICAÇÕES ........... 019
2.08. AGENDA (ASSUNTOS DO DIA) .......................................... 019
2.09. PALAVRA OU LEVANTAMENTOS ..................................... 020
2.10. ENCERRAMENTO DA LOJA ............................................. 022
3. O MALHETE ................................................................................... 023
4. ABERTURA DO V.L.S., E SOBREPOSIÇÃO DO E. E DO C. ...... 024
5. MOVIMENTAÇÃO ......................................................................... 025
6. ABERTURAS E ENCERRAMENTOS .......................................... 025
7. CHAMADA PARA O TRABALHO ............................................... 026
8. RETARDATÁRIOS ...................................................................... 026
9. SAUDAÇÃO E APLAUSOS EM LOJA ....................................... 027
10. BOLSA DE BENEFICÊNCIA ......................................................... 028
11. PRONUNCIAMENTOS ................................................................. 028
12. ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS, PROFANOS OU DEBATES 029
13. SESSÕES ..................................................................................... 029
14. TRABALHOS NOS TRÊS GRAUS ............................................... 030
5
15. OBSERVAÇÕES FINAIS ............................................................ 030
16. OS HINOS ..................................................................................... 031

TRABALHOS NO PRIMEIRO GRAU .................................................... 031


HINO DE ABERTURA ................................................................... 031
ABERTURA DA LOJA NO 1º GRAU ............................................ 032
LEITUTA E CONFIRMAÇÃO DA ATA (REGISTROS) ...... 036
APRESENTAÇÃO DE DESCULPAS DOS IIR. AUSENTES 037
APRESENTAÇÃO DOS IIR. VISITANTES ........................... 037
RECEBIMENTOS DE CARTAS E COMUNICAÇÕES ......... 037
AGENDA (ASSUNTOS DO DIA) .......................................... 037
CHAMADA PARA O DESCANSO .................................................. 038
CHAMADA PARA O TRABALHO .................................................. 039
LEVANTAMENTOS DA LOJA NO 1º GRAU ...................... 040
BOLSA DE BENEFICÊNCIA ............................................... 041
ENCERRAMENTO DA LOJA NO 1º GRAU ................................ 042
HINO DE ENCERRAMENTO ......................................................... 044

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO ................................................................. 045


RECOMENDAÇÕES PARA A INICIAÇÃO ................................... 045
AS TRÊS GRANDES LUZES .......................................................... 047
RECEPÇÃO DO CANDIDATO ..................................................... 048
PRECE ................................................................................. 051
JURAMENTO ....................................................................... 057
ALOCUÇÃO ......................................................................... 069
PRÁTICA .............................................................................. 070
RETORNO DO CANDIDATO ............................................... 075
PRELEÇÃO APÓS A INICIAÇÃO ..................................... 077

PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS .................................................... 081


INSTRUMENTOS DE TRABALHO ............................................ 081
BATIDAS ....................................................................................... 082
REGRAS A OBSERVAR .............................................................. 083

6
ENTRADA, SAUDAÇÃO E SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL ... 084
SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL ....................................... 085
SINAIS E SAUDAÇÕES ................................................................. 086
RECEPÇÃO DE LOJAS .............................................................. 087
ENTRADA EM LOJA (PROCISSÃO) ....................................... 088
ENTRADA DE AUTORIDADES .................................................... 089
ENTRADA DE RETARDATÁRIOS ............................................... 091
FILIAÇÃO ..................................................................................... 093
REGULARIZAÇÃO ........................................................................ 094
REVERSÃO DA LOJA PARA QUALQUER GRAU ..................... 095
ÁGAPE RITUALÍSTICO ................................................................ 096
NO ÁGAPE .......................................................................... 096
A RITUALÍSTICA ................................................................ 097
VISITAÇÃO .................................................................................. 100

ADMINISTRAÇÃO DA LOJA ................................................................ 101


COMPOSIÇÃO ............................................................................. 101
REUNIÕES ADMINISTRATIVAS ................................................. 105
COMITÊ DE ASSUNTOS GERAIS ............................................ 108
CÍRCULOS DE GRAU ................................................................ 108
DESCRIÇÃO DOS CARGOS E FUNÇÕES .................................. 109
MORDOMO ...................................................................... 109
GUARDA INTERNO ......................................................... 110
SEGUNDO DIÁCONO ...................................................... 110
PRIMEIRO DIÁCONO ....................................................... 111
SEGUNDO VIGILANTE ....................................................... 111
PRIMEIRO VIGILANTE ....................................................... 112
MESTRE DA LOJA (VENERÁVEL MESTRE) ................... 113
VENERÁVEL MESTRE IMEDIATO ..................................... 115
CAPELÃO ........................................................................... 116
TESOUREIRO ................................................................... 117
SECRETÁRIO ................................................................... 118
8
DIRETOR DE CERIMÔNIAS ............................................... 119
ESMOLER ........................................................................... 120
ADMINISTRADOR DE CARIDADE ..................................... 120
DIRETOR DE CERIMÔNIAS ASSISTENTE ........................ 121
SECRETÁRIO ASSISTENTE ............................................... 121
COBRIDOR (GUARDA EXTERNO) ..................................... 122
ORGANISTA ...................................................................... 123
SEGUNDO DIÁCONO E O CANDIDATO ..................................... 123

INDUMENTÁRIA, PARAMENTOS, COLARES E JOIAS .......................... 124

AS LUVAS ............................................................................................ 128

PRIMEIRAS INSTRUÇÕES ................................................................... 132


TÁBUA DE DELINEAR DO 1º GRAU .......................................... 132
EXPLANAÇÃO DA TÁBUA DE DELINEAR ................................ 133
A COLUNA “B” .............................................................................. 142
BOOZ – BISAVÔ DE DAVID .......................................................... 144
FERRAMENTAS ......................................................................... 145

OBSERVAÇÕES GERAIS AO INICIADO ............................................. 145


EXORTAÇÃO DEPOIS DA INICIAÇÃO ..................................... 146
INTRODUÇÃO AO IRMÃO INICIADO .......................................... 147
PREPARAÇÃO ........................................................................... 149
ENTRADA NA LOJA ...................................................................... 151
PERAMBULAÇÃO ...................................................................... 151
JURAMENTO ............................................................................. 152
ÂNGULO NORDESTE ................................................................ 154
O PRÓXIMO PASSO ..................................................................... 154

PRELEÇÕES DO 1º GRAU ................................................................... 156


HISTÓRIA ..................................................................................... 156
PRELEÇÕES DE EMULAÇÃO .................................................... 162
INTRODUÇÃO ................................................................... 162

9
1º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 163
2º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 171
3º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 185
4º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 195
5º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 204
6º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 213
7º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO ............................. 219

A MAÇONARIA – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ................................ 229

O RITUAL DE EMULAÇÃO .................................................................... 232

LANDMARK’S ........................................................................................ 241

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PLANTA DO TEMPLO

35
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18

11
LEGENDA DA PLANTA DO TEMPLO

1. Grão Mestre

2. Mestre da Loja (V. M.)

3. 1° Vigilante

4. 2° Vigilante

5. Venerável Mestre Imediato (V. M. I.)

6. Capelão

7. Secretário

8. Tesoureiro

9. Assistente do Secretário

10. Visitantes (Past Master e Ven. Mestre)

11. Diretor de Cerimônias

12. Diretor de Cerimônias Assistente

13. Esmoler

14. Administrador de Caridade

15. 1° Diácono

16. 2° Diácono

17. Guarda Interno

18. Cobridor (G. E.)


19. Organista

20. Autoridades (GOMB e Visit.)

12
21. Past Master da Loja

22. Aprendizes (Loja e Visitantes)

23. Companheiros (Loja e Visitantes)

24. Mestres (Loja e Visitantes)

25. Pedestais

26. Castiçais ou Velas

27. Tábua de Delinear

28. Órgão

29. Varas do D.C., D.C. Adj., 1° e 2° Diáconos

30. Letra “G” (Pendurada no teto do centro da loja)

31. Pavimento Mosaico com Orla Dentada

32. Porta Bandeiras (Nacional / Estado / Cidade)

33. Colunas (J – Globo Celeste e B – Globo Terrestre)

34. Mesa Secr., Tes. e Secr. Assist.

35. Coluna Jônica

36. Coluna Coríntia

37. Coluna Dórica

38. Pedra Cúbica Polida

39. Pedra Bruta

40. Lewis

41. Porta Estandarte (GOMB / Loja)

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NOTAS E PROCEDIMENTOS SOBRE O RITUAL
É praxe universal que o RITUAL DE EMULAÇÃO não
s e ja li do e m lo ja , ma s s im q ue a lo c uç ã o se ja f e
ita “d e co r”
pelos oficiais do quadro.

É tradicional o uso do traje maçônico completo, não


sendo aceito pelos Irmãos do Quadro o uso do balandrau
em qualquer reunião. O uso do balandrau será permitido
aos irmãos visitantes de outros ritos.

Para procedimentos não previstos neste ritual, será


observada, rigorosamente, a legislação do Grande Oriente
Maçônico do Brasil.

1. Ordem dos Trabalhos

1. Entrada dos Irmãos;


2. Entrada dos Principais Oficiais;
3. Abertura da Loja e apresentação da Carta Patente;
4. Leitura e Confirmação da ATA;
5. Apresentação de desculpas dos Irmãos Ausentes;
6. Apresentação dos Irmãos Visitantes;
7. Recebimento de Cartas e Comunicações;
8. Agenda (Assuntos do Dia);
9. Levantamentos;
10. Encerramento da Loja;

2. Detalhamento da Ordem dos Trabalhos

2.01 Entrada dos Irmãos

Todos os Irmãos, inclusive os visitantes comuns, adentram


a Loja e aguardam informais, mas respeitosamente, a entrada
dos Principais Oficiais (2° Vig., 1° Vig., e Mestre da Loja).
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2.02 Entrada dos Principais Oficiais

A Procissão é organizada pelo D. C. na antessala,


conforme o ritual específico.

Notas:

 A entrada dos Principais Oficiais, em Procissão, para abrir


a Loja e dar início aos Trabalhos, é facultativa. A Loja
decidirá se deve haver Procissão, quando então ela será
feita regularmente. Caso contrário não se faz, salvo:

 A entrada do Grão-Mestre, em Procissão, é obrigatória.


Dá-se, de modo especial, após a leitura e confirmação da
ATA.

2.03 Abertura da Loja, Apresentação da Carta Patente

A Carta Patente da Loja é apresentada antes de se


iniciarem os Trabalhos de Abertura e logo após a execução da
música de abertura (se houver).

Nas reuniões regulares de Loja aberta, a Carta Patente é


apresentada apenas ao Sec., para que seja registrado em ATA.

Nas cerimônias ela é mostrada ao Candidato numa


Iniciação, ou quando for entregue nas mãos do novo V. M.,
numa Instalação.

2.04 Leitura e Confirmação da ATA

A leitura e confirmação da ATA da última reunião regular


da Loja não devem ser dispensadas, mesmo quando constar
na agenda as cerimônias de Iniciação, Passagem, Elevação e
Instalação do Mestre da Loja.

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O Sec. se coloca em pé, dá o P. e o Sn. do 1° G., que
desfaz, e inicia a leitura da ATA de pé.

No caso da visita de autoridades, somente depois de feita


a leitura e confirmação da ATA é que é realizada a entrada,
conforme descrito no item 2.2.

2.05 Apresentação de Desculpas dos IIr. Ausentes

Neste momento, o D. C. inicia a circulação em Loja, a partir


de seu assento, enquadrando a Loja em sentido horário (deve
portar a vara de ofício), terminando o giro em frente ao seu
assento.

O Ir. que tem desculpas à apresentar, deverá ficar de Pé e


a Ordem e informar o nome do Ir. ausente, e informar o motivo
da ausência.

O Sec. deverá anotar os nomes dos IIr. ausentes, para que


constem em ATA.

2.06 Apresentação dos Irmãos Visitantes

Antes da abertura da Loja, o V. M. pode agradecer a


presença de todos e anunciar o nome dos visitantes especiais.

Findo a palavra franca o ML saúda os Irmãos visitantes e


transmite a mensagem final. A seu critério, poderá delegar esta
tarefa ao Cap. que fará uso da palavra em pé.

No momento da Apresentação dos IIr. Visitantes,


constante no ritual, o D.C. inicia a circulação em Loja,
começando pelo V. M. I., e parando em frente ao Ir. que se
apresenta, e segue enquadrando a Loja em sentido horário
(deve portar a vara de ofício).

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Neste item os IIr. visitantes se apresentam em Loja,
dizendo o nome e a Loja a qual pertencem, sem mais
comentários.

Notas:
 Antes da abertura da Loja, o V. M. pode agradecer a
presença de todos e anunciar o nome dos visitantes
especiais.

 Findo a palavra franca o V. M. saúda os IIr. visitantes e


transmite a mensagem final. A seu critério, poderá delegar
esta tarefa ao Cap. que fará uso da palavra em pé.

2.07 Recebimento de Cartas e Comunicações

Durante a leitura do expediente (cartas e comunicações),


o Sec. só lê a correspondência comum, previamente designada
pelo V. M.. Os ATOS Oficiais (ATOS e DECRETOS e
Correspondência Oficial) são lidos nos Levantamentos.

O Sec. se coloca em pé, dá o P. e o Sn. do 1° G., que


desfaz, e inicia a leitura de pé.

2.08 Agenda (Assuntos do Dia)

São os assuntos centrais da reunião; Iniciação,


Passagem, Elevação, Filiação, Instalação do Mestre da Loja,
Votação de candidatos, Confirmação de decisões das reuniões
administrativas, Palestra, Conferência, Instrução, apresentação
de trabalhos, e outros por escritos os quais são entregues ao V.
M..

Notas:

 Palestras, Conferências ou Instrução, são realizadas com


a Loja em descanso. Terminando o assunto a Loja retorna
aos trabalhos, conforme o ritual.
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 A chamada para o descanso pode ser feita, também, para
confraternização entre irmãos. Por exemplo: uma ceia
leve ou um lanche rápido. Nestes casos, não é permitido
o uso de bebidas alcoólicas.

2.09 Palavra ou Levantamentos

Há Três períodos distintos em que os Irmãos fazem uso da


palavra e que são anunciados pelo V. M. nos Levantamentos.

A cada período o V. M. dá ( ! ) sendo respondido pelos


Vigilantes. Faz o anúncio e os Irmãos que desejam falar ficam à
Ordem, até que o Irmão Sec. inscreva seus nomes, voltando a
sentar-se.

O V. M. concederá a palavra a seu exclusivo critério,


podendo, inclusive, negá-la.

Para falar não há ordem estabelecida para concessão da


palavra. Pode falar um irmão do Oriente, depois outro de
qualquer lugar da Loja, isto é, não há precedência, com exceção
do Grão-Mestre que é o último que fala, e após ele ninguém
mais fala. Só o V. M. para encerrar os trabalhos.

Os Vigilantes solicitam a palavra com uma batida de


Malhete a qual lhes é concedida também com uma batida de
Malhete dada pelo V. M. e falam em pé.

No Primeiro levantamento, se houver alguma mensagem


oficial ou Decreto do Grão-Mestre para ser lido, o D. C. pede
aos Irmãos que fiquem em pé e à ordem. Para isso deve ser
previamente informado pelo Secretário.

Havendo visitante(s), o V. M. orienta de como solicitar a


Palavra, sempre no terceiro período.

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Quando a Loja for posta em descanso, os levantamentos
serão reunidos num único período.

Primeiro Levantamento:

São tratados os assuntos do Grande Oriente Maçônico


do Brasil – GOMB. Neste momento são lidos os ATOS,
DECRETOS e Correspondência Oficial do Grão Mestre.
Podem ser lidos os Landmark ’s, e também é utilizado este
espaço para o S. G. M. fazer uso da palavra.

Os IIr. se pronunciam exclusivamente sobre assuntos


ligados ao Poder Central.

Segundo Levantamento:

São tratados os assuntos relativos à Região ou


Delegacia a qual a Loja estiver Jurisdicionada, bem como
noticiário respectivo, podendo outros IIr. se pronunciarem
exclusivamente sobre tais assuntos.

Terceiro Levantamento:

São tratados os assuntos da Loja e os assuntos


pessoais e da bem querença entre IIr.. Neste Levantamento
são feitas, também, as proposições de candidatos (Iniciação,
Filiação). O Primeiro Diácono circula a Bolsa de
Beneficência, como último item da agenda.

Notas:

 Esta é uma questão para a Loja decidir: se houver a


circulação da Bolsa durante os trabalhos, este é o
momento apropriado. A Loja pode decidir que a Bolsa de
Beneficência ficará postada na porta do Templo, após o

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encerramento dos trabalhos. Neste caso quem apresenta
a Bolsa é o Esmoler.

 Toda proposta de candidato deve ser secundada por outro


irmão, caso contrário, não será considerado. Não deve
haver nenhuma discussão a respeito das qualidades do
candidato em Loja aberta. O proponente simplesmente
apresenta o candidato descrevendo os dados principais,
sem nenhuma discussão ou questionamento. A análise do
candidato será realizada na reunião administrativa da
Loja, assim como sua aprovação. Retorna a Loja para
confirmação.

Reunindo todos os Levantamentos em um único:

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig., e levanta-se sozinho) - IIr.,


eu me levanto pela única vez, reunindo os dois
levantamentos neste, para perguntar se algum Ir. tem
algo a propor para o bem da Maçonaria em geral, ou
desta Loja (nome da Loj.) para assuntos pessoais, da
bem querença entre IIr. e relativos à presente reunião.

2.10 Encerramento da Loja

Será sempre formal, seguindo se o Ritual.

Saída dos Principais Oficiais, conforme Ritual específico,


se a Loja adotar a Procissão de encerramento.

Saída dos Irmãos e visitantes, sem formalidades, após a


saída dos Principais Oficiais.

Notas:

 Nas Procissões (Entrada e Saída), o D. C., D. C. A., 1° D.


e 2° D, portam suas varas de oficio na mão direita. As

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varas são finas e leves (diâmetro = 2,5cm; altura =
1,70cm).

 A Carta Patente permanece sobre o pedestal do V. M.. Ao


apresentá-la, o V. M. deve apontar para a sua localização.

 Todas as ATAS são lidas e confirmadas no Primeiro Grau.

 A Loja só é aberta no Segundo e Terceiro Graus, se


houver Cerimônia de Passagem, Elevação, Instalação de
V. M. ou Dedicação do Templo. Não havendo estas
cerimônias, a Loja jamais é aberta nesses graus.
 A Loja deve realizar ensaios ritualísticos no Primeiro,
Segundo e Terceiro Graus, antes das Cerimônias de
Iniciação, Elevação, Passagem e Instalação do mestre da
Loja. No Ritual de Emulação, esses ensaios são
chamados de instrução. Neste caso, os Irmãos não usam
paramentos.

 No Ritual de Emulação não é permitido o uso de


Balandrau. O uso desta vestimenta será permitido para os
Irmãos visitantes de outros Ritos. Os Maçons do Ritual de
Emulação usam, nas Cerimônias; terno preto, camisa e
luvas brancas, gravata preta e comprida, sapatos e meias
pretas; nas reuniões que não haja Cerimônia, o terno pode
ser escuro, gravata, camisa, sapatos e meias combinadas.

3. O Malhete

Onde aparece o sinal ( ! ) dar uma batida apenas, a


menos que o sinal seja repetido. Neste caso, o número de
batidas segue a quantidade de sinais repetidos.

O Malhete deve ser utilizado de maneira digna e mantido


o ritmo adequado. Só é usado para desferir batidas, conceder e
cassar a palavra, abrir e fechar os trabalhos. As batidas
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executadas pelo 1° Vig. e 2° Vig., não podem ser mais fortes,
em hipótese alguma, do que as batidas desferidas pelo V. M..

Em outras situações, o Malhete repousa sobre o Pedestal.

4. Abertura do L. das SS. EE., e sobreposição do E.


e C.

O L. das SS. EE. (Livro das Sagradas Escrituras) é aberto


sobre o pedestal do V. M. pelo V. M. I. (Venerável Mestre
Imediato), de modo que a impressão fique na posição de leitura
do V. M.. O E. e o C. são colocados sobre a página d., como
vista pelo V. M., sendo o â. do E. e as Ps. do C. direcionados
para a base da página e para o V. M., exceto no momento em
que o Cand. presta seu juramento; nessa ocasião, o L. das SS.
EE. deve estar voltado para ele, com as Ps. do C. e o vértice do
E. assim também direcionados.

Observe-se que ao voltar o Livro para o Candidato, a parte


direita fica livre sobre a qual ele coloca a mão direita, sem tocar
no E. e no C.. Terminando o compromisso, o L. das SS. EE.
retorna a sua posição original.

Notas:

 Na abertura ou no encerramento, no L. das SS. EE., não


há trecho para leitura, em hipótese alguma.
 O V. M. I., após abrir o L. das SS. EE. e sobrepor o E. e
o C., apenas inclina, levemente, a cabeça (não o tronco)
para frente e para baixo, e retorna para seu lugar.

 O E. e o C. devem ser de tamanho proporcional a uma


página do L. das SS. EE. sobre a qual são sobrepostos,
permitindo que uma delas permaneça livre e que o VLS
possa ser fechado, por ocasião da chamada para o

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descanso, sem que a sobreposição do E. e do C. seja
desfeita.

5. Movimentação

A nenhum Irmão é dado movimentar-se em Loja aberta


sem o acompanhamento do D. C. ou D. C. A. ou de um dos
Diáconos.

Em Loja, no Ritual de Emulação, salvo em cerimônias


(Iniciação, Passagem e Elevação), quando o próprio Ritual
prevê, a regra é não “esquadrar” os cantos do piso Loja, ou seja,
“vá pra onde tem que ir pelo caminho mais curto”, a circulação
assim é livre. Não esqueçamos que o Ritual de Emulação tange
pela simplicidade e objetividade. Mesmo em cerimônias, não há
o “enquadramento” (percorrer obrigatoriamente os quatro
cantos durante a perambulação) do piso, mas tão somente os
cantos, que na verdade são “esquadrados”, ou seja, um
movimento de 90º em cada um deles

6. Aberturas e Encerramentos

A Procissão para adentrar a Loja é uma questão


inteiramente para a Loja decidir (ver notas do item 2.02).

Em todas as ocasiões em que o 2° Vig. se dirige ao V. M.,


ele deve direcionar o corpo diretamente para o Norte da Loja, à
frente, e somente virar a cabeça (e não o corpo) para o V. M..

Quando o G. I. se dirige ao 2° Vig. ou ao V. M., deve


direcionar o corpo diretamente para o Or., e somente virar a
cabeça para o 2° Vig. ou V. M.. Deve ainda, posicionar-se
imediatamente à frente de sua cadeira.

23
Nas aberturas e encerramentos da Loja, na reversão dos
trabalhos de um Grau para outro e na suspensão dos trabalhos
para recreação, os ajustes do L. das SS. EE., E. e C., são feitos,
informalmente, pelo V. M. I. enquanto as batidas estão
progredindo e não em outro momento particular.

O 2° D. se movimenta para exposição da T. D.


imediatamente após as batidas do 2° Vig., e não porta sua Vara
de Oficio.

O G. I. não precisa esperar que a T. D. seja exposta para


ir até a porta e dar as batidas. Deve fazê-lo seguindo a
sequência das batidas dadas pelos Principais Oficiais.

As Colunas devem ser levantadas e/ou baixadas,


simultaneamente após as batidas do 2°Vig..

7. Chamada para o Trabalho

Quando a Loja for colocada em descanso, a chamada para


o Trabalho se faz pelo o D. C., que percorre o recinto e informa
o término da recreação, se não houver outro método de
chamamento tais como cigarras, campainhas etc.

Os Irmãos podem adentrar ao Templo sem os seus


aventais e vesti-los dentro da Loja. Nas procissões os Irmãos
devem estar vestidos com seus aventais.

8. Retardatários

O Cobridor (G. E.) dá as batidas do grau no qual a Loja


está aberta para anunciar os retardatários.

O G. I., no momento conveniente, com P. e Sn. do Grau a


qual a Loja está aberta, na frente de sua cadeira, anuncia as

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batidas ao 2° Vig. e segue os procedimentos na forma descrita
neste Ritual. O G. I. anuncia somente o nome do retardatário e
não adiciona outras palavras tais como: “pede ingresso, busca
admissão” ou semelhantes. Quando houver mais de um,
anuncia: “V. M., é o Irmão F......... acompanhado de outros
Irmãos”.

O V. M. tendo ordenado a admissão do(s) retardatário(s),


ele(s) se posiciona(m) a e. do pedestal do 1° Vig. e faz(em), em
sequência, todos os Sns. de todos os Graus até àquele em que
a Loja está aberta.

Terminados os Sns. a Loja aplaude com uma batida da m.


d. espalmada sobre e perna direita na forma descrita neste
ritual.

Cumpridas as formalidades, o D. C. conduz o(s)


retardatário(s) para seus assentos, rompendo com o p. e. e
empunhando o bastão de oficio.

Observação:

Não se prevê o atraso de autoridades ou Visitantes. (ver


em Entrada de Retardatários).

9. Saudação e Aplausos em Loja

A saudação às dignidades e autoridades presentes é feita


após a aprovação dos registros (ATA), pelo D. C. acompanhado
por todos os Irmãos em pé, exceto os homenageados.

Os aplausos em Loja são feitos com os Irmãos sentados e


orientado pelo D. C.. Todos, inclusive o V. M., batem uma única
vez com a m. d. sobre a cx. da p. d., com ruído.

25
Os aplausos em Loja são procedidos nos seguintes
momentos e ocasiões:

I. Após o encerramento de uma Palestra;

II. Após o término de uma Alocução do Ritual numa


Cerimônia (seja pelo V. M., ou por outro Irmão
encarregado de fazê-la);

III. Após a Apresentação dos Instrumentos de Trabalho


(em qualquer grau);

IV. Quando um Irmão Retardatário entra na Loja e saúda


o V. M. com o Sn. do Grau (a partir da e. do 1° Vig.);

V. Na Cerimônia de Iniciação quando o Candidato


Retorna à Loja vestido;

VI. Após a Alocução de um Irmão do quadro ou visitante.

10. Bolsa de Beneficência

Corre o Templo no Segundo Levantamento. É levada pelo


1° D., começando pelo S. G. M. (se presente), V. M., e depois,
sem formalidades, para os demais. Havendo muitos Irmãos no
Templo o 2° D. auxilia com a segunda bolsa.

Pode por decisão da Loja ou determinação do V. M., ser


apresentada pelo Esmoler após o encerramento, postando-se
do lado de fora ou na soleira da porta da Loja.

11. Pronunciamentos

Recomenda-se absoluta proibição de qualquer


pronunciamento em Loja até que a ATA tenha sido lida,
confirmada e assinada.

26
12. Assuntos Administrativos, Profanos ou Debates

Nenhum assunto administrativo pode ser discutido em


Loja Aberta. Esses assuntos são debatidos nas reuniões
administrativas que devem ser realizadas, no mínimo, uma vez
por mês.

Também não são permitidos debates, Maçônicos ou não,


em Loja Aberta, em nenhuma hipótese.

É vedado aos Irmãos:

I. Tecer considerações, apartear ou rebater declarações


de Irmãos;

II. Fazer critica elogioso ou não, a trabalhos de Irmãos


apresentados em Loja;

III. Justificar ausências de IIr., inclusive a sua, aos


trabalhos da Loja (Exceto durante a apresentação de
desculpas dos IIr. ausentes.).

13. Sessões

Todas as sessões da Loja são Sessões Regulares:

A saber:

 Iniciação;
 Passagem;
 Elevação;
 Instalação do V. M. da Loja;
 Dedicação (consagração) do Templo.

27
14. Trabalhos nos Três Graus

Os trabalhos são sempre abertos no Primeiro Grau e só


então, se for o caso, abertos no Segundo e no Terceiro Graus,
e antes dos Levantamentos.

Os Trabalhos somente são abertos no Segundo e no


Terceiro Graus para Cerimônia de Passagem, Elevação,
Instalação de Mestre da Loja e Dedicação (consagração) do
Templo, respectivamente. Nenhum outro motivo justifica a
abertura no Segundo e Terceiro Graus.

O Encerramento dar-se-á então no Terceiro Grau, a seguir


no Segundo e, finalmente no Primeiro Grau, com o consequente
encerramento da Loja.

A transformação da Loja para o Grau superior se fará de


acordo com o disposto neste Ritual.

15. Observações Finais

A T. D. repousa numa espécie de cavalete, defronte ao


Pedestal do 2° Vig. sempre relativa ao grau em que a Loja
estiver trabalhando. Deve ser colocada pelo 2° D.. Ela pode,
também, ser colocada logo à frente e um pouco a direita da
cadeira do 2° D..

Sobre o Pedestal do 1° Vig. são colocados: o Malhete e a


coluneta de Ordem Dórica.Sobre o Pedestal do 2° Vig. são
colocados: o Malhete e a coluneta de Ordem Coríntia.

O B. de aj. é colocado a frente do pedestal do V. M. e


permanece sempre no mesmo lugar. Aquele que está ao lado
do pedestal do 1° Vig., é colocado junto a parede Ocidental e
deslocado para o canto NO. do Pavimento Mosaico em todas as
cerimônias onde o candidato tem que aj., no momento da Prece.
28
Os Pedestais do Mestre da Loja (V. M.), 1° Vig. e 2° Vig.
devem ser colocados sobre estrados de apenas um degrau, e
devem ser móveis, isto é, podendo ser movimentados quando o
Templo for usado para Cerimônias.

16. Os Hinos

É tradição as Lojas cantarem hinos por ocasião da


abertura e encerramento dos trabalhos. O Hino Inaugural é
cantado no momento que acontece o cortejo que antecede a
abertura da Loja e o Hino Vesperal é cantado por ocasião do
cortejo de encerramento dos trabalhos.

TRABALHOS NO PRIMEIRO GRAU

HINO DE ABERTURA
Salve! Deus Imortal,
Deste mundo criador;
Nossas preces ouve, Tu,
Arquiteto sabedor
Com a ordem, bem real
Nossas obras consagrar
Nós pedimos, afinal
Ir em paz. ao terminar.
Pela fé que há em Ti,
Pelo Teu poder, também
Pelos místicos sinais,
Ouve, Deus, nos mantém.

ASSIM SEJA
29
ABERTURA DA LOJA NO 1º GRAU

Achando-se os IIr. reunidos, o V. M. apresenta a Carta Patente


ao Secr., dá um golpe de malhete, seguido pelos IIr. VVig..

V. M. - IIr., ajudai-me a abrir a Loja. (Todos se levantam)

V. M. - (ao 2° Vig., dando-lhe o nome)  Ir., F.........., qual o


primeiro cuidado de todo maçom?

2º Vig. - Verificar se a Loja está devidamente Cob..

V. M. - Ordenai que se cumpra essa obrigação.

2º Vig. - (ao G. I., dando-lhe o nome)

- Ir. F................, certificai-vos de que a Loja está


devidamente cob..

G. I. - (dirige-se até a porta do Templ. e, sem abri-la, dá ! ! !


de Ap.; recebida a resposta do Cobridor (G. E.), volta ao
seu lugar e, sem P. nem Sn., com a frente do corpo voltada
para o V. M. dirige-se ao 2° Vig.)

- Ir. ..........., a Loja está devidamente cob..

2º Vig. - (dá ! ! ! de Ap. e sem P. ou Sn. dirige-se ao V. M.)

- A Loja está devidamente cob..

V. M. - (ao 1° Vig., pelo nome)

- Ir. ..........., qual é o cuidado seguinte?

30
1º Vig. - Verificar se todos os presentes são Maçons.

V. M. - ( ! ) À ordem, IIr., no Primeiro Grau. (todos ficam à


ordem como AAp., com P. e Sn.)

V. M. - Ir. 2° Vig., quantos são os principais Oficiais da Loja?

2º Vig. - Três: o V. M., o 1° e o 2° VVig..

V. M. - Ir. 1° Vig., quantos são os Oficiais Ajudantes?

1º Vig. - Três, sem contar o G. E., o 1° e o 2° DD. e o


G.I..

V. M. - (ao 2° Vig) - O lugar do Guarda Externo ?

2º Vig. - Junto à porta da Loja, do lado de fora.

V. M. - (ao 2° Vig.) - Qual é o seu dever?

2º Vig. - Armado com uma espada des., impedir a entrada de


intrusos e profanos à Maçonaria e verificar se os CCand.
estão devidamente preparados.

V. M. - (ao 1° Vig.) - O lugar do G. I.?

1º Vig. - Junto à porta da Loja, do lado de dentro.

V. M. - (ao 1° Vig.) - O seu dever?

1º Vig. - Dar entrada aos Maçons mediante prova, receber os


CCand. na devida forma e obedecer às ordens do 2° Vig..

V. M. - (ao 2° Vig.) - O lugar do 2° D.?

2º Vig. - À direita do 1° Vig..


31
V. M. - (ao 2° Vig.) - O seu dever?

2º Vig. - Levar do 1° ao 2° Vig. todas as mensagens e ordens do


V. M. e verificar se as mesmas são precisamente
obedecidas.

V. M. - (ao 1° Vig.) - O Lugar do 1° D.?

1º Vig. - À direita ou próximo à direita do V. M..

V. M. - (ao 1° Vig.) - O seu dever?

1º Vig. - Levar todas as mensagens e ordens do V. M. ao 1° Vig.


e aguardar o retorno do 2° D..

V. M. - Ir. 2° Vig., o vosso lugar em Loja?

2º Vig. - No S..

V. M. - Por que ocupais esse lugar?

2º Vig. - Para assinalar o sol no seu meridiano, chamar os IIr. do


trabalho para o descanso e do descanso para o trabalho,
a fim de que proveito e prazer seja o resultado.

V. M. - Ir. 1° Vig., o vosso lugar em Loja?

1º Vig. - No Oeste..

V. M. - Porque ocupais esse lugar?

1º Vig. - Para assinalar o ocaso do sol; para encerrar a Loja por


ordem do V. M., após verificar se todos os IIr. estão
plenamente satisfeitos.

32
V. M. - (ao V. M. I., ou ao 1° Vig.)

- O lugar do V. M.?

V. M. I. ou 1° Vig. - No
Leste

V. M. - (ao V. M. I., ou ao 1° Vig.)

- Por que ocupa ele esse lugar?

V. M. I., ou 1° Vig. - Assim como o sol nasce no Leste.


para romper e dar vida ao dia, o V. M. tem assento no
Leste. para abrir a Loja, empregar e instruir os IIr. na
Maçonaria.

V. M. - Achando-se, pois a Loja devidamente constituída, antes


de declará-la aberta:

“Invoquemos o auxílio do Grande Arquiteto do Universo em


todos os nossos empreendimentos, para que possam os
nossos trabalhos assim iniciados em ordem, prosseguir em
paz e terminar em harmonia.”

(O trecho entre aspas pode ser recitado pelo Cap.)


Todos - Que Assim Seja.

V. M. - IIr., em nome do G. A. D. U., declaro a Loja devidamente


aberta (todos desfazem o Sn.), para tratar de assuntos
Maçônicos no Primeiro Grau.

(O V. M. dá ! ! ! de Ap., seguido pelo 1° Vig., que ergue


sua Cl., e pelo 2° Vig., que baixa a sua Cl..

O 2° D. cuida da T. D. assim que o 2° Vig. tenha dado ! ! !


de Ap. e acende a luz dos pedestais do 1° e 2° VVig.. 33
O G. I. vai até a porta e dá ! ! !, com resposta idêntica do
Cobridor (G. E.); isto feito, o G. I. volta à sua posição
original. O 1° D. acende a luz do pedestal do V. M..

O V. M. I. (ou Cap.) abre o L. das SS. EE. no sentido de


leitura para o V. M. e coloca-o à esquerda do pedestal, a
seguir, coloca o E. e o C. sobre a página do L. das SS.
EE., à direita do V. M., com as pontas do C. e o ângulo do
E. voltados para o V. M. (O E. cobre as pontas do C.)

Os IIr. sentam-se após o V. M. havê-lo feito; não há


necessidade de ordens)

Leitura e confirmação da ATA (registros)

V. M. - ( ! ) IIr., peço vossa atenção enquanto nosso Ir. Secr.


lê para nós os registros de nossa última reunião regular da
Loja.

Secr. - (findo a leitura) - Lido V. M..

V. M. - ( ! ) IIr., ouvistes a leitura dos registros de nossa última


reunião regular da Loja. Todo aquele que os julgar dignos
de confirmação manifeste isso à maneira usual entre os
Maçons.

(os IIr. assim o fazem)

V. M. - Estão aprovados os registros. Ir. 1° D., tomai as


assinaturas necessárias.

(Secr. assina a ATA antes do V. M.; 1° D. dirige-se até a


mesa do Secr., apanha a ATA e a apresenta ao V. M. para
assinatura, devolvendo-a ao Secr..)

34
Apresentação de desculpas dos IIr. Ausentes

V. M. - Ir. D. C., que sejam apresentadas as desculpas dos IIr.


ausentes.

D. C. - (dirigindo-se à toda Loja)

D. C. - IIr., à minha passagem que sejam apresentadas as


desculpas dos IIr. ausentes.

(O Secr. neste momento, deve anotar os nomes dos IIr.


ausentes)

Apresentação dos IIr. Visitantes

V. M. - Ir. D. C., que se apresentem os IIr. visitantes.

D. C. - (dirigindo-se à toda Loja)

- IIr., à minha passagem que se apresentem os IIr.


visitantes, dando o nome e a Loja que pertencem, sem
mais comentários.

(O D. C., dá a volta na Loja, começando pelo V.M I.,


parando na frente do Ir. que se apresenta.

Recebimento de Cartas e Comunicações

(Secr. levanta, dá o P. e o Sn. de Ap., que desfaz e inicia


a leitura de cartas e comunicações comuns, previamente
designadas pelo V. M.. Faz a leitura em pé)

Agenda (Assuntos do dia)

(Neste momento são anunciados os assuntos aprovados


na reunião administrativa para confirmação e

35
homologação da Loja. Não há nenhum questionamento ou
debate. Os assuntos são simplesmente homologados.

São realizadas, também as votações (eleições) e o


escrutínio secreto. Havendo cerimônia de Iniciação,
Passagem, Elevação, ou Instalação de Mestre da Loja, o
V. M. anuncia)

CHAMADA PARA DESCANSO


V. M. - (dá !, seguido pelos VVig.)

- Principais OOfic. de pé. (O V. M. e os VVig. levantam-


se, os demais IIr. permanecem sentados)

- Ir. 2° Vig. que horas são?

2º Vig. - Já é tarde, V. M..

V. M. - Qual o vosso dever?

2º Vig. - Chamar os IIr. do trabalho para o descanso.

V. M. - Peço que o façais.

2º Vig. - (aos IIr.) IIr. o V. M. ordena que pareis o trabalho e


irdes para o descanso. Conservai-vos a distância de
poderdes ser chamados, a fim de voltardes no momento
devido, para que proveito e prazer seja o resultado.

(O 2° Vig. dá !, e levanta a sua Col.. O 1° Vig. dá !, e baixa


a sua Col.. O V. M. dá !. O V. M. I. ou Cap. Fecha o L. das
SS. EE. com o E. e C. na mesma posição. O 2° D. cuida

36
da T. D. e apaga as luzes dos pedestais do 1° e 2° VVig. e
o 1° D. apaga a luz do pedestal a direita do V. M.)

CHAMADA PARA TRABALHO

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig.)

- Principais OOfic., de pé.

(O V. M. e os VVig. levantam-se, os demais IIr.


permanecem sentados)

- Ir. 2° Vig. que horas são?

2º Vig. - Já passou do tempo, V. M..

V. M. - Qual o vosso dever?

2º Vig. - Chamar os IIr. do descanso para o trabalho.

V. M. - Peço que o façais.

2º Vig. - (aos IIr.) IIr. o V. M. ordena que pareis o descanso e


volteis ao trabalho, para continuar o expediente de
assuntos maçônicos.

(O 2° Vig. dá !, que é repetida pelo 1° Vig. e pelo V. M..


O 2° Vig. baixa a sua Col. e o 1° Vig. levanta a dele. O V.
M. I. ou Cap. abre o L. das SS. EE.. O 2° D. cuida da T. D.
e acende as luzes dos altares do 1° e 2° VVig. e o 1° D.
acende a luz do pedestal do V. M.. Todos se sentam)

37
Levantamentos da Loja no 1° Grau

Antes do encerramento da Loj., no momento que julgar


adequado, o V. M. procederá aos 3 levantamentos de
praxe, da seguinte forma:

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig., e levanta-se sozinho)

- IIr., eu me levanto pela primeira vez para anunciar que


concederei a palavra para tratar de assuntos relativos ao
Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB. (senta-se)

(Neste momento o Secr. Se coloca de pé, dá P. e o Sn., e


lê o expediente relativo ao GOMB, sendo ATOS,
DECRETOS e Correspondência Oficial do Grão Mestre.
Podem ser lidos os Landmark „s, e também é utilizado este
espaço para o S. G. M. fazer uso da palavra)

Os IIr. se pronunciam exclusivamente sobre assuntos


ligados ao Poder Central.

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig., e levanta-se sozinho)

- IIr., eu me levanto pela segunda vez para anunciar que


concederei a palavra para tratar de assuntos relativos à
Região ou Delegacia a qual a Loja estiver Jurisdicionada,
bem como noticiário respectivo, podendo outros IIr. se
pronunciarem exclusivamente sobre tais assuntos. (senta-
se)

(Neste momento o Secr. lê o expediente relativo à Região,


ou à Delegacia a qual a Loja estiver Jurisdicionada, bem
como o noticiário respectivo, podendo outros IIr. se
pronunciarem exclusivamente sobre estes assuntos)

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig., e levanta-se sozinho


38
VM - IIr., eu me levanto pela terceira vez para anunciar que
concederei a palavra para tratar de assuntos relativos à Loj. Maç.
................... (nome da Loj.) ou à Maçonaria em geral. (senta-se)

(Neste momento o Secr. lê o expediente e o noticiário


relacionado à Loj. ou a assuntos de interesse geral
maçônico, inclusive notas sociais, podendo outros IIr. se
pronunciarem sobre tais assuntos, apresentarem
propostas, agradecimentos, saudações, justificativas e
informações curtas. Tratam-se também de assuntos
administrativos e funcionais da Loja, proposições e
oblações, comunicados de ausência de membros do
quadro. Leitura de Pré-Propostas e Propostas de
admissão, Leitura de Propostas de Filiação e
Regularização, Votações abertas e Escrutínios secretos,)

Findo a palavra franca, o V. M. pode saudar os IIr.


visitantes e transmitir uma mensagem final. Ao seu critério,
poderá delegar esta tarefa ao Cap. Que deverá falar em
pé.

Bolsa de Beneficência

V. M. - Ir. 1° D., fazei o giro da bolsa de Beneficência, para o


Tronco de Solidariedade.

(1° D. recolhe os donativos para benevolência, e após


terminado o giro, dirige-se ao lado esquerdo do pedestal
do 1° Vig.)

1º Vig. - V. M. o Ir. 1° D. aguarda vossas ordens.

V. M. - Ir. 1° D. dirigir-vos ao Ir. Tes. para a conferência da


bolsa. (o 1° D. aguarda o resultado do óbolo e informa ao
V. M..)

39
ENCERRAMENTO DA LOJA NO 1º GRAU

V. M. - (dá !, seguido pelos VVig.)

- IIr., ajudai-me a encerrar a Loj.. (Todos se levantam)

V. M. - Ir. 2° Vig., qual o constante cuidado de todo Maçom?

2º Vig. - Verificar se a Loj. está devidamente cob..

V. M. - (ao 2° Vig.) - Ordenai que se cumpra essa obrigação.

2º Vig. - Ir. G. I., verificai se a Loj. está devidamente cob..

G. I. - (vai até a porta e dá as ! ! !, recebendo resposta do


Cobr. (G. E.); volta à sua posição e, com P. e Sn. do 1° G.)

- Ir. 2° Vig. a Loj. está devidamente cob.. (desfaz o Sn.)

2º Vig. - (dá ! ! !, P. e Sn. do 1° G.)

- V. M., a Loj. está devidamente cob.. (desfaz o Sn.)

V. M. - Ir. 1° Vig., qual o cuidado seguinte?

1º Vig. - Verificar se todos os IIr. se apresentam à Ordem como


Maçons.

V. M. - ( ! ) À Ordem IIr. no 1° G.. (Todos dão P. e fazem o Sn.


do 1° G.)

V. M. - Ir. 1° Vig., o vosso constante lugar em Loja?

1º Vig. - No Oeste..

40
V. M. - Porque sois aí colocado?

1º Vig. - Assim como o sol se recolhe no Oeste. para encerrar o


dia, o 1° Vig. é colocado no Oeste. para encerrar a Loj. por
ordem do V. M., depois de verificar se todos os IIr. estão
satisfeitos.

V. M. - IIr., antes de encerrarmos a Loja,

“Vamos com toda a veneração e humildade exprimir a


nossa gratidão ao G. A. D. U. pelos favores já
recebidos; queira Ele continuar a proteger a nossa
Ordem, cimentando-a e adornando-a com todas as
virtudes morais e sociais”. (este trecho pode ser lido
pelo Cap.)

Todos - Que Assim Seja.

V. M. - Ir. 1° Vig., achando-se concluídos os trabalhos desta


sessão, ordeno-vos que encerreis a Loja. (conserva Sn. e
P., dá as ! ! ! com a m. e.)

1º Vig. - IIr., em nome do G. A. D. U. e por ordem do V. M.,


declaro encerrada a Loj. (Todos desfazem o Sn.)

(Dá ! ! !, baixa a sua Col.)

2º Vig. - A Loj. ............ (nome da Loj.) está regularmente


encerrada até o dia ..............., salvo caso de emergência,
do que se fará a devida comunicação.

(Dá as ! ! !, seguido pelo G. I. e Cobr. (G. E.) na porta da


Loj., e ergue a sua Col.. O 2° D. cuida da T. D. e apaga as
luzes dos pedestais do 1° e 2° VVig. e o 1° D. cuida de
apagar a luz do pedestal do V. M.)
41
V. M. I. ou Cap. - (retira o E. e o C., fecha o L. das SS. EE.)

- IIr. nada mais nos resta fazer, senão guardarmos


nossos segr. em lugar seguro, como é costume antigo,
reunindo a este ato: F., F., F..

TODOS: tocam levemente o p. e. com a m. d. (não é o Sn.


de F.) com cada palavra “F”.

HINO DE ENCERRAMENTO

Foi o dia, trabalho findo

Evitemos todo o mal;

Artes místicas guardando

Dentro do coração leal

Deus, Tu que és infinito

Amas toda a criação

Nossa Ordem abençoa

Sob a Tua proteção

Gratos, mas humildes, vimos

Nossas preces ofertar;

Glória, honra Tua, Bento

Arquiteto, exaltar.

ASSIM SEJA
42
CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO

RECOMENDAÇÕES PARA A INICIAÇÃO

A preparação do Cand. é de grande importância, ficando


geralmente a cargo do Cobridor (G. E.). Se este não for bastante
experiente, um P. M. deve ser designado para cuidar do assunto.

O Cand. deve ser instruído a tirar o seu paletó e o colete


se o usar; arregaçar a manga direita da camisa até a altura do
ombro; abrir a camisa de forma a expor o pt. e.; arregaçar a perna
e. da calça expondo o j.; substituir o s. direito por um ch. O Cand.
deve previamente entregar todo o dinheiro, joias, objetos metálicos
ou valiosos, que estejam em seu poder.

O Cand. deve ser informado que será vendado antes de


entrar na Loja. A venda deve ser ajustada de modo que ele não
possa perceber coisa alguma. O nó de fixação deve ser de laçada
simples para facilidade de remoção. A extremidade da corda com
nó corrediço deve cair livremente pelas costas do Cand..

A conversação entre o G. E. e o G. I. e as respostas do


Cand. devem ser audíveis no interior da Loja.

Os deveres do 1° D. nesta cerimônia são poucos. Ele


coloca e retira o b. de aj., auxilia o 2° D. na recepção e condução
do Cand. para dentro da Loja, acompanha o 2° D. durante a prece
e juramento e leva o p...l para o V. M..

Os deveres do 2° D. nesta cerimônia estão entre os mais


importantes em todo o Ritual. Ele não deve esquecer que até a
restauração da Lz. o Cand. está impedido de ver. Deve portanto,
sempre que possível, orientar o Cand..

43
O 2° D. conduzirá o Cand. colocando-se à sua direita, a
seguir entrelaçará os dedos da sua mão esquerda com os da mão
direita do Cand. e então colocarão os antebraços na posição
horizontal de modo que o braço do 2° D. fique atrás do braço do
Cand.. Se a altura entre os dois for muito diferente, 2° D. pode
segurar no pulso do Cand., e neste caso o braço do Cand. encosta-
se levemente no ombro do 2° D.. Dessa maneira o obtêm-se
perfeito controle sobre o Cand.

O 2° D., até a restauração da L., não deve largar a mão do


Cand., exceto para colocá-la na mão de outro Ofic. durante a Cer.,
recebendo-a sempre cuidadosamente de volta. Não deve segurar
a mão do Cand. durante a prece, nem durante o juramento.
Entretanto, deve ter em mente que alguns Candidatos podem
perder o equilíbrio ao serem vendados e neste caso eles deverão
ser seguros, excepcionalmente.

O 2° D. deve ensaiar os passos que ele deve ensinar ao


Cand. para se dirigir ao Leste. Algumas Lojas fazem uma
marcação no chão. Quando eles forem bem executados, o Cand.
chega ao b. de aj. sem precisar dar passo adicional. A restauração
da L. requer prévio entendimento entre o V. M. e o 2° D.. O laço da
venda deve ser primeiramente solto e a venda conservada em sua
posição até o movimento final do Malhete do V. M.. A
movimentação dos DD. nas perambulações é devidamente
explicada no ritual.

A Loja só é “enquadrada” durante uma Cerimônia. Por


“enquadramento” entende-se que, quando um canto da Loja é
alcançado durante a perambulação, é feita uma parada, será dado
um quarto de volta para a direita e será feita uma pausa
momentânea, sendo a perambulação recomeçada na nova
direção, iniciando sempre com o pé esquerdo. Quando a Loja é
“enquadrada”, os cantos não são cortados nem contornados.
44
O 1° Vig. deve cuidar em ter um avental de Ap. colocado
ao seu altar (ou próximo) antes do início da Cerimônia.

Quando o Cand. for levado para a parte NE. da Loja a sua


posição é próxima ao canto NE. e não no canto. O 2° D. que está
ao lado do Cand. deve receber a Bolsa de Beneficência por trás
do Cand., sem se preocupar em procurá-la porque o Cand. não
pode ficar sozinho.

Durante a apresentação dos instrumentos de trabalho por


parte do V. M., eles devem ser colocados à sua frente sobre a
mesa e ordenados da esquerda para a direita. O V. M. não deve
tocá-los, simplesmente apontá-los ao fazer referência aos
mesmos. A apresentação da Constituição e do Regimento Interno
(se houver), nunca deve ser omitida.

Enquanto o Cand. se prepara para seu retomo à Loja, o G. E.


deve lembrar ao Cand. como dar o P. e o Sn., como também
lembrá-lo de colocar o Avental.

AS TRÊS GRANDES LUZES

O Ritual de Emulação coloca diante dos olhos dos Maçons as


Três Grandes Luzes, que são, pela ordem, L. das SS. EE., o E. e o
C., essas luzes sintetizam, com efeito, toda a Maçonaria. Nas
cerimônias de Iniciação, é dever do 2° D., quando é tirada a venda
do candidato, cuidar para que o novo iniciado abaixe a cabeça, a
fim de ter em seu campo visual o conjunto simbólico constituído
pelas Três Grandes Luzes reunidas.

Esse primeiro contato do neófito com a Loja representa a luz


simbólica solicitada em seu favor. Assim permanecendo, durante
alguns minutos, terá gravado em sua memória esta lembrança, que
o acompanhará para sempre.
45
RECEPÇÃO DO CANDIDATO

(A Loj. deve estar aberta no 1° G.)

Cobr. - (Dá ! ! ! espaçadas, diferindo das ! ! ! do 1° G.,


no sentido de que os intervalos entre as mesmas sejam
maiores. Desse modo a Loj. é avisada de que um Cand. à
Inic. está à porta do T.)

G. I. - (Levanta-se com P. e Sn. do 1° G. e diz):

- Ir. 2° Vig., batem à porta do T..

(O G. I. conserva o Sn. até receber instruções do 2° Vig..)

2º Vig. - (Sentado, dá ! ! ! espaçadas, levanta-se com P. e


Sn. do 1° G. e diz):

- V. M., batem à porta do T..

(Conserva o Sn. até receber instruções do V. M.)

V. M. - Ir. 2° Vig., perguntai quem deseja entrar.

2º Vig. - (Desfaz o Sn. e senta) - Ir. G. I., verificai quem deseja


entrar.

G. I. - (Que conservou o Sn. até agora, desfaz e vai até a


porta da Loj., entreabre-a sem sair da Loj., conservando a
porta segura e verifica se o Cand. está preparado. O
diálogo entre o G. I. e o Cobr. (G. E.) deve ser em voz alta,
de forma a ser ouvida em todo o Templo.)

- Quem está ai convosco?


46
Cobr. - O Sr. ......, um pobre Cand. em trevas, que foi
honrosamente recomendado, regularmente proposto e
aprovado em Loja aberta, que agora se apresenta, por sua
livre e espontânea vontade, convenientemente preparado,
solicitando humildemente ser admitido aos mistérios e
privilégios da Maçonaria.

G. I. - Como espera ele obter esses privilégios?

Cand. - (ensinado pelo G. E.) - Com o auxílio de Deus, por ser


livre e gozar de boa reputação.

G. I. - Esperai, enquanto faço a comunicação ao V. M..

(Fecha a porta, volta à sua posição original, dá P. e Sn do


1° G., que conserva até receber instruções do V. M.)

- V. M., é o Sr. ......, um pobre Cand. em trevas, que foi


honrosamente recomendado, regularmente proposto e
aprovado em Loja aberta, que agora se apresenta, por sua
livre e espontânea vontade, convenientemente preparado,
solicitando humildemente ser admitido aos mistérios e
privilégios da Maçonaria.

V. M. - Como espera ele receber esses privilégios?

G. I. - Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa


reputação.

V. M. - As informações de boa reputação já foram recebidas em


seu favor; podeis assegurar, Ir. G. I., estar ele
convenientemente preparado?

G. I. - Posso, V. M..
47
V. M. - Então, que seja admitido na devida forma, IIr. DD..

(O G. I. desfaz o Sn., vai para a porta com o p...l em sua


mão e somente abre a porta quando os DD. chegarem; o
2° D. fica em posição de receber o Cand. pela m. d.; o 1°
D., coloca o b. de aj. à esquerda do 1° Vig. e posiciona-se
à esquerda do Cand.. O G. I. abre a porta, aplica o P...l no
p. e. nu do Cand. e pergunta:)

G. I. - Sentis alguma coisa?

(Após uma resposta afirmativa, ergue o p...l acima da


cabeça, para mostrar ao V. M. que fez a prova. O 2° D.
segura firmemente a m. d. do Cand. com sua m. e., ficando
o 1° D. à e. do mesmo, e o conduz ao b. de aj., que deve
estar próximo à esquerda do 1° Vig.; o G. I., assim que o
Cand. entrar, fecha a porta, coloca o p...l sobre o pedestal
do 1° Vig., e volta ao seu lugar)

V. M. - (ao Cand.) - Sr. ......, como nenhum homem pode ser


feito Maçom sem ser livre e maior de idade, respondei:
Sois livre e já completastes 18 anos de idade?

Cand. - (ensinado pelo 2° D. ) - Sim.

V. M. - Assim sendo, peço-vos que ajoelheis enquanto


invocamos as bênçãos dos Céus para os nossos
trabalhos.

(Dá ! seguido pelos VVig.. O Cand., instruído em voz


baixa pelo 2° D., ajoelha-se com ambos os joelhos; os DD.,
conservando as varas na m. e., cruzam nas sobre a
cabeça do Cand. e fazem o Sn. de R., com a m. d.. Todos

48
ficam de pé com o Sn de R.. Não é dado o P. preliminar.
O Cand. não faz o Sn. de R.)

PRECE

V. M. - (ou Cap.) - Pai Todo Poderoso e Supremo Árbitro


do Universo, concede Teu auxílio a esta nossa reunião
e permite que este Cand. à Maçonaria possa não só
dedicar e consagrar sua vida ao Teu serviço, como se
tornar para nós um verdadeiro e fiel Irmão. Concede-
lhe uma centelha de Tua Divina Sabedoria, a fim de
que, auxiliado pelos segredos de nossa Arte
Maçônica, melhor possa ele desvelar as belezas da
verdadeira devoção, para honra e glória de Teu Santo
Nome.

Todos - Que Assim Seja.

(Todos baixam o Sn. de R.. Os DD. descruzam as varas e


as conservam novamente na m. d.)

V. M. - (ao Cand) - Sr. ......., em todos os casos de


dificuldades e perigo, em quem depositais vossa
confiança?

Cand. - (ensinado pelo 2° D. ) - Em Deus.

V. M. - Muito me alegra em ver em vós uma fé tão sólida.


Confiando em tão seguro auxílio podeis levantar-vos sem
receio, seguindo vosso guia, com firme, mas humilde
confiança, porque nenhum perigo pode ocorrer, onde é
invocado o nome de Deus.

49
(O Cand. levanta-se com a ajuda dos DD.. O V. M. senta-
se e com exceção dos DD. e do Cand., todos sentam-se
também.

O V. M. dá ! seguido pelos VVig. e diz:)

- IIr. do N., Or., S. e Oc., prestai atenção ao Sr...., que vai


passar diante de vós, a fim de mostrar que é um Cand.
convenientemente preparado, pessoa digna e apta para
ser feita Maçom.

(O 1° D. retira o b. de aj., para que o 2° D. e o Cand


comecem a perambulação.
Quando o 2° D. e o Cand. alcançarem a parte Or. da Loj.,
o 1° D. leva o p...l ao V. M. e retorna ao seu lugar.

O 2° D., segurando a mão do Cand., ensina-o em voz


baixa a dar a saída com o pé esquerdo e começa a
primeira perambulação. Conduz o Cand. pelo N., até o
canto NE., onde cuidadosamente enquadra a Loja,
passando defronte ao V. M., para o canto SE. da Loja,
onde a mesma é cuidadosamente enquadrada; O 2° D.
instrui o Cand. em cada canto, após o enquadramento,
para reiniciar a perambulação com o pé esquerdo. Estas
instruções são dadas em voz baixa.

Do canto SE., o 2° D. conduz o Cand. à direita do pedestal


do 2° Vig.. Segurando firmemente a mão direita do Cand.
golpeia com a mesma t. v. o o. d. do 2° Vig.)

2º Vig. - (sentado) - Quem está aí convosco?

2º Dia. - O Sr. ......, um pobre candidato em trevas, que foi


honrosamente recomendado, regularmente proposto50e
aprovado em Loja aberta, que agora se apresenta, por sua
livre e espontânea vontade, convenientemente preparado,
solicitando humildemente ser admitido aos mistérios e
privilégios da Maçonaria.

2º Vig. - Como espera ele obter esses privilégios?

2º Dia. - Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa


reputação.

2º Vig. - (levanta-se; o 2° D. coloca a m. d. do Cand. na m. d. do


2° Vig., que diz)

- Entrai, livre e de boa reputação.

(O 2° Vig. devolve a m. d. do Cand. ao 2° D. e senta-se. O


2° D. conduz o Cand. ao canto SO. da Loja, que é
cuidadosamente enquadrada.

Recomeçando com o pé e. como antes, o Cand. é


conduzido à direita do pedestal do 1° Vig., onde passa por
idêntica cerimônia, isto é, segurando firmemente a m. d.
do Cand., golpeia por t. v. o o. d. do 1° Vig.)

1º Vig. - (sentado) - Quem está aí convosco?

2º Dia. - O Sr. ......, um pobre candidato em trevas, que foi


honrosamente recomendado, regularmente proposto e
aprovado em Loja aberta, que agora se apresenta, por sua
livre e espontânea vontade, convenientemente preparado,
solicitando humildemente ser admitido aos mistérios e
privilégios da Maçonaria.

1º Vig. - Como espera ele obter esses privilégios?


51
2º Dia. - Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa
reputação.

1º Vig. - (levanta-se; o 2° D. coloca a m. d. do Cand. na m. d. do


1° Vig., que diz)

- Entrai, livre e de boa reputação.

(O 1° Vig. devolve a m. d. do Cand. ao 2° D. e permanece


de pé. O 2° D. conduz o Cand. à esquerda do 1° Vig., faz
uma volta à esquerda, para a frente, e coloca a m. d. do
Cand., na m. e. do 1° Vig.. O 2° D. faz com que o Cand. se
volte para o Or., permanecendo à sua esquerda, também
voltado para o Or.)

1º Vig. - (Levanta a m. d. do Cand., e com o P. e Sn. do 1° G.)

- V. M., apresento-vos o Sr......, Cand. convenientemente


preparado para ser feito Maçom. (conserva o Sn. e a m. d.
do Cand.)

V. M. - Ir. 1° Vig. vossa apresentação será atendida e para isso


vou dirigir algumas perguntas ao Cand. que, espero,
responderá com sinceridade.

(O 1° Vig. desfaz o Sn., devolve a m. d. do Cand. ao 2° D.


e senta. O 2° D. toma o seu lugar à direita do Cand., ambos
voltados para o Or.)

V. M. - (ao Cand.) - Declarais solenemente sob vossa honra


que, oferecendo-vos para participardes de nossos
mistérios, não fostes movido por solicitação imprópria de
amigos, contra vossa própria vontade e que não fostes
influenciado por motivos mercenários ou outros menos
52
dignos e que é de vossa livre e espontânea vontade que
vos apresentais como Cand. aos mistérios e privilégios da
Maçonaria?

Cand. - (ensinado pelo 2° D. em voz alta) - Assim o declaro.

V. M. - Garantis ainda, sob vossa honra, que procurais


participar desses privilégios levado por opinião favorável
sobre a instituição, por um desejo profundo de vos
instruirdes e por vontade sincera de maiores serviços
poderdes prestar aos vossos semelhantes?

Cand. - (ensinado pelo 2° D. em voz alta) - Assim o garanto.

V. M. - Ainda mais, prometeis solenemente, pela vossa honra,


sem temor ou imprudência, perseverareis nas provas de
vossa iniciação e, uma vez admitido, trabalhareis e
sustentareis os antigos usos e costumes estabelecidos da
Ordem?

Cand. - (ensinado pelo 2° D. em voz alta) - Assim o prometo.

V. M. - Ir. 1° Vig., ordenai ao 2° D. que ensine o Cand. a se


dirigir para o p. na devida forma.

1º Vig. - (permanece sentado)  Ir. 2° D. o V. M. ordena que


ensineis o Cand. a se dirigir para o p. na devida forma.

2º Dia. - (Instrui o Cand. a sair com o pé e., e o conduz pelo


caminho mais curto, diagonalmente, até a posição em
frente ao pedestal do V. M., a pouco mais de um metro do
mesmo. O 2° D., ainda segurando a m. do Cand., ensina-
o, em voz baixa, a colocar seus pés juntos, girar o p. d.
formando um E., p. e. na direção do Or. E o p. d. apontado
53
para o S.. O 2° D. não deve usar a v. para tocar os PP. do
Cand.)

- (em voz alta) - Dai um p. curto com vosso p. e.,


juntando os cc. na forma de um E.. Outro mais extenso,
juntando os cc. como antes. Ainda outro mais extenso,
juntando os cc. como antes.

(O Cand. deve chegar ao b. de aj. em condições de aj. sem


outros movimentos, com seu p. e. voltado para o Or. E o
seu p. d. na forma de um E. voltado para o S..

O 1° D. chega ao p. à e. do Cand., simultaneamente com


a chegada do mesmo e do 2° D.. Permanecem os três de
pé, voltados para o V. M., O 2° D à d. e o 1° D. à e. do
Cand.)

V. M. - É dever meu informar-vos que a Maçonaria é livre e


exige de todo Cand. para participação de seus mistérios,
uma inteira liberdade de decisão. Baseiam-se nos mais
puros princípios de devoção e virtude, possuindo grandes
e inestimáveis privilégios e, para assegurar esses
privilégios a homens dignos, e somente a eles, exige
juramento de fidelidade; asseguro-vos porém, que neste
juramento nada há de incompatível com vossos deveres
civis, morais ou religiosos; estais portanto resolvido prestar
um S. J., baseado nos princípios que acabo de expor, para
guardar inviolados os segredos e mistérios da Ordem?

Cand. - Estou. (Se o Cand. não responder voluntariamente, o 2°


D. deve solicitar-lhe que o faça, em voz baixa. O Cand.
deve dar a resposta por sua livre vontade, podendo
recusar. Caso isto ocorra, ele é conduzido, ainda vendado,
para fora da Loja, encerrando-se a cerimônia)
54
V. M. - Ajoelhai então, com vosso j. e., vosso p. d. em forma de
um E., dai-me vossa m. d. (o 2° D. ajuda) que eu colocarei
sobre o L. das SS. EE. (é feito), enquanto que vossa m. e.
se ocupará em sustentar este C., com uma p. apontando
para o vosso p. e. nu (o 1° D. levanta a mão esquerda do
Cand.).

(Quando o V. M. cita o C. o 1° D. ergue a m. e. do Cand. e


o V. M. coloca um braç. do C. na mesma, colocando a
outra p., em seu p. e. nu. O C. deve estar aberto em âng.
ret., sendo que o braç. horizontal é que toca no peito e a
ponta livre fica para cima.

O V. M. dá ! seguido pelos VVig..

Todos se levantam dão o P. e fazem o Sn. do 1° G.. Os


DD. sustentam as VV., com a m. e., cruzando-as sobre a
cabeça do Cand. permanecendo à ordem com P. e Sn. do
1° G.)

JURAMENTO

V. M. - (ao Cand.) - Dizei vosso nome por extenso, repetindo


o juramento depois de mim:

Eu, .................., (o Cand. dá seu nome por extenso) em


presença do G. A. D. U. e perante esta digna, venerável e
regular Loja de Maçons Livres e aceitos, regularmente reunida
e devidamente consagrada, de minha livre e espontânea
vontade, juro e prometo solenemente, por e sobre este Livro (o
V. M. toca a m. d. do Cand. bem como o L. das SS. EE. Com a
sua m. e.) que sempre guardarei, ocultarei e nunca revelarei,
parte ou partes, ponto ou pontos, dos segredos ou mistérios de
ou pertencentes a Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria, que
55
possam até aqui terem sido por mim sabidos, forem agora, ou
em qualquer período futuro a mim confiados, a não ser a um Ir.
ou IIr. regulares e nem mesmo a este ou estes, senão depois da
devida prova, exame rigoroso ou segura informação de algum
Ir. bem conhecido de serem ele ou eles dignos de tal confiança,
ou no seio de uma Loja justa, perfeita e regular de Antigos
Maçons.

Prometo e juro solenemente mais, nunca escrever, gravar,


entalhar, traçar, imprimir ou por qualquer outra forma descrever
esses segredos, nem consentirei que outros o façam, se em
meu poder estiver impedi-lo, sobre qualquer coisa móvel ou
imóvel, sob a abóbada celeste, onde qualquer letra, símbolo ou
imagem, ou o menor vestígio de letra, símbolo ou imagem possa
ser legível, ou inteligível a mim ou a qualquer outra pessoa no
mundo, de forma que nossas Artes Secretas e ocultos Mistérios
cheguem a ser conhecidos indevidamente, por minha
indignidade.

Estes diversos pontos eu juro solenemente observar, sem


evasivas, subterfúgios ou restrição mental de qualquer
natureza, estando seguro que, pela violação de qualquer deles,
serei considerado como perjuro voluntário, desprovido de todo
valor moral e inteiramente indigno de ser recebido nesta Ven.
Loj. ou em qualquer outra Loja Regular, ou em sociedade de
homens que coloquem a honra e a virtude acima das vantagens
exteriores da fortuna e posição social. Assim me ajude Deus,
conservando-me firme neste meu G. e S. J. de Ap. M.

(Todos desfazem o Sn., os DD. descruzam as vv., o C. é


retirado pelo V. M.. O 1° D. abaixa a m. e. do Cand.. A m.
d. do Cand. permanece no L. das SS. EE. até ser
apanhada pelo V. M.)

56
V. M. - (ao Cand.) - O que acabais de repetir poderá ser
considerado tão somente como uma solene promessa;
como um penhor de vossa fidelidade, e para transformá-la
num S. J., vós selareis por uma vez com vossos l...s sobre
o L. das SS. EE..

(O Cand. o faz, instruído pelo 2° D., se necessário)

- Tendo permanecido por tão considerável tempo nas


trevas, qual é, em vossa situação atual, o desejo
predominante em vosso coração?

Cand. - (ensinado pelo 2° D.) - L...z.

V. M. - Ir. 2° D., fazei com que essa mercê seja concedida ao


Cand..

(O 2° D. deve entender-se com o V. M., removendo a


venda no momento exato em que o V. M. faz o movimento
final com o malhete. O V. M. mantém o malhete para o alto,
movendo-o para baixo e para a e., depois horizontalmente
para a d., descendo finalmente até bater no pedestal.

Somente o V. M. bate, o restante dos IIr. copiam os


movimentos do m...e, com suas mm. dd. e quando o V. M.
dá ! todos batem ao mesmo tempo com suas mm. dd. na
lateral externa da coxa direita; No mesmo instante o 2° D.
remove a vend. e, se necessário, com sua m. e. conserva
abaixada a cabeça do Cand., fazendo-o olhar para o L. das
SS. EE.).

(Neste momento o V. M. pode dar uma pequena pausa


para que o Cand. se acostume com a L...z.)

57
V. M. - Tendo-vos sido devolvida a mercê da L. material, deixai-
me chamar vossa atenção para o que consideramos as
Três Grandes, não obstante emblemáticas LL. na M.. Elas
são o L. das SS. EE., o E. e o C.. As SS. EE. servem para
guiar nossa fé. O E. para regular nossas ações e o C. para
mantermos dentro dos limites para com toda a
humanidade e em particular para com nossos IIr. na M..

(Toma a m. d. do Cand. e levanta-o. A m. d. do Cand. havia


permanecido no L. das SS. EE. até este momento)

V. M. - Levantai-vos recém-juramentado Ir. entre Maçons.

(O V. M., seguido pelos IIr., retorna ao seu assento, o


mesmo fazendo o 1° D.. Os demais IIr. sentam-se, exceto
o 2° D. que toma o Cand. pela m. d., fazem um giro anti-
horário, e o conduz ao lado d. do p. do V. M., ficando
ambos em posição paralela ao mesmo, voltados para o S..
O 2° D. solta, então a m. d. do Cand.)

- Estais agora habilitado a conhecer as Três LL. Menores.


Elas estão situadas no Or., S. e Oc., tendo por fim
representar o Sol, a Lua e o M. da L.. O Sol para dirigir o
dia; a Lua para governar a noite e o M. para administrar e
dirigir a sua Loja.

- Ir. ......, com o vosso procedimento submisso e humilde


nesta sessão, escapastes a dois grandes perigos;
tradicionalmente, porém há um terceiro, que vos
acompanhará até o último dia de vossa existência. Os
perigos aos quais escapastes, foram, o de a...o e o de
e...o, pois quando entrastes na Loja, este p...l (apanha-o
sobre o p., desembainha-o e mostra ao Cand.) foi
encostado em vosso p. e. nu, de tal maneira que, caso
58
tivésseis temerariamente vos precipitado para frente,
teríeis sido o causador de vossa própria morte por p...a,
pois o Ir. que o sustentava não recuaria, cumprindo o seu
dever. (O V. M. embainha o p...l e coloca-o no p.. O 2° D.
retira o l. de c. do pescoço do Cand., entregando a c. ao
V. M. que a exibe ao Cand.)

- Havia também esta corda com um nó corrediço em


vosso pescoço, o que tornaria fatal para vós, qualquer
movimento de retirada. (o V. M. retira a corda do p. do
Cand.) O perigo, porém, que tradicionalmente vos
acompanhará até os últimos momentos, é a penalidade já
mencionada nos mais antigos juramentos de um Maçom,
qual seja: a de ter v. g. c. de l. a l., a l. a. pela r. e enterrada
na a. do m., a d. um c. da p., onde a m. faz f. e r. duas v.
em v. e q. h., caso revelardes indevidamente os segredos
da Maçonaria.

- Tendo prestado o G. e S. J. de M., é me permitido


informar-vos que na Maç. existem diversos graus, com
segredos peculiares a cada um; estes, porém, não são
comunicados indiscriminadamente, sendo conferidos aos
Candidatos consoante o mérito e aptidão de cada um. Vou
portanto transmitir-vos os segredos deste grau, ou seja, os
SSn. segundo os quais nos conhecemos uns aos outros e
nos distinguimos do resto do mundo. Devo inicialmente
advertir-vos que todos os EE., NN. e PP. são SSn. próprios
e verdadeiros para, por meio deles, reconhecer-se um
Maçom.

- Peço-vos, pois que fiqueis perfeitamente ereto (é feito),


vossos pés formando um E. (o Cand. o faz, instruído pelo
2° D.). Vossa postura representa assim um emblema de
vosso espírito e vossos pés a retidão de vossas ações. Daí
59
agora um P. curto em minha direção com vosso p. e.,
colocando o calc. d. na conc. do p. e.. (é feito)

- Este é o primeiro P. R. na Maç. e é nessa posição que


os SS. do grau são comunicados. Consistem eles em Sn.
T. e P.. (O V. M. dá o P.)

- Colocai agora vossa m. d. no p., com o polegar


estendido na forma de um E., do lado e. de vossa g. (o V.
M. faz, o Cand. imita o Sn.). O Sn. é dado levando a m. d.,
num movimento constante e firme, para o outro lado da g.
e baixando-a perpendicularmente. Este sinal alude à
tradicional penalidade simbólica do G., significando que,
como homem honrado um Maçom, preferireis ter vossa g.
c. de l. a l. (o V. M. faz, o Cand. imita), a indevidamente
revelar os ss. que vos foram confiados.

- O T. ou Sn. (o 2° D. toma a m. d. do Cand. e a coloca


na m. d. do V. M., que ajusta o T., colocando o pol. do
Cand. em posição, antes de colocar o seu) é dado por uma
p. s. do p. sobre a p. f. do d. i. e serve quando regularmente
dado e recebido, para distinguir um Ir. tanto à noite como
de dia.

- Este T. ou Sn. exige uma palavra altamente prezada


entre Maçons, como garantia aos seus privilégios. Ao
comunicá-la, pois, não pode deixar de ser observada a
máxima cautela; ela nunca deve ser dada por extenso, e
sim por l. ou s.. Devo primeiramente dizer-vos qual é esta
palavra: ela é B....z (o V. M. dá a palavra, o 2° D. seguido
pelo Cand. a repete, o V. M. soletra a palavra, o 2° D.
seguido pelo Cand. faz o mesmo). Como no decorrer da
cerimônia esta palavra vos será pedida, o 2° D. vos
ensinará como deveis responder.
60
V. M. - Que é isto? (Dando o toque)

Cand. - (Ensinado pelo 2° D. em voz alta)

- O T. ou Sn. de um Ap. M..

V. M. - Que exige ele?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D. em voz alta)

- Uma P..

V. M. - Dai-me essa P..

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta rapidamente, para


evitar que ele diga a P. por extenso)

- Em minha Inic. ensinaram-me a ser cauteloso; eu a sol.


ou div. convosco.

V. M. - Como quiserdes, começai. (nesta passagem a P. é


dividida; o 2° D., sempre em voz alta, diz a 1° sílaba, que
é repetida pelo Cand.; o V. M. diz a 2°, o 2° D., seguido
pelo Cand., diz a P. completa)

- Esta P. deriva da Col. e. do p. ou e. do T. do R. S. assim


chamada em recordação a ....... o bisavô de D., um P. e R.
em I..

- O significado desta P. é em F..

- Passai B...z

(O V. M. coloca a m. d. do Cand. na e. do 2° D..


61
Deve notar que o V. M. reteve a m. d. do Cand. durante
toda a conversação, desde que ajustou o T. até dizer
“Passai B....z .”, quando a devolveu ao 2° D..

O 2° D., segurando a m. d. do Cand., volta-se para a


direita; saindo do Or. vai para o canto SE., onde enquadra
a Loja, instruindo o Cand.. em voz baixa a fazer o mesmo,
bem como dar a saída com o seu p. e.. O 2° D. conduz
então o Cand. à direita do pedestal do 2° V.. O 2° D.
descansa a v. no assoalho, com a parte superior apoiada
no o. d., dá o P. e faz o Sn. do 1° G.).

2º Dia. - Ir. 2° Vig. apresento-vos o Ir. ................. em sua


iniciação.

(Desfaz o Sn. e segura novamente a v. com sua m. d.)

2º Vig. - Rogo ao Ir. ..................., que se aproxime como Maçom.

(O Cand. ensinado pelo 2° D., dá o P. e faz o Sn. do 1° G.


e o desfaz)

- Tendes alguma coisa para comunicar?

Cand. - (Ensinado, em voz alta pelo 2° D.)

- Tenho.

2º Vig. - (Levanta-se com o Passo. O 2° D. com sua m. e.


coloca a m. d. do Cand. na do 2° Vig. ajustando o T.. O 2°
Vig. não dá o T. antes que o Diac. tenha ajustado a m. d.
do Cand.. O 2° Vig. mantém o T. através de toda a
conversação, até devolver a m. d. do Cand. ao 2° Diac.
com as palavras: “Passai B...z”).
62
- Que é isto?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- O T. ou Sn. de um Ap. F. M..

2º Vig. - Que exige ele?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta) - Uma P..

2º Vig. - Dai-me essa P..

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- Na minha Loj. ensinaram-me a ser cauteloso. Eu a s. ou


d. convosco

2º Vig. - Como quiserdes, começai.

(Aqui a P. é primeiro soletrada e depois d.. O Cand. diz a


1ª letra, o 2° Vig. diz a 2ª letra, o Cand. novamente diz a
3ª letra, o 2° Vig. diz a 4ª letra; então o Cand. diz a 1ª sílaba
e o 2° Vig. diz a 2ª sílaba. Lembrando que o Cand. está
sendo ajudado pelo 2° D.. O Cand. então diz a palavra por
extenso. Lembrando que esta conversa deve ser ouvida
por toda a Loj..)

2º Vig. - Passai B...z

(O 2° Vig. recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 2° D. e


senta. O 2° D. conduz o Cand. através do canto SO. do
templo, sempre rompendo o passo com o p. e.,
enquadrando-o cuidadosamente, parando à d. do pedestal

63
do 1° Vig.. O 2° D. com a v. na mesma posição anterior,
dá o P. e faz o Sn. do 1° G.)

2º Dia. - Ir. 1° Vig. apresento-vos o Ir. ............ em sua iniciação.

(Desfaz o Sn. e segura novamente a v. com sua m. d.)


1º Vig. - Rogo ao Ir. que se aproxime como Maçom. (O Cand.,
instruído em voz baixa pelo 2º D., dá o P., somente)

- Que é isso?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- O primeiro P. R. na Maç..

1º Vig. - Trazeis mais alguma coisa?

Cand. - Trago. (Ensinado pelo 2° D. o Cand. faz o Sn. do 1° G.


e descarrega-o. O 2° D. não deve fazer o Sn.)

1º Vig. - Que é isso?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta - O Sn. de um Ap. M..

1º Vig. - A que alude ele?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- À penalidade simbólica do G.. Significa que, como


homem honrado e Maçom, preferirei ter m. g. c. de l. à l.
(Enquanto diz estas palavras, o 2° D. ensina-o a fazer o
Sn. e desfazê-lo) a ind. rev. os SS. que me forem
confiados.

64
1º Vig. - Tendes alguma coisa a comunicar?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- Tenho.

1º Vig. - (Levanta-se com o P.; o 2° D. coloca a m. d. do Cand.


na do 1° Vig. e ajusta o T. como anteriormente. O 1° Vig.
não dá o T. até que ele seja ajustado pelo 2° D.. O 1° Vig.
mantém o T. durante toda a conversação até devolver a m.
d. do Cand. ao 2° D., com a palavra: “Passai ...”)

- Que é isto?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- O T. ou Sn. de um Ap. Fr. Maç..

1º Vig. - Que exige ele?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- Uma P..

1º Vig. - Dai-me essa P..

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- Na minha Inic. ensinaram-me a ser cauteloso, eu a sol.


ou div. convosco

1º Vig. - Como quiserdes, começai.

65
(como com o V. M., nesta passagem a P. é dividida; o 2°
D., sempre em voz alta, diz a 1° sílaba, que é repetida pelo
Cand.; o V. M. diz a 2°, o 2° D., seguido pelo Cand., diz a
P. completa)

- De onde deriva essa P.?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- Da col. e. do port. ou ent. do T. do R. S., assim chamada


em recordação de B...z, bisavô de D.. Um P. e R. em I..

1º Vig. - Qual o significado desta P.?

Cand. - (Ensinado pelo 2° D., em voz alta)

- É, em F..

1º Vig. - Passai B...z

(O 1° Vig. recoloca a m. d. do Cand. na e. do 2° D. e


permanece de pé. O 2° D. leva o Cand. pela m. d. para a
e. do 1° Vig., fazendo uma volta para a frente e para a e.,
concluindo o movimento colocando a m. d. do Cand. na e.
do 1° Vig.; o 2° D. fica à e. do Cand. e o 1° Vig. faz P. e
Sn. do 1° G., que conserva)

1º Vig. - V. M. apresento-vos o Ir. . . . em sua Iniciação para


receber alguma prova de vossa estima.

V. M. - Ir. 1° Vig. delego-vos poderes para vesti-lo com a


insígnia distintiva de Maçom.

66
1º Vig. - (Desfaz o Sn. e solta a m. do Cand.; o 2° D. faz com
que o Cand. fique de frente para o 1° Vig. e o ajuda a
colocar o av. de Ap.. O 1° Vig. segura o canto inferior
direito do av. com sua m. e.. O 1° Vig. não inicia a fala,
antes de ter colocado o av. no Cand.)

- Ir. ....... por ordem do V. M. invisto-vos com a insígnia


distintiva de Maçom; ela é mais antiga que o Tosão de
Ouro ou a Águia Romana, mais honrosa que a Ordem da
Jarreteira ou qualquer outra ordem existente, sendo o
símbolo da inocência e o laço da amizade. Peço-vos
encarecidamente que sempre a useis e a considereis
como tal, e advirto-vos ainda que, se nunca desonrardes
esta insígnia (O 1° Vig. bate fortemente no avental do
Cand. com sua m. d. e todos os IIr. fazem o mesmo com
as suas) ela nunca vos desonrará.

(O 1° Vig. coloca a m. d. do Cand. na e. do 2° D. e senta-


se. O 2° D. fica à d. do Cand., ambos voltados para o Or.)

ALOCUÇÃO

V. M. - (ao Cand.) - Deixai-me acrescentar às observações


do 1° Vig. que nunca deveis revestir-vos desta insígnia ao
visitardes uma Loja onde se achar um Ir. com o qual
estiverdes em desacordo, ou contra o qual tiverdes
animosidade. Nesses casos deveis convidá-lo a sair afim
de amigavelmente resolverdes vossas pendências, o que,
sendo satisfatoriamente conseguido, podeis então colocar
vossas insígnias, entrar na Loja e trabalhar com aquele
amor e harmonia que em todas as ocasiões devem
caracterizar o Maçom. Se porém, infelizmente, forem
vossas contendas de tal natureza que não possam ser
assim facilmente resolvidas, será preferível que um ou
67
ambos se retirem, do que perturbardes com vossa
presença a boa harmonia da Loja.

- Ir. 2° D. colocai o nosso novo Ir. na parte NE. da Loja.

(O 2° D. conduz o Cand. pelo N até à parte NE. da Loja.


Os dois olham para o S; o 2° D. não segura a mão do
Cand.; depois diz):

2º Dia. - Colocai vosso p. e. no sentido transversal da Loj., e o d.


no sentido longitudinal. Prestai atenção ao V. M..

PRÁTICA

V. M. - (ao Cand.) - É costume, na construção de todos os


edifícios notáveis e soberbos, assentar a pedra
fundamental dos alicerces no canto NE. do edifício. Ao
serdes admitido na Maçonaria, sois colocado na parte NE.
da Loja, representando aquela pedra, e sobre o alicerce
esta noite assentado, possa o vosso esforço construir um
edifício perfeito em suas minudências e que honrem ao
seu construtor.

- Vossa aparência é a de um leal e perfeito Maçom e


concito-vos firmemente a continuardes a agir como tal.

- Com efeito, vou imediatamente pôr em prova, de


alguma forma, os vossos princípios, pedindo-vos que
exerçais aquela virtude que deve ser justamente
considerada a característica distintiva do coração de um
Maçom: a Caridade.

- Desnecessário tecer longas considerações sobre suas


excelências; indubitavelmente vós a tendes sentido e
68
praticado muitas vezes. Basta dizer ter ela a aprovação
dos Céus e da Terra, e como sua irmã, a Misericórdia,
abençoa aquele que dá, bem como aquele que recebe.

- Em uma associação tão universalmente espalhada


como a Maçonaria, que se estende pelos quatro cantos do
globo, não se pode negar que, enquanto muitos de seus
membros ocupam alta posição social e vivem na
opulência, outros há que, por circunstâncias de inevitável
calamidade ou infortúnio, estão reduzidos aos mais
extremos grau de miséria e desgraça.

- Em favor destes, é costume nosso acordar os


sentimentos de cada novo Ir. por um apelo à sua Caridade,
na medida de suas posses. Assim depositai em mãos do
Ir. 2° D. o que estiverdes disposto a dar, que será recebido
com gratidão e fielmente aplicado.

2º Dia. - (o 2° D. não deve abandonar o Cand. para procurar a


Sac. de Benef.. Esta deve ser-lhe entregue por trás do
Cand. durante a Prática. O 2°D. coloca-se a cerca de um
metro a frete do Cand. e estende a bolsa com a m. e. e
pergunta):

- Tendes convosco alguma coisa a dar para a causa da


caridade?

Cand. - . . . (após a resposta do Cand. o 2° D. abaixa a sacola.


Se o Cand. não responder rapidamente, o 2° D. deve
continuar com a segunda pergunta)

2º Dia. - Fostes despojado de todos os objetos de valor antes de


entrardes na Loja?

69
Cand. - ...

2º Dia. - Se não tivésseis sido assim despojado, daríeis


espontaneamente?

Cand. - ...

2º Dia. - (Volta-se para o V. M. e fazendo o P. e o Sn.)

- V. M. o nosso novo Ir. afirma que antes de entrar na Loj.


foi despojado de todos os objetos de valor, pois em
contrário daria de boa vontade o que tivesse.

V. M. - (ao Cand.)

- Congratulo-me convosco, pela manifestação de tão


honrosos sentimentos, apesar da impossibilidade em que
vos achais de, no momento, exercitá-los.

- Acreditai que esta pergunta não foi feita para zombar


de vossos sentimentos, longe de nós tal intenção. Foi feita
por três motivos especiais.

- Primeiro como já vos disse, para pôr em prova vossos


princípios; segundo, para demonstrar aos IIr. que não
tínheis convosco dinheiro ou outros objetos de valor, pois,
se tal acontecesse, a Cerimônia de vossa Iniciação até o
presente momento deveria ser repetida; e terceiro, como
uma advertência ao vosso coração para que se
encontrardes, no futuro, algum Ir. em precária
circunstância, que venha a vos pedir auxílio, não devereis
esquecer o momento solene em que fostes recebido na
Maçonaria, pobre e desprovido de todo o dinheiro e

70
pressurosamente aproveitareis a oportunidade de praticar
a virtude que agora manifestais admirar.

(O 2° D. coloca o Cand. defronte ao V. M. junto ao p.. Os


instrumentos de trabalho devem estar sobre o p. do V. M..
O V. M. não deve tocá-los, permanecendo sentado.)

V. M. - Apresento-vos agora os instrumentos de trabalho de um


Ap. Maç.. São eles: a R. de 24 pol., o Mç. Comum, e o
Cinz. (Escop.).

- A R. de 24 pol. serve para medir o nosso trabalho; o Mç.


para desbastar a todas as saliências e arestas inúteis; e o
Cinz. (Escop.) para melhor ainda polir e preparar a pedra,
tornando-a pronta para ser manejada por um operário mais
destro.

- Mas, como nem todos os Maçons são operativos,


porém, mais especialmente, Livres e Aceitos ou
Especulativos, aplicamos estes instrumentos à nossa
moral.

- Assim, a R. de 24 pol. representa as 24 horas do dia,


das quais devemos aplicar parte em orações ao Todo
Poderoso, parte no trabalho e no descanso, e parte em
servir a um amigo ou Ir. necessitado, sem prejuízo nosso
ou de nossos familiares. O mç. comum representa a força
da consciência, que deve dominar todos os pensamentos
vãos e inoportunos que possam ascender impolutas ao
Trono da Graça. O cz. (escop.) mostra-nos as vantagens
da educação, por cujos meios nos tornamos aptos para
integrar uma sociedade regularmente organizada.

71
- Como no decorrer desta noite a joia de vossa Iniciação
vos será exigida, tendes o direito de saber quem nos
autoriza a trabalhar. Esta é a nossa Carta Patente ou
Breve Constitutiva, concedida pelo Grande Oriente
Maçônico do Brasil – GOMB (mostra a Carta da Loja) que
podereis examinar hoje ou em qualquer outra noite.

- Este é o Livro da Constituição do Grande Oriente


Maçônico do Brasil - GOMB, este é o nosso Estatuto e
Reg. Interno (entrega cópias ao Cand.).

- Recomendo-vos uma séria leitura dos mesmos, pois,


pelo primeiro, sereis instruído sobre os vossos deveres
para com a Ordem em geral, e pelo último, para com esta
Loja em particular.

- Estais agora em liberdade para retirar-vos, a fim de


retomar o vosso conforto pessoal, e quando voltardes à
Loja, chamarei a vossa atenção para uma preleção
baseada nas excelências da Instituição e na qualidade dos
seus membros.

(O 2° D. segura o Cand. pela m. d., faz uma volta no


sentido anti-horário, de maneira que ambos fiquem
voltados para o Ocidente, levando o Cand. diretamente e
sem enquadrar a Loja para o lado Norte do pedestal do 1°
Vig.. Faz uma curva no sentido horário, ficando o 2° D. e o
Cand., ainda de mãos juntas, olhando para o Or. e em
linha com o pedestal do 1° Vig.; o 2° D. solta a mão do
Cand. dizendo:)

2º Dia. - Saudai o V. M. como Maçom.

72
(Em voz baixa ensina o Cand. a dar o P. e a mostrar o
Sn. do Prim. Gr.. O Cand. dá o P., faz o Sn. e desfaz. O 2°
D. toma o Cand. pela m. d., faz um giro no sentido anti-
horário, conduzindo-o à P. da L., que é aberta e fechada
pelo G. I.. O Cand. sai, o 2° D. e o G. I. voltam aos seus
lugares).

“A s e g u ir, os IIr. podem ser c h a ma


do s p a ra o
d e s c an
so”

RETORNO DO CANDIDATO

(O Cand. estará vestido com seus trajes, não se


esquecendo de colocar o avental de Ap.. Quando o Cand.
estiver pronto, o Cobr. (G. E.) dá ! ! ! na porta da L.)

G. I. - (levanta com o P. e Sn. do 1° G., defronte à cadeira)

- Ir. 2° Vig. batem à Porta do T. (conserva o Sn.).

2º Vig. - (sentado, dá ! ) - Ir. G. I. verificai quem bate à P. T..


(O G. I. desfaz o Sn., vai à porta da Loja e abre-a sem dizer
palavra)

Cobr. - É o Cand. no seu retorno.

G. I. - (não dá resposta, fecha a porta, volta à sua posição, dá


P. e Sn. do 1° G., que conserva).

- V. M. é o Neófito em seu retorno.

V. M. - Podeis admiti-lo.

73
(O G. I. desfaz o Sn., dirige-se à porta da L. e somente a
abre quando o 2° D. já estiver em posição de receber o
Cand.. O Cand. entra e é conduzido pelo 2° D. à esquerda
do pedestal do 1° Vig.. O G. I. fecha a porta da Loj. e volta
ao seu lugar).

2º Dia. - Saudai o V. M. como Maçom.

(O Cand., instruído pelo 2° D., dá o P. e faz o Sn. do 1° G.,


desfazendo-o. Ambos permanecem de pé, sem dar as
mãos enquanto aguardam o aplauso e a preleção, se
houver.

A preleção, caso haja tempo, deve ser feita pelo V. M. ou


pelo V. M. I.. O V. M. permanece sentado. O V. M. I. ficará
de pé à esquerda do p. do V. M.)

(Não havendo tempo, dá-se a sequência.)

V. M. - ( ! ) Convido a todos os IIr. a saudar o mais novo Obr.


e amigo, que vem abrilhantar as CCol. Desta Loj.,
auxiliando-nos nos trabalhos, e cultivando conosco as
afeições fraternais.

V. M. - ( ! ) Atenção meus IIr..

- À mim meus IIr., pelo aplauso;

(Neste momento o V. M., o 1° Vig., e o 2° Vig., dão ! ao


mesmo tempo em que os IIr. batem com sua m. d. esp.
sobre a perna d., todos sincronizados)

74
V. M. - Ir. 2° D. conduzi o aprendiz ao Ir. Sec. para assinar o
seu nome no livro de presença, e fazei-o tomar assento no
lugar devido.

(O Cand. é conduzido pelo 2° D. ao seu lugar na Loja,


primeira cadeira, da primeira fila, na parte NE. da Loj., após
ter assinado o livro de presenças)

PRELEÇÃO APÓS A INICIAÇÃO

Ir. ......., como haveis passado pela Cerimônia de vossa


Iniciação, permiti-me felicitar-vos por terdes sido admitido como
membro de nossa antiga e honrada Instituição. É antiga sem
dúvida, pois subsiste desde tempos imemoriais e, como
honrada, deve ser reconhecida, pois, por uma tendência natural,
concorre para fazer honrados aos que são obedientes aos seus
preceitos.

Em verdade, nenhuma Instituição pode gabar-se de um


alicerce mais sólido do que aquele sobre a qual a Maçonaria
repousa: a prática de todas as virtudes morais e sociais. E o
seu crédito atingiu a tal eminência que, em todas as épocas os
próprios monarcas foram promotores da arte; não consideraram
prejudicial à sua dignidade trocar o cetro pela trolha;
patrocinaram nossos mistérios e tomaram parte em nossas
reuniões.

Como Maçom, recomendo-vos o mais sério estudo do L.


das SS. EE., concitando-vos a considerá-lo como infalível
modelo da verdade e da justiça, regulando vossas ações pelos
divinos preceitos que ele contém.

Nele aprendereis os importantes deveres que tendes para


com Deus, para com o próximo e para convosco.
75
Para com Deus, nunca mencionando seu nome, senão
com o respeito e a veneração que são devidos por uma criatura
ao seu Criador, suplicando o seu auxílio em todas as
emergências e contando com a Sua proteção para obter
conforto e amparo.

Para com vosso próximo, agindo para com ele no


esquadro, prestando-lhe todos os bons ofícios que a justiça ou
a misericórdia possam reclamar, aliviando as suas
necessidades, suavizando suas aflições e, enfim, fazendo-lhe o
mesmo que em caso idêntico desejaríeis que ele vos fizesse.

E para convosco, por procedimento tão prudente e regular


que possa melhor conduzir à preservação de vossas faculdades
físicas e mentais em sua energia mais completa, assim
habilitando-vos a exercer as capacidades com as quais Deus
vos abençoou, tanto para Sua Glória como para o bem estar do
vosso semelhante.

Como cidadão do mundo, advirto-vos que deveis ser


exemplar no desempenho de vossos deveres civis, nunca
praticando, nem de forma alguma favorecendo, qualquer ato
que possa tender a perturbar a paz e a boa ordem da sociedade;
prestando a devida obediência às leis de qualquer país que
possa, em qualquer época, ser o lugar de vossa residência ou
oferecer-vos a proteção de suas leis e, acima de tudo, nunca
perdendo de vista a fidelidade devida à vossa Pátria, sempre
vos lembrando que a natureza implantou em vosso peito uma
ligação sagrada e indissolúvel para com o país de vosso
nascimento e onde vos alimentaste na infância.

Como homem, devo recomendar-vos a prática de todas as


virtudes, não só privadas como públicas. Que a Prudência vos

76
guie, a Temperança vos purifique, a Energia vos sustente e a
Justiça seja o guia de todas as vossas ações.

Sede especialmente cuidadoso em manter, no seu mais


brilhante esplendor, aqueles ornamentos verdadeiramente
maçônicos que já foram amplamente ilustrados: a Benevolência
e a Caridade.

Ainda como Maçom há outras excelências de caráter, para


as quais devo, particular e fortemente, chamar vossa atenção.
Entre as principais estão: a Discrição, a Fidelidade e a
Obediência.

A Discrição consiste numa inviolável adesão ao juramento


que fizestes de nunca indevidamente revelar quaisquer dos
Segredos Maçônicos que agora foram, ou possa para o futuro
virem a ser confiado à vossa guarda e com precaução evitar
toda ocasião que possa, por descuido, levar-vos a assim fazer.

Vossa Fidelidade deve ser exemplificada por uma estrita


observância das constituições da fraternidade, aderindo aos
antigos Landmarks da Ordem, nunca tentando extorquir, ou por
qualquer outra forma obter indevidamente os Segredos de um
Grau Superior e, abstendo-vos de recomendar qualquer um
para a participação de nossos segredos, a não ser que tenhais
razões para acreditar que, por uma Fidelidade semelhante,
venha ele finalmente honrar a vossa escolha.

Vossa Obediência deve ser provada por uma estrita


observância de nossas leis e regulamentos, por atenção pronta
a todos os sinais e convocações, por um procedimento modesto
e correto em Loja, abstendo-vos de toda discussão sobre
assuntos políticos ou religiosos, por uma perfeita submissão ao

77
Mestre e aos seus Vigilantes, quando agindo no desempenho
dos respectivos cargos.

E como última e geral recomendação, exorto-vos a que


vos dediqueis a trabalhos tais que vos tornem respeitável em
vida, útil à humanidade e ornamento da sociedade da qual
desde hoje fazeis parte.

Recomendo-vos da mesma forma que estudeis mais


especialmente as Artes Liberais e Ciências que se encontram
dentro do compasso de vossas aptidões e que sem
negligenciardes os deveres comuns de vossa profissão,
procureis fazer progressos diários nos conhecimentos
Maçônicos.

A louvável atenção, que tendes prestado a esta preleção,


autoriza-me a esperar que apreciareis devidamente o valor da
Maçonaria e que imprimireis de um modo indelével, em vosso
coração, os sagrados preceitos da Verdade, da honra e da
Virtude.

V. M. - ( ! ) Convido a todos os IIr. a saudar o mais novo Obr.


e amigo, que vem abrilhantar as CCol. Desta Loj.,
auxiliando-nos nos trabalhos, e cultivando conosco as
afeições fraternais.

V. M. - ( ! ) Atenção meus IIr..

V. M. - À mim meus IIr., pelo aplauso;

(Neste momento o V. M., o 1° Vig., e o 2° Vig., dão ! ao


mesmo tempo em que os IIr. batem com sua m. d. esp.
Sobre a p. d., todos sincronizados)

78
V. M. - Ir. 2° D. conduzi o aprendiz ao Ir. Sec. para assinar o
seu nome no livro de presença, e fazei-o tomar assento no
lugar devido.
(O Cand. é conduzido pelo 2° D. ao seu lugar na Loja, primeira
cadeira, da primeira fila, na parte NE. da Loj., após ter
assinado o livro de presenças)

PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS
INSTRUMENTOS DE TRABALHO

O Malhete, símbolo do poder de decisão e da força, do V. M.,


a serviço da Loja, é seu Instrumento de Trabalho, devendo ser
confeccionado em madeira. Empunhado com a mão direita, serve
para executar Baterias, conceder – pedir – ou – retirar a Palavra,
chamar a atenção dos IIr. e para os demais procedimentos
ritualísticos. Em hipótese alguma o Malhete é usado para execução
de Sinais ou Saudações. Os oficiais Principais, ao fazerem sinal de
aprovação ou juramento, deverão repousar o Malhete, fazendo
gesto apenas com a mão.

Os Bastões são o Instrumento de Trabalho do Dir. de Cer.,


Dir. de Cer. Assistente e dos DD., e deve ser de madeira escura,
com o comprimento de 1,80 m. Os Bastões são encimados pela
Joia do Cargo e são empunhadas com a mão direita, punho para
frente, antebraço na horizontal e braço colado ao corpo, formando
um esquadro. Como Instrumento Trabalho, o bastão não pode
jamais ser usado para a execução de Sinais.

Para a Iniciação, o Cand. e todos demais IIr. deverão, como é


uso no Ritual, comparecer em traje preto, camisa branca, gravata
preta, sapatos e meias pretas, e chinelos, necessários para a
cerimônia.

79
O G. E. preparará o Cand. e comprovará cuidadosamente de
que este esteja despojado de todos os metais e valores. A Bolsa
de Beneficência, os Livros e documentos que circulam em L., são
igualmente considerados Instrumentos de Trabalho, sendo vedada
aos seus portadores a execução de P. e Sn.

Os instrumentos de trabalho não devem ser apresentados


duas vezes no mesmo dia. Quando isso ocorrer em razão de uma
Cerimônia de Grau precedente à Instalação, deve ser feita menção
com palavras apropriadas do fato dos mesmos já terem sido
apresentados.

BATIDAS

Nas aberturas e encerramentos da Loja, nos diversos Graus


e na reversão de um Grau para outro, as batidas do V. M., dos
Vigilantes, do G. I. e do G. E., são dadas em sequência, sem
esperar por outra ação ou indicação.

Na Loja de Aperfeiçoamento os ajustes do L. das SS. EE. e


do E. e do C. são feitos a qualquer tempo entre as batidas. O P. M.
I. faz os ajustes de sua posição à esquerda do V. M..

Para um Candidato o G. E. dá as batidas do Grau mais


elevado alcançado pelo Candidato, assim que o mesmo estiver
preparado. O V. M. decide quando o G. I. deve fazer o anúncio.

É recomendável que as batidas dos Candidatos sejam dadas


claramente e, no Primeiro Grau, com três batidas distintas, mais
pausadas, com intervalos mais longos do que as batidas normais
do Grau.

80
REGRAS A OBSERVAR

Se o Pavilhão Nacional ainda não estiver no Templo, adotam-


se as prescrições contidas neste Ritual para a Recepção de IIr. que
são autoridades Maçônicas ou portadores de títulos de
recompensas. Porém estando o Pavilhão Nacional presente no
Templo não se forma nenhuma Comissão, somente sendo
adotadas as prescrições regulares relativas à entrega do Malhete,
com a Loj. de Pé e a Ordem.

As autoridades e os Portadores de Títulos de Recompensas


são recebidos e retiram-se do Templo nos momentos previstos
neste Ritual, concedendo-lhes as honras de estilo nele reguladas.

Estando ausente o Grão Mestre Geral, qualquer autoridade


ou portador de comenda classificada nas faixas 6 ou 5 ingressa no
Templo, em procissão, com as formalidades a que tem direito.

O V. M. não divide a direção dos trabalhos com qualquer Ir.


Visit.; somente passa o Malhete, de acordo com o disposto no
protocolo estabelecido neste Ritual, ao Grão Mestre Geral da
Ordem, ao qual é atribuída a presidência em qualquer Loj..

Estando presente o Grão Mestre Geral Adjunto em qualquer


Loja, este não se levanta à entrada de nenhuma Loj., ou autoridade
Maçônica de faixa igual ou inferior, e o Grão Mestre Geral em
nenhuma hipótese.

Será recebido em sua própria faixa o representante de


qualquer Autoridade, não cabendo ao representante gozar das
prerrogativas protocolares inerentes ao cargo do representado.

81
As Autoridades, que acompanham o G. M. em sua comitiva
sentam imediatamente à sua d., observando-se sempre a
hierarquia Maçônica.

No caso do G. M., o V. M. oferece o Malhete, na maioria das


vezes é devolvido ao V. M., para dar continuidade na direção dos
trabalhos, ficando a Presidência a cargo do G. M.. O V. M.
permanece sentado em sua cadeira no pedestal; e o G. M. em sua
cadeira própria que fica a direita do V. M. Caso o G. M. Adj. Venha
representando o G. M. procede-se da mesma forma. Caso a
autoridade não esteja representando o G. M.; a cadeira do G. M.
ficará vaga.

ENTRADA, SAUDAÇÃO E SAÍDA


DO PAVILHÃO NACIONAL

Sua entrada deve ser feita sempre de forma solene, seguindo


ritualística disposta no Grande Oriente Maçônico do Brasil –
GOMB, e após todos encontrarem-se no T. (visitantes, autoridades
civis e autoridades Maçônicas).

Como no Ritual de Emulação não são usadas espadas e


estrelas, os IIr. formarão uma comissão. A Bandeira será conduzida
pelo D. C. Adj., sendo escoltada pela Guarda de Honra, que será
formada pelos IIr. D. C. e os DD., empunhando suas varas.

Encontrando-se todos no T., o V. M. determina ao D. C. que


forme uma Guarda de Honra, e convide o Ir. D. C. Adj. para a
condução da Bandeira Nacional. Todos retiram-se até o nicho de
onde o Ir. D. C. Adj. a retira com a m. d., colocando-a no Talabarte
que deve estar junto ao quadril direito. A Guarda de Honra deve
postar-se um passo atrás formando um triângulo, e empunhando
suas varas.

82
Assim formado o préstito, o D. C. avisa o G. I. que anuncia ao
V. M.. Este determinará que todos fiquem de pé e perfilados e
autoriza a abertura da porta. O préstito adentra o T. e se posta no
lado N do p. do 1° Vig., executando o Hino Nacional (se
orquestrado, apenas sua primeira parte com o refrão; se cantado,
deverá sê-lo por inteiro).

Em seguida, o D. C. Adj. (sempre seguido pela Guarda de


Honra) conduz o Pavilhão ao seu lugar, ou seja, no L e ao N do p.
do V. M., local de maior destaque. Nesse momento, recebe uma
bateria incessante.

Sua saída é feita em ordem inversa. O V. M. determina ao D.


C. que se forme uma Guarda de Honra e convide o D. C. Adj. para
portar a Bandeira.

O V. M. ordenará que todos os IIr. fiquem em pé e a Ord..


Quando o V. M. designar alguém para fazer a Saudação ao
Pavilhão Nacional, é nesse momento que o fará.

SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL

V. M. - Bandeira do Brasil! Que acabastes de assistir aos


nossos Aug. Trab. como prova do respeito à tradicional
regra que nos impõe o dever de amar e defender o teu
solo, inspira com tua divisa ORDEM E PROGRESSO a
disciplina que assegura a Fraternidade e a Evolução com
lei básica da perfeição.

- A Ordem Maçônica Te glorifica! Os Maçons do


Soberano Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, Te
saúda!

83
O Pavilhão é conduzido vagarosamente para fora do T. (sem
parada ou volteio), sob os acordes do Hino da Bandeira que se
interromperá no momento em que ultrapassar a porta do T..

Próximo à porta do T. o D.C. dirá ao V.M., que vossas ordens


foram cumpridas.

Notas:

 Observe que, quando em movimento a Bandeira deve


permanecer junto ao mastro, mantida nessa posição pelo
D. C. A., e quando parada deve ficar desfraldada;

 Ninguém pode tocar, nem beijar a Bandeira.

SINAIS E SAUDAÇÕES

O Sinal de Ordem, bem como a Saudação Ritualística, têm,


como princípio básico, o corpo ereto, altivo, respeitando-se
rigorosamente E., N. e Pr..

Dessa forma, só são realizados quando o Ir. estiver de pé e


parado, ou durante o “enquadramento” da L.. O V. M. e os seus
VVig. respondem às Saudações com um leve meneio de cabeça,
no máximo. Quando o G. I. ou o 2° V. respondem ao V. M. (com o
P. e Sn.), o fazem sem virar o corpo para ele, apenas a cabeça vira
na sua direção. O mesmo deve fazer o G. I. quando responde ao
2° V..

Todas as falas ritualísticas são ditas com P. e Sn., inclusive


as dos VVIG., que aguardarão autorização do V. M..

84
Os sinais serão dados sem ruído, salvo para as saudações ao
V. M. ou a Autoridades e nas Cerimônias de Instalação, batendo a
m. d. na lateral da c. d..

O Sn. do Primeiro Grau é sempre descarregado. O Sn. de


Reverência, (com o polegar fechado) é sempre baixado

RECEPÇÃO DE LOJAS

Uma Loja pode estar presente na sessão de uma coirmã


como incorporada, quando ambas funcionarem na mesma sessão
e no mesmo Rito.

Caso não atue no desenvolvimento dos trabalhos ritualísticos


ou não seja do mesmo Rito tratar-se-á de uma Loja visitante.

As Lojas incorporadas ingressam no Templo juntamente com


a Loja anfitriã e com ela dividem a realização dos trabalhos em
sessão conjunta.

A Loja visitante ingressa, após a abertura dos trabalhos, com


o V. M. à frente, seguindo-se o Estandarte e, hierarquicamente, as
demais Dignidades, Oficiais e IIr. formados em fila dupla, do mais
graduado ao menos graduado, sendo recebida de pé pela Loj.
visitada e sob bat. Incessante. Somente o V. M. saúda o V. M. e os
VVig. da Loja visitada, sendo conduzido ao Or., conforme o
Protocolo de Recepção, todos fazendo o Sn. do Gr. e tomam seus
lugares, indicados pelo D. C., conforme suas prerrogativas
hierárquicas, sem fazerem nenhuma Saud..

Quando existirem duas ou mais LLoj. em visitação, entra em


último lugar a de maior título ou condecoração e, se forem iguais
nisso, entra em último lugar a mais antiga na Ordem, de acordo
com o menor número cadastral.
85
ENTRADA EM LOJA
(Procissão)

Todos os Irmãos, inclusive os visitantes comuns (exceto os


IIr. Que farão parte da Procissão de Entrada) adentram a Sala da
Loja e aguardam a entrada dos Principais Oficiais, que formarão a
procissão, guiados pelo Diretor de Cerimônias e seu Assistente (se
houver), como desenho abaixo.

O D.C. fala (Na porta da Loja, fora do Templo): - “Atenção


meus Irmãos, em Pé para a entrada do V.M. e seus VVig.”. Caso o
V.M. não esteja presente, e for substituído, o anúncio é da seguinte
forma: - “Atenção meus Irmãos, em Pé para a entrada do M.
Interino e os VVig.”.

A Procissão entra e dirige-se até o Pedestal do V.M., parando


do lado N., onde então todos ficam de frente, uns para os outros,
os DDiac. cruzam suas varas e o D.C. pegando o V.M. pela mão
direita, o conduz ao seu assento, faz a Corte Real (Curva-se

86
levemente a cabeça para frente, mantendo o corpo ereto), voltando
em passos curtos para trás e vira-se para a direita.

Os Diáconos descruzam as varas, e toda a procissão vira-se


para a direita, seguindo em direção ao pedestal do 2º Vig., onde o
procedimento é repetido pelo D.C.D. (se não houver, é realizado
pelo próprio D.C.) pelo lado Leste. Repetem o procedimento no
pedestal do 1º Vig., que também é conduzido pelo D.C.A., pelo lado
Sul.

Todos se viram para o Oriente, e ao comando do D.C. desfaz


a procissão, tomando todos, os seus lugares (Sem esquadrar a
Loja). O V.M. senta-se, e na sequência todos se sentam-se (não
existe a necessidade de comando do V. M. para sentar-se).

No caso de entrada simples, sem a adoção da Procissão de


Entrada, todos os Irmãos adentram a Loja e toma seus respectivos
lugares, cabendo ao D.C. orientar os visitantes a tomarem assentos
adequados.

ENTRADA DE AUTORIDADES

Depois de a Loj. aberta no 1° Grau, o D.C. convida os DDiac.


e mais 4 M.M. para formarem a procissão para a entrada das
autoridades.

O cortejo é formado fora da Loj., compondo-se da maior para


a menor autoridade (faixa), e o ingresso é feito observando o
seguinte, o de maior faixa estará sempre à direita e o de menor
faixa à esquerda.

Ao ingressar, o D.C. pede aos IIr., que se levantem e fiquem


à Ordem. O cortejo caminha para o Or. e para a cerca de 3 passos
do pedestal do lado d. do V. M..

87
Todos do cortejo se viram para o interior, formando um
corredor, de frente um para o outro. Os DDiac. cruzam as varas. O
D.C. que se encontra à frente do cortejo, empunhando sua vara
com a m. d., coloca-se à direita do cortejo e com sua mão e. apanha
a m. d. da autoridade, e a conduz ao seu lugar. (A maior autoridade
sempre será a primeira a ser conduzida).

Os DD. descruzam as varas. Todos se viram para frente


(Oriente) e a procissão desfaz-se, retornando todos aos seus
lugares.

O V. M. senta-se, e todos se sentam.

Em seguida o D.C. vai para o centro da Loj. e solicita ao V.M.


permissão para saudar as autoridades presentes em Loj.. Sendo
atendido, anuncia a autoridade a ser saudada, e pede aos IIr. que
se levantem e deem o Passo. Apoia a vara no chão ao lado de seu
pé d., e apoia em seu ombro d., faz o sinal do 1° Grau. (a Loj. já se
encontra aberta no 1° Grau).

(Supondo que a autoridade a ser saudada seja o Grão Mestre


Geral):

D. C. - Irmãos acha-se presente em nossa Loj. o Soberano


Grão Mestre Geral, o Ir. ...
- Peço a todos que saudemos com 11 SSn. de Ap.,
guiados por mim. (ao desfazer o Sn., deve-se bater com a
m. d. na lateral da c. d., proporcionando um som audível).

O D.C. volta ao seu lugar. O V.M. e a(s) autoridade(s) a


ser(em) saudada(s), permanecem sentados durante as saudações,
a saber:

88
6ª Faixa - 11 vezes - Tratamento - Soberano Ir. - Cargo :
Grão Mestre Geral.

5ª Faixa - 9 vezes - Tratamento - Sapientíssimo Ir. - Cargos


e Títulos - Conforme o disposto no Reg. Geral do
GOMB.

4ª Faixa - 7 vezes - Tratamento - Eminente Ir. - Cargos e


Títulos - Conforme o disposto no Reg. Geral do
GOMB.

3ª Faixa - 5 vezes - Tratamento - Poderoso Ir. - Cargos e


Títulos - Conforme o disposto no Reg. Geral do
GOMB.

2ª Faixa - 3 vezes - Tratamento - Venerável Ir. - Cargos e


Títulos - Conforme o disposto no Reg. Geral do
GOMB.

1ª Faixa - 1 vez - Tratamento - Venerável Mestre e Ilustre


Irmão para os demais - Cargos e Títulos -
Conforme o disposto no Reg. Geral do GOMB.

Ao final todos se sentam.

A Autoridade saudada levanta-se, com o P. e Sn., agradece a


saudação e senta-se. Os trabalhos continuam.

ENTRADA DE RETARDATÁRIOS

Cobr. - (Dá as batidas do Gr. em que a Loj. está aberta)

89
G. I. - (O G. I., no momento conveniente, levanta-se com o P.
e o Sn. na frente de sua cadeira, voltado para o V. M. e
com a cabeça levemente voltada para o 2° Vig., anuncia
as batidas ao 2° Vig.).

- Ir. 2° Vig. batem à Porta do T. (conserva o Sn.).

2° Vig. - (O 2° Vig., sentado, dá ! )

G. I. - (O G. I. desfaz o Sn., vai à porta da Loja, e depois de


certificar-se do motivo das batidas, volta ao seu lugar, e de
pé com o P. e o Sn., anuncia o retardatário para o V.M.,
dando somente seu nome. Não fala que pede admissão ou
qualquer coisa parecida. - V.M. é o Ir.... (se o
retardatário estiver acompanhado, é anunciado o nome do
mais Graduado, e a fala é) - V.M. é o Ir.... e outro(s)
irmão(s).

V. M. - Admita-o.

G. I. - (Desfaz o Sn., volta à porta, abre-a e dá entrada ao(s)


Irmão(s) retardatário(s), que se coloca à esquerda do 1º
Vig. (caso haja mais de um, os outros deverão ficar em fila,
atrás do primeiro) e o G.I. por sua vez permanece à sua
direita.)

Retardatário - (Dá o Passo e executa os Sinais até aquele que


a Loj. está aberta.).

D. C. - (Conduz o Ir. até o seu assento, retornando em seguida


ao seu lugar, e senta-se).

90
OBSERVAÇÕES

Não são previstos atrasos de autoridades ou visitantes.

O escrutínio secreto somente é realizado nas Sessões do


Grau de aprendiz, participando da votação apenas os membros
efetivos do quadro da Loja.

FILIAÇÃO

V. M. - Ir. D. C., trazei o Ir. ..................., ao pedestal do V. M. e


fazei-o ajoelhar-se (Ap. Maç., Comp. Maç., M. Maç.).

(O D. C. dirige-se com o candidato ao pedestal do V. M.,


colocando o b. de aj., fazendo o filiando aj. sobre o j. e., e
com a m. d. sobre o L. das SS. EE.)

V. M. - ( ! ) De pé e a Ordem, meus IIr..

V. M. - (Ao filiando) - Repetir comigo o Juramento:

- Eu, ............... juro e prometo, por minha honra e por


minha fé, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as Leis
do Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, bem
como os Estatutos e deliberações desta Oficina, pautando
em minha vida pelos princípios da Franco-Maçonaria
Universal, e reconhecendo o Grande Oriente Maçônico do
Brasil – GOMB, como potência maçônica legal e legítima).

V. M. - ( ! ) IIr., podeis desfazer o sinal. (O D. C., levanta o


filiando, devendo o mesmo ficar com o P. e o Sn).

91
V. M. - Em nome desta Loj. (nome da Loj.), aceito vosso
compromisso e vos proclamo membro ativo de seu quadro.
Podeis desfazer o Sn..

V. M. - Ir. D. C., fazei o Ir. assinar o Livro de Presença e depois


conduzi-o ao lugar que lhe compete.

REGULARIZAÇÃO

(A Regularização (Ap. Maç., Comp. Maç., M. Maç.), é um


procedimento ritualístico semelhante ao de filiação,
diferenciando apenas o compromisso)

V. M. - Ir. D. C., trazei o Ir. ..................., ao pedestal do V. M. e


fazei-o ajoelhar-se (Ap., Comp., M. M.) .

(O D. C. dirige-se com o candidato ao pedestal do V. M.,


colocando o b. de aj., fazendo o filiando aj. sobre o j. e., e
com a m. d. sobre o L. das SS. EE.)

V. M. - ( ! ) De pé e a Ordem, meus IIr..

V. M. - (Ao regularizando) - Repetir comigo o Juramento:

- Eu, ............... ratifico e prometo, por minha honra, não


revelar nenhum dos mistérios da Franco-Maçonaria,
senão a Maçom regular, não escrever, gravar, riscar,
imprimir, ou fazer caractere por onde os possa profanar.
Prometo também cumprir fielmente a Constituição do
Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, bem como
os Estatutos e deliberações desta oficina, reconhecendo o
Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, como
potência maçônica legal e legítima.

92
V. M. - ( ! ) IIr., podeis desfazer o sinal. (O D. C., levanta o
filiando, devendo o mesmo ficar com o P. e o Sn).

V. M. - Em nome desta Loj. (nome da Loj.), aceito vosso


compromisso e vos proclamo membro ativo de seu quadro.
Podeis desfazer o Sn..

V. M. - Ir. D. C., fazei o Ir. assinar o Livro de Presença e depois


conduzi-o ao lugar que lhe compete.

REVERSÃO DA LOJA PARA QUALQUER GRAU

A reversão da Loja para qualquer Grau pode ser feita, mas


desde que se esteja numa “Loja de Instrução” e o grau no qual se
pretende reverter tenha sido previamente e formalmente aberto.

V. M. - (Dá !, seg. pelos VVig.)

- IIr., em virtude dos poderes em que estou investido,


reverto a Loj. ao Gr. ......

(Dá ! do Gr. no qual a Loj. foi revertida, seguido pelos


VVig., G. I. e Cobr. (G. E.). O 2° D. cuida da T. D. e o V.
M. I. ou Cap. cuida do E. e C..)

(A Loja poderá ser revertida para cima ou para baixo em


qualquer Grau no qual tenha sido previamente aberta,
desde que o Grau em questão não tenha sido formalmente
fechado).

“A p rá t ic a d e re v e rt e r a lo ja p a ra qu a lqu
er g ra u d e v e
ser evitada, salvo quando o assunto assim o requer e
o t e mpo fo r e s c a s so .”

93
ÁGAPE RITUALÍSTICO

No Ágape

Os gestos e aplausos que seguem aos brindes Maçônicos se


denominam “fogo Maçônico” ou simplesmente “fogo”. São de
índole privada, de modo que nos abstemos de realizá-los em
presença de pessoas que não sejam Maçons. Provavelmente, a
razão disto está em que os gestos aludem ao sinal do primeiro
Grau. É um costume muito antigo.

Em algumas Lojas se realiza mediante um “copo para o fogo”,


com uma base reforçada, golpeando-o na mesa. Terá-vos
surpreendido o primeiro brinde.

Procede da Inglaterra, ainda que sua origem concreta seja


desconhecida. Naquele país, berço da Maçonaria, foi praticado
pelos muitos membros da família Real que pertenceram à Ordem.

O Presidente da República é o símbolo vivo da Nação. A


lealdade ao poder legal constituído, que no Brasil se personifica na
Presidência da República, é um dos princípios fundamentais da
ordem Maçônica. Essa lealdade não fica afetada, em modo algum,
pela participação ou não do Presidente da República na Ordem. O
brinde se executa, pois, ainda que o Presidente não seja Maçom.

Se vos pedem que respondais a um brinde, deveis fazê-lo de


forma breve e sincera, dizendo tudo o que deve ser dito sem fazer-
vos pesado. Em geral, as respostas começam agradecendo o
brinde ao proponente e sua execução aos Irmãos.
Ao propor ou responder a um brinde, é suficiente começar
com a expressão “Venerável Mestre e queridos Irmãos”. No caso
de que estiver presente um Dignitário de alto posto, consultai a
conveniência de uma formula alternativa. De outro modo, resta-vos

94
fazê-lo com a elegância da simplicidade dessa forma de
tratamento.

A Ritualística

A mesa deve ser disposta com a colocação dos Irmãos - o


Venerável Mestre no Leste, o Primeiro Vigilante no Oeste, o
Segundo Vigilante no Sul e os demais irmãos como queiram. Os
Irmãos não devem estar paramentados e nos lugares dos
Vigilantes e do V. M. deverão ser colocados os Malhetes. O D. C.
deverá estar com um pequeno bastão que represente o seu de
oficio.

Os Irmãos estarão sentados, e à entrada do V. M. deverão


levantar-se e recebê-lo com uma bateria incessante de aplausos.

V. M. - ( ! ) - Irmãos, agradeço vossa bateria; Irmão Capelão,


queira agradecer pela alimentação que vamos tomar. (O
Capelão executa)

V. M. - ( ! ) - Sentemo-nos meus Irmãos. Que sejam servidos


os alimentos.

(Uma vez começado o Ágape, servido pelos Aprendizes, e


com vinho nos copos, deverá ser feito o primeiro brinde,
que será previamente combinado entre o V. M. e o D. C..
O V. M. e os Irmãos homenageados levantam-se e os
demais permanecem sentados aplaudindo).

D. C. - ( ! ) - (dá ! seguido pelo 1° Vig., e pelo 2° Vig.)

D. C. - (com todos os IIr. sentados em seus lugares) - Irmãos,


estão carregadas as CCol.? (permanece em pé)

95
2º Vig. - Todos estão servidos no S.! (também permanecendo
em pé aguarda que o 1° Vig. levante e diga:)

1º Vig. - Todos estão servidos no Oe.! (em pé aguarda que o V.


M. levante e diga:)

V. M. - Todos estão servidos no Le.!

D. C. - O V. M. quer brindar com os IIr. ....... (O V. M. e o outro


ou outros IIr. homenageados levantam se e os demais
permanecem sentados aplaudindo).

(O V. M. e o D. C. programarão antecipadamente se serão


lidos e debatidos trabalhos, que devem ser distribuídos
antecipadamente aos Irmãos).

(Caso positivo o V. M. escolherá o momento adequado,


para interromper os trabalhos de degustação e anunciar:)

V. M. - ( ! ) - “O nosso querido Ir. ....... procederá a leitura de


seu trabalho, após o que o mesmo poderá ser debatido por
todos”.

O Irmão lerá seu trabalho sem estar à ordem, e se sentará


em seguida.

No debate dos trabalhos, os irmãos falarão sentados sem


estar à ordem, solicitando a palavra diretamente ao D. C.. Caso
não haja trabalhos a serem lidos e debatidos, o V. M. poderá
propor um tema livre (exceto político ou religioso) para debate.

Durante o Ágape o D.C. dirigirá diversos brindes,


previamente acordados com o V. M. e homenageando algum
Irmão que se tenha destacado, ou por determinados Irmãos, ou

96
por Autoridades presentes, Grandes Oficiais (nomes), recém
Iniciados, Passados ou Elevados, Visitantes, dando-lhes a
oportunidade de falar sobre a cerimônia, ausentes, sempre
obedecendo a ritualística do primeiro brinde.

Antes do encerramento do Ágape, deverão ser feitos três


brindes obrigatórios, sempre dirigidos pelo D. C. e obedecendo a
mesma forma do brinde inicial, a saber:

1º. Pelo Presidente da República Federativa do Brasil


Exmo. Sr. (os IIr. antes de beber, respondem todos
juntos) “POR ELE”.

2º. Por todos os Soberanos e Chefes de Estado que


protegem a Maçonaria (os Irmãos antes de beberem,
respondem todos juntos) “POR TODOS ELES”.

3º. Pelo Soberano Grão Mestre do Grande Oriente


Maçônico do Brasil - GOMB., Soberano Ir. ... (os IIr.
antes de beberem respondem todos juntos) “PELO
SER. IR. ...”.

Enquanto não se tenham celebrado estes brindes não se


podem fumar, exceto se em sua grande magnanimidade o V. M.
autorize.

Ao final, o V. M. I., coloca-se de pé atrás do V. M. e


colocando a sua mão esquerda sobre o ombro esquerdo deste,
realiza o seguinte brinde:

V. M. I. - “IIr. de pé (exceto o V. M.) por todos os Maçons, pobres


ou na desolação, que estão espalhados sobre a superfície
da Terra ou sobre os mares, por um pronto alívio de seus
sofrimentos e um rápido regresso a seu país natal se
assim o desejarem”.
97
Todos bebem o vinho e aplaudem.

V. M. - (levanta-se) - ( ! ) - Irmãos, ide em paz (A partir deste


momento os IIr. podem retirar-se).

VISITAÇÃO

Todos os Maçons Regulares têm direito de visitar as LL. de


sua ou de outras Jurisdições, sujeitando se, porém, às exigências
de Telhamento em que serão feitas pelo 1° Vig. as perguntas
extraídas da Cerimônia de Iniciação, no trecho em que o 2° D. exige
uma P. ao Cand. ou as perguntas seguintes, do Telhamento, antes
do início da Sessão, pelo 2° V e às disposições disciplinares
estabelecidas pela L. visitada, em cujo Livro apropriado aporão a
sua assinatura após comprovarem sua Regularidade Maçônica.

Em L. sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo


D. C.. Em se tratando, porém, de V. M. ou M. I., será conduzido
ao Leste., à esq. do V. M., onde têm assento obrigatório.

Só devem ser admitidos como Visitantes, Maçons que exibam


documentos de Regularidade em perfeita ordem e se mostrem,
pelo Telh., perfeitos conhecedores dos P., Sn., T., P., e da P. Sem.,
salvo se já forem conhecidos dos IIr. que por eles se
responsabilizem.

Quando o Vis. for conhecido e já tenha visitado a L., pode o


V. M. conceder-lhe permissão para entrar no T. conjuntamente com
os Membros do Quadro.

98
ADMINISTRAÇÃO DA LOJA

COMPOSIÇÃO
Um Irmão que não seja subscrito como um membro da Loja,
não poderá ocupar nenhum cargo.

Para compor uma Loja do Ritual de Emulação são


necessários nove Oficiais, os quais estão relacionados a seguir:

1. Oficiais da Loja (Compulsórios)

I. Mestre da Loja (V. M.);


II. Primeiro Vigilante;
III. Segundo Vigilante;
IV. Tesoureiro;
V. Secretário;
VI. Primeiro Diácono;
VII. Segundo Diácono;
VIII. Guarda Interno;
IX. Cobridor (G. E.).

Completam a administração da Loja outros oito Oficiais,


relacionados, totalizando dezessete Oficiais, sem contar o V.M.I..

2. Oficiais da Auxiliares (Assistentes / Facultativos)

I. Esmoler;
II. Administrador de Caridade
III. Capelão;
IV. Diretor de Cerimônias;
V. Diretor de Cerimônias Assistente;
VI. Organista
VII. Secretário Assistente
VIII. Mordomos.
99
Para melhor compreensão desta divisão, que é meramente
didática, os Oficiais da Loja serão denominados “compulsórios”, ou
seja, indispensáveis para a administração da Loja, e os Auxiliares
denominados “facultativos”, nunca conflitando com a Constituição
e Regulamento Geral do Grande Oriente Maçônico do Brasil –
GOMB.

Os Oficiais que devem ser Eleitos e os que devem ser


nomeados são definidos pela Constituição e Regulamento Geral
do Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, a saber:

3. Cargos Eletivos

I. Venerável Mestre;
II. Tesoureiro;
III. Guarda Externo.

Notas:

 Todos os demais cargos são de livre escolha do


Venerável Mestre, e por ele nomeados.

4. Oficiais Progressivos (Sucessórios)

Usualmente, a cada ano um Ir. pode progredir por esses


Cargos, numa trajetória que se inicia pelo Mordomo.

I. Mordomo;
II. Guarda Interno;
III. Segundo Diácono;
IV. Primeiro Diácono;
V. Segundo Vigilante;
VI. Primeiro Vigilante;
VII. Mestre da Loja (V. M.).
100
5. Oficiais Não Progressivos (Não-sucessórios)

Estes cargos normalmente são ocupados por aqueles que


são ex-veneráveis da Loja, e tendem a ser ocupados pela mesma
pessoa por um número de anos, afim de propiciar a continuidade e
experiência no cargo.

I. Venerável Mestre Imediato (V. M. I.);


II. Capelão;
III. Tesoureiro;
IV. Secretário;
V. Diretor de Cerimônias;
VI. Esmoler;
VII. Administrador de Caridade;
VIII. Diretor de Cerimônias Assistente;
IX. Secretário Assistente;
X. Cobridor;
XI. Organista.

6. Comissões

No Ritual Emulação, existem duas comissões, a saber:

Comissão de Auditagem: com dois membros (Mestres),


para darem parecer ao Relatório apresentado pelo Tesoureiro, para
ser votado no dia da instalação do novo M.L.. Também é
responsável por analisar as contas da Loja, seja mensalmente,
trimestralmente ou conforme definido em Loja.

Comissão de Inventário: composta por dois membros


(Mestres) escolhidos pelo M.L. para verificação e controle dos bens
da Loja.

OBS.: Observar incompatibilidade de cargos na escolha.


101
7. Conselho de Família e de Mestres Instalados

Ainda temos no Ritual de Emulação, os Conselhos de Família


e o de Mestres Instalados.

Conselho de Família: É composto conforme o Artigo 36º do


Código de Processo Penal do GOMB, sendo: o Mestre da Loja
(V.M.), o Capelão (que é membro do Ministério Público), o
Secretário (que é o escrivão), o Diretor de Cerimônias e o 1º
Diácono (que são os oficiais de Justiça). Funciona como uma
espécie de comissão de inquérito, sendo lhe afeta a apuração de
todos os fatos que podem causar desarmonias na Loja.

Ao Conselho de Família cabe decidir pela formação do


Tribunal do Júri da Loja, se o fato apurado corresponder a uma
conduta punível, isto é, se estiver enquadrado na Lei Penal
Maçônica. Cabe também ao Conselho de Família recomendar a
expedição do "Placet ex-officio" quando se tratar de Obreiro
considerado prejudicial ao Quadro, havendo, para isso,
processualística própria... A expedição do "Placet ex-ofício" não é
uma punição, no sentido estrito da palavra.

Conselho de Mestres Instalados: O Conselho de Mestres


Instalados é um órgão consultivo da Administração da Loja regido
por Regimento Interno próprio. São membros do Conselho de
Mestres Instalados, todos os Mestres Instalados do Quadro da
Loja.

O objetivo do Conselho de Mestres Instalados é dar


sugestões sobre temas que estejam em discussão na Loja, visando
auxiliar a Administração para que não percorra caminhos
anteriormente já testados como errôneos, procurando dessa forma
colaborar com a eficácia da Administração, ficando ressalvado que

102
é prerrogativa exclusiva da Gestão Administrativa da Loja, acatar
ou não as sugestões.

REUNIÕES ADMINISTRATIVAS

Uma Loja do Ritual de Emulação compõe-se, na prática, de


duas sociedades distintas e possui, virtualmente, dois estatutos, a
saber:

I. Um como sociedade civil, para fins administrativos;

II. Outro como sociedade fraternal, para fins maçônicos,


baseado nos antigos Preceitos da Ordem.

A sociedade civil é composta por todos os membros do


quadro, incluindo Aprendizes e Companheiros. Quando a
sociedade civil se reúne, a hierarquia dos graus e dos cargos não
é levada em conta. Todos participam das discussões em igualdade
de condições, respeitando, porém, a disciplina e a pauta da
reunião, que é comandada pelo Venerável mestre, o presidente da
sociedade civil.

Vale esclarecer que a reunião administrativa não é exclusiva


do corpo diretivo da Loja, mas de todos os membros do quadro,
pois é nesse momento que ocorrem todos os debates de assuntos
de interesse da Loja.

A sociedade fraternal, por sua vez, caracteriza-se pela


reunião em Loja regularmente aberta e trata somente da prática
ritualística (Iniciação, Passagem, Elevação, Instalação do
Venerável Mestre) e homologa, sem discussão, os assuntos já
debatidos e aprovados pela sociedade civil na reunião
administrativa.

103
É a tradição do Ritual de Emulação que os assuntos
administrativos não sejam discutidos em Loja aberta, porque são
atinentes à sociedade civil e a harmonia da Loja jamais deve ser
perturbada.

Assuntos já aprovados pela sociedade civil não podem ser


rejeitados ou recolocados em discussão pela sociedade fraternal.

Quanto aos assuntos ritualísticos não cabe discussão, uma


vez que o ritual deve ser simplesmente conhecido e cumprido à
risca. Quando surgem questões relativas, à aplicação do ritual,
estas são tratadas pelo Venerável Mestre.

Portanto, nenhum tipo de discussão é permitido em Loja


aberta. Os assuntos propostos em Loja aberta devem ser sempre
secundados por outro Irmão. A proposta secundada é registrada e
agendada pelo Secretário para ser discutida na reunião
administrativa seguinte.

Não o sendo, a proposta não é considerada. O assunto


aprovado na reunião administrativa retorna à Loja, para
homologação. Se for rejeitado, o caso é simplesmente encerrado.
As reuniões administrativas devem ser realizadas uma vez por
mês, no mínimo, e registradas em atas específicas.

Muitas Lojas adotam o sistema de agenda remetida pelo


correio a todos os membros antes de cada reunião. Nessa agenda
há um item que diz: “Quaisquer assuntos de interesse da Loja”. É
nesse momento da reunião que devem ser apresentadas as
propostas. Por esse motivo as Lojas do Ritual de Emulação não
necessitam da bolsa de propostas e informações. Um dos assuntos
que costumam gerar discussão em Loja aberta é a proposição de
candidatos à Iniciação. Para que isso seja evitado, no Ritual de
Emulação, procede-se da seguinte forma:
104
1. O proponente faz a proposta em Loja aberta, dando todas as
informações sobre o candidato, através de Pré-Proposta
regularmente preenchida. Antes deve estar certo que seu
candidato será aceito, por ser livre e de boa reputação, não
havendo nenhum outro impedimento para a sua aprovação
pela Loja A Pré-Proposta só terá validade se for secundada
por outro Irmão, na mesma sessão;

2. A proposta secundada é agendada para ser lida nas duas


reuniões seguintes;

3. Aprovada a proposta, o proponente poderá, só então,


formular convite formal, representada pela Proposta de
Iniciação, ao candidato para que ingresse na Ordem,
formulário este que deverá ser devolvido pelo candidato
acompanhado dos documentos exigidos;

4. O V. M. mandará fazer sindicâncias (após o convite ser


formalizado e aprovado em Loja aberta), cujos resultados
serão lidos e discutido sem reunião posterior;

5. Finalmente, o V. M. fará constar o escrutínio secreto na


Agenda da Loja. Dessa forma, nenhum candidato é
reprovado em Loja aberta e a harmonia da sociedade
fraternal fica preservada. Se o Candidato é reprovado na
reunião administrativa, o assunto está encerrado.

Notas:

 Todo assunto administrativo proposto em Loja aberta


necessita ser secundado por outro Irmão. Sendo
secundado, é anotado pelo Irmão Secretário, para que,
faça parte da agenda da próxima reunião administrativa.

105
 Assuntos aprovados na reunião administrativa voltam à
Loja aberta para votação, sem discussão. A votação é,
portanto, proforma.

 Não sendo aprovado em discussão administrativa,


ASSUNTO ENCERRADO.

 Assuntos do ritual não são passíveis de discussão.

 Nenhuma proposta é reprovada ou rediscutida em Loja


aberta.

COMITÊ DE ASSUNTOS GERAIS

O Comitê de Assuntos Gerais constituído pelo Venerável


Mestre, todos os Past Master e dois Mestres Maçons, é o órgão
superior da administração da Loja com atribuições para confirmar
candidatos a “Passagem”, “Elevação” e linha sucessória, dirimir
dúvidas de quaisquer naturezas e zelar pelos elevados interesses
da Loja.

CÍRCULOS DE GRAU

Denomina-se Círculo de Grau à reunião descontraída, sem


ritualística nem paramentos, em lugar diferente do Templo, dos
Aprendizes com o Segundo Vigilante, dos Companheiros com o
Primeiro Vigilante, e Mestre e Mestres Instalados da loja com o V.
M.. São reuniões que começam a hora determinada e com
encerramento estabelecido.

Nos Círculos de Grau se passam e se aprendem as Preleções


e se apresentam trabalhos para serem debatidos e também se
trocam idéias.

106
Os Trabalhos serão apresentados por escrito com quinze dias
de antecedência ao Oficial que o preside para que o Secretário da
Loja os façam chegar a todos os IIr..

Os Irmãos de um grau superior não podem participar do


Círculo de Grau inferior a não ser por convite expresso. O único
que pode se assim for sua vontade, visitar todos os Círculos é o V.
M..

Os Círculos realizam-se obrigatoriamente uma vez por mês.

DESCRIÇÃO DOS CARGOS E FUNÇÕES

A seguir, apresentaremos os cargos e as funções


correspondentes:

MORDOMO

É um cargo exercido por novos membros – recém iniciados e


Companheiros – não havendo qualquer impedimento que a
interpretação de “novo membro” seja entendida também a um
membro recém-filiado, mesmo que ele já seja M.M., sendo
interessante que exerça o cargo de Mordomo, durante algum
tempo, para auxiliar na sua adaptação à Loja e aos novos Irmãos.

Tem assento, normalmente, do Lado Sul da Loja, próximo ao


Segundo Diácono, ou melhor, nos assentos entre o Segundo
Diácono e o Segundo Vigilante.

A Joia do Cargo suspensa no Colar do Mordomo é uma


Cornucópia.

107
COBRIDOR

O Guarda Interno tem assento dentro da Loja, próximo a


entrada, do lado esquerdo do Primeiro Vigilante.

A ele é dada a responsabilidade de assegurar que apenas


aqueles com direito a estarem presentes, estejam presentes.
Também é o responsável em verificar se a Loja está perfeitamente
coberta, tanto na abertura, como no encerramento das sessões, e
receber os Candidatos na devida forma.

Ninguém, salvo o G. I., pode abrir ou fechar a porta do T., a


qualquer momento, permanecendo sempre a mesma trancada. É
exclusiva obrigação do G. I. o controle sobre a porta. O lugar do G.
I. jamais deve ficar desguarnecido. Se o G. I. precisar deslocar-se,
o ML. designará um Ir. para substituí-lo.

A Joia suspensa no Colar do Guarda Interno são duas


espadas, em Saltire – Saint Andrew´s Cross (Cruz de Santo André).

SEGUNDO DIÁCONO

Este cargo é geralmente de funções secundárias envolvidas


nos Rituais, para cujo qual um Irmão é nomeado durante o seu
progresso para a Venerança. É, no entanto, um dos cargos mais
importantes e responsáveis de todos na Maçonaria. É o Segundo
Diácono que, na Cerimônia de Iniciação, tem o primeiro contato
significativo com o Candidato sobre a sua admissão para a Loja, e
ele, tanto como o Mestre da Loja, pode bem fazer ou estragar a
Cerimônia.

O Segundo Diácono tem assento na parte Sul/Oeste da Loja,


ou ao lado direito do Pedestal do 1º Vig.

108
A Joia do Cargo suspensa no colar do Segundo Diácono é
uma pomba, com um ramo de oliveira no bico.

PRIMEIRO DIÁCONO

Este é o terceiro dos cargos “progressivos” com funções nos


rituais. Essas funções, ou deveres, são mais extensas do que as
do Segundo Diácono, onde o 1º Diac. é encarregado de instruir e
conduzir candidatos em duas Cerimônias (Passagem e Elevação),
mas elas não são mais importantes ou mais exigentes que a de
encargo do 2º Diac., ou seja, a Cerimônia de Iniciação.

O Primeiro Diácono tem assento na parte Norte/Leste da Loja,


ou ao lado direito do Pedestal do V. M..

A Joia do Cargo suspensa no Colar do Primeiro Diácono é


uma pomba, com um ramo de oliveira no bico.

SEGUNDO VIGILANTE

Este é geralmente o quarto dos cargos inferiores, ocupado por


um Irmão durante seu progresso para a Cadeira do Mestre da Loja.

Senta-se no Sul e simboliza o Sol, outra das três luzes


menores. Sua função simbólica é dirigir o dia. É considerado um
dos três principais Oficiais da Loja, juntamente com o Venerável
Mestre e o Primeiro Vigilante.

Administrativamente, é o responsável pela preparação do


Templo e organização dos paramentos e alfaias da Loja. É ele
quem cuida de toda a parte material da organização.

Liturgicamente é função do Segundo Vigilante chamar os


Maçons para o início dos trabalhos, auxiliar o Venerável Mestre na
abertura e encerramento da Loja, verificar, através do Guarda
Interno, a cobertura da Loja, chamar os Irmãos do trabalho para o
109
descanso e do descanso para o trabalho, anunciar, no
encerramento dos trabalhos, a data do próximo encontro.

O diálogo do Segundo Vigilante é feito diretamente com o


Mestre da Loja.

O Segundo Vigilante é responsável direto pelos Aprendizes,


tanto em Loja, como nos Círculos do Grau.

A Joia do cargo suspensa ao colar do Segundo Vigilante é um


Prumo.

PRIMEIRO VIGILANTE

Este é geralmente o quinto dos cargos inferiores ocupado por


um Irmão durante seu progresso para a Cadeira do Mestre. Deve
estar bem familiarizado com as questões Gerais de procedimentos
do Ritual de Emulação.

O Primeiro Vigilante tem assento no Oeste, cujo pedestal


situa-se na linha do Equador do Templo, defronte e no lado oposto
ao pedestal do Mestre da Loja.

É considerado como um dos principais Oficiais da Loja,


juntamente com o Venerável mestre e o Segundo Vigilante.
Simboliza a Lua, uma das três luzes menores da Loja, razão pela
qual o Oeste é, com efeito, o lugar do sol poente e da noite.
Portanto, simbolicamente situada nesse hemisfério, a Lua tem a
função de governar a noite e o Primeiro Vigilante é o seu
representante.

O Primeiro Vigilante tem como funções ritualísticas: ajudar o


Venerável Mestre na abertura da Loja, verificar se todos os
presentes são Maçons, encerrar a Loja por ordem do Venerável

110
Mestre, verificar se os Irmãos estão plenamente satisfeitos e, nas
Cerimônias de Iniciação, Passagem e Elevação, vestir os
Candidatos com a insígnia distintiva do Maçom, o Avental.

Ao contrário de todos os demais ritos, no Ritual de Emulação,


o Primeiro Vigilante é quem, efetivamente, fecha a Loja por ordem
do Mestre da Loja.

O Primeiro Vigilante substitui o Mestre da Loja nos casos de


impedimento definitivo deste ou quando não estiver presente
nenhum Mestre Instalado. Portanto, o Primeiro Vigilante é o
sucessor, mas não o substituto do Venerável Mestre.

O Primeiro Vigilante é o responsável pelos Companheiros,


tanto na Loja, como nos Círculos do Grau.

A Joia do cargo suspensa ao Colar do Primeiro Vigilante é um


Nível.

VENERÁVEL MESTRE

É o título do presidente, o Chefe Executivo da Loja. O título


tem sua origem nos meados do Século XVII, na Inglaterra, numa
época em que já havia começado a gradual transformação da
Maçonaria de Oficio em Maçonaria dos Aceitos ou Especulativa.

Não há mais elevado, e, teoricamente, mais importante cargo


em uma Loja, do que Venerável Mestre. Sobre ele recai a
responsabilidade de conduzir as Cerimônias durante seu ano de
Mandato, ou para delegar a outros membros, algumas partes, para
realizar os trabalhos.

O Mestre da Loja, deve ter se familiarizado com o Ritual antes


de chegar à Venerança, pois o tempo disponível para aprendizado
nesta etapa, é diminuída pelas pressões concorrentes.

111
No Ritual de Emulação, além de presidir a Loja, o Venerável
Mestre nomeia os Oficiais, com exceção dos Oficiais que devem
ser Eleitos. De acordo com a Constituição e regulamento Geral do
Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB.

No Ritual de Emulação é tradição que o candidato a Mestre


da Loja tenha passado por todos os cargos da linha sucessória,
que é a seguinte:

I. Mordomo;
II. Guarda Interno;
III. Segundo Diácono;
IV. Primeiro Diácono;
V. Segundo Vigilante;
VI. Primeiro Vigilante;
VII. Mestre da Loja (V. M.).

Este procedimento se revela interessante e eficaz, uma vez


que o postulante ao cargo de Mestre da Loja (V. M.), depois de ter
vivenciado os cargos acima relacionados, está, ao menos
teoricamente, mais capacitado para exercício do cargo, em razão
da experiência adquirida. O procedimento resulta da tradição e da
prática das Lojas que adotam o Ritual. Não se trata de um
dispositivo de ordem regulamentar, entretanto é seguido com muita
fidelidade pelas Lojas.

O Venerável Mestre é empossado de acordo com costume,


se passa pela Cerimônia de Instalação ou Indução, de acordo com
o ritual específico. A esse respeito vale esclarecer que foi o Ritual
de Emulação quem introduziu o Ritual de Instalação, o qual,
posteriormente, seria aperfeiçoado, no sentido cênico.

112
O Venerável Mestre não divide a administração com ninguém,
a não ser exclusivamente com o Soberano Grão-Mestre, que é o
dirigente de todas as Lojas de sua Jurisdição. Segundo o antigo
costume inglês, conservado até os dias atuais, o Soberano Grão-
Mestre tem sempre uma cadeira reservada no lado direito do
Mestre da Loja, que deve ficar vaga quando ele não está presente.
Suas funções em Loja, além das já descritas, são; apresentar a
Carta Patente e abrir a Loja, autorizar a leitura das Atas (Registros),
anunciando sua confirmação, proceder aos levantamentos,
conceder a palavra, colocar a Loja em descanso, autorizar o
encerramento da Loja, entre outras descritas no Ritual.

Embora o V. M. possa realizar todas as cerimônias


Ritualísticas sozinho, considera-se conveniente distribuir partes
entre o V. M. I. e o Cap. igualmente, durante a Exortação, no
Nordeste, durante a Iniciação, é correto que a confie a um P. M. da
Loja.

A joia do cargo suspensa ao Colar do V. M., representa o


Esquadro, símbolo da retidão e da virtude e particularmente, um
dos instrumentos simbólicos do trabalho maçônico.

VENERÁVEL MESTRE IMEDIATO

É o predecessor imediato do Venerável Mestre. Sua


nomenclatura é a tradução de I. P. M. (Immediate Past Master), que
significaria Mestre Passado Imediato, ou Ex Mestre Imediato.
Ficando melhor traduzido como V. M. I. (Venerável Mestre
Imediato), referindo à aquele que foi Venerável Mestre da Loja na
Gestão Anterior.

O V. M. I., senta-se imediatamente à esquerda do V.M., e dali


ele auxilia o V.M. quando necessário, a ele também compete abrir
e fechar o L. das SS. EE. por ocasião da abertura e fechá-la quando
113
do encerramento da Loja, além de substituir o Venerável Mestre na
direção dos trabalhos em caso de ausência temporária ou eventual.

No Ritual de Emulação, é o V. M. I. – Venerável Mestre


Imediato que abre o L. da L. S. e não o Capelão, como muitos
pensam. O Capelão só abre o Livro em caso de ausência daquele.
Para abertura do Livro não há trecho obrigatório de leitura, não
havendo, portanto, necessidade de o Capelão fazê-la.

Em caso de ausência temporária ou eventual do Venerável


mestre na direção dos trabalhos, o V. M. I. – Venerável Mestre
Imediato, é quem assume este posto e não o Primeiro Vigilante. A
este compete substituir o Venerável mestre para a conclusão do
mandato, mas não o substituindo em situações passageiras.

A Joia suspensa ao Colar do V. M. I. – Venerável Mestre


Imediato representa um Esquadro e tem, ao centro, o diagrama do
47° proposição do livro 1 de Euclides, gravados em uma placa de
prata, pendente no seu interior.

CAPELÃO

Designado pelo Venerável Mestre, sua função é fazer as


orações em todo momento que determine o Ritual e por ocasião
dos Ágapes. Ele oferece as preces da Loja, mas não precisa ser u
homem de batina, ou religioso, especificamente.

O Capelão tem assento imediatamente à esquerda do V. M.


I., no Oriente. É muitas vezes um Maçom muito experiente, e deve
ficar feliz ao ser abordado por membros menos experientes para
conselho e instrução.

A Maçonaria inglesa, com seu rito predominante, que era


deísta, tomou-se teísta, seguindo a concepção anglicana, e passou

114
a considerar o Templo Maçônico um local de culto, similar a uma
capela. Em razão disso, havia em cada loja maçônica um Ministro
do Culto, que era o verdadeiro Capelão da Loja, responsável pela
orientação das preces e trabalhos espirituais da Loja.

Determinadas características do Ritual de Emulação são mais


bem compreendidas quando conhecidas a cultura britânica e o
direito consuetudinário.

Cabe destacar que o Ritual, como é praticado nas lojas


inglesas, dá prioridade absoluta para a preservação da harmonia
fraternal.

Neste Rito não existe a figura do Orador. O ML. é o portador


da Luz e portanto em Loja aberta nada pode impedir suas decisões
que se pressupõem justas e perfeitas.

A Joia suspensa ao Colar do Capelão é o Livro das SSag.


EEsc. (ou - V.L.S. – Volume da Lei Sagrada), em um triângulo,
sobrepondo uma glória (Sunburst).

TESOUREIRO

O Tesoureiro, juntamente com o Cobridor e o Venerável


Mestre, são Eleitos pelos membros da Loja.

A função de Tesoureiro é a de depositário dos valores


arrecadados pela Loja. A ele compete: arrecadar a receita, manter
a escrituração em dia, pagar as despesas legais, mediante
documentos comprobatórios, apresentar anualmente orçamento
das receitas e despesas, guardar os valores arrecadados,
apresentação dos balancetes para prestação de contas para
auditoria, fornecer o controle financeiro sobre as receitas e
despesas, de forma mensal, recolher à Grande Secretaria de

115
Finanças do Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB, as taxas
e emolumentos devidos pela Loja.

Compete-lhe, ainda apresentar trimestralmente o relatório das


finanças da Loja e juntamente com os membros da Comissão de
Finanças, preparar e apresentar o Relatório Anual das Finanças da
Loja dos meses que antecedem o mandato do Mestre da Loja.

O Tesoureiro não tem funções de natureza ritualísticas, para


executar. Tem assento normalmente ao Lado Esquerdo / Direito do
Secretário, no Lado Norte da Loja.

A Joia suspensa no Colar do Tesoureiro é uma Chave.

SECRETÁRIO

Designado pelo Venerável Mestre, sua função é dirigir a


Secretaria da Loja. A ele compete: lavratura e leitura das Atas
(Registros), a redação das correspondências da Loja, a
organização dos expedientes das sessões, a manutenção dos
cadastros de Irmãos, o controle de frequência dos membros da
Loja, entre outras atividades pertinentes à função. Para isso ele é
auxiliado por um Assistente de Secretário igualmente designado
pelo Venerável Mestre. Também é responsável pela papelada em
geral, emissão de convocações e relatórios em geral para o Grande
Oriente Maçônico do Brasil – GOMB.

O Cargo de Secretário, geralmente é ocupado por um Ex-


Venerável Mestre, e se preocupa principalmente com a
administração dos assuntos da Loja.

O Secretário tem assento no lado Norte da Loja, à frente do


pedestal do 2º Vig., tendo ao seu lado esquerdo/direito o seu
assistente, e do outro o Tesoureiro.

116
A Joia suspensa no Colar do Secretário é constituída de duas
canetas de pena em Saltire (Saltire em heráldica significa uma cruz
diagonal), amarradas por uma fita.

DIRETOR DE CERIMÔNIAS

Designado pelo Venerável Mestre, é responsável pelo


Cerimonial da Loja e ao bom funcionamento da sessão. Deve
garantir que todos os artigos (objetos) necessários para uma
sessão sejam expostos corretamente.

Organizará as Procissões de entrada e saída da Sala da Loja.


Também atende a questões de protocolo, como a maneira correta
de receber visitas importantes e dar saudações a Grandes Oficiais.

Outra área de responsabilidade do Diretor de Cerimônias


dentro da Sala da Loja é a gestão do cerimonial, como distinta das
cerimônias (ou seja, não ritualísticas). Este engloba a condução de
visitantes ilustres na Loja, antes ou depois de ter sido aberta, liderar
as saudações aos irmãos ilustres, e principalmente, a organização
das procissões para dentro e fora da Loja antes de ser aberta e
após ter sido fechada, respectivamente.

O D.C. tem assento no Lado Sul da Loja, na parte que fica à


direita do 2º Vigilante.

Recomenda-se indicar para esse cargo um Mestre Instalado


experiente, que conheça profundamente o ritual e o protocolo.

A Joia suspensa no Colar do Diretor de Cerimônias são duas


varas em Saltire – Cruz de Santo André, presas por uma fita.

117
ESMOLER

Designado pelo V.M., o Esmoler é o oficial da Assistência


Social da Loja, internamente e externamente.

Ele mantém contato com as viúvas de membros falecidos e


com aqueles que estão doentes ou passando por qualquer outro
impedimento para o comparecimento em Loja. Ele também
é treinado para ajudar aqueles que estão em necessidades
financeiras. Ele tem, portanto, um conhecimento da variedade de
recursos que existem para o momento de necessidade, e por isso
é tido como o responsável pelo bem-estar da Loja..

Na Inglaterra, ainda hoje, a figura do “Almoner” é utilizada nos


hospitais, com a função de triagem e atendimento as pessoas, e
aos pedidos de assistência daqueles que não podem pagar, dando-
lhes o devido encaminhamento.

O Esmoler tem assento no lado Norte da Loja, ao lado


esquerdo da mesa do Secretário.

A Joia suspensa ao Colar do Esmoler é uma Bolsa de


Mensageiro com um Coração.

ADMINISTRADOR DE CARIDADE

O papel do Administrador da Caridade é organizar as coletas


de caridade na Loja e sugerir a ela instituições filantrópicas
(maçônicas ou não-maçônicas) para que os membros possam ou
não decidir se desejam contribuir. Ou seja, ele traz algumas opções
de entidades para que os membros da Loja decidam qual delas
receberá os fundos arrecadados em Loja. Então, o responsável
pela entrega da doação é o Administrador de Caridade, o qual
também prestará as devidas contas para a Loja.

118
Não lugar especial reservado para ele na Sala da Loja, mas
normalmente fica ao lado do Esmoler.

A Joia suspensa ao Colar do Administrador de Caridade é


uma Trolha.

DIRETOR DE CERIMÔNIAS ASSISTENTE

Nomeado pelo V. M., o Diretor de Cerimônias Assistente tem


a função de assistir o Diretor de Cerimônias. Em especial, durante
a Posse dos Oficiais na Cerimônia de Instalação, é conveniente
que se comprometa com o manejo dos Colares, malhetes, colunas
e varas, deixando o Diretor de Cerimônias livre para a condução
dos Oficiais e do Mestre da Loja.

Também assiste ao Diretor de Cerimônias no cortejo de


entrada dos Principais Oficiais da Loja, e na condução do cortejo
de recepção de autoridades, colocando-se à frente do séquito, à
esquerda do Diretor de Cerimônias. Ele não deve, contudo,
esquecer que poderá a qualquer momento, ser chamado a
substituir o Diretor de Cerimônias na sua ausência.

Ele tem assento ao lado do Diretor de Cerimônias,


normalmente à esquerda deste.

A Joia suspensa ao Colar do Diretor de Cerimônias Assistente


são duas varas em Saltire encimado por uma barra com a palavra
“Assistente”.

SECRETÁRIO ASSISTENTE

Nomeado pelo V. M., o Secretário Assistente, tem como seu


trabalho, aliviar o Secretário de parte do encargo de seu ofício
muito exigente e, no caso de sua ausência, assumir o lugar dele.

119
Todas as funções são executadas pelo Secretário, e para isso
ele conta, permanentemente, com o concurso do seu Assistente.

O Secretário Assistente tem assento ao lado esquerdo/direito


do Secretário.

A Joia suspensa ao Colar do Secretário Assistente são duas


canetas de pena em Saltire, encimadas por uma barra com a
palavra “Assistente”.

COBRIDOR

O nome Cobridor vem do Inglês Tyler ou Tiler, ou seja,


derivado de tile (telha). Trata-se de uma designação inglesa para o
Telhador ou, propriamente dito, o Cobridor da Loja, aquele que se
encarrega de eliminar as goteiras, com um bom telhamento.

Sua função básica é garantir que a Loja esteja protegida


contra profanos e estranhos. A qualificação exigida para o Cargo
de Cobridor é Mestre Maçom. O Cobridor assiste o Guarda Interno
no sentido de garantir que somente as pessoas autorizadas a
estarem presentes estejam presentes e, adicionalmente, vigia o
lado de fora, depois que os irmãos primeiramente tenham entrado
na Loja.

Recai sobre o Cobridor, em especial, a preparação da Sala


da Loja antes da sessão.

O Cobridor tem seu assento do lado de fora da porta da Loja.

A Joia suspensa ao Colar do Cobridor é uma espada.

120
ORGANISTA

Designado pelo Venerável Mestre, sua função é cuidar da


harmonia musical da Loja durante os cortejos de entrada e saída,
na recepção de autoridades, bem como durante a sessão.

Um bom Organista, faz uma enorme diferença para a


atmosfera de uma sessão da Loja.

Normalmente, o Organista fica no canto extremo da Loja,


entre o Sul e o Oeste, ao Lado do Primeiro Vigilante, e atrás do
Segundo Diácono.

A Joia suspensa ao Colar do Organista é uma Lira.

SEGUNDO DIÁCONO E O CANDIDATO

A forma pela qual o 2° D. deve segurar um Cand.,


especialmente na cerimônia de Iniciação, é mais uma questão de
bom senso do que ritualística: o braço e o cotovelo do 2° D. devem
estar ligeiramente atrás do braço e cotovelo do Cand. Entrelaçar os
dedos é frequentemente melhor, exceto quando o Cand. e o 2° D.
são de alturas diferentes, podendo então ser mais conveniente
segurar firmemente o pulso do Cand. Tal posição permite ao 2° D.
conduzir o Cand. facilmente a frente, contê-lo ou mudar de direção.
Enquanto o Cand. estiver vendado, sua mão deverá estar sempre
segura, exceto quando ele se ajoelhar.

Em outros momentos, a mão do Cand. é apenas segura


quando ele estiver sendo conduzido de um lugar para o outro.
Quando o Cand. e o 2° D. estiverem parados, a mão deve ser solta.

Quando o Cand. estiver no pedestal para seu Jur. e revelação


dos Seg., estará sob os cuidados do V. M.. O 2°D, não deve

121
oferecer ajuda a não ser por solicitação do V. M., e mesmo assim,
de forma a não interferir na cerimônia.

No Ritual de Emulação, os DD. carregam suas Varas durante


as cerimônias, exceto nos procedimentos rotineiros, tais como:
escrutínios, levar atas do Sec. ao V. M.., circular a bolsa de
Beneficência, etc. Os DD. e o Cand. devem manter-se em pé
sempre no esquadro em relação à L. e jamais em diagonal quando
estiverem nos pedestais do V. M. e dos VVig.
Para a Iniciação, o Candidato deverá ser instruído a
comparecer em terno preto, camisa branca, sapatos, meias e
gravata pretas. O G. E. preparará o Candidato e comprovará
cuidadosamente de que este esteja despojado de todos metais e
valores.

INDUMENTÁRIA, PARAMENTOS, COLARES E JOIAS

INDUMENTÁRIA

A verdadeira insígnia de um Maçom é o AVENTAL. Nenhum


Maçom pode participar dos trabalhos de Loja sem o Avental. Seu
uso remonta ao tempo dos maçons operativos, que o vestiam para
trabalhar, motivo pelo qual era, naquela época, longo, assim
permanecendo nos primeiros tempos da Maçonaria Operativa.

Com o advento da Maçonaria Moderna, a partir 1717, chegou


rapidamente ao seu comprimento atual, acima do joelho. É de cor
branca, de pele de carneiro ou tecido que a substitua (hoje foi
substituída por uma espécie de couro sintético), quadrangular, com
35 cm de altura e 40 cm de largura, com abeta triangular, preso à
cintura por um cordão ou fita da cor da orla.

Vistes diversos aventais na Loja que diferem do vosso. O


avental incorpora sinais da posição na Ordem que ocupa o Irmão
122
que o usa. Entretanto, se os examinardes com atenção, vereis que
todos os aventais estão baseados no avental de Aprendiz que
usais.

Todos os Maçons são Irmãos entre si, e todos usam o mesmo


avental, por mais que alguns estejam adornados com orlas ou
emblemas.

Avental de Aprendiz

Observarás que este Avental, antigamente, era feito da pele


de Cordeiro e como o Cordeiro tem sido desde tempos imemoriais
reconhecido, universalmente, como emblema de pureza, inocência
e o laço de amizade, serás lembrado por isso daquela pureza de
vida e ações que devem sempre distinguir um Maçom, o que é
essencial para ganhardes admissão àquele Grande Oriente acima
onde o santificado sempre descansa em paz eterna.

Espero que possais viver por muitos anos usando essa


insígnia para vosso prazer, proveito para a Ordem e honra para
Loja na qual fostes iniciado, e permita-me ainda mais exortar-vos

123
para nunca desonrá-la, pois estareis seguro que ela nunca vos
desonrará.

Avental de Companheiro

O Avental de Companheiro é branco, tal como o do Aprendiz,


acrescido, porém de duas rosetas azuis nos ângulos de baixo. As
rosetas azuis diferenciam o avental do Companheiro do Avental do
Aprendiz.

Avental de Mestre

O Avental de Mestre Maçom é branco, orlado nas laterais, e


na parte inferior com uma fita azul celeste, de no máximo cinco
centímetros de largura.

Na parte superior e na abeta, a fita é mais estreita, em torno


de 2,5 cm de largura. Três rosetas azuis, sendo duas nos ângulos
da base e uma no centro superior, formando um triângulo
equilátero, sendo que por baixo da abeta descem dois pendentes
de fita da mesma cor da orla, cujas extremidades são
ornamentadas com pingentes prateados com 7 esferas, colocadas
equidistantes entre si a partir da abeta com a qual se forma uma
letra “M” imaginária.

Avental de Venerável Mestre

O Avental do Venerável Mestre segue a disposição do Avental


de mestre, exceto pelas três rosetas, que são substituídas por
“Taus” invertidos.

Avental de Venerável Mestre Imediato

O Avental de Venerável Mestre Imediato (V.M.I.) segue as


mesmas disposições do avental do Mestre da Loja, porém, os
“Taus” são cobertos por uma fita na mesma cor da orla.
124
Nas Sessões, todos os IIr. deverão usar seus Aventais e
demais paramentos dos Graus Simbólicos.

Os Oficiais Principais usarão, ainda, colares de fita de seda


achamalotada ou acetinada, de cor azul-celeste, com 10 cm de
largura, de forma anatômica, terminando em ponta sobre o peito,
da qual pende a Joia, atributo do respectivo cargo.

Colares

Todos os Oficiais e Mestres Maçons que ocupam cargo, usam


colares de fita de seda achamalotada ou acetinada, de cor azul-
celeste, com 10 cm de largura, de forma anatômica, terminando em
ponta sobre o peito, da qual pende a Joia, atributo do respectivo
cargo.

Não usam colares, os Aprendizes, os Companheiros e os


Mestres sem cargo.

Além dos colares, os Oficiais Principais também usarão


punhos de seda achamalotada ou cetim, de cor azul-celeste, tendo
bordado na face externa dos mesmos o atributo de seus cargos.

Além disso, é terminantemente proibido, em L., o uso de


insígnias outras que não sejam atinentes à Maçonaria Simbólica.

Em todas as Sessões é exigido o Traje a Rigor, ou o Social


Completo - de cor preta - com gravata preta, camisa e luvas
brancas. O uso do Traje Social Comum, de cor escura,
obrigatoriamente com paletó e gravata poderá ser tolerado, quando
utilizados por IIr. visitantes de outros Ritos. Não pode, em hipótese
alguma, conter quaisquer inscrições, distintivos ou emblemas.

125
Joias maçônicas são emblemas usados pelos Oficiais de uma
Loja e simbolizam as suas funções. O seu uso é estritamente
regulamentado.

AS LUVAS
Por León Zeldis Mandei, 33 Past Soberano Grande
Comendador, Supremo Conselho de Israel

O costume de entregar dois pares de luvas ao recém iniciado,


um para si mesmo e o outro para a mulher que mais respeita, tem
uma grande tradição histórica. Possivelmente, sua origem remonta
ao século X.

Uma crônica relata que no ano 960, os monges do Mosteiro


de São Alban em Maguncia ofereciam um par de luvas ao Bispo na
sua investidura. Na oração que se pronunciava na cerimônia da
investidura, se implorava a Deus que vestisse com pureza as mãos
de seu servo.

Durandus de Mende (1237-1206) interpretava as luvas como


símbolos de modéstia, já que as boas obras executadas com
humildade devem ser mantidas em segredo.

Na investidura dos Reis da França, estes recebiam um par de


luvas, tal como os Bispos. As mãos ungidas e consagradas do Rei,
assim como as dos Bispos, não deviam ter contato com coisas
impuras. Depois da cerimônia, o Hospitaleiro queimava as luvas,
para impedir que pudessem ser utilizadas para usos profanos.

No ano de 1322 em Ely (cidade inglesa onde se levanta uma


grande Catedral), o sacristão comprou luvas para os Maçons
ocupados na “nova obra”, e em 1456, no Colégio Eton, se

126
assinalava que cinco pares de luvas foram entregues aos pedreiros
que edificavam os muros, “como é obrigação por costume”.

Também existe um documento que menciona que no Colégio


Canterbury em Oxford, o Mordomo anotou em suas contas que
foram dadas vinte peniques como “glove Money” (dinheiro de luvas)
a todos os Maçons ocupados na reconstrução do Colégio.

Em 1423 em York (Inglaterra) dez pares de luvas foram


fornecidas aos pedreiros (“Setters”) com um custo total de dezoito
peniques.

Na Inglaterra, na época isabelina e jacobina (1558-1625) as


luvas tinham um prestígio que é difícil compreender na atualidade.
Tratava-se de um artigo de luxo, de muito simbolismo, e
constituíam um presente apreciado. A luva significava então um
profundo e recíproco vínculo entre quem o dava e quem o recebia.

Em 1571, Robert Higford enviou um par de luvas à esposa de


Larence Banister. Em 1609 J. Beaulieu comunicou a William
Trumbul que “Meu senhor presenteou 50 xelins num par de luvas a
Monsenhor Marchant como retribuição por haver enviado o
desenho da escada”.

No Ano Novo de 1606 os músicos Reais presentearam cada


um, o Rei Jacobo I com um par de luvas. Em 1563 o Conde de
Hertford, com quem a Rainha estava desgostosa, querendo
reconciliar-se com ela escreveu à lord Robert Dudly que desejava
uma reconciliação e rogava que entregasse à Rainha, em seu
nome, um pobre par de luvas como prenda. As luvas eram u m
presente costumeiro no Ano Novo, que às vezes era substituído
pelo “dinheiro de luva”.

127
Assim mesmo, as luvas constituíam um obséquio tradicional
dos namorados a suas prometidas. Na obra de Shakespeare (que
era filho de um fabricante de luvas) “Much Ado about Nothing”
(Muito barulho por nada), o personagem feminino Hero declara
“estas luvas, que o Conde me envia, são um excelente perfume”
(Ato 111, cena 4).

O palhaço em “The Winter's Tale” (História de Inverno)


declara: “se não estivesse namorado de Mopsa, não deverias
tomar meu dinheiro, mas estando encantado como estou, estarei
também escravizado com certas faixas e luvas” (Ato IV,cena 4). Em
Henrique V o Rei troca luvas com o soldado raso Williams (Ato IV,
cena 1).

Entre 1598 e 1688 em muitos documentos escoceses se


mencionam a entrega de luvas aos picadores de pedra e pedreiros.
Estes documentos referem-se a Maçons Operativos, mas também
a respeito aos Especulativos existem documentos antiquíssimos.
Desde 1599 existem provas que a cada Maçom em sua Iniciação
devia entregar-se um par de luvas, que pagava de seu bolso.

O documento mais antigo nesta matéria é o chamado


“Estatuto Shaw”, dirigido à Loja Kilwinning em dezembro de 1599,
onde se estipula que os direitos de Iniciação na Loja somavam 10
libras esterlinas escocesas, com 10 xelins para as luvas.

Documentos da Loja de Melrose dos anos 1674-1675


demonstram que tanto os Aprendizes como os Companheiros
tinham que pagar direitos de ingresso “com luvas suficientes para
toda a Companhia”.

No documento de Aberdeen em 1670 expressa-se que o


Aprendiz deve pagar “quatro dólares reais com um avental de linho
e um par de boas luvas para cada um dos Irmãos”. O uso do linho
128
em vez do couro é interessante, mas se explica por tratar se de
uma zona onde existiam numerosas tecelagens de linho.

Em 1686, Robert Plot, em “The Natural History of Stafford-


shire” (História Natural do Condado de Stafford), relata que era
acostume entre os Maçons “que quando alguém é admitido na
Sociedade, se convoca uma reunião (ou Loja, como a chamam
algumas partes), que deve consistir de pelo menos 5 ou 6 dos
Antigos da Ordem, a quem os candidatos presenteiam com luvas,
e o mesmo às suas esposas...”. Esta é aparentemente a primeira
menção do obséquio de um par de luvas à mulher como parte da
cerimônia de iniciação.

Em 1723 publicou-se o documento chamado Exame de um


Maçom no jornal londrino “O Correio Volante”, que começava
assim: “Quando é recebido um novo Maçom, depois de ter
entregue a todos os presentes um par de luvas para homem e um
par para mulheres e um avental de couro...”

Posteriormente, isto se transformou em uma tradição em


todas as Iniciações, e aparece em todos os Rituais de Iniciação do
século XVIII.

Em 1754 se menciona que Loja em Dunblane entregava um


par de luvas e um avental a seus Iniciados. Em 1754, em Haughfoot
(Inglaterra), a Loja estabeleceu que ninguém pode entrar na Loja
sem um par de luvas para cada membro da referida Loja.

Na primeira “revelação” francesa conhecida, que data de


1737, chamada Carta de Herault, se assinala que o Aprendiz
recebe na cerimônia de Iniciação um avental de couro branco, um
par de luvas para si mesmo e um par de luvas para a mulher que
mais estima. A tradição se mantém viva.

129
PRIMEIRAS INSTRUÇÕES

TÁBUA DE DELINEAR DO 1º GRAU


(PAINEL ALEGÓRICO DO GRAU)

130
EXPLANAÇÃO DA TÁBUA DE DELINEAR DO 1º GRAU
(Painel Alegórico do Grau)

"As explicações, de preferência, deverão ser ministradas


em Loja de Instrução, pelo Ven. Mestr. ou Cap., em Loja de Ap.
Maç. ”

Na Loja de Emulação de Aperfeiçoamento, foram


confeccionadas em 1845, sendo demasiadamente grandes e
pesadas para seu manuseio. A Tábua correspondente ao Grau,
somente é colocada no centro da L. durante os trabalhos para dar-
se explicação sobre a mesma (Explanação da Tábua de Delinear).
A Tábua de Delinear de cada Grau deve ficar apoiada no pedestal
do 2° V., nas aberturas e encerramentos dos diversos Graus, o 2°
D. faz as mudanças das Tábuas de Delinear imediatamente após
as batidas do 2° V. O G. I. não espera pela mudança ou colocação
das Tábuas para ir à porta e dar as suas batidas.

Os usos e costumes dos Maçons sempre tiveram íntima


afinidade com os dos antigos Egípcios.

Seus filósofos, não querendo expor seus mistérios aos


olhares profanos, dissimulavam seus sistemas de ensino e política
sob sinais e figuras hieroglíficas, os quais eram comunicados
somente aos seus Grandes Sacerdotes ou Magos, que se
comprometiam a guardá-los em segredo por um juramento solene.

O sistema de Pitágoras foi fundado sobre idêntico princípio,


assim como outros mais modernos.

A Maçonaria, entretanto, não é somente a mais antiga, mas a


mais honrosa sociedade que jamais existiu, pois não há distintivo
ou emblema aqui descrito que não sirva para inculcar os princípios
da piedade e da virtude entre os seus verdadeiros adeptos.
131
Deixai-me primeiro chamar vossa atenção para a forma da
Loja, que é um paralelogramo, cujo comprimento vai do L. ao O., a
largura do N. ao S., a profundidade da superfície ao centro da terra,
e a altura até aos céus.

O motivo de uma Loja de Maçons ser representada por essa


vasta extensão é para mostrar a universalidade da ciência, da
mesma forma que a caridade do Maçom não deve conhecer limites,
salvo os determinados pela prudência.

Nossas Lojas repousam em terreno sagrado, porque a


primeira foi consagrada em função das três oferendas nela feitas e
que obtiveram aprovação Divina.

Em primeiro lugar, a pronta submissão de Abraão à vontade


de Deus, não recusando oferecer em holocausto seu filho Isaac,
para o sacrifício da fogueira, quando então o Altíssimo aprouve
substituí-lo por uma vítima mais propícia.

Em segundo lugar, as muitas preces piedosas e jaculatórias


do Rei David, que realmente aplacaram a ira de Deus e paralisaram
a peste que então lavrara entre seu povo, devido a ele ter
inadvertidamente feito recenseá-lo.

Em terceiro lugar, as muitas ações de graças, oblações,


sacrifícios pelo fogo e valiosas oferendas que Salomão, Rei de
Israel, fez na terminação, dedicação e consagração do Templo de
Jerusalém ao serviço de Deus.

Estas três oferendas tornaram então, tornam agora, e confio,


sempre tornarão sagrado o terreno da Maçonaria.

Nossas Lojas são situadas exatamente a L. e O., porque


todos os lugares de adoração divina, assim como as Lojas
132
Maçônicas regulares, bem formadas e constituídas, são ou devem
ser igualmente assim situadas, para o que apresento três razões
Maçônicas:

1º. O Sol, a Glória do Senhor, nasce no L. e põe-se no O.;

2º. A Sabedoria originou-se no L. e estendeu a sua


benéfica influência para o Oe.;

3º. E última grande razão, que é demasiado longa para ser


apresentada neste momento, será explanada no
decorrer das nossas horas de estudo, a que espero
tereis a oportunidade de comparecer e ouvir.

Nossas Lojas são sustentadas por três grandes colunas.


Chamam-se elas: Sabedoria, Força e Beleza.

A Sabedoria para idear, a Força para suportar e a Beleza para


adornar. A Sabedoria para conduzir-nos em todas as nossas
empresas, a Força para sustentar-nos em todas as nossas
dificuldades, e a Beleza para adornar o nosso íntimo.

O Universo é o Templo da Divindade a quem servimos; a


Sabedoria, Força e Beleza rodeiam o Seu trono como pilares de
133
Suas obras, pois Sua Sabedoria é infinita, Sua Força é onipotente,
e a Beleza brilha através de toda a criação em simetria e ordem.

Os céus, Ele estendeu como um pálio; a terra, Ele colocou


como escabelo para Seus pés, coroou o Seu Templo com estrelas
como um diadema e com Sua mão espalha o poder e a glória.

O Sol e a Lua são mensageiros da Sua vontade e toda sua lei


é harmônica.

As três grandes colunas que sustentam uma Loja Maçônica


são emblemáticas desses atributos divinos e, além disso,
representam S. R. de I., H. R. de T. e H. A..

S. R. de I., por sua Sabedoria construindo, terminando e


dedicando o templo de Jerusalém ao serviço de Deus; H. R. de T.,
por sua Força em auxiliá-lo com homens e materiais; e H. A., por
seu curioso e magistral trabalho, embelezando e adornando o
mesmo.

Mas, como não temos ordens de arquitetura conhecidas pelos


nomes de Sabedoria, Força e Beleza, nós referimo-nos às três
mais celebres: A Jônica, a Dórica e a Coríntia.

O teto de uma Loja é um dossel celestial de diversas cores, o


próprio céu.

O caminho por onde nós, como Maçons, esperamos lá chegar


tem como auxílio uma escada, camada nas EE. de Escada de
Jacob.

É composta de muitos degraus, que representam muitas


virtudes morais, mas as três principais são: Fé, Esperança e
Caridade. Fé no G. A. D. U., Esperança na salvação, e Caridade
para todos os homens.

134
Ela atinge os céus e descansa no L. das SS. EE. porque,
pelas doutrinas contidas nesse L. Sagrado, somos ensinados a crer
na benevolência da Divina Providência, crença que reforça a nossa
fé, e nos habilita a subir o primeiro degrau.

Esta fé, naturalmente, cria em nós a esperança de tornarmo-


nos participantes das promessas abençoadas ai descrito,
esperança que nos habilita a alcançar o segundo degrau; mas o
terceiro e último, sendo Caridade, compreende todos os outros e o
Maçom que possui essa virtude no seu mais amplo sentido pode
ser considerado como tendo atingido o apogeu de sua profissão.

Em sentido figurado, é uma mansão etérea, encoberta aos


olhos dos mortais pelo firmamento estrelado, emblematicamente
aqui representado por sete estrelas, que são uma alusão a outros
tantos Maçons regularmente feitos, sem cujo número nenhuma
Loja é perfeita, nem candidato algum pode ser legalmente iniciado
na Ordem.

O interior de uma Loja é composto de Ornamentos,


Mobiliários e Joias. Os ornamentos são: o Pavimento Mosaico, a
estrela Brilhante e a Moldura Dentada ou Marchetada.

Ornamentos
135
O Pavimento Mosaico é o belo assoalho da Loja; a Estrela
Brilhante, a glória no centro, e a Moldura Dentada ou Marchetada
a guarnição que a circunda.

O Pavimento Mosaico pode ser justamente considerado o


belo assoalho por ser variegado e em xadrez. Isto assinala a
diversidade de objetos que decoram e adornam a criação, tanto no
que se refere à parte animada como à inanimada.

A Estrela Brilhante ou Glória, no centro, lembra-nos o Sol, que


ilumina a terra e, pela sua benéfica influência, espalha suas
bênçãos pelo gênero humano em geral.

A Moldura Dentada ou Marchetada lembra-nos os planetas,


que em suas várias revoluções formam uma bela moldura ou
guarnição em torno desse grande facho luminoso, o Sol, como nós
em torno de uma Loja.

O Mobiliário da loja consiste no L. das SS. EE., o C. e o E..


As PP. SS. são para regular nossa fé; sobre o L. J. nossos CCand.
à Maçonaria; assim como o C. e o E., quando unidos servem para
regular as nossas vidas e ações.

Mobiliário

136
O Livro Sagrado deriva de Deus para o homem em geral, o C.
pertence ao Grão-Mestre em particular, e o E. a toda a arte.

As Jóias da Loja são três móveis e três imóveis.

As móveis são o E., o N. e o P.. Entre Maçons operários o E.


serve para verificar e ajustar os cantos retangulares dos edifícios e
auxiliar a dar a devida forma ao material grosseiro; o N. para
nivelamento e provar horizontais e o P. para verificar e ajustar as
verticais, quando fixadas nas suas devidas bases.

Joias Móveis

Entre Maçons Livres e aceitos, o E. ensina a moralidade, o N.


a igualdade e o P. correção e retidão na vida e nos atos. São
chamadas Joias Móveis, porque são usadas pelo V. M. e seus
Vigilantes e são transferidas aos seus sucessores nas sessões de
instalação. O V. M. distingue-se pelo E., o Primeiro Vig. pelo N. e o
Segundo Vig. pelo P..

As Joias imóveis são: a Tábua de Delinear, a Pedra Cúbica


Bruta e a Pedra Cúbica Polida.

A Tábua de Delinear serve para nela o Mest. traçar linhas e


fazer desenhos; a Pedra Cúbica Bruta para os AAp. trabalharem,
139
139
marcarem e desbastarem, e a Pedra Cúbica Polida para o Comp.
prático nela experimentar e ajustar as suas joias. São chamadas
Joias imóveis ou fixas porque permanecem expostas e imóveis na
Loja, para os IIr. nelas estudarem a moral.

Como a Tábua de Delinear serve para o Mestre nela traçar


linhas e fazer desenhos, para melhor poderem os IIr. levar a efeito
a construção planejada com regularidade e propriedade, assim o L.
das SS. EE. pode perfeitamente ser considerado a Tábua de
Delinear espiritual do G. A. D. U., na qual estão estabelecidas tais
leis Divinas e disposições morais que, se nós nos
familiarizássemos com elas e as cumpríssemos, seríamos levados
à mansão etérea, não feita pela mão do homem, eterna, nos céus.

A Pedra Bruta é uma pedra tosca e não trabalhada, tal como


foi retirada da pedreira, até que, pela arte e engenho do
trabalhador, seja modelada, trabalhada na devida forma e tornada
apta para a construção planejada. Isto representa o homem na sua
infância ou estado primitivo rude e impolido como aquela pedra
bruta, até que, pelo cuidado carinhoso e pela atenção dos seus pais
ou tutores, dando-lhe uma educação liberal e virtuosa, sua
inteligência seja cultivada, e ele assim tornado um membro apto na
sociedade civilizada.

A Pedra Polida é uma pedra em forma de cubo, preparada


somente para ser aferida pelo E. e C.. Representa o homem no
declínio dos anos, depois de uma vida regularmente despendida
em atos de piedade e virtude, que não podem de outra forma ser
medidos e aprovados senão pelo E. da Palavra de Deus e o C. de
sua própria consciência convincente.

Em todas as Lojas regulares, bem formadas e constituídas,


há um ponto dentro de um Ci. em torno do qual os IIr. não podem
errar.

140
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O Ponto dentro de um Círculo

Esse Ci. é limitado entre o N. e o S. por duas grandes linhas


paralelas, uma representando Moisés e a outra o Rei Salomão. Na
parte superior desse Ci. fica o L. das SS. EE., sustentando a
escada de Jacob, cuja extremidade atinge os céus. Se fossemos
tão versados nesse Livro Sagrado e cumpridores das doutrinas
nele contidas como são aquelas paralelas, chegaríamos a Ele, que
não nos enganará nem permitirá que nos decepcionemos.
Caminhando em torno desse Ci., teremos necessariamente que
tocar em âmbar aquelas linhas paralelas, assim como no L. S., e
enquanto um Maçom se conservar assim circunscrito, não pode
errar.

A palavra “Lewis” (pronuncia-se Lúis) significa Força e é aqui


representada por certas peças de metal encaixadas dentro de uma
pedra, formando um engate, e quando em combinação com forças
mecânicas, tal como um sistema de roldanas, habilita o Maçom
obreiro a levantar grandes pesos a certas alturas com pequeno
esforço e a colocá-los nas suas bases apropriadas.
“Lewis” também significa o filho de um Maçom, igualmente
conhecido no Brasil como “Lowton”; seu dever para com seus pais
é suportar o peso e a carga diária de que eles, pela sua idade,
141
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deveriam estar isentos; auxiliá-los nas suas necessidades e por
essa forma tornar os seus últimos dias felizes e confortáveis; o seu
privilégio por assim proceder é o de ser feito Maçom, antes de
qualquer outra pessoa, qualquer que seja sua condição.

Pendentes dos cantos da Loja encontram-se quatro borlas


que nos lembram as quatro virtudes cardeais; Temperança,
Energia, Prudência e justiça. Todas elas, segundo nos informa a
tradição, eram constantemente praticadas por uma grande maioria
dos nossos antigos irmãos.

As características que distinguem um bom Maçom são:


Virtude, Honra e Misericórdia, e possam eles ser sempre
encontrados no coração de todos os Maçons.

A COLUNA “B”

A Bíblia, em vários de seus Livros, menciona as duas colunas


erigidas no pórtico do primeiro Templo de Jerusalém, ou Templo do
Rei Salomão. Encontramo-las nos Livros I Reis, Crônicas, e em
Jeremias. Menciona-se que as colunas foram feitas por Hiram,
Huram ou Huram-Abi, variando o nome segundo o Livro.

São dadas descrições muito detalhadas das colunas, de seus


adornos e de suas dimensões. Os textos Maçônicos adotam a
descrição do Livro de Jeremias, concretamente no que se refere às
dimensões.

Não ampliaremos este tema que poderá ser estudado dentro


de outro contexto. Mencionaremos somente a única divergência
aparente: as duas esferas mencionadas nos textos Maçônicos não
aparecem em nenhum texto Bíblico. Cremos, portanto, que estas
esferas são fruto da literatura maçônica de data muito mais recente.

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O que comentaremos, sim, é o dito em I Reis, Cap.7° “Erigiu
as colunas no pórtico do Templo; erigiu a coluna da direita e a
chamou Jakin e depois erigiu a coluna da esquerda e a chamou
Booz”. A mesma ordem é seguida também em Crônicas 11.

Se, mandasse a lógica - e somente a lógica - seria mais


correto que o Ritual apresentasse ao neófito a coluna “J” e não a
coluna “B” seguindo a ordem da Bíblia. Cabe apontar que outros
Ritos (O Rito Moderno Francês, por exemplo) seguem esta lógica
e trocam a função das colunas em seus rituais.

Nossa meta não é objetar contra esta postura que merece


todo nosso respeito. Não obstante, não queremos tampouco,
refugiarmo-nos no lema tradicionalista maçônico de “Em minha
Loja se costuma fazer assim”. Tentaremos dar uma explicação
coerente ao feito de que a coluna “B” seja a do Aprendiz.

A letra Bet, que corresponde à letra B latina, é a segunda letra


do alfabeto Hebraico. As Santas Escrituras nos dizem que Deus
criou o Universo com e pelo Verbo ou a Palavra, e o misticismo
Hebreu, se estende em que as letras foram chamadas ante o
Eterno uma a uma para receber Dele seu papel na obra da Criação.
Não nos aprofundaremos neste tema pela sua profundidade e
extensão. Unicamente destacaremos que o Livro de Gênesis (da
Criação) começa com a letra Bet, segunda letra do alfabeto,
utilizada duas vezes, e somente depois é utilizada a Alef (A latina),
a primeira letra, também repetida. “Bereshit Bara Elohim Et
hashamain vê há aretz” (No principio Deus criou os Céus e a Terra),
assinalamos que as palavras “Elohim” e “Et” se escrevem com Alef
como primeira letra. Se dão várias explicações a este fato. As que
mais terão que nos interessar são a que a letra Bet tenha sido
utilizada para formar a palavra “Baruch” (santificado) e a palavra
“Bara” (de criar).

143
143
No umbral de sua vida maçônica, em sua Iniciação,
apresentamos ao neófito o L. das SS. EE. como nossa Luz
principal, exortando-o a “reger todas as suas ações em função dos
sagrados preceitos que contem”. Se for a letra Bet-B a que encontra
como primeira letra do L. da SS. EE. e também Bet-B é a primeira
letra que vê ao abrir seus olhos no Evangelho de São João, cremos
que é a coluna Bet-B a que lhe corresponde.

BOOZ – Bisavô de David

Quem era Booz? Leiamos a Bíblia. Está escrito no cap. 21 do


Livro de Rute: “Naomi tinha um familiar de seu marido. Era um
homem poderoso e rico da família de Elimelech e se chamava
Booz”. Elimelech (significando: Deus meu o piedoso), da tribo de
Judá, foi um dos representantes de sua tribo quando Moisés reuniu
aos elegidos das doze tribos de Israel para apresentar-lhes as
Tábuas dos Mandamentos. Segundo o relato do livro de Rute, em
uma época de grande seca, Elimelech e sua esposa Naomi
emigraram ao país de Moab. Ali seus dois filhos tomaram por
mulher as dos Moabitas; uma delas era Rute. Ao morrerem
Elimelech e seus dois filhos, a viúva Naomi voltou a Judá, terra de
seus antepassados, acompanhada da moabita Rute, que venerava
a mãe de seu passado marido e se dedicava a seu cuidado. Já em
Judá, Rute atraia atenção de Booz, “homem poderoso e rico”, por
suas virtudes e louvável atitude com Naomi. Booz a toma por
esposa, cumprindo com as normas e as tradições de seu povo.

Booz, dizem as Escrituras, tinha 80 anos quando tomou por


esposa a Rute, e esta tinha 40. Ele morreu em seguida depois de
seu matrimônio, mas Rute havia sido abençoada pelo Eterno,
gerando a Obed , o filho de Booz. Obed foi o pai de Jessé e o avô
de Davi, Rei de Israel, e ele por sua vez pai do Rei Salomão.

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144
No cap. 41 do mesmo Livro, lemos que ao tomar Rute como
esposa, o povo disse a Booz: “Manifesta tua Força em Ephrata e
faz-te um nome em Belém”.

Fazer-se um nome era: chegar à plenitude e realizar-se;


segundo a mística Hebraica, ninguém se realiza totalmente se não
tem descendência. Cremos que neste caso o que o povo disse a
Booz é que devia manifestar sua virilidade, sua Força de criação, a
fim de ter descendência e dar assim continuidade a seu nome.

FERRAMENTAS

Os Maçons operativos utilizavam ferramentas em seu


trabalho. Nós somos “especulativos” no sentido de que
“especulamos” sobre as lições morais que se podem extrair de
distintas classes de objetos, sejam ou não ferramentas de trabalho,
como, por exemplo, podem ser a trolha, a escada ou o pavimento
mosaico. Neste sentido, os Maçons sempre, nas figuras
geométricas, nas técnicas de arquitetura e nas ferramentas de
trabalho do Oficio de Maçom (quer dizer, de pedreiro).

Cada Grau tem suas próprias ferramentas. No caso do


Aprendiz, as ferramentas são a régua de 24 polegadas, o malho de
desbastar e o cinzel. São símbolos de um uso correto do nosso
tempo e que tem que ser dividido entre o culto a Deus, o trabalho,
o descanso e o serviço aos demais. Simbolizam também a
educação e a atitude construtiva perante a Vida.

OBSERVAÇÕES GERAIS AO INICIADO

Deste-vos conta de que existe um belo simbolismo e uma


Grande tradição na cerimônia de Iniciação. À medida que fordes
progredindo na nossa Arte, ireis descobrindo que o simbolismo e a

145
145
tradição são abundantes nela, sendo temas apaixonantes de
estudo.

O simbolismo da sala da Loja se explica na “Explicação da


Tábua de Delinear no Primeiro Grau”, que às vezes se recita em
Loja. Se for o caso, prestai-lhe toda a vossa atenção. Falaremos
sobre as “Tábuas de Delinear” quando ascenderes ao segundo
Grau.

Não receie fazer perguntas sobre tudo aquilo que vos puder
interessar. Se não vos puderem dar maiores explicações até que
tenhais feito mais progressos na Ordem, vos dirão. Com certeza,
na condição de Maçom, que já haveis adquirido, se vos podem
explicar muitas coisas. Se o Irmão a quem haveis perguntado não
conhece a resposta, buscará a outro Irmão que a possa saber.
Desta forma aumentarão vossos conhecimentos e também,
esperamos, as coisas que sejam objeto de vosso interesse.

Tende sempre presente que a Maçonaria é sem duvida, algo


que deveis levar a sério, mas é também algo que deveis desfrutar.

Na cerimônia de Instalação de um novo Mestre da Loja, que


tem lugar uma vez pôr ano, podereis escutar o “discurso dirigido
aos Irmãos”. Nele se faz alusão ao “propósito geral de ser feliz e de
transmitir felicidade”. Desfrutai da parte que nele vos corresponde
e nunca lamentareis o passo que acabais de dar.

Sede bem-vindo, Irmão.

EXORTAÇÃO DEPOIS DA INICIAÇÃO

Ides ter ocasião de ouvir esta exortação uma outra vez. Seu
significado irá se desvelando mais e mais em vossa mente. Em
resumo, vos recorda que, em vossa qualidade de Maçom, deveis

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146
honrar a Deus, servir a vosso próximo (no mais amplo sentido do
termo), empregar vossos talentos para vosso próprio proveito, e ao
de vossa família e, em geral, de todos os vossos congêneres.
Deveis também procurar aprender quanto mais e melhor sobre
temas Maçônicos.

Já sabeis que não existe nada parecido a um “Deus


Maçônico”. A palavra “Deus” que emprega o texto da exortação se
refere ao Ser Supremo tal como se adora em vossa própria religião.

É condição para ser recebido no seio da Maçonaria que o


Candidato creia no Ser Supremo. Dele se deduz que na Maçonaria
existem nomes de múltiplos credos e denominações religiosas.

Com a finalidade de guardar a harmonia em Loja, os Maçons


se referem ao Criador pelo nome de Grande Arquiteto do Universo.
Esta denominação provoca objeções pôr parte de alguns teólogos.
Nós a temos por útil, posto que nos permitam trabalhar juntos em
harmonia, evitando as disputas sobre matérias de religião.

É precisamente em interesse da harmonia pelo que está


rigorosamente proibido falar de religião ou de política na Loja. Na
Ordem convivem homens de diversos credos.

O Candidato presta seu Juramento sobre o livro ou escritos


que ele mesmo tem pôr Sagrado, e na postura que exige sua
própria confissão. Assim, os Irmãos de confissão judaica, prestam
seu Juramento “em pé e cobertos”. Os cristãos o fazem ajoelhado
e com a cabeça descoberta.

INTRODUÇÃO AO IRMÃO INICIADO

Querido Irmão recém iniciado:

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147
Este texto é dirigido a vós, Irmão que acabais de passar pela
cerimônia de vossa Iniciação à Maçonaria e já sois um “Maçom
Franco e Aceito”, e tem pôr objetivo, em primeiro lugar, explicar-
vos a cerimônia que vivestes, dando-vos oportunidade de
aprofundar-vos um pouco mais nela, e também, em segundo lugar
proporcionar-vos uma maior informação sobre a Ordem em geral.

Não pretende ser exaustivo nem tampouco pretende dar


respostas a todas as questões que se vos possam suscitar. Os
Irmãos que propuseram e secundaram vossa candidatura, assim
como os membros da Loja que ocupam ou ocuparam cargos de
maior responsabilidade, estão sempre dispostos a responder
vossas perguntas.

Não temei importuná-los ao perguntar. Podemos começar


com a expressão “Maçom Franco e Aceito”, “Aceito” significa
“admitido na Maçonaria”. O qualificativo se aplicou aos homens
Iniciados como Maçons, sem ser propriamente desse Oficio, ao
menos desde meados do século XVII. “Franco” pode referir-se aos
Maçons Operativos que trabalharam na “pedra franca”, quer dizer,
a pedra lavrada, ou também é possível que faça referência ao fato
de que, em uma época em que boa parte da população estava
sujeita à condição servil, quer dizer, a maior parte dos homens
eram “servos”, somente os “homens francos”, quer dizer, não
escravos nem servos, podiam ser admitidos no Grêmio.

Ambas as palavras foram utilizadas conjuntamente desde


princípios do século XVII, e aparecem nas “Constituições”
publicadas pelo Ir. Anderson em 1723, sobre as quais teremos
ocasião de voltar mais adiante.

Podemos agora centrarmo-nos em algumas questões que


surgem em relação com a cerimônia que acabais de viver, através
da qual haveis adquirido o Grau de Aprendiz.
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148
Este termo se refere a um costume existente nos antigos
Grêmios. O pai, ou a pessoa com autoridade sobre um rapaz, o
entregava aos cuidados de um Mestre, pôr um tempo determinado,
com a finalidade de que lhe ensinasse o Oficio.

Têm chegado até nós bastantes documentos medievais que


se referem a este costume no contexto específico dos Ofícios
relativos à construção de edifícios.

PREPARAÇÃO

Antes que se vos desse entrada na Loja, vos encontrastes


com um Oficial da mesma, denominado “Cobridor”. Seu dever
principal consiste em assegurar a inviolabilidade da Loja enquanto
estejam em curso os Trabalhos, assegurando-se de que quem
solicite entrada, goze da condição de Maçom, e também deve
preparar os Candidatos para as cerimônias. C

Comunica-se com a Loja mediante golpes na porta, dados


com os dedos da mão. Sua denominação tradicional é a de
“telhador” (“Tyler” em inglês, ou “tuilleur” em francês). Desconhece-
se a origem de tal denominação. Usualmente é um membro da
Loja que goza da condição de “Past Máster”, quer dizer, que
governou a Loja, sob a denominação de “Venerável Mestre”,
usualmente durante um ano.

À presidência da Loja se chega depois de haver


desempenhado outros cargos na mesma, seguindo ordinariamente
uma escala já estabelecida. O “Cobridor” é um Irmão Maçom, que
como todos os Maçons, “é Irmão do Rei, Companheiro pôr igual do
Príncipe e do mendigo, sempre que estes sejam também Maçons
e dignos dele”.

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149
Pediram-vos que firmásseis uma declaração importante.
Ratificastes por escrito que chegavas à Maçonaria por uma opinião
favorável que havíeis formado dela previamente, e que vos
apresentáveis voluntariamente como Candidato, sem serdes
forçado de forma alguma.

Podereis recordar o que haveis firmado através da


Constituição e Regulamentos Gerais do Grande Oriente Maçônico
do Brasil – GOMB, dos quais recebestes um exemplar na cerimônia
de vossa Iniciação.

Desgosta-nos que existam Irmãos que possam pressionar, de


qualquer forma, amigos seus em prol de sua entrada na Ordem,
contra seus sentimentos. Se desejardes levar à Ordem um amigo
vosso, antes de suscitar o tema com ele, devereis primeiro falar
sobre o assunto com algum dos responsáveis de vossa Loja.

Declarastes, também que não esperáveis obter vantagem


material alguma de vossa incorporação. Este ponto tem uma
grande importância. Insistir-se-á nele em várias ocasiões durante
vosso progresso na Maçonaria.

Depois de haverdes firmado vosso compromisso, o Guarda


Externo vos ajudou a preparar-vos para a cerimônia. Existem
diversas explicações sobre o simbolismo subjacente na forma em
que fostes preparado. Três são, entretanto, os aspectos a destacar.

Em primeiro lugar deverias entrar “desprovido de todo objeto


de valor”, pela razão que agora já sabeis. Em segundo lugar, vosso
peito esquerdo estava descoberto de modo que carecíeis de
proteção alguma contra uma adaga ou punhal (ou também,
segundo algumas autoridades, para deixar patente vossa condição
de varão). Em terceiro lugar, e em recordação de nossos
antecessores operativo para mostrar que éreis fisicamente capaz
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150
de trabalhar como Maçom. Atualmente admitimos os varões com
pequenas deficiências físicas, coisa que nem sempre sucedia.

ENTRADA NA LOJA

Quando estavas pronto, o Cobridor chamou à porta com três


golpes. Estes golpes aludem ao ditado “pedi e se vos dará, buscai
e achareis, chamai e se vos abrirá”, ditado que também vos
recordamos três golpes que ouvistes ao dar a volta na Loja.

Ao entrar na Loja, sentistes a pressão de um instrumento


pontiagudo sobre vosso peito desnudo. Trata-se de um
procedimento que vem de tempos antigos, tal como vos foi
explicado pelo Venerável mestre. Naqueles tempos distantes se
incorporavam elementos às cerimônias para aumentar a
apreensão. Visto da perspectiva de nossas sensibilidades atuais,
tais elementos contribuem melhor para dar mais dignidade ao
cerimonial.

PERAMBULAÇÃO

O Candidato, em todas as nossas cerimônias, seja para ser


investido como chefe da Ordem, no cargo de Soberano Grão
Mestre, quer seja para ser investido como Aprendiz, é apresentado
formalmente ao Oficial que preside.

Nas cerimônias de colação de Graus, esta apresentação será


precedida de “perambulações” ao redor da sala da Loja. Isto serve
a dois propósitos. Em primeiro lugar, permite que os Irmãos se
assegurem que o Candidato está “devidamente preparado” na
maneira tradicional. Em segundo lugar, permite que os Oficiais de
maior responsabilidade na Loja, o Primeiro e o Segundo Vigilantes,
se assegurem de que o Candidato conhece o que tem que saber
para receber o Grau.

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151
Seguidamente, o Candidato pode ser apresentado ao
Venerável Mestre como uma pessoa devidamente preparada para
a cerimônia. Os Oficiais que conduzem o Candidato nesta parte da
cerimônia são o Primeiro e o Segundo Diáconos. Ambos estão
encarregados de assegurar-se de que, após a perambulação e da
apresentação, vos acerqueis do pedestal na forma tradicional.

Na cerimônia que haveis vivido, chamada de Primeiro Grau,


isto se executa “em ângulos retos e em esquadria”, simbolizando o
viver com retidão e ações sem falsidade.

JURAMENTO

Muitas bobagens têm sido escritas sobre esta parte da


Cerimônia. O texto vem desde tempos antigos. Ultimamente, em
algumas Jurisdições Maçônicas, foram suprimidas as “penas
extravagantes”. Em outros tempos, se incluíram penas pavorosas
aos juramentos para mostrar a seriedade dos mesmos às pessoas
que os prestavam.

Atualmente isso não é necessário, e esta prática arcaica é de


mau gosto, especialmente levando-se em conta que a mão direita
do Candidato está colocada sobre o Livro das Sagradas Escrituras
(L. das SS. EE. sobre o que teremos ocasião de voltar). Não há
nada, em juramento Maçônico algum, que seja contrário às
doutrinas religiosas ou às leis do País, ou que dê direito a Maçom
algum a exigir-vos ou a pedir-vos que atueis da forma contrária ao
vosso dever ou a vossa consciência. Pelo contrário, se tal
houvesse, com toda a probabilidade se veria sujeito a
procedimento disciplinar por parte da Autoridade Maçônica.

Em vosso Juramento prometestes não violar os segredos


Maçônicos. O “segredo” é um dos vícios que se lançam na cara da
Maçonaria. É importante que, desde o princípio, tenhais um
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152
conceito muito claro do que consideramos “segredo”. Na Maçonaria
existem somente duas coisas secretas: os meios de
reconhecimento e os segredos legítimos de um Irmão que vos
tenham sido explicitamente confiados em vossa condição comum
de Maçons.

Existem, com certeza, grandes número de assuntos que


devem ser considerados confidenciais, do mesmo modo que
existem assuntos em todos os clubes e associações, em matéria,
por exemplo, de finanças, de votações sobre novos membros, ou
de outras questões internas. Em tais assuntos, fazemos valer o
direito de não divulgá-los que têm as pessoas, físicas ou jurídicas.
Se bem é certo que deveis abster-vos de ir proclamando vossa
condição de Maçom aos quatro ventos a esmo, não há razão pela
qual deveis ocultar esta vossa condição a vossos amigos, ou pela
qual deveis abster-vos de falar da Ordem em particular se existe
um bom motivo para isso.

Recordai, contudo, que sempre é aconselhável manter uma


atitude modesta de reserva, e que deveis abster-vos de fazer
declarações à imprensa, ou a qualquer outro meio de difusão, em
matérias relacionadas com a Ordem, sem antes terdes obtido
autorização para isso através da Autoridade Maçônica.

As frequentes tergiversações que temos sofrido em nossa


posição nos obrigam a restringir a porta vozes Oficiais a
possibilidade de conceder entrevistas ou de fazer declarações
públicas.

Seguramente, o Juramento e o resto da cerimônia vos terão


transmitido o requisito de um nível exigente de conduta moral ao
qual se sujeitam todos os Maçons. Uma das consequências de que
disto derivam é que o resto de vossos Irmãos confiará
espontaneamente em vossa palavra, e igualmente vós confiareis
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na deles. É, por conseguinte, totalmente apropriado guardar
zelosamente nossos métodos de reconhecimento, que são a chave
que abre essa confiança.

Não deveis abusar nunca dessa confiança tentando obter


vantagens pessoais ou ganhos materiais na vossa permanência na
Ordem. E mais, qualquer intenção que possais descobrir de tal
procedimento devereis imediatamente colocar-vos alerta. Essas
condutas constituem um delito Maçônico e podem dar lugar à
expulsão da Ordem.

ÂNGULO NORDESTE

Ninguém esquece a experiência vivida no ângulo Nordeste. A


lição de caridade sublinha nossos princípios básicos, que se
enunciam na expressão “a fraternidade, a caridade e a verdade”,
que, como se vos dirá mais abaixo, devereis memorizar.

Todos os Irmãos devem efetuar contribuições com fins


caritativos. Os Irmãos devem especialmente apoiar os projetos
caritativos propostos pelo Mestre da Loja para o seu mandato.
Existe um Oficial especifico na Loja, o Hospitaleiro, que vos
explicará os costumes de vossa Loja neste aspecto.

À medida que progredirdes na vossa carreira Maçônica ireis


sabendo mais coisas. Que isto não seja motivo de esquecer que a
caridade se manifesta dando, ademais que dinheiro, vosso serviço
“ao amigo ou ao Irmão que esteja necessitado”, sempre sem
detrimento vosso ou de vossa família.

O PRÓXIMO PASSO

Dentro de um prazo de tempo relativamente breve, se vos


conferirá o Grau de Companheiro Maçom. A cerimônia que

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154
vivereis, vos será explicada no folheto seguinte desta série. Antes
de começá-la deverá dar respostas, em Loja aberta, a uma série
de perguntas que vos serão formuladas pelo Venerável Mestre,
para demonstrar que haveis feito suficientes progressos como
Aprendiz para ser digno do Grau superior.

O segundo Diácono estará ao vosso lado para apontar-vos as


respostas caso necessário. Deveríeis, contudo, assegurar-vos de
que saibais bem de memória essas respostas, tanto pela
impressão favorável que isso causará na Loja, ao demonstrar que
tomastes seriamente vossas obrigações, como pela satisfação que
dareis aos Irmãos que propuseram e secundaram vossa
candidatura.

Antes que se imprimissem os Rituais, a instrução dos Irmãos


no Ritual e o simbolismo Maçônico se faziam pelas perguntas e
respostas. Os Irmãos se sentavam ao redor de uma mesa e o
Mestre fazia rodadas de perguntas, para provar seu conhecimento
do “Oficio” e dos ensinamentos morais. Com o passar do tempo, as
perguntas e as respostas foram fixas. Os Irmãos tinham que
demonstrar um domínio das mesmas para que se lhes permitisse
ascender a um Grau superior. Estes catecismos foram conhecidos
com o nome de “Conferências ou Preleções”, tendo sido revisadas
várias vezes com o transcorrer do tempo.

Em 1813, ao fundirem-se as duas Grandes Lojas primitivas,


teve de proceder-se a obtenção de um Ritual único com elementos
procedentes dos Rituais das duas Grandes Lojas. O Duque de
Sussex, na ocasião Grão Mestre da Grande Loja Unida da
Inglaterra, se interessou pessoalmente por este trabalho e o
impulsionou para que fora terminado o quanto antes.

O novo Ritual foi promulgado em uma série de exibições. Os


Rituais, até essa data, continham uma série de referências cristãs.
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Estas foram suprimidas, pôr ordem do Grão Mestre, posto que, na
opinião do Duque, a Maçonaria devia estar aberta aos homens de
qualquer religião, sendo vinculo de união entre eles, a condição de
que admitissem a existência do Ser Supremo.

Em Londres existe uma Loja de Instrução de grande prestigio


a (“Emulation Lodge of Improvement”) que utiliza as Conferências.
As perguntas que devereis responder foram retiradas dessas
Conferencias.

PRELEÇÕES DO 1º GRAU
HISTÓRIA

O principal conteúdo, a partir de agora, são lições Maçônicas,


associadas com os três graus operativos. Estas preleções têm a
ver com a descrição do ritual daqueles graus no que atêm seu
significado moral e simbólico e estão naturalmente organizados,
como questionário de perguntas e respostas, que são
intencionalmente preparadas para serem trabalhadas por dois ou
mais Irmãos.

Atualmente o conteúdo das preleções é estandardizado e


têm, de fato, sofrido pequeníssimas alterações através dos anos
em que têm estado em uso, mas porque as preleções descrevem
o ritual dos graus em detalhe e contêm uma boa parte da
terminologia usada naquelas cerimônias, as partes do ritual devem
concordar com o processo de trabalho usual empregado pelas
Lojas.

As preleções estão organizadas de acordo ao sistema


conhecido, por “Trabalho de Emulação”, oriundo da Loja “Emulation
Lodge of Improvement” a qual tem demonstrado a forma de

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156
trabalho do ritual e destas preleções continuamente, desde sua
formação em 1823.

Estas preleções estão estruturadas para serem aplicadas


àqueles que escolhem ou usam o trabalho de Emulação e refletem
a maneira precisa pela qual elas são trabalhadas nas
demonstrações das sextas-feiras na Loja “Emulation Lodge of
Improvement”. As ilustrações da “Tábua de Delinear” inclusas são
aquelas usadas na mesma e a ela pertencente. Elas foram
designadas e feitas por ordem da Loja em 1845.

De acordo com os mais antigos arquivos existentes, o uso de


questionários tem sido conhecido e usado pela Maçonaria. Eles
apareceram primeiramente como métodos de exame e muito
provavelmente podem ter sido usados como métodos de instrução
também, embora, aqueles aparecidos primeiramente pelos fins do
século XVIII, tenham todos, sido muito proximamente expressos na
forma de “Exposições” ou conferências de procedimentos
Maçônicos, mais que de uma estrita consideração da autenticidade
das fontes.

O sistema de preleções ou aulas de William Preston,


desenvolvido a partir de 1772 (mas de cujo texto completo há pouco
conhecimento até pelo menos vinte anos mais tarde), e o livro de
John Browne: “Chave Mestra”, primeiramente publicado em
extenso em 1801 foram os primeiros a dar-nos realmente
informações autênticas.

Por essa época as preleções em uso vieram a ser um


completo sistema de instrução de Maçonaria, não somente nos
procedimentos do ritual para o trabalho das cerimônias de grau,
mas no amplo e total espírito da Maçonaria em si mesma.

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As cerimônias em particular eram curtas e foram nesses
primeiros anos do século XIX amiúde trabalhadas por um mínimo
de atendentes presentes, algumas vezes numa sala pequena
separada, antes do encontro pleno da Loja. Este pleno encontro,
naquele histórico tempo, foi usualmente realizado à mesa, e a lição
completa foi com freqüência trabalhada como uma instrução ao
Candidato.

Com a junção das duas Grandes Lojas da Inglaterra em 1813


para formar a Grande Loja Unida da Inglaterra, tentativas foram
feitas para “estandardizar” ou uniformizar o sistema de aulas ou
preleções: Um sistema realmente novo foi organizado pela Loja de
Reconciliação (1813-1816) para uso da Grande Loja Unida da
Inglaterra e foi necessário organizá-lo em um sistema de preleções,
com o propósito de Instrução nesses novos procedimentos e
fazendo-os combinar com o simbolismo da nova prática.

Nenhum dos sistemas de aulas ou preleções recebe jamais


aprovação formal da Grande Loja na mesma forma em que essa
aprovação foi concedida ao novo ritual de 1816.

Existiram pelo menos três sistemas de preleções


correntemente, na área de Londres, logo antes da União. No
evento, o sistema funcionou para uso nas demonstrações regulares
em “Noites Públicas” da Loja dos Grandes Vigilantes, o que veio a
ser genericamente aceito.

Isto estava baseado no tipo de conteúdo do questionário de


John Browne em seu “Chave Mestra”, representando o uso
estandardizado ou geralmente usado pelas Lojas “modernas” isto
foi concatenado com um sistema de preleções cobrindo instruções
no novo ritual com sete, cinco e três seções, respectivamente nas
lições do primeiro, segundo e terceiro graus, no mesmo padrão em
que é usado hoje.
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A Loja “Emulation Lodge of Improvement” para Mestres
Maçons, estava formada em 1823 e desde o seu começo deu suas
instruções trabalhando o sistema de preleções da Loja dos
Grandes Vigilantes continuou-se a trabalhar as mesmas desde
sempre apesar certamente desde 1840, de que os ensaios de
cerimônias tenham sido o trabalho prioritário.

Quando as “Noites Públicas” da Loja dos Grandes Vigilantes


cessaram nos anos 1860, a Loja “Emulation Lodge of Improvement”
tornou-se o corpo Lideradamente trabalhando regularmente nestas
preleções.

Algumas pequeníssimas alterações foram feitas através dos


anos, com certeza a Loja dos Grandes Vigilantes fez algumas
revisões nos primeiros anos da década de 1860, mas basicamente,
estas preleções são as mesmas que foram trabalhadas em 1817 e
excetuando as necessárias correções para adaptá-las ao novo
Ritual de procedimentos depois de 1813, elas têm exatamente
muito do mesmo conteúdo das lições trabalhadas na Maçonaria
Inglesa nos últimos anos do século XVIII.

Elas cobrem a totalidade de cada cerimônia de cada Grau


com exceção das obrigações, mas será fácil notar que a referência
aos Sn. na terceira cerimônia não está incluída nas preleções. Isto
é por causa da relativamente tardia data à qual essas referências
vieram a fazer parte do uso nas cerimônias de grau, não antes dos
anos 1870.

No presente as preleções são trabalhadas regularmente nas


reuniões das sextas-feiras da “Emulation Lodge of Improvement”,
no Freemason's Hall de Londres, sob um padrão que os habilita a
completar o curso duas vezes por ano. As preleções são divididas
em seções e uma ou duas seções são trabalhadas numa reunião,
depois que a cerimônia dessa noite tenha finalizado às primeiras
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segundas, quartas e sextas-feiras do mês; a cerimônia de
Instalação é trabalhada nas outras sextas-feiras.

A Loja não se reúne nos meses de Julho, Agosto e Setembro.


Está subentendido que as preleções devem ser coordenadas por
um “Mestre de Lições”, o qual faz as perguntas, e as respostas
padrão devem ser dadas por um ou mais dos assistentes.

Na Loja “Emulation Lodge of Improvement'” o “Mestre de


Lições” é sempre um membro que ocupa a cadeira de Mestre ou a
de Past Master. Os arranjos usuais nas reuniões de “Emulação”
devem ser desempenhados por um Irmão que dará assistência
trabalhando uma seção completa dando todas as respostas às
perguntas dessa seção.

Quando conveniente, este trabalho de assistência é assumido


pelo 1° Vig. para a primeira seção a ser trabalhada e pelo 2° Vig.
para a seguinte seção. Quando os VVig. não estão fazendo o
trabalho, o Irmão encarregado da coordenação fica ao Norte do
pedestal do 1° Vig.

A Loja “Emulation Lodge of Improvement”, tem um


procedimento standard quando as preleções constituem o trabalho.
O V. M. apresenta o Irmão que terá que responder às perguntas –
“Ir , Você daria sua colaboração ao Ir. P. M. ............ para o trabalho
da ........ seção da ......... preleção”.

O Ir. escolhido pode ser apresentado pelo nome ou por


comunicação oficial e o Past Master é referido pelo nome; a seção
e a lição são referidas pelos números apropriados. Aquele que vai
dar assistência fica de pé no seu lugar e responde, sem qualquer
saudação: “Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M.”, ele então
se não estiver como Vig., procederá ao norte do pedestal do 1° Vig.

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160
Se o trabalho estiver sendo feito por um Aprendiz, ele
permanecerá em pé no seu próprio lugar. O assistente então saúda
o V. M. no Grau no qual a Loja estiver aberta, e o trabalho
prosseguirá com a aula do Mestre, colocando a primeira questão.

Ao fim de cada seção é dada uma recomendação pelo Mestre


da Lição, seguido por uma espécie de “fogo”. Exceto para o “fogo”
ao fim das seções da primeira e segunda preleções, isto é feito pela
Irmandade toda, sentada (exceto para o Ir. assistente do trabalho).
Este fogo é sempre dado audivelmente fazendo-se um som
deliberado a cada contato.

Para as primeiras seis seções do Primeiro Grau, o fogo é feito


Sn. Apr. com o movimento de encerramento em cada ocasião com
uma palmada sobre a coxa; para as primeiras quatro seções das
lições do Segundo Grau, o Sn. é similar às saudações dadas neste
Grau depois da readmissão dos obreiros Companheiros, na
cerimônia de Instalação; para todas as três seções e preleções do
Terceiro Grau, o contato é feito audivelmente com as mãos dando
o G. Sn. R. e palmeando as coxas.

Para as últimas seções das preleções ambos os Graus


Primeiro e Segundo, todos estão sentados, tendo havido
previamente oportunidade no curso das seções para a Irmandade
ficar de pé.

O fogo para cada seção é o mesmo, e é similar àquele dado


na mesa em muitas partes do mundo, sendo o ritmo da natureza
digna. Depois do fogo, o Mestre de Lições dirá ao seu assistente: -
“Obrigado Ir.”, e esse Irmão saudará então no grau no qual a Loja
está aberta e reassumirá o seu assento.

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161
A seção da lição seguinte, ou o seguinte trabalho é então
prosseguido. Alguma ênfase se faz necessário para saudar no
Grau em que a Loja está aberta.

O atendimento à Loja “Emulation Lodge of Improvement”, é


restringido aos Mestres Maçons. E o trabalho das preleções é
sempre feito com a Loja aberta no Terceiro Grau.

As saudações gerais são sempre, portanto, aquelas do


Terceiro Grau, não obstante que os sinais e saudações requeridas
pelo texto das lições podem propriamente ser trabalhadas com a
Loja aberta no Grau apropriado, mas nunca deveriam ser
trabalhadas num Grau inferior que o apropriado pela preleção.

PRELEÇÕES DE EMULAÇÃO

Além do Ritual, existem para cada um dos três Graus as


chamadas “Preleções de Emulação” que na realidade são um
extenso questionário de perguntas e respostas que cada Ir. deve
memorizar e nunca mais esquecer.

INTRODUÇÃO

V. M. - IIr., a Maçonaria, consoante a geral aceitação do


vocábulo, é uma arte baseada nos princípios da
Geometria, tendo por finalidade o progresso e o bem estar
da humanidade. Mas, a Franco Maçonaria, abrangendo
um campo mais vasto e um objetivo mais nobre, tal seja, o
cultivo e o aperfeiçoamento da mente humana, pode, com
maior propriedade, ser considerada uma Ciência, apesar
de estarem seus ensinamentos, em sua maior parte,
velados em Alegorias e ilustrados por Símbolos.

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162
- E apesar dessas condições, assim veladas, ela, não
obstante, inculca princípios da mais pura moral. Assim
sendo, afastar esse véu, ou mais exatamente falando,
penetrar através de seus mistérios, é a finalidade de
nossas Preleções Maçônicas, e por uma fiel e adequada
atenção às mesmas, esperamos, por fim nos
familiarizarmos com todos esses mistérios. A Preleção
deste grau, o Primeiro, é dividida em sete Seções e,
através delas, a virtude é descrita em suas mais lindas
cores, e os deveres morais são, a todo instante,
devidamente demonstrados.

- A natureza, o caráter, atributos e perfeições da


Divindade são fielmente delineados e eficazmente
retratados, sendo perfeitamente dosados, a fim de
influenciar nossa conduta perante Ele, nosso Pai,
Benfeitor e Orientador Moral e ainda para nos orientar no
fiel desempenho de nossos deveres sociais. A instrução
Maçônica é Catequética, ou seja, por perguntas e
respostas; assim sendo, partindo da convicção de que sois
Maçom, permita-me que, nessa qualidade vos indague.

1º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Primeira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Como Maçons Livres e Aceitos, como, primeiramente,


nos encontramos?

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163
Resp. - No E..

Perg. - Como esperamos nos obrigar?

Resp. - No Ni..

Perg. - Por que nos encontramos e nos obrigamos desta


maneira em particular?
Resp. - Como Maçons, assim devemos agir no E., para que
possamos partir para o Ni. com toda a humanidade e, em
particular com um Ir..

Perg. - Como Maçom de onde vindes?

Resp. - Do Oe..

Perg. - Para onde dirigis os vossos passos?

Resp. - Para o Le..

Perg. - Com que finalidade deixais o Oc. dirigindo-vos para o


Or.?

Resp. - À procura de um Mestre que me possa instruir.

Perg. - Quem sois vós que solicitais instrução?

Resp. - Um Maçom Livre e Aceito.

Perg. - Que espécie de homem deve ser um Maçom Livre e


Aceito?

164
164
Resp. - Um homem livre, nascido de uma mulher livre, não
importa que seja um Rei, companheiro de um Príncipe ou
um mendigo, se for Maçom, é considerado digno.

Perg. - Por que nascido livre?

Resp. - Em alusão ao grande banquete oferecido por Abraão,


quando foi confirmado seu filho Isaac, e Sarah, sua
esposa, observando Ismael, o filho de Agar, escrava
egípcia, aborrecendo e zombando seu filho, queixou-se a
seu marido e disse: “Deita fora essa serva e o seu filho,
porque o filho desta serva não herdará com meu filho
Isaac”. Ela falou inspirada por um espírito profético,
sabedor que de Isaac iria originar um grande e poderoso
povo, que serviria ao Senhor com liberdade, fervor e zelo;
e ainda por temer que crescendo junto, Isaac poderia
adquirir de Ismael algum costume ou idéia servil; isto
porque naqueles dias como nos que ainda correm, era voz
geral que a mente escrava era mais viciosa e menos
esclarecida que a dos nascidos livres.

Esta é a razão que nós, Franco Maçons, damos para a


exigência de todo Maçom ser nascido livre; nos dias que
correm, porém, estando a escravidão praticamente abolida,
considera-se que, sob a nossa Constituição, se um homem
é livre, mesmo que assim não tenha nascido, é ele apto a
ser feito Maçom.

Perg. - Por que essas igualdades entre os Maçons?

Resp. - Por havermos sido todos criados iguais, como acentua


o nosso J. Maçônico.

Perg. - De modo geral, como Maçom, de onde vindes?


165
165
Resp. - De uma Respeitável e Venerável L. de IIr. e CComp..

Perg. - Que recomendações trazeis?

Resp. - A de saudá-lo devidamente, V. M.. (faz o Sn. do


Primeiro Gr.)

Perg. - Alguma outra recomendação?

Resp. - Cordiais saudações.

Perg. - Já que não trazeis mais do que cordiais saudações, que


vindes fazer?

Resp. - Aprender a controlar e dominar minhas paixões, e fazer


novos progressos na Maçonaria.

Perg. - Por estas razões devo presumir que sois Maçom?

Resp. - Como tal sou considerado e aceito entre IIr. e CComp.

Perg. - Como reconhece a si próprio como um Maçom?

Resp. - Pela regularidade de minha Iniciação, repetidas provas


e aprovações, e pela boa vontade em Submeter-me à
prova, quando devidamente solicitado.

Perg. - Como provais aos outros que sois Maçom?

Resp. - Por SSn., TT. e os Pts. de Perfeição de minha entrada.

Perg. - Que são SSn.?

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Resp. - Todos os EE., PP. e NN. são SSn. próprios e
verdadeiros para se identificar um Maçom.

Perg. - Que são TT.?

Resp. - Certos aap. de m. regulares e amigáveis, pelos quais


conhecemos um Ir., tanto à noite como de dia.

Perg. - Podeis dar-me os Pts. de vossa entrada?

Resp. - Dê-me o primeiro, que eu vos darei o segundo.

Perg. - Eu g.

Resp. - Eu oculto.

Perg. - Que pretendeis ocultar?

Resp. - Todos os segredos e mistérios de, ou pertencentes, a


Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria.

Perg. - Como estamos em Loj. aberta, podeis revelá-los em


segurança.

Resp. - De, À e Na.

Perg. - De, A e Na o que?

Resp. - De minha livre e espontânea vontade, À porta da Loja,


Na ponta de um Pl. apresentado ao meu p. e. n..

Perg. - Quando foste feito Maçom?

Resp. - Quando o Sol estava em seu meridiano.


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167
Perg. - Neste País as LLoj. da Maçonaria usualmente reúnem-
se à noite; que explicação podeis dar a isto, que à primeira
vista parece um paradoxo?

Resp. - Girando constantemente a Terra sobre o seu eixo, em


sua órbita ao redor do Sol, e estando a Maçonaria
universalmente espalhada em sua superfície, conclui-se
que o Sol está sempre em seu meridiano, no que diz
respeito à Franco Maçonaria.

Perg. - Que é a Franco Maçonaria?

Resp. - Um sistema peculiar de moralidade, velada em


alegorias e ilustrada por símbolos.

Perg. - Onde fostes feito Maçom?

Resp. - No seio de uma Loj. justa, perfeita e regular.

Perg. - O que é uma Loj. de Franco Maçons?

Resp. - Uma assembleia de IIr. reunida para aprofundar nos


mistérios da Ordem.

Perg. - Quando reunida, o que a faz justa?

Resp. - O L. das SS. EE. (V.L.S.) aberto.

Perg. - O que a faz perfeita?

Resp. - Sete ou mais Maçons regulares.

Perg. - O que a faz regular?

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168
Resp. - A Carta Constitutiva.

Perg. - Por que fostes feito Maçom?

Resp. - Para obter os SSeg. da Maç. e ser libertado das trevas.

Perg. - Os Maçons possuem SSeg.?

Resp. - Têm muitos, e de inestimável valor.

Perg. - Onde eles os guardam?

Resp. - Em seus corações.

Perg. - A quem os revelam?

Resp. - A ninguém, exceto a IIr. e CComp..

Perg. - Como os revelam?

Resp. - Por SSn., TT. e PP..

Perg. - Como Maçons, como esperamos alcançá-los?

Resp. - Com a ajuda de uma chave.

Perg. - Essa chave está erguida ou deitada?

Resp. - Erguida.

Perg. - Por que preferivelmente erguida?

Resp. - Ela sempre deve erguer-se em defesa de um Ir. e jamais


repousar em seu prejuízo.
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169
Perg. - O que a mantém erguida?

Resp. - A linha da vida, na passagem ao fim da existência, entre


a Gtl. e a Ptl..

Perg. - Por que tão intimamente ligada com o coração?

Resp. - Sendo um indicador da mente, não deve expressar


nada além do que o coração realmente dita.

Perg. - É uma curiosa chave, sem dúvida, de que metal é feita?

Resp. - Metal algum, ela é a língua da boa reputação.

V. M. I. - IIr., assim termina a Primeira Seção da Primeira


Preleção: a EXORTAÇÃO é:

“Aquela excelente chave, a língua de um Franco Maçom, que


sempre deve falar bem de um Ir., ausente ou presente, mas,
quando, para nosso infortúnio, tal não possa ser feito com
honra e propriedade, deve ser então adotada aquela excelente
virtude da Ordem, que é o SILÊNCIO”.

V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

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170
2º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Segunda
Seção da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Onde fostes primeiramente preparado para serdes feito


Maç.?

Resp. - Em meu coração.

Perg. - Onde, em seguida?

Resp. - Em local apropriado, contígua à Loja.

Perg. - Quem vos apresentou para serdes feito Maç.?

Resp. - Um amigo, que depois reconheci como Ir..

Perg. - Descreva a maneira pela qual fostes preparado.

Resp. - Fui despojado de mts. e vendaram-me os olhos;


desnudaram-me o b. d., o p. e. o j. e., calçaram o meu p.
d. com chin., e colocaram um l. com n. c. em meu pesc..

Perg. - Por que fostes despojado de mts.?

Resp. - Para que não introduzisse na Loj. nada ofensivo ou


defensivo, e não perturbar sua harmonia.

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171
Perg. - Um segundo motivo?

Resp. - Fui recebido na Maç. em estado de pobreza, para


lembrar-me de auxiliar IIr. necessitados, desde que
merecedores, e sem prejuízos para mim ou meus
familiares.

Perg. - Um terceiro motivo?

Resp. - Na construção do T. do R. S. não foi ouvido o som de


nenhuma ferramenta metálica.

Perg. - Como podia ser realizada e concluída a construção de


tão majestoso edifício como o T. do R. S., sem o auxílio de
ferramentas mts.?

Resp. - As pedras foram talhadas na pedreira e ali


“esquadradas”, cinzeladas, marcadas e numeradas. O
madeiramento foi abatido e preparado na floresta do
Líbano e ali, depois de marcado e numerado, foi posto a
flutuar até Jopa; em carruagens, foi feito o transporte a
Jerusalém, e colocados em posição por meio de marretas
de madeira, e outros instrumentos preparados para essa
finalidade.

Perg. - Por que foram as pedras e o madeiramento preparados


em local tão distante?

Resp. - Para evidenciar a excelência da Ordem naquele tempo,


pois, apesar de serem trabalhados a tão grande distância,
os materiais, ao chegarem a Jerusalém, e ao serem
colocados em posição, cada peça ajustou-se com
tamanha perfeição, parecendo mais o trabalho do
G.A.D.U., que o de mãos humanas.
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Perg. - Por que fostes vendado?

Resp. - Em caso de recusa em submeter-me a quaisquer das


cerimônias usuais na iniciação de um Maç., teria sido
retirado da Loj. sem haver conhecido sua composição.

Perg. - Um segundo motivo?

Resp. - Recebido na Maç. em trevas, far-me-ia lembrar de


manter velados os mistérios MMaç., ao resto do mundo, a
não ser que lhes fossem legalmente transmitidos, da forma
que eu estava por recebê-los.

Perg. - Um terceiro motivo?

Resp. - Para que meu coração pudesse conceber, antes que


meus olhos descobrissem.

Perg. - Por que vos desc.?

Resp. - Considerando que as nossas LLoj. são construídas em


solo sagrado, alude a uma passagem das Escrituras
quando o Senhor falou a Moisés da Sarça Ardente – “tira
as sandálias dos pés, pois o chão que pisas é sagrado.”

Perg. - Assim devidamente preparado, para onde vos


conduziram?

Resp. - À porta da Loja.

Perg. - Como encontrastes essa porta?

Resp. - Fechada e devidamente cob..

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173
Perg. - Por quem estava coberta?

Resp. - Por aquele que mais tarde vim a conhecer como o Cobr.
da Loja.

Perg. - Seu dever?

Resp. - Armado com urna espada desembainhada, impedir a


entrada de intrusos e profanos à Maç., e verificar se os
candidatos estão devidamente preparados.

Perg. - Estando nas trevas, como soubestes que era uma


porta?

Resp. - Por ter encontrado primeiramente um obstáculo,


posteriormente ser admitido.

Perg. - E como obtivestes admissão?

Resp. - Por tr. bbat. distintas.

Perg. - A que aludem essas três bbat. distintas?

Resp. - A uma antiga e venerável exortação: “Procurai e


encontreis, Perguntai e vos será dito, Batei e vos será
aberto”.

Perg. - E como aplicastes essa exortação à vossa situação?

Resp. - Tendo percebido em minha mente, pedi a meu amigo,


ele bateu, e a porta da Fr. Maç. abriu-se para mim.

Perg. - Quando a Porta da Maç. abriu-se para vós, quem veio


em seu auxílio?
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Resp. - Aquele que depois vim, a saber, ser o G. I.

Perg. - Que perguntou ele ao seu amigo, ou seja, ao Cobr.?

Resp. - Quem está convosco?

Perg. - Qual foi a resposta do Cobr.?

Resp. - “É o Sr. ............. , um pobre Cand. em trevas, que foi


honrosamente recomendado, regularmente proposto e
aprovado em Loj. Aberta, e que agora se apresenta, por
sua livre e espontânea vontade, esperando humildemente
ser admitido aos mistérios e privilégios da Franco
Maçonaria”.

Perg. - Que mais perguntou o G. I.?

Resp. - Como esperava eu obter aqueles privilégios.

Perg. - Vossa resposta?

Resp. - Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa


reputação.

Perg. - Como procedeu então o G. I.?

Resp. - Pediu que aguardasse enquanto fazia a comunicação


ao V. M., que depois gentilmente ordenou a minha
admissão.

Perg. - Fostes logo admitido? E em quê?

Resp. - Sim, na ponta de um pl., encostado em meu p. e. n..

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175
Perg. - Porque a ponta de um pl. foi encostada em vosso p. e.
n., na vossa entrada na Loja?

Resp. - Para que eu me desse conta de estar prestes a engajar-


me em algo sério e solene, bem como para distinguir meu
sexo.

Perg. - Depois de admitido na Loja, qual foi a primeira pergunta


que vos foi feita pelo V. M.?

Resp. - Sr. ......... como nenhuma pessoa pode ser feita Maç.
sem ser livre e de idade madura, vos pergunto se sois livre
e se tendes dezoito anos completos? Ao que, respondi
afirmativamente.

Perg. - O que vos pediram, então, para fazer?

Resp. - Ajoelhar, e receber o benefício de uma prece Maçônica.

Perg. - A qual vos agradeceria que repetísseis

V. M. - (dá ! seguido pelo 1° Vig., e pelo 2° Vig.)

Todos - (se levantam com o Sn. de R.)

Resp. - Pai Todo Poderoso e Governador Supremo do


Universo, estende a Tua Proteção sobre nossos trabalhos,
concede que este Cand. à Maç. possa dedicar e devotar a
sua vida a Teu serviço, para que possa converter-se em
um Ir. fiel e leal entre nós. Concede-lhe uma parte de Tua
Divina Sabedoria, para que possa, com a ajuda dos
segredos de nossa Arte Maçônica, estar melhor preparado
para compreender as belezas da verdadeira devoção para
a Honra e Glória de Teu Santo Nome.
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V. M. I. - Que Assim Seja!

Todos - (Baixam o Sn. de R., e sentam-se)

Perg. - Após esta prece, qual foi a seguinte pergunta feita pelo
V. M.?

Resp. - Em todos os casos de dificuldades e perigo, em quem


depositais vossa confiança?

Perg. - Vossa resposta?

Resp. - Em Deus.

Perg. - A resposta do V. M.?

Resp. - Muito satisfeito estou em ver vossa fé tão sólida.


Confiando em tão seguro auxílio, podeis levantar-vos sem
receio, e seguir vosso guia, com firme, não obstante
humilde confiança, porque nenhum perigo pode haver,
onde é invocado o nome de Deus.

Perg. - Como se dirigiu, então, o V. M. à Loj.?

Resp. - IIr. do N., Le., S. e Oe., prestai atenção ao Sr. ........, que
vai passar diante de vós, a fim de mostrar que é um Cand.
convenientemente preparado, e pessoa digna e apta para
ser feita Maçom.

Perg. - Como vosso guia agiu convosco?

Resp. - Não estando nem nu nem vestido, nem com os pés nu


nem calçados, por uma humilde postura de parada e
movimento ao mesmo tempo, me pegou amistosamente
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177
pela mão direita, conduzindo-me subindo ao N. diante do
V. M., até o Le. descendo pelo Sul, e me entregou ao 1° V.
no Oe.

Perg. - O que foi solicitado a vós durante vossa perambulação


pela Loj.?

Resp. - Fui examinado pelo 2° Vig., e pelo 1° Vig., de modo


similar à utilizada na porta da Loja.

Perg. - Por que fostes conduzido ao redor da Loja, naquele


modo peculiar?

Resp. - Para figuradamente representar o estado de pobreza e


desgraça em que fui recebido na Maç., e para que
refletisse sobre o fato, e nunca indevidamente viesse a
fechar os meus ouvidos às súplicas dos necessitados, em
especial um Ir. Maç., escutando com atenção suas
queixas, a piedade jorraria de meu coração, juntamente
com a ajuda por eles necessitada, sempre dentro de
minhas possibilidades. Tinham também por finalidade
mostrar que eu era um Cand. devidamente preparado e
apto a ser feito Maç..

Perg. - E quais são as pessoas dignas e aptas a serem feitas


MMaç.?

Resp. - Homens retos, honrados e livres, de maior idade, bom


senso e rigorosa moral.

Perg. - Por que são os privilégios da Maç., restritos aos homens


livres?

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Resp. - Para que os hábitos viciosos da escravidão não venham
a contaminar os verdadeiros princípios de liberdade, nos
quais a Ordem se fundamenta.

Perg. - Por que de maior idade?

Resp. - Para possibilitar um melhor julgamento a nós mesmos,


bem como para a Fraternidade em geral.

Perg. - Por que de bom senso e rigorosa moral?

Resp. - Para que, tanto por preceitos e exemplos, possamos


estar mais bem habilitados a impor obediência às
excelentes leis e princípios estabelecidos na Franco-
Maçonaria.

Perg. - Uma vez entregue ao 1° V. no Oe., como ele procedeu?

Resp. - Ele me apresentou-me ao V. M. como um Cand.


convenientemente preparado para ser feito Maçom.

Perg. - Qual a resposta do V. M.?

Resp. - Ir. 1° Vig., vossa apresentação será atendida e, para


isso, vou dirigir algumas perguntas ao Cand., as quais,
espero, responderá com sinceridade.

Perg. - Qual foi a primeira daquelas perguntas?

Resp. - Declarais solenemente sob vossa honra que, vos


oferecendo para participardes de nossos mistérios, não
fostes movido por solicitação imprópria de amigos, contra
vossa própria inclinação e que não fostes influenciado por
motivos mercenários ou outros menos dignos; e que é livre
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e espontaneamente que vos apresentais como Cand, aos
mistérios e privilégios da Maçonaria?

Perg. - Qual foi a segunda?

Resp. - Garantis por vossa honra que procurais participar


desses privilégios levado por uma favorável opinião
preconcebida sobre a Instituição, por um desejo profundo
de vos instruirdes e por vontade sincera de prestar maiores
serviços a vossos semelhantes?

Perg. - E qual a terceira?

Resp. - Declarais solenemente, ainda, sob vossa honra, que


sem temor, ou imprudência perseverareis firmemente
durante a cerimônia de Vossa Iniciação e, se fores aceito,
atuareis conforme os antigos usos e costumes da Ordem?
À todas elas, respondi afirmativamente.

Perg. - Que ordenou em seguida o V. M.?

Resp. - Ordenou ao 1° Vig., que pedisse ao 2° Diac. que me


ensinasse como deveria avançar ao pedestal na devida
forma.

Perg. - Vos agradeceria se mostrásseis como se avança do Oe.


ao Le., neste Grau.

Resp. - (Isto é feito, avançando até o pedestal)

Perg. - Em que consiste estes três passos em forma de


esquadro?

Resp. - Linhas retas e ângulos.


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Perg. - Qual é seu ensino moral?

Resp. - As vidas retas (direitas) e ações bem esquadradas.


(Retorna ao lugar)

Perg. - Quando vos situastes diante do V. M., no Or., como ele


se dirigiu a vós?

Resp. - É meu dever informar-vos que a Maçonaria é livre e


exige de todo Cand. à participação de seus mistérios uma
inclinação inteiramente livre; baseia-se nos mais puros
princípios de devoção e virtude. Possui grandes e
inestimáveis privilégios, e, para assegurar esses
privilégios a homens dignos, e somente a eles, exige
juramento de fidelidade; asseguro-vos porém, que neste
juramento nada há de incompatível com vossos deveres
civis, morais ou religiosos. Estais, portanto, resolvido a
prestar um Sol. Jur., baseado nos princípios que acabo de
expor, para guardar inviolados os segredos e mistérios da
Ordem? Com o que eu concordei.

Perg. - Fostes feito Maçom?

Resp. - Sim, e na devida forma.

Perg. - Descrevei a forma como fostes feito Maçom?

Resp. - Ajoelhado sobre meu joelho esquerdo, meu pé direito


em forma de esquadro, o corpo reto, seguindo um
esquadro, a mão direita sobre o L. das SS. EE. (V.L.S.), ao
mesmo tempo em que minha mão esquerda sustentava
um compasso com uma de suas pontas encostada contra
meu peito esquerdo que estava nu.

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Perg. - Por que o Comp. estava situado contra vosso peito
esquerdo nu, no momento de vossa iniciação?

Resp. - Sendo naquele momento o Compasso um símbolo de


tortura para meu corpo, para que sua recordação
permanecesse sempre presente em minha mente, se
tempo depois, estivesse a ponto de divulgar, sem querer,
alguns dos SSeg. maçônicos que me iriam ser confiados.

Perg. - Nesta posição, que estavas a ponto de fazer?

Resp. - De prestar o Grande e Solene Juramento de Maçom.

Perg. - O qual vos agradeceria que repetísseis.

V. M. - (dá ! seguido pelo 1° Vig., e pelo 2° Vig.)

Todos - (se levantam com Sn. de Aprendiz)

Resp. - Eu, ................ em presença do G. A. D. U., e perante


esta digna, respeitável e patenteada Loja de Maçons
Livres e Aceitos, regularmente reunida e devidamente
consagrada, de minha livre e espontânea vontade, juro e
prometo solenemente, por isto e sobre isto, que sempre
guardarei, ocultarei e nunca revelarei, parte ou partes,
ponto ou pontos, dos segredos ou mistérios de, ou
pertencentes a Maç. Livres e Aceitos na Maçonaria, que
possam até aqui terem sido por mim sabidos, forem agora
ou para o futuro, me possam ser confiados, a não ser um
Ir. ou IIr. verdadeiros e regulares e nem mesmo a este ou
estes, senão depois da devida prova, exame rigoroso ou
segura informação de algum Ir. bem conhecido, de serem
ele ou eles, dignos de tal confiança, ou no seio de uma
Loja, justa perfeita e regular de Antigos Maçons. Prometo
182
182
e juro solenemente mais, nunca escrever, gravar, entalhar,
traçar, imprimir, ou por qualquer outra forma, descrever
esses segredos, nem consentirei que outros o façam se
em meu poder estiver impedi-lo, sobre qualquer coisa
móvel ou imóvel, sob a abóbada celeste, onde qualquer
letra, símbolo ou imagem, ou o menor vestígio de letra,
símbolo ou imagem possa ser legível, ou inteligível a mim
ou a qualquer pessoa no mundo, de forma que nossas
Artes Secretas e Ocultos Mistérios cheguem a ser
conhecidos indevidamente, por minha indignidade. Estes
diversos pontos eu juro solenemente observar, sem
evasivas, subterfúgios ou restrição mental de qualquer
natureza, sempre tendo em mente de estar ciente de que
pela violação de qualquer deles estarei sujeito ao castigo
mais severo de ser marcado como perjuro premeditado,
desprovido de todo valor moral e inteiramente indigno de
ser recebido nesta Respeitável Loja ou em qualquer outra
Loja Regular, ou em sociedade de homens que coloquem
a honra e a virtude acima das vantagens exteriores da
fortuna e posição social; assim me ajude D..s,
conservando-me firme neste meu G. e S. J. de Apr. Maç..

Todos - (descarregam o Sn. e sentam-se)

Perg. - Havendo prestado o Solene Juramento de Maçom,


como se dirigiu o V. M. a vós?

Resp. - O que acabais de repetir poderá ser considerado tão


somente como uma solene promessa; como um penhor de
vossa fidelidade e para transformá-lo num Sol. Jur., vós
selareis com vossos lbs., no L. das SS. EE. (V.L.S.).

Perg. - O que mais disse ele?

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Resp. - Tendo permanecido por tão considerável tempo nas
trevas, qual é, em vossa situação atual, o desejo
predominante em vosso coração?

Perg. - Vossa resposta?

Resp. - A luz, que o 2° Diac. seguindo as ordens do V. M. se


apressou a devolver-me.

Perg. - Tendo-lhe sido restaurada a benção da Luz material,


para o que foi então chamada a vossa atenção?

Resp. - Para as três grandes, embora emblemáticas LL. na


Franco Maçonaria, que são o L. das SS. EE. (V.L.S.), o E.,
e o C..

Perg. - Quais são as suas utilizações simbólicas?

Resp. - As SS. EE., servem para guiar nossa fé; o E. para


regular nossas ações, e o C. para nos manter dentro dos
limites para com toda a humanidade, e em particular para
com nossos IIr. na Franco-Maçonaria.

Perg. - Como procedeu então o V. M.?

Resp. - Fraternalmente, tomou-me pela m. d. e disse “Levantai-


vos, recém juramentado Ir. entre Maçons”.

V. M. I. - IIr., aqui termina a segunda seção da Primeira Preleção.


A EXORTAÇÃO é:

“O coração que oculta e a língua que jamais indevidamente


revela, quaisquer dos SS. ou MMist. de ou pertencentes a
Maçons Livres e Aceitos na Maç.”.
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V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

3º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Terceira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Após serdes levantado de vossa posição ajoelhada, que


vos foi possível descobrir?

Resp. - As tr. LL. menores.

Perg. - Como estão elas situadas?

Resp. - Le., S. e Oe.

Perg. - Para que finalidade?

Resp. - Para mostrar o curso do Sol, que nasce no Le., atinge


seu brilho meridiano no S. e põe-se no Oe.; ao mesmo
tempo para iluminar o homem no percurso, durante e no e
no retorno do trabalho.

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Perg. - Por que não há luz nenhuma no N.?

Resp. - Porque o Sol encontra-se, então, abaixo do nosso


horizonte, não podendo enviar raio nenhum de sua luz
desde esse quadrante ao nosso hemisfério.

Nota: “Uma Loja maçônica é sempre disposta em


termos de hemisfério Norte”.

Perg. - O que essas tr. LL. menores representam?

Resp. - O Sol, a Lua e o Mestre da Loja (V.M.).

Perg. - Por que o Sol, a Lua e o Mestre da Loja?

Resp. - O Sol para dirigir o dia, a Lua para governar a noite e o


Mestre para administrar e dirigir a sua Loj..

Perg. - Por que o Mestre de uma Loj. de Maçons é comparado


a estes Grandes luminares?

Resp. - Assim como pela benigna influência do Sol e da Lua,


nós, como homens, somos habilitados a desempenhar os
deveres da vida em sociedade, através do cuidado e
instrução propiciados pelo Venerável Mestre. (Saudar ao
V. M. com o Sn. de Apr.) que nós, como Maçons, somos
capazes de cumprir com os deveres que a Ordem exige de
nós.

Perg. - Após explicar as LL. menores, como se dirigiu a vós o


Mestre da Loja (V.M.)?

Resp. - Ir. ........, com o vosso procedimento submisso e humilde


nesta noite, simbolicamente, escapastes a dois grandes
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perigos; tradicionalmente, porém, há um terceiro, que vos
acompanhará até o último período de vossa existência.

Os perigos aos quais escapastes, foram, o de Ap...o e


o de en....o, pois, quando entrastes na Loja, este pl.
(apanhou-o sobre o A., desembainhou-o e mostrou-me.)
foi encostado em vosso p. e. nu, de tal maneira que, caso
tivésseis temerariamente vos precipitado para a frente,
teríeis sido o causador de vossa própria morte por ap.,
pois, o Ir. que o sustentava não recuaria, cumprindo o seu
dever.

(o V. M. embainhou o pl., colocou o no A.. O 2° D. retirou


o l. de c. do meu pescoço, entregando a c. ao V. M., que a
exibiu a mim.) - Havia também esta corda com um nó c.
em vosso pescoço, o que tornaria fatal para vós, qualquer
movimento de retirada. (O V. M. colocou a corda nas mãos
do Ir.).

O perigo, porém que tradicionalmente vos


acompanhará até vossos últimos momentos, é a
lembrança da penalidade física, aplicado tempos atrás, e
associada ao J. de um Maçom, e seria o de terdes g. c. de
o. a o., caso revelardes indevidamente os segredos da
Maçonaria.

Perg. - Como em seguida ele se dirigiu a vós?

Resp. - Tendo prestado o G. e S. J. de M., me é permitido


informar-vos que na Maç. existem diversos graus, com
segredos peculiares a cada um; estes, porém, não são
comunicados indiscriminadamente, sendo conferidos aos
Cand. consoante o mérito e aptidão de cada um. Vou,
portanto, transmitir-vos os segredos deste grau, ou seja,
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os SSn. segundo os quais nos conhecemos uns aos outros
e nos distinguimos do resto do mundo. Devo inicialmente
adverti vos que todos EE. NN. e PP. são SSn. próprios e
verdadeiros, para por meio deles reconhecer-se um
Maçom. Peço-vos, pois, que fiqueis perfeitamente ereto,
(fiquei) vossos pp. formando um E. (fiz, instruído pelo 2°
D.) representando assim a vossa postura um emblema de
vosso espírito e vossos pés a retidão de vossas ações.

Perg. - Que vos ordenou a fazer, então o V. M.?

Resp. - Que desse um curto passo em sua direção, com o meu


pé esquerdo e colocando o calcanhar direito na
concavidade do pé esquerdo, e que seria esse o meu
primeiro passo regular na Maç., dizendo-me que nessa
posição os SSeg. do Gr. ser-me-iam comunicados.

Perg. - De que consistem esses SSeg.?

Resp. - Um Sn., T. e P..

Perg. - Vos agradeço que me mostreis o Sn. da devida forma.

Resp. - (o que é feito)

Perg. - Comunicai o T. ao Ir. ............

Resp. - (o que é feito)

Perg. - Está correto?

Resp. - (pelo Ir. que o recebeu, com Sn. de Apr.)

- Sim V. M..
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Perg. - Que exige ele?

Resp. - Uma Palavra.

Perg. - Dai-me essa palavra.

Resp. - Na minha Inic. ensinaram-me a ser cauteloso; eu a s.


ou d. convosco.

Perg. - Como quiserdes, e começai.

Resp. - (o que é feito, dividindo-se a P.)

Perg. - De onde deriva esta palavra?

Resp. - Da Col. e. do p. ou e. do T. do R. S. assim chamada em


recordação à B. bisavô de D., um P. e R. em I.

Perg. - Qual é o significado desta palavra?

Resp. - Em F..

Perg. - Tendo sido prestado o Juramento Solene e, recebido os


SSeg., fostes investido?

Resp. - Sim, me revestiram da insígnia própria do Maçom que,


me disse o 1° V., é mais antiga que o Tosão de Ouro ou a
Águia Romana, mais honrosa que a Ordem da Jarreteira
ou qualquer outra ordem existente, sendo o símbolo da
inocência e o laço da amizade; pediu-me encarecidamente
que sempre a use e a considere como tal, e advertiu-me
ainda, que se nunca desonrar esta insígnia, tendo batido
no Avental com sua m. d., ela nunca me desonrará.

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Perg. - Repita as palavras recebidas do V. M..

Resp. - Deixai-me acrescentar, às observações do 1° V., que


nunca deveis revestir-vos desta insígnia ao visitardes uma
Loja, onde se acha um Ir. com o qual estais em descordo,
ou contra o qual tendes animosidade. Nesses casos
deveis convidá-lo a sair a fim de amigavelmente
resolverdes vossas pendências, o que, sendo
satisfatoriamente conseguido, podeis então colocar
vossas insígnias, entrar na Loja e trabalhar com aquele
amor e harmonia que em todas as ocasiões devem
caracterizar os Maçons. Se, porém, infelizmente, forem
vossas contendas de tal natureza que não possam ser
assim facilmente resolvidas, será preferível que um ou
ambos se retirem, do que perturbardes com vossa
presença a boa harmonia da Loja.

Perg. - Após, onde fostes colocado?

Resp. - Na parte NE. da L..

Perg. - Repita a alocução.

Resp. - “É costume, na construção de todos os edifícios


notáveis e soberbos, assentarem a pedra fundamental dos
alicerces no canto NE. do edifício; ao serdes admitido na
Maçonaria, sois colocado na parte NE. da Loja,
representando aquela pedra, e sobre o alicerce esta noite
assentado, possa o vosso esforço construir um edifício
perfeito em seus elementos e fundamentos que honrem ao
seu construtor.

Vossa aparência é de um leal e perfeito Maçom e


concito-vos firmemente a continuardes a agir como tal.
190
190
Como efeito, vou imediatamente por em prova, de alguma
forma, os vossos princípios, pedindo-vos que exerçais
aquela virtude que deve ser justamente considerada a
característica distintiva do coração de um Maç., a
Caridade.

Desnecessário é tecer longas considerações sobre


suas excelências; indubitavelmente vós a tendes sentido e
praticado por muitas vezes. Basta dizer ter ela a aprovação
dos Céus e da Terra e, corno sua irmã, a Misericórdia,
abençoa aquele que dá, bem como, aquele que recebe.
Em uma associação, tão universalmente espalhada, como
a Maçonaria, que se estende pelos quatro cantos do globo,
não se pode negar que enquanto muitos de seus membros
ocupam alta posição social e vivem na opulência, milhares
existem que se abrigam sob suas bandeiras, que, por
circunstâncias inevitável de calamidade ou infortúnio,
estão redutos ao mais extremo grau de miséria e desgraça
em favor destes, é costume nosso acordar os sentimentos
de cada novo Ir. por um apelo à sua Caridade, na medida
de suas posses; assim, depositai em mãos do Ir. 2° D., o
que estiverdes disposto a dar; será recebido com gratidão
e fielmente aplicado”.

Perg. - A vossa resposta?

Resp. - Que havia sido despojado de todo objeto de valor antes


de ser admitido na L., do contrário haveria doado
generosamente.

Perg. - A réplica do V. M.?

Resp. - Congratulo-me convosco pela manifestação de tão


honrosos sentimentos, apesar da impossibilidade em que
191
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vos achais, de no momento exercitá-los. Acreditai que esta
prova não foi feita para zombar de vossos sentimentos;
longe de nós tal intenção. Foi feita por três motivos
especiais.

Perg. - A primeira destas razões?

Resp. - Para pôr em prova meus princípios.

Perg. - A segunda?

Resp. - Para mostrar aos IIr., que não levava comigo nenhum
dinheiro nem outro metal, pois se tivesse levado, haveria
sido necessário recomeçar desde o princípio a cerimônia
de minha Iniciação.

Perg. - A terceira?

Resp. - Comover meu coração, para que se alguma vez me


encontrar com um Ir. em apuros que reclame minha ajuda,
me recordará do momento em que fui recebido na
Maçonaria, pobre e desprovido de tudo e que aproveitarei
a ocasião para praticar esta virtude que tanto admirava.

Perg. - Que vos apresentou em seguida o V. M.?

Resp. - Os instrumentos de trabalho de um Aprendiz Franco-


Maçom, que são a régua de 24 pol., o m. comum, e o cin..

Perg. - Para que servem?

Resp. - A régua de 24 pol. serve para medir o nosso trabalho; o


m. comum para desbastar todas as saliências e arestas
inúteis; e o cin., para melhor ainda polir e preparar a pedra,
192
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tornando-a pronta a ser manejada por um operário mais
destro.

Perg. - Mas como não somos operativos, porém, mais


especialmente, Livres e Aceitos ou Especulativos, como
aplicamos estes instrumentos à nossa moral?

Resp. - Neste sentido: A régua de 24 pol. serve para medir o


nosso trabalho; o m. comum para desbastar todas as
saliências e arestas inúteis: e o cin., para melhor ainda
polir e preparar a pedra, tomando-a pronta a ser manejada
por um operário mais destro. Mas como nem todos os
Maçons são operativos, porém, mais especialmente,
Livres e Aceitos ou Especulativos, aplicamos estes
instrumentos à nossa moral. Assim, a R. de 24 pol.
representa as 24 horas do dia, das quais devemos aplicar
parte em orações ao Todo Poderoso, parte no trabalho e
no descanso, e parte em servir um amigo ou Ir.
necessitado, sem prejuízo nosso ou de nossos familiares.
O m. representa a força e a consciência, que deve dominar
todos os pensamentos vãos e inoportunos que possam
ocorrer nos mencionados períodos, de maneira que
nossas palavras e ações possam ascender impolutas ao
Trono da Graça. O cin. nos mostra as vantagens da
educação por cujos meios nos tornamos aptos para
membros de uma sociedade regularmente organizada.

Perg. - Como se dirigiu então o V. M.?

Resp. - Como no correr da noite a joia de vossa Iniciação ser-


vos-á exigida, tendes o direito de saber quem vos autoriza
a trabalhar. Esta é a nossa Carta Constitutiva, concedida
pelo GRANDE ORIENTE MAÇÔNICO DO BRASIL -

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193
GOMB, que podereis examinar hoje ou qualquer outra
noite.

Estes são os Livros da Constituição e Regulamento


Geral do GOMB, e o Estatuto e o Regimento Interno de
nossa Loja. Recomendo-vos uma séria leitura dos
mesmos, pois, pelos primeiros sereis instruído sobre os
vossos deveres, para com a Ordem em Geral e pelos
últimos para esta Loja em particular.

Perg. - Que permissão recebestes então?

Resp. - De retirar-me para retomar o meu conforto pessoal ,e o


V. M. me informou que no meu regresso à L. pediria minha
atenção para uma Exortação fundamentada nas
excelências da Instituição e as qualidades que devem
distinguir a seus membros.

Perg. - Estando situado na parte NE. da L., o que estavas em


condição de descobrir, ajudado pelas Três Luzes
secundárias?

Resp. - O formato da Loja.

Perg. - Qual é o formato?

Resp. - O de um paralelepípedo.

Perg. - Descreva suas dimensões.

Resp. - O comprimento vai do Le. a O., a largura do N. ao S., a


profundidade, da superfície ao centro da terra, e a altura
até os céus.

194
194
Perg. - Por que uma Loja Maç. é descrita nesta vasta
extensão?

Resp. - Para Mostrar a universalidade da Ciência, da mesma


forma que a Caridade do Maçom não deve conhecer
limites, salvo os determinados pela prudência.

V. M. I. - IIr., aqui termina a Terceira Seção da Primeira Preleção,


e a EXORTAÇÃO é:

“A todos os Maçons pobres e desamparados, onde quer que


se encontrem, dispersos na face da terra e água, desejando-
lhes um pronto alívio aos seus sofrimentos e um seguro
retorno as suas terras nativas, se assim o desejarem”.

V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

4º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Terceira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

195
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Perg. - Em que solo nossas LL. são erigidas?

Resp. - Em S. Sagr..

Perg. - Por que em S. Sagr.?

Resp. - Por haver sido a primeira Loj. consagrada.

Perg. - Por que ela foi consagrada?

Resp. - Devido a Três Grandes oferendas, então feitas, e que


tiveram a Divina aprovação.

Perg. - As quais vos agradeceria que especifiqueis.

Resp. - Por primeiro, a pronta aquiescência de Abraão à


vontade de Deus, não recusando oferecer seu filho Isaac
em sacrifício, quando, porém, aprouve ao Todo Poderoso
substituí-lo por outra oferenda; Por segundo, as piedosas
preces e jaculatórias do Rei David, que aplacaram a ira
Divina, pondo término à peste que grassava entre seu
povo, em consequência de, inadvertidamente, haver feito
recenseá-lo. Por terceiro, as inúmeras ações de graça,
oblações, sacrifícios e oferendas feitas por Salomão, Rei
de Israel, ao completar, dedicar e consagrar o Templo de
Jerusalém ao serviço de Deus. Essas três oferendas
fizeram, fazem e, estou certo, farão sempre tomar S. o solo
sobre o qual a Maçonaria repousa.

Perg. - Como são orientadas nossas LL.?

Resp. - Entre o Le. e O..

Perg. - Por quê?


196
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Resp. - Porque todos os locais de adoração Divina, e assim
também as LL. Maçônicas, regulares e devidamente
constituídas são, ou devem ser dessa maneira orientadas.

Perg. - Existem para isso três razões MMaç., agradeço-vos


apresentar a primeira.

Resp. - O Sol, Glória do Senhor, nasce no Le. e põe-se no O..

Perg. - A segunda?

Resp. - O conhecimento (Sabedoria) originou-se no Le.,


espalhando depois, sua benéfica influência para o Oe..

Perg. - A terceira, última e grande razão?

Resp. - Cada vez que contemplamos as obras da Criação,


quão felizes e dispostos devemos estar a adorar o Criador
Todo Poderoso, que deixou sempre entre os homens um
testemunho vivente de Si próprio. Desde os tempos mais
remotos, tem nos ensinado a crer na existência de uma
Divindade.

Temos visto a história de Abel, apresentando uma


oferenda mais agradável ao Senhor, que a de seu irmão
Caim, de Enoch caminhando com Deus, de Noé que era
um homem justo e reto em sua época ou geração, e um
modelo de retidão, de Jacob lutando com um anjo,
levando-se e obtendo a si uma benção para ele mesmo e
toda a sua descendência.

Mas não ouvimos falar nem ler que um lugar havia sido
especialmente erigido para dar publicamente maior
solenidade ao culto divino, até a feliz liberação dos filhos
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197
de Israel de sua escravidão no Egito, quando o Todo
Poderoso se determinou em efetuar com as mãos ao alto
e os braços estendidos, sob a guia de Seu fiel servidor
Moisés, e conforme a promessa feita ao seu antepassado
Abraão, que ele faria de seus descendentes um povo
grande e poderoso, igual às estrelas do Céu por seu
número e a areia do mar por sua quantidade. E, como
estavam a ponto de vencer as barreiras de seus inimigos
e de enredar a Terra Prometida, o Todo Poderoso, julgou
propício revelar-lhes estas três mui excelentes instruções:
a Moral, o Cerimonial e as Leis Judiciais. E, para dar maior
solenidade ao culto divino, assim como para receber os
Livros e as Tábuas da Lei, Moisés ordenou que uma Tenda
ou Tabernáculo fosse erigida no deserto e, de acordo com
a ordem expressa de Deus, fora regularmente orientado
de Le. ao Oe. pois Moisés fez todas estas coisas conforme
o modelo que lhe foi revelado pelo Senhor no Monte Sinai.

Esta Tenda ou Tabernáculo se converteu mais tarde no


modelo, por sua situação, de magnífico Templo construído
em Jerusalém pelo sábio e poderoso Príncipe, o Rei
Salomão, cujos reais esplendores e brilho sem
comparação, ultrapassam nossa imaginação. Esta é a
terceira, última e importante razão que eu dou como Maç.,
para explicar porque todos os lugares de culto divino,
assim como as L. Maçônicas Regulares devidamente
formadas e constituídas estão ou devem estar orientadas
assim.

Perg. - O que sustenta uma L. de Maç.?

Resp. - As Três grandes Colunas, ou três Grande Pilares.

Perg. - Como são chamados?


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Resp. - Sabedoria, Força e Beleza.

Perg. - Porque Sabedoria, Força e Beleza?

Resp. - Sabedoria para governar / realizar, Força para sustentar


e Beleza para adornar.

Perg. - Mostrai seus significados Morais.

Resp. - Sabedoria para conduzir-nos em todos os nossos


empreendimentos; Força para nos amparar em todas as
dificuldades; e Beleza, para adornar o homem interior,
espiritual.

Perg. - Ilustrai-as.

Resp. - O Universo é o Templo da Divindade à qual servimos.


Sabedoria, Força e Beleza constituem seu Trono, como
Colunas de Suas Obras, pois Sua Sabedoria é infinita, Sua
Força, Onipotente e a Beleza emana de toda a Sua
Criação, através da ordem e simetria. O Firmamento, Ele
o estendeu como um pálio; a Terra colocou-a como um
escabelo; com as Estrelas fez um Diadema e com Sua
Mão espalha o poder e a Glória. O Sol e a Lua são
mensageiros de Sua Vontade e Sua Lei é harmônica.

As Três Grandes Colunas / Pilares que sustentam uma


Loj. De Franco Maçons são emblemáticas desses atributos
Divinos, representando ainda, S. R. de I., H. R. de T. e H.
Ab..

Perg. - Por que esses três grandes personagens?

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199
Resp. - S. R. de I. por sua sabedoria em construir, completar e
dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus; H. R.
de T. por sua força, auxiliando-o com homens e materiais;
e H. A. por seu engenho e arte, embelezando e
adornando-o.

Perg. - Como não temos ordens de Arquitetura com nomes de


Sabedoria, Força e Beleza, a quais elas se referem?

Resp. - Às três mais conhecidas, que são a Jônica, a Dórica e


a Coríntia.

Perg. - Como se chama a cobertura de uma Loj. Maç.?

Resp. - Uma Abóboda Celeste de cores diversas, ou seja: o


próprio Firmamento.

Perg. - Como Maçons como esperamos lá chegar?

Resp. - Com a ajuda de uma Escada, chamada nas Escrituras,


Escada de Jacó.

Perg. - Por que é assim chamada?

Resp. - Rebeca, a amada esposa de Isaac, sabendo por


inspiração Divina que uma especial benção acompanhava
seu marido, desejou obtê-la para seu filho favorito, Jacob,
embora direito de nascimento ela pertencente a Esaú, seu
primogênito.

Fraudulentamente Jacob obteve a bênção paterna e


viu-se obrigado a fugir da ira de seu irmão, que em
momento de cólera e desespero, ameaçara-o de morte.

200
200
Durante sua fuga a Padam-aram, na Mesopotâmia,
para onde se dirigiu por ordem de seus pais, achando-se
cansado e surpreendido pelo cair da noite em pleno
deserto, deitou-se para repousar, tendo a terra por cama,
uma pedra por travesseiro e o Firmamento por cobertor.

Numa visão viu então uma escada, cujo topo alcançava


o Céu e pela qual subiam e desciam anjos do Senhor.

Foi então que o Todo Poderoso fez solene aliança com


Jacob, garantindo-lhe que, caso agisse consoante suas
Leis e respeitasse seus Mandamentos, não somente o
faria retornar à casa de seu pai, em paz e prosperidade,
como também faria de sua descendência um grande e
poderoso povo.

Isto foi amplamente confirmado, pois, decorridos 20


anos, Jacob retomou à sua terra natal, sendo
amigavelmente recebido por seu irmão Esaú. Seu filho
favorito, José, foi mais tarde por nomeação do Faraó,
conduzido ao segundo posto no comando do Egito e, os
filhos de Israel, altamente favorecidos pelo Senhor,
tomaram-se, no passar dos tempos, numa das maiores e
mais poderosas nações sobre a face da terra.

Perg. - De quantos degraus ou voltas eram compostos a


Escada?

Resp. - De vários degraus ou voltas, indicativos de diversas


virtudes morais, havendo, porém, três principais:

FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE.

Perg. - Por que a Fé, a Esperança e a Caridade?


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Resp. - Fé no G. A. D. U.; Esperança na Salvação e Caridade
para com toda a humanidade.

Perg. - Agradeceria que definísseis FÉ.

Resp. - É a base da justiça, o laço da amizade e o principal


suporte da sociedade civil. Vivemos e caminhamos pela
Fé. Através dela temos um contínuo testemunho de um
Ser Supremo. Pela Fé temos acesso ao Trono da Graça,
desde que justificada, racional e aceita. A Fé verdadeira e
sincera é a evidência de coisas jamais vistas e a
substância de outras pelas quais ansiamos. Tal Fé,
mantida e professada em nossa carreira Maç. nos
conduzirá às abençoadas mansões, onde seremos
eternamente felizes na companhia de Deus (Sn. de R.), o
G. A. D. U. (descarrega o Sn. de R.)

Perg. - A ESPERANÇA.

Resp. - É uma âncora para a alma, segura e firme, penetrando-


nos através do véu. Faz então que uma firme confiança no
Todo Poderoso anime nossos anseios e nos ensine a fixar
nossos desejos dentro dos limites de Suas Promessas.
Assim o sucesso nos amparará. Se acreditarmos que algo
seja impossível, nossa descrença poderá assim torná-lo,
mas aquele que persevera numa causa justa virá,
finalmente, a sobrepujar todas as dificuldades.

Perg. - A CARIDADE.

Resp. - Maravilhosa por si mesma é o mais brilhante ornamento


que possa adornar a nossa carreira Maç.. É a melhor e
mais garantida prova da sinceridade de nossos propósitos.
A Benevolência, como decorrência da Divina Caridade, é
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uma honra para o povo onde se instala e onde é cultivada
e louvada.

Feliz o homem que tenha, semeada em seu peito, a


semente da benevolência. Ele não invejará seu irmão, não
dará crédito à maledicência, perdoará injúrias e se
esforçará em apagá-las de suas recordações. Assim, IIr.,
lembremo-nos que somos MMaç. LL. e AA., sempre
prontos a ouvir aqueles que anseiam por nossa ajuda e
jamais neguemos a mão àqueles que estejam em apuros
e que uma cordial satisfação recompensa nossos
esforços, virão, certamente a seguir, amor e Caridade.

Perg. - Em uma Loj. de Franco Maçons, onde repousa essa


Escada?

Resp. - No L. das SS. EE. (V.L.S.).

Perg. - Por que repousa alí?

Resp. - Porque, pelas doutrinas ali contidas, somos ensinados


a crer na Divina Providência e essa crença fortalece nossa
Fé, capacitando-nos a vencer o primeiro degrau. Essa Fé,
naturalmente, cria em nós a Esperança de participarmos
das abençoadas promessas ali registradas e essa
esperança habilita-nos a vencer o segundo degrau.

Mas o terceiro e último, sendo a Caridade, compreende


o todo. O Maç. que possua essa virtude em seu mais alto
senso, poderá considerar-se como tendo atingido o ápice
de sua carreira, em linguagem figurada, uma mansão
etérea, velada aos olhos mortais pelo Firmamento
estrelado, simbolicamente representado em nossa Loj. por
set. eest., em alusão a outros tantos MMaç. Regulares,
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sem cujo número Loj. nenhuma é perfeita e nenhum Cand.
poderá ser legalmente iniciado na Ordem.

V. M. I. - IIr., assim termina a Quarta Seção da Primeira Preleção,


e a EXORTAÇÃO é:

“Que todo Maç. possa atingir o ápice de sua arte, onde os


justos encontrarão, sem dúvida, a merecida recompensa.”

V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

5º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Terceira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Como é composto o interior de uma Loj. de Franco


Maçons?

Resp. - De Ornamentos, Mobiliário e Joias.

Perg. - Indicai os Ornamentos?

204
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Resp. - O Pavimento Mosaico, a Estrela Flamígera (ou
Flamejante) e a Moldura Dentada ou Marchetada.

Perg. - Onde se situam?

Resp. - O Pavimento Mosaico é o lindo piso da Loj.; a Estrela


Flamígera, a Glória no centro; a Moldura Dentada ou
Marchetada é a guarnição ao redor da mesma.

Perg. - Vos agradeceria que mostreis seus ensinamentos


morais.

Resp. - O Pavimento Mosaico deve ser considerado como o


maravilhoso piso de uma Loj. de Maçons, precisamente
por ser variado e quadriculado. Isto mostra a diversidade
de objetos que adornam a Criação animada e inanimada.

- A Estrela Flamígera, ou Glória ao Centro, refere se ao


Sol que ilumina a Terra, e por sua benigna influência,
abençoa a humanidade em geral.

- A Moldura Dentada ou Marchetada nos relembra os


Planetas que, em suas várias revoluções, formam uma
linda guarnição ao redor do Grande Luminar, o Sol, como
a moldura em torno de uma Loja de Franco Maçons.

Perg. - Por que foi o mosaico introduzido a Maçonaria?

Resp. - O homem, em sua caminhada evolutiva, lança seus


passos através de incertos e variados incidentes da vida;
seus dias são tumultuados e submetidos a estranhos fatos
adversos; assim sua passagem através desta existência,
apesar de muitas vezes apoiada em circunstâncias
favoráveis e frequentemente perturbada por males
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inúmeros; por isso, é nossa L. dotada de um Pavimento
Mosaico, indicativo da incerteza das coisas materiais.

- Hoje podemos navegar em prosperidade; amanhã,


poderemos estar tropeçando nos atalhos incertos da
fraqueza, da tentação e da adversidade. Assim esses
símbolos nos ensinam a não nos jactarmos de nada, a dar
a devida atenção à nossa caminhada, retos e humildes
perante Deus, cientes de não haver em toda nossa
existência momento algum em que o orgulho possa ter
fundamento.

- Se alguns têm como destino posições mais elevadas


que outros, não nos esqueçamos que a morte destrói
todas as distinções, nivelando-nos para a próxima etapa.

- Enquanto nossos pés caminham sobre o Pavimento


Mosaico, que nossa mente se volte ao original que aqui
copiamos.

- Que nós, como homens de bem e Maçons, procedamos


de acordo com a razão, praticando a caridade, mantendo
a harmonia e esforçando-nos por viver em união e amor
fraternal.

Perg. - Indicai o Mobiliário da L.?

Resp. - O L. das SS. EE. (V.L.S.), o C. e o E..

Perg. - Seus usos?

Resp. - As SS. EE. servem para dirigir e governar a nossa fé e


sobre Elas Jur. nossos candidatos à Franco-Maçonaria.

206
206
Da mesma forma o C. e o E., quando unidos, servem para
reger nossos atos e nossas Vidas.

Perg. - De onde deriva o primeiro, e a quem pertencem os


outros dois?

Resp. - O L. das SS. EE. (V.L.S.) deriva de Deus, para o homem


em geral; o C. pertence ao Grão Mestre em particular; e o
E. a toda a Ordem.

Perg. - Porque o L. das SS. EE. (V.L.S.) emana de Deus para


o homem em geral?

Resp. - Porque aprouve ao Todo Poderoso revelar sua vontade


neste L. S. do que por outros meios.

Perg. - Porque o C. pertence ao G. M., em particular?

Resp. - Sendo este o principal instrumento usado para


desenhar e fazer plantas arquitetônicas, é particularmente
apropriado ao G. M., como emblema de sua dignidade e
por ser o Chefe e o Governador da Ordem.

Perg. - Porque o E. pertence a toda a Ordem?

Resp. - A Ordem fez seu Juramento no E., estando


consequentemente obrigada a agir nele.

Perg. - Antes de nossos IIr. terem o benefício de Lojas


regulares e bem constituídas, como as conhecemos hoje,
onde eles se reuniam?

Resp. - No alto dos montes e nos vales profundos, como o de


Josafá e muitos outros lugares Secretos.
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207
Perg. - Por que em tão elevados, tão profundos e tão secretos
lugares?

Resp. - Para melhor observarem os que pudessem subir ou


descer; para que se um forasteiro se aproximasse,
pudesse o Cobr., em tempo hábil, prevenir o V. M., e este,
avisando os IIr., encerrar a Loj., guardando as Joias e
impedindo que nossos SS. MM. fossem ilegalmente
conhecidos.

Perg. - Falais de Joias e pareceis tão cuidadoso com elas.


Quantas existem na Loj.?

Resp. - Três móveis e três fixas.

Perg. - Indicai as Joias móveis.

Resp. - O E., o N. e o P..

Perg. - Seus usos?

Resp. - O E. para verificar e ajustar os cantos retangulares dos


edifícios e auxiliar a dar a devida forma a matéria bruta; o
N. para fazer nivelamentos e verificar horizontais; o P. para
verificar e ajustar as verticais, fixando-os em suas devidas
bases.

Perg. - Pelo visto, nada mais são do que ferramentas. Por que
denominais joias?

Resp. - Pelo sentido moral, que as transformam em joias de


inestimável valor.

Perg. - Vos agradeceria que mostreis seu significado moral.


208
208
Resp. - O E. nos ensina a regular nossas vidas e ações de
acordo com a linha e normas Maçônicas, harmonizando
nossa conduta em vida, tornando-nos aceitáveis àquele
ser Divino do qual emana toda a bondade e a quem
devemos dar conta de todos os nossos atos.

- O N. nos demonstra que viemos da mesma origem,


participantes da mesma Natureza e dividimos a mesma
esperança; e embora as distinções entre os homens sejam
necessárias para preservar a hierarquia, que a eminência
dos cargos (ou da situação) não nos faça esquecer que
somos Irmãos, porque aquele que está no degrau mais
baixo da roda da fortuna é igualmente digno de nossa
estima e consideração; tempo virá e os mais sábios entre
nós não sabem quão cedo, em todas as diferenças, salvo
as da bondade e da virtude, deixarão de existir, e a Morte,
a grande niveladora da grandeza humana, nos reduza à
verdade da grandeza espiritual.

- O infalível P., que como a Escada de Jacó, liga céus e


terra, é o padrão da retidão e da verdade. Ela nos ensina
a caminhar com justiça e altaneiros perante Deus e os
homens, sem desviarmo-nos do estreito caminho da
virtude; a não sermos fanáticos, perseguidores ou
difamadores de religiões; a não nos inclinarmos à avareza,
à injustiça e nem à inveja e ao desrespeito à humanidade;
muito ao contrário, nos ensina a por de lado qualquer
tendência egoísta que possa prejudicar aos demais.

- Orientar o barco da vida através dos oceanos das


paixões, sem desvestir a armadura da retidão, é a mais
alta perfeição que a natureza humana possa atingir; e
como o construtor ergue sua coluna em nível e na
perpendicular, assim deve o Maçom conduzir-se perante o
209
209
mundo; observando um meio termo entre a avareza e o
desperdício; mantendo a balança da justiça em equilíbrio;
controlando suas paixões e preconceitos nos limites de
uma conduta justa; em todos os seus atos, tendo sempre
em vista a Eternidade.

- Assim o E. ensina moralidade; o N., igualdade, e o P. a


correção e retidão na vida e nas ações.

Perg. - Por que são chamadas Joias móveis?

Resp. - Por serem usadas pelo V. M. e seus VVig., sendo


transferidas aos seus sucessores, nas sessões de
Instalação.

Perg. - Por qual instrumento se que distingue o V. M.?

Resp. - O E., e porque V. M.? (Dá o P. e o Sn. de Apr.)

V. M. - (aos IIr., segurando o E. com sua m. e.) - Assim como


com a ajuda do E., a matéria bruta é aprimorada, a conduta
em E. do V. M. faz com que qualquer animosidade
desapareça entre IIr., garantindo para os assuntos MMaç.
aquele indispensável clima de harmonia e decoro.

Perg. - Ir. 1° V., porque sois identificado pelo N.?

1° Vig. - (segurando o N. com sua m. e., levantando com Sn. de


Apr.) - Sendo o emblema da igualdade, indica o
procedimento equitativo que eu devo ter, juntamente com
você Venerável, (Descarrega o Sn de Apr. em forma de
saudação) para o bom governo da L.

Perg. - Ir. 2° V., porque sois identificado pelo Pr.?


210
210
2° Vig. - (segurando o Pr. na sua m. e., levantando com Sn. de
Apr.) - Sendo este um emblema da retidão, mostra a
integridade das medidas que devo tomar, juntamente com
você Venerável (Descarrega o Sn de Apr. em forma de
saudação) e com meu Irmão 1° Vig. (Saúda o 1º Vig. com
o Sn de Apr.) para boa direção e governo da Loj., (retoma
seu assento) especialmente no exame de visitantes, para
evitar que por minha negligência, nenhuma pessoa não
qualificada seja admitida às nossas reuniões, levando os
IIr., a violar seu J. S.. (Se o 2° Vig. estiver trabalhando a
Seção de seu próprio lugar, deverá levantar novamente,
neste ponto, para continuar com as respostas)

Perg. - Indicai as Joias Fixas?

Resp. - A Táb. de Del., a Ped. Br. e a Ped. Pol..

Perg. - Seus usos?

Resp. - A Táb. de Del., é usada pelo Mestre para traçar linhas e


fazer desenhos; a Ped. Br. para que os AApr. nela
trabalhem, desbastando-a e marcando-a; a Ped. Pol. Para
o Comp. Nela testar e ajustar suas Joias.

Perg. - Por que são chamadas Joias Fixas?

Resp. - Por permanecerem expostas imóveis na Loj., para


inspirar os princípios de moral aos IIr..

Perg. - Existe uma bela comparação entre as Joias Fixas e o


Mobiliário da Loja, a qual agradeço que mostreis.

Resp. - Assim como a T. de D. serve para o V. M.. traçar linhas


e fazer desenhos, para melhor instruir os Irmãos com
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211
regularidade e propriedade na construção planejada,
assim o L. das SS. EE. (V.L.S.) pode ser justamente
considerado a T. de D. espiritual do G. A. D. U., onde estão
traçadas as tais Leis Divinas e disposições morais que,
cuja familiarização e cumprimento seremos levados a uma
Mansão Etérea, não feita pela mão do homem, mas eterna
nos Céus.

- A P. B., áspera e tosca no canteiro de trabalho, torna-


se, pelo esforço e habilidade do obreiro, em devida forma
e própria para a estrutura pretendida. Representa o
homem em sua infância ou estado primitivo, rude e áspero
como aquela pedra, até que, pelos cuidados e atenções de
seus pais ou tutores, dando-lhe uma educação liberal e
virtuosa, sua inteligência seja cultivada e ele se transforme
em um membro adequado a uma sociedade civilizada. A
P. P., um cubo ou paralelepípedo, é própria para ser
verificada pelo E. e C., representa em sua última etapa,
após uma vida dedicada à piedade e virtude, não podendo
ser verificado e julgado a não ser pelo E. da Palavra Divina
e pelo C. de sua própria consciência.

Perg. - A Loj. estando terminada, mobiliada e decorada, a


quem ela é dedicada?

Resp. - A Deus e ao Seu serviço.

Perg. - A quem, em seguida?

Resp. - Ao R. S..

Perg. - Porque ao R. S.?

212
212
Resp. - Por ter sido ele o primeiro Príncipe que se destacou na
Maç., e sob cujo Real patrocínio muitos de nossos MMist.
MMaç., foram inicialmente sancionados.

V. M. I. - IIr., assim termina a Quinta Seção da Primeira Preleção,


e a EXORTAÇÃO é:

“Aos ex-Grandes Patronos da Maçonaria”.

V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

6º SESSÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Terceira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Indicai o primeiro ponto na Franco Maçonaria?

Resp. - Jo. esq. des. e dob..

Perg. - Por que é assim chamado de primeiro ponto?

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Resp. - Em meus jj. dd. aprendi a adorar o meu Criador; em meu
jo. esq. des. e dob. fui iniciado na Maç.

Perg. - Há um ponto mais importante.

Resp. - Estar feliz conosco mesmos e comunicar felicidade aos


outros.

Perg. - Um ponto principal.

Resp. - Um ponto no interior de um círculo.

Perg. - Defina esse ponto.

Resp. - Em todas as LLoj. regulares, devidamente formada e


constituída, há um ponto no interior de um círculo em que
os IIr., ali colocados não podem entrar. Esse círculo é
limitado, entre N. e S. por duas grandes linhas paralelas,
uma representando Moisés e outra o Rei Salomão. Na sua
parte superior fica o L. das SS. EE. (V.L.S.), como base da
Escada de Jacó, cujo topo alcança os Céus; e desde que
sejamos versados e cumpridores das doutrinas contidas
nesse Livro Sagrado, como fizeram aquelas paralelas, ele
nos conduzirá Àquele que não nos falhará, bem como não
nos decepcionará.

- Caminhando ao redor desse círculo, tocaremos


necessariamente em ambas as paralelas e, assim como
no Liv. Sag. (V.L.S.); e enquanto um Maçom conseguir
manter-se assim, circunscrito, não poderá jamais incidir
em erro.

Perg. - Indicai os Grandes princípios em que se baseia a


Ordem.
214
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Resp. - Amor Fraternal, Caridade/Assistência e Verdade.

Perg. - Vos agradeceria que definísseis AMOR FRATERNAL.

Resp. - Praticando o AMOR FRATERNAL somos ensinados a


considerar toda a humanidade como uma só família, os
altos e baixos, simples e poderosos, pobres e ricos, todos
criados por um Ser Supremo, e enviados ao mundo para
ajudar, apoiar e proteger uns aos outros. Por esse
princípio, a Maç. une homens de todos os países, credos
e opiniões e, por suas resultantes, produz verdadeira
amizade entre aqueles que, possivelmente ter-se-iam
mantidos perpetuamente separados.

Perg. - CARIDADE.

Resp. - CARIDADE está em aliviar as necessidades dos


desafortunados, o que é dever de todos os homens,
particularmente aos Maçons, que estão ligados por uma
cadeia indissolúvel de afeição sincera; dessa maneira,
confortar os infelizes, ser solidário com suas desgraças,
compadecer-se de suas misérias e restaurar a paz em
suas mentes atribuladas, é o grande alvo que temos em
vista; nestas bases estabelecemos nossas amizades e
concretizamos nossos relacionamentos.

Perg. - VERDADE.

Resp. - VERDADE é um atributo Divino e a base de todas


virtudes MMaç.; ser um homem bom e leal é algo que nos
é ensinado em nossa iniciação; este é o grande tema pelo
qual esperamos pautar nossas vidas e nossos atos. Assim,
hipocrisia e fraude são, ou deveriam ser desconhecidas
para nós, da mesma forma que sinceridade e lealdade são
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nossas características fundamentais, enquanto palavra e
coração se unem para o bem estar de todos e em regozijo
pela prosperidade da Ordem.

Perg. - Quantos usos originais temos na Franco Maçonaria?

Resp. - Quatro: a saber, Gtl., Ptl, Mnl. e Pdl..

Perg. - Vos agradeceria se mostrásseis maçonicamente a que


partes do corpo eles se referem?

Resp. - GTL. - À Garg. (Sem o P., Sn. de Apr.), referindo-se à


tradicional penalidade mencionada no Jur. e significando
que como homem honrado e Maçom, preferimos ter a g. c.
de l. a l. (Descarrega o Sn), a indevidamente revelar os
SSeg. e MMist. da Maç.

- PTL. - Ao Peit. (Coloca a m. d. no p. e.), onde estes


SSeg. são guardados em segurança e a salvo do mundo
comum, o qual não tem Maçons (baixa a mão).

- MNL - (estende a m. d. à frente, espalmada), a Mão


colocada sobre o L. das SS. EE., em sinal de meu
assentimento ao Jur. De um Maçom (baixa a mão).

- PDL. - (Dá o P., coloca os ps. na posição de um e.), os


ps., em forma de um e., na parte NE. da Loj., significando
um Maç. justo e perfeito.

Perg. - Eles têm alguma outra alusão?

Resp. - As quatro virtudes principais, que são: a Temperança, a


Fortitude, a Prudência e, a Justiça.

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Perg. - Vos agradeceria que definísseis TEMPERANÇA.

Resp. - TEMPERANÇA - é através do controle das paixões e


emoções que fazemos o corpo obediente, livrando a mente
das tentações do vício. Essa virtude deve ser preocupação
constante de todo Maç., aprendendo a evitar os excessos,
ou contrair hábitos licenciosos que o possam levar,
invariavelmente, a trair a confiança nele depositada,
submetendo-se assim à penalidade contida em seu Jur.
(Sem o P., Sn. de Apr.) aludindo ao GUT. (Corta o Sn).

Perg. - Vos agradeceria que definísseis FORTITUDE.

Resp. - FORTITUDE - é aquele nobre e firme propósito do


espírito, equidistante da temeridade e da covardia; ele nos
permite suportar dores, trabalhos, perigos ou dificuldades,
quando necessários ao nosso interesse. Esta virtude,
como a anterior, deve ser fortemente impressa no peito de
um Maç., como barreira e segurança contra quaisquer
tentativas que venham a ser feitas, quer por ameaças ou
violências, no sentido de extorquir-lhe quaisquer dos
segredos MMaç. que tão solenemente prometeu ocultar e
nunca impropriamente revelar; a indevida relação de
qualquer deles deverá tornar-se um tormento para a sua
mente, como as pp. do C. o foram, emblematicamente
para o seu corpo, quando aplicadas ao seu p. e. n. em sua
iniciação (Coloca a m. d. no p. e.), aludindo ao PTL., (baixa
a mão).

Perg. - Vos agradeceria que definísseis PRUDÊNCIA.

Resp. - PRUDÊNCIA - nos ensina a regular nossas vidas e


ações consoante os ditames da razão, e é através desse
costume que o homem julga sabiamente, e com prudência
217
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determina todos os fatores relativos à sua felicidade
temporal e eterna.

- Essa virtude deve caracterizar todo Maçom Livre e


Aceito, não somente pela boa ordenação de sua vida,
como também como exemplo ao mundo profano; deve ser
exercida em todos os ambientes, de forma a não permitir
a revelação impensada de qualquer Sn. ou P., ou qualquer
outro de nossos segredos Maçônicos que venha a ser
ilegalmente revelados; deve o Maçom ter sempre em
mente o momento em que postou-se diante do V. M., no
Or., com o seu j. esq. desn. e dobr., seu p. e. em forma de
E., o corpo ereto, enquanto sua m. d. foi (estende a m. d.
como se estivesse colocando-a sobre) colocada sobre o L.
das SS. EE. (V.L.S.), aludindo ao MNL (baixa a mão).

Perg. - Vos agradeceria que definísseis JUSTIÇA.

Resp. - JUSTIÇA - é aquele estado ou limite do direito, pelo qual


somos ensinados a dar a todos os homens o que
realmente merecem, sem distinção alguma. Essa virtude é
não somente compatível com a Lei Divina e humana, como
também é o estandarte e o fundamento da sociedade civil.

- Sem a prática dessa virtude, a confusão seria universal,


a força sobrepor-se ia à equidade e o relacionamento
social deixaria de existir; e como Justiça é o componente
principal do homem bom, deve ser invariável costume do
Maçom Livre e Aceito nunca desviar se de seus princípios,
sempre tendo em mente o momento em que foi colocado
na parte NE. da Loj., os ps. em forma de E. (o faz) e em
evidência, o corpo firme e ereto, recebendo do V. M.
aquela exortação no sentido de ser justo e perfeito em
suas minudências, aludindo ao PDL.
218
218
V. M. I. - IIr., assim termina a Sexta Seção da Primeira Preleção,
e a EXORTAÇÃO é:

“Que o AMOR FRATERNAL, a CARIDADE e a VERDADE,


juntamente com a TEMPERANÇA, a FORTITUDE, a
PRUDÊNCIA e a JUSTIÇA, possam distinguir o Maçom Livre e
Aceito até o fim dos tempos”.

V. M. I. - Irmãos, à Ordem.

Todos - (Fazem o Sn. de Apr., sentados, por três vezes)

V. M. - Obrigado Ir. .......

Resp. - (Faz o Sn. de Ap. e volta aos seus lugares)

7º SEÇÃO DA PRIMEIRA PRELEÇÃO

V. M. - Ir. 1º Vig., poderia ajudar o Ir. ............., (De preferência


um Ex-Venerável), [ou à mim], trabalhar na Terceira Seção
da Primeira Preleção?

1º Vig. - (Permanecendo em seu lugar) - Eu ficarei ou darei o


melhor de mim, V. M.. (Dá o Passo e o Sinal do Grau em
que a loja está aberta).

Perg. - Quantas tipos de Maçons existem?

Resp. - Dois: Livres e Aceitos uma, e Operativos a outra.

Perg. - A qual tipo pertenceis?

Resp. - À dos Livres e Aceitos.

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Perg. - Que aprendeis sendo um Maçom Livre e Aceito?

Resp. - Discrição, Moralidade e Fraternidade.

Perg. - Que aprendem os Maçons Operativos?

Resp. - As úteis regras da Arquitetura; a cortar, “esquadrar” e


modelar pedras nos formatos requeridos para fins de
construção; a uni-las em nível, na perpendicular ou em
outras posições, com auxílio de cimento, aço, chumbo ou
cobre. Essas várias operações requerem muita prática,
destreza e alguns conhecimentos de Geometria e
Mecânica.

Perg. - E o que aprendeis sendo ambos e frequentando várias


LLoj.?

Resp. - Agindo no E., observando um comportamento


adequado em L., prestando a devida obediência ao V. M.
(saúda o ML., com P. e Sn. de Apr.) e seus oficiais em
exercício (saúda o 1º Vig., e após o 2º Vig., com P. e Sn
de Apr.), e abstendo-me de discussões políticas ou
religiosas que possam provocar discórdia entre IIr. e
acarretar escândalos à Ordem.

Perg. - Em que Grau da Franco Maçonaria fostes iniciado?

Resp. - No de um Apr..

Perg. - Por quanto tempo deve um Apr. servir a seu Mestre?

Resp. - Sete anos é o tempo estipulado, mas menos será


suficiente se encontrada qualidade para promoção.

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220
Perg. - Como deve servi-lo?

Resp. - Com Liberdade, Fervor e Zelo.

Perg. - Excelentes qualidades. Quais são seus emblemas?

Resp. - Giz, Carvão e Argila.

Perg. - Por quê?

Resp. - Nada é mais livre que o giz, o mais leve toque deixa sua
marca; nada mais fervoroso que o carvão, pois, desde que
adequadamente aceso, metal nenhum o resiste; nada
mais zelosa do que a argila, nossa mãe Terra, trabalhando
sem cessar para nosso sustento, dela viemos e a ela
teremos que voltar.

Perg. - Caso fosse vosso desejo dar a vosso filho um nome


maçônico, como o chamaríeis?

Resp. - Lewis.

Perg. - O que significa Lewis?

Resp. - Força.

Perg. - Como ele é representado em nossas Lojas?

Resp. - Por certas peças de metal encravadas numa pedra,


formando um engate e, quando em conjunto com sistemas
mecânicos, com um jogo de polias, possibilita ao Maçom
operativo erguer grandes pesos a certas alturas, com
grande facilidade, pequeno esforço e fixá-las em suas
devidas bases.
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221
Perg. - Sendo Lewis o filho de um Maç., qual o seu dever em
relação a seus pais idosos?

Resp. - Sustentar os encargos diários, dos quais eles em razão


de sua idade devem estar isentos; ajudá-los em caso de
necessidade, e fazer o término de seus dias felizes e
confortáveis.

Perg. - Em troca, qual o seu privilégio, por esse procedimento?

Resp. - O de ser feito Maçom antes de qualquer outra pessoa,


por mais digna que seja.

Perg. - Por que somos chamados de Franco Maçons?

Resp. - Porque somos livres “para” e livres “de”.

Perg. - Livre “para” e livre “de” o que?

Resp. - Livre “para” o companheirismo e livre “de” vícios.

Perg. - Se um Maç. assim livre estiver desaparecido, onde


esperais encontrá-lo.

Resp. - Entre o E. e o C..

Perg. - Por que nesse lugar?

Resp. - Porque agindo de acordo com o primeiro, certamente


será encontrado no outro.

Perg. - Como você vestiria ao seu Mestre?

Resp. - Com a insígnia distintiva de um Maçom.


222
222
Perg. - Como conheceis um Maç. durante o dia?

Resp. - À simples vista, e observando o Sn..

Perg. - E à noite?

Resp. - Recebendo o T., e ouvindo a P..

Perg. - Como sopra o vento na Franco Maçonaria?

Resp. - Favorável, quer seja do Le. ou do Oe..

Perg. - Para que propósito?

Resp. - Para refrescar e refazer os homens no trabalho.

Perg. - Há uma outra alusão?

Resp. - Àquele vento milagroso que foi tão essencial em


proporcionar a feliz libertação dos filhos de Israel da
escravidão Egípcia.

Perg. - Por que o vento é considerado favorável na Franco


Maçonaria apenas nestes pontos especiais do compasso?

Resp. - Quando o G. A. D. U. achou apropriado liberar o Seu


povo elegido do cativeiro Egípcio, Ele mandou o Seu fiel
servo Moisés conduzi-los até a terra de Canaã, que Ele
lhes havia prometido. Consequentemente os conduziu
pelo deserto à extremidade do Egito à margem do Mar
Vermelho, de onde eles acamparam para passar a noite.
O Faraó, lamentando a perda de tantos escravos úteis,
reuniu um exército potente a cavalo, a pé, e em carros a
fim de devolvê-los ao seu cativeiro anterior. Não duvidou
223
223
do êxito, pois sabia que os israelitas não estavam armados
e não eram disciplinados, assim como que sua viagem era
lenta devido ao gado e às bagagens. Os Israelitas, olhando
o Mar Vermelho à frente, as montanhas intransponíveis a
sua direita e a esquerda, o exército Egípcio avançando
rapidamente em sua retaguarda, murmuraram contra seu
líder e disseram: “Por que nos trouxe ao deserto para
perecer? Não havia suficiente lugar no Egito para nosso
enterro?”. E Moisés falou placidamente e os incitou a estar
de bom humor, por que esse dia deveria experimentar a
salvação do Senhor. Moisés então, após uma prece
fervorosa ao Trono de Graça, estirou sua vara sagrada
sobre o Mar Vermelho, que ocasionou um forte vento
oriental, dividindo as águas como uma parede de cada
lado, mostrando aos Israelitas uma passagem sobre a
terra seca. O Faraó, vendo isto, os seguiu sem vacilação
e considerou aos prófugos em seu poder, quando, a fim de
comprovar sua presunção, o Onipotente enviou um pilar
milagroso de fogo e uma nuvem, que teve dois efeitos
maravilhosos: deu luz aos Israelitas e facilitou seu
progresso, e a nuvem deu escuridão ao Faraó e seu
exército atrasando sua marcha. O Onipotente enviou um
impedimento adicional ao inimigo, um anjo que golpeou as
rodas dos carros para ocasionar que se arrastassem
pesadamente, e assim o exército Egípcio e os Israelitas
não veriam juntos o amanhecer do dia. O Faraó,
percebendo a mão do Senhor trabalhar duramente contra
ele, deu ordens a seu exército para interromper a
perseguição e voltar por onde vieram; mas era demasiado
tarde, e nesse momento os Israelitas haviam ganhado a
costa oposta. Moisés estendeu o olhar sobre seus temidos
inimigos pela última vez. Ele então novamente estirou sua
vara sagrada sobre as águas, o que ocasionou a ruptura
das cadeias invisíveis fazendo desaparecer o Faraó e todo
224
224
o seu exército. A comemoração desse resgate feliz, os
Israelitas foram durante muitos dias de viagens cantando
salmos e dando graças a seu Onipotente Libertador; desde
aquele tempo o vento vencido, no Le. ou Oe., se é
considerado favorável a Franco-Maçonaria.

Perg. - Quais são as características distintivas de um bom


Franco Maçom?

Resp. - A Virtude, a Honra, e a Misericórdia (Sn. de R.), e que


elas sejam sempre encontradas no peito de um Franco
Maçom. (baixa o Sn.).

Perg. - Vos agradeço que definísseis a VIRTUDE.

Resp. - Lendo a história da antiga Roma, encontramos que o


Cônsul Marcellus havia decidido erigir um Templo
dedicado à Virtude e à Honra, mas sendo impedido de
levar a término seu projeto alterou seus planos e erigiu
dois Templos, contíguos um ao outro, de tal forma que o
único caminho para chegar ao Templo da Honra era
mediante ao da Virtude; legando à posteridade um
excelente exercício e mais alto de perfeição para a razão;
a honradez, harmonia, justo balanço do afeto, a saúde,
fortaleza, e beleza da Alma.

- A perfeição da Virtude está em dar plena conformidade


para obedecer a autoridade da consciência com presteza,
para esquecer os talentos defensivos com fortaleza, o
público com justiça, o privado com temperança, e ambos
com prudência, e na devida proporção de um ao outro,
com calma e caridade, para amar e adorar a Deus com um
sem rival afeto desinteressado e para consentir nos
desígnios da Divina Providência com alegre resignação.
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225
Cada aproximação a esta norma é um passo para a
perfeição e a felicidade, e qualquer desvio tem uma
tendência ao vício e à miséria.

Perg. - A HONRA.

Resp. - Pode ser definida como a consubstanciação da


VIRTUDE; a verdadeira base da fé e confiança; o único
meio através do qual os assuntos da vida são tratados com
segurança e prazer. Implica na união de sentimentos, tais
como Virtude, Verdade e Justiça, levados além de mera
obrigação moral que a lei requer ou possa punir.

- A verdadeira honra, não obstante um princípio diferente


da Religião é a que produz os mesmos efeitos; são linhas
de ação que, embora originárias de diferentes pontos,
terminam numa mesma meta. A Religião abrange a
Virtude no que ela atende às Leis de Deus; a honra, no
que ela atende à natureza humana.

- O homem religioso teme praticar uma má ação; o


homem de honra despreza fazê-lo, e primeiro considera o
vício como algo ofensivo a Deus; o segundo, como algo
que não o deve alcançar.

- Um verdadeiro homem de Honra não se satisfaz com os


simples cumprimentos de deveres de homem e cidadão;
ele os eleva à máxima potência; dá de si, quando com
razão poderia negar; perdoa, quando com justiça poderia
ressentir-se. Toda sua conduta é guiada pelos mais nobres
sentimentos de seu coração; Uma verdadeira retidão
moral em suas ações e uma consciência tranquila, a sua
recompensa.

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226
Perg. - A MISERICÓRDIA.

Resp. - É uma virtude refinada; quando nas mãos de um


monarca, adiciona brilho às pedras preciosas que
adornam sua coroa; num guerreiro, dá suavidade à ira que
escurece sua mente. É a companheira da verdadeira
honra, aperfeiçoando a justiça, na defesa dos menos
favorecidos. Assim como as chuvas descem sobre a terra
para refrescar e fortalecer toda a Criação vegetal, também
a Misericórdia, agindo sobre os corações, quando os
fluidos vitais são condensados pelo rancor e vingança, faz
com que se acalmem e suavizem, sob a ação de seu calor
humano. (V.M. dá ! seguido pelo 1° Vig., e pelo 2° Vig.) –
(TODOS se levantam). Ela é o atributo peculiar da
Divindade, no qual o mais sábio entre nós deve depositar
suas esperanças e dependência, para que no dia do Juízo
Final, quando intimados perante o Seu tribunal, e as ações
desta vida mortal forem reveladas, e a Sua Justiça levar à
condenação (TODOS - Sn. de R.) confiamos que Sua
Misericórdia evitará a sentença desfavorável.

V. M. I. - Que assim seja (baixa o Sn.).

Todos - (Permanecem em Pé)

V. M. I. - IIr., assim termina a Sétima Seção e a Primeira


Preleção, e a EXORTAÇÃO é:

“Que a VIRTUDE, a HONRA e a MISERICÓRDIA continuem a


distinguir os Maçons Livres e Aceitos”.

V. M. I. - Irmãos, à Ordem!

227
227
O encerramento da última seção da primeira instrução é
conhecida como “Fogo Maçônico”. Na Loja de Emulação e
Aperfeiçoamento (Emulation Lode of Improvement) isto é feito
numa cadência digna e é costume inserir o Sn. de Ap. antes de
cada grupo de três palmas.

228
228
A Maçonaria - Princípios Fundamentais
A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens
de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação
e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios
racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e
trabalham para a construção da Sociedade Humana. É fundada no
Amor Fraternal, na esperança de que com Amor a Deus, à Pátria,
à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria, com
a constante livre investigação da Verdade, com o progresso do
Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade -
Liberdade, Igualdade e Fraternidade - dentro dos princípios da
Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz
universal.

Desse enunciado, deduzem-se os seguintes corolários:

A. A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência


de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas
as Religiões, denomina G. A. D. U.;

B. A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da


Verdade, e, para garantir essa liberdade, exige de todos a
maior tolerância;

C. A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes,


crenças religiosas e opiniões políticas, excetuando
aquelas que privem o homem da liberdade de consciência,
restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana, ou
que exijam submissão incondicional aos seus chefes, ou
façam deles - direta ou indiretamente - instrumento de
destruição, ou ainda, privem o homem da liberdade de
manifestação do pensamento;

229
229
D. A Maçonaria se divide em três Graus, universalmente
reconhecidos e adotados: Apr., Comp., e M..

E. A Maçonaria, cujo objetivo é combater a ignorância em


todas as suas modalidades, se constitui numa escola
mútua, impondo o seguinte programa:

 Obedecer às leis democráticas do País;

 Viver segundo os ditames da Honra;

 Amar o Próximo;

 Trabalhar pela felicidade do Gênero Humano, até


conseguir sua emancipação progressiva e pacífica;

F. A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão


religiosa sectária ou político-partidária em L. aberta;

G. A Maçonaria adota o L. das SS. EE. (V.L.S.), o Esq. e o


Comp., como suas Três Grandes Luzes Emblemáticas.
Durante os trabalhos, em Loja, deverão estar sempre
dispostos, na forma determinada nos rituais.

A par desta Definição de Princípios, e da declaração formal


de aceitação dos Landmarks, codificados por Albert Mackey, a
Maçonaria proclama, também, os seguintes postulados:

I. Amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade;

II. Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica,


social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos
costumes;

230
230
III. Lutar pelo princípio da Equidade, dando a cada um o
que for justo, de acordo com sua capacidade obras e
méritos;

IV. Combater o fanatismo e as paixões que acarretam o


obscurantismo;

V. Praticar a Caridade e a Beneficência de modo sigiloso,


sem humilhar o necessitado, incentivando a
Solidariedade, o Mutualismo, o Cooperativismo, o
Seguro Social e outros meios de Ação Social;

VI. Combater todos os vícios;

VII. Considerar o trabalho lícito e digno como dever


primordial do Homem;

VIII. Defender os direitos e as garantias individuais;

IX. Exigir tolerância para com toda e qualquer forma de


manifestação de consciência, de religião ou de
filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a
Verdade, a Moral, a Paz e o Bem Estar Social;

X. Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a


se dedicarem à felicidade de seus semelhantes, não
somente porque a Razão e a Moral lhes impõem tal
obrigação, mas porque esse sentimento de
solidariedade os fez Filhos Comuns do Universo e
amigos de todos os Seres Humanos.

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O RITUAL DE EMULAÇÃO
(Por Luiz Carlos Lozano, Sapientíssimo Grão Mestre Geral Adjunto)

O Ritual Emulação, estabelecido em 1813 por ocasião da


União das duas Grandes Lojas então existentes na Inglaterra, (a
dos Modernos – 1717, e a dos Antigos – 1751) remonta de uma
longa tradição anterior ao próprio surgimento da Premier Grand
Lodge, em Londres, em 1717.

Muitos Irmãos acreditam que o Ritual Emulação é um Rito,


e que este Rito é o Rito de York. Na verdade, não se trata de um
Rito, mas sim de um Ritual pelo qual é demonstrado e expressado
por meio de dramatizações ritualísticas.

Na Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE) o vocábulo


"Rito" não existe. Os ingleses não consideram um Rito, eles
consideram Rituais, entre eles os principais são; Emulation, Bristol,
Stability, Taylor's, Logic, Humber e o West End, etc... Todos os
diversos Rituais Ingleses pouco diferem-se uns dos outros. Mas as
Lojas usadas por todos são iguais, nisto não há diferença. O Ritual
Emulação serviu de base para praticamente todos os demais Ritos
existentes no mundo, sendo inclusive a base principal do Rito
Brasileiro.

Rito representa as regras e cerimônias de caráter sacro ou


simbólico que seguem preceitos estabelecidos e que se devem
observar na prática. É um conjunto de atividades organizadas, no
qual as pessoas se expressam por meio de gestos, símbolos,
linguagem e comportamento, transmitindo um sentido coerente
ao ritual. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância,
pois não é qualquer atividades padronizada que constitui um rito.
Rito é aquilo que você faz todo dia, como escovar os dentes. Isso
é um rito. Você não para e se pergunta por que está escovando os

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dentes, mas você sabe que aquilo é uma coisa que você sempre
faz. Em síntese representa o sistema de organizações Maçônicas.

Ritual representa o Livro que contém o conjunto de


práticas consagradas pelo uso, por normas ou ambas, e que se
devem observar de forma invariável em ocasiões determinadas.
Os rituais são característicos de quase todas as sociedades
humanas conhecidas, passadas ou atuais. Eles podem incluir os
vários ritos de adoração e sacramentos de religiões organizadas e
cultos, mas também os ritos de passagem de certas sociedades,
como coroações, posses presidenciais, casamentos e funerais,
eventos esportivos entre outros. Várias ações comuns,
como aperto de mão ou cumprimentos podem ser entendidas
como pequenos rituais. Sintetizando, é o Cerimonial.

Em 1794, dois Grão-Mestres; John 4º - Duque de Athol,


Grão Mestre dos “Antigos” e George, Príncipe de Gales, Grão
Mestre dos “Modernos” solicitaram ao Principe Edward, mais tarde
Duque de Kent, Grão Mestre dos “Antigos” em 1813, que
arbitrasse o trabalho de unificação.

O Ritual Emulação surgiu na Inglaterra após a união das


duas Grandes Lojas, a dos “Antigos” (1751) e a dos “Modernos”
(1717), mais especificamente em 7 de Dezembro de 1813, onde
foi criada uma Loja mista – Lodge of Reconciliation (Loja da
Reconciliação) – que harmoniza os Rituais. O trabalho foi efetuado
oralmente, respeitando a proibição de nada escrever a respeito do
“segredo Maçônico”. Nenhuma Ata foi redigida, assim como foi
proibido até tomar notas.

É mister esclarecer que a partir de 1813 a Grande Loja


Unida da Inglaterra aprovou e confirmou a forma do Ritual
Emulação, entretanto isso não quer dizer que o procedimento
ritualístico tenha surgido a partir desta data, pois em 1797 já era
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fundado o Rito de York (Thomas Webb), e antes disso por volta de
1717 já ocorriam reuniões nos Trabalhos de Emulação, praticado
pelas Lojas e com pouquíssimas variações da forma atual.

A palavra Emulação, no conceito Maçônico, significa


seguir o exemplo, imitar. Seguir o exemplo no sentido de
reproduzir as Cerimônias Maçônicas praticadas pelos antigos
Maçons da Inglaterra, cabendo, portanto, aos novos seguir o
exemplo das antigas práticas ritualísticas, perpetuando-as.
Portanto, entende-se que o nome, em 1717, poderia não ser
“Emulação”, mas a forma praticada já o era.

Apesar de erroneamente no Brasil, chamarmos estes


trabalhos de "Rito de York", sabemos que não é, mas sim Ritual
de Emulação. O verdadeiro Rito de York está sedimentado no
norte e nordeste do Brasil, e os Irmãos de lá não gostam nada
desta confusão que é feita, pois eles praticam o verdadeiro Rito de
York, de origem norte-americana, fundado pelo Irmão Thomas
Smith Webb, em 1797. Da mesma forma, os Irmãos das Lojas
Inglesas, sediadas no Brasil e subordinadas à UGLE, não
concordam com esta confusão de nomes.

Thomas Smith Webb, é considerado o fundador do Rito


York, ou seja, o "pai" do Rito . Ele nasceu em 30 de outubro de
1771, em Boston. Foi iniciado na Loja do Sol Nascente, em Keene,
New Hampshire, aos 19 anos. No ano de 1797, ele pesquisou,
catalogou, organizou e codificou todos os rituais antigos e fez um
conjunto de 13 (treze) rituais, de forma condensada, em um
Monitor e denominou-os de "Rito York", em homenagem a cidade
de York (Inglaterra), pois em suas pesquisas foi tida como berço
da Maçonaria no mundo, ou seja, a cidade onde se tem os registros
mais antigos de reuniões maçônicas.

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Voltando a história, em Junho de 1816, as formas dos
rituais para uso na nova Grande Loja foram demonstradas pela
Lodge of Reconciliation, constituída especialmente para reproduzi-
las, as quais viriam documentar, surgindo oficialmente um novo
ritual, “aprovado e confirmado” pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, resultado de um longo trabalho iniciado em 1794, e
coroado pelo “Act of Union” de 27 de Dezembro de 1813, e
finalmente concluído em junho de 1816.

Em 2 de Outubro de 1823, os membros da “Burlington


Lodge”, fundada em 1810 e “Perseverance Lodge”, fundada em
1817, se reúnem pela primeira vez na “Emulation Lodge of
Improvement for Master Masons” (Loja Emulação de
Aperfeiçoamento para Mestres Maçons), com a finalidade de
prover instruções para aqueles que desejassem se preparar para
cargos de Lojas e à Sucessão na Cadeira.

As instruções nos anos iniciais, concentradas no trabalho


do Primeiro Grau e preparação dos Candidatos à Sucessão na
Cadeira da Loja, eram realizadas por meio de palestras Maçônicas
de acordo com o sistema da Grand Steward’s Lodge (Loja dos
Grandes Provedores), cujas as preleções descrevem as
cerimônias em detalhes. Pelos anos de 1830, as Cerimônias eram
também ensaiadas.

Devido ao fato de que a Grande Loja assumira a opinião


de que o ritual não devia ser confiado à impressão, a repetição oral
se constituiu como meio de sua transmissão. Foi apenas em 1969
que a Loja Emulação de Aperfeiçoamento patrocinou a publicação
da primeira edição do “Ritual Emulação”. Este ritual ou prática
(Emulation Working) é a expressão inglesa usada para defini -lo, e
que pela restrição mencionada, era muito pouco ou quase nada
conhecido fora dos países de Língua Inglesa. Todavia, após 1969,
quando da liberação para publicação impressa, o ritual vem
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atraindo cada vez mais interessados, não só no sentido de
conhecê-lo como praticá-lo.

O Ritual se caracteriza por procedimentos muito


peculiares, ausentes em outros rituais, pelo despojamento de
certas pompas aliado à simplicidade e gentileza, o que acaba lhe
conferindo certa gravidade e um ar de sobriedade.

Algumas Características

 Há somente um livro de ATAS para todos os graus -


todas as ATAS são escritas, lidas e aprovadas no Primeiro
Grau; são objetivas.

 O Ritual não deve ser lido em Loja. É todo memorizado.


Somente o P. M. I. pode permanecer com o Ritual aberto, pois
ele funciona como ponto para ajudar um Ir., num esquecimento
ocasional.

 Os cargos eletivos são somente três: o V. M., o TES. e


o Cobr..

 Na sessão anterior a da eleição, um Ir., secundado por


outro, (toda proposta feita em Loja aberta, tem que,
necessariamente, ser secundada por outro Ir., caso contrário,
não será considerada) propõe o nome do próximo V. M. e
solicita que este indique o nome do TES. e do Cobr.. É da
tradição do Rito, não haver disputa de cargos em hipótese
alguma. A linha de sucessão deve ser respeitada, para que a
harmonia e a união entre os Irmãos sejam mantidas. Os demais
cargos são de livre escolha do V. M.

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 Todas as reuniões de Loja Aberta são regulares, a
saber: Iniciação; Passagem; Elevação; Instalação do V. M. da
Loja; e Sagração do Templo.

 Não existe a denominação de sessões magnas,


econômicas etc..

 As perguntas feitas pelo V. M. aos Candidatos à


Passagem ou Elevação, são feitas na mesma sessão da
respectiva cerimônia, e suas respostas não são apreciadas pela
Loja, isto é, são sempre aprovados.

 Não é permitido o uso do Balandrau para os membros


da Loja.

 O terno, gravata, sapatos, meias são pretos, e a camisa


branca.

 Aos visitantes ocasionais é permitido o uso do


balandrau (desde que não sejam do Rito).

 O V. M. é o único que pode falar sentado na Loja. Os


demais, falam de pé e à ordem, e com o passo inclusos os VV.,
MM. e Grandes Oficiais exceto o S. G. M. ou seu Representante
para ato específico.

 As batidas são três em todos os Graus, a diferença é no


ritmo.

 Não há maçonaria Filosófica no Rito.

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 Haverá, sempre, uma cadeira vaga à direita do V. M.
destinada ao Grão-Mestre ou seu Representante para aquele
ato concreto.

 Nenhum Oficial tem direito de reclamar promoção


quando entra na linha de sucessão. A linha de sucessão: (1) G.
I., (2) 2° D., (3) 1° D., (4) 2° V., (5) 1° V., (6) V. M..

 Em nenhuma procissão é permitido a algum Ir. ficar


entre o V. M. e seus VVig..

 No primeiro levantamento, se houver alguma


mensagem oficial ou Ato do Grão-Mestre para ser lido, o D. C.
pede aos IIr. que fiquem de pé e à ordem.

 O V. M. não se levanta para apresentar os instrumentos


de trabalho em qualquer grau nem na preleção após à iniciação.

 Numa visita o V. M. só deve oferecer o malhete ao Grão-


Mestre, ou Adjunto - a nenhum outro.

 Na explanação da T. D., no Segundo Grau, todos os


Oficiais permanecem em seus lugares.

 Quando o V. M. está ausente, deve ser substituído pelo


V. M. I., se presente. Se o V. M. tiver que se ausentar por uns
tempos, deve escolher entre os PP. MM. quem deve substituí-
lo. (isso significa que o 1° V só substitui o V. M. em caso de
impedimento definitivo e somente nestes casos).

 Na Procissão de saída, o V. M. I. não deve ir atrás, ou


ao lado do V. M.. Não há lugar certo para ele, que é um dos PP.
MM., simplesmente. O V. M. I. não é um Oficial da Loja.

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 Não existem comissões; são estranhas para o Rito de
Emulação, para isso está o Comitê da Loja. Na verdade, o Rito
tem duas comissões;

I. De Inventário, composta por dois membros


escolhidos pelo V. M. para verificação e controle dos
bens da Loja e;

II. De Auditoria com dois membros, para darem parecer


ao Relatório apresentado pelo TES., para ser votado
no dia da instalação do novo V. M.. O TES. deve
distribuir aos membros da Loja, cópia do Relatório,
antes da reunião, a fim de que todos os IIr. possam
tomar conhecimento do mesmo, antes da votação.
Deve ser aprovado por unanimidade.

Diferenças Ritualísticas

Atentamos a algumas diferenças com o REAA:

O Rito de Emulação não tem:

 Palavra Semestral;

 Cadeia de União (não deve ser formada em hipótese


alguma em Loja aberta).

 Sessões Especiais (todas são regulares).

 Câmara de Reflexões.

 Espadas dentro da loja (o único que usa a espada é o


G. E.).

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 Bolsa de Propostas e Informações.

 Passos para entrada na loja.

 Cartão de visitante (quando o visitante exige, o V. M.


solicita que o Ir. Sec. encaminhe uma carta diretamente à loja
do visitante, informando a visita).

 Altar dos Juramentos (não há altares na loja, as mesas


do V. M., 1° V. e 2° V., são retangulares e chamadas de
Pedestais).

 Transmissão da Palavra Sagrada.

 Cálice da Amargura (na iniciação).

 Consagração pela Espada e o Malhete.

 Espada Flamejante.

 Prova dos Elementos.

 Tríplice abraço.

 Os três pontinhos; (deve ser abolido, das abreviaturas e


também das assinaturas).

 Diferença de nível entre o Or. e Oc.

 Separação física entre Or. e Oc. (grade).

 Os cargos de: Orador, Chanceler e Experto.

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 Corda de 81 nós.

 Candidatura para o cargo de V. M. da Loja (não há


disputa pelo cargo, há urna linha de sucessão natural).

 Nenhum assunto administrativo pode ser discutido em


Loja aberta.

 Nenhum candidato é reprovado no escrutínio secreto


em loja aberta. (os candidatos são avaliados e pré - aprovados
em reunião do Comitê da Loja).

 Não se usam, no Rito, as palavras: Balaústre ou Peça


de Arquitetura. Usam-se: Ata, Expediente, Palestra,
Conferência.

LANDMARK’S
Os Landmarks são considerados como as mais antigas
leis que rezem a Maçonaria universal. Pelo que se caracteriza pela
sua antiguidade.

Os Regulamentos, Estatutos e outras leis podem ser


revogados, modificados ou anulados. Porém, os Landmarks,
jamais poderão sofrer qualquer modificação ou alteração.
Enquanto a Maçonaria existir, os Landmarks serão os mesmos
como o era há séculos. São, portanto, eternos e imutáveis.

Foram colecionados pelo Poderoso Irmão Albert Gallatin


Mackey, os vinte e cinco Landmarks abaixo, que se seguem:

I. Os processos de reconhecimento são os mais


legítimos e inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem

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mudanças de qualquer espécie, pois, sempre que isso se deu, foi
nestas consequências vieram demonstrar o erro cometido.

II. A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus é um


Landmark que, mais do que nenhum tem sido preservado de
alterações apesar dos esforços feitos pelo daninho espírito
inovador. Certa falta de uniformidade sobre o ensinamento final da
Ordem, no grau de Mestre, foi motivado por não ser o terceiro grau
considerado como finalidade; daí o Real Arco e os Altos Graus
variarem no modo de conduzirem o neófito à grande finalidade da
Maçonaria Simbólica. Em 1813, a Grande Loja da Inglaterra
reivindicou este artigo Landmark, decretando que a Antiga
Instituição Maçônica consistia nos três primeiros graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre, incluindo o Santo Arco Real.
Apesar de reconhecido por sua antiguidade, como um verdadeiro
Landmark ele continua a ser violado.

III. A lenda do terceiro grau é um Landmark importante,


cuja integridade tem sido respeitada. Nenhum Rito existe na
Maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não
sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas
escritas podem variar e na verdade, variam; a lenda, porém, do
construtor do Templo constitui a essência e a identidade da
Maçonaria. Qualquer Rito, que a excluísse ou a alterasse,
materialmente cessaria, por isso, de ser um Rito Maçônico.

IV. O governo da Fraternidade por um Oficial que


preside, denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico, é o
quarto Landmark da Ordem Muitas pessoas ignorantes supõem
que a eleição do Grão - Mestre se pratica em virtude de ser
estabelecida em lei ou regulamento da Grande Loja. Nos anais da
Instituição se encontra, porém, Grão Mestre, muito antes de
existirem Grandes Lojas, e, se o atual sistema de governo

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legislativo por Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria preciso
a existência de um Grão-Mestre.

V. A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir a todas as


reuniões maçônicas, feitas onde e quando se fizerem é o quinto
Landmark. É em virtude desta lei, derivada de antiga usança, e não
de qualquer decreto especial, que o Grão-Mestre ocupa o trono em
todas as sessões de qualquer Loja subordinada, quando se ache
presente.

VI. A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença


para conferir graus em tempos anormais, é outro e importantíssimo
Landmark. Os estatutos maçônicos exigem um mês, ou mais, para
tempo em que deva transcorrer entre a proposta e a recepção de
um candidato. O Grão-Mestre, porém, tem o direito de pôr de lado,
ou de dispensar, essa exigência, e permitir a iniciação imediata.

VII. A prerrogativa que tem, o Grão-Mestre, de


autorização, para fundar e manter Lojas, é outro importante
Landmark. Em virtude dele, pode o Grão-Mestre conceder o
número suficiente de Mestre Maçons, o privilégio de se reunirem e
conferirem graus. As Lojas assim constituídas chama-se “Lojas
Licenciadas”. Criadas pelo Grão-Mestre, só existem enquanto ele
não resolva o contrário, podendo ser dissolvidas por ato seu.
Podem viver um dia, um mês ou seis meses. Qualquer, porém, que
seja o tempo de sua existência devem-na, exclusivamente, à graça
do Grão-Mestre.

VIII. A prerrogativa, do Grão-Mestre, de criar Maçons, por


sua deliberação, é outro Landmark importante, que carece ser
explicado, controvertida como tem sido a sua existência. O
verdadeiro e único modo de exercer essa prerrogativa é o
seguinte: O Grão-Mestre convoca em seu auxilio seis Mestres
Maçons, pelo menos, forma uma Loja e, sem nenhuma prova
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prévia, confere os graus aos candidatos; findo isso, dissolve a Loja
e despede os Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são
chamadas “Lojas Ocasionais” ou de “Emergência”.

IX. A necessidade de se congregarem os Maçons em


Loja é outro Landmark. Os Landmark da Ordem sempre
prescreveram que os Maçons deviam congregar-se, com fim de se
entregarem as tarefas operativas, e que a essa reuniões fosse
dado o nome de “Loja”. Antigamente, eram essas reuniões
extemporâneas, convocadas para assuntos especiais e, logo
dissolvidas, separando-se os Irmãos para, de novo, se reunirem
em outros pontos e em outras épocas, conforme as necessidades
e as circunstâncias exigissem. Cartas Constitutivas,
Regulamentos internos, Lojas e Oficinas permanentes e
contribuições anuais, são inovações puramente modernas, de um
período relativamente recente.

X. O governo da Fraternidade, quando congregado em


Loja, por um Venerável e dois Vigilantes é também um Landmark.
Qualquer reunião de Maçons, congregados sob qualquer outra
direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-
presidentes, não seria reconhecida como Loja. A presença de um
Venerável e dois Vigilantes é tão essencial que no dia da
congregação, é considerada como uma Carta Constitutiva,

XI. A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando


reunida, é um importante Landmark que não deve ser descurado.
Origina-se do caráter esotérico da Instituição. O cargo de Guarda
do Templo que vela para que o lugar das reuniões esteja
absolutamente vedado à intromissão de profanos, independe, em
absoluto, de quaisquer leis de Grandes Lojas ou de Lojas
subordinadas. E seu dever, por este Landmark é guardar a porta
do Templo, evitando que se ouça o que dentro dele se passa.

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XII. O direito representativo de cada Irmão, nas reuniões
gerais da Fraternidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais,
outrora chamadas Assembléias Gerais, todos os Irmãos, mesmo
os simples Aprendizes, tinham o direito de tomar parte. Nas
Grandes Lojas só tem direito de assistência os Veneráveis e os
Vigilantes, na qualidade, porém, de representantes de todos os
Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão se representava por si
mesmo. Hoje, são representados por seus Oficiais. Nem por
motivo dessa concessão, feita em 1717, deixa de existir o direito
de representação, firmado por este Landmark.

XIII. O direito de recurso de cada maçom das decisões


dos seus Irmãos em Loja, para a Grande Loja ou Assembléia Geral
dos Irmãos, é um Landmark essencial para a preservação da
justiça e para prevenir a opressão.

XIV. O direito de todo maçom visitar e tomar assento em


qualquer Loja é um inquestionável Landmark da Ordem. É o
consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um
direito inerente que todo Irmão exerce quando viaja pelo Universo.
E a conseqüência de encarar as Lojas como meras divisões, por
conveniência, da Família Maçônica Universal.

XV. Nenhum visitante, desconhecido aos Irmãos de uma


Loja pode ser admitido à visita, sem que, antes de tudo, seja
examinado, conforme os antigos costumes. Esse exame só pode
ser dispensado se o maçom for conhecido de algum Irmão do
Quadro, que, por ele se responsabilize.

XVI. Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que


digam respeito à outra, nem conferir graus a Irmãos de outros
Quadros.

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XVII. Todo maçom está sujeito às leis e Regulamentos da
Jurisdição Maçônica em que residir, mesmo não sendo membro de
qualquer Loja. A inafiliação é já em si uma falta maçônica.

XVIII. Por este Landmark os candidatos à iniciação devem


ser isentos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e
maiores. Uma mulher, um aleijado, ou um escravo, não pode
ingressar na Fraternidade.

XIX. A crença no Grande Arquiteto do Universo, é um dos


mais importantes Landmark da Ordem. A negação dessa crença é
impedimento absoluto e insuperável para a iniciação.

XX. Subsidiariamente a essa crença, é exigida a crença


em uma vida futura.

XXI. É indispensável à existência, no Altar, de um Livro da


Lei, o Livro que, conforme a crença, se supõe conter a verdade
revelada pelo Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a
Maçonaria de intervir nas peculiaridades de fé religiosa dos seus
membros, esses Livros podem variar de acordo com os credos.
Exige, por isso, este Landmark, que um “Livro da Lei” seja parte
indispensável dos utensílios de uma Loja.

XXII. Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro


da Loja, sem distinções de prerrogativas profanas, de privilégios,
que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela na reuniões
maçônicas.

XXIII. Este Landmark prescreve a conservação secreta dos


conhecimentos havidos por iniciação, tanto dos métodos de
trabalho, como das suas lendas e tradições que só podem ser
comunicadas a outros Irmãos.

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XXIV. A fundação de uma ciência especulativa, segunda
métodos operativos, o uso simbólicos e a explicação dos ditos
métodos e dos termos neles empregados, com propósito de
ensinamento moral, constitui outro Landmark. A preservação da
lenda do Templo de Salomão é outro fundamento deste Landmark.

XXV. O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade


dos anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado,
nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como
de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos
transmitir aos nossos sucessores. NOLONUM LEGES MUTARI.

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