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O ALFABETO MAÇÔNICO

Ir.·. Fabrício Batista de Matos - Aprendiz Maçcom

TRABALHO MAÇÔNICO A SER APRESENTADO Á


AUG:. E RESP:. LJ:. MAÇ:. GAL:. MOREIRA
GUIMARÃES 1ª - GOMG - GOB

À GL.: DO G.: A.: D.: U.:

Meus queridos irmãos, é certo que durante o tempo de


aprendizado do maçom, é o período que ele ávido por
conhecimentos, passa a observar toda a movimentação nas
seções, principalmente dos mestres que ocupam cargos.
É o período que, talvez, proporcionalmente ao tempo na
Ordem, é claro, se visita mais. E é nesta busca de novos
ensinamentos e aperfeiçoamento que passa a exercer um
outro papel paralelo ao do aprendiz maçom: o de crítico,
no bom sentido. Em suas visitas passa a observar e
comparar as diferenças existentes na ritualística,
principalmente em relação à sua loja.
Seria muito bom que estas observações fossem colocadas
para a sua loja, possibilitando assim os devidos
esclarecimentos e até mesmo mudanças na correta
execução do ritual. Isto possibilitaria ao aprendiz melhor
discernimento e preparo para ser realmente um bom
mestre. Claro que tais esclarecimentos deverão ser
apreciados por um Conselho ou Comissão, formado para
este fim ou até mesmo um de Ex-Veneráveis. Este é o meu
pensamento, mas devido a minha pouca idade não sei se
funciona desta maneira.
Outra coisa que se nota durante estas visitas comparando
aos estudos, é que certas tradições tem perdido no decorrer
do tempo, por comodidade em sua prática e até mesmo por
um relaxamento dos próprios obreiros. Infelizmente
verifica-se na maioria das lojas que muito do simbolismo e
execução da ritualística não tem nada a ver com o que
pesquisamos e estudamos da Origem da Maçonaria. E
somente há uma maneira de esclarecer dúvidas,
PESQUISANDO.
È certo que os tempos mudaram e estamos adentrando
para o século XXI, porém, a orientação do Templo,
localização das Jóias, Ornamentos, Paramentos, execução
do Ritual, etc... para citar alguns exemplos, jamais
poderão ser alterados.
Os usos e costumes essenciais que tornaram a maçonaria
milenar e seus ensinamentos ocultos dos profanos devem
urgentemente ser retomados, evitando assim que se corra o
risco em torná-la uma sociedade qualquer com o passar do
tempo.
Se todos os aprendizes fossem regularmente orientados, na
maioria das seções, no Tempo de Estudos, para a
preservação de tais cuidados, certamente em pouco tempo
veríamos nas colunas a grande maioria dos obreiros do
quadro e a maçonaria voltaria a ter em seu seio somente
verdadeiros maçons.
Ouvi recentemente de um profano, com aproximadamente
16 anos, revelações que certamente lhes foi passado por
um mal maçom. Este profano não é o culpado, pois admira
a Ordem e procura informações. Mas, nós, não temos o
direito de quebrar o compromisso que proferimos em
nossa iniciação. Acredito eu que isto ocorre pela falta de
preparo e ensinamentos corretos e rígidos sobre a
importância da Maçonaria em sua essência. Precisamos
tomar muito cuidado nas nossas ações.
Para tentar contribuir um pouquinho, trago à Loja hoje, a
lembrança de uma prática que vem, conforme minhas
pesquisas e estudos, sendo esquecida de ser praticada a
cada dia e possibilitando que pranchas estritamente
maçônica de um irmão para outro ou de lojas, corram o
risco de ter conhecimento no mundo profano; “O
ALFABETO MAÇÔNICO”. Pode até ser que nos graus
mais elevados tal prática seja costumeira, mas em meus
estudos de aprendiz não foi isto que me ficou claro.
Talvez serei até muito criticado por isto, mas tratando-me
de um maçom, e sendo um de nossos lemas a Liberdade de
Expressão, as críticas certamente serão mais úteis do que
prejudiciais, uma vez que devemos ouvir também as
opiniões dos irmãos e se assim sempre fosse evitaríamos
muito o êxodo em nossas colunas.
Precisamos expor nossas idéias, antes, porém, precisamos
aceitar a do irmão, e muito mais, da assembléia
principalmente quando ela na sua maioria não compartilha
de nossa opinião, sem nos ofender. Certamente já fizemos
parte, um dia, da maioria que derrotou uma idéia exposta
por um irmão em loja
Tirar um mínimo de proveito das derrotas já é mais do que
nada.
Compartilhando com o Ir.: Castellani, sobre este assunto,
transcrevo a seguir, trecho do seu livro “CARTILHA DO
APRENDIZ” ..., que inclusive vem adicionar informações
ao meu trabalho anterior, sobre os símbolos que aparecem
no Painel do Grau de Aprendiz.
ABRE ASPAS
“O ALFABETO MAÇÔNICO”

O Alfabeto Maçônico sempre foi muito utilizado em


determinados documentos e na transmissão escrita da
palavra semestral aos VV.: MM.: das OOfic.: para
resguardar os textos da curiosidade de profanos.
Lamentavelmente, este hábito tem sido abandonado e, por
incúria de Lojas, o Alfabeto Maçônico está caindo no
esquecimento - poucos o conhecem, hoje em dia - com
grande prejuízo para a formação do Maçom e para a
tradição maçônica, sem falar de textos que podem se
tornar de domínio público. Se as novas gerações de
Maçons conhecerem-no, suficientemente, ter-se-á, em
médio prazo, o retorno a essa prática tradicional e “DE
BOA GEOMETRIA”.
O Alfabeto maçônico é baseado em duas figuras presentes
no Painel Simbólico do Grau de Apr.: M.:, a “Cruz
Quádrupla e a Cruz de Santo André”. A Cruz Quádrupla é
formada por duas paralelas cruzadas e é o símbolo da
limitação da capacidade humana; a Cruz de Santo André
tem o formato de um “XIS”, com quatro ângulos opostos
pelo vértice, simbolizando o infinito, os opostos e as
díades.
Essas figuras servirão como chave de código do alfabeto
maçônico, colocando-se as letras nos espaços vazios das
cruzes - entre as paralelas e nos vértices - transportando,
depois, a parte da figura formada, para a escrita.
Esse sistema, entretanto, vai fazer com que existam
algumas letras com figuras iguais. Quando isso acontecer,
a segunda terá um ponto central para diferenciação. Não
existem, no alfabeto, algumas letras que correspondem,
foneticamente a outras; também as palavras em alfabeto
maçônico são escritas como na escrita hebraica, ou seja,
da direita para a esquerda.
FECHA ASPAS
Poderia acrescentar a este trabalho, como no livro, a
configuração do alfabeto e sua chave, mostrando até uma
palavra, mas o complemento deste trabalho só será
possível se os IIr.: aqui presentes se derem ao trabalho de
verificar, em casa, como ficaria a frase “À GL.: D.: G.: A.:
D.: U.:”, transcrita para o Alfabeto Maçônico.
Esperando que todos possam me ajudar a terminar este
trabalho, deixo aqui, a todos o meu Trip.: e Frat.: Abr.:,
Ir. Fabrício Batista de Matos
Ap: M.: - CIM 184748

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