AUG:. E RESP:. LJ:. MAÇ:. GAL:. MOREIRA GUIMARÃES 1ª - GOMG - GOB
À GL.: DO G.: A.: D.: U.:
Meus queridos irmãos, é certo que durante o tempo de
aprendizado do maçom, é o período que ele ávido por conhecimentos, passa a observar toda a movimentação nas seções, principalmente dos mestres que ocupam cargos. É o período que, talvez, proporcionalmente ao tempo na Ordem, é claro, se visita mais. E é nesta busca de novos ensinamentos e aperfeiçoamento que passa a exercer um outro papel paralelo ao do aprendiz maçom: o de crítico, no bom sentido. Em suas visitas passa a observar e comparar as diferenças existentes na ritualística, principalmente em relação à sua loja. Seria muito bom que estas observações fossem colocadas para a sua loja, possibilitando assim os devidos esclarecimentos e até mesmo mudanças na correta execução do ritual. Isto possibilitaria ao aprendiz melhor discernimento e preparo para ser realmente um bom mestre. Claro que tais esclarecimentos deverão ser apreciados por um Conselho ou Comissão, formado para este fim ou até mesmo um de Ex-Veneráveis. Este é o meu pensamento, mas devido a minha pouca idade não sei se funciona desta maneira. Outra coisa que se nota durante estas visitas comparando aos estudos, é que certas tradições tem perdido no decorrer do tempo, por comodidade em sua prática e até mesmo por um relaxamento dos próprios obreiros. Infelizmente verifica-se na maioria das lojas que muito do simbolismo e execução da ritualística não tem nada a ver com o que pesquisamos e estudamos da Origem da Maçonaria. E somente há uma maneira de esclarecer dúvidas, PESQUISANDO. È certo que os tempos mudaram e estamos adentrando para o século XXI, porém, a orientação do Templo, localização das Jóias, Ornamentos, Paramentos, execução do Ritual, etc... para citar alguns exemplos, jamais poderão ser alterados. Os usos e costumes essenciais que tornaram a maçonaria milenar e seus ensinamentos ocultos dos profanos devem urgentemente ser retomados, evitando assim que se corra o risco em torná-la uma sociedade qualquer com o passar do tempo. Se todos os aprendizes fossem regularmente orientados, na maioria das seções, no Tempo de Estudos, para a preservação de tais cuidados, certamente em pouco tempo veríamos nas colunas a grande maioria dos obreiros do quadro e a maçonaria voltaria a ter em seu seio somente verdadeiros maçons. Ouvi recentemente de um profano, com aproximadamente 16 anos, revelações que certamente lhes foi passado por um mal maçom. Este profano não é o culpado, pois admira a Ordem e procura informações. Mas, nós, não temos o direito de quebrar o compromisso que proferimos em nossa iniciação. Acredito eu que isto ocorre pela falta de preparo e ensinamentos corretos e rígidos sobre a importância da Maçonaria em sua essência. Precisamos tomar muito cuidado nas nossas ações. Para tentar contribuir um pouquinho, trago à Loja hoje, a lembrança de uma prática que vem, conforme minhas pesquisas e estudos, sendo esquecida de ser praticada a cada dia e possibilitando que pranchas estritamente maçônica de um irmão para outro ou de lojas, corram o risco de ter conhecimento no mundo profano; “O ALFABETO MAÇÔNICO”. Pode até ser que nos graus mais elevados tal prática seja costumeira, mas em meus estudos de aprendiz não foi isto que me ficou claro. Talvez serei até muito criticado por isto, mas tratando-me de um maçom, e sendo um de nossos lemas a Liberdade de Expressão, as críticas certamente serão mais úteis do que prejudiciais, uma vez que devemos ouvir também as opiniões dos irmãos e se assim sempre fosse evitaríamos muito o êxodo em nossas colunas. Precisamos expor nossas idéias, antes, porém, precisamos aceitar a do irmão, e muito mais, da assembléia principalmente quando ela na sua maioria não compartilha de nossa opinião, sem nos ofender. Certamente já fizemos parte, um dia, da maioria que derrotou uma idéia exposta por um irmão em loja Tirar um mínimo de proveito das derrotas já é mais do que nada. Compartilhando com o Ir.: Castellani, sobre este assunto, transcrevo a seguir, trecho do seu livro “CARTILHA DO APRENDIZ” ..., que inclusive vem adicionar informações ao meu trabalho anterior, sobre os símbolos que aparecem no Painel do Grau de Aprendiz. ABRE ASPAS “O ALFABETO MAÇÔNICO”
O Alfabeto Maçônico sempre foi muito utilizado em
determinados documentos e na transmissão escrita da palavra semestral aos VV.: MM.: das OOfic.: para resguardar os textos da curiosidade de profanos. Lamentavelmente, este hábito tem sido abandonado e, por incúria de Lojas, o Alfabeto Maçônico está caindo no esquecimento - poucos o conhecem, hoje em dia - com grande prejuízo para a formação do Maçom e para a tradição maçônica, sem falar de textos que podem se tornar de domínio público. Se as novas gerações de Maçons conhecerem-no, suficientemente, ter-se-á, em médio prazo, o retorno a essa prática tradicional e “DE BOA GEOMETRIA”. O Alfabeto maçônico é baseado em duas figuras presentes no Painel Simbólico do Grau de Apr.: M.:, a “Cruz Quádrupla e a Cruz de Santo André”. A Cruz Quádrupla é formada por duas paralelas cruzadas e é o símbolo da limitação da capacidade humana; a Cruz de Santo André tem o formato de um “XIS”, com quatro ângulos opostos pelo vértice, simbolizando o infinito, os opostos e as díades. Essas figuras servirão como chave de código do alfabeto maçônico, colocando-se as letras nos espaços vazios das cruzes - entre as paralelas e nos vértices - transportando, depois, a parte da figura formada, para a escrita. Esse sistema, entretanto, vai fazer com que existam algumas letras com figuras iguais. Quando isso acontecer, a segunda terá um ponto central para diferenciação. Não existem, no alfabeto, algumas letras que correspondem, foneticamente a outras; também as palavras em alfabeto maçônico são escritas como na escrita hebraica, ou seja, da direita para a esquerda. FECHA ASPAS Poderia acrescentar a este trabalho, como no livro, a configuração do alfabeto e sua chave, mostrando até uma palavra, mas o complemento deste trabalho só será possível se os IIr.: aqui presentes se derem ao trabalho de verificar, em casa, como ficaria a frase “À GL.: D.: G.: A.: D.: U.:”, transcrita para o Alfabeto Maçônico. Esperando que todos possam me ajudar a terminar este trabalho, deixo aqui, a todos o meu Trip.: e Frat.: Abr.:, Ir. Fabrício Batista de Matos Ap: M.: - CIM 184748