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TRABALHO MAÇÔNICO A SER APRESENTADO À AUG:. E RESP:. LJ:. MAÇ:.

GENERAL MOREIRA GUIMARÃES 1a - NR. 0562 - GOMG - FEDERADA AO GOB


ORIENTE DE BELO HORIZONTE

À GL:. DO G:. A:. D:. U:.!

O GRAU DE APRENDIZ E SUAS FERRAMENTAS

Certo dia, em uma conversa informal com um Ir:. M:. M:., ele revelou-me que às
vezes tinha saudade de seu tempo de aprendizado, quando ainda decorava a Col:. do Norte, por considerar o grau de Ap:.
o mais importante de todos.
Hoje eu analiso e, mesmo não conhecendo nem mesmo à metade do tempo mínimo
que deverei permanecer no primeiro grau, certamente devo abonar as vossas palavras.
Neste período, o Ap:. é como o recém-nascido que, tanto tempo esperado, chega ao
seio da família.
Todas as atenções são para ele voltadas; O respeito dos MM:., o carinho, a dedicação
de todos que compõem a Lj:. .
São voltados para ele todos os ensinamentos, a paciência dos MM:. jamais se esgota.
Mesmo para explicar-lhes as inúmeras perguntas que às vezes repetidas e não assimiladas.
Às vezes até, com singela maestria desviando-se das inoportunas indagações,
procurando desta forma não ferir ou mesmo magoar aquele que ávidos por respostas acabam trilhando um caminho ainda
muito obscuro para a tua tenra idade.
É como o pai que sabendo que aquela criança, mesmo com o seu corpo quase que de
adulto, carrega e ainda mantém a inexperiência de sua imaturidade, escuta-o como adulto fosse, mas responde-lhe como
criança é. E assim, vai-se crescendo sem ver o tempo passar, aprendendo sem se perturbar e descobrindo que o trabalho
ainda esta por vir.
Certamente nesta hora, lá estará o M:., como sempre esteve mas, o Ap:. em sua ávida
procura da LUZ às vezes, ficara cego ao ponto de não enxergar o M:. a carregá-lo, apoiá-lo, conduzi-lo, e ensiná-lo que o
trabalho do Ap:. é desbastar a P:. B:. e que esta é ele próprio.
Para tão honroso trabalho, colocou à sua frente as ferramentas e muito mais do que
isto: ensinou-lhe a usá-las
IIr:. AApr:. não deixemos possibilidade de sentirmos saudades de não termos
aprendido nada com tais MM:. : LANCEMOS MÃO DAS FERRAMENTAS E MÃOS À OBRA, nosso tempo é curto e
nossa PEDRA BRUTA!

ESTUDANDO ALGUNS SÍMBOLOS DO PAINEL DA LJ:. DE AP:.

BIBLIOGRAFIA:- Vade-Mecum Iniciático - Nicola Aslan.


ABC do Apr:. - Jaime Pusch.
Liturgia e Ritualística do Gr:. de Apr:. - Castellani
Dicionário de Maç:. - Joaquim Gervásio.
A PEDRA BRUTA

O painel da Lj:. de Apr:. mostra, à esquerda, uma P:. B:. e, à direita,


uma P:. C:. .
A P:. B:. foi colocada, portanto, próxima à Col:. do N:. para ser bem
vista pelos AApr:. e na frente do Altar do Primeiro Vig:. .
Símbolo da idade primitiva e, portanto, do homem em seu estado
natural e sem instrução, a P:. B:. é a imagem da alma do profano antes de ser instruído nos mistérios
maçônicos.
A tarefa dos AApr:. consiste em trabalhar, simbolicamente, no
“desbaste da P:. B:.”, a fim de despojá-la de suas asperezas, transformando-a assim numa P:. C:. mais
própria para o trabalho da construção que, na Maçonaria, é a construção do Templo da Humanidade.
A P:. B:. representa, pois, a natureza humana ainda não trabalhada,
simbolizando a imperfeição da personalidade do Apr:. que ele deve desbastar de sua ganga original,
libertando o seu espírito de preconceitos e vícios num trabalho de aperfeiçoamento.
Uma vez desbastada a P:. B:. simbólica, o Apr:., com o fim de obter um
aumento de salário, deve apresentar, como Obra-Prima, um Cubo ou Hexaedro.
Porém, durante o seu aprendizado, o Apr:. não se limita apenas em
contemplar e filosofar a respeito desse produto grosseiro na natureza que com a sua arte deveria polir
e transformar; entende-se que empreendeu os indispensáveis esforços para dar início à eliminação de
alguns de seus defeitos mais marcantes, assim como exige a Maçonaria, para que a sua permanência
nela não tenha o mesmo valor que a atividade de um membro de qualquer sociedade profana. Deve
estar nas condições espirituais e morais que são requeridas a um com Companheiro.

O MALHO

O Malho é um martelo sem unhas nem orelhas, próprio para bater no


Cinzel no trabalho de desbastar a P:. B:. . O Ap:., cuja figura é vista nos Rituais do primeiro grau,
ajoelhado diante da P:. B:., segura na mão direita um Malho e na mão esquerda um Cinzel.
Para o trabalho da pedra, o Malho é o instrumento mais importante,
posto que, sem ele, nenhuma obra poderá ser terminada.
Simbolicamente, o Malho representa a vontade do Ap:., firme e
perseverante, e não uma obstinada teimosia. Desta forma, o Malho é considerado o emblema da
inteligência que persevera, dirige o pensamento e anima a meditação daquele que, no silêncio da
consciência, procura a verdade. O Malho simboliza a vontade, a energia, a decisão, o aspecto ativo da
consciência, necessários para vencer os obstáculos

O CINZEL

O Cinzel é também uma ferramenta reservada ao Apr:.,


especificamente para o trabalho do desbaste da P:. B:., emblema da personalidade não educada e
polida, com o fim de levá-lo a uma vida superior.
Ferramenta cortante, o Cinzel representa a perseverança e pode figurar
um princípio cósmico, ativo, macho, penetrante. E da mesma forma que o machado, pode modificar
uma outra forma.
De acordo com o Ritual do Apr:., o Cinzel representa o pensamento
assente, as resoluções tomadas que o Malho da vontade põe em execução. O Cinzel é o agente
espiritual da vontade celeste que pode penetrar a matéria. Corresponde à penetração, discernimento e
receptividade intelectuais, ou ao aspecto passivo da consciência para descobrir as protuberâncias ou
falhas de personalidade.
Com o Cinzel, o obreiro dá forma e regularidade à massa informe da
P:. B:. e pode marcar impressões sobre os mais duros materiais. Por ele, aprendemos que a educação
e a perseverança são precisas para se chegar à perfeição; que o material grosseiro só recebe o fino
polimento, depois de repetidos esforços, e que é, unicamente, por seu incansável emprego que se
adquire o hábito da virtude, a iluminação da inteligência e a purificação da alma.

A RÉGUA DE 24 POLEGADAS

Utilizada pelos Maçons operativos para medir e delinear os trabalhos,


como para traçar linhas retas, a Régua foi dividida pelos Maçons especulativos em 24 partes
medindo uma polegada cada uma. Simboliza assim as 24 horas do dia, pretende induzi-los a
empregá-las com critério, na meditação, no trabalho e no descanso físico e moral.
Antigo símbolo da retidão, do método e da lei, ela é considerada, em
maçonaria, emblema do aperfeiçoamento e da retidão. E como a linha reta não tem começo nem fim,
a Régua é também vista como símbolo do infinito.
A Régua de 24 polegadas representa ainda as Leis e os Princípios que
regem a sociedade humana e que devem ser obedecidos por todo cidadão. Mas para o Maçom ela
simboliza as regras do Dever, da Moral e da Urbanidade, das quais nunca deverá afastar-se.
Indispensável nas LLj:. MMaç:., é instrumento de trabalho e de medida
do tempo, no sentido de que as horas não devem ser mal empregadas na ociosidade e em ocupações
egoísticas, mas parte delas devem ser empregadas no estudo e na meditação , parte no trabalho, e
parte no recreio e no repouso; todas, porém, no serviço da humanidade delimitando as linhas retas
para o trabalho do Cinzel movido pelo Malho.

A UNIÃO DAS FERRAMENTAS E O TRABALHO

Estas três ferramentas encontram-se ligadas ao Primeiro Grau e sem o


concurso delas, o trabalho do desbaste da P:. B:. seria impossível.
Movido pelo Malho, sem o qual o seu emprego seria nulo, o Cinzel tem
por missão de fazer desaparecer as asperidades, os preconceitos e os erros. Ao ser aplicado sobre a
P:. B:., o Cinzel é seguro com a mão esquerda, lado passivo, que corresponde à receptividade
intelectual e ao discernimento especulativo.
Vibrado com a mão direita, lado ativo, o Malho representa a energia
que age e a determinação moral das quais decorre a realização prática.
Estas duas ferramentas unidas simbolizam o espírito que, unido à
inteligência, age sobre a força para subjugar a matéria. É assim que o raciocínio filosófico age sobre
as nossas imperfeições, e nisto precisamente consiste o desbaste da P:. B:. .
Ensina-nos também, que a habilidade, sem o emprego da razão, é de
pouco valor, e que o trabalho é uma obrigação do homem, inutilmente o coração conceberá e o
cérebro projetará, se a mão não estiver pronta para executar o trabalho.
O Malho representa a força física, o Cinzel a força intelectual; é graça à
união destas duas forças que a Verdade pode ser descoberta.
E realmente, sendo o Cinzel a ferramenta que produz a beleza final de
toda obra e determina a justa aplicação da sabedoria, nenhuma obra poderá ser produzida na pedra
sem a ação bem orientada do Cinzel, com a Força do Malho, dentro das linhas retas e perfeitas
traçadas pela Régua.

Pois bem meus IIr:., como disse Nicola Aslan:

“Por mais simples que possa parecer, à primeira vista, o trabalho


que o novo iniciado empreende naquele dia, a tarefa é por demais complexa, e tão árdua que,
antes de lhe compreender a importância e o real alcance, muitos anos hão de se passar sem
dúvida, e quando se resolver a dar-lhe realmente início, ele já se terá dado conta que o desbaste
da P:. B:. é um trabalho que jamais poderá ser terminado.”

Rogando ao G:. A:. D:. U:., a cada dia mais sabedoria aos MM:. e Luz
aos AApr:., deixo aqui o meu Trip:. e Frat:. Abr:. a todos os meus IIr:. .

Ir:. Fabrício Batista de Matos - Apr:. M:.


CIM 184748

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