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O SIMBOLISMO DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO APRENDIZ MAÇOM

Ir.'. Frederico Cesar Mafra Pereira

Os instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. – a Régua de 24


PP.'., o Cinzel e o Maço – representam as três grandes forças da
consciência humana: conhecer, sentir e querer; ciência, emoção e
atividade; experiência, sentimento e força (GOMG, 2004).

Simbolicamente, a Régua de 24 PP.'. representa o


conhecimento, a ciência, a experiência, ou seja, a SABEDORIA, a
primeira das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ela o AP.'.M.'.
deve medir suas ações, permitindo-lhe ter consciência do valor e
da utilidade de suas idéias e atitudes. Quando o ser humano age
sem planejar, sem pensar sobre as conseqüências de seus atos, já
inicia seu trabalho de forma errada, sem noção do que quer fazer
e aonde quer chegar. O AP.'.M.'., no seu caminhar de constante
busca pelo progresso na Grande Obra, deve sempre pensar e avaliar
sobre suas ações, tanto materiais quanto espirituais, conhecendo
o valor e o impacto de cada uma delas perante a sociedade em que
vive e seus semelhantes. Isto é sabedoria maçônica. Segundo o
nosso Ritual, “sabedoria é prudência, e só é prudente o que sabe
medir” (GOMG, 2004).

O Cinzel, simbolicamente, representa o sentir, a emoção, ou


seja, a BELEZA, a segunda das Três Colunas Sagradas do Templo. Com
ele o AP.'.M.'. modela seu espírito e sua alma, conforme os planos
traçados pela Régua de 24 PP.'.. O Cinzel representa a execução
do que foi planejado, conforme as qualidades morais, sentimentos
e virtude de cada Maçom, permitindo-lhe agir com foco e
determinação na busca do resultado traçado.

Por último, o Maço representa o querer, a atividade, ou seja,


a FORÇA da ação do AP.'.M.'. em sua obra, sendo esta a terceira
das Três Colunas Sagradas do Templo. Traduz a energia, a impulsão
no ato de aplicar o Cinzel conforme o plano traçado pela Régua de
24 PP.'., ou de maneira simbólica, representa a força colocada na
execução dos planos e obras traçadas pelo AP.'..

Interessante notar que sempre em minha vida profana procurei


trabalhar com planejamento, sem saber que estava me utilizando do

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conceito simbólico do instrumento da Régua de 24 PP.'.; sempre
procurei aplicar todas as minhas energias, concentração e força
de vontade na execução daquilo que tinha planejado, sem saber que
estava me utilizando dos conceitos do Maço e do Cinzel. Quando me
iniciei como Maçom e recebi de meus IIr.'. os três instrumentos
de trabalho do Aprendiz (1ª instrução), procurei estudá-los e
entender a sua aplicabilidade.

Fiquei admirado com a sincronia e o poder das funcionalidades


de cada instrumento. A diferença, porém, entre o que eu fazia (ou
achava que fazia) e o que hoje posso realizar está no fato de que
a aplicação dos instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. podem e
devem ser utilizados para toda e qualquer obra, a todo momento,
em todas as circunstâncias. A busca da perfeição deve ser vista
como uma missão de vida, e estes instrumentos se constituem na
base, no sustentáculo das obras de todo Maçom.

Apesar de, inconscientemente, sempre ter utilizado os


conceitos da Régua de 24 PP.'., do Maço e do Cinzel, não tinha
exata compreensão de sua importância e de sua força. Como Maçom,
posso hoje perceber sua potencialidade e sua aplicabilidade para
o trabalho que irei desenvolver no meu caminhar de constante busca
pelo progresso na Grande Obra.

Esta é a diferença que faz toda a diferença; é o que


caracteriza um verdadeiro Maçom!
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BIBLIOGRAFIA:
GOMG – Grande Oriente de Minas Gerais. Ritual e Instruções de
Aprendiz-Maçon do Rito Escocês Antigo e Aceito. 1ª edição. Belo
Horizonte: Grande Oriente de Minas Gerais, 2004.

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