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AUG ∴ E RESP ∴ LOJA SIMB ∴ “ABOLIÇÃO” Nº 552

Jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo


“SERENÍSSIMA”
Sessões às 4ª feiras às 20h - RITO E ∴ A ∴ A ∴

ÀG∴D∴G∴A∴D∴U∴

Peça de Arquitetura: PRIMEIRA INSTRUÇÃO

Or ∴ de Tatuí-SP, 05 de Abril de 2023 da E ∴V ∴

________________________________________

ALEXSANDER CANTALOGO

Ir∴ A∴M∴
AUG ∴ E RESP ∴ LOJA SIMB ∴ “ABOLIÇÃO” Nº 552
Jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo
“SERENÍSSIMA”
Sessões às 4ª feiras às 20h - RITO E ∴ A ∴ A ∴

A nossa primeira instrução como maçon foi a que mais define o que é a Maçonaria. Foi a instrução
dos sinais que vos colocam em ordem, dos toques que vos permitem reconhecer irmãos, da palavra
que é o nosso nome de aprendiz e a chave de acesso ao grau, da marcha, da aclamação. Foi a
instrução de uma prática iniciática.
O sinal, que é uma posição que vai dos pés à cabeça, colocamos em ordem convosco próprio, com
geometria da loja e com a do universo. Ele, como todo o conjunto dos actos rituais, obriga-nos
concentrar a atenção no que estamos a fazer, criando consciência de nós próprios, unindo-nos anós
próprios.
O facto de terem sido transmitidas formas de acção pessoais (sinais, toques e palavras rituais) e não
formas de justificação grupais (slogans, teorias, doutrinas) indica-vos que a nossa primeira reflexão
enquanto Maçons é sobre as vossas acções, sejam elas actos, palavras, pensamentos ou omissões,
para nos conhecer a vós próprio. Indica-vos também que a instrução maçónica se faz através do
rito, o conjunto de palavras e actos de abertura e encerramento de uma sessão maçónica ou de
iniciação de um candidato, que é a essência da Maçonaria.
Nos foi apresentado esses instrumentos – a Régua de 24 PP∴, o Maço e o Cinzel – são essenciais
para que o Aprendiz consiga desbastar a sua ‘pedra bruta’, que significa o próprio Aprendiz nas
condições em que se encontra no mundo profano, com seus defeitos (arestas), e sobre o qual
deverá proceder à sua auto-lapidação, sua auto-escultura, seu auto-desenvolvimento,
transformando-se na ‘pedra polida’ em busca da construção de seu ‘Templo Moral’ consagrado ao
G∴A∴D∴U∴ .

RÉGUA DE 24 POLEGADAS:
O presente artigo aborda a questão da régua de 24 polegadas e o conceito filosófico do tempo,
buscando afirmar que o instrumento conferido ao aprendiz maçom contém diversos elementos de
contemplação dos filósofos gregos. O artigo ressalta que o maçom, ao usar a régua como um
instrumento cotidiano pode obter "tempo" para a vida maçônica e familiar, evitando-se a ausência
em ambos os ambientes.
A primeira observação que fazemos é quanto às características básicas da régua, um instrumento
simples, milenar, que nos ensina, de uma forma mais simples ainda, o caminho direto entre dois
pontos,dois destinos. Com a régua medimos um seguimento do infinito. Uma parte de nossa vida. A
retidão que buscamos.
AUG ∴ E RESP ∴ LOJA SIMB ∴ “ABOLIÇÃO” Nº 552
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“SERENÍSSIMA”
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MAÇO:
O Maço foi o primeiro instrumento imaginado pelo homem primitivo para mover a matéria de um
lugar para o outro no plano material, inaugurando a era das ferramentas, na qual coisas alheias ao
próprio corpo começaram a ser utilizadas pelo homem para conseguir seus intentos. Até então, o
homem era o maço de si mesmo, utilizando seus próprios músculos como ‘instrumento’ de força.
Com a sua evolução, foi se apoderando dos maços da natureza e de sua força, potencializando suas
energias para o alcance de seus objetivos.
Como instrumento que serve para descarregar golpes, o Maço representa o método mais simples
da aplicação da força (e do poder) e simboliza, na Maçonaria, todas as forças físicas, morais,
mentais e espirituais. O poder do Maço é ilimitado, pois dentro de cada pessoa existe uma
reprodução do G∴A∴D∴U∴, cujo poder é onipotente.
O Maço representa a força, a energia necessária para a execução de qualquer trabalho. A energia é
fundamental para a própria existência do mundo, pois nada existe sem energia. Na construção de
sua auto-escultura, o Aprendiz precisa da força e da energia do Maço para que as ações planejadas
(Régua de 24 PP.’.) possam ser efetivamente realizadas.

CINZEL:
O Cinzel possui o poder de cortar, dar forma, abrir caminho através da matéria. Para isso, necessita
ter um fio cortante e resistente, de maneira a receber e transmitir a força que lhe for aplicada pelo
Maço, e de acordo com a obra que com ele o Aprendiz será capaz de realizar . O Cinzel significa a
capacidade de enxergar aquilo que é preciso mudar, deve ser a autocrítica do Maçom que, apoiada
pela força de vontade, fará com que consiga o desbaste necessário de sua ‘pedra bruta’.
Para tanto, o A∴M∴ deve possuir qualidades morais, sentimentos bons e generosos (linha da
virtude), uma mente bem dotada e educada (linha da direção) e uma natureza espiritual pura e
profunda (linha do discernimento), os quais serão utilizados em suas obras. Além disso, deve dirigir
e concentrar a energia a um ponto definido, a obra final, para que a força não se disperse e o
resultado seja alcançado, sem nunca se desviar do caminho traçado.
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Referências

ABRÃO, B.S.; COSCODAI, M.U.


História da Filosofia.
São Paulo: Nova Cultural, 1999.

BAYARD, J. P.
A Espiritualidade da Maçonaria: da Ordem Iniciática Tradicional às Obediências.
São Paulo: Madras,2004.

RAGON, J. M.
Ritual do Aprendiz Maçom.
8ª Ed. São Paulo: Pensamento, 2005

Internet
https://www.maconaria.net

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