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1º Teste 9º NEE
1º Teste 9º NEE
ET005
Ano Letivo
2016-2017
Grupo I
“Quem somos nós, se as nossas memórias se alteram todos os dias?”, questiona Joana Ricou. A
artista plástica portuguesa radicada nos Estados Unidos, cuja formação base assenta em Arte e
Biologia, inaugura a sua primeira exposição individual em Portugal, na galeria Edge Arts (Lisboa), no
próximo dia 15 de janeiro, pelas 18h30, e estará patente até dia 15 de fevereiro.
5 O tema da mostra “Um, Nenhum, Cem Mil” é baseado na memória, especialmente inspirado numa
última descoberta que atesta que de cada vez que lhe fazemos apelo esta se vai alterando, ou seja,
“cada vez que lembramos, as sinapses 2 vão mudando”, refere (a artista plástica) ao jornal Ciência
Hoje.
Joana Ricou iniciou a sua formação num laboratório de neurociências, onde nasceu o seu fascínio
1 por uma área “que ilustra as descobertas consequentes que nos ajudam a entender-nos a nós
0 próprios e às nossas fundações biológicas”.
“Quando formamos memórias, há uma quantidade de informação que é guardada
conscientemente, por exemplo, se conhecemos alguém queremos lembrar o seu nome, o seu rosto,
etc., e outra parte é lembrada de forma aleatória 3, como a cor do seu casaco; existe também
informação que vamos perdendo”, assevera.(…)
1 “A biologia da memória reverte para lembranças de momentos descontínuos, é episódica e
5 plástica (manipulável)”, acrescenta Joana Ricou, referindo ainda que a imagem mostra, no fundo,
“momentos neutros de passagem do tempo”, isto é, “um determinado segundo e o seguinte e o
seguinte, ou seja, informações que estamos a tentar guardar e que muitas vezes se perdem durante o
processo de transferência”.(…)
Para além da peça multimédia, os trabalhos são em madeira, óleo e papel e podem ser vistos de
2 segunda a sexta-feira, das 14h às 20h, e, ao sábado, das 12h às 16h.
0
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Joana Ricou
VOCABULÁRIO
1
multiplicidade- variedade, complexidade; 2sinapse- Zona de contacto entre o axónio de um neurónio e os dendritos
de outro neurónio, na qual ocorre a transmissão do influxo nervoso; 3aleatório- sujeito às incertezas do acaso.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. Para cada item que se segue (1.1. a 1.5.), assinala a opção que permite obter uma afirmação adequada
ao sentido do texto.
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D. as descobertas de Joana Ricou enquanto investigadora científica.
Grupo II
Castanhas assadas
O velho vendedor desta tarde, ali à esquina da rua, lembrou-me outro, lá longe, no passado
de uma cidade diferente: esse diluído não só em tempo ou em bruma mas também num fumo
aromático que não aquecia, fumo frio, talvez, e que atravessava ossos porosos que existiam,
que estavam ali dentro de mim, um pouco arrepiados também. Eu passava todos os dias pelo
5 homem, que usava boina e samarra, talvez fosse espanhol, já não me lembro, e detinha-me
sempre para comprar o eterno cartucho de castanhas, que logo metia, em partes, iguais, nos
bolsos já largueirões do casaco, deixando ficar as mãos naquele leve, apesar disso reconfortante
calor. Cá fora havia nevoeiro, ou então um espesso teto de nuvens baças separava-nos da
estrela da vida, que desaparecera do nosso convívio há muito tempo. E eu, mesmo sem querer,
10 mesmo pensando que isso era impossível, não a imaginava lá em cima mas muito longe, para o
sul, aquecendo e iluminando a minha terra. Fazia o resto do percurso devagar, ia aproveitando
aquela sensação tão doce. Quando chegava ao hotel tinha as mãos enfarruscadas e as castanhas
estavam quase frias, mas paciência, comia-as mesmo assim.
Hoje, aqui, não comprei castanhas ao velho vendedor.
15 Hoje, aqui, não quero sujar as mãos e, de resto, o casaco não tem bolsos. Hoje, aqui, ainda
não faz frio e o Sol é sedentário e amigo, mora lá em cima, nunca anda muito tempo a viajar.
Ou brilha ou brilhou ou vai brilhar um dia destes, talvez amanhã. O fumo também nunca chega
a ser névoa e as castanhas têm outro sabor. Nem melhor nem pior. Um sabor diferente.
2. O texto assenta numa comparação entre dois tempos e dois espaços diferentes.
2.1. Indica-os.
3. Retira do texto duas expressões que provem que a cidade que a cronista lembra tinha um clima
pouco agradável.
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4. Refere o motivo pelo qual ela comprava castanhas ao homem de boina e samarra.
6. Faz corresponder as seguintes expressões às figuras de estilo/ recursos expressivos que lhes
correspondem.
A B
Grupo III
2. Atenta na frase que se segue e comprova que a palavra “doce” é uma palavra polissémica, escrevendo
uma frase em que tenha um significado diferente.
Este bolo é muito doce.
A B
1. Composição
a) “aromático”
2. Derivação por prefixação
b) “impossível”
3. Derivação por sufixação
c) envelhecer
d) biologia 4. Derivação por parassíntese
5. Indica de qual dos conjuntos está ausente uma relação entre holónimo e merónimos.
6. Classifica a forma verbal destacada na frase seguinte, indicando pessoa, número, tempo e modo.
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Grupo IV
● Tenta estabelecer com clareza o teu discurso, de modo a que o teu raciocínio seja coerente.
Depois de escreveres o texto, relê-o com muita atenção e corrige-o, se necessário, antes de
entregares a tua prova.
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando
esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente
dos algarismos que o constituam (exemplo: /2016/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 150 e um máximo de 200 palavras –, há que atender ao
seguinte:
- um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (um a dois pontos);
- um texto com extensão inferior a 50 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.
Grupo I II III IV
4 4 4 4 4 5 5 5 5 4 3 3 3 3 4 3 3 4 30 100
Cotação
COTAÇÕES
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