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Mudança social

aula 19

1. Mudança social é um fenômeno que resulta em alterações estruturais na sociedade, modifi-


cando o seu desenvolvimento normal. Mudança social exógena ocorre quando a mudança
social localizada altera outros elementos, resultando em uma verdadeira transformação do
sistema social. A mudança social endógena está relacionada aos processos reprodutivos ou
repetitivos, permitindo tanto a transformação do sistema social quanto a manutenção deste.
2. Segundo Émile Durkheim, as mudanças sociais muito rápidas podem gerar anomia na sociedade.
3. Os tipos de movimentos sociais, propostos por Anthony Giddens, que existem na modernida-
de são:
• o movimento operário, que apresenta uma resposta aos elementos classistas da sociedade
capitalista;
• o movimento ecológico, que apresenta críticas ao processo de industrialização e seus efei-
tos sobre o meio ambiente;
• os movimentos democráticos, que visam a obtenção de direitos civis e uma maior parti-
cipação dos cidadãos na sociedade democrática;
• os movimentos pacifistas, que se pautam na renúncia à violência e às respostas bélicas
para os conflitos humanos.

Revolução
aula 20

1. Uma revolução é feita contra uma determinada ordem de coisas e explicitamente propõe
uma nova ordenação em relação à situação anterior.
2. Um dos fatores é a crise do poder estabelecido. Outro fator é o de existir uma intenção de
determinado grupo no sentido de aproveitar dinamicamente a situação de crise em direção
à mudança.
3. A revolução, em sua transformação, é amparada pelo apelo popular, enquanto que um golpe
de Estado aproveita parte do aparato estatal (Exército, polícia, etc.) como forma de substituir
a falta de apoio popular.
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Ciências Humanas e suas Tecnologias – Sociologia – 1ª Série – Módulo 5 – Resolução 1


Modernização conservadora
aula 21

1. A primeira via é a desenvolvida por França, Inglaterra e Estados Unidos, que passaram por um
longo processo de modernização envolvendo grandes rupturas políticas. A Revolução Fran-
cesa, a Revolução Gloriosa e a Revolução (Independência) dos Estados Unidos modificaram
a organização social e política da sociedade, transformando as instituições e a vida cotidiana
dos indivíduos. Suas transformações exigiram uma grande ruptura com o passado, pois se
desenvolveu um “grupo na sociedade com uma base econômica independente, o qual ataca
os obstáculos a uma versão democrática do capitalismo herdado do passado”. As mudanças
advindas dessas revoluções alteraram a visão sobre os direitos políticos e civis, rompendo
com as antigas formas de se organizar o Estado e com os seus responsáveis. Esta via fortale-
ceu, juntamente com o capitalismo, uma política democrática.
A segunda via é a desenvolvida pela Alemanha e pelo Japão. Nessas sociedades, o surto revo-
lucionário foi inexistente ou foi derrotado em sua tentativa de atingir o poder. A modernização
não ocorreu a partir de uma exigência popular, uma transformação que viesse das camadas
baixas, mas sim a partir de acordos entre a aristocracia e a burguesia. Este tipo de moderni-
zação é chamado de modernização conservadora. Detentores de grande parte, ou mesmo
da totalidade, do poder político, a aristocracia transformou a sociedade, não permitindo que
sua influência política se perdesse por completo. A união entre aristocracia e burguesia criou
um Estado que defende o capitalismo e se utiliza do autoritarismo, criando assim um tipo de
capitalismo diferenciado do tipo desenvolvido pela primeira via. As transformações ocorridas
na sociedade não foram capazes de eliminar os traços culturais tradicionais, vinculados a uma
estrutura social que já havia sofrido modificações, culminando no fascismo.
A terceira via de desenvolvimento é o comunismo, desenvolvido na Rússia e na China.
2. Na via prussiana, a propriedade da terra se transforma em uma exploração da agricultura que
mescla elementos da aristocracia e da burguesia. Desta forma, há um estranho amálgama
entre a superestrutura, voltada a uma estrutura pré-capitalista, e uma estrutura capitalista,
voltada para a lógica do mercado que precisa assimilar algumas práticas de uma superestru-
tura “atrasada” para realizar todo o seu potencial. Na via americana não há uma superestrutura
que resista ao modo de produção capitalista. A guerra de independência e a expansão para
o Oeste permitiram que o capitalismo se desenvolvesse. A grande extensão de terra conquis-
tada pelos Estados Unidos foi fragmentada, estimulando o desenvolvimento de uma agricul-
tura capitalista familiar.
3. A criação da Guarda Nacional, em 1831, subordinada à administração central ou regional, fez
com que se concedesse o título de coronel para alguns oligarcas. Esse título, além de atribuir
status para o seu detentor, conferia poderes legais.
Essas mudanças não alteraram, no entanto, a estrutura fundiária brasileira. Na política brasilei-
ra, principalmente nas cidades interioranas, o coronelismo se desenvolveu como um sistema
político dominado “por uma relação de compromisso entre o poder privado decadente e o
poder público fortalecido”, segundo Victor Nunes Leal, em seu livro Coronelismo, enxada e voto.
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Para o autor, o coronelismo desenvolve-se nos “municípios rurais ou predominantemente
rurais; sua vitalidade é inversamente proporcional ao desenvolvimento das atividades urba-
nas, como sejam o comércio e a indústria”. Victor Nunes Leal afirma que o fundamento do
poder político local é o compromisso coronelista, baseado “numa troca de proveitos entre
o poder público progressivamente fortalecido e a decadente influência social dos chefes lo-
cais, notadamente dos senhores de terra”.

Tecnologia e sociedade
aula 22

1. O desenvolvimento de novas tecnologias transforma a sociedade e a relação do homem no


trabalho. A tecnologia exige que o homem altere constantemente sua realidade.
2. As diferenças tecnológicas ajudam a distinguir em qual estágio evolutivo determinada socie-
dade se encontraria.
3. Para os membros da Escola de Frankfurt, a tecnologia atual apresenta-se fetichizada, pois é
separada de seus fins. A passividade por parte dos consumidores de tecnologia apresenta o
abandono da autonomia do indivíduo, que se sujeita à eficiência da tecnologia que define o
fim de suas ações.
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