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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

ESTADO E SOCIEDADE (CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)


PROF. ANDREA RIBEIRO
ALUNOS: LUANNE SANT' ANNA DE SOUSA
MARCUS VINICIUS SOARES ANJOS

Texto 5 - SINGER, ANDRÉ; ARAÚJO, CÍCERO; BELINELLI, LEONARDO. ESTADO


E DEMOCRACIA: UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA POLÍTICA. ED. ZAHAR,
2021. CAPS. 4, 5 E 6.

Nossa apresentação seguiu a linearidade da divisão dos capítulos do livro


Estado e Democracia de Singer, Araújo e Belinelli. Começamos pelo capítulo 4
relatando os fatos decisivos nos processos revolucionários inglês, americano e
francês, procurando demonstrar os princípios que motivaram os movimentos que
têm influenciado os projetos civilizatórios até hoje. Nossa exposição sobre a
Revolução Inglesa perpassou a crise do absolutismo, o curto período republicano, a
retomada da segunda fase da revolução até a consolidação do novo regime. Ao
apresentarmos os motivos que levaram a Revolução Americana, informamos que o
movimento se inspirou no movimento inglês, primeiramente no desejo de possuir
uma representatividade parlamentar na sede da Coroa e em segundo lugar ao
instituir o que o autor chama de “a reinvenção do republicanismo”. E ao falarmos da
Revolução Francesa, informamos como os processos revolucionários anteriores
foram importantíssimos, dos seus problemas, do processo de consolidação e da
importância da sua herança intelectual.
Na exposição do capítulo 5, apresentamos a distinção que o livro faz entre o
conceito da democracia clássica, de participação direta, que consistia em um regime
constituído em um princípio aristocrático de representação exercido por poucos, a
democracia moderna baseada no princípio da participação universal mas que os
cidadãos abrem mão do exercício do poder para uma representatividade que
defenda seus interesses e do atual retrocesso desse sistema na chamada
“democracia de público”.
Ao final, relatamos a análise que o texto faz no capítulo 6 sobre a relação
neoliberalismo e democracia, dos eventos que construíram uma hegemonia
neoliberal, sobre as origens históricas do autoritarismo e da reflexão sobre o
espectro autoritário despertado por esse neoliberalismo no presente.
Sobre o texto gostaríamos de ressaltar dois momentos que achamos
importantes, o primeiro se encontra na seção “A revolução democrática como
projeto civilizatório”, e de como a influência dos escritos iluminista de Jean-Jacques
Rousseau em “Emílio” ou “Da educação” e ‘Do contrato social”, promoveram a
consciência de que uma “revolução”, não deve ser uma simples “revolta”, e para
isso é necessário colocar como horizonte, a mudança de sociedade como um todo,
através do aperfeiçoamento dos seres humanos, o desenvolvimento moral e cultural
dos cidadãos, e assim pavimentar as condições para uma transformação
permanente da sociedade através da base.
E o segundo momento está na seção “Totalitarismo: a interpretação de
Hannah Arendt”, principalmente na citação “formas de exploração econômica em
prejuízo dos Estados ou povos subjugados”, e de como as crises econômicas
mundiais perpetuam a dinâmica de colonialismo e imperialismo.
Após a leitura, acreditamos que a liberdade e a representatividade,
conquistadas por meio dos movimentos supracitados, podem estar ameaçados por
essa onda recente de extremismo que assombra o ocidente. O retorno de ideais
políticos já contestados, que por suas próprias características e implicações de
governança, tentam suprimir as liberdades individuais em nossa sociedade, através
da criação de falsos impasses democráticos nos puxam cada vez mais à
polarização, onde obrigam-nos a escolher entre a defesa dos direitos e avanços
sociais já conquistados, e a defesa da liberdade de representatividade e de
expressão, como se ambos não fossem complementares na importante proteção
contra qualquer tipo de regresso.

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