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M-D-M
Circulação capitalista dinheiro- mercadoria- dinheiro. Isto é, transformação de dinheiro
em mercadoria e re-transformação de mercadoria em dinheiro, comprar para vender. O
dinheiro presente nesta última circulação transforma-se em capital, torna-se capital e, segundo
a sua determinação, é já capital. Considera-se que há uma mudança quantitativa.
Isto sugere uma continuação deste círculo. O capital cresce para se multiplicar e circula
para aumentar. Isto torna-se num sistema que circula indefinidamente.
D-M-D’
D’ = D + ΔD a quantia inicialmente lançada na circulação mais um acréscimo (mais-
valia). Ou seja, o valor original não se limita, assim, a conservar-se na circulação, nela modifica
o seu valor, acrescenta um acréscimo/mais-valia. Este movimento complexo transforma o
dinheiro em capital. Esta é a fórmula universal do capital. Ambas as circulações podem
coexistir.
. O valor da Força de Trabalho
Exemplo de mercadoria peculiar é a força de trabalho. O conceito de força de trabalho
define-se como a condição de trabalhar—energia necessária para trabalhar.
Para a sociedade capitalista existir é preciso haver uma divisão da força de trabalho entre
os capitalistas (detentores dos meios de produção) e proletário (aqueles que precisam de
vender a sua força de trabalho). Assim, Marx, considerava tal como os clássicos, a força de
trabalhar como uma mercadoria. O trabalhador porque só possuía a sua força de trabalho
como única mercadoria era obrigado a vendê-la ao capitalista. O valor da força de trabalho era
determinado como o de qualquer outra mercadoria, ou seja, pelo tempo necessário para a sua
produção (e reprodução). O seu valor é, contudo, igual à subsistência do trabalhador (e sua
reprodução), subsistência definida como um mínimo cultural, evoluindo historicamente.
Capital divide-se em capital constante e capital variável.
Capital constante Todos os gastos que o capitalista faz em investimento, menos em mão
de obra. Ou seja, A parte do capital que se transforma em meios de produção, isto é, em
matérias-primas, em matérias auxiliares e em meios de trabalho, não altera o seu valor no
processo de trabalho.
Capital variável gastos que o capitalista faz em investimentos de mão de obra. Ou seja,
a parte do capital transformada em força de trabalho varia de valor no processo de produção.
Reproduz o seu equivalente e um excedente, uma mais-valia que pode variar e ser maior ou
menor.
Mais-Valia é a produção excedente. É quando o produtor efetivamente vende a
mercadoria, transformando-a em dinheiro, e ganha lucro. Ou seja, é a diferença entre o valor
final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do
trabalho
Taxa de mais-valia: O grau de exploração do operário pode expressar-se pela relação entre
estes dois números, mais- valia e capital variável
Segundo Marx, a mais valia é a função do capital variável. Isto é, a mais valia é formada a
partir do valor da força de trabalho.
O capitalista não liga à mais valia, ele apenas explora o trabalhador. O preço é um cálculo
que se faz sobre o valor; se não houver valor( o trabalho colocado sobre uma mercadoria), não
há preço. Este preço é estabelecido sobre o produto, e o capitalista coloca sobre estes
diferentes aspetos como sua taxa de lucro, seu investimento em propaganda, etc.
. Economias Clássicas –Teoria dos Salários de David Ricardo
Há uma tradição dentro da economia clássica em discutir estes conceitos. Os autores
clássicos desenvolveram uma corrente com base no David Ricardo. Estes estabeleceram uma
distinção entre valor incorporado e valor comandado.
Com base na teoria do valor, Ricardo desenvolve uma teoria dos salários. Da sua análise
resulta que devemos ter em consideração dois conceitos de salário:
Salário natural corresponde ao valor dos bens necessários que permitem ao
trabalhador subsistir e perpetuar a sua descendência, se aumento nem diminuição.
Salário corrente/de mercado/global valor efetivamente pago no mercado. Ricardo
considerava que este gravitava à volta do salário natural
Chegam à conclusão de que há uma mercadoria que fixa o nível dos salários, esta
mercadoria é os salários reais/cabaz de compras. Estes teorizavam que no longo prazo os
salários reais eram constantes e baixos e eram de subsistência. Isto surge uma vez que, visto
que os salários já eram baixos já não podiam diminuir mais, se descesse os operários iam
morrer –hipótese malthusiana. Se existirem salários de mercado mais altos do que os salários
naturais surge uma melhor qualidade vida o que por sua vez, vai aumentar o número de
nascimentos, assim, há mais população trabalhadora o que ,consequentemente, faz com que
os salários pagos no mercado baixem.
Ricardo considera, ao contrário de Smith, que o salário natural ou salário de subsistência,
evolui historicamente e depende da quantidade de alimentos e outros géneros de primeira
necessidade de que se tornaram indispensáveis para os trabalhadores. É uma tendência do
longo prazo.
Assim, O que determina o nível dos salários é a mercadoria. Na altura o que determinada
os salários era o preço do pão e dos cereais. David Ricardo era membro do movimento “Anti
Corn Law League” que tinha como objetivo impedir ou retirar os efeitos aduaneiros nos
produtos agrícolas vindos do Reino Unido. Isto iria liberalizar a entrada de cereal estrangeiro
fazendo com que, o preço dos cereais e dos salários descessem. Tal, aumentava a
competição.
Se pelo contrário o salário do mercado for inferior ao salário natural diminuirá a natalidade e
aumentará a mortalidade, o que leva, em consequência, a uma diminuição da oferta de
trabalho o que terá como efeito o aumento do salário de mercado.
A teoria dos salários faz depender a oferta de trabalho da diferença entre o salário de
mercado e o salário natural. A teoria introduz a teoria da população de Malthus com a teoria do
valor de Ricardo, considerando a força de trabalho como uma mercadoria, pelo que do mesmo
modo que o valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho
necessária para a sua produção, assim, o salário natural corresponde ao valor da força de
trabalho, sendo constituído pelo valor dos bens necessários para manter o trabalhador e a sua
família.
Marx, entra na discussão e tenta explicar a discrepância sistemática apresentando a
teoria da força de trabalho e os conceitos de força de trabalho e mais valia.
g= mv/ c+v
Devido à acumulação capitalista a taxa de lucro tem uma tendência a diminuir porque a
mais valia (mv) apenas pode ser derivada do capital variável (v). A proporção de c para v
aumenta, mesmo que, em termos absolutos v aumente.
Estado Estacionário – Dado que o aumento da população leva ao cultivo de terras
menos férteis, o que determina um aumento do valor dos bens agrícolas e, por conseguinte,
um aumento do salário natural, com consequente diminuição dos lucros, à medida que a
sociedade se expande a parte dos lucros no total do rendimento vai diminuindo. A taxa de
acumulação de capital tende a diminuir o que levará a sociedade para um estado estacionário,
onde a taxa de lucro de mercado será igual à taxa natural de lucro, suficiente apenas para
manter o capital existente. Neste estado o salário de mercado seria também igual ao salário
natural e, em consequência, a população estacionaria.
Para Marx, o mercado normal é de concorrência perfeita. Neste mercado, os capitalistas
competem entre si. Esta competição leva ao engenho humano. Era grande entusiasta de
Darwin e da tese da evolução e adaptação. Por isso, vai projetar esta luta pela sobrevivência
na realidade da Economia Capitalista. A competição entre os capitalistas leva ao aumento da
composição orgânica.
A composição orgânica do capital – O capital constante ( c ) e a tecnologia fazem
aumentar a produtividade do trabalho, tornando-se um poderoso meio de acumulação. A
acumulação de capital constante é uma necessidade do sistema capitalista, impulsionada pela
concorrência. À medida que a acumulação se vai alargando a proporção do capital constante
para o capital variável aumenta. A esta relação entre o capital constante e o capital variável
chama Marx a composição orgânica do capital (k):
K= c/v
A substituição de homem por capital leva a que a composição orgânica aumente o que,
segundo Marx, leva a uma tendência de sobreprodução relativa e consequente desemprego,
criando o que o Marx chamava “exército industrial de reserva”, que leva a que os salários
gravitem em torno do valor da força de trabalho.
É de notar como a explicação de Marx é diferente da explicação dada pelos clássicos
relativamente a este ponto. Marx retém a teoria do salário de subsistência sem aderir à teoria
da população de Malthus, aceite por Ricardo.
Existe uma intrínseca contradição não resolvida entre a Microeconomia e a
Macroeconomia do capitalista. A contradição é a do movimento “follow the leader”, imitação das
vantagens e perseguição de maiores taxas de lucro que, mais tarde, leva a taxas de lucro
menores devido à imitação praticada. Estas taxas de lucro aumentam na Microeconomia e
apenas como uma vantagem momentânea. Pressionados por isto, os capitalistas sentem um
sufoco cada vez maior pela competição que leva à diminuição da taxa de lucro (em condições
de concorrência e ceteris paribus).
Por um lado, isto possibilita um crescimento continuado das economias, no entanto,
permite um crescimento grande em ciclos que, mais tarde, colapsam e vão acontecendo de
forma cada vez mais regular e cada vez mais mortíferos.
. Teoria marxiana das crises
Economia capitalista e Crises de Superprodução o regime capitalista cresce com base em
crises periódicas. Matriz de bens de consumo e de meios de produção. Há a possibilidade de
um crescimento saudável se todos os lucros de mais valia forem gastos em consumos
improdutivos/finais. Caso os lucros sejam gastos em investimentos adicionais a economia entra
num esquema de reprodução ampliada (típico de uma economia capitalista). No esquema de
reprodução ampliada, os meios de produção crescem mais rápido que os meios de consumo.
Tal, leva a um excesso dos meios de produção que não conseguem a sua respetiva produção
e vão à falência. Assim, dá-se uma crise induzida nos meios de consumo pelos meios de
produção (crise de superprodução).
Por outras palavras, a classe operária produz muito mais do que consome. O crédito
aumenta a possibilidade da produção; os Bancos põem à disposição dos comerciantes e
industriais todo o capital disponível da sociedade, forçando a produção a ultrapassar os seus
limites. As enormes quantidades de mercadorias produzi- das precisam ser vendidas. Mas a
possibilidade da venda é limitada pelo consumo, que, por sua vez, é limitado pela apropriação
capitalista. O grande problema é a desproporção entre os meios de produção e os meios de
consumo.
As crises de superprodução são inerentes à sociedade capitalista devido à
concorrência. No entanto, a competição também regenera a economia capitalista.
Crises de escassez crises do antigo regime.
Lei de Say A teoria clássica baseava-se na lei de Say para negar a possibilidade de crises
generalizadas de sobreprodução. A lei dos mercados ou lei de Say traduz a ideia de que o ato
de produzir bens gera um montante equivalente de rendimento ao valor dos bens produzidos.
Isto é, a produção de qualquer produto cria um mercado para esse mesmo produto. Não
significa isto que não pudessem existir excessos de produção, mas tal só se verificaria quando
a composição da produção não estava de acordo com a preferência dos consumidores.
. Distribuição de rendimentos segundo Karl Marx
Para Marx, a sociedade encontrava-se dividida em:
-Capitalista: contrata mão de obra assalariada/ lucros
-Pequena Burguesia- nem capitalistas, nem proletários. Trabalhadores por conta própria
-Proletariado- pensa no proletariado por analogia com a escravatura./ Salários
. Crítica à análise de Marx
Foi no pensamento económico clássico que Karl Marx baseou a construção da sua
teoria do valor trabalho com a consequente teoria da mais valia e teoria da exploração.
Atualmente, como se sabe o fator trabalho não é o único fator produtivo e a teoria do
valor trabalho foi substituído pela teoria do valor baseado na utilidade marginal, pelo que tais
explorações ficam sem fundamento.
As análises históricas mostram que as profecias de Marx não se realizaram,
nomeadamente quanto à tese da pauperização.
A demonstração de Marx de que o aumento da composição orgânica de capital leva a
uma baixa da taxa de lucro é questionável. O aumento da composição orgânica de capital
implica um aumento da produtividade do fator trabalho e traduz também alterações na
tecnologia , que atuam no sentido de aumentar a taxa de lucro.
Por outro lado, se é verdade que as economias de escala levam a um aumento do
tamanho das empresas tal não implica necessariamente um aumento da concentração
industrial. Também a parte dos salários no rendimento nacional não baixa com o
desenvolvimento económico e os salários reais têm subido com o crescimento económico.
Existe o ressurgimento de população independente e da dinâmica capitalista.
Rendas e juros: Reconhece que há rendas, residuais do antigo regime. Rendas, lucros
e juros são frações da mais valia total, ou seja, são e não são a mesma coisa.
Trabalhadores assalariados improdutivos: estes tendem a aumentar e não a diminuir.
funcionários públicos deviam ser considerados trabalhadores improdutivos. Consumidor final é
o próprio empregador sobre a forma de serviços. Se o trabalhador der lucro então é trabalhador
produtivo, ou seja, precisa-se de ser assalariado e de lucro. Outro exemplo de trabalhadores
improdutivos são os polícias.
. Max Weber
Weber, autor alemão que influenciou estudos e marcou os ambientes académicos. As
ideias teorizadas por Weber sugerem para questões de desenvolvimento. Não é socialista.
Deixou uma influência difusa. Sugere que não há capitalismo, mas sim diversos capitalismos.
Weber vai nos precisar que este capitalismo em que ele vive é um capitalismo racional. Utiliza
este conceito de capitalismo racional para o distinguir de outros capitalismos (pirata, etc).
Weber, estava assim convencido que o capitalismo levava à superação do capitalismo pirata.
Para Weber, o capitalismo racional está ligado com uma atividade continuada e
interminável. Existe, da mesma forma, uma ausência de violência como método de negócio e
um respeito pelos tratados. O capitalismo faz as contas o que implica contabilidade de partidas
dobradas, implica contabilidade e é quantificador. Esta quantificação permite a racionalidade.
Pelo menos na origem, deste capitalismo racional existe no contexto de um Estado Moderno
com o monopólio dos aparelhos repressivos.
O capitalismo, para ele, não esgota as outras existências, como o Estado, que não
funciona sobre as regras do capitalismo. A sociedade capitalista implica que para o capitalismo
funcionar tenham que existir dinâmicas não capitalistas que não se esgotem no capitalismo.
Para Weber, há um pluralismo causal assumido onde todas as estruturas podem ser variáveis.
Weber reconhece q as dinâmicas podem ser económicas e culturais e que todas estão
cruzadas.
Gheist explica a existência material (Hegel) mas Marx inverte esta lógica.
. Tese Central de Weber
Weber detém uma tese central. Essa defende que o capitalismo racional no nosso
tempo tem uma dinâmica que se alimenta a si própria. Considera-se que A reforma protestante
de Ethos teve na origem da mentalidade que induziu o começo da atividade capitalismo
racional. Porém Weber propõe que o capital se reproduz por si próprio e que a longo prazo não
é a favor de uma religião elevada, mas sim de uma religião diminuía.
Reforma protestante, a acendalha do capitalismo racional, por um lado legitima e
científica todo o trabalho. Na sociedade medieval vocações eram apenas comuns para o clero
e nobreza. A maior parte das profissões, não é na sociedade digna de vocação. Toda a
atividade pacífica, ordeira e continuada é digna de uma vocação e de ser considerada uma
profissão.
Protestantismo acaba com o clero regular e faz com q o secular perca a importância.
Assim, conclui-se que para Weber deve-se: Legitimar todo o trabalho profissional digna
e com vocação; Não exaltar os prazeres mundanos (propensão para o investimento) e destaca
ascetismo mundano, isto é, viver no mundo, mas não para ele; Predestinação. Tudo isto
compõe o capitalismo racional. O capital racional propaga-se mais facilmente onde existe uma
unidade estatal. Tem de existir sempre uma unidade estatal, mesmo que esta seja horrível. Um
fator propiciador do capital é a unidade estatal de forma burocrática, isto é, não venal. Existe
um predomínio da escrita e não da oralidade. Esta não é suprimida mas o material de escrita é
predominante. Tal, vem associado à Reforma Protestante que fez com que muita da população
aprendesse a ler, consequentemente aumentando as taxas de literacia. Assim, a Europa
protestante tornou-se mais globalizada mais rapidamente que a Europa católica.
Weber criou a mentalidade acabada do asceto mundano que vive para a vida
profissional. Evita, assim, as questões existenciais. A única linha de esperança existente entre
os eleitos é ter uma intensa atividade profissional. O protestar torna a sociedade na sociedade
do homem do trabalho.
Predestinação (protestantismo): propicia o capitalismo. Convence que apenas uma
minoria está destinada à salvação. Não está relacionada com as ações de cada um, por isso,
isso não o vai entregar à fé, não é isso que o vai salvar. Como a salvação está destinada, não
importa aquilo que se faça. Tal não vai influenciar o julgamento final. Executar boas ações é
sinal que se está nas minorias dos eleitos apesar de não ser indicador de sucesso. As boas
ações são a intensa atividade mundana, ser pessoas de profissão, onde a sua atividade
profissional os define como pessoas. Como não existe a certeza de salvação, existem sinais
exteriores de que se é eleito. Um sinal exterior é por exemplo, ter sucesso nos negócios. Esta
não é uma boa prática para ter salvação, mas sim um sinal exterior de estar na minoria dos
eleitos.
Os protestantes eram os principais crentes da predestinação e por isso foram os
primeiros a impulsionar o capitalismo. Viver sobre o sufoco da perdição e salvação como
maneira de ascender, dedicar-se à intensa atividade mundana (capitalista) no mundo dos
negócios levava-os à tendência evangélica. Isto torna o protestantismo numa ordem material
económica capitalista. Isto posto em trabalho, o capitalismo racional (melhor forma de
organização económica) vai tornar a sociedade focada na vocação.
Weber expõe que o Calvinismo tinha facilitado, funcionou como que uma acendalha
para o capitalismo racional que por sua vez, estava destinado à grandeza.
Por fim, considera-se que Weber era muito mais culturista e euro centrista do que Marx.
Observa a cultura tanto como efeito como causa.
. Lógica da Expansão do Capital (pior aula de todas, ver se encontro mais coisas)
. Independentismos rodesianos
A independência do Haiti foi proclamada pelos escravos em 1804. Esta teve um
desfecho vitorioso por parte dos escravos. Esta teve, ainda, como desfecho a expulsão do
governo colonial francês e o massacre dos franceses. Quanto às mudanças territoriais, estas
são marcadas pela independência do Haiti. No entanto, importa notar que o Haiti é um país
anómalo com uma história muito singular, assim como, a sua localização. É um território que
pode propiciar a escravatura uma vez que, este é cercado apenas por água (ilha) fazendo com
que, os escravos não tivessem por onde fugir.
Grande parte das experiências europeias de plantações acontecem no século XVIII e
XIX.
Colónia/plantação aconteceram principalmente nas ilhas de São Tomé e Príncipe. É
muito mais fácil tornar este país como uma colónia/plantação do que países como Angola uma
vez que, este território não era bem administrado pelos Portugueses.
A análise de Marx é bastante simplificadora. Por outro lado, Weber é muito eurocentrista
e culturista. Na altura em que escreve, ocorre o primeiro caso de vitória militar de uma potência
não europeia (Japão). Weber continuava as discussões de Marx. Como mencionado
anteriormente, reconhece um pluralismo de dinâmicas do capitalismo. Isto é, existem dinâmicas
para além do capitalismo. Considera-se que isto é uma revolução valorativa que estaria no
desencadear do começo de um processo que uma vez posto em processo ia espalhar-se no
globo.
Dão-se diversas revoluções influenciadas por Marx. Uma delas é a Revolução Soviética.
No entanto, esta traz alguns problemas, tais como: o que é a Revolução Soviética? O que é a
União Soviética? É a expressão do proletariado global.
Marx assume que as nações vão acabar, mas isto não acontece. Existe uma fusão de
ideias marxistas com ideias nacionalistas. As ideias nacionalistas caracterizam-se por ideias de
se libertarem de várias formas, incluindo de forma económica.
. Importância dos Impérios Coloniais no poder europeu dos nossos dias
Em sentido estrito, os impérios desapareceram na segunda metade do século XX. No
entanto, há ainda, resquícios de impérios, como é o caso de Porto Rico (anomalia). Importa
mencionar que, os EUA eram também colonizadores. Estes regulavam a situação das ex-
colónias transformando-as em Estados. Exemplo: Alaska.
Weber afirma que chegamos à modernidade e que existe um capital racional que
triunfou globalmente. Weber estava convencido que este iniciou na Europa não por uma razão
racial, mas sim, devido à civilização protestante. O processo tende, mais tarde, a ser
autoalimentado.
As questões modernas associadas ao desenvolvimento têm problemáticas associadas.
Uma delas é o crescimento económico. O PIB não é medida perfeita mas é a principal medida.
Com as devidas ressalvas, o PIB é relevante se juntarmos outros indicadores (mortalidade,
esperança de vida, etc) Assim, continua a utilizar-se o PIB como medida.
A Europa torna-se numa sociedade com um PIB elevado na época de 1820. Esta data é
a data do início do começo da Revolução Industrial. Assim, a Europa só obtém vantagem
económica perante a China e a Índia em 1820.
Kenneth Pomeranz autor crucial nas discussões sobre o desenvolvimento, expõe que o
começo do século XIX acontece com base num processo de divergência. Até este século, a
China ainda se encontrava à frente da Europa.
A principal tese de Pomeranz baseia-se na resposta ao porquê de o arranque se ter
iniciado na Europa. Afirma que nem todos os países/continentes estavam ao mesmo nível de
desenvolvimento. A criação de uma unificação política pode ser uma vantagem ou
desvantagem. Se se pensar no sucesso europeu conclui-se que está ligado, principalmente,
ligado à vantagem militar que é crucial.