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ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI / UPE

Aluno(a): Thaíza Araujo Silva de Freitas


Disciplina: Sociologia, Meio Ambiente e Contexto Social Contemporâneo
Professor(a): Mirna Helia

1. O que é Modernidade?
Quando falamos em Modernidade nos referimos a uma forma de
organização social que surgiu a partir do século XVIII no Ocidente, cuja
influência teve alcance mundial. A Modernidade é uma ideia que pode
explicar diferentes aspectos: pode dizer respeito ao tempo histórico, sendo
o período que sucede a idade média; pode designar uma vanguarda
artística, o Modernismo ou pode expressar uma transformação na
sociedade, também entendida como a racionalização social. A Sociologia
trabalha mais especificamente com o último aspecto, fornecendo uma
explicação das sociedades modernas, de seus processos de diferenciação
e dos seus critérios de desenvolvimento.
As raízes culturais da Modernidade encontram-se na Reforma-Protestante
do século XVI, no Renascimento do século XVII e espraiam-se para o
Iluminismo do século XVIII, elevando a razão ao patamar de novo critério
orientador da sociedade. Essas mudanças nas estruturas culturais abriram
a brecha para as duas revoluções que determinam, agora politicamente, a
Modernidade: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, ambas
também na esteira de um acelerado movimento de Urbanização.
Essa série de acontecimentos formou o pensamento do sociólogo Anthony
Giddens de que existem três marcas associadas a Modernidade: 1) uma
posição que entende o mundo como aberto à transformação dos homens;
2) um complexo de instituições econômicas baseadas na divisão do
trabalho, na produção industrial e na economia de mercado; 3) um arranjo
de instituições políticas, principalmente o Estado moderno centralizado e as
democracias de massa. Essas profundas transformações culturais e sociais
fizeram da Modernidade uma era pautada pela ideia de progresso, em
detrimento do Antigo Regime, que se baseava nas tradições e na
conservação. A Modernidade marca, então, a era de nossa história onde a
razão, o progresso e a individualidade são tomados como os princípios
centrais de organização da sociedade.

2. O que é Pós-modernidade?
A Pós-modernidade pode ser definida a partir das mudanças sociais,
culturais, artísticas, filosóficas, científicas e estéticas que surgiram após a
Segunda Guerra Mundial.
Por conta das transformações ligadas à cultura e às relações capitalistas, o
movimento pós-modernista pode também ser chamado de pós-industrial
ou de movimento financeiro, pois é a partir do fim da Segunda Guerra
Mundial que as inovações tecnológicas, os investimentos financeiros e
a Industria de Massa desenvolveram-se e marcaram intensas e profundas
transformações na sociedade e na maneira pela qual os indivíduos
passaram a encarar o consumo.
Os limites temporais da pós-modernidade ainda não estão claramente
definidos. Alguns pensadores, filósofos e cientistas afirmam que a pós-
modernidade ainda não acabou, está em fase de desenvolvimento. No
campo do Marxismo, Friederich Jameson afirma que a pós-modernidade
corresponde à terceira etapa do Capitalismo.
Algumas características permitem identificar o pós-modernismo. Dentre elas,
merecem destaque:

 Ausência de regras e valores muito rígidos;


 Individualismo;
 Pluralidade e diversidade;
 Combinações de tendências, gostos e estilos;
 Produção em série de cultura voltada para o consumo rápido;
 Liberdade de expressão e pensamento;
 Mistura entre realidade e imaginação - hiper-realismo;
 Disponibilização de grande quantidade de informações;
 Incertezas e vazios existenciais.

O homem pós-moderno está inserido em uma realidade repleta de imagens,


signos e símbolos que são, em geral, mais valorizados do que os objetos em
si. Tal valorização leva ao hiper-realismo, que pode ser entendido como
sendo a pretensão de transpor as realidades objetivas para o universo da
construção das imagens.

O hiper-realismo é uma condição ilusória e não necessariamente real,


responsável por iniciar uma situação de choque, conflito e confronto entre a
imaginação e a realidade concreta. O filósofo polonês Zygmunt Bauman, ao
analisar a pós-modernidade, afirma que tudo é fluido, tudo é líquido. Não há,
portanto, nada de concreto quando se analisa a pós-modernidade, seus
acontecimentos e relações interpessoais.

3. Quais são os Países Centrais e o que são?


O conceito de país central é utilizado para descrever os países que têm
alto nível de desenvolvimento econômico e social, tomando como base
alguns critérios. Um dos critérios utilizados para essa classificação é a
renda per capita e o valor do produto interno bruto per capita de cada país.
Outro critério econômico é a industrialização. Os países onde os setores
terciário e quaternário da indústria predominam na economia são
considerados desenvolvidos. Mais recentemente, uma outra medida, o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), começou a ser utilizado. O IDH
mede três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida e é
uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma
determinada população. Os países desenvolvidos geralmente são os que
apresentam IDH elevado. Países que não entram em tais definições são
classificados como países emergentes ou periféricos. Como dito
anteriormente, os países centrais possuem os PIB/IDH mais altos e
comandam a economia mundial. Seus principais representantes são
Estados Unidos da América, Alemanha e Japão. Estes se caracterizam
também por serem exportadores de produtos terceirizados para,
principalmente, os países emergentes. Também é importante destacar que
são os credores mundiais, principalmente através do FMI.

4. Quais são os Países Periféricos e o que são?


Na teoria dos sistemas mundiais, os países periféricos são aqueles
menos desenvolvidos do que os países semiperiféricos e centrais. Esses
países geralmente recebem uma parcela desproporcionalmente pequena
da riqueza mundial. Têm instituições estatais fracas e dependem países
mais desenvolvidos ou, segundo alguns analistas, são explorados por eles.
Esses países geralmente ficam para trás devido a obstáculos como falta de
tecnologia, governos instáveis e sistemas de educação e saúde deficientes.
Em alguns casos, a exploração da agricultura, a mão-de-obra barata e os
recursos naturais dos países periféricos ajudam os países centrais a
permanecerem dominantes. Isso é mais bem descrito pela teoria da
dependência, que é uma teoria sobre como a globalização pode afetar o
mundo e os países que a compõem.
Esses países são encontrados principalmente na América Latina, Caribe,
África, Oriente Médio, partes da Ásia e Ilhas do Pacífico.
Alguns países periféricos:
Afeganistão, Congo, Jamaica, Colômbia, Croácia, Grécia, Sudão, Uruguai,
Angola, Egito, Líbano, Marrocos, Moçambique, Venezuela, Tailândia, Síria,
Iraque, etc.

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