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RELATÓRIO TÉCNICO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


CAMPUS VITÓRIA
MECÂNICA INDUSTRIAL

ENSAIO DOS MATERIAIS


ENSAIO DE PARTÍCULAS MAGNÉTICAS

Alunos: Gabriel Feu Rosa, Gabriel do nascimento Vidigal Botelho,

Jefferson Costa da Cruz, Mateus de Nardi Moraes & Rhyan Buzo de Carli

Curso técnico de mecânica industrial

Orientador: Marcos Antônio Barcelos

Vitória

13/09/2022
RELATÓRIO TÉCNICO

Trabalho de avaliação para o desenvolvimento


acadêmico na disciplina de ensaio dos materiais
no instituto federal do Espírito Santo.

Vitória

13/09/2022

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2. INTRODUÇÃO A PARTÍCULAS MAGNÉTICAS .................................................. 5

3. CORPO DE PROVA .............................................................................................. 9

3.1. PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA ................................................ 9

3.2. TEMPERATURA DURANTE O ENSAIO ................................................. 9

3.3. ILUMINAÇÃO DURANTE O ENSAIO ................................................... 10

3.4. TÉCNICA E MAGNETIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA ..................... 10

3.5. APLICAÇÃO DA LIMALHA DE FERRO ............................................... 12

3.6. REMOÇÃO DO EXCESSO DA LIMALHA ............................................ 12

3.7. DESMAGNETIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA ……………………….. 12

4. ANÁLISE DAS DESCONTINUIDADES .............................................................. 13

5. CONCLUSÃO APÓS A REALIZAÇÃO DO ENSAIO ......................................... 15

6. EQUIPAMENTO FOTOGRÁFiCO UTILIZADO …………………………………… 16

7. NORMAS DE REFERÊNCIA .............................................................................. 16

8. FONTE ................................................................................................................. 16

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo apresentar o ensaio de partícula magnética,


realizado no dia 13/09/2022 no laboratório de ensaios não destrutivos do instituto
federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Vitória, os procedimentos utilizados no
ensaio por partícula magnética, os resultados deste ensaio e os materiais utilizados
neste ensaio.

No ensaio não destrutivo por partícula magnética, submetemos a amostra a ser


ensaiada, a um campo magnético, reorientando-a para que seja magnetizada, com
a utilização de um equipamento magnetizante chamado yoke. As linhas de força
criaram pontos de fuga em defeitos e descontinuidades que serão visíveis ao aplicar
a limalha de ferro.

Corpo de prova a ser analisado

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2. INTRODUÇÃO A PARTÍCULAS MAGNÉTICAS

O ensaio de Partículas Magnéticas é largamente utilizado em todo o mundo, por


ser um método de ensaio não destrutivo simples, barato e altamente produtivo.

Ele é baseado no princípio de magnetizar uma peça ferromagnética, aplicando


micro partículas magnéticas com auxílio de uma iluminação correspondente ao tipo
de técnica utilizada. Ou seja, existem partículas fluorescentes que são visíveis com
uma luminária especial de luz ultravioleta em um ambiente escurecido, e partículas
coloridas que são visualizadas por contraste, utilizando luz branca ou visível em
ambiente claro.

As indicações detectadas deverão ser avaliadas por um profissional treinado e


qualificado, o qual deverá utilizar padrões de aceitação/rejeição internacionais,
nacionais ou da Empresa.

O ensaio por Partículas Magnéticas é utilizado para detectar descontinuidades


durante: Processos de produção; como trincas de usinagem, trincas de retífica,
trincas de fundição, vazios, rechapes, segregações, falta de fusão, trincas de
forjamento, dobras, trincas de tratamento térmico, descontinuidades laminares
trincas de fadiga e trinca de sobrecarga.

Partícula magnética

A partícula magnética é um produto desenvolvido a partir do pó de ferro ou óxido


de ferro, com a propriedade de ser visível ou fluorescente, em pó seco ou diluído em
soluções preparadas, utilizado para a detecção de descontinuidades superficiais ou
subsuperficiais em materiais ferromagnéticos, elaborado para ser utilizado na
realização da Inspeção por Partículas Magnéticas

Indicação linear

Qualquer indicação cujo comprimento seja ao menos três vezes maior que sua
largura (Comprimento = 3 x > Largura)

Vantagens da inspeção por partículas magnéticas

● O processo de ensaio é rápido e simples em sua aplicação.

● Altamente sensível à detecção de indicações superficiais e subsuperficiais.

● As indicações aparecem na mesma peça que se está ensaiando.

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● O método pode, algumas vezes, funcionar através de camadas de
contaminantes ou recobrimentos de pequenas espessuras.

● O método é viável para a automatização e a inspeção de produção de alto


volume.

● Mais barato e eficiente que outros métodos de controle de qualidade.


Limitações da inspeção por partículas magnéticas?

● O material a ser ensaiado deve ser ferromagnético.

● Oferece potencial variação e limitações para a detecção de indicações na


superfície.

● A direção do campo magnético deve cruzar com a dimensão principal da


Caso a peça a ser ensaiada tenha uma geometria complexa, isto pode
apresentar problemas para a determinação adequada de amperagem e
intensidade do campo magnético.

● Frequentemente é necessário desmagnetizar a peça depois de sua inspeção.

Diferentes tipos de partículas magnéticas

Os diferentes tipos são:

● Método seco, visível.

● Método úmido, fluorescente.

● Método úmido, visível.

Propriedades das partículas magnéticas em pó seco ou em suspensão úmida

São partículas de óxido de ferro, finamente divididas em tamanhos que variam


entre 0,125 e 60 mícrons com uma alta permeabilidade (facilmente magnetizáveis) e
de baixa retenção (propriedade para permanecer magnetizadas). As partículas
secas são pintadas quimicamente para oferecer contraste contra o fundo da
superfície que se está ensaiando. A aplicação pode ser através de um borrifador
manual ou pistola de aplicação pressurizada. As partículas em suspensão úmida
utilizam um veículo líquido ou condutor à base de óleo ou água. Com água deve-se
utilizar distensões além de um agente umectante e inibidores da corrosão.

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diferença de sensibilidade entre o método úmido e o seco

O método úmido oferece uma melhor sensibilidade para a detecção de


descontinuidades muito finas e superficiais. O método seco oferece uma melhor
sensibilidade para a detecção de descontinuidades abaixo da superfície.

profundidade máxima de detecção de uma descontinuidade

6,3 mm (¼ in), ainda que 1,2 mm (0,050 in) a 2,54 mm (0,100 in) é uma
profundidade mais realista.

Como fazer um ensaio de partícula magnética visível:

1. Preparação da superfície: É importante que a superfície de ensaio esteja


limpa, seca e livre de sujeira, graxa, crosta, tinta ou outros materiais que
possam interferir na inspeção.

2. Configuração de magnetização: A área ou peça de ensaio deve ser


configurada para ter a corrente de magnetização aplicada a ela. Isso será
diferente para cada tipo de aplicação.

● Método de magnetização: Há diferentes tipos de correntes magnéticas,


modos de aplicar a corrente a uma peça e direção de campo magnético.
Verifique o procedimento da peça para saber o método de magnetização
correto.

● Amperagem: Certifique-se de consultar no procedimento da peça a


amperagem correta, que terá variação conforme a peça, tipo de metal e tipo
de defeito a ser localizado.

● Força do campo magnético: Verifique a força e direção do campo


magnético com um medidor de campo magnético, padrão IQQ, padrão
Castrol ou padrão octogonal.

3. Aplicar corrente magnética: Para o método de partícula magnética via


seca, a corrente magnética é iniciada antes do pó magnético ser aplicado e é
concluída somente depois de completada a aplicação da partícula magnética.

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4. Aplicar partículas magnéticas: Aplique a partícula magnética (podendo ser:
via seca ou úmida) usando um método contínuo, aplicando partículas
magnéticas à peça enquanto aplica a corrente e remova gentilmente o
excesso de pó magnético durante a aplicação da corrente.

5. Inspeção: Avalie a peça sob condições adequadas de iluminação.


Inspecione a peça quanto a indicações e efetue as etapas adequadas para
interpretar e documentar quaisquer resultados.

6. Magnetização adicional: Conforme a peça e o processo, uma magnetização


adicional pode ser necessária para localizar indicações em diferentes
orientações na peça ou superfície do ensaio. Nesse caso, repita as etapas de
2 a 5 para a magnetização adicional.

7. Desmagnetização: Usando a corrente de magnetização, força de campo e


direção adequadas, desmagnetizar a peça após completar a inspeção final e
use um medidor de magnetismo residual para detectar qualquer magnetismo
residual.

8. Limpeza posterior: As peças são limpas após a inspeção para remover


qualquer partícula magnética remanescente.

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3. CORPO DE PROVA

O Corpo de prova utilizado é um cordão de solda feito com processo de soldagem


arco submerso, sob uma chapa de aço carbono ASTM A36 de 13,03 mm de
espessura

Área do corpo de prova onde será realizado o ensaio

3.1. PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA

Foi garantido que a superfície do corpo de prova está isenta de óleo, graxa e
outros agentes contaminantes que poderiam interferir nos resultados do ensaio por
líquido penetrante.

O método mecânico para a limpeza superficial teve uso de uma lixa n°150
diretamente e uma escova de aço no cordão de solda.

3.2. ILUMINAÇÃO DURANTE O ENSAIO

Foi verificada a intensidade de iluminação com o auxílio de um medidor calibrado


(Luxímetro) que registrou uma intensidade luminosa de 1001 Lux.

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3.3. TEMPERATURA DURANTE O ENSAIO

O ambiente, o corpo de prova e os demais materiais estavam na temperatura


entre 18 ° a 27 °C (temperatura ambiente).

3.4. TÉCNICA E MAGNETIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA

● Antes de magnetizar a peça, foi verificada se o corpo de prova ainda tinha


algum magnetismo residual com auxílio de um indicador de magnetismo
residual (gaussímetro) que indicou aproximadamente B = -10

Gaussímetro marcando magnetização de + 10

● A técnica utilizada para magnetização do corpo de prova foi por Yoke ( yoke,
nome dado ao equipamento de magnetização ) Nesta técnica, a
magnetização é feita pela indução de um campo magnético, gerado por um
eletroímã em forma de “U” invertido que é apoiado na peça a ser examinada.

● Foi escolhida mais de uma posição para magnetizar o corpo de prova, para
que as linhas de força fiquem sempre na transversal do defeito ou corpo de
prova, gerando assim um campo de fuga que facilite a leitura da
descontinuidade ou defeito.

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Magnetização do corpo de prova feita com o yoke

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3.5. APLICAÇÃO DA LIMALHA DE FERRO

● A aplicação da limalha de ferro foi feita por via seca através de um


borrifador

Limalha de ferro aplicada sobre a área a ser analisada

3.6. REMOÇÃO DO EXCESSO DE LIMALHA DE FERRO

Para remover o excesso de limalha de ferro, deixamos o corpo de prova na


posição vertical e demos pequenas batidas para cair o excesso.

3.7. DESMAGNETIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA

O corpo de prova não foi desmagnetizado após a análise das descontinuidades


pois seu valor de magnetização residual estava em 15, e não havia necessidade de
desmagnetização da amostra.

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4. ANÁLISE DAS DESCONTINUIDADES

Para melhor visualização, foi feita a utilização de uma lente de aumento e a


limalha de ferro que ainda ficou preso aos campos de fuga, revelaram fissuras sob o
cordão de solda.

Para uma inspeção mais minuciosa, foi feito o uso de uma lente de aumento
gradual, para que possamos saber as dimensões das fissuras no cordão de solda.

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Após o uso de uma lente de aumento graduada, pudemos fazer uma coleta de
dados relacionados às dimensões das descontinuações e defeitos no cordão de
solda.

Os resultados foram os seguintes:

● 1° Trinca: 0,03mm
● 2° Trinca: 0,02mm
● 3° Trinca: 0,03mm
● 4° Trinca: 0,01mm

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5. CONCLUSÃO APÓS A REALIZAÇÃO DO ENSAIO

O ensaio por partícula magnética nos permitiu vislumbrar alguns elementos no


corpo de prova, que por se tratar de elementos que comprometem a funcionalidade
do produto final, os elementos se encaixam na categoria de defeitos. Ao
observarmos o tipo do material e o processo de soldagem utilizado no corpo de
prova, baseando-se nas conclusões e em pesquisas, ao observarmos que as trincas
ocorreram no fim do cordão de solda, e na extensão do mesmo não possui nenhum
defeito ou descontinuidade, é possível concluir que os defeitos tiveram origem de
Baixa velocidade de soldagem ou a poça de solda no fim do cordão não teve
volume o suficiente para superar o encolhimento do metal de solda.

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6. EQUIPAMENTO FOTOGRÁFiCO UTILIZADO:

● Pocophone F1 - Câmera angular de 12MP, f/1.9, 1/2.55", 1.4µm, PDAF dual


pixel + 5 MP, f/2.0, 1.12µm, sensor de profundidade;

● LG K52 - Câmera angular de 48 MP, f/1.8, (wide), 1/2.0", 0.8µm, PDAF + 5


MP, f/2.2, 115˚ (ultrawide), 1/5.0", 1.12µm + 2 MP, f/2.4, (macro) + 2 MP, f/2.4,
(sensor de profundidade)

7. NORMAS DE REFERÊNCIA

● ABNT 16450
● ISO
● AWS
● PETROBRAS
● ABENDI
● API

8. FONTES

● IFES. Apostila de soldagem (capítulo 7 SAW; PÁG 172)

● IFES. Apostila de ensaios dos materiais (Partícula magnética Ricardo


Adreuci)

Redigido por: Gabriel Feu Rosa & Gabriel do Nascimento Vidigal Botelho.

Revisado por: Jefferson Costa da Cruz, Mateus de Nardi Moraes & Rhyan Buzo de
Carli.

Fotografias por: Gabriel Feu Rosa, Mateus de Nardi Moraes & Rhyan Buzo de
Carli.

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