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JEQUIÉ – BA
JUNHO DE 2022
RAFAEL BRAGA VIEIRA
JEQUIÉ - BA
JUNHO 2022
“Acredite nos seus sonhos, insista. Se começar
foi fácil, difícil vai ser parar”. (O rappa)
DEDICATÓRIA
1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................. 9
2 - APRESENTAÇÃO DA CONCEDENTE ...................................................... 10
2.1 - Missão e valores adotados .................................................................... 11
2.2 - Política de Qualidade ............................................................................. 11
2.3 - Responsabilidade socioambiental .......................................................... 12
3 - OBJETIVOS................................................................................................ 12
3.1 - OBJETIVO GERAL ................................................................................ 12
3.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................. 12
4 – TINTAS: UMA BREVE HISTÓRIA ............................................................. 13
5 – O MERCADO DE TINTAS NO BRASIL..................................................... 13
6 – PLASTISOL ............................................................................................... 15
6.1 – Histórico ................................................................................................ 15
6.2 – Aplicações do plastisol .......................................................................... 16
6.3 – Matérias-primas..................................................................................... 17
7 – SERIGRAFIA ............................................................................................. 20
7.1 – Histórico ................................................................................................ 20
7.2 – CARACTERÍSTICAS DA SERIGRAFIA ................................................ 21
7.3 – PROCESSO DE SERIGRAFIA ............................................................. 22
7.3.1 - Tensionamento ............................................................................... 22
7.3.2 - Emulsionamento ............................................................................. 22
7.3.3 - Revelação ....................................................................................... 22
7.3.4 - Acabamento .................................................................................... 22
8 – MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 22
8.1 – Reagentes ............................................................................................. 22
8.2 – Equipamentos ....................................................................................... 25
8.2 – Metodologia ........................................................................................... 25
9 - RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 26
10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 28
11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 29
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1 – INTRODUÇÃO
2 - APRESENTAÇÃO DA CONCEDENTE
3 – OBJETIVOS
6 – PLASTISOL
6.1 –HISTÓRICO
O plastisol é um produto que pode ser amplamente usado por ser de fácil
manipulação. Não requer tecnologia de ponta para o seu processo produtivo, o
que diminui custos de produção facilitando a comercialização. O processo de
fabricação do plastisol é baseado principalmente na homogeneização e
solvatação das matérias-primas da sua formulação. É formado por uma mistura
de uma primeira resina de PVC substancialmente pura de peso molecular
relativamente alto dissolvida em um líquido plastificante de éster alquílico de
ácido adípico e com partículas minúsculas de uma segunda resina de PVC de
peso molecular relativamente baixo, ambas as resinas tendo pontos de
amolecimento entre 100° a cerca de 425° C, a primeira resina tendo uma
temperatura de ponto de amolecimento de pelo menos 25° C superior à da
segunda resina. A tinta também pode incluir outros aditivos, como agentes
gelificantes, agentes antiaderentes ou lubrificantes, como líquidos de silicone, e
corantes, como pigmentos ou corantes (JOAQUIM JÚNIOR, 2007).
6.3 – MATÉRIAS-PRIMAS
O plastisol é composto por matérias-primas especificas como: resina de
PVC, plastificantes, cargas minerais, estabilizantes, espessantes, pigmentos e
sistemas promotores de adesão.
➢ Resinas PVC
Conhecido pela sigla PVC, é a principal matéria-prima do plastisol, isto é,
sem ela não se obtêm o composto plástico denominado plastisol. Sua função é
formar o filme plástico quando misturado com o plastificante. A reação que ocorre
entre essa mistura denomina-se "gelificação". A resina de PVC é encontrada na
sua forma natural como um pó branco que ao ser disperso em um ou mais
plastificantes dá origem ao plastisol.
A absorção de plastificante está ligada à porosidade da resina. Porém, é
importante destacar que as características distintas da porosidade influenciam
na absorção de partículas extremamente finas, apresentando área superficial
específica elevada, podem aparentemente absorver maior quantidade de
plastificante que as resinas mais grossas, porém ainda porosas. A absorção
garante que o plastificante e os demais aditivos interagirão com as
macromoléculas de PVC durante as etapas do processo (RODOLFO JÚNIOR,
2006).
➢ Plastificantes
O plastificante é uma das matérias-primas mais importantes do plastisol. Ele
contribui na melhoria do processo de fabricação e auxilia juntamente com a
resina de PVC no aumento da flexibilidade do produto. Pode-se entender o
plastificante também como uma matéria-prima que ajusta outras características.
como a viscosidade, dureza, gelificação e temperaturas de transição vítrea
(RABELLO, 2000).
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➢ Cargas Minerais
As cargas minerais podem ter muitas funções em uma formulação de
plastisol como retardante de chamas, cor, viscosidade e reforço ao polímero,
pois algumas fibras apresentam características e propriedades reforçantes.
Porém, o uso excessivo de cargas minerais em uma formulação de plastisol pode
ter efeitos prejudiciais tais como trincas e alta dureza, diminuindo assim a vida
útil do material. Um polímero isento de cargas pode apresentar características
de resistência química e mecânica muito baixos.
A carga pode ser utilizada como um elemento que dá suporte a essa
característica de resistência mecânica e química quando tratadas em
quantidades adequadas e podendo baratear os custos da formulação. A escolha
de cargas minerais deve ser paralela ao tipo de polímero para que haja uma
compatibilidade entre os mesmos resultando em uma dispersão eficiente
(FORINI, 2008).
➢ Estabilizantes
Os materiais plásticos passam por processos de envelhecimento, e algumas
modificações ocorrem em suas estruturas. Essas modificações são
denominadas degradações, que são ocasionadas por agentes externos (vento,
chuvas, umidade, maresia, radiação ultravioleta) e diversos ataques químicos ao
material (RABELLO, 2000).
Estes efeitos podem ser reduzidos com o uso dos estabilizantes, que são
aditivos, e por diversos mecanismos de atuação, diminuindo a velocidade de
“envelhecimento” e “degradação” dos polímeros. Geralmente, a adição desta
substância é feita durante o processo de fabricação, porém, em alguns casos,
pode ser adicionada após a polimerização, dando certa estabilidade ao longo do
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➢ Espessantes
Os espessantes são substâncias químicas que alteram as propriedades
reológicas das pastas de PVC, proporcionando à formulação um elevado grau
de pseudoplasticidade (alta viscosidade em repouso ou sob baixa tensão de
cisalhamento). Esta propriedade é alcançada por meio da elevação da
viscosidade em baixa tensão de cisalhamento (RODOLFO JÚNIOR, 2006).
Em altas tensões de cisalhamento, a pasta de PVC deixa de apresentar
viscosidade elevada e passa a expor comportamento de um fluido de baixa
viscosidade. Com a adição de espessantes na formulação, os plastisóis passam
a exibir altíssimas viscosidades quando em repouso ou sob baixas tensões de
cisalhamento. Sílicas precipitadas, bentonitas especiais, sílica diatomácea,
estearatos de alumínio e fibras de asbestos são os espessantes mais utilizados
em plastisóis.
As sílicas, que possuem um tamanho menor de partícula, promovem
aumento de viscosidade e proferem a característica de tixotropia (fenômeno pelo
qual os plastisóis passam do estado de gel para o estado líquido, após certa
tensão de cisalhamento), devido à formação de rede de sílica através de ligações
por ligação de hidrogênio (NEVES, 2002).
➢ Pigmentos
São aditivos empregados para definir apenas tonalidades de cor ao plastisol.
Os pigmentos têm função decorativa e estética. Os pigmentos além de
proporcionar cor aos produtos, podem atuar também no brilho, opacidade e em
outra propriedade interessante, a estabilidade à radiação ultravioleta. Podem-se
dividir os pigmentos em quatro diferentes categorias as quais são os pigmentos
orgânicos (resistem no máximo até 200°C, exceto o negro de fumo que resiste a
maiores temperaturas), os pigmentos inorgânicos (os mais utilizados, podendo
resistir até 750°C), os pigmentos solúveis e os pigmentos especiais (os menos
utilizados) (RABELLO, 2000).
7– SERIGRAFIA
7.1 –HISTÓRICO
Usado como tinta Plastisol para serigrafia, é mais comumente utilizado nas
tintas para a impressão de desenhos para roupas, e são particularmente úteis
para a impressão de gráficos opacos em tecidos escuros. A tinta é composta de
partículas de PVC em suspensão numa emulsão de plastificação, e não irá secar
se deixado na tela por períodos prolongados. Devido a conveniência de não ser
necessário lavar a tela, após uma impressão, as tintas de plastisóis não
necessitam de uma fonte de água corrente. Tintas plastisóis são recomendados
para impressão em tecido coloridos. Em tecido leve, plastisol é extremamente
opaco e pode reter uma imagem brilhante por muito tempo, com a devida
atenção.
7.3.1 Tensionamento
É a fase em que o tecido é esticado, para atingir a tensão ideal de trabalho.
Sendo que a tensão mínima é aquela suficiente para que o tecido, após sofrer
uma deformação, possa retornar ao estado original. E a tensão máxima é aquela
que causa o rompimento da malha. Para manter o tecido tensionado ele é fixado
(colado) em um suporte, onde ficará preso (SRS DO BRASIL COMERCIAL
LTDA, 2003)
7.3.2 Emulsionamento
Nesta fase, o tecido recebe uma camada de emulsão sensível à luz. Esta
emulsão é aplicada a úmido e depois de seca passa à próxima etapa do
processo. A homogeneidade e a constância na camada de emulsão são muito
importantes para a qualidade final da tela SRS DO BRASIL COMERCIAL LTDA,
2003).
7.3.3 Revelação
Nesta fase, a tela já emulsionada é exposta à luz ultravioleta e logo após
revelada. Sobre a tela, é colocada uma película de acetato que contém o
desenho a ser gravado na tela. Esta película é conhecida como “fotolito”. A
exposição da camada foto-sensível à luz UV causa o endurecimento das áreas
descobertas, deixando de ser solúvel em água. As áreas cobertas pelo desenho
do fotolito permanecem solúveis e podem ser lavadas posteriormente SRS DO
BRASIL COMERCIAL LTDA, 2003).
7.3.4 Acabamento
Depois da tela pronta é o momento de fazer os retoques finais, verificar a
presença de defeitos e aplicar o endurecedor de emulsão para dar durabilidade
à tela SRS DO BRASIL COMERCIAL LTDA, 2003).
8 – MATERIAIS E MÉTODOS
8.1 – REAGENTES
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Plastificante 80,1 g
Espessante 1,8 g
Total 208,88 g
8.2 – EQUIPAMENTOS
8.3 – METODOLOGIA
Para o processo de mistura de uma formulação de plastisol foi utilizado um
misturador do tipo cowles e iniciou adicionando toda a quantidade de
plastificante, estabilizante e pigmento:
Adicionou-se 80,1 g de plastificante Inbraflex 5.0, fabricado pela INBRA.
Pode ser encontrada na forma líquida, incolor a amarelado. Tem boa
compatibilidade com as resinas de PVC e cargas minerais. Atua juntamente com
o PVC para formação do filme plástico do plastisol.
Adicionou-se 0,08 g de estabilizante cálcio/zinco Plastibil ICZ-221, fabricado
pela INBRA. Pode ser encontrado na forma líquida de incolor a levemente
amarelado, cujo odor é característico. Esta mistura Cálcio/Zinco tem
propriedades térmicas que aumentam a vida útil da resina de PVC e
plastificantes.
Adicionou-se 2,5 g de pigmento branco, de nome químico dióxido de titânio,
fabricado pela TRONOX e de nome comercial TIONA. É um aditivo empregado
para definir apenas tonalidades de cor ao plastisol. Têm função decorativa e
estética. Os pigmentos além de proporcionar cor aos produtos, podem atuar
também no brilho, opacidade e em outra propriedade interessante, a estabilidade
à radiação ultravioleta.
Após ter adicionado toda a quantidade de plastificante, estabilizante e
pigmento, iniciou-se a agitação com baixa velocidade, que é expressa em rpm.
As matérias-primas como cargas minerais, resina de PVC e espessante foram
adicionadas aos poucos e em baixa rotação, a fim de não promover um
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9 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
As atividades referentes ao Estágio Supervisionado foram desenvolvidas
no laboratório da empresa Tintol Bahia.
Após todo o processo de fabricação da tinta plastisol, é preciso analisar se
a pasta lisa e sem grumos obtida está dentro dos parâmetros informados na
literatura como, por exemplo, cura em alta temperatura, não entope as matrizes
da tela, boa intensidade das cores etc.
Como a Tintol Bahia não dispõe de estufa, viscosímetro e nem reômetro,
os únicos testes possíveis que aconteceram foram o de cura em alta temperatura
através do equipamento denominado flash cure e aplicação em tecido através
da técnica de serigrafia.
O primeiro teste feito foi a aplicação em tecido através da técnica de
serigrafia.
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Fonte: Karmutex
Por fim, puxou-se a estampa e esfregou o dedo sobre ela. Foi observado
que a estampa não trincou e nem esfarelou.
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10 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi iniciado com a proposta de estudar e desenvolver tinta
plastisol para uso em serigrafia.
Mesmo com algumas limitações de equipamentos para testes na Tintol
Bahia, obteve-se uma tinta plastisol aparentemente dentro dos parâmetros
estudados, com uma cura em alta temperatura, boa definição de imagem e uma
boa intensidade das cores.
É de suma importância a parceria entre a Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia e a empresa Tintol Bahia através do Estágio Supervisionado,
sendo muito enriquecedor para o discente do curso de Bacharelado em Química,
pois concede a oportunidade de aplicar e confrontar os conhecimentos
adquiridos ao longo do tempo. O estágio possibilita ainda, a vivência com o meio
industrial, facilitando o desenvolvimento das competências profissionais e
pessoais.
Portanto, o estudante apresenta o sentimento do dever cumprido e
satisfação pelo trabalho que foi desenvolvido. O estágio permitiu o
desenvolvimento de uma visão empreendedora e crítica do modo de
administração de uma empresa. Dessa maneira, o referido estágio agregou
conhecimento e enriqueceu o currículo do estudante.
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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HISTÓRIA DAS TINTAS. In: HISTÓRIA DAS TINTAS. Digital. [S. l.]: ABRAFATI,
2019. Disponível em: https://abrafati.com.br/historia-das-tintas/. Acesso em: 5
fev. 2022.