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A História do Forró
Manaus-Amazonas
2022
Instituto de Educação El Shaday
A História do Forró
Manaus-Amazonas
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
DESENVOLVIMENTO: A HISTÓRIA DO FORRÓ
COMO SURGIU O FORRÓ? ..................................................................................... 5
ORIGEM DO NOME FORRÓ ................................................................................... 5
FORRÓ COMO GÊNERO MUSICAL....................................................................... 5
BAIÃO ........................................................................................................... 6
XOTE ............................................................................................................. 6
XAXADO....................................................................................................... 7
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO FORRÓ ...................................................... 7
TRÊS FASES DO FORRÓ......................................................................................... 7
FORRÓ COMO DANÇA ........................................................................................... 9
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 11
ANEXOS ........................................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO
O forró é uma expressão artística genuinamente nordestina. Por ser uma forma de
manifestação cultural ampla, o termo forró tem diversos significados e pode servir tanto para
designar o ritmo musical, o estilo de dança e mesmo a festividade em que acontece. Este
trabalho abordará sobre suas características e evolução.
A HISTÓRIA DO FORRÓ
O forró surgiu em meados da década de 1930, popularizando-se por volta dos anos 1950
por todo o Brasil através do poeta, cantor e compositor Luiz Gonzaga (1912 -1989), que
convencionou o formato do trio de forró composto pelos instrumentos musicais sanfona,
zabumba e triângulo. Sua origem tem relação com bailes populares que eram realizados no final
do século XIX e eram chamados de "forrobodó", "forrobodança" ou "forrobodão".
Naquele tempo era preciso molhar o piso do local onde essas festas aconteciam, pois
eles eram feitos de "chão batido", ou seja, não havia revestimento, somente terra. As pessoas
costumavam dançar arrastando os pés a fim de evitar que a poeira levantasse, daí o termo rastapé
ou arrasta-pé.
Outra suposição - sem comprovação histórica - é que tal nome teria sido criado a partir
de uma expressão inglesa. Segundo essa teoria, os engenheiros britânicos que se fixaram na
região de Pernambuco durante a instalação da ferrovia Great Western, costumavam promover
festas para figuras ilustres. Entretanto, em determinados momentos, tais eventos eram abertos
ao público e levavam em seus convites o termo for all, que quer dizer "para todos" em
português. O povo local começou a pronunciar então "forró".
Mas foi apenas em 1950 que se começou a usar de fato o nome "forró". Pois, um ano
antes, o cantor e compositor Luiz Gonzaga gravou a música "Forró de Mané Vito", produzida
em conjunto com Zé Dantas. Em 1958, outra canção do músico chamada "Forró no Escuro",
também fez muito sucesso.
Já na década de 1990, outros elementos foram incorporados por algumas bandas, como
o teclado e o sax, e a zabumba foi retirada. Esse subgênero passou a ser chamado de forró
eletrônico ou estilizado e sofreu críticas por estar transformando o forró tradicional em um
produto superficial da indústria cultural.
Nos anos 2000, esse tipo de música ganhou nova repaginada e surgiu na forma do forró
universitário, que acrescentava ao estilo original algumas mudanças instrumentais.
BAIÃO
XOTE
A palavra tem origem da dicção popular alemã “schottische” que originou então a
expressão “xote” ou “xótis”. O xote é uma dança de salão, semelhante à polca, mas com
andamento mais lento. Surgiu na Alemanha e se espalhou pela Europa chegando ao Brasil em
meados do século XIX, onde animava os salões aristocráticos. Rapidamente, esse gênero se
popularizou por todo o território nacional adquirindo características específicas em cada região
do país. No Sul o instrumento que se destaca no ritmo é a gaita, já no Nordeste, a sanfona.
XAXADO
Existem diferentes versões para a origem do xaxado, a mais aceita diz que teria vindo
do Cangaço. Como não haviam mulheres nos bandos de cangaceiros, estes, dançavam com seus
rifles em momentos comemorativos e a dança se tornava basicamente masculina. Com a vinda
das mulheres aos grupos, estas começam a entrar na dança também. Segundo Enciclopédia da
Música (1998) e o historiador Luís da Câmara Cascudo (1975), o xaxado é dança em círculo e
em fila indiana, sem volteio, avançando o pé direito em 3 e 4 movimentos laterais e puxando o
esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. O nome da dança, desta forma, é uma onomatopeia
do som característico produzido pelas sandálias arrastadas no chão. Atualmente o xaxado é
dançado de forma enlaçada entre os parceiros da mesma forma que os outros gêneros do forró,
desvencilhando completamente da como como faziam antigamente.
• Luiz Gonzaga
• Carmélia Alves
• Dominguinhos
• Trio Nordestino
• Jackson do Pandeiro
• Sivuca
• Alceu Valença
• Elba Ramalho
• Geraldo Azevedo
• Falamansa
• Rastapé
• Forroçacana
• Mastruz com Leite
• Calcinha Preta
• Frank Aguiar
• Aviões do Forró
• Barões da Pisadinha
É importante dizer que todos esses gêneros têm em comum a base instrumental do Forró
– a utilização da sanfona, do triângulo e da zabumba. Os maiores representantes do Forró-pé-
de-serra são: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro (1919–1982), Dominguinhos (1941–2013),
Sivuca (1930–2006) e Marinês (1935–2007).
O Forró sofreu modificações ao longo de sua história. Podemos dizer que o Forró
tradicional, aquele lá dos anos 1930, representou a primeira fase do gênero. Ele acabou
perdendo força e apelo popular com a chegada da Bossa Nova e das músicas internacionais.
Foi em 1975 que esse ritmo ganhou um novo significado, o que lhe fez ganhar ainda
mais notoriedade. Nessa época, começou um processo de revalorização da música brasileira. O
Forró adquiriu uma nova roupagem com a introdução de instrumentos eletrônicos como a
guitarra, o baixo, o teclado e a bateria. Esses novos instrumentos passaram a conviver com a
zabumba, a sanfona e o triângulo. Assim, o Pop e o Rock foram incorporados ao Forró
tradicional. Começava, então, a segunda fase do Forró, conhecida como Forró Universitário. O
nome se deu porque os primeiros grandes consumidores dessa nova versão eram os estudantes
das universidades.
Por falar nisso, os jovens foram os grandes responsáveis por trazer uma temática mais
urbana ao Forró. Nessa nova fase, destacam-se cantores e bandas como Alceu Valença (1945),
Trio Nordestino, Zé Ramalho (1949) e Elba Ramalho (1951). No final da década de 1990,
surgiram bandas que ajudaram a divulgar e a promover o gênero nas grandes metrópoles. Dessa
geração, destacam-se grupos como Falamansa, Forroçacana, Rastapé, Trio Forrozão, Raiz do
Sana e Bicho de Pé. Duvido que alguém com o mínimo de intimidade com a música nacional
não conheça pelo menos uma dessas bandas.
Ainda nos anos 1990, teve início a terceira fase do Forró. Conhecida como Forró
Eletrônico, essa variação usa mais intensamente os instrumentos eletrônicos, que ganharam
mais destaque em detrimento à zabumba, que perdeu sua utilização e acabou retirada das
músicas. As bandas que representam essa nova fase são: Mastruz com Leite, Magníficos,
Calcinha Preta e Aviões do Forró.
FORRÓ COMO DANÇA
Para quem quer iniciar na Dança de Salão e não sabe por qual ritmo começar, o Forró é
uma excelente opção. Seus movimentos são mais fáceis, ele é um ritmo alegre e é muito fácil
encontrar lugares para sair para dançar esse estilo em todas as regiões do país. Aqui o básico
dois para lá, dois para cá faz todo o sentido. Com esse movimento já dá para começar a dançar
e a se divertir ao som contagiante do Forró.
CONCLUSÃO
MARCONDES, João. “Quais são as principais características do Xote?”. Blog Souza Lima.
Disponível em: <https://www.blogsouzalima.com.br/quais-sao-as-principais-caracteristicas-
do-xote/>. Acesso em 09 de setembro de 2022
OLIVEIRA, Ingrid. “Forró é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Iphan”.
CNN Brasil. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/forro-e-
reconhecido-como-patrimonio-cultural-imaterial-pelo-iphan/>. Acesso em 09 de setembro de
2022
ANEXOS