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Nutrição & Fitoterapia

Profª Lílian Pinto


Especialista em Nutrição Clínica Funcional pela VP-SP
Mestre em Pediatra e Adolescência pela UNIFESP/EPM-SP
Doutora em Ciências dos Alimentos pela UNIFESP/EPM-SP
Docente do curso de Nutrição da UNIVERSIDADE POTIGUAR
Resolução do CFN
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 A Resolução CFN Nº 402/2007, que regulamenta a


prescrição pelo Nutricionista de plantas in natura
frescas ou como droga vegetal nas diferentes formas
farmacêuticas estabelece:

Art.3º: determina o conteúdo obrigatório da


prescrição Fitoterápica, tais como: nomenclatura
botânica, dosagem e freqüência de uso e o parágrafo
único estabelece as formas farmacêuticas,
exclusivamente de uso oral.

Normativa Nº 5/2008/ANVISA
CONBRAFITO
3

CONBRAFITO
Conselho Brasileiro de Fitoterapia

www.fitoterapia.com.br

Site oficial desta entidade que atende à população


em relação as suas dúvidas sobre diversas áreas
da fitoterapia e por estar sempre sendo atualizado
com notícias importantes para a área.
Definições:
4

1- FITOTERAPIA
 A fitoterapia é uma palavra de origem grega, phito
(plantas) e therapia (tratamento).

 Caracteriza a melhora de estados patológicos pela


utilização de substratos naturais, como plantas
frescas, secas e seus preparados, a fim de prevenir,
aliviar ou curar uma doença. Para tanto, podem ser
utilizadas diferentes partes de uma planta (raiz, casca,
flores ou folhas), que viabilizam diferentes preparações
para uso profilático ou terapêutico.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
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2-DROGA VEGETAL

Droga vegetal é o nome dado à planta


medicinal ou suas partes, após processos de
coleta, estabilização e secagem, podendo ser
íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.

Resolução ANVISA RDC nº 89, de 16 de março de 2004.


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3-FITOFÁRMACO

Substância medicamentosa cujos


componentes terapeuticamente ativos são
extraídos de vegetais ou seus derivados.

Resolução ANVISA RDC nº 89, de 16 de março de 2004


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4-MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

Medicamento obtido empregando-se


exclusivamente matérias-primas ativas
vegetais.É caracterizado pelo conhecimento da
eficácia e dos riscos de seu uso,assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
Resolução ANVISA RDC nº 89, de 16 de março de 2004
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5-PLANTA MEDICINAL

Planta que contém substâncias bio-ativas com


propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas.

Muitas destas plantas são venenosas ou pelo menos


levemente tóxicas, devendo ser usadas em doses
muito pequenas para terem o efeito desejado.

Resolução ANVISA RDC nº 89, de 16 de março de 2004


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 TRATO GASTRO INTESTINAL,


FÍGADO E FITOTERAPIA

 Modulação digestiva
 Modulação intestinal
 Atividade hepatoprotetora
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Importância da Integridade Fisiológica e


Funcional do TGI
Segundo a OMS 60% das doenças têm como base causas nutricionais

50-------------Pele

130----------------Pulmões

170-----------Gastrintestinal
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NUTRIÇÃO
 Sistema digestório comprometido
 Digestão e absorção comprometidas

 /
Nutrientes------------------------- -------------------Células

Cansaço
Indisposição
----------------------------------- ENERGIA
Fadiga
PROGRAMA 4 R’S

Remover Recolocar

Reinocular Reparar
PROGRAMA 4 R’S
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 Remover: patógenos, xenobióticos e alérgenos


alimentares
-Echinácea,orégano, gengibre, alecrim...

 Reinocular: probióticos e prebióticos

 Recolocar: HCL e enzimas digestivas


-Indicação de chás digestivos(180ml antes das refeições)
-Indicação de tinturas digestivas
-Abacaxi e mamão
-Limão:por estimular a secreção ácida melhoram a digestão

 Reparar: dieta não irritativa, nutrientes de


crescimento e reparo da mucosa
-L-glutamina 5 a 10g/dia –30g*
O TGI e a Fitoterapia
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Modulação Enzimas + Aumento da


Digestiva Carminativos = digestibilidade

Modulação Mucilagens
Aumento da
Intestinal absorção

Alcachofra; Cardo Correção da


Atividade mariano(Silimarin
a); Chá função
Hepatoprotetora
Verde;Alho; Boldo hepática
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO
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DIGESTIVA

 Carica papaya (Mamão)


 Ananas comosus (Abacaxi)

 Mentha piperita (Hortelã – pimenta)

 Salvia officinalis (Sálvia)

 Maytenus ilicifolia (Espinheira santa)


ESPÉCIES VEGETAIS COM
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ENZIMAS DIGESTIVAS

 São espécies que contêm proteases


entre os seus princípios ativos e são
fundamentais em casos de deficiências
de suco gástrico.
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MAMÃO
Nome científico: Carica papaya
Princípio ativo papaína, proveniente do látex
dos frutos imaturos da Carica papaya
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ABACAXI
Nome científico: Ananas comosus
Princípio ativo bromelina, proveniente dos frutos
imaturos e caules do Ananas comosus
ESPÉCIES VEGETAIS COM
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ENZIMAS DIGESTIVAS
A bromelina e a papaína são enzimas que
favorecem a degradação de peptídeos com
intensidade comparável à da pepsina (estômago) e
promovem uma interessante atividade
antiinflamatória.

Há uma diminuição da atividade proteolítica


quando as enzimas provêm de frutos maduros.

Tratado de Fitomedicina – Bases cl[inicas y farmacológicas. Argentina:ISIS EDICIONES SRL.P.439-45,1998


ESPÉCIES VEGETAIS COM
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ENZIMAS DIGESTIVAS
Quando essas enzimas estiverem

em forma de pó, a posologia deverá ser


100 – 300mg/dia.

 Bromelina, doses superiores a 300mg são


indicadas para as atividades
antiinflamatória, antitrombótica e
fibrinolítica.

FELTON, G.E. Fibrinolitic and antithrombotic action of bromelain may eliminate thrombosis in heart patients. Med Hypotheses;6 1123-33, 1980
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HORTELÃ
Nome científico: Mentha piperita
-Princípios ativos são os óleos essenciais
ricos em mentol e carvona.
-Partes utilizadas são as folhas e sumidade
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HORTELÃ
Utilizada para o relaxamento da
musculatura lisa do TGI, seus
princípios ativos aumentam a
produção e secreção biliar facilitando a
digestão de lipídios.
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HORTELÃ
Propriedades: carminativa, anti-septica
estimulante, colagoga, digestiva e analgésica.
Dosagem: INFUSÃO - usar duas colheres de
chá de folhas para cada xícara de água. Tomar
até 3 vezes/dia, antes das refeições.
Associações: camomila para aumentar a
atividade antiespasmódica.
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HORTELÃ
Flavonóides:

Luteolina
Apigenina Ação antiinflamatória
Rutina Colite
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SÁLVIA
Nome científico: Salvia officinalis
-Princípios ativos são o carnasol e o óleo essencial
-Partes utilizadas são as folhas

Infusão: 10g/litro de água


4 xícaras/dia
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ESPINHEIRA SANTA
Nome científico: Maytenus ilicifolia
Taninos, polifenóis e triterpenos

Antioxidantes protetores de células, reduzem a acidez


gástrica, protegendo a mucosa.
Ação analgésica e antitumoral.
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO
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CARMINATIVA

 Foeniculum vulgares (Funcho)

 Ilicium verum (Anis – estrelado)

 Matricaria chamomilla (Camomila)

 Melissa officinalis (Melissa)

 Zingiber officinale (Gengibre)


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FUNCHO
Nome científico: Foeniculum vulgare M

-Princípios ativos são o anetol (óleo essencial) e


funchona.
-Parte utilizada é o fruto.
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FUNCHO
Estimula as glândulas e a musculatura do tubo
digestivo:

Salivação
Secreções pancreáticas
Movimentos peristálticos
Fluidez do bolo alimentar
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FUNCHO
Propriedades: anti – espasmódica, analgésica,
carminativa, galactagoga (leite) e anti – reumática.
Infusão: 5g de sementes em ½ litro de água.
Tomar de 3 – 5 xícaras/dia, 60 minutos antes das
refeições, em casos de flatulência.
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ANIS ESTRELADO
Nome científico: Ilicium verum Hook
-Princípio ativo é o anisol
-Parte utilizada é o fruto
-Ação digestiva, falta de apetite, digestão lenta e
gases.
-Possui função antiespasmódica, no
tratamento de cólicas abdominais.
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ANIS ESTRELADO
Contra indicado em casos de gastrite,
úlcera péptica e insônia

Infusão: 3 – 6 g do fruto seco para cada xícara de água.


Tomar de 3 – 4 xícaras/dia
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CAMOMILA
Nome científico: Matricaria chamomilla
-Princípios ativos são a A-bisabol, camazuleno,
matricina e flavonóides.
-Parte utilizada é o capítulo floral.

Infusão: 5 – 10g/100ml de água 3 x ao dia


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CAMOMILA
-Utilizada no tratamento de gases, distensão
abdominal, cólicas intestinais, digestão lenta e falta de
apetite.
-Casos de inflamações agudas e crônicas da mucosa
gastrintestinal, de colite, de cólicas biliares e de
meteorismos (inchaços, gases) .
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MELISSA
Nome científico: Melissa officinalis
-Princípios ativos: neral, geranial e citronelal
-Parte utilizada é a folha
Favorece a secreção da bile e tem efeito regulador das
secreções gástricas.

Infusão: 1 colher de sobremesa/xícara


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GENGIBRE
Nome científico: Zingiber officinale
-Princípios ativos: são o gingerol e shagaol
-Parte utilizada é o rizoma
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GENGIBRE
Estimula o trato gastrointestinal

Peristaltismo
Tônus do músculo intestinal

Ação antiemética, no tratamento de enjôos


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GENGIBRE
Chá de gengibre
1 colher de chá de gengibre ralado num copo. Jogar
água fervente e deixar em infusão por 15 minutos.
Coar e adoçar com mel. Pode colocar 3 gotinhas de
limão para suavizar a adstringência do gengibre.
Ingerir de morno a quente.
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TINTURA DIGESTIVA E CARMINATIVA


Favor manipular:
 Rosmarinus officinalis(Alecrim) – 25%
 Mentha piperita (Hortelã – pimenta) – 25%
 Foeniculum vulgares (Funcho) – 25%
 Zingiber officinale (Gengibre) – 25%
Posologia: 40 gotas ao dia fracionadas em duas vezes.
Horários: 20 gotas com água antes do almoço e 20 gotas com
água antes do jantar.
Obs: De segunda a segunda. Utilizar durante 6 meses.
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FITOTERÁPICOS COM AÇÃO
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ANTIDIARRÉICA

 Matricaria chamomilla (Camomila)


 Taraxacum officinale (Dente de Leão)

 Foeniculum vulgares (Funcho)

 Fucus vesiculosus (Fucus)


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CAMOMILA
Nome científico: Matricaria chamomilla
-Princípios ativos estão nos capítulos florais
-Parte utilizada: mucilagens
Infusão/Decocção: 3-6g/dia
Tintura:100-150gotas/dia
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DENTE DE LEÃO
Nome científico: Taraxacum officinale

-Princípios ativos estão nas folhas e raiz


-Parte utilizadas taninos e inulina(2%)
Infusão/Decocção: 9-30g/dia
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FUNCHO
Nome científico: Foeniculum vulgare
-Princípios ativos estão nos frutos
-Parte utilizadas mucilagens, pectinas e taninos.
Infusão/Decocção: 3-9g/dia
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FUCUS
Nome científico: Fucus vesiculosus
-Princípios ativos estão em toda a alga
-Parte utilizada: pectina
Infusão/Decocção: 2-8g/dia
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO
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LAXATIVA

 Cassia angustifólia (Sene)

 Aloe vera (Babosa)

 Plantago psyllium (Psyllium)

 Rhamnus purshiana (Cáscara sagrada)


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SENE
Nome científico: Cassia angustifolia
-Princípios ativos estão presente nas folhas e frutos
secos
-Parte utilizada: antraquinonas*(2-5%)
Infusão: 5-20g/litro
1-2 xícaras/dia
*subst. fenólicas
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BABOSA
Nome científico: Aloe vera
-Princípios ativos estão presente no suco da polpa
-Parte utilizada: hidroxiantracênicos(30%)
-Recomenda-se somente produtos industrializados,
nos quais não se encontra ALOÍNA*

*purgatória
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PSYLLIUM
Nome científico: Plantago psyllium
-Princípios ativos estão nas sementes
-Parte utilizada: mucilagem (12-18%)
Pode diminuir a absorção de Zn, Cu, Fe, Ca e Mg.
Utilizar longe das refeições
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CASCARA SAGRADA
Nome científico: Rhamnus purshiana

-Princípios ativos estão na casca


-Parte utilizada: antraquinonas (6-9%)

Tintura:(1:10) 20-40gotas1 a 2 vezes/dia


AVALIANDO A
CAPACIDADE DE
DESTOXIFICAÇÃO

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52

 As plantas possuem fitoquímicos capazes


de agir no aumento da síntese de enzimas
destoxificantes, proteção dos hepatócitos
e eliminação de xenobióticos*.

*Compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológico.


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FITOTERÁPICOS COM AÇÃO
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DETOXIFICANTE
 Silybum marianum (Silimarina)

 Peumus boldus (Boldo)

 Cynara scolymus (Alcachofra)

 Taraxacum officinalis (Dente de leão)

 Camellia sinensis (Chá verde)


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SILIMARINA
Nome científico: Silybum marianum

-Princípio ativo do Cardo mariano


-Ação: anti hepatotóxica

-Atua diretamente nos hepatócitos como antagonista


ante a diversos agentes hepatotóxicos
-Modifica a estrutura celular externa dos hepatócitos,
impedindo a penetração dos agentes hepatotóxicos
-Estimula a atividade da polimerase A
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SILIMARINA
Nome científico: Silybum marianum

-Princípio ativo amargo


-Formas de apresentação: chá, semente, extrato

-Suplementação:
150 – 400mg/dia
Fracionar duas vezes ao dia
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BOLDO
Nome científico: Peumus boldus

Princípios ativos: alcalóide boldina

-Aumenta gradualmente o fluxo da bile assim como um


aumento nos sólidos totais na bile excretada.
-A boldina e os glicosídeos flavônicos do boldo ainda
conferem atividade antiespasmótica.
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BOLDO
Nome científico: Peumus boldus

Utilizar Boldo do Chile “in natura” na forma de


maceração.
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ALCACHOFRA
Nome científico: Cynara scolymus

Princípios ativos: cinarina e flavonóides

-Aumenta a produção de bile e a secreção de suco gástrico


-Protege o fígado de toxinas
-No tratamento de disfunções hepato-biliares
-Alterações digestivas e sensações de plenitude
com dor abdominal
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ALCACHOFRA
Nome científico: Cynara scolymus

-Mostram propriedades anti-hepatotóxicas estimulando a


síntese enzimática básica do metabolismo hepático

-O incremento da eficiência metabólica do


fígado se dá através dos compostos
polifenólicos da alcachofra

-A cinarina ainda diminui taxas de colesterol


61

ALCACHOFRA
Nome científico: Cynara scolymus

Por conter muito fungo, melhor utilização na


forma de extrato
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DENTE DE LEÃO
Nome científico: Taraxacum officinalis
 Ação antioxidante
 Depurativo do sangue
 Ação antireumática
 Ação sobre o TGI: atuando como prebiótico
 Ação diurética
 Ação estimulante sobre o metabolismo do fígado e glândulas
linfáticas
 Ação hipoglicemiante
 Ação anticarcinogênica
 Ação hipotensora (ox. Nítico)
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DENTE DE LEÃO
Nome científico: Taraxacum officinalis

Produção de
óxido nítrico
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DENTE DE LEÃO
Nome científico: Taraxacum officinalis

-Princípios ativos: Lactupicrina e flavonóides


-Folhas: possuem ação diurética (infuso)
-Raíz:possui ação detoxificante(decoto)

Maior quantidade de ativos presentes na raiz


DETOX -SÃO PRODUZIDOS A PARTIR
DAS FOLHAS DA Camelia sinenses
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Processamento:
CHÁ VERDE : folhas mais tenras, não sofre fermentação. São
colocadas sob o vapor e depois secadas assim não
oxidam e preservam mais os nutrientes.
BAN CHÁ: folhas mais velhas e rasteiras grossas e fibrosas,
junto com o talo. Menor teor de cafeína e tanino.
CHÁ PRETO: Passa por várias etapas de processamentos.
Desde a fermentação que consiste na oxidação enzimática
de flavonois teaflavinas.
CHÁ OLLONG: Vem da oxidação parcial das folhas.
CHÁ BRANCO: Folhas jovens/brotos
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CHÁ VERDE
Nome científico: Camellia sinensis
PRINCIPAIS POLIFENÓIS
Flavonóides
-Catequinas(Epicatequina, Epicatequina-3-galato, Epigalocatequina e
Epigalocatequina-3-galato
-Quercitina
-Campferol
-Miricertina
As folhas frescas tem uma alta quantidade de flavonóides
Ácidos Fenólicos
-Ácido Gálico
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TINTURA PARA
DETOXIFICAÇÃO HEPÁTICA
Favor manipular:
 Silybum marianum (Silimarina) - 25%
 Cynara scolymus (Alcachofra) - 25%
 Taraxacum officinalis (Dente de leão)- 25%
 Echinodorus macrophyllus(Chapéu de couro)- 25%
 Posologia: Ingerir 30 gotas em 200-250ml de água, 3 X ao dia
 Horário: manhã/tarde/noite
Obs: De segunda a segunda
Utilizar durante 6 semanas
FITOTERÁPICOS
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 Digestivos e carminativos: favorecem uma melhor


digestão e diminuem gases estomacais ou
intestinais. Hortelã, camomila, sálvia, alecrim,
anis-estrelado, espinheira santa(gastrites e
úlceras), dente-de-leão, erva doce, gengibre.
 Laxativos: estimulam o peristaltismo e a
motilidade, aumentando a freqüência evacuatória.
Cáscara sagrada, zimbio, carqueja.
 Hepatoprotetores: ação benéfica sobre o fígado,
melhoram a atividade dos hepatócitos e
aumentam a secreção biliar. Boldo, carqueja,
cardo mariano e alcachofra.
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 Tanto os infusos como os decoctos podem ser


adoçados com mel, canela, cravo ou com uma
fatia pequena de raiz de alcaçuz.

A ação do mel sobre as secreções estomacais e


sucos digestivos...
FRIO ou QUENTE?

 QUENTE: a produção enzimática/sucos


digestivos

 FRIO: antioxidantes/ acidose metabólica


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Obesidade e Fitoterapia
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 As plantas atuam “queimando” o excesso de


gordura e desintoxicando o organismo. Não
apresentam reações alérgicas ou qualquer
outro efeito colateral.
São muitos os princípios ativos dos fitoterápicos
utilizados para ajudar no processo de
emagrecimento.

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Clorella
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 Em regimes de emagrecimento, apresenta resultados bastante


animadores

 Contém o triptofano, um aminoácido que dá sensação de


saciedade, ou seja, ao entrar em contato com o suco gástrico, a
alga se expande como uma esponja e libera o triptofano, fazendo a
pessoa se sentir satisfeita bem antes de encher totalmente o
estômago. Nenhuma alga queima gorduras. Como têm proteínas,
vitaminas, fibras e muitos sais minerais, elas agem como
complementos nutritivos, auxiliando a quem está de dieta a
suportar as restrições alimentares.

250mg (pó da alga)

.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008
Alcachofra
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 As tinturas são obtidas das folhas e tem ação


colerética (estimula a secreção da bile e a sua
produção hepática) e diurética suave e
HEPATOPROTETORA.

250mg (ES) até 3x dia

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Laranja amarga
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 O Citrus aurantium, obtido da laranja


amarga, agita o metabolismo,
termogênico, queimador de gordura e
aumenta a lipólise.

Até 600mg/dia

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Chá verde
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 A Camellia sinensis: Antiinflamatório,


hipoglicemiante, hipolipidêmico, termogênico.

Até 1000mg/dia (ES)

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Garcínia
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 A Garcínia cambogia regula o metabolismo


lipídico (reduz a absorção de gorduras) e dos
açúcares.

400mg antes das refeições até 2g/dia

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Gimnema
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 Gymnema sylvestre secreta mais insulina e


diminui a avidez pelo doce.

Até 250mg 3 x ao dia

Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
Faseolamina
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 Phaseolus vulgaris(extraída do feijão-


branco) sequestra cerca de 15% do
carboidrato consumido. Dependendo da
sensibilidade do organismo, doses
exageradas da pílula podem provocar
gases, dores abdominais e até diarréia.

Até 500mg 2 x dia


Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
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Horário de administração:
DESJEJUM: vermífugos, diuréticos,
depurativos, estimulantes e tônicos.
AO DEITAR: calmantes e laxativos.
ANTES DAS REFEIÇÕES: antiácidos,
enzimáticos e carminativos ( gases)
APÓS REFEIÇÕES: digestivos, antiflamatórios,
coleréticos e colagogos (estimulam produção
de bile)
81

 Aspectos relativos ao paciente:


 NÃO é recomendável utilizar fitoterápicos
em crianças com idade inferior a 12 meses.

 Entre 12 e 18 meses só com recomendação


médica (chás e xaropes equivalendo a 1/5
da dose adulta).

 Com 30 meses em diante, avalia-se pelo


peso da criança.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
82

 Aspéctos relativos às plantas:


De acordo com a intensidade de ação da
planta, algumas têm ação aguda e intensa,
necessitando de doses mais baixas: pimenta,
alho, alecrim, menta e poejo.
Outras têm ação mais lenta e gradativa,
requerendo doses mais flexíveis: melissa,
espinheira santa, passiflora, dente de leão
e macela.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
83

 Forma de preparo das plantas


Podem utilizar diferentes dosagens dos
fitoterápicos. Os extratos secos requerem doses
menores que o pó devido maior concentração dos
princípios ativos.

DOSE: quantidade necessária para promover a


resposta terapêutica.
DOSAGEM: dose, freqüência e duração do
tratamento.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
84

 Nas prescrições, é importante ressaltar que as


plantas ou seus princípios ativos podem estar
sozinhos ou associados.
As misturas fitoterápicas são classificadas da
seguinte forma:

Droga vegetal principal(DVP) - é a principal


responsável pela ação terapêutica.
Droga vegetal complementar(DVC) - exerce um efeito
coadjuvante junto à planta principal.
Droga vegetal excipiente(DVE) - complementa a
fórmula e melhora as condições sensoriais.
Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos. SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição, 2008.
85

 Não se deve usar mais de 4 componentes entre droga


principal e complementar com o mesmo efeito.

Exemplo de formulação (composto vegetal DIGESTIVO E


HEPATOPROTEOR)
Dente de leão(Taraxacum officinalis).....250mg(DVP)
Alcachofra(Cynara scolymus).....150mg(DVC)
Alcaçus(Glycyrrhiza glabra).....50mg(DVE)

Cápsula nº “0” correspondem ao volume de 500mg


86

Exemplo de formulação (composto vegetal


EMAGRECIMENTO)
 Abacateiro............100mg

 Papaína.................100mg

 Garcínia cambogia....200mg

 Gymnema silvestre....100mg

 Valeriana qsp

 Uso: 1 cáp, 2 vezes ao dia

 30 dias
Exemplo de receituário com
87
prescrição de fitoterápicos:
DrªLílian Pinto
NUTRICIONISTA
CRN 2561-6
Para: Sr....................................................................
Solicito a seguinte formulação:
Uso oral.
Cynara scolymus(alcachofra) E.S..................................400mg/dose
Valeriana qsp

Mande: dose para 30 dias


Forma de uso: 01 dose ao dia, após o almoço, por 30 dias

Natal, 29.08.2012
Carimbo e assinatura
Plantas medicinais contra indicadas na
gestação
88 Erva macaé: Contrações e
 Hortelã: Má formação aborto
Funcho: Contrações Espinheira santa: Redução do
Transagem: Contrações Leite
Salvia: Contrações Ipê: Má formação no recém-
Salsaparrilha: Aborto nascido
Catuaba: Aborto Quebra-pedra: Aborto, cólicas e
Jurubeba: Aborto diarréia
Cravo dos jardins: Aborto Aloe Vera/Babosa: Hemorragia
Alcachofra: Redução do Leite e aborto
Romã: Contrações e aborto Copaíba: Má formação, cólicas
Mata: Contrações e aborto e diarréia
Angélica:Hemorragia e aberto Losna: Contrações e aborto,
Erva-de-bicho: Hemorragias e cólicas e convulsões
aborto Sene: Contrações e aborto,
Arnica: Hemorragia e aborto, diarréia no lactente
vômitos Erva de Santa Maria:
Cavalinha: Deficiência de Contrações e aborto, vômitos
vitamina B1 Cáscara sagrada: Contrações e
Erva andorinha: Contrações e aborto, cólicas e diarréia
aborto
Garra do diabo: Retardo do Fonte www.crf.com.br
parto
Matéria Prima Vegetal
89

 É toda planta fresca, droga vegetal ou seus


derivados:
 EXTRATOS
 TINTURAS
 ÓLEOS e outros...
Facilitar aplicação do medicamento, através da via
de administração mais apropriada.
Diferenças entre extratos
90

 Extratos: líquidas, sólidas ou semi-sólidas


frescas ou secas
 Extratos secos: adicionadas ou não de
adjuvantes
 Extratos fluidos: misturas
 Tinturas: são preparações alcoólicas ou
hidroalcoólicas resultantes da extração de
drogas vegetais ou animais
Formas farmacêuticas sólidas
91

Pós:A planta vegetal moída é utilizada na preparação de chás.

Granulados: aglomeração de matérias-primase de outros adjuvantes


farmacêuticos.

Cápsulas: maior aceitação. Os invólucros são obtidos a partir da


gelatina (alergias!?).

Comprimidos:compactação de matérias-primas sólidas.

Emulsões:São obtidas através das metodologias usuais de


emulsificação.

Supositórios: Incorporação por dissolução,suspensão de extratos


líquidos concentrados secos na massa base.
Sinergismo X Antagonismo
92

 S= União de vários princípios ativos das plantas


nas proporções ideais.

 A= A mesma planta pode se comportar de forma


diferente dependendo da situação de uso.
NUTRIFITOS
93

 Alimentos (funcionais) coadjuvantes dos fitoterápicos.


Alho (aliina, alicina – efeito hipotensor)
Azeite de oliva (efeito cardioprotetor – ac gr monoinsaturados
/oleico)
Chá verde (antioxidante)
Chocolate (polifenóis do cacau)
Farelos e cereais integrais (conteúdo de fibras)
Aveia (fibras solúveis beta d-glucanas)
Hortaliças crucíferas (fatores anticarcinogênicos)
Oleaginoasas (fontes de ac. graxos insaturados-oleico,linoléico, alfa linolênico)
Peixes (componente funcional é o ômega-3)
94
Menos açúcar,
Mais frutas.

95
Menos carnes,
Mais vegetais.
Menos refrigerantes,
Mais água.
Menos carro,
Mais caminhadas.
Menos preocupação,
Mais sono.
Menos palavras,
Mais atitudes.

By Lílian Pinto
BOA NOITE!!!
96

OBRIGADA!!
liliannutricionista@gmail.com
lilianpinto@unp.br
REFERÊNCIAS:
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 Fitoterapia Funcional dos Princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos.


SP:Kalluf, Lucyanna 1ª edição,2008.
 ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus
Libros, 2004. p. 406-411
 CLARE, B. A.; CONROY, R. S.; SPELMAN, K. The diuretic effect in human subjects
of an extract of Taraxacum officinale folium over a single day. Journal of Alternative
and Complementary Medicine, [S. I], v. 15, n. 8, p. 929-34, ago 2009.
 CUNHA, A. P.; SILVA, A. P.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em
Fitoterapia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. p. 602-603.
 DRESCHER, L. (coord.). Herbanário da Terra: Plantas e Receitas. Laranja da
Terra, ES: ARPA (Associação Regional dos Pequenos Produtores Agroecológicos),
2001. p. 61
 FETROW, C. W.; AVILA, J. R. Manual de Medicina Alternativa para o
Profissional. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan S.A., 2000. p. 251-
253.
 JEON H. J. et al. Anti-inflammatory activity of Taraxacum officinale. Journal of
Ethnopharmacology, [S. I], v. 115, n. 1, p. 8-82, 4 jan 2008.

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