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NOCLHIN, Linda. Por que não houve grandes artistas mulheres?. São Paulo:
Edições Aurora, 2016.
A autora tem como base do seu texto três principais ideias sobre as mulheres na
arte, sendo eles; o reforço do estereótipo presente na questão principal, as
características de obras de artistas mulheres e como elas são taxadas e a iniciação
de mulheres no meio artístico e a forma como ela foi negligenciada. Dessa maneira,
Linda Noclhin escreve um texto, que apesar de ter sido público em meados dos anos
70, serve como base para afetar os pensamentos na contemporaneidade.
Nota-se que a pergunta do título evidencia uma outra questão pontuada por Linda
Noclhin e outros autores, a questão do “Grande Artista”, que é definido como o
detentor de toda genialidade, “único, de comportamento divino desde seu
nascimento, uma essência misteriosa, a última bolacha do pacote, chamado de
Gênio ou Talento…” destaca a autora. Dessa maneira, “Grandes Artistas” sempre
eram vistos como aqueles que se dedicavam desde crianças, aprendiam por esforço
próprio sem professores para auxiliar ou aqueles que largaram tudo para se dedicar
única e exclusivamente à arte, negligenciando tudo ao seu redor para tornar sua
paixão pela arte palpável. Contudo, ao olhar para artistas mulheres, estas na maioria
das vezes não puderam negligenciar suas “obrigações femininas” para se dedicar
cem por cento as artes visuais, não se ouve muito falar sobre “Grandes Artistas
Mulheres” que largaram tudo e se destinaram à arte desde pequenas, ou que foram
incentivadas ainda crianças a seguir a profissão do pai. Linda Noclhin traz o exemplo
de Pablo Picasso, que foi incentivado por seu pai (professor de arte) ainda na
precocidade. Então, Linda questiona se haveria o mesmo incentivo por parte do pai
de Picasso caso este mesmo fosse uma mulher..