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POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
LONDRINA
2020
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SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 8
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1 TEXTO SELECIONADO
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escolhida pela pesquisadora justamente por ser outro exemplo de produção artística
de autoria feminina que subverte as expectativas do público e distorce os modelos
de feminilidade dócil.
O que mais interessa nesses exercícios iniciais propostos pela pesquisadora
é como ela expões as ideias mais antigas sobre o que é o feminino e como “essas
imagens criadas por mulheres artistas rompem com os lugares estereotipados
destinadas a elas pela cultura” (LOPONTE, 2008, p. 150). Ela parte de artistas
mulheres, colocando-as como sujeito de criação, para significar (ou descontruir
significados) do que é a feminilidade. Em geral, os livros didáticos e o próprio
imaginário artístico ocidental, exclui a mulher do campo da criação artística, ao
mesmo tempo em que hipervisualiza a mulher como objeto de representação.
No dia-a-dia escolar, a professora de arte lidará com a onipresença do corpo
feminino nas obras de arte. A imagem da mulher estará frequentemente nos
materiais e na produção artística dos estudantes. Nesse caso, são importantes os
esforços para “desautomatizar”, para não naturalizar o e legitimar o corpo feminino
como mero objeto de contemplação e, sim, tratar o tema sem a cristalização dos
estereótipos. É preciso, primeiro, que a professora esteja atenta às múltiplas
feminilidades, que não assuma um lugar de enunciação masculino como se esse
fosse um lugar neutro. Depois, é que se traga para a sala de aula a mulher como
sujeito de criação artística.
As artistas contemporâneas abordadas na pesquisa podem ser estudadas e
discutidas nas salas de Ensino Médio, ajudando os alunos a perceberem outras
possibilidades de representação da imagem da mulher e provocar, de modo
intencional, um possível estranhamento em um olhar já acostumado ao ponto de
vista feminino.
Mas me pareceu mais relevante ainda levar este exercício para a Educação
Infantil e o Ensino Fundamental Anos Iniciais, segmentos em que são muito comuns
as imagens de mulheres que remetem à passividade, submissão, delicadeza. Quão
comum é que meninas e meninos desenhem as mulheres com românticos vestidos
longos e padronizados gestos contidos? Por que não aproveitar a espontânea
representação do universo feminino feita pela criança e abordar este tema de outras
formas também?
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REFERÊNCIAS