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PPV-HUMANAS

MULHERES
NA ARTE BRASILEIRA

Grupo 2- 2ºH
Bruna Poliakovas n3
Catharina Daniele n5
Iago Boza n16
Isabella Gadani n18
Maria Clara Vasconcelos n23
1
é um serviço realizado por um
profissional especializado,
demandando uma formação
multidisciplinar.

Curadoria de 2 Exige um processo de organização,

obras artísticas
cuidado e montagem de uma
exposição artística.

3
É formada por um conjunto de obras
artísticas de um ou vários artistas, a partir
da pesquisa e seleção prévia realizado
pelo curado.
Mulheres
A inserção feminina no campo da produção artística

Durante muito tempo as mulheres estiveram Quando as mulheres começaram a participar dos Com o surgimento da burguesia e as
presentes na produção artística apenas como salões de arte, no final do século XIX, a crítica transformações do contexto politico e social no
modelos e musas. Isso se deve, principalmente, abordava sua produção em relação à de outras Brasil, as cenas de gênero começaram a ganhar
às dificuldades de acesso aos equipamentos de mulheres e, eventualmente, em relação à produção mais visibilidade. Essas mudanças
ensino da arte e a barreiras sociais que de artistas homens vistos como amadores. Assim representaram, também, maiores possibilidades
impediam que se dedicassem criou-se uma categoria exclusiva que ficou de inserção das mulheres no campo da
profissionalmente a essa ocupação. De modo conhecida como “arte feminina”. produção artística. Mais tarde, com a chegada do
algum isso significa que elas não produziram e, Esse filtro isolava as qualidades estéticas das modernismo e o enfraquecimento da rigidez
principalmente, que suas obras não tiveram as produções femininas e impedia que fossem temática formal do academicismo, as questões
qualidades que justificassem a sua inserção nos avaliadas segundo os mesmos critérios utilizados de gênero já não eram mais colocadas como um
livros de arte. na abordagem de obras feitas por homens. critério de hierarquia na produção artística.
Um Canto do meu Ateliê
Abigail de Andrade
1884
Óleo sobre tela
Aluna Isabella Gadani
Um canto do meu ateliê
A obra acima, foi feita por Abigail de Andrade, pintora brasileira nascida em 1854. Essa obra, que retrata o modernismo, reflete a cultura
brasileira por meio da representação da vida de uma artista em seu ateliê. Através da pintura, a artista expressa sua identidade, suas
emoções e sua conexão com a arte e o mundo ao seu redor, que também pode ser interpretada como um retrato da importância da
criatividade e da expressão artística na cultura brasileira. Podemos ver que a pintura demonstra um estilo expressivo e vibrante, com
pinceladas soltas e cores vivas, transmitindo uma sensação de energia e vitalidade.

A composição da obra é equilibrada, com a figura da artista em destaque no centro, rodeada por elementos do seu ateliê, como pincéis,
telas e tintas. A representação da artista imersa em seu ambiente criativo transmite a paixão e dedicação pela arte. A obra também
transmite uma sensação de intimidade e introspecção, convidando o espectador a adentrar no mundo da artista. Esta obra possui uma
relevância histórica ao retratar a vida de uma artista em um determinado período de tempo. Ela nos permite entender como era a prática
artística e a vida cotidiana das mulheres artistas em um contexto histórico específico.

Além disso, a obra pode ser interpretada como uma representação das transformações sociais e culturais que ocorriam na época em que foi
criada. É uma janela para compreendermos a história da arte e a posição das mulheres artistas na sociedade, assim como toda trajetória de
Abigail, sendo uma das primeiras mulheres a se destacar no campo das artes visuais no Brasil, que retratava principalmente paisagens,
naturezas-mortas e retratos, que são conhecidas por sua delicadeza e detalhamento, retratando a sensibilidade e estética da época onde
ela desafiava os estereótipos de gênero da época e abriu caminho para outras mulheres artistas.

ABIGAIL DE ANDRADE
Chuva sobre São Paulo
Maria Auxiliadora da Silva
1971
Óleo sobre tela
Aluna Catharina Daniele
Chuva Sobre São Paulo
Maria Auxiliadora da Silva foi uma artista negra e autodidata dos anos 1970 que se considerava primitivista e que pintou
seu cotidiano por 7 anos, antes de ser acometida por um câncer que lhe ceifou a vida aos 36 anos de idade. Em 1968,
juntou-se (com outros integrantes de sua família) ao grupo que girava em torno do músico, teatrólogo e poeta negro
Solano Trindade, no Embu das Artes, SP, onde se formara um centro de artesanato voltado principalmente para a arte e
cultura afro-brasileira. No mesmo ano, participou de diversos salões no estado de São Paulo, inclusive recebendo o
primeiro prêmio no V Salão de Artes Plásticas do Embu das Artes. No inicio dos anos 1970, descontente com a situação
no Embu, Maria Auxiliadora retorna a capital paulista, passando a expor seus trabalhos na Praça da República, lá ela tem
a oportunidade de expor obras no Consulado Americano e Musée d'Art Naïf, na França.

Nesta obra de Auxiliadora, ​exposta no Museum of Fine Arts, em Boston, EUA, vemos uma cidade movimentada e cheia
de cores vibrantes, enquanto uma forte chuva cai, molhando os desprotegidos na rua. A visão primeira é caótica, onde
pessoas e animais correm tentando se proteger da chuva. Porém, observando de forma detalhada, temos histórias que
se entrelaçam dentro desse cenário.
Olhando para o lado esquerdo inferior da obra temos um casal que tenta salvar seus animais da chuva, enquanto uma
mulher joga um guarda chuva de uma janela para uma criança que grita na rua. Mais ao fundo, ainda na esquerda,
uma mulher, acompanhada por uma criança e um cachorro, compram um jornal em uma banca de revistas, enquanto
um carro passa jogando água em uma família, que espera em um ponto de táxi. Na parte central inferior da obra,
observa-se uma segunda fila, onde uma placa indica ser uma parada de ônibus, já, para o lado direito, vemos pessoas
correndo para se abrigarem em um restaurante. A cena acontece perto de uma praça, onde grandes prédios cobrem o
horizonte, trazendo o olhar da artista da desordem organizada da grande São Paulo.

MARIA AUXILIADORA
Le Manteau Rouge
Tarsila do Amaral
1923
Autorretrato
Óleo sobre tela
Aluna Maria Clara Vasconcelos
Autorretrato- Le Manteau Rouge
Em 1969, o Museu Nacional de Belas Artes adquiriu de Tarsila do Amaral, por compra, a pintura “Autorretrato – Le manteau rouge”. Essa
obra foi pintada por Tarsila em 1923, em Paris. Nesta época, a artista frequentava o ateliê do francês André Lhote (1855-1962).
Em “Autorretrato – Le manteau rouge” Tarsila do Amaral se retrata com o casaco vermelho que vestira em uma recepção em homenagem
a Santos Dumont no Hotel Clariage, em Paris, no dia 23 de abril de 1923, num jantar oferecido pelo Embaixador do Brasil, Souza Dantas.O
casaco tinha uma gola alta arrematada, junto ao busto, por flores em cada uma das extremidades, desenhando um largo decote, deixando-
lhe o colo desnudo. O fundo do retrato, em nuances de azul, ressalta seu rosto de pele clara, envolto de uma aura luminosa, onde também
se sobressai a boca bem desenhada e vermelha, cabelos presos com linha definindo o contorno, olhos sombreados de um azul desfocado,
lhe conferindo um certo misterioso e distante olhar. Transmite uma sensação de empoderamento e autoafirmação. Ao observarmos a
maneira como Tarsila escolheu se retratar em “Le manteau rouge”, constatamos que a força dessa representação permanece como
testemunho de um de seus mais marcantes e áureos tempos, os de sua juventude e que não é à toa que seu nome reverbera até hoje além
das fronteiras culturais de seu país natal. O quadro “Autorretrato ou Le Manteau Rouge” de Tarsila do Amaral é uma obra emblemática que
reflete não apenas a habilidade artística da pintora, mas também aspectos importantes da história, cultura e arte do Brasil. Criada em 1923, a
pintura apresenta traços marcantes do modernismo brasileiro, um movimento que buscava romper com as influências europeias e
incorporar elementos autênticos da cultura nacional. A obra captura elementos da rica diversidade cultural brasileira. O uso do vermelho,
por exemplo, pode ser interpretado como uma referência ao folclore, à paixão e à vitalidade do povo brasileiro. Além disso, a figura da artista
em primeiro plano sugere um reconhecimento do papel das mulheres na sociedade e na arte, algo muitas vezes negligenciado na época.
Tarsila do Amaral demonstra sua maestria ao combinar influências cubistas e fauvistas com elementos do expressionismo. As formas
geométricas e as cores vibrantes contribuem para criar um efeito visual impactante, chamando a atenção do espectador para a figura
central. A ousadia estilística e a experimentação artística também refletem a busca por uma nova linguagem artística, característica do
modernismo brasileiro.Em suma, o quadro oferece uma análise histórica, cultural e artística rica e complexa, destacando sua importância no
contexto do modernismo brasileiro e sua contribuição para a expressão da identidade nacional e da figura feminina na arte.

TARSILA DO AMARAL
Natividade
Adriana Varejão
1987
Óleo sobre tela
Aluno Iago Boza
Natividade
Adriana Varejão é uma artista plástica contemporânea. Nascida em 1964, a carioca Adriana começou sua carreira nos
anos 80, ainda muito jovem. Entre 1981 e 1985 frequentou cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio
de Janeiro e fez sua primeira exposição individual em 1988, na galeria Thomas Cohn.

Sua obra reproduz elementos históricos e culturais, com temas ligados à colonização, ao barroco, à azulejaria e a
identidade feminina. Investiga também a utilização do corpo humano, da visceralidade e da representação da carne
como elemento estético. Apesar de remeter ao barroco, adquire forte contemporaneidade em decorrência do acúmulo
excessivo de materiais, camadas de tinta e informações.

A obra “Natividade” de Adriana Varejão expressa diferentes emoções. Da para sentir uma conexão com a cultura e a
história do Brasil, enquanto também pode se impressionar com a representação artística da maternidade e da
feminilidade. A escolha das cores em uma obra de arte pode ter um impacto significativo na sua interpretação e na
emoção que ela transmite, as cores escolhidas podem influenciar a atmosfera e o significado da obra. Por exemplo,
cores vivas e vibrantes podem transmitir energia e vitalidade, enquanto cores mais suaves e sutis podem evocar
tranquilidade e serenidade.

Da pra sentir diferentes emoções ao ver a obra “Natividade” de Adriana Varejão. Pode se sentir uma conexão com a
cultura e a história do Brasil, e também podem se impressionar com a representação artística da maternidade e da
feminilidade, sentir admiração, fascínio ou até mesmo provoca a refletir sobre questões relacionadas à identidade e à
maternidade.
ADRIANA VAREJAO
A Boba
Anita Malfatti
1915
Óleo sobre tela
Aluna Bruna Poliakovas
A Boba
A obra selecionada foi “A Boba”, de Anita Malfatti, que foi uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras da primeira fase do
modernismo.
Ela teve um papel preponderante na “Semana de Arte Moderna”, em 1922, onde expôs seus trabalhos.

“A Boba” é uma das obras mais importantes da pintora brasileira e apresenta elementos cubistas e futuristas para além de muitas cores.

O retrato traz uma única protagonista - jovem, expressiva -, que se destaca em primeiro plano. Anita deforma as formas básicas da sua
personagem. O fundo, abstrato, é feito a partir de pinceladas largas.

“A Boba” de Anita Malfatti é uma obra de arte intrigante e expressiva. A figura transmite uma sensação de energia e emoção. A pintura de
Malfatti é conhecida por sua abordagem única e pela maneira como ela captura a essência humana. Ela desafia as convenções artísticas
tradicionais e busca transmitir uma mensagem de liberdade criativa. A combinação de cores e formas na pintura cria uma atmosfera
cativante e convida o espectador a refletir sobre a sociedade e a condição humana. É uma obra de arte fascinante e cheia de significado!

Um ponto importante sobre “A Boba” de Anita Malfatti é que ela foi uma das obras que causou grande polêmica e controvérsia quando foi
exibida pela primeira vez em 1917. Muitos críticos e conservadores não entenderam ou aceitaram a abordagem inovadora e não
convencional de Malfatti em relação à arte. Essa reação negativa acabou impulsionando o surgimento do modernismo brasileiro e abrindo
caminho para novas formas de expressão artística. A tela, que tem 61cm por 50.60 cm, foi pintada durante o período em que Anita viveu
nos Estados Unidos e atualmente pertence à Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP).

ANITA MALFATTI
Disposição das obras

Nosso grupo decidiu fazer uma distribuição em formato de “linha do tempo”, ou seja, as obras estão
distribuídas pela sala de acordo com o ano de produção. Dessa forma,começando pela introdução do tema,
temos a primeira obra “Um Canto do Meu Ateliê”, de 1884 e segue-se assim, até a obra mais recente,
“Natividade “, de 1987.
Todas as mulheres
do mundo - Rita Lee
A música “Todas as Mulheres do Mundo” de Rita Lee é uma canção que
celebra a diversidade e a beleza feminina. A letra exalta as diferentes
personalidades, estilos e características físicas das mulheres,
destacando que todas elas têm em comum a força e o poder que
carregam consigo.
Ao longo da música, Rita Lee tece uma série de elogios às mulheres,
utilizando uma linguagem poética e cheia de metaforas para descrever
suas qualidades. Ela canta sobre como as mulheres são capazes de
transformar o mundo com sua coragem e determinação, e como sua
presença é fundamental para tornar a vida mais colorida e vibrante.
.Além disso, a música também aborda questões relacionadas a
liberdade e a igualdade de gênero, afirmando que todas as mulheres
merecem ser respeitadas e valorizadas pela pessoa que são,
independentemente de padrões sociais ou estéticos impostos pela
sociedade.

No geral, a letra de “Todas as Mulheres do Mundo” é uma ode à


diversidade e à força feminina, representando uma mensagem positiva https://youtu.be/bwf3UnacXuw
e inspiradora para todas as mulheres e é por isso que a escolhemos.
Google Art&Culture

Universidade de Brasília-Obra e Vida de Maria Auxiliadora por

Fontes
Fernanda Gomes

https://revista.uepb.edu.br/REDISC/article/download/856/518/2639

https://arteref.com/opiniao/instituto-tomie-ohtake/a-participacao-
das-mulheres-na-historia-da-arte/amp/

https://citaliarestauro.com/abigail-de-andrade/

https://centrocultural.sp.gov.br/a-representatividade-da-
mulher-na-arte/

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