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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

I TRABALHO DE FISIOLOGIA GERAL


Nelson José da Cunha Amaral
Código: 708211643

Tutor: Alberto Malequeta

Curso: Lic. Em ensino de Ed. Física e Desp


Disciplina: Fisiologia Geral
Ano de frequência: 2º ano

Nampula, Agosto de 2022


Índice

Introdução................................................................................................................................... 3
I. Transporte através da membrana celular .......................................................................... 4
Endobiose ................................................................................................................................... 4
Exocitose .................................................................................................................................... 5
Transporte passivo ................................................................................................................... 5
Osmose ....................................................................................................................................... 6
Classificação dos diferentes tipos de transporte ......................................................................... 8
Transporte ativo ....................................................................................................................... 8
II. Regulações das funções Corporais .................................................................................... 9
Hipófise ...................................................................................................................................... 9
Tireoide ...................................................................................................................................... 9
Paratireóides ............................................................................................................................. 10
Suprarrenais .............................................................................................................................. 10
Pâncreas .................................................................................................................................... 10
Ovários ..................................................................................................................................... 10
Testículos ................................................................................................................................. 10
Conclusão ................................................................................................................................ 11
Bibliografia ............................................................................................................................. 12
Introdução
A membrana plasmática é uma estrutura formada por duas camadas de fosfolipídeos presentes
em todas as células existentes. Por essa bicamada inserem-se proteínas e algumas funcionam
como verdadeiros poros na membrana e outras atuam como receptores.

E graças a essas características, a membrana apresenta a capacidade de selecionar o que entra e


o que sai da célula, garantindo, portanto, a manutenção do meio intracelular. O presente trabalho
da cadeira de Fisiologia que visa apresentar a articulação do tema proposto pelo professor da
cadeira.

Para realização do presente trabalho o pesquisador o usou o método cientifico – bibliográfico


onde buscou artigos que abordavam o tema em estudo.

No que tange na a organização da pesquisa está estruturado em introdução, desenvolvimento e


conclusão. Portanto, o trabalho tem muita pertinência no campo acadêmico uma vez que pode
ampliar o conhecimento do estudante na área da Fisiologia.

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TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR, REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES
CORPORAIS

I. Transporte através da membrana celular


O transporte de substâncias realizado pelas células é possível devido à presença de uma
membrana plasmática. Nela, a troca de substâncias com o meio ocorre em duas modalidades:
transporte em massa e transporte de partículas. O transporte em massa envolve a presença de
vesículas membranosas, as quais armazenam grande quantidade de moléculas. Esse transporte
pode direcionar substâncias para dentro da célula (endocitose) ou realizar sua eliminação para
o meio extracelular (exocitose).

Já o transporte de partículas, é definido pela passagem de íons e moléculas através de poros ou


proteínas presentes na superfície da membrana. Neste caso, a passagem de partículas pode ser
facilitada por estruturas proteicas, que utilizam ATP para forçar a passagem da molécula contra
seu gradiente de difusão.

Endobiose
A endobiose é o mecanismo de entrada de partículas na célula por meio de vesículas chamadas
endossamos. Pode ocorrer de duas formas: fagocitose e pinocitose. A formação dessas vesículas
e seu trânsito pela membrana consomem energia.

a) A fagocitose é um mecanismo pelo qual há a utilização de pseudópodes, que são estruturas


capazes de englobar moléculas ou estruturas celulares. Após esse processo, é formada uma
vesícula membranosa, denominada vacúolo alimentar (fagossomo). Essa estrutura irá se
fundir ao lisossomo, passando a se chamar vacúolo digestivo. No interior do vacúolo, a
substância fagocitada irá ser degradada pela ação de enzimas digestivas, como o peróxido
de hidrogênio (H2O2). A fagocitose é importante na digestão intracelular de protozoários e
poríferos. Nos neutrófilos (leucócitos) ela contribui para a defesa do organismo contra
agentes patológicos.

Esquema do mecanismo de fagocitose, o qual envolve a participação de pseudópodes e


lisossomos

b) A pinocitose é um tipo de endocitose que está relacionada com o englobamento de fluídos


ou gotículas de lipídios. Na pinocitose, observa-se a formação da vesícula (pinossomo) com
cerca de 80 mm de diâmetro, contendo diferentes moléculas dissolvidas em um líquido. Se

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houver a fusão desta com o lisossomo, passará a ser chamada de vacúolo digestivo. Um
exemplo de pinocitose é o mecanismo pelo qual as células intestinais absorvem gordura.

Exocitose
O mecanismo de exocitose tem como função principal expulsar para fora da célula substâncias
por ela produzida e resíduos da digestão intracelular. A exocitose é um processo em que
partículas saem da célula por meio de modificações da membrana plasmática. Existem duas
modalidades: clasmocitose e secreção celular.

a) Clasmocitose
A clasmocitose é o processo de eliminação de resíduos provenientes da digestão intracelular
realizada pelas células. Ela ocorre quando o vacúolo residual se funde à membrana plasmática,
sendo assim eliminada para o meio extracelular.

b) Secreção celular
Na secreção celular ocorre a formação de vesículas membranosas pelo complexo golgiense. O
complexo de golgi tem papel destacado nas células que produzem proteínas para exportação. A
produção de substâncias que serão exteriorizadas e que têm alguma função fora das células
constitui a secreção celular.

Transporte passivo
Transporte passivo é o nome dado ao trânsito natural de pequenas moléculas ou íons através da
membrana plasmática, em virtude da diferença de pressão de difusão, entre os líquidos que
estão nos dois lados da membrana. É o que justifica a absorção e a eliminação de água pela
célula (osmose). O transporte passivo não envolve gasto de ATP e se apresenta em duas
modalidades: difusão e osmose.

a) Difusão simples
Difusão é o processo de movimentação espontânea das partículas a favor do gradiente de
concentração. Portanto, as partículas se movem de uma região de maior concentração, para uma
de menor concentração. Este processo é bem observado em um experimento simples: colocando
tinta sobre um copo de água, sem fazermos qualquer intervenção, como tentar homogeneizar o
líquido, notaremos que as partículas de tinta se movem para o interior do copo, até que chegará
um momento em que não haverá parte do líquido com mais tinta do que outra. Desta forma, a

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solução terá um aspecto homogêneo. Este processo ocorre de formas distintas em algumas
células e são elas: difusão simples e difusão facilitada.

A difusão simples é caracterizada por permitir o fluxo de substâncias por toda a superfície da
membrana, como a troca de gases. Os alvéolos pulmonares trocam gases com os capilares
presentes em suas regiões externas. A difusão do oxigênio para os capilares acontece quando
ele se encontra em maior concentração nos alvéolos, comparado aos capilares. De forma
análoga, o gás carbônico, que está presente em maior concentração no sangue, difunde-se para
os alvéolos pulmonares. No fenômeno de difusão simples, a velocidade de difusão é
proporcional à diferença de concentração existente entre os meios, ou seja, quanto maior for a
disparidade de concentração, maior será a velocidade de difusão das partículas.

b) Difusão facilitada
A difusão facilitada ocorre somente em partículas maiores, como açúcares. Em células
sanguíneas, os açúcares são internalizados através de proteínas específicas (proteína
transportadora) presentes na superfície da membrana, de forma que elas selecionam e facilitam
a entrada de moléculas específicas na célula. Neste tipo de difusão não ocorre gasto de ATP e
é realizada a favor de um gradiente de difusão. Sendo assim, acontece de uma região mais
concentrada, para outra menos concentrada.

Na difusão facilitada, a velocidade de difusão das moléculas pode ultrapassar a velocidade


observada na difusão simples. Porém, se for acrescido no meio um número exacerbado de
moléculas, ocorre a estabilização na velocidade de difusão, devido à ocupação de todas as
proteínas transportadoras.

 Osmose
A osmose é definida pela passagem do solvente (água), do meio com menor concentração de
soluto (substância diluída), para o meio de maior concentração de soluto. O objetivo deste
fenômeno é restabelecer o equilíbrio entre as concentrações de soluto. Sendo assim, a osmose
se refere à uma concentração de solução comparada a outra. Em soluções aquosas, o valor da
concentração do soluto de um meio, comparado a outro, pode ser classificado em três tipos:
hipertônica, hipotônica e isotônica.

Quando comparamos soluções com concentrações diferentes, a solução com maior


concentração de solutos é chamada de hipertônica e às soluções com concentração de soluto

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menor damos o nome de hipotônica. Soluções isotônicas apresentam a mesma concentração de
solutos quando comparadas uma com a outra.

Para que a osmose aconteça, é necessária a existência de uma membrana semipermeável, que é
a estrutura que permite a passagem de solvente (água) e bloqueia a passagem de solutos. Para
ilustrar seu funcionamento, imaginemos um recipiente com duas metades separadas por uma
membrana semipermeável. Em uma das metades é acrescentado mais soluto, de forma que se
observa que o volume de água na outra metade é reduzido. Isso ocorre devido à migração de
água para o lado mais hipertônico (o primeiro, em que foi acrescentado soluto), a fim de
restabelecer a igualdade das concentrações.

Pressão osmótica é a pressão que deve ser aplicada sobre uma membrana semipermeável para
evitar que o solvente a atravesse, ou seja, é a força contrária à osmose. Ela pode ser mensurada
pela pressão exercida por um aparato hidráulico, a fim de forçar a água de volta à solução
hipotônica. A osmose está presente em todas as células e sua ação é essencial para a
sobrevivência delas. A seguir, iremos exemplificar a importância da participação da osmose em
células animais e vegetais.

 Osmose na célula animal: ao colocarmos uma célula animal, como a hemácia, em três
tipos de soluções (isotônica, hipertônica e hipotônica), notamos diferenças em sua aparência
e volume. Quando a hemácia é colocada em uma solução hipotônica, observa-se um
aumento da entrada de água na célula, por osmose, podendo ocasionar a ruptura de sua
membrana, processo conhecido como lise osmótica. Em um ambiente hipertônico,
observamos que a hemácia perde água para o ambiente por osmose. Nesse caso, verificamos
que a célula murcha, apresentando um aspecto enrugado. No entanto, se colocarmos a
hemácia em um ambiente isotônico, a água flui na mesma proporção para dentro e para fora
da célula. Nessa situação, observamos que o volume da célula não se altera.

 Osmose na célula vegetal: Sob diferentes condições, as células vegetais podem sofrer
mudanças estruturais de acordo com a perda e ganho de água. Estas mudanças são possíveis
devido à presença de uma estrutura membranosa, conhecida como vacúolo, na qual se
encontram solutos, como sais e açúcares. Em meio não isotônico, a concentração de solutos
dentro do vacúolo acarreta numa pressão osmótica, que determina o ganho ou a perda de
água pela célula vegetal. Em meio hipertônico, a célula vegetal perde água, devido à alta
concentração de soluto presente no meio extracelular..

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Classificação dos diferentes tipos de transporte
 Uniporte – transporte de um ÚNICO soluto de um lado para outro da membrana
 Transporte acoplado – transporte de dois ou mais solutos simultaneamente ou
sequencialmente
 Simporte – soluto transportados na mesma direção
 Antiporte – solutos transportados em direções oposta

Transporte ativo
O transporte ativo é o nome dado ao tráfego de moléculas através da membrana plasmática,
contra o gradiente de concentração, mediado por proteínas transportadoras específicas. Este
tipo de transporte é caracterizado pela passagem das partículas do meio menos concentrado,
para o meio mais concentrado. As partículas são forçadas contra o gradiente pela atuação de
proteínas transportadoras, conhecidas como permeases, as quais necessitam de ATP para
realizar o transporte.

Um exemplo de transporte ativo são as bombas de H+, que acontece na parede do estômago, e
estão associadas à síntese de suco gástrico. Naturalmente, o estômago apresenta concentração
de H+ muito maior do que a encontrada no sangue, entretanto, para a produção de suco gástrico,
é necessário o aumento desses íons presentes no estômago. Sendo assim, mais íons são
bombeados do sangue para o estômago, permitindo o transporte de prótons (H+) contra o
gradiente de difusão.

A bomba de sódio e potássio é um tipo de transporte ativo que ocorre em todas as células do
corpo. O processo ocorre devido às diferenças de concentrações dos íons sódio (Na+) e potássio
(K+) dentro e fora da célula. Para manter a diferença de concentração dos dois íons no meio
interno e externo da célula, é preciso utilizar energia na forma de ATP.

A bomba de sódio e potássio é importante nos neurônios, pois contribui para a geração de
impulsos nervosos. As permeases expulsam o Na+ que entra na célula e se ligam ao K+ que sai
da célula. A cada acionamento da bomba de sódio e potássio, três Na+ se ligam aos seus sítios
específicos na proteína. O ATP também se liga à permease, provocando a alteração de sua
conformação, liberando os íons de Na+ para o meio extracelular. No mesmo momento, dois K+
se ligam à proteína em seus sítios específicos. O ATP é liberado e a proteína retorna a sua
conformação original, liberando os íons de K+ para o interior da célula.

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II. Regulações das funções Corporais
Sistema Nervoso: Ele opera em um nível subconsciente e controla muitas funções dos órgãos,
incluindo o nível de atividade de bombeamento pelo coração, movimentos do trato
gastrointestinal e secreção de muitas das glândulas do corpo.

O sistema endócrino: sistema complexo e constituído pelas glândulas endócrinas do nosso


corpo. Glândulas endócrinas são as estruturas que sintetizam substâncias e lançam-nas na
corrente sanguínea. Essas substâncias são denominadas de hormônios e são responsáveis por
controlar uma série de atividades do corpo humano, tais como o metabolismo, secreção de leite,
crescimento e quantidade de cálcio no sangue. É importante salientar, no entanto, que células
endócrinas podem ser encontradas em órgãos que compõem outros sistemas, como é o caso das
células produtoras de hormônios encontradas no estômago.

 As principais glândulas endócrinas humanas são: a pineal, a hipófise, a tireoide, as


paratireoides, as suprarrenais, o pâncreas, os ovários (nas mulheres) e os testículos (nos
homens). Agora veremos um pouco sobre as funções e os hormônios secretados por cada
uma delas.

Pineal
A pineal é uma pequena glândula situada no centro do cérebro. Sua principal função é o controle
dos ciclos diários de sono e vigília. Durante a noite, a escuridão estimula a secreção de um
hormônio da pineal, a melatonina, que induz ao sono. Já a claridade inibe a produção de
melatonina.

Hipófise
A hipófise, ou pituitária, é uma pequena glândula, situada sob o encéfalo e ligada ao hipotálamo.
Além de controlar diretamente diversas funções metabólicas, a hipófise também estimula ou
inibe a ação de outras glândulas. Ela é dividida em duas regiões, uma posterior, chamada de
neuro-hipófise.

Tireoide
A tireoide é uma glândula situada na região frontal do pescoço. Os principais hormônios
secretados pela tireoide são: a tiroxina (T4), a triidoxina (T3) e a calcitonina. O T4 e o T3
regulam o metabolismo celular. Já a calcitonina regula a concentração de cálcio, elemento
importante para a contração muscular.

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Paratireóides
Ligadas à parte posterior da tireóide, existem quatro pequenas glândulas endócrinas, chamadas
paratireoides. As paratireoides secretam o paratormônio (PTH), que atua na regulação da
concentração de cálcio no organismo.

Suprarrenais
As glândulas suprarrenais, ou adrenais, estão localizadas sobre os rins. Internamente, são
divididas em duas regiões, uma externa, o córtex adrenal, e outra interna, a medula adrenal.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista localizada na região abdominal. Ele é chamado de glândula
mista pelo fato de possuir tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A função endócrina é
realizada por diversos conjuntos de células chamadas de ilhotas de Langerhans.

Ovários
Os ovários secretam os hormônios sexuais femininos, o estrógeno e a progesterona. O
estrógeno, entre outras funções, está relacionado ao ciclo menstrual e ao desenvolvimento de
características sexuais secundárias femininas, como os seios e o acúmulo de gordura em certas
regiões do corpo. A progesterona promove alterações necessárias para a manutenção de uma
possível gravidez. No útero, por exemplo, o hormônio promove a formação do endométrio,
tecido sobre o qual o embrião se fixa.

Testículos
Os testículos secretam o hormônio sexual masculino, a testosterona. Este hormônio, entre outras
funções, promove o desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas, tais
como voz grossa e barba.

Sistema Hormonal: Os hormônios são transportados no liquido extracelular para todas as


partes do corpo para participar da regulação da função celular.

Exemplos:

 O hormônio da tireoide aumenta a velocidade da maior das reações químicas em todas


as células, contribuindo assim para estabelecer o ritmo da atividade corporal;
 A insulina controla o metabolismo da glicose;

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Conclusão
Concluindo este trabalho e importante saber que as substâncias entram e saem da célula de
diferentes formas e o transporte por meio da membrana pode ser classificado em dois grupos:
passivo e ativo.

Na regulação das funções corporais as glândulas endócrinas secretam os hormônios,


substâncias que são lançadas na corrente sanguínea, atingindo as células dos diversos tecidos
do corpo humano. Os hormônios podem estimular ou inibir as funções metabólicas, isto e, cada
hormônio atua apenas sobre algumas células específicas.

Os hormônios são substâncias extremamente importantes para o controle e bom funcionamento


do organismo. Cada um possui um efeito específico que regula as várias funções do corpo
humano, entre elas, crescimento, desenvolvimento, vida sexual e equilíbrio interno do corpo.

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Bibliografia
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia em contexto: do universo as celulas vivas. Sao
Paulo Editora Moderna, 2013.

Harvey,, Lodish,; B.,, Sterin de Speziale, Norma; A.,, Vidal, Norberto (2005). Biologia celular
y molecular

LOPES, S.; ROSSO, S. Bio. São Paulo. Editora Saraiva, 2013.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Transporte ativo e passivo”; Brasil Escola.

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