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PROJETO INTEGRADOR 1:
ANÁLISE DE CONJUNTURA DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS
Parauapebas
2021
Robelma Oliveira Lima- RA 4719981
Cristiane Silva Bezerra- RA 4803141
PROJETO INTEGRADOR 1:
ANÁLISE DE CONJUNTURA DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS
Parauapebas
2021
Lista de Abreviaturas
1 INTRODUÇÃO
era estatal, o direito de explorar minério de ferro, ouro e manganês no local, antes
habitada por índios Xikrins do Cateté.
Em 1981, deu-se início à implantação do Projeto 'Ferro Carajás', quando
então, no vale do rio Parauapebas, começou a ser construída a Vila de
Parauapebas. A notícia da construção do povoado de Parauapebas provocou um
intenso deslocamento de pessoas para a área, pessoas de todas as regiões do país,
principalmente do estado do Maranhão.
Em pouco tempo, o povoado do Rio Verde, apesar das condições inferiores
em relação aos padrões do núcleo urbano projetado em Carajás, cresceu
descontroladamente. O movimento comercial também ocorreu rapidamente,
justamente na área onde hoje é o bairro Rio Verde. A vila, que havia sido projetada
para atender até 5 mil habitantes, segundo dados do IBGE, já estava com cerca de
20 mil habitantes.
Os 165 quilômetros de poeira e buracos ligando Marabá à então vila de
Parauapebas foram o caminho por onde chegou os primeiros imigrantes. Gente de
todo o país, atraída pela grande oferta de trabalho e esperança de riqueza fácil.
Chegaram fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pessoas recrutadas para
trabalhar no Projeto Ferro Carajás, todos com grandes expectativas e sonhos em
relação ao Projeto. Próximo à rodovia PA-275 começaram a surgir as construções
das primeiras casas e barracos, dando início ao povoado de Rio Verde, que mais
tarde se tornaria um dos maiores bairros da cidade.
O município de Marabá, que administrava o povoado de Rio Verde, e a então
CVRD construíram um núcleo urbano ao lado do povoado para abrigar os
funcionários que iriam trabalhar nas obras da Estrada de Ferro Carajás, que ligaria o
Pará ao Maranhão. Esse Núcleo criado na época existe até agora, e abriga alguns
dos trabalhadores do mais alto nível da mineradora.
A empresa iniciou ainda as construções da escola Euclides Figueiredo,
delegacia de polícia, hospital municipal, prédio da prefeitura e a instalação de rede
elétrica.
Em 1983, o então Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins (Getat)
distribuiu lotes agrícolas e usou máquinas para abrir as ruas do Rio Verde, onde o
comércio já era bastante.
Em 1985, deu-se início à luta pela emancipação política da vila. Mas
Parauapebas só teve autonomia administrativa depois de quatro anos de
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controlar o fluxo migratório promovido pela cobiça às riquezas minerais. Além disso,
a taxa de mortalidade infantil é, atualmente, de 12,45 para cada mil nascidos vivos.
Apresentou decréscimo significativo em relação a 2000, quando era 32,3. Mas já foi
menor: em 1996, por exemplo, era 10,4; em 1997, era 13,7. Com 177 mil habitantes
em 2013, o município conta com apenas 491 profissionais de saúde (142 médicos),
126 unidades ambulatoriais e 344 leitos – o que significa 1,95 leitos por mil
habitantes, abaixo do recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
que orienta 4,5 leitos para cada grupo de mil habitantes (IBGE, 2012; DATASUS,
2012). O município é um dos líderes no Pará em número de casos de dengue e em
2012 registrou 1.330 casos confirmados da doença, atrás apenas de Belém, que
teve 1.897 casos. De janeiro a agosto de 2013, foram mais 749 casos. Também é
elevado o número de casos de Aids, que chegou a 542 ocorrências diagnosticadas
até o final de 2012 e 72 mortes já registradas (DATASUS, 2012). No que tange à
segurança, os repasses da Compensação Financeira pela Exploração Mineral de
Parauapebas não dão conta de esconder que o município tem caminhado rumo à
violência homicida e no trânsito. No Mapa da Violência 2013, o município ocupa a
86.ª entre os 5.570 municípios brasileiros em taxa de homicídios totais. Em 2011,
foram registrados 60,5 assassinatos em cada grupo de 100 mil habitantes, taxa
superior à apresentada no Mapa da Violência 2012, de 52,6 (WAISELFIZ, 2012c;
WAISELFIZ, 2013b). Se fosse um país, seria o 3.º mais violento do mundo, atrás de
El Salvador (71 assassinatos por 100 mil habitantes) e Honduras (67). A taxa de
homicídios por arma de fogo, sozinha, é de 36,3 registros a cada grupo de 100 mil
habitantes, superior à taxa da Colômbia (35), o que lhe rende o 167.º lugar no Brasil
(WAISELFIZ, 2013a). No Mapa da Violência 2011, Parauapebas aparecia com uma
das taxas de suicídio mais elevadas do País, entre jovens de 17 a 29 anos,
ocupando a 42.ª colocação, em média, 22,7 pessoas a cada 100 mil habitantes
(WAISELFIZ, 2012a).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS