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RESUMO
A presença de pessoas que fazem uso de drogas morando nas ruas é uma
realidade nas grandes metrópoles, e é considerada um sinal emergente de
mudanças sociopolíticas e econômicas das últimas décadas. Esta população, dada
a exclusão enquanto cidadãos dos seus direitos civis, políticos, sociais e
econômicos, utilizam das substâncias psicoativas como uma ferramenta para
“amenizar” as consequências de um sintoma da insanidade social. Assim, projetos
sociais que atendem essa população utiliza-se da Política de Redução de Danos, na
perspectiva do modelo psicossocial, com objetivo de busca pela melhoria da
qualidade de vida, com o fortalecimento da autonomia, noções de cuidado e de
autocuidado. Utilizando-se da revisão bibliográfica de 10 artigos científicos, o
presente trabalho tem como objetivo analisar a relevância da redução de danos
dentro do processo psicoterapêutico de usuários de substâncias psicoativas, em
situação de rua. Observou-se que a aplicação da Redução de Danos caminha na
direção a um plano metodológico para que a prática se fortaleça e se estabeleça
dentro de todos os serviços psicossociais, mas ainda há muito a se observar do
ponto de vista da prática dos profissionais, não somente de psicologia, mas também
de outros agentes de saúde para que essas práticas sejam humanizadas e
transversais, a fim de promover saúde e autonomia à população em situação de rua.
Palavras-chave: Redução de Danos; Psicoterapia; População de Rua.
ABSTRACT
The presence of people who live in the streets is a reality in large metropolises, and
is considered an emerging sign of socio-political and economic changes in recent
decades. This population, given the exclusion as citizens of their civil, political, social
and economic rights, use Psychoactive Substance as a tool to “alleviate” the
consequences of a symptom of social insanity. Thus, social projects that serve this
population use the Harm Reduction Policy, from the perspective of the psychosocial
model, with the objective of seeking to improve the quality of life, with the
strengthening of autonomy, notions of care and self-care. Using the bibliographic
review of 10 scientific articles, the present work aims to analyze the relevance of
1
Discente do curso de Psicologia do Centro Universitário UniFTC de Salvador (UniFTC/Ssa). E-mail:
guistorti@gmail.com
2
Discente do curso de Psicologia do Centro Universitário UniFTC de Salvador (UniFTC/Ssa). E-mail:
santostaynna726@gmail.com
3
Professor Orientador do Centro Universitário UniFTC de Salvador (UniFTC/Ssa), Psicólogo, E-mail:
pitangabruno@gmail.com
2
INTRODUÇÃO
A presença de pessoas que fazem das ruas sua moradia é uma realidade nas
grandes metrópoles, e é considerada um sinal emergente de mudanças
sociopolítico-econômicas das últimas décadas. As razões que levam pessoas a
viverem na rua são diversas. De acordo com a Pesquisa Nacional sobre a população
em situação de Rua, realizada entre os anos de 2007 e 2008, os principais motivos
relatados que levaram as pessoas a viver nas ruas é o uso abusivo de álcool e
outras drogas (35,5%), o desemprego (29,8%) e conflitos familiares (29,1%). O uso
de Substância Psicoativas surge como uma ferramenta para “amenizar” as
consequências de um sintoma da insanidade social que exclui os cidadãos de seus
direitos civis, políticos, sociais e econômicos.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A população em situação de rua é silenciada e não tem voz para falar sobre
suas próprias demandas, além do fato de que os interesses de grupos e instituições
em relação as pessoas em situação de rua são representadas, muitas vezes, por
ativistas e religiosos, o que pode provocar prejuízos para a sociedade, notadamente
na incompreensão da complexidade envolvida na situação de rua como questão
social mais abrangente (RESENDE, 2019).
7
A Redução de Danos
A concepção nas últimas décadas a respeito da redução de danos e seus
planejamentos reproduziram um profundo debate entre adversários. Entretanto, é
coletivo o desconhecimento de que esses planejamentos estão em nossas rotinas
atualmente como, por exemplo o hábito de usar o cinto, a utilização de bloqueios
favorecendo as estradas e zonas de efeito de impactos em frente aos automóveis,
que auxilia na redução dos danos em caso de acidente. Desta forma, as pessoas
têm uma maior segurança, não deixando de dirigir, diminuindo consequentemente a
probabilidade de danos através destas medidas (CÉZAR, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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