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Módulo 3.

Medidas para evitar a


contaminação do solo e da
água com defensivos agrícolas

Professor:
Roberto Araújo

Novembro 2021
O que é veneno?

MENOS DL50 (mg/kg) MAIS


TÓXICAS TÓXICAS

MAIS TÓXICAS
1. Toxinas botulínicas (5 ng/kg)
2. Veneno de cobra (1 mg/kg)
3. Arsênico (13 mg/kg)
4. Polônio-210 (qde inferior a 1 bilionésimo de grama)
5. Mercúrio (1 a 100 mg/kg)
Fonte: https://theconversation.com/the-five-most-poisonous-substances-from-polonium-to-mercury-29619 Aceso em 05/11/201
2
Escala de toxicidade (dose letal)

MENOS MAIS
TÓXICA TÓXICAS

Comparar substâncias (especialmente drogas) entre si pelo DL50 pode ser enganoso em muitos
casos devido (em parte) às diferenças na dose efetiva (DE50).

Toda substância química, incluindo a água e oxigênio, pode ser


tóxica se for consumida em grande quantidade.
Fonte: Strey, Karsten (2019). "Die Gifte-Skala". Chemie in unserer Zeit. 53 (6): 386–399. doi:10.1002/ciuz.201900828. S2CID 199067092.
3
https://en.wikipedia.org/wiki/Median_lethal_dose Acesso em 05/11/2021.
Desafio: suprir a crescente demanda mundial por...
Alimentos
Cosméticos
Outros...

Medicamentos Agricultura Energia

Borracha
Bioplásticos
Fibras
4
Culturas agrícolas estão expostas a...

De acordo com a
Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO), até 40%
da produção agrícola é
perdida no mundo devido
ao ataque de pragas.

BOGIANI, Julio, Embrapa Algodão


ARAUJO, Clenio, Embrapa Milho e Sorgo
BASTOS, Fabiano Marques Dourado, Embrapa Cerrados
DAFF Archive, Bugwood.org

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Agricultura Tropical
Soja precoce Algodão 2ª safra

Soja tardia

Sucessão de cultivos,
Algodão convencional colheitas, condições
climáticas e edáficas
favorecem a proliferação
de pragas, doenças e
Milho convencional plantas daninhas.

Soja precoce Milho 2ª safra

S O N D J F M A M J
Fonte: José Roberto P. Parra (ESALQ/USP)
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Defensivos agrícolas

▪ Defensivos agrícolas químicos ou biológicos são


usados na agricultura para o controle de seres
vivos considerados prejudiciais à lavoura.
▪ Eles têm a função de proteger as lavouras do
Foto: SkyDrone
ataque de insetos, doenças e plantas daninhas
durante o ciclo de uma cultura.
▪ São também conhecidos por agrotóxicos,
agroquímicos, pesticidas, praguicidas ou produtos
fitossanitários.
▪ São hidrocarbonetos, moléculas compostas por C,
H, O e N, predominantemente.
Foto: Mais Soja

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Comportamento no ambiente
▪ Estudos medem a interação de pesticidas com solos, ar, luz solar, águas
superficiais e subterrâneas.
▪ Algumas perguntas básicas devem ser respondidas:
1. Em quanto tempo e por quais mecanismos o pesticida se degrada?
2. Quais são os produtos químicos de degradação?
3. Quanto do pesticida ou de seus produtos químicos de decomposição se
deslocarão do local de aplicação e onde se acumularão no meio ambiente?
▪ Esses testes incluem como o pesticida se decompõe na água, no solo e
na luz; quão facilmente ele evapora no ar; e a rapidez com que viaja
pelo solo.
▪ As agencias regulatórias usam esses testes para desenvolver
estimativas das concentrações de pesticidas no meio ambiente.
Fonte: Factsheet on Ecological Risk Assessment for Pesticides | US EPA, acesso em 04/11/2021.
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Possíveis rotas de um defensivo
SOLO-ÁGUA-ATMOSFERA
Degradado pela
luz ultra violeta

Depositado
Defensivos Agrícolas pela chuvas

Vaporizado para
a atmosfera

Adsorvido Escorrimento
Absorvido pelas plantas ao solo superficial

Lixiviado por irrigação ou Degradado por


chuva abaixo da zona da raiz oxidação bacteriana Lixiviado para
ou hidrólise química cursos de água
http://www.ecifm.rdg.ac.uk/pesticides.htm Adaptado de R. Cooke (2000)
Mobilidade de defensivos no solo
É controlada por diferentes variáveis
Propriedades do produto: Características edafoclimáticas
▪ Potencial de adsorção ▪ Precipitação (volume de chuva)
▪ Solubilidade ▪ Temperatura
▪ Volatilidade ▪ Teor de matéria orgânica no solo
▪ Degradação (meia-vida) ▪ Textura (porosidade, teor de argila)
▪ Profundidade do solo (camadas
geológicas até o lençol freático)
▪ pH...

Fonte: Wyoming Agriculture Department. Link: http://agriculture.wy.gov/pesticide/education/ground-water.html


Acesso: 07/11/2021 10
Mecanismos de degradação dos
defensivos agrícolas químicos
▪ Os defensivos agrícolas são degradados
por diferentes mecanismos: agentes
Glifosato
físicos, químicos e biológicos que exercem
papeis importantes na transformação de
moléculas de inseticidas, herbicidas e
fungicidas em vários produtos de
degradação.
▪ Os mecanismos de transformação incluem
oxidação, hidrólise, redução, hidratação,
conjugação, isomerização e ciclização.

Os produtos resultantes da degradação são geralmente menos


bioativos do que a molécula original do defensivo agrícola.
11
Fonte: Joel R. Coats Iowa State University (1991)
Processos de degradação de pesticidas
▪ Físico
• Luz (fotólise na vegetação, na superfície do solo, na água e na atmosfera)
• Calor (decomposição térmica)
▪ Químico
• Água (principalmente com pH extremos)
• Oxigênio molecular (ozônio, superóxido, peróxidos)
• Oxidação e redução
▪ Biológico
• Microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos)
• Co-metabolismo, catabolismo e enzimas

Fonte: Joel R. Coats Iowa State University (1991) 13


Meia-vida de um defensivo
▪ A meia-vida é o tempo que
leva para uma certa As meias-vidas dos
quantidade do ingrediente pesticidas podem ser
ativo ser reduzida pela metade. agrupadas em três
Isso ocorre à medida que se grupos para estimar a
dissipa ou se decompõe no persistência:
meio ambiente.
▪ Baixa: até 30 dias
▪ A meia-vida pode ajudar a
estimar se um pesticida tende ▪ Moderada: 31 a 99 dias
ou não a se acumular no meio ▪ Alta: acima de 100 dias
ambiente.

Fonte: Hanson, B.; Bond, C.; Buhl, K.; Stone, D. 2015. Pesticide Half-life Fact Sheet; National Pesticide Information Center,
Oregon State University Extension Services. http://npic.orst.edu/factsheets/half-life.html. Acesso em: 05/11/2021. 14
Meia-vida de um defensivo
Quantidade inicial Depois da 1ª Depois da 2ª
100% meia-vida resta 50% meia-vida resta 25%

Depois da 3ª Depois da 4ª Depois da 5ª


meia-vida resta ~12% meia-vida resta ~6% meia-vida resta ~3%

Fonte: Hanson, B.; Bond, C.; Buhl, K.; Stone, D. 2015. Pesticide Half-life Fact Sheet; National Pesticide Information Center,
Oregon State University Extension Services. http://npic.orst.edu/factsheets/half-life.html. Acesso em: 05/11/2021. 15
Meia-vida no solo

Meia-vida no solo em dias 30-60 dias

1-14 dias 10-14 dias


2-8 dias 2,2-9,5 dias

2,4-D capsaicina dicamba metopreno piretrinas

Fonte: Hanson, B.; Bond, C.; Buhl, K.; Stone, D. 2015. Pesticide Half-life Fact Sheet; National Pesticide Information Center,
Oregon State University Extension Services. http://npic.orst.edu/factsheets/half-life.html. Acesso em: 05/11/2021.
16
Volatilidade → Pressão de vapor

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/fatores-que-alteram-pressao-vapor-um-liquido.htm 17
Como sabemos se um defensivo é volátil?

▪ Pressão de vapor → medida em mm de Hg a 25°C.


▪ Sempre que a ordem de grandeza da pressão de vapor for maior ou
igual a 10-4, o produto é considerado volátil.

▪ 2,4-D éster = 3,0 x 10-4 ▪ Flumioxazin = 2,4 x 10-6


▪ Clomazone = 1,4 x 10-4 ▪ 2,4-D amina = 5,5 x 10-7
▪ Trifluralin = 1,1 x 10-4 ▪ Glifosato = 3,0 x 10-7
▪ Metsulfuron = 5,8 x 10-5 ▪ Carfentrazone = 1,2 x 10-7
▪ Chlorimuron = 1,5 x 10-5 ▪ Cloransulan = 3,0 x 10-16

Fonte: Task Force 2,4-D. Link: https://www.agrolink.com.br/downloads/2,4-D.pdf acesso em 07/11/2021. 18


Lixiviação de herbicidas no solo
Avaliação da influência da precipitação pluvial na lixiviação de
herbicidas recomendados para a cultura da cana-de-açúcar
em Latossolo Vermelho distrófico.
Herbicidas:
▪ Trifloxysulfuron-sodium + Ametryn
▪ Imazapic
▪ Imazapyr
▪ Diuron + Hexazinone

Fonte: MONQUERO, 2008. https://doi.org/10.1590/S0100-83582008000200017


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Por quanto tempo um defensivo persiste
no solo agrícola?

▪ A meia-vida de um ingrediente ativo no solo pode


variar de algumas horas a 4-5 anos.
▪ A maioria dos defensivos é decomposta por
micróbios no solo, de modo que as condições
ambientais que reduzem a atividade microbiana
(frio e seca) podem aumentar a persistência.
Em regiões tropicais, como o Brasil, as condições
de calor e umidade são frequentes, contribuindo
para uma maior atividade de microrganismos.
Ilustração: Camadas do solo e sua composição. Ellen Bronstayn / Shutterstock.com (adaptado).
Link: https://www.infoescola.com/geografia/solo/ Acesso: 05/11/2021. 20
Curva de degradação de 7 inseticidas
organofosforados
▪ Os resultados mostram que

Concentração de inseticidas (mg/kg)


a enzima fosfoesterase de
Bacillus megaterium teve um
excelente efeito de
degradação em 7 inseticidas
organofosforados e a taxa de
degradação em 8 dias foi
superior a 90% e a de 14 dias
foi superior a 99%.

Tempo (dias)
Fonte: ZHU, JIANGWEI, ZHAO, YAN and RUAN, HONGHUA (2019).
21
Motorola - PT 550 iPhone 13
1990 2021
22
USO DE DEFENSIVOS QUÍMICOS NO BRASIL

1200 DOSE MÉDIA (g/ha) Fonte: Ray Nishimoto, 2019

1000
800
600
400
200
Ano de
Antes de 1969 1970 - 1979 1980 - 1999 1990 - 1999 2000 - Atual
lançamento

2323
Foto: Mais Soja, 2018
RANKING PAÍSES QUE MAIS EMPREGAM
DEFENSIVOS POR ÁREA (Kg/ha)

25º

Fonte: FAO 2018


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Limite Máximo de Resíduo
Medido em Parte Por Milhão (ppm = mg/kg)

1 Km = 1.000 m = 1.000.000 mm

1 ppm = 1 mm em 1 Km

Exemplo de como a ciência avalia a Segurança Alimentar.


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Valor Máximo Permitido (VMP)
para substâncias químicas na água

A unidade normalmente utilizada para definir o Valor Máximo Permitido


(VMP) para substâncias químicas na água é micrograma por litro (parte
por bilhão – ppb), ou seja, um valor 1 mil vezes menor que o ppm.
1 Km = 1.000 m = 1.000.000 mm = 1.000.000.000 µ
1 ppb = 1 mm em 1.000 Km

É competência do Ministério da Saúde


estabelecer Normas de Potabilidade da Água.
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Rede Nacional de Monitoramento de
Qualidade de Água (RNQA)
COMO FUNCIONA: Pontos Ativos de
Coleta de Água
▪ Estados e municípios coletam amostras
em mananciais e poços profundos
destinados ao consumo humano.
▪ Os órgãos estaduais de abastecimento
de água analisam essas amostras para
detectar a presença de contaminantes
(orgânicos e químicos).
▪ Quem determina quais são estes
contaminantes é o governo federal,
através da ANVISA (Ministério da Saúde)
e da ANA – Agência Nacional de Águas.
Fonte: Agência Nacional de Águas (ANA), 2017.
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Textos recomendados para leitura

▪ Qualidade da água: o impacto do agro na água que bebemos. Link:


https://croplifebrasil.org/noticias/qualidade-da-agua-o-impacto-do-agro-na-agua-que-
bebemos/
▪ A produção agrícola e a conservação da água. Link: https://croplifebrasil.org/noticias/a-
producao-agricola-e-a-conservacao-da-agua/
▪ Água: fonte essencial para a vida. Link: https://croplifebrasil.org/noticias/agua-fonte-
essencial-para-a-vida/

2828
Vídeos recomendados (ÁGUA)

Água sem dúvidas.


Nelson Menegon - CETESB
https://www.youtube.com/watch?v=D7NHLTYvRAc&t=1s

Tecnologias de conservação do solo para


a preservação da qualidade da água.
Osmar Conte – Embrapa Soja
https://www.youtube.com/watch?v=0IXTLsgT0wc&t=2s
29
Código Florestal – Lei nº 12.651/12

Área de Preservação Permanente:


área protegida, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar
o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-
estar das populações humanas.

30
Área de Preservação Permanente

31
APP e restauro obrigatório gerados
por cursos d´água
As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

Faixa mínima de restauro obrigatório (m)


Largura do curso d’água APP (metros) Largura do Rio
Módulos fiscais
Menor que 10m Maior que 10 m
até 10 m 30 Até 1 5 5
de 10 m a 50 m 50
entre 1 e 2 8 8
de 50 m a 200 m 100
entre 2 e 4 15 15
de 200 m a 600 m 200 metade da largura do rio
mais de 600 m 500 entre 4 e 10 20
(sendo o mínimo 30 e o
Tabela 1: Faixa de APP de acordo com a Mais que 10 30 máximo 100m)
largura do curso d’água
Tabela 2: Faixa mínima de restauro obrigatório em cursos
d’água, no caso de propriedades rurais que possuam uso
consolidado em APP. 32
Reserva Legal
POR BIOMA

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Regularização ambiental

A coexistência harmoniosa entre áreas agrícolas e as áreas de


vegetação nativa não é uma possibilidade mas sim uma necessidade!

Esse deveria ser o diferencial da Agricultura Brasileira: Agricultura de Elevada


Tecnologia e baixo impacto ambiental, num ambiente de Elevada Diversidade Natural
(Economia Sustentável), pois só o Brasil tem essa possibilidade atual!
Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues Universidade de São Paulo, ESALQ / LERF 34
Represa de Abastecimento Público de Santa Bárbara do Oeste, em 2013 (10 anos pós plantio)
Fonte: Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues Universidade de São Paulo, ESALQ / LERF 35
35
Plantio de árvores nativas fundamentado na sucessão florestal (área restaurada com 18 anos)
Fonte: Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues Universidade de São Paulo, ESALQ / LERF 36
1988 2006 2015

Fonte: Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues Universidade de São Paulo, ESALQ / LERF 37
Tecnologia de Aplicação

Foto: Mais Soja 3838


Modalidades de aplicação
de defensivos agrícolas
DISTRIBUIÇÃO
Área Total Pulverizada (411.269 .690 ha). Dados da safra 2017/2018.

<6%
Agricultura Familiar

58,6%

28,3%

7,6% 2,4% 0,9% 2,2%

AUTOPROPELIDO TRATORIZADO AÉREA COSTAL ESTACIONÁRIO OUTROS


3939
FONTE: CENÁRIOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS. Estudo das principais modalidades de aplicação de pesticidas por cultivo no Brasil, PROHUMA
Agricultura de precisão
DRONES APLICANDO PRODUTOS BIOLÓGICOS

Natutec

Foto: Koppert 4040


Agricultura digital
Inovações tecnológicas

Agricultura de metro quadrado

41
Syngenta
41
Ilustração do mapeamento de plantas
daninhas realizado com drones
(Fonte: Horus Aeronaves)

https://blog.aegro.com.br/mapeamento-de-plantas-daninhas/ 4242
Principais benefícios dos biológicos para as
boas práticas agrícolas
▪ Otimiza o uso de defensivos químicos (maior eficiência, menor pressão)
▪ Promove o Manejo Integrado de Pragas e Doenças
▪ Favorece a segurança alimentar (Limite Máximo de Resíduos)
▪ Ajuda no Manejo de Resistências
▪ Contribui para a conservação de abelhas e outros polinizadores
▪ Melhora a saúde dos solos (estrutura, fertilidade)
▪ Reduz o risco de contaminação dos aplicadores
Koppert Koppert Embrapa Ballagro Koppert

43
INOCULANTES
Maior absorção de nitrogênio e fósforo
Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium japonicum // Bacillus subtilis e B. megaterium

Christiane Paiva
Embrapa

Foto: Stoller 4444


Plantio
PLANTIO direto
DIRETO no NO Brasil BRASIL
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO E IRRIGAÇÃO
34
32
30
Área (milhões de hectares)
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
08
06
04
02
0
80/81

90/91

00/01
72/73
73/74
74/75
75/76
76/77
77/78
78/79
79/80

81/82
82/83
83/84
84/85
85/86
86/87
87/88
88/89
89/90

91/92
92/93
93/94
94/95
95/96
96/97
97/98
98/99
99/00

01/02
02/03
03/04
04/05
05/06
07/08
11/12
17/18
Fonte: Emater-RS, Epagri-SC, Emater-PR, Cati-SP, Fundação MS, APDC, FAO, IAPAR e IBGE 4545
Benefícios do plantio direto
▪ Redução dos custos de produção;
▪ Aumento da atividade biológica e da estabilidade da estrutura do solo;
▪ Aumento da matéria orgânica;
▪ Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
▪ Redução do uso de herbicidas, inseticidas e fungicidas;
▪ Aumento da produtividade das lavouras, devido a eficiência no uso de fertilizantes;
▪ Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
▪ Redução da erosão, benefício concedido pelo depósito da palhada
Fonte: Agropós. Link: https://agropos.com.br/plantio-direto/ Acesso em 26/11/2021.

46
Análise da saúde dos solos
▪ A BioAS é uma tecnologia desenvolvida pela
Embrapa que agrega o componente biológico
às análises de solos.
▪ Análise das enzimas arilsulfatase e beta-
glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e
do carbono, respectivamente.
▪ Solos saudáveis são solos biologicamente
ativos, produtivos e resilientes.

Promovem o sequestro de carbono, o armazenamento e


a infiltração de água, a biorremediação de pesticidas e a
mitigação da emissão de gases de efeito estufa.
47
https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/6047/bioas--tecnologia-de-bioanalise-de-solo-
47
Sistemas de produção de fitomassa e grãos

Fonte: L. Séguy, S. Bouzinac - CIRAD 48


Contrução de solo (agricultura regenerativa)

10 anos

Latossolo vermelho-amarelo Fazenda Capuaba - Lucas do Rio Verde (MT)


Fonte: Fórum Inovação para Sustentabilidade na Defesa Vegetal, José Eduardo de Macedo Soares Junior (2017). 49
SEMENTES CERTIFICADAS
Qualidade genética e alto vigor na produção

Principais atributos:

▪ Pureza física: ausência de contaminações


com outros tipos de sementes (outros cultivos
ou plantas daninhas);

▪ Qualidade fisiológica: apresentam alta


taxa de germinação e uniformidade (vigor);

▪ Qualidade sanitária: as sementes devem


ser livres de pragas e doenças

Resultado de anos de pesquisa do melhoramento genético desenvolvendo


cultivares com qualidade e características que agregam valor à produção
51
MELHORAMENTO GENÉTICO

As novas técnicas foram adicionando ferramentas


ao que a natureza levaria muitos anos para fazer.

Seleção genômica
Melhoramento guiado por
marcadores

Transferência genes OGM


Melhoramento
Cultura celular de precisão
e edição
gênica
Melhoramento induzido por mutações

Melhoramento por hibridização

Melhoramento por cruzamentos

1900 1920 1930 1960 1996 2000 2010 2016 52


BIOTECNOLOGIA: CARACTERÍSTICAS DOS EVENTOS
APROVADOS DE SOJAS TRANSGÊNICAS
Resistência a Insetos
Melhoria na
Qualidade do Óleo 6,3%
6,3%
Tolerância a Seca
6,3%
Tolerância a Herbicida
Tolerância à Seca +
Tolerância à Herbicidas 50%
6,3%
Melhoria na qualidade do óleo +
Tolerância a Herbicidas
6,3%
Resistência a Insetos +
Tolerância a Herbicidas Fonte: CTNBio, 2020

Foto: shurtterstoc
18,5% 53
Tratamento de sementes
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS (QUÍMICOS & BIOLÓGICOS)

Syngenta

5555
BASF Bayer
5656
630 mil toneladas
93% De 2002 até agosto/2021.

embalagens Volume de embalagens destinadas/ano


recicladas

CropLife Brasil é membro do Conselho Diretor

131 fabricantes e registrantes


4,5 mil pontos de venda
1,8 milhão de propriedades atendidas*
99 centrais de recebimento
312 postos de recebimento
3,9 mil recebimentos itinerantes
10 recicladores e 4 incineradores
* IBGE, 2017
Fonte: Relatório de Sustentabilidade 2020.

Gerenciamento de Embalagens no Brasil 57


Boas Práticas para evitar a contaminação
do solo e da água
1. Siga as instruções do fabricante (dose e número de aplicações);
2. Use apenas produtos legais e registrados no Brasil;
3. Assegure boa qualidade na tecnologia de aplicação e evite deriva;
4. Adote técnicas de conservação de solo, como plantio direto e curvas de nível;
5. Respeite o Código Florestal (APP e RL);
6. Pratique o Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas;
7. Destine corretamente das embalagens vazias e com sobras pós consumo;
8. Otimize o uso de defensivos e só aplique quando e onde for necessário;
9. Utilize ferramentas de agricultura de precisão;
10. Use produtos biológicos sempre que possível;
11. Faça rotação de cultivos;
12. Utilize cultivares mais tolerantes a pragas e doenças.

58
Referências
▪ BioAS – Tecnologia de Bioanálise de Solo EMBRAPA.: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-
servico/6047/bioas--tecnologia-de-bioanalise-de-solo- Acesso em: 18/11/2021.
▪ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006
▪ Coats, J.R. Pesticide Degradation Mechanisms and Environmental Activation - Iowa State University, 1991. Link:
https://lib.dr.iastate.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1381&context=ent_pubs#:~:text=Physical%2C%20chemical%2C%20and%20biological%
20agents,conjugation%2C%20isomerization%2C%20and%20cyclization. Acesso: 04/11/2021.
▪ Código Florestal – Lei nº 12.651/12. Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm
▪ CropLife Brasil. Link: https://croplifebrasil.org/
▪ Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF). Professor Ricardo Ribeiro Rodrigues. Link: http://lerf.eco.br/capa.asp?pi=principal
▪ Hanson, B.; Bond, C.; Buhl, K.; Stone, D. 2015. Pesticide Half-life Fact Sheet; National Pesticide Information Center, Oregon State University
Extension Services. http://npic.orst.edu/factsheets/half-life.html. Acesso em: 05/11/2021.
▪ inpEV. Relatório de Sustentabilidade 2020. Link: https://www.inpev.org.br/noticias-publicacoes/relatorio-sustentabilidade/index
▪ National Pesticide Information Center. Pesticide Fact Sheet. Link: http://npic.orst.edu/ingred/specchem.html Acesso: 07/11/2021.
▪ PORTARIA GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021. Altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017,
para dispor sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade
▪ ZHU J, ZHAO Y AND RUAN H. 2019. Comparative study on the biodegradation of chlorpyrifosmethyl by Bacillus megaterium CM-Z19 and
Pseudomonas syringae CM-Z6. An Acad Bras Cienc 91: e20180694. DOI. 10.1590/0001-3765201920180694.

59
Obrigado!

Roberto Araújo
E-mail: roberto.araujo@croplifebrasil.org

60

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