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NATAL-RN
2016
SAMINE DAYSE LOPES DE SOUSA
Natal-RN
2016
CATALOGAÇÃO NA FONTE
RN CDU 658
CUTTER S719b
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Profa. Dra. Adriana Isabel Backes Steppan.
Orientadora
____________________________________________
Profa. Dra. Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira
Membro
____________________________________________
Prof. Dr. Ridalvo Medeiros Alves de Oliveira
Membro
AGRADECIMENTOS
Deixo aqui meu agradecimento àqueles que contribuíram para a minha formação
durante essa longa jornada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em especial a
professora Adriana Isabel Backes Steppan que esteve comigo nesse período.
Primeiramente, agradeço a Deus, pelo Dom da vida, por ser meu refúgio e maior
fonte de amor e fortaleza. Sem Ele nada conseguiria.
À minha mãe, Irene, MEU TUDO, me faltam palavras para expressar tamanha
gratidão.
Ao meu pai, Samuel, meu exemplo, referência e maior motivo de orgulho. Agradeço
pelos esforços e incentivos aos meus estudos.
Ao meu namorado, Tadeu por seu companheirismo, paciência e por todo apoio nos
momentos de preocupação.
Por fim, agradeço a minha família e aos meus amigos que, direta ou indiretamente,
contribuíram com a minha trajetória.
Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram conquistadas
do que parecia impossível.
(Charles Chaplin)
RESUMO
This paper discusses an analysis regarding the use of management tool Balanced
Scorecard - BSC in a microenterprise provider of accounting services and it aims to highlight
the alignment of its strategy from the perspective of the Balanced Scorecard. The market is
increasingly competitive and unpredictable, increasing every day the need for management to
deal with the making of increasingly rapid and difficult decisions, the BSC revealed itself in
the economic environment in constant change. The analysis in this study corresponded to
check the alignment of the four perspectives of the Balanced Scorecard strategic management
system in which to obtain the necessary elements were made bibliographic and exploratory
research in order to obtain the information necessary for the calculation of indicators through
data collection technique, semi-structured interview with managers and the use of
questionnaires to employees, to evaluate the degree of satisfaction with the work. The choice
of performance indicators had as criteria the company's characteristics and its long-term
strategies, but also considered the opportunity and availability of information in the last three
years. Thus for the financial perspective was presented to the company's revenue variation as
well as the calculation of the indicator profit per employee in order to measure their
profitability, as for prospective customers was possible customer growth analysis, the
evolution regarding the capture, loss and retention and calculation of net income per client
and for the internal processes perspective was observed the degree of customer satisfaction to
a support management system to service requests from client realized through the web,
finally, an interview was performed through a questionnaire which showed the degree of
satisfaction of the company's employees in order to strategize. The BSC is different from
other management models by adding all models of financial control and non-financial,
allowing the manager to view them in the form of performance indicators. For the indicators
to have a significant contribution to the control of the company it is necessary to understand
the future strategies of the company, have clear objectives so that they can set goals to be
achieved. The result of the study has highlighted the alignment of strategies, demonstrated to
the perception of the managers of a microenterprise provider of financial services the
importance of using management tools to guide, track and monitor the progress of the
strategic actions independently on the company size. Finally, the Balanced Scorecard is a
useful management tool for decision making by the microenterprise managers.
AL – Administração Local
AP – Administração Pública
BSC – Balanced Scorecard
IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
SAMF-PI – Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no
SGSI – Sistema de Gestão de Segurança de Informação
STUBI – Serviços Técnicos da Universidade da Beira Interior
TCU – Tribunal de Contas da União
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, o objetivo era alinhar uma área de negócios
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
1.1 TEMA E PROBLEMA...................................................................................................... 11
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 13
1.2.1 Geral .............................................................................................................................. 13
1.2.2 Específicos ..................................................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 15
2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................................................... 15
2.2 BALANCED SCORECARD (BSC) ............................................................................... 18
2.3 INDICADORES DO BSC ................................................................................................. 23
2.4 ESTUDOS ANTERIORES DO BSC ................................................................................ 25
3 METODOLOGIA............................................................................................................... 30
4 ANÁLISES DE DADOS..................................................................................................... 31
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................ 31
4.1.1 Visão............................................................................................................................... 33
4.1.2 Missão ............................................................................................................................ 33
4.1.3 Valores ........................................................................................................................... 33
4.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS INDICADORES .......................................................... 34
4.2.1 Perspectiva Financeira ................................................................................................. 35
4.2.2 Perspectiva Clientes ...................................................................................................... 38
4.2.3 Perspectiva de Processos Internos .............................................................................. 41
4.2.4 Perspectiva Aprendizado e Crescimento .................................................................... 42
4.3 RELACIONAMENTOS ENTRE OS INDICADORES ................................................... 47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 52
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 54
APÊNDICES ............................................................................................ 62
11
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
1.3 JUSTIFICATIVA
2013 fecharam 124.099 mil empresas em todo o País, em 2014 o número foi reduzido para
60.554 mil. O índice de mortalidade das microempresas vem caindo nos últimos anos. Esse
fator é devido porque os empreendedores estão elaborando melhorar os seus planos de
estratégias (SALATI, 2014).
Diante do exposto, considera-se pertinente desenvolver um estudo que aborde
instrumentos que visam contribuir com as práticas de gestão, em destaque, a implantação do
Balanced Scorecard em uma microempresa, a fim de adquirir informações que ajudem o
estudo e conhecimento e que sirvam de orientação para outros estudos, como também para
ampliação do estudo do BSC.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para o sucesso das entidades a importância de uma gerência que tem suas
atitudes e decisões ligadas à contabilidade, e o relacionamento da gerência
com a contabilidade, se dá a partir do instante em que se percebe que os
dados informados por estes, representam ferramentas de gestão.
retorno que foi planejado. Através dessa ferramenta há maiores chances de se chegar ao
resultado planejado do que meramente o gestor tomar decisões baseadas em fatos não
organizados, o que pode ocasionar em informações confusas, que podem ser de pouca valia
para se conseguir o resultado esperado.
Normalmente pequenas empresas são administradas pelos próprios sócios, esses por
sua vez têm formação técnica ligada ao seu negócio não tendo formação administrativa de
gestão, como administração, finanças, economia, marketing entre outros ligados a área. Esse
fato tem ocasionado um número grande de falência, recuperações judiciais e fechamento das
empresas de pequeno porte logo nos primeiros anos de sua existência (CREPALDI, 2008).
Hoje a contabilidade gerencial é uma ferramenta imprescindível de apoio na gestão
das organizações, independente do seu tamanho. Suas informações auxiliam em
planejamentos futuros e desenvolvimento de estratégias presentes (LIMA; SOUSA, 2013).
Diante desse contexto, a contabilidade gerencial fornece diversas ferramentas com
intuito de auxiliar os processos decisórios de uma organização, onde é possível, não apenas
fazer uma análise dos exercícios anteriores, mas também possa analisar o presente e planejar
o futuro, onde os gestores por meio de planejamento traçam metas e objetivos a alcançar, a
fim de melhor aproveitamento dos recursos e esforços em prol da sobrevivência da empresa,
tendo como objetivo o retorno esperado pela alta administração (CORRÊA, 2010).
As ferramentas de gestão são um fator predominante para o bom desenvolvimento da
organização, pois irá ajudar diretamente na tomada de decisão, por esse motivo para utilizá-
las é necessário serem analisadas com afinco, para que estas se enquadrem com a necessidade
da organização, verificando o momento adequado para sua implantação. Pois uma vez
escolhida de forma errada, trará prejuízos à empresa, não somente financeiros, mas também
gerenciais (LOUREIRO, 2007).
Ainda segundo Lima e Sousa (2013), a implantação das ferramentas gerenciais na
condução das atividades proporciona benefícios e ameniza os possíveis problemas que
possam aparecer por não ter dados para uma tomada de decisão concreta. Sendo assim, serão
explanados conceitos, vantagens e benefícios referentes à ferramenta de gestão julgada
aplicável a uma microempresa que é o Balanced Scorecard.
encontradas, de entender como um todo a organização, foi que o Balanced Scorecard surgiu
com esse diferencial e com uma grande capacidade de análise desses fatores unidos, onde o
somatório desses itens, se for bem aplicado ao processo interno da empresa, alavancarão o
desempenho esperado no mercado junto aos cliente e trarão a empresa a maximizar os
resultados financeiros a longo prazo (SIMÕES, 2010).
O Balanced Scorecard, também conhecido como painel equilibrado de indicadores,
surgiu em 1990, através de um estudo realizado entre diversas empresas, denominadas
“Measuring Performance in the Organization of the Future”, patrocinada pelo Instituto Nolan
Norton, motivado pela crença de que os métodos existentes para avaliação de desempenho
empresarial, em geral apoiados nos indicadores contábeis e financeiros, estavam se tornando
insuficientes. A ferramenta BSC foi apresentada por David Norton, líder do estudo, que teve
como consultor acadêmico Robert Kaplan como um modelo inovador de avaliação e
performance empresarial, que atua como um sistema de suporte à decisão e à gestão
estratégica (BEZERRA, 2014).
Conforme Tostes (2007), essa metodologia não é recente e vem se aprimorando junto
à inovação tecnológica. Surgiu em virtude da falta decorrente da administração basear-se
apenas em medidas financeiras, como também para organizar e alinhar as medidas financeiras
e não financeiras, buscando o equilíbrio entre ambas.
O BSC se tornou uma metodologia de gestão estratégica para atingir propósitos de
curto, médio e longo prazo, de forma a integrar as perspectivas empresariais relevantes. O
alinhamento da organização, dos indivíduos e das iniciativas interdepartamentais de maneira
tal que propiciem identificar novos processos para cumprimento da missão de uma
organização é seu principal foco (CREPALDI, 2008).
Segundo Kaplan e Norton (2004), a estrutura conceitual do BSC está centrada em
permitir que as organizações tornem-se orientadas à estratégia. Com base nessa informação,
cinco princípios permitem que o foco e o alinhamento estratégico sejam mantidos, embora as
realidades, desafios, ritmo e sequência das organizações sejam diferentes.
Os cincos princípios para o alinhamento estratégico conforme Kaplan e Norton
(2004, p. 9):
administração é capaz de difundir uma visão comum e induzir ações importantes para se
atingir o sucesso empresarial. O Balanced Scorecard integra os três grupos de ações que
levam a esse fim: estratégia, operacionais e organizacionais, sendo assim estabelece um
processo estruturado para criar medidas adequadas e objetivas, permitindo o alinhamento de
toda a organização (CORRÊA, 2010).
A proposta do Scorecard parte do pressuposto de que os fatores que impulsionam o
desempenho não são de modo pleno retratado pelas medidas contábeis e financeiras como,
por exemplo, índices de liquidez e rentabilidade, deve haver interligação que mostre as
relações de causa e efeito entre os indicadores financeiros e os operacionais. Essa casualidade
estabelecida pelo Balanced Scorecard proporciona melhor alinhamento organizacional com a
visão e missão da empresa, na medida em que estabelece uma base de indicadores
interligados em quatro perspectivas estratégicas identificadas como: perspectiva financeira,
perspectiva dos clientes, perspectiva dos processos internos e perspectiva da aprendizagem e
do crescimento interno (KAPLAN; NORTON, 2004).
O Balanced Scorecard funciona como mecanismo de integração interna, na medida
em que mobiliza os componentes dos diversos setores da empresa para identificarem,
utilizando a visão e a missão da organização como referência, os fatores críticos envolvidos
nas quatro perspectivas. Diante disso, elaboram-se os indicadores que irão mostrar se as ações
estarão, ou não, alinhadas com a direção pretendida (GALINDO, 2005).
Afirma Kraemer (2005), que o Scorecard é diferente dos outros modelos de gestão
por permitir agregar todos os modelos de controle financeiro e não financeiro que possam
existir, desde que propiciem ao gestor uma forma de indicador de desempenho. Tem a
capacidade de possibilitar aos gerentes medir tudo, ele obriga em seu conceito a dimensão de
avaliação de eventos não financeiros. É uma ferramenta de apoio a fim de acompanhar e
monitorar as evoluções das decisões da organização, centradas em indicadores chaves, para
isso cada pessoa na empresa deve entender cada aspecto ligado à estratégia, para o pleno
sucesso.
Como dito anteriormente, Balanced Scorecard sugere mensurar, de maneira eficaz, o
quanto os resultados esperados estão sendo atingidos e quais os pontos que precisam ser
vistos para que os resultados da estratégia estejam em um rumo correto. Portanto, apenas
decisões financeiras não são suficientes para avaliar o andamento da empresa, na era da
informação o futuro da empresa está também no investimento em clientes, funcionários,
processos, tecnologia e inovação. Os gestores devem atentar até que ponto as empresas geram
valor para os seus clientes atuais e os futuros, e como devem melhorar as capacidades internas
22
Perspectiva Financeira:
O Balanced Scorecard mantém a perspectiva financeira, pelo motivo que
suas medidas são importantes para sintetizar as consequências econômicas
imediatas de ações consumadas. As medidas financeiras de desempenho vão
23
O equilíbrio das quatro perspectivas faz com que os funcionários da linha de frente,
uma vez treinados na metodologia, entendam as consequências financeiras de suas ações e
decisões e a alta administração o reconhecimento dos vetores de sucesso em longo prazo.
Seus objetivos e medidas utilizados no Balanced Scorecard devem ser proveniente de um
processo hierárquico, ou seja, de cima para baixo, dirigidos pela missão e visão do futuro da
organização (KRAEMER, 2005).
garantir o alinhamento dos projetos com a visão do futuro, não adianta ter as melhores
técnicas de gerenciamento dos projetos se os processos a serem geridos não estão totalmente
alinhados à estratégia, por isso a necessidade da criação de um modelo de Gestão Estratégica
de Projetos. Para se conseguir um conjunto de projetos alinhados com a estratégia é preciso
selecionar todos os projetos, com caráter estratégico que existem na empresa. Esse projeto
estratégico está relacionado a um objetivo estratégico e contribuiu para diminuir ou eliminar o
desafio imposto pela meta.
Já Richartz et al. (2012), estudaram a estrutura de um Balanced Scorecard para o
departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, o objetivo
era alinhar uma área de negócios (CCN) com as estratégias definidas pela corporação
(UFSC). Para se elaborar o BSC foram utilizadas as informações contidas no planejamento
estratégico do departamento, desenvolvido no ano de 2008, para o período de 2009-2020. Os
autores concluíram que a avaliação de desempenho de uma universidade é um processo
contínuo, o qual requer monitoramento constante para conseguir um nível alto de controle dos
processos que interferem numa série de aspectos de uma organização. Foi possível identificar
as perspectivas de atuação e suas respectivas subáreas, com base nisso foi elaborado o mapa
estratégico do departamento, contendo as quatro perspectivas, sete subáreas e vinte e seis
objetivos, bem como as relações entre eles com intuito de estruturar os objetivos da unidade
de negócio em estudo.
No estudo desenvolvido de Amaral e Petri (2015), implantaram um BSC em uma
pequena empresa prestadora de serviço de segurança privada a fim de constatar as
contribuições como ferramenta auxiliar no desempenho de uma empresa. O estudo
comprovou um alinhamento entre os objetivos estratégicos e os aspectos operacionais
emergentes no que diz respeito à perspectiva do cliente. O BSC foi considerado pelos
gerentes como uma ferramenta flexível e realista, uma vez que pode ser criado respeitando as
características particulares da empresa e os indicadores estratégicos medem de forma
autêntica os objetivos estratégicos. Os colaboradores passam a fazer parte da estratégia da
organização de forma praticável, unificando os setores entre si através da disposição dos
indicadores de desempenho.
Vieira e Petri (2014) elaboraram um BSC para uma empresa prestadora de serviços
contábeis, a fim de verificar como a ferramenta iria contribuir na gestão estratégica da
empresa. Para o estudo foi utilizado o planejamento estratégico da empresa, elaborado em
2009/2010, que precisou de alguns ajustes para se adequar à realidade da empresa no
momento. Foram feitos alguns encontros com o gestor para que se pudesse alinhar e
27
em uma organização sem fins lucrativos que assim, como as outras organizações, estão
sujeitas aos imprevistos do ambiente econômico e à concorrência do mercado. Nesse sentido,
viu a necessidade de um sistema de avaliação de desempenho apropriado à realidade da
empresa, mesmo existindo ferramentas como o Tableaux de Bords, específico para alguns
projetos, onde ainda não existe uma organização. Foi possível concluir que o Balanced
Scorecard pode funcionar como um instrumento de suma importância na gestão estratégica,
de avaliação das áreas que precisam ser melhoradas em conjunto com o mapa estratégico,
pois facilita da comunicação e difusão a todos os níveis da organização, permitindo a
avaliação dos ativos intangíveis. A dificuldade de adaptação do Scorecard foi encontrada na
perspectiva financeira devido à complexidade e heterogeneidade das suas atividades,
repartidas em dois eixos: projetos e serviços da Câmara de Comércio, ambas necessárias para
a realização da sua missão e cujo balanço é que determina a sustentabilidade da organização.
Nos estudos anteriores analisados, nota-se que, em sua maioria, eles se concentram
em analisar a prática do Balanced Scorecard e suas possíveis consequências se realmente for
implantado. Os estudos realizados permitem sugerir que esse conceito de gestão estratégica é
aplicado a qualquer organização que esteja preocupada com o seu futuro, com o ambiente
interno e externo, suas oportunidades, ameaças, pontos fortes, pontos fracos. Porém para o seu
êxito são importantes diversos fatores, como por exemplo, a colaboração e comprometimento
da equipe com o planejamento, informações de fato relevantes, muito controle entre outros
citados acima.
30
3 METODOLOGIA
4 ANÁLISES DE DADOS
Atualmente a empresa possui noventa e dois clientes fixos, e conta também com
serviços eventuais como legalizações, declarações de imposto de renda, auditorias,
consultoria dentre outros. Os honorários cobrados são definidos de forma subjetiva, em que
são analisados os tipos de serviços, regime de tributação, quantidade de movimento, número
de funcionários dentre outros fatores.
A microempresa expressa um desejo de ser plenamente autogerenciável, pretende
abrir novas unidades de negócios e assim elevar sua rentabilidade. Para que isso ocorra os
gestores traçaram metas e formaram suas estratégias.
A prestadora de serviços contábeis pretende aumentar seu faturamento e sua
rentabilidade, tem por objetivo o crescimento em relação a captação, retenção e rentabilidade
dos colaboradores além de melhorar o grau de satisfação dos clientes, proporcionando um alto
nível de atendimento e por fim a satisfação dos seus colaboradores, garantindo um alto nível
de liderança e assegurar a capacidade técnica da equipe.
A empresa em sua formação se preocupou em organizar sua estratégia formulando
suas premissas de existência, com sua Visão, Missão e seus Valores.
4.1.1 Visão
4.1.2 Missão
4.1.3 Valores
60,00%
50,00%
40,00%
Investimento (R$)
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
2013 2014 2015
EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO
0,00% 53,41% 44,18%
(PORCENTAGEM)
Gráfico 4 – Colaboradores
Essa perspectiva é importante, pois as empresas que procuram ampliar mercados têm
como objetivo aumentar a base de clientes. O gráfico 6 mostra a evolução dos anos da
empresa contábil em relação à quantidade de clientes.
Gráfico 6 – Clientes
80
70
Quantidade de clientes
60
50
40
30
20
10
0
2013 2014 2015
NÚMERO DE CAPTAÇÃO DE
11 71 15
CLIENTES
14
12
10
Quantidade de clientes
0
2013 2014 2015
NÚMERO DE CLIENTES
13 12 7
PERDIDOS
(LOMBARDI, 2009).
Através da análise da perda dos clientes é possível obter os dados dos clientes retidos
(gráfico 9), ou seja, manter os clientes já conquistados. Segundo Beveridge (2013), é mais em
conta manter um cliente já existente do que conquistar um novo, conquistar novos clientes é 6
ou 7 vezes mais caro do que manter um novo cliente. Daí a importância desse indicador.
120
Quantidade de clientes
100
80
60
40
20
0
2013 2014 2015
NÚMERO DE RETENÇÃO DE
0 47 111
CLIENTES
Por último, o indicador Lucro líquido por cliente, gráfico 10. Apesar do aumento dos
clientes no ano de 2014 foi possível observar uma diminuição do seu lucro, isso ocorre devido
ao aumento também das despesas. Com a captação de novos clientes foi necessária a
contratação de novos colaboradores, como foi visto no gráfico 5. Já em 2015 o lucro aumenta
e a contratação de novos colaboradores diminui.
41
R$1.800,00
R$1.600,00
R$1.400,00
Lucro líquido (R$)
R$1.200,00
R$1.000,00
R$800,00
R$600,00
R$400,00
R$200,00
R$-
2013 2014 2015
LUCRO POR CLIENTE R$1.635,87 R$1.254,77 R$1.694,31
O indicador avaliado para essa perspectiva foi o grau de satisfação do cliente no que
diz respeito às solicitações atendidas pela empresa. O escritório tem um sistema gerenciador
de suporte à cliente realizado através da web com objetivo de atender aos pedidos dos
clientes, os colaboradores têm até 24horas para dar um posicionamento ao cliente, na
conclusão da solicitação, o cliente avalia o atendimento. O projeto ainda está em andamento,
nem todos os clientes têm acesso à ferramenta, porém foi possível analisar os seguintes
resultados nos anos de 2014 e 2015, os dados de 2013 não foram possíveis já que o sistema só
foi implementado no ano de 2014, gráficos 11 e 12.
0,00% 0,00%
14,15%
Muito Satisfeito
Satisfeito
85,85% Insatisfeito
Não opinou
0,00% 3,07%
10,26%
Muito Satisfeito
Satisfeito
86,67% Insatisfeito
Não opinou
0%
13% 13%
Muito Satisfeito
Satisfeito
Pouco Satisfeito
74% Insatisfeito
0%
7% 7%
Muito Satisfeito
Satisfeito
Pouco Satisfeito
86% Insatisfeito
O gráfico 16 demonstra que a maioria dos colaboradores, 86%, estão satisfeitos com
o horário de trabalho, 7% estão muito satisfeitos e 7% também estão pouco satisfeitos. A
satisfação com o horário do trabalho evita faltas, atrasos e saídas antecipadas.
7% 7%
Muito Satisfeito
40% Satisfeito
46%
Pouco Satisfeito
Insatisfeito
0%
7%
27%
Muito Satisfeito
Satisfeito
Pouco Satisfeito
66%
Insatisfeito
Investimentos em cursos
0%
20% 13%
Muito Satisfeito
Satisfeito
Pouco Satisfeito
67%
Insatisfeito
oferecidos pela empresa, que 13% estão muito satisfeitos, 67%, satisfeitos e 20%, pouco
satisfeitos, ou seja, deveria ter mais investimentos em cursos e treinamentos.
Segundo Cavalli (2013) para alcançar resultados satisfatórios as empresas precisam
investir em capacitação, pois a lucratividade está nas pessoas. Por isso a importância de se
investir em treinamentos periódicos.
0%
13%
Como demonstra o gráfico 19, 13% estão muito satisfeitos com o reconhecimento,
esforço e dedicação no trabalho, 40%, satisfeitos e 47%, pouco satisfeitos, a pouca satisfação
é devido a falta de reconhecimento nas tarefas desempenhadas na empresa. A valorização do
trabalho dos colaboradores é uma prática que deve ser constante de todo gestor, pois são eles
que têm o poder de influenciar os profissionais através de suas ações. Colaboradores
desvalorizados perdem o foco, desmotivam facialmente e diminui a produtividade, o que
prejudica no andamento da empresa (MARQUES, 2013).
46
0%
0%
40%
Muito Satisfeito
60% Satisfeito
Pouco Satisfeito
Insatisfeito
0%
7%
33% Muito Satisfeito
Satisfeito
60% Pouco Satisfeito
Insatisfeito
8,00%
7,00%
6,00%
5,00%
Investimento (R$)
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
2013 2014 2015
VALOR INVESTIDO EM
0,00% 2,58% 7,91%
CURSOS/LUCRO LÍQUIDO
Não foi possível o cálculo do ano de 2013, devido à falta de informações da empresa.
Houve uma evolução de 2014 para 2015, o que implica que a empresa viu a necessidade de
investir em conhecimento para o seu crescimento.
Clientes
Objetivo Indicador Meta
Quantidade de clientes 25% da quantidade de
Captação
captados clientes do ano anterior
Quantidade de clientes
Retenção Não perder nenhum cliente
perdidos ano atual
(Lucro Liquido)/(Quantidade
Rentabilidade Aumento de 15%
de clientes)
Processos Internos
Objetivo Indicador Meta
50
Proporcionar alto
Manter o mínimo de 85% da
nível de atendimento ao %Satisfação do Cliente
satisfação do cliente
cliente
Aprendizado e Crescimento
Objetivo Indicador Meta
Satisfação do
Colaborador - Atingir o mínimo de 70% da
%Satisfação do Colaborador
Funcional/ Pessoal e satisfação do colaborador
Salarial
Assegurar capacidade (Valor investido em
Aumento de 30%
técnica da equipe cursos)/(Lucro líquido)×100
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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<http://www.portal-administracao.com/2014/03/o-que-e-balanced-scorecard-bsc.html>.
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SALATI, Paula. Índice de mortalidade de pequenas empresas caiu pela metade em 2014.
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APÊNDICES
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4. Grau de satisfação no que diz respeito a sua relação com os gestores da empresa?
( )Satisfeito ( )Muito Satisfeito ( )Pouco Satisfeito ( )Insatisfeito