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Esta informação:
Tem o seu principal expoente nas contas anuais integradas pelo Balanço, Demonstração
dos Resultados e pelo ABDR.
Trata-se de dar luz a questões que não têm resposta na contabilidade financeira.
Dado o seu carácter interno, cada empresa pode utilizar o sistema de contabilidade de
gestão que se adapte às suas necessidades.
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ISCAL
4.º Semestre (2011) – 2º Ano
Contabilidade de Gestão
Permite responder a questões tais como:
Inter-relações
Por vezes, esta coincidência não se verifica, pois enquanto a contabilidade de gestão
procura obter custos reais, a contabilidade financeira está sujeita à legislação comercial,
que em certos casos se alheia da informação real.
Exemplos:
A existência destas inter-relações entre as duas contabilidades é uma das causas que
explicam que haja empresas que optam por integrá-las em uma única contabilidade, que
recebe a designação de sistema monista, outras empresas optam por ter as duas
contabilidades totalmente em separado, sistema dualista.
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Contabilidade de Gestão
Contabilidade de Gestão Vs Contabilidade de Custos
Contabilidade de Gestão
Objectivos
Contabilidade de Custos
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Contabilidade de Gestão
Objectivos
Calcular os custos das diferentes partes da empresa e dos produtos que se obtêm;
Conhecer quanto custa cada etapa do processo produtivo, da cadeia de valor de uma
empresa (a cadeia de valor está integrada pelas etapas do processo produtivo que
acrescentam valor ao produto ou serviço que a empresa oferece);
Sistemas de Custeio
Tipologia de Custos
Custos completos;
Custos parciais;
Custos reais;
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Contabilidade de Gestão
Englobam:
Custos Directos
Custos Indirectos
Os custos indirectos só podem ser imputados aos diferentes produtos depois de uma
repartição (coeficiente).
Exemplo:
1ª Hipótese
Visa recalcular os custos completos de forma a que eles sejam representativos das
condições de exploração.
Custos Fixos Imputados = custos fixos reais x (activ. real : activ. normal)
Exemplo
1ª Hipótese
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Custo real de estrutura (cf) 400.000,00
Vantagens do Sistema
Princípios
Não variam com o volume de actividade, são lançados a débito da conta de resultados
analíticos.
Conceito Base
Fórmula Base
V - volume de vendas
R - resultado
Consequências
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Contabilidade de Gestão
Qualquer análise de gestão em “direct costing”, baseia-se nas vendas o volume de
actividade é medido em termos de vendas.
Ponto Crítico
É o nível de actividade para o qual a margem libertada é igual aos custos fixos.
Pressupostos
Custo / Gasto
É o valor do consumo dos inputs que se precisa para poder produzir os outputs;
Os produtos
Pagamento
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Há pagamentos que não correspondem a custos (a amortização de um empréstimo ou o
pagamento dos dividendos).
Investimento
Para cada exercício há que calcular a parte dos investimentos que se consome
(amortizações /depreciações).
Por Natureza
Matérias-primas
Quando no período considerado, alguma MP tem vários preços, podem-se usar diversos
métodos de valorização, entre os quais se destacam:
Serviços Exteriores
Nalguns casos (arrendamentos, telefones, água, gás, electricidade, seguros, etc.) há que
calcular correctamente a parte do custo que corresponde ao consumo do período, para o
que se tem de periodificar, devido ao princípio da especialização.
Pessoal
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Contabilidade de Gestão
Financeiros
Oportunidade
Por Funções
Aprovisionamento;
Produção;
Comercialização;
Administração;
Investigação e desenvolvimento;
Direcção.
Directos e Indirectos
Directos
São os custos que podem ser atribuídos de forma inequívoca e directa ao objecto de
custo, portanto são afectados ao objecto de custo.
Indirectos
São os custos que precisam de critérios de repartição subjectivos para poderem ser
atribuídos, por isso, imputados. São consumidos simultaneamente por dois ou mais
objectos de custo.
Um custo pode ser indirecto em relação ao produto, mas directo em relação a um centro
de responsabilidade.
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Custos do produto e custos do período
Exercício
Matérias-primas 300 u. m.
Produção 50 Unidades
Vendas 40 Unidades ao pv de 20 u. m.
Ei 0 Unidades
Ef 10 Unidades
Demonstração de Resultados
Resultado 100 u. m.
Os custos são variáveis ou fixos em função da sua relação com o nível de actividade da
empresa.
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Custo Variável
Custos de Oportunidade
Estes custos referem-se a consumos reais, mas que não são objecto de facturação nem
de pagamento e, além disso, não são tidos em conta pela contabilidade financeira.
Os mais habituais:
São custos históricos os que já têm ocorrido no passado e dos quais é útil o seu cálculo;
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Custos Padrões (que se referem a uma unidade de produto);
Custos relevantes são custos relativos ao futuro e que podem ser afectados pela decisão
em análise, e custos irrelevantes são os que não são afectados pela decisão que se vai
tomar.
Exemplo:
Se a empresa tem que decidir entre dois processos de fabrico que utilizam
máquinas diferentes, mas que consomem as mesmas quantidades de matérias-
primas, as matérias-primas são irrelevantes para a decisão
Custo Marginal
Custo Controlável
Exemplo:
Em termos económicos:
Custo Marginal
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Contabilidade de Gestão
Custo Diferencial Médio
∆ K = Kn+p - Kn
Todavia, este conceito não é operacional se não for relacionado com o acréscimo
quantitativo da produção.
Assim, teremos o custo diferencial médio que resulta do quociente entre o acréscimo de
custo suportado pela produção de uma quantidade superior à inicial e o acréscimo
dessas quantidades.
c’ = ∆ K / ∆ Q
p’ = ∆ P / ∆ Q
∆R=∆P–∆K
∆ R = ∆ Q (p’ – c’)
Exercício:
Numa empresa que produz o produto X suportou € 500.000 de custos na sua actividade
actual de 100.000 unidades que vende a 6 € por unidade.
Havendo possibilidade de vender este ano mais 20.000 unidades, face à existência de
capacidade disponível, e sabendo-se que os custos crescerão € 70.000 essencialmente a
nível de custos variáveis. Determine o acréscimo de resultado.
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Contabilidade de Gestão
Resolução:
a) c’ = ∆ K / ∆ Q
p’ = ∆ P / ∆ Q
∆ R = ∆ Q ( p’ – c’)
Rendibilidade e Risco
Indicadores de Risco
Económico
Margens brutas;
Financeiro
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Contabilidade de Gestão
Indicadores de Risco Económico
Mc / RO
Evidencia o peso dos custos fixos na estrutura dos custos operacionais da entidade;
Quanto maior for este indicador maior é o risco da entidade, pois significa que grande
parte da Mc é absorvida por custos independentes da entidade.
Ponto Crítico
Kf / % Mc
Reflecte o nível de actividade necessária para que o Resultado Operacional seja nulo;
( V – V’ ) / V’
Mede a margem percentual que separa o actual Volume de Negócios do Ponto Crítico;
Significa quanto as Vendas podem baixar sem que a empresa tenha resultados
operacionais negativos.
RO / RAI
Quanto maior for este indicador maior é o risco financeiro, pois significa que o RO foi
em grande parte absorvido pelos custos financeiros;
Se o RO for positivo e este indicador for negativo significa que os custos financeiros
excedem o RO.
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Solvabilidade
Avalia a capacidade da empresa para fazer face aos compromissos com terceiros;
Autonomia Financeira
Em muitos programas de apoio exigem valores mínimos para este indicador (geralmente
15% a 25%).
Quantifica o peso dos custos fixos operacionais e dos custos financeiros, ou seja, o
impacto das variações das V sobre o RC.
Existem outros custos que variam em função do nível de actividade e que no médio
prazo decrescem com o aumento desse mesmo nível de actividade, por efeito da curva
de experiência e da curva de economia de escala.
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Intervalo Relevante
Sendo válida apenas para decisões, cujos efeitos se materializam neste horizonte
temporal, no qual é possível individualizar um intervalo, expresso em n.º de unidades de
produto ou de tempo.
Principal limitação da análise CVR resulta da sua aplicação ao CP, sendo, como
qualquer modelo, uma simplificação da realidade.
Equação do CVR
R = V – Kv - Kf
Qxpv = V
Qxcv = Kv
Margem de Contribuição
mc = pv - cv
Mc = Q x mc
R = Mc - Kf
%Mc = (V – Kv) / V
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A margem de contribuição global é também dada pelo produto do volume de vendas V
pela %Mc:
Mc = V x %Mc
R = V x %Mc - Kf
O Ponto Crítico das vendas (ponto morto, limiar de rendibilidade ou breakeven point) é
o nível de actividade (expresso em vendas, quantidade ou valor) que proporciona um
resultado nulo, níveis de actividade superiores proporcionam resultados positivos e
níveis de actividade inferiores dão origem a prejuízos.
Q’ = Kf / (pv –cv)
O Ponto Crítico das vendas em valor (V’), representa o Volume de Vendas a atingir
para que o resultado seja nulo.
O seu cálculo deduz-se do Ponto Crítico em Quantidade (Q’), multiplicado pelo pv.
V’ = [Kf / %Mc]
Situação do Multiproduto
O mais vulgar é a mesma estrutura de custos fixos ser comum a vários produtos.
Nestes casos, verificam-se diferentes combinações (Mix) de vendas dos vários produtos.
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Como
Como os Kf;
V’ (Mix) = Kf / % Mc (Mix)
Exercício
A empresa X construiu o seu orçamento de 200x, com base nas seguintes vendas
previstas:
Total 200.000 1
Calcule a % Mc da empresa.
Σ (vi – vi’) = 0
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Exercício
Resolução
Nova %Mc
Confirmação
O Ponto Crítico não se refere aos produtos individualmente, mas sim ao respectivo Mix.
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A contribuição de cada um dos produtos para o Ponto Crítico em quantidade (valor)
multiplicado (dividido) pelo respectivo pv.
Para se calcular o ponto de equilíbrio em quantidade (Q’) e valor (V’) das vendas, há
que identificar os produtos individuais como componentes de um produto global.
Q’ = Kf / [pv(p) – cv(p)]
V’ = Q’ * pv(p)
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Contribuição de cada produto para o ponto de equilíbrio da empresa em quantidade
V’(a)=800.000*0,72 = 576.000
V’(b)=800.000*0,28 = 224.000
Margem de Segurança
MS = (V – V’) / V’
O que significa que este indicador nos informa quanto a empresa está a laborar
acima do ponto crítico em percentagem.
2 – Em relação às Vendas:
MS = (V – V’) / V
O que significa que a margem de segurança, assim definida, nos informa (em
percentagem) quanto as Vendas podem baixar sem que a empresa tenha resultados
operacionais negativos.
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Exercício
Vendas 90.000
Kv 63.000
Resolução
V’ = 50.000
(V - V’) = 40.000
MS (em % de V) = 44,4%
O que significa que as Vendas podem baixar até 44,4% sem que a empresa tenha
resultados negativos.
Se o pv = 10
Determinar Q’
Resolução
V / pv = Q Kv / Q = cv
Q’ = 5.000 unidades
Planeamento de Resultados
O Ponto Crítico traduz o nível de vendas, para que a Mc gerada iguale os Kf, ou seja,
para que produza um resultado nulo.
O resultado proporcionado por mais x unidades vendidas para além do Ponto Crítico
será: X x mc.
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Generalizando, o resultado proporcionado por qualquer nível de vendas (Q), conhecido
que seja o Ponto Crítico (Q’), é dado por:
R = (Q – Q’) x mc
Onde (Q – Q’) expressa o número de unidades vendidas a mais (ou menos, se Q < Q’)
do que o Ponto Crítico.
O mesmo planeamento pode ser feito a partir dos dados expressos em valor, através da
seguinte expressão:
R = (V – V’) x %mc
Uma empresa pode ter uma estrutura financeira aparentemente equilibrada, mas com
rendibilidade insuficiente para lhe permitir pagar os custos financeiros resultantes da
dívida.
Em seguida foi criado um rácio do risco total, o GAC, juntando num mesmo indicador o
GAO e o GAF.
GAF = RO / RAI
O GAF mede a variação dos resultados correntes face a uma dada variação dos
resultados operacionais.
GAF = ∆ % Rai / ∆ % Ro
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Exercício
O GAF será igual a 1 quando não existam Custos Financeiros de Financiamento e tanto
mais elevado quanto maiores forem estes.
Limitação – Tal como os outros graus é aceitável para pequenas oscilações do volume
de vendas
GAC = Mc / RAI
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Exercício
O GAC e a % da M. de Segurança
GAC = 1 / 0,1666 = 6
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GAO = Margem de cobertura / Resultados
Mc = Kf + Ro
Demonstração
R = Q (pv – cv) - Kf
∆ R = ∆ Q (pv-cv)
4. Por sua vez as vendas são o produto das quantidades pelo preço e o acréscimo das
vendas será igual ao produto do acréscimo das quantidades pelo preço
V = pv x Q
∆ V = pv x ∆ Q
Exercício
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Resolução
Durante uma recessão terão de manter o volume de custos para o nível de actividade
para que se estruturaram
Significa, uma variação nas vendas tem um impacto mais que proporcional nos
resultados operacionais;
Pois, uma descida das vendas arrasta um decréscimo mais do que proporcional
nos RO.
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GAO, X = 5 e Y = 3;
Uma subida ou descida de 10% nas vendas da empresa X tem um impacto no mesmo
sentido de 50% nos RO;
Isto é, uma queda posterior de 1% nas vendas implica uma redução de 9% nos RO.
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