Você está na página 1de 1

Estabelecimento Comercial

Caso 1

Manuel Rocha explora, desde há vários anos, um café na zona do


Saldanha, em Lisboa, chamado “Manuel Rocha dos Cachorros”. O
negócio que, no início, apenas dava para “sobreviver” tornou-se pujante
quando passou a incluir no seu menu, o famoso cachorro quente
“kamikaze” com uma receita única e original que atraia gente de todo o
país e também do estrangeiro, após uma reportagem publicada no The New
York Times. Manuel Rocha que começava a achar-se velho e cansado para
o negócio, decide vendê-lo a Maria Botelho. Para o efeito, as partes
limitaram-se a assinar um contrato no qual se estabelecia o seguinte:
Manuel da Rocha vende a Maria Botelho o café sito na Praça Duque do
Saldanha pelo valor de EUR 1.500.000,00.
O contrato foi celebrado no dia 10 de outubro de 2022. No dia 11 de
outubro, já com a chave do café, Maria Botelho repara que, durante a
noite, Manuel Rocha tinha retirado do café metade das cadeiras (deixando
as mesas) e tinha levado consigo a receita do cachorro “kamikaze”.

1. Maria Botelho pretende reagir por entender que Manuel da


Rocha não poderia rer atuado como atuou.

2. Se, do próprio contrato celebrado entre as partes, resultasse a


exclusão de metade das cadeiras e da receita do cachorro
“kamikaze”, tal teria efeito na qualificação do contrato?

Maria Botelho, que, entretanto, tinha contratado uma equipa de


profissionais de restauração, fica estarrecida quando encontra os
trabalhadores que tinham sido contratos anteriormente por Manuel Rocha
à porta do café e prontos para trabalhar, pois considera que, uma vez
vendido o café, os trabalhadores “vão à sua vida”.
3. Tem Maria Botelho razão em defender que nada tem a ver com
os trabalhadores anteriormente contratados por Manuel Rocha?

Você também pode gostar