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São Paulo
2022
Viviane Aparecida Braga de Oliveira
São Paulo
2022
1.INTRODUÇÃO
De acordo com Carneiro et al. 2016, a dor no Recém nascido (RN) não era
levada em consideração pois pensava-se que devido a imaturidade neurológica do
RN e ausência de mielinização e por não haver registro de dor na memória não
existisse, esse pensamento se deu até a decada de 1970, no entanto, pesquisas
atuais pontam que 75% dos impulsos dolorosos são transmitidos através das fibras
periféricas não mielinizadas, já que o RN possui componentes receptores e
transmissores dos estímulos de dor (BRITO et al., 2020; ARAÚJO et al., 2016).
Conforme International Association for the Study of Pain (IASP), o fenômeno
da dor caracteriza-se pela percepção emocional e sensorial ruim por meio de um
atrito tissular que pode ser potencialmente real ou não (ANDRADE, 2019).
Para Christoffel et al. 2017, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN)
durante a permanência do RN, muitos procedimentos e fatores considerados
estressantes são fundamentais para o desencadeamento da dor nesse RN que por
sua vez, não tem como falar o que está sentino, no entanto, o RN possui uma forma
de comunicação específica, esse fator torna difícil a interpretação por parte da
equipe de enfermagem dificultando assim a avaliação da dor, essa dificuldade
caracteriza um grande obstáculo na prestação de uma assistência de qualidade já
que o fenômeno da dor além do desconforto pode repercutir de forma negatiga tanto
organicamente como emocionalmente, impactando o desenvolvimento futor do RN
(OLIVEIRA et al., 2016).
Sendo assim, Silva, Marinho e Santos afirmam que durante o período de
internação do RN na UTIN, cerca de 50 a 150 estimulos dolorosos por meio dos
procedimentos realizados, para um RN com peso abaido de um quilo, estima-se que
durante a internação são submetidos a mais de 500 procedimentos potencialmente
causadores de dor.
Andrade, 2019 acredita que o profissional Enfermeiro exerce papel relevante
no controle e perceção da dor por meio da avaliação da mesma, já que, além de
possuir conhecimento o profissional permanece mais tempo beira leito o que
favorece o reconhecimento das expressões faciais geradas pelos RN conforme o
grau de exposição, o que possibilita a realizar planejamento assistencial e alivio da
dor.
Verificou-se na prática em Unidade de Terapia Intensiva, a necessidade de
obter-se mais dados sobre o processo de manejo da dor em RNs prematuros abaixo
de 34 semanas por parte do enfermeiro e refletir sobre as situações de sofrimento
vividas pelos prematuros durante a fase de internação neste setor e assim
desenvolver técnicas e manejo para avaliação da dor no RN prematuro e obter
soluções e orientações para otimizar o planejamento da assistência de enfermagem;
no sentido de aprimorar a percepção e avaliação da dor por parte do enfermeiro
permitindo amenizar o desconforto gerado por ela.
A vivência enquanto profissional de enfermagem impulsionou a realizar uma
reflexão e escolher este tema, e pesquisar o papel do enfermeiro no manejo da dor
no RN prematuro abaixo de 34 semanas na UTIN, além do que, o estudo poderá
fornecer mais informações a respeito da importância da atuação do enfermeiro e sua
equipe.
O estudo justifica-se por entender que a atuação do enfermeiro é bastante
relevante tanto na prevenção da dor como no monitoramento da mesma, por meio
da aplicação de escalas específicas e assim, contribuindo para o alívio da dor.
Diante da necessidade em conhecer os benefícios do manejo da dor por parte
da enfermagem e a importância da atuação do enfermeiro na implementação de
cuidados e protocolos para a prevenção da mesma, surgiu o seguinte
questionamento: Quais as principais produções científicas brasileiras e
internacionais que discorrem sobre a importância da atuação do enfermeiro no
manejo da dor em RNs prematuros abaixo de 34 semanas durante o período de
internação na UTIN publicadas nos últimos 5 anos que possam nos atualizar sobre
essa temática dentro do ambiente hospitalar?
A presente pesquisa busca mostrar a importância da participação do
enfermeiro nesse processo, com isso pretende-se ampliar os conhecimentos sobre o
tema em questão e subsidiar novas pesquisas no campo acadêmico.
2. OBJETIVO