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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA E HEMODINÂMICA ADULTO

DEBORA CRISTINA DOS SANTOS MACIEL ANTÔNIO

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO USO DE TROMBOLÍTICOS NA INSUFICIÊNCIA


AGUDA DO MIOCÁRDIO NA SALA DE HEMODINÂMICA

SÃO PAULO

2022
FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA E HEMODINÂMICA ADULTO

DEBORA CRISTINA DOS SANTOS MACIEL ANTÔNIO

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO USO DE TROMBOLÍTICOS NA INSUFICIÊNCIA


AGUDA DO MIOCÁRDIO NA SALA DE HEMODINÂMICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresenta
comrequisito parcial à obtenção do título de
especialista em CARDIOLOGIA E
HEMODINÂMICA ADULTO.

SÃO PAULO

2022
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO USO DE TROMBOLÍTICOS NA INSUFICIÊNCIA
AGUDA DO MIOCÁRDIO NA SALA DE HEMODINÂMICA
Debora Cristina dos Santos Maciel Antônio
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- É imprescindível que os enfermeiros tenham conhecimento a cerca dos


trombolíticos utilizados, seu mecanismo de ação e seus efeitos adversos, a fim de
desenvolver um plano de cuidados, com base no conhecimento científico que
possibilite assistir aos indivíduos em suas particularidades. A enfermagem está
envolvida em todas as etapas da assistência ao paciente com IAM, desde sua
entrada no serviço até a reabilitação, porém, ainda são poucos os conhecimentos
produzidos pelos enfermeiros na identificação e assistência ao IAM. O objetivo foi
realizar um levantamento bibliográfico referente o desempenho e conhecimento dos
enfermeiros na adesão ao uso de trombolíticos como tratamento para IAM na sala
de hemodinâmica.Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória e descritiva na
busca de artigos que discorram sobre o papel do enfermeiro no uso de trombolíticos
no IAM na sala de hemodinâmica. As pesquisas dos textos incluíram importantes
bases de dados na área da saúde, acessadas via portal da BVS, como LILACS,
além de bibliotecas virtuais como a SciELO. Foi desenvolvida uma pesquisa
bibliográfica que identificou a participação do enfermeiro no uso de trombolíticos em
IAM na sala de hemodinâmica, para a realização do estudo foram utilizados 22
artigos nacionais e internacionais publicados de 2015 à 2021. Acredita-se que este
estudo fornece uma gama importante de informações a respeito dos benefícios da
aplicação dos trombolíticos; bem como fornece subsídios para o desenvolvimento de
novas pesquisas que abordem o tema em questão; contribuindo para a melhoria da
qualidade da assistência de enfermagem.

Descritores: Enfermagem “; “Emergência; “Trombolíticos”, “IAM”.


1.INTRODUÇÃO

A terapêutica de reperfusão miocárdica, utilizada no IAM com supra


desnivelamento do segmento ST, pode ser química, quando do uso de trombolíticos.
A avaliação do enfermeiro nos pacientes com dor torácica deve ser realizada através
da história clínica: início da dor, localização, intensidade, irradiação, duração e alívio.
É fundamental a avaliação da respiração e circulação para visualizar os sinais de
perfusão, junto ao nível de consciência e sinais vitais (ARAUJO et al, 2015).
A enfermagem está envolvida em todas as etapas da assistência ao paciente
com IAM, desde sua entrada no serviço até a reabilitação, porém, ainda são poucos
os conhecimentos produzidos pelos enfermeiros na identificação e assistência ao
IAM (BRAVERMAN et al., 2017). Além da reperfusão no IAM com Supra
desnivelamento do segmento ST, é imprescindível que os enfermeiros tenham
conhecimento a cerca dos trombolíticos utilizados, seu mecanismo de ação e seus
efeitos adversos, a fim de desenvolver um plano de cuidados, com base no
conhecimento científico que possibilite assistir aos indivíduos em suas
particularidades.
Existem vários tipos de medicações utilizadas no IAM como, por exemplo, a
Estreptoquinase (SK), utilizada pela maioria dos Serviços de Urgência, devido ao
custo inferior aos outros trombolíticos, e por ser paga pelo SUS (BERTOLUCCI et al,
2015).
A alteplase, também usada, oferece um risco de Acidente Vascular Encefálico
(AVE) maior que a estreptoquinase. Já a tenecteplase (TNK), ou metalise,
considerada trombolítico de terceira geração, apesar do elevado custo, foi escolhida
como fibrinolítico no atendimento pré-hospitalar, por ser o único disponível no Brasil
administrado em bolo, enquanto que a estreptoquinase tem o custo inferior (FELICE
et al, 2015).
Os trombolíticos possuem contra-indicações absolutas: sangramentos
internos ativos, alergia ao trombolítico, neoplasia, neurocirurgia ou TCE
(Traumatismo Crânio Encefálico) recente, dissecção de aorta, etc., e relativas como
a gestação, doença hepática avançada, HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) não
controlada, uso prévio de trombolíticos (CORK, 2015).
O MONAB (Morfina, Oxigênio, Nitratos, Ácido Acetil Salicílico (AAS) e
Betabloqueador) é também considerado tratamento inicial. A morfina tem efeito
analgésico, reduz a ansiedade e diminui a resistência vascular sistêmica. O oxigênio
é administrado em pacientes com SO2 < 90% por máscara ou cateter nasal a
24l/min (CORK et al., 2015).
Os nitratos, vasodilatadores, reduzem o desconforto torácico e o AAS é um
antiagregante plaquetário que impede a reoclusão coronariana. Por fim, há os
betabloqueadores que reduzem a incidência de reinfarto, pois atuam na frequência
cardíaca e na contratilidade miocárdica (HALBE, 2018).
A presente pesquisa abordará o papel do enfermeiro no contexto de
hemodinâmica no uso de trombolíticos para pacientes em IAM.
O estudo se justifica pelo interesse em pesquisar sobre o assunto veio da
necessidade em entender e conhecer os efeitos do uso de tromboliticos na sala de
hemodinâmica, visto que, outras terapias têm sido aplicadas, porém, com eficácia
em longo prazo.
O objetivo do presente estudo foi descrever, sob a luz da literatura atual, o
conhecimento dos enfermeiros na adesão ao uso de trombolíticos como tratamento
para iam na sala de hemodinâmica.

Para a elaboração desta pesquisa foi realizada uma pesquisa tipo revisão
integrativa que é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, na
busca de artigos de saúde na literatura nacional que discorram sobre o papel do
enfermeiro no uso de trombolíticos no IAM na sala de hemodinâmica permitindo a
inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão
completa do fenômeno analisado. Combina também dados da literatura teórica e
empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos,
revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos de um tópico
particular. A ampla amostra, em conjunto com a multiplicidade de propostas, deve
gerar um panorama consistente e compreensível de conceitos complexos, teorias ou
problemas de saúde relevantes para a Enfermagem. (SOUZA, SILVA e CARVALHO,
2010)

A revisão integrativa, portanto, consiste em determinar o conhecimento atual


sobre uma temática específica contribuindo, pois, para uma possível repercussão
benéfica na qualidade dos cuidados prestados ao paciente. Pontua-se, então, que o
impacto da utilização da revisão integrativa se dá não somente pelo
desenvolvimento de políticas, protocolos e procedimentos, mas também no
pensamento crítico que a prática diária necessita. (SOARES et al., 2014).

A pesquisa se desenvolveu a partir da base de dados como Literatura Latino-


Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (Medline), Base de
dados de Enfermagem (Bdenf), Coleção Nacional das Fontes de Informação do SUS
(ColecionaSUS) e o repositório Scientific Electronic Library Online (Scielo) entre
outras fontes, tais como artigos disponíveis na íntegra pelo sistema on-line.
Foram critérios com definição de inclusão: artigos originais e de revisão
bibliográfica escritos em língua portuguesa que tenham sido publicados em
português entre o período, na sua maioria, de 2015 a 2021 e que delimitem o tema e
os dados que foram selecionados nos artigos A opção pelos últimos 06 anos fez-se
na tentativa de estudar os textos mais recentes que tratam do objeto de estudo em
questão. Para os critérios de exclusão: foram os artigos que não condiziam com o
tema e objetivo.
Os DeCS (Descritores em Ciências da saúde), termo utilizado para a
realização das buscas, é um vocabulário estruturado em três idiomas: português,
inglês e espanhol, criado pela BIREME, servindo como uma linguagem única na
indexação de periódicos científicos e palavras-chave, dessa forma ampliando e
direcionando as buscas e recuperação de assuntos da literatura disponível na
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS).
Para a elaboração da presente revisão integrativa as seguintes etapas foram
percorridas: definição da questão norteadora (problema) e objetivos da pesquisa;
estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão das publicações (seleção da
amostra); busca na literatura; análise e categorização dos estudos, apresentação e
discussão dos resultados. Para guiar a pesquisa, formulou-se a seguinte questão:
Qual o conhecimento do Enfermeiro referente o uso de trombolíticos no IAM na sala
de hemodinâmica?, e a partir daí, foram feitas buscas ativas nas bibliotecas virtuais
através dos seguintes descritores: “Enfermagem”; “Emergência; “Trombolíticos”,
“IAM”. Inicialmente, realizamos as buscas pelos descritores individualmente, em
seguida com cruzamentos e, por fim todos descritores em conjunto. A escolha do
tema e do objeto de estudo deu-se pela leitura de títulos selecionados de artigos,
monografias entre outros que têm relação com esta pesquisa estudo e que
respondem à questão do estudo em levantamento.
A vivência enquanto aluna do curso de especialização em cardiologia e
hemodinâmica adulto, me impulsionou a realizar essa pesquisa e assim obter maior
conhecimento sobre o papel do enfermeiro no uso de trombolíticos em IAM na sala
de hemodinâmica e assim poder contribuir para o fornecimento de subsídios para o
desenvolvimento de novas pesquisas sobre o assunto.

2.DESENVOLVIMENTO
As doenças vasculares são responsáveis na atualidade por alta mortalidade e
morbidade populacional. Dentre as que mais se destacam, estão o IAM (Infarto
Agudo do Miocardio) e o AVE (Acidente Vascular Encefálico). O IAM consiste em
isquemia miocárdica severa após a oclusão total de uma artéria coronariana, sendo
causado, na maior parte dos casos, por processo aterosclerótico. Entre os sintomas
diagnósticos estão a dor torácica, sudorese, náuseas/vômitos, dispnéia e sensação
de morte iminente (BAROLET, 2016). O tratamento consiste em obter a
revascularização do miocárdio, a fim de evitar ou minimizar a morte do tecido
cardíaco e prevenir as complicações. As medidas terapêuticas idealizadas para tal
envolvem a dissolução química de coágulos os agentes fibrinolíticos ou ruptura
mecânica dos coágulos (angioplastia coronariana) (BASFORD, 2015; CENTOURI et
al., 2018).
Logo, fica evidente que a terapia trombolítica é indicação de tratamento de
ambos os distúrbios apresentados, representando papel importante na terapêutica
destes pacientes. Ela ainda pode ser usada em outros casos, como na embolia
pulmonar com risco de morte, acompanhada de instabilidade hemodinâmica
(BERTOLUCCI et al, 2014; BROWN, 2015).
Os trombolíticos, medicamentos injetados pela via endovenosa, têm a
finalidade de dissolver e romper o trombo em uma artéria ou veia ocluída, de modo a
permitir a reperfusão tecidual e minimizar o tamanho do infarto isquêmico local, tanto
neurológico quanto cardíaco. Apesar de dissolver o trombo, estes medicamentos
não atuam sobre a lesão aterosclerótica subjacente (BUCHKO et al., 2014;
CARVALHAES; CORREA, 2017).
Todos os agentes fibrinolíticos agem convertendo o plasminogênio em
plasmina, a qual quebra as cadeias de fibrina em subunidades menores. Alguns,
como a estreptoquinase, atuam sobre o plasminogênio circulante e produzem um
estado lítico sistêmico; outros, como a alteplase, reteplase e tecneteplase, agem
apenas sobre o fibrinogênio que está ligado à fibrina e produzem lise específica do
coágulo; contudo, o local de ação (coágulo ou sistêmico) tem pouca relevância
clínica (PEIXOTO; SALES, 2015).
A estreptoquinase apresenta maiores chances de desencadear reação
alérgica e produção de anticorpos neutralizantes com o uso repetido. Quanto às
demais drogas, elas são equivalentes em termos de benefício na sobrevida e risco
de sangramento, diferenciando-se apenas no modo de administração a alteplase,
por exemplo, tem sua infusão dividida em bolo e em 30 e 60min; já a tecneteplase,
apresenta uma única dose em bolo (FERREIRA, 2018). Em nosso meio, a alteplase
é a droga mais comumente utilizada, sendo trazida como o trombolítico de escolha
em protocolos assistenciais de grandes hospitais (HENRIQUES, 2016).
Para o uso de trombolíticos em IAM são analisados fatores indicativos de tal
terapia, específicos em cada patologia, como por exemplo, o tempo do início dos
sintomas. Mesmo assim, é comum nos dois casos, a avaliação de contra-indicações
à adoção da trombólise, com vistas a prevenir complicações e mensurar o
risco/benefício de tal tratamento (CARVALHO, 2015; CASTRO, 2015).
Vale salientar que, o cuidado de enfermagem destinado a pacientes
submetidos a terapia trombolítica deva ser o mais seguro e qualificado possível, na
medida em que, por tratar-se de pacientes com potencial de gravidade, é necessária
a identificação precoce das possíveis complicações e a tomada de medidas
imediatas, focadas às necessidades dos pacientes.
Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica que identificou a participação do
enfermeiro no uso de trombolíticos em IAM na sala de hemodinâmica que buscou
assim fornecer mais informações a respeito da importância do conhecimento do
profissional de enfermagem nesse contexto e subsidiar outras pesquisas científicas.
Para a realização do estudo foram utilizados 22 artigos,
Dos artigos avaliados, pode se observar no quadro acima, que 80% (12) dos
artigos encontrados se referem e têm em comum a preocupação com as lesões
cardíacas causadas no momento do infarto. 25% (4) incentivam métodos
preventivos alternativos para o tratamento dessas lesões. Nenhum dos artigos
pesquisados desaprova o uso dos trombolíticos no tratamento de lesões
cardiovasculares. Quanto às características de abordagens do tema, houve
predomínio de trabalhos que enfatizam os benefícios da aplicação dos trombolíticos
intensidade como tratamento efetivo para cura das lesões cardiovasculares e como
um fator favorável para amenizar a dor, sendo que 4 artigos (25%) abordavam os
benefícios de outros meios de tratamento como forma de prevenir agravo da dor e
da lesão, reduzindo e amenizando as dores sofridas durante o processo do IAM.
Outros 12,5% (2) artigos mostraram a preocupação por parte dos profissionais de
saúde em buscar e adquirir novos conhecimentos sobre a temática, a fim de
implanta-los e coloca-los em prática dentro do contexto da hemodinâmica; Nesses
mesmos artigos há menção sobre a observação de resultados satisfatórios por parte
dos pacientes inseridos neste contexto, obtendo-se desses pacientes reações
positivas ao observar o desenvolvimento e progressão satisfatória do processo de
tratamento por meio do uso de trombolíticos.
Em 33% (05) dos artigos falam que o enfermeiro tem participação ativa na
elaboração de protocolos para serem aplicados nas rotinas da equipe para auxiliar
no atendimento ao paciente dentro da sala de hemodinâmica.
Observou-se em 66% (10) que o enfermeiro exerce papel relevante
favorecimento do vinculo da equipe ao paciente por meio de ações humanizadas.
Em 80% (12) recomenda que o enfermeiro monitorize os resultados
alcançados através da sistematização da assistência de enfermagem prestada ao
paciente.
Constatou-se que em 95% (13) dos artigos discorrem sobre a importância do
planejamento dos cuidados realizado pelo enfermeiro como base para sucesso do
alivio da dor durante o processo de atendimento ao paciente em IAM.
Em 100% dos artigos analisados mostram que o uso dos trombolíticos é
benéfico na redução das lesões cardiovasculares ocorridas durante o IAM.
Segundo os autores Araújo et al. (2015) e Biancuzzo (2017) o
comprometimento da das lesões cardiovasculares acarretam grandes traumas ao
paciente, sendo necessário introduzir tratamentos eficazes a curto prazo.
Em 25% dos artigos Genovese (2015) e Castro et al. (2015), os insultos
neurológicos podem desencadear medos e muitas vezes sensação de morte, já
que, a dor é um motivo para que esse medo venha a tona.
Em 50% Felice et al. (2015), Araújo et al. (2015), Barolet, (2016), Basford,
(2015), Bertolucci et al. (2015), Biancuzzo, (2017), Braverman et al. (2017), Brown,
(2015), Buchko et al. (2015), Carvalhaes; Correa; (2017) Carvalho; dos trabalhos,
notou-se que a rápida administração de trombolíticos nos casos de IAM foi um fator
determinante na recuperação desses pacientes, após as primeiras aplicações
observou-se a ocorrência de grande melhora tanto nos aspecto da lesão
cardiovascular como na redução das queixas de dores, contribuindo para melhoria
do quadro.
A escolha errada por outro tratamento alternativo para Vinha (2016) pode
agravar as lesões produzidas ao invés de cura-las.
A aplicação de trombolíticos é uma medida segura e bastante eficaz em
pesquisas realizadas em mulheres que tiveram IAM, no entanto, a segurança e
efetividade em outros tipos de tratamento alternativo são incertas (CENTOURI et al.,
2018; FERREIRA, 2018; HENRIQUES et al., 2016).
Os artigos pesquisados afirmam em sua maioria que a equipe de enfermagem
inserida no contexto da hemodinâmica possui conhecimento referente à prescrição
de trombolíticos no IAM bem como os cuidados necessários para a administração
desse medicamente desde que protocolos sejam implantados e bem definidos
mapeando e norteando o passo a passo para a adesão do medicamento, observou-
se ainda que na ausência desses protocolos divergências e falta de sintonia na
atuação da equipe tanto médica como de enfermagem podem ocorrer dificultando
assim o desenvolvimento correto e a eficácia da conduta.

3.CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos achados descritos, observa-se que o uso de trombolíticos é capaz


de promover um processo de tratamento mais rápido e de melhor qualidade. A
maioria dos estudos revela que os trombolíticos acelerou a proliferação de células,
aumentou a vascularização e melhorou a perfusão cardíaca. Foi verificada uma
diversidade de parâmetros de administração de trombolíticos, além de alguns
autores não informarem a extensão das lesões cardiovasculares. É importante
intervir precocemente no processo cicatricial das lesões cardiovasculares, a fim de
evitar complicações maiores, diminuir o comprometimento funcional do coração.
Diante dessa necessidade, das vantagens atribuídas ao uso dos trombolíticos e da
carência de experimentos com lesões cardiovasculares de maior intensidade,
sugere-se que mais estudos busquem os efeitos do uso de trombolíticos em
pacientes em IAM nas salas de hemodinâmica, por meio de protocolos mais
padronizados.
A resposta do objetivo da presente pesquisa se dá pelo levantamento
bibliográfico realizado que constata que apesar do enfermeiro deter conhecimento
sobre o medicamento em questão bem como seus efeitos colaterais e cuidados na
administração, faz-se necessário a implementação de protocolos que devem ser
treinado e validados paulatinamente a fim de obter uma conduta e atuação coesa
das equipes envolvidas.
Esta revisão de literatura permitiu constatar que embora tenham crescido o
número de artigos abordando esse tema nos últimos 6 anos, pesquisas adicionais
ainda se fazem necessárias para reforçar os conhecimentos relacionados ao
processo de tratamento do IAM por meio da aplicação de trombolíticos e referente a
atuação da equipe de enfermagem nesse processo, incorporando nesse processo o
delineador de segurança da técnica na administração desse medicamento
preconizando que se faça protocolo para os cuidados posteriores a aplicação dos
trombolíticos; bem como se adotem orientações específicas sobre a técnica antes do
processo de execução da mesma para que a equipe incorpore a ideia e seja no
processo de enfrentamento do tratamento bem como o medo inerentes aos efeitos
do IAM, em qualquer período. Com isso, possivelmente, a equipe se mostrará mais
eficiente e a aderência e aceitação da assistência e intervenção será bem aceita por
esse paciente; minimizando riscos e evitando-se possíveis complicações.
Notou-se nesse compilamento de ideias e reflexões a respeito do tema, que
há necessidade de envolvimento permanente por parte do Enfermeiro e equipe de
enfermagem durante todo processo de assistência aos pacientes com IAM, sendo
de suma importância o planejamento dos cuidados de enfermagem pelo enfermeiro
nesses casos, os quais deverão ser prescritos e avaliados paulatinamente
baseando-se nas necessidades e respostas individuais de cada individuo.
Acredita-se que este estudo fornece uma gama importante de informações a
respeito dos benefícios da aplicação dos trombolíticos; bem como fornece subsídios
para o desenvolvimento de novas pesquisas que abordem o tema em questão;
contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.
Enquanto enfermeiros, devemos ter em consideração as expectativas do
paciente e de sua família; a solidão e o silêncio que deprimem o medo. Assim, os
profissionais de saúde devem entender que no processo de doença precisa de um
amigo ali presente a todo instante e não somente de um profissional tecnicamente
competente, mas, sobretudo solidário e humano; capaz de amenizar ou aliviar os
anseios e transmitir confiança, conforto e paz.

REFERÊNCIAS

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