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A Química do Xampu

Discute também a composição química desses materiais, a estrutura


básica do cabelo e como o pH do xampu afeta essa estrutura. Apenas o sabão
ocasional é usado, ao lavar os cadáveres que as pessoas reverenciam. Para
saber mais sobre shampoos e outros similares, vale relembrar o
desenvolvimento do primeiro produto de limpeza, o sabonete comum.
Os gregos e romanos começaram a entender o sabão. Através da
explosão do Monte Vesúvio, os arqueólogos descobriram uma fábrica de
sabão. Reage com soluções alcalinas, hidróxido de sódio ou hidróxido de
potássio para produzir sabão. Essa reação é um dos processos orgânicos mais
antigos conhecidos e utilizados pelo homem para converter gorduras animais e
óleos vegetais em sabão.
Assim como fazer vinho a partir de suco de uva fermentado, a fabricação
de sabão é uma das mais antigas reações químicas conhecidas. A fabricação
de sabonetes duros e macios já foi descrita pelo historiador romano Plínio, o
Velho, mas a produção em massa não começou até o século XIII.
Quando o sabão é agitado com água, ele forma um sistema coloidal que
contém agregados chamados micelas. Nas micelas, as cadeias de carbono
estão voltadas para o centro e a parte carregada está em contato com a água.
Os íons positivos permanecem na água. Em geral, sabonetes regulares são
sais de sódio. Estes sais são solúveis em água. Em contraste, os sais de Ca2+,
Mg2+ ou Fe3+ são insolúveis em água.
Problemas associados ao uso de sabonetes regulares em água dura
levaram ao desenvolvimento de detergentes sintéticos. Como o sabão, os
detergentes contêm uma porção orgânica com um grupo carregado no final da
cadeia.
Os shampoos são materiais usados para limpar os cabelos e são
formulados com um ou mais detergentes sintéticos cuja função, como veremos
a seguir, é remover a oleosidade dos cabelos. No mercado são uma mistura de
alquilbenzenossulfonatos, cujo principal componente é o
dodecilbenzenossulfonato de sódio, estabelecido no Brasil como padrão para
detergentes aniônicos biodegradáveis.
Íons carregados positivamente estão ligados aos fios de cabelo, e o
poder de limpeza de um xampu é geralmente referido à sua capacidade de
remover óleo, sujeira e matéria estranha do cabelo e do couro cabeludo.
O revestimento também deixa o cabelo macio e previne o crescimento
bacteriano. O excesso e o acúmulo de sebo podem deixar o cabelo oleoso e,
por ser um material pegajoso, pode acumular poeira e materiais estranhos no
cabelo. Cada cabelo é basicamente composto de proteínas compostas por
longas cadeias paralelas de aminoácidos.
Como um sabão — ou um detergente sintético — consegue remover a
sujeira dos cabelos?

A maior parte da sujeira no cabelo adere à camada de sebo. Detergentes e


sabões sintéticos envolvem bases fortes no processo de fabricação, o que faz
com que suas formulações tenham pH superior a 7. Além disso, o sabão pode
reagir com a água, fazendo com que o meio também se torne alcalino.

Concluindo
Pelo que vimos, o objetivo de um xampu é limpar o cabelo. No entanto,
remover todo o sebo natural pode tornar o cabelo opaco, áspero ao toque e
propenso à estática, dificultando o estilo. Tentativas foram feitas para remediar
os efeitos negativos dos detergentes, criando uma grande variedade de
xampus que embelezam o cabelo, além de limpar. A nomenclatura oficial dos
ingredientes é obrigatória por lei para ser incluída nos rótulos e às vezes é
usada para dar aos xampus uma imagem de alta qualidade.
Um exemplo é a propaganda de um xampu neutro e suas possíveis
vantagens. A grande maioria dos limpadores usa limpadores aniônicos, todos
com pH fortemente alcalino. Para sabão em barra, o limite de pH para uma
solução de 1,00 cg/g é 11,5. Para amaciantes e condicionadores, por outro
lado, o limite mínimo de pH é 3,0.
Sabonetes e sabonetes líquidos usados para higiene pessoal costumam
ter seu pH ajustado para um valor próximo a 7,0 para evitar reações alérgicas
às mãos e ao corpo.

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