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Relatório Anual 2008
Fábrica da AmBev
em Jaguariúna (SP), Brasil
Seja Bem-vindo
à AmBev
Somos a 4ª maior cervejaria do
mundo e fazemos parte do cotidiano
de nossos consumidores
Estamos presente em 14 países nas Américas do Sul, Central e
do Norte, produzindo e comercializando cervejas, refrigerantes e
outras bebidas não-carbonatadas. Mais de 39 mil pessoas trabalham
para que a AmBev seja a melhor companhia de bebidas do mundo
em um mundo melhor. Em 2008, a AmBev atingiu volume de vendas
de 146,9 milhões de hectolitros de bebidas e receita líquida de
R$20,9 bilhões.
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Relatório Anual 2008
Principais Indicadores
2003 2004 2005 2006 2007 2008
(Os indicadores são em milhões de reais exceto quando indicado)
Demonstração de Resultados
Balanço Patrimonial
Capitalização
(1) Durante o ano de 2008, a Companhia registrou alterações nas práticas contábeis, conforme adoção da Lei 11.638/07 e Normas da CVM. Como resultado,
a despesa com amortização de ágio, que antes era contabilizada em outras despesas operacionais líquidas, passou a ser contabilizada em Despesas Gerais e
Administrativas. O valor total da reclassificação em 2008 foi de R$1.252,7 milhões. Esse ajuste não foi demonstrado para dar efeito retroativo.
(2) Retorno sobre o Patrimônio = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido.
(3) Payout Dividendos (2008): Considera distribuição de juros sobre capital próprio (“JCP”) aprovada em RCA realizada em 22 de dezembro de 2008, por conta
dos lucros apurados no balanço extraodinário de 31 de agosto de 2008, a serem imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2008, à razão
de R$0,3900 por ação ordinária e R$0,42900 por ação preferencial.
(4) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005 e, pelo grupamento de ações (na proporção de 100 existentes para 1 nova ação),
realizado em 29/06/2007.
Aos Acionistas
Bem preparados para 2009
O ano de 2008 foi marcado por inúmeros desafios e importantes Por outro lado, nosso negócio de refrigerantes e bebidas
resultados. Apesar de nossa principal operação – Cerveja Brasil – não-carbonatadas teve um ano de resultados excelentes, com
ter apresentado resultados abaixo do esperado, reportamos um crescimento no volume de vendas – mesmo em um período difícil
excelente desempenho nos países do cone sul da América Latina para a indústria – graças à boa performance das nossas inovações,
(Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile) e em nossa operação que resultaram em ganhos de participação de mercado, e um bom
No Brasil, o ano de 2008 apresentou um clima mais frio e mais refrigerantes e bebidas não-carbonatadas. O bom desempenho da
AmBev
chuvoso do que o ano passado. Esse fator, aliado ao carnaval mais indústria nesses países, os ganhos de participação de mercado, a
cedo do que o usual e a pressão que a inflação de alimentos eficiência no gerenciamento da receita e as economias significativas
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provocou na renda do consumidor influenciaram negativamente os em custos fixos resultaram em ótimo crescimento dos nossos
Relatório Anual 2008
volumes da indústria em 2008. resultados na operação. O prestígio das nossas marcas, a qualidade
em toda a região.
fortíssima pressão nos custos de produção. O bom gerenciamento que a solidez da nossa indústria e a nossa capacidade de geração
da receita, alinhado a uma significativa redução de custos fixos de caixa serão importantes vantagens diante das atuais incertezas
e ganhos com eficiência, permitiu a manutenção dos nossos macroeconômicas. Continuaremos a investir em nossas marcas
resultados e os ganhos de participação de mercado. Tivemos um e em nossa Gente que consideramos os nossos diferenciais para
ano de desafios, mas nossa estratégia de concentrar recursos nas manter a trajetória de crescimento com rentabilidade.
mercado sem perda de EBITDA pela primeira vez em 11 anos. Carlos Alves de Brito
Co-Presidente do Conselho de Administração
Continuamos comprometidos em retornar nosso excesso de caixa
aos nossos acionistas. Em 2008, pagamos aos nossos acionistas Victorio Carlos de Marchi
Co-Presidente do Conselho de Administração
R$2,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio e
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recompramos R$630 milhões em nossas ações, atingindo um
Venezuela
Mercado de cerveja (mm HL): 25,8
Quinsa
Média de consumo per capita (litros): 93,0 Argentina
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 2,9 Mercado de cerveja (mm HL): 17,8
Média de consumo per capita (litros): 44,3
Equador Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 17,1
Mercado de cerveja (mm HL): 4,8 Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 18,9
Média de consumo per capita (litros): 35,3
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 0,8 Uruguai
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 9
El Salvador Média de consumo per capita (litros): 25,9
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,3
Média de consumo per capita (litros): 12,0 Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 0,8
Guatemala Bolívia
Mercado de cerveja* (mm HL): 1,6 Mercado de cerveja (mm HL): 3,5
Média de consumo per capita (litros): 10,6 Média de consumo per capita (litros): 36,7
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,2 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 4,0
Nicarágua Paraguai
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 Mercado de cerveja (mm HL): 2,3
Média de consumo per capita (litros): 16,5 Média de consumo per capita (litros) 38,1
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 3,2
Peru
Mercado de cerveja (mm HL): 11,0 Chile
Média de consumo per capita (litros): 38,0 Mercado de cerveja (mm HL): 6,0
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0 Média de consumo per capita (litros): 37,4
Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 4,0 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0
República Dominicana
Mercado de cerveja* (mm HL): 4,0
Média de consumo per capita (litros): 42,5
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0
Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 4,0
Skol – Skol, a cerveja que desce redondo. É jovem, ousada, Polar – Polar Export é uma cerveja de qualidade superior,
irreverente e busca sempre surpreender o consumidor com ações orgulhosamente gaúcha. Apesar de ser uma cerveja tipo
inovadoras. Foi a primeira cerveja em lata de alumínio do país e Exportação, sua distribuição concentra-se no Sul do país. É um
pioneira em garrafa long neck, lata com boca redondona, garrafa verdadeiro patrimônio do Rio Grande do Sul.
big neck, lata de 473 ml e lata de 269 ml. É a líder em preferência
e vendas no Brasil. Kronenbier – Primeira cerveja sem álcool do Brasil.
Brahma – Com 120 anos completados em 2008, é a marca Liber – Primeira cerveja 0% de álcool da América Latina.
do “Brahmeiro”, o batalhador, guerreiro, que tem fé na vida e
Caracu – Cerveja preta, forte e gostosa, lançada em 1899. É uma
não desiste nunca. Sua comunicação retrata valores que são
das marcas mais tradicionais do Brasil, conhecida por seu sabor
importantes para esse consumidor, como família, amigos, trabalho
encorpado e energia.
e conquistas.
Norteña – Cerveja uruguaia, refrescante e pouco encorpada, Guaraná Antarctica – Marca autêntica, exclusiva, moderna e
apresenta uma coloração amarelo intenso e traz um aroma discreto divertida. Com sabor único e original do Brasil, é líder absoluta
de lúpulo e de frutas. no segmento guaraná no mercado brasileiro. Comercializada no
país desde 1921, está entre as 15 marcas de refrigerantes mais
Labatt Blue – Labatt Blue é a marca canadense mais vendida no vendidas no mundo e o sabor guaraná é o quarto mais consumido
mundo. Lançada em 1951 como Labatt Pilsener, ela foi batizada no planeta.
pelos fãs do time de futebol Winnipeg Blue Bombers. Foi a primeira
marca do Canadá a fazer uma tampa que gira. Pepsi – Marca com espírito desafiador, cada vez mais vista pelos
consumidores como inovadora, jovem e cheia de energia. Suas
Budweiser – Uma das marcas de cerveja mais consumida do
campanhas grandiosas com celebridades globais da música e do
planeta e que faz parte do nosso portfólio do Canadá. Tem uma
futebol encantam, não só pela qualidade da produção, mas também
imagem visual forte, incluindo rótulo tipicamente americano, com
pela ousadia, criatividade e descontração.
as cores vermelha, azul e branca. Primeira cerveja americana,
começou a ser engarrafada em 1883 e, exportada em 1885. Seven UP - Ajuda a encontrar o equilíbrio necessário para
desfrutar plenamente cada momento da vida.
Kokanee – A marca se firma na Colúmbia Britânica (Canadá) como
um produto típico da região, refrescante e focado no público jovem. H2OH! – Voltada para o consumidor que busca um produto
saudável, natural e associado à qualidade de vida. Desenvolvido
Alexander Keith’s – Marca Premium no Canadá, com grande 13
para quem tem um estilo de vida e uma atitude leves.
penetração na Nova Escócia.
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Construção de Marcas Fortes Execução da Distribuição e Relacionamento com PDV
Conhecemos profundamente nossos consumidores, pois eles são Nossas operações incluem a distribuição direta, ao mesmo tempo
nossa razão de ser. Assim, desenvolvemos produtos e criamos em que fortalecemos o sistema de distribuição terceirizada com
campanhas afinadas com seus valores para estreitar os vínculos e parceiros comprometidos com o resultado do portfólio. Com
fortalecer nossas marcas. Além disso, investimos constantemente o Programa de Excelência AmBev, estimulamos o constante
em inovações para manter nossas marcas em destaque. aperfeiçoamento de nossos revendedores, estabelecendo
padrões de desempenho e estimulando a troca de informações
Gente e Cultura
sobre as melhores práticas. Ajudamos nossos clientes a expor
os produtos da melhor forma no ponto-de-venda, a programar
Temos as melhores pessoas, altamente qualificadas, motivadas
estoques, a decorar o estabelecimento e a gerenciar receitas e
e comprometidas. Contratamos, treinamos e desenvolvemos
despesas. Esse trabalho melhora o desempenho do ponto-de-
excelentes profissionais. Incentivamos financeiramente a excelência
venda e estreita o vínculo com o cliente.
do desempenho por meio de remuneração variável ou participação
acionária. Promovemos o exercício da liderança pelo exemplo,
Eficiência em Custos
pensamos e agimos como donos do negócio e “gastamos sola de
sapato” para estarmos presente onde as coisas acontecem. Adotamos modelo de Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula
o comprometimento com o controle de despesas e custos, sem
AmBev
Crescimento de Receitas
manter qualquer relação com o ano anterior. Estabelecemos
metas desafiadoras, e cada equipe é responsável pelo próprio
16 Buscamos de forma permanente o crescimento da receita líquida.
orçamento. Cada centro de custos tem um dono.
Temos como prioridade aproveitar oportunidades de construir
Relatório Anual 2008
Mudanças que transformam a comunidade para melhor Pay Out (bilhões de reais)
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Cerveja Brasil
Clima frio e chuvoso e pressão da inflação de alimentos na renda do consumidor
deixam resultados abaixo do esperado
O ano de 2008 foi desafiador para a indústria no Brasil e nos Custos mais elevados
colocou à prova diante das adversidades inerentes ao negócio.
Comparando-se com 2007, tivemos temperaturas baixas por O custo dos produtos vendidos por hectolitro apresentou um
longos períodos, com chuvas acima do normal, o Carnaval que crescimento orgânico de 7,8%, somando R$43,4. Os principais
aconteceu bem mais cedo que em outros anos e a inflação dos fatores que contribuíram para este aumento foram (i) maiores preços
alimentos que pressionou a renda disponível dos consumidores das commodities, como, por exemplo, cevada, milho e alumínio; (ii)
foram refletidos em uma desaceleração da indústria em relação impacto da inflação nos salários, e (iii) menor absorção de custos
aos anos anteriores. Nesse sentido, o crescimento orgânico do fixos, o que foi parcialmente compensado por (iv) ganhos com uma
nosso volume foi de 0,2% em relação a 2007, totalizando 69,960 menor taxa de câmbio através de nossa política de hedge.
A nossa receita continuou em ascensão: registramos um crescimento R$3.493,3 milhões, apresentando um crescimento orgânico de
20 orgânico de 4,2% da receita por hectolitro, que chegou a R$151,3. 11,3% (sem depreciação), basicamente devido ao aumento da
Esse aumento foi conseqüência (i) do aumento de preços em 2008; nossa distribuição direta, aumento de despesas fixas em linha
Relatório Anual 2008
e (ii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição com a inflação e investimentos no mercado para suportar nossas
Contração do EBITDA
e tecnologias que utilizamos. Fizemos campanhas ousadas e chegou na versão latinha, com um formato moderno e 269 ml.
aumentamos os pontos de diálogo com os consumidores. Comercializada em um fridgepack com oito unidades, uma embalagem
prática que o consumidor pode colocar direto na geladeira.
Novidades da Skol
Na Brahma, colocamos de volta ao mercado 11 rótulos históricos na Em 2008, aprofundamos nosso conhecimento sobre os
coleção comemorativa dos 120 anos da marca – Latas Centenárias. consumidores de cada uma de nossas marcas e nossa Comunicação
Ainda nas comemorações, apresentamos uma garrafa especial de com eles nunca foi tão direta. Além das mídias usuais, apostamos
fim de ano, “Brahma Celebration”, com formato similar ao de uma mais no uso da Internet.
garrafa de champagne, fechada até com rolha. Também lançamos o
A Skol foi uma das marcas que mais utilizou esse canal. Na sua
litrão e os packs econômicos de 18 e 24 latas.
9ª edição, o evento Skol Beats realizou o primeiro festival de música
Sucesso de vendas no Nordeste brasileiro, a Brahma Fresh, lançada co-criado pelo público. Pela Internet, os consumidores escolheram
em 2007, continuou sua trajetória ascendente em 2008. Cerveja as atrações, local e formato do evento. A marca também desafiou
pilsen refrescante, com sabor mais suave, tem conquistado seu a criatividade deles com a promoção “Sonho da geladeira de Skol
AmBev
espaço no mercado nas regiões de clima quente. própria”, que distribuiu 100 geladeiras de Skol para as respostas
mais criativas à pergunta: Onde você armaria o boteco com uma
22 Lançamentos Premium
geladeira da Skol? A promoção, que contou com a participação de
mais de 1,5 milhão de pessoas, foi idealizada seguindo o DNA da
Relatório Anual 2008
por dois motivos: o crescimento no mercado e nosso aumento de acumularam R$693,2 milhões, aumentando 2,4% organicamente.
participação nele, em razão das inovações no período. O principal elemento que gerou o crescimento de tais despesas
operacionais foi a inflação, que foi parcialmente compensada por
Impactos positivos na receita uma maior eficiência dos nossos programas comerciais.
por uma mudança favorável no mix de produto. a 2007, para R$999,6 milhões, com uma expansão de margem de
AmBev
24 O custo dos produtos vendidos por hectolitro caiu 5,1%, Inovar e renovar sempre
contabilizando R$37,9. Os impactos positivos resultaram de
Relatório Anual 2008
ganhos por meio de nossos contratos de hedge de açúcar e moeda, Em refrigerantes, Guarah, Pepsi Twist 3 e Sukita Uva foram os três
que compensaram e superaram o efeito da inflação nos custos das lançamentos do ano, e ainda colhemos os frutos de inovações de
Foco no consumidor
Campanha de Guaraná Antarctica, intitulada É o que é, reforça a identidade da marca com os jovens
Quinsa
Inovações aumentam nossa participação no mercado
A região da Quinsa contribuiu com importantes resultados no Também a marca Brahma se renovou com o lançamento de Brahma
consolidado da Companhia. A força de nossas marcas ajudou na Beats, uma nova proposta desenvolvida especialmente para a noite.
ampliação do mercado e o segmento de cerveja da AmBev cresceu Iguana lançou uma nova garrafa de um litro descartável, oferecendo
mais do que a categoria de refrigenanc. As inovações nos produtos como diferencial da marca várias opções de tamanho.
Premium impulsionaram o aumento de participação na maioria dos
A marca Stella Artois segue curva ascendente de crescimento
mercados onde operamos, especialmente na Argentina.
desde o seu lançamento, há três anos, na Argentina, e tornou-se a
Em termos de volume, o crescimento foi de 11,5% para cerveja marca número um no mercado Premium.
e 8,7% para refrigenanc. O crescimento orgânico do EBITDA
No Chile, as inovações ficaram com o desenvolvimento de novos
consolidado da Quinsa foi de 32,8%, atingindo R$1,552 bilhão.
produtos nas linhas Brahma. Em setembro de 2008, lançamos
Lançamentos de sucesso a Brahma Extra, uma cerveja do tipo lager que chegou para
engrandecer ainda mais a família Brahma no país. A nova Brahma
AmBev
orgânico do EBITDA foi de 0,1%, para R$1,453 bilhão. O crescimento quanto para aumentar o portfólio de marcas. No mercado Premium,
foi resultado de uma excelente execução de vendas e disciplina na lançamos Stella Artois Légère, que conquistou o consumidor por
nossa política de preços. representar uma inovadora opção de cerveja leve e refinada.
Sustentado por ações e campanhas de marketing sofisticadas, o
Nossas marcas fortes, Budweiser, Bud Light e Stella Artois, tiveram bem-sucedido lançamento ajudou a ampliar significativamente nossa
uma excelente performance no ano. Budweiser continuou a presença no segmento Premium internacional. Apresentamos ainda a
crescer em volume e preferência, mantendo sua posição de marca versão não-alcoólica da Labatt Blue, a Blue De-Alcoholized Pilsener.
número um no Canadá. O patrocínio da NFL Canadá, sigla para a
liga canadense de futebol americano, foi outra fonte geradora de Optamos também pelos lançamentos regionais, como os que
fizemos no Leste do Canadá, na região chamada de Atlântico Canadá,
AmBev
O ano de 2008 foi difícil para a divisão Hila-Ex, com resultados Inovações em 2008
negativo de EBITDA, de R$ 124,1 milhões, apesar de obter um
aumento orgânico de 2,3% no volume de vendas para 6,424 Trabalhamos as marcas focadas nos consumidores locais. Lançamos
milhões de hectolitros. O desempenho da Venezuela é o principal cervejas e embalagens expressivas em todos os países, como: Zenda,
responsável por esse resultado negativo, devido aos problemas no Peru e no Equador; Brahma Extra Light e Zulia, na Venezuela,
operacionais que enfrentamos no país. Em outros países da região, Brahva Extra, na Guatemala e Brahma Ice, produzida na Guatemala
como Peru e Equador, tivemos um bom desempenho, revertemos a e exportada para a República Dominicana, onde também foi lançada
tendência e voltamos a ganhar participação no mercado. a embalagem com rótulo termosensível para Brahma Light.
Cultura
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Nossa cultura é o modo como a Gente AmBev faz as coisas
acontecerem. Ela nos diferencia e mostra quem somos. É a
combinação de nossas crenças, práticas e princípios gerenciais.
Orienta nossas ações e nosso comportamento ético, com os
mais elevados padrões de integridade e de compromisso com a
segurança de nossa Gente e com a qualidade de nossos produtos.
Valores
– Acreditamos que bom senso e simplicidade orientam melhor que e até mesmo outras áreas. Por meio de avaliações periódicas, os
– Não pegamos “atalhos”. Integridade, trabalho duro e consistência Nossa política de remuneração é conduzida pelo modelo de
são as chaves para construir nossa Companhia. meritocracia, que inclui o pagamento de salários fixos, cujos valores
AmBev
34 Mantemos três programas estratégicos de atração de talentos: participam do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e os demais,
Trainee, Talentos e Estágio. É por meio deles que identificamos, a partir do cargo de supervisores, são envolvidos em programa
Relatório Anual 2008
atraímos e desenvolvemos as melhores pessoas que, futuramente, de remuneração variável, em que o valor do bônus está vinculado
ocuparão posições de liderança. Durante o processo, a diretoria ao alcance de metas individuais e coletivas de cada operação.
executiva participa diretamente da seleção dos candidatos e do Contamos ainda com o Programa de Stock Options (opções de
treinamento dos grupos, avaliando as ações dos programas. Em ações), direcionado a níveis de alta gerência e diretorias.
Para nós, um mundo melhor está baseado em três pilares: gerar valores
econômicos para todos os nossos acionistas diretamente e para a
sociedade por meio do pagamento rigoroso de todos os impostos; gerar
valores sociais, por meio da capacitação e promoção da nossa Gente e
da promoção do Consumo Responsável de nossos produtos; e gerar
valor ambiental, por meio da melhoria do nosso desempenho em relação
ao meio ambiente, tanto nas atividades industriais como nas comerciais.
Todos eles estão ligados às nossas principais estratégias de negócios.
público recebeu, junto com o ingresso, um bilhete de ida e volta índice de consumo nas fábricas foi de R$6,6 milhões.
para o metrô e pôde pegar ônibus grátis nas estações Tietê ou Barra
Além do controle das matérias-primas utilizadas na produção,
Funda. Um serviço de van a domicílio também foi disponibilizado,
38 buscamos constantemente reduzir a geração de resíduos sólidos
além de fácil acesso a táxis.
em nossos processos, assim como promover a recuperação, o
Relatório Anual 2008
Durante a Festa da Saideira do Boteco Bohemia, concurso de reuso, a reciclagem e a compostagem. A porcentagem de resíduos
petiscos promovido em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, industriais reciclados foi de 98,2% em 2008, que são comercializados
a Companhia disponibilizou vouchers, que davam direito a táxi para e não só aumentam a receita da Companhia como geram renda
que o público retornasse com segurança para casa. para outra cadeia produtiva. Em 2008, a receita proveniente da
venda de subprodutos foi de R$72,6 milhões.
Em 2008, também ampliamos a campanha Bar de Responsa, voltada
para promover a venda responsável das nossas cervejas, com a Com o objetivo de estimular o reaproveitamento de resíduos
divulgação no Distrito Federal. sólidos, mantemos o programa Reciclagem Solidária, em parceria
com a ONG Recicloteca – mantida pela AmBev – e com o
Na República Dominicana, desenvolvemos cartazes e folhetos Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). As 16
sobre o tema para distribuição aos donos de pontos-de-venda. cooperativas participantes coletaram, entre setembro de 2007 e
setembro de 2008, mais de 2,5 mil toneladas de materiais recicláveis,
Realizamos em 2008, o Gente do Bem na Venezuela.Toda a operação
como PET, alumínio, papelão, plástico e vidro.
local abriu suas portas para colaboradores e convidados. A ação,
que tratou do tema bebida x direção, incluiu blitz em universidades Hoje 29% da matriz de energia calorífica da AmBev são provenientes
e casas noturnas. No Peru, promovemos uma campanha de mídia da biomassa, utilizada em oito plantas. Nos últimos cinco anos,
externa sobre os riscos de beber e dirigir. aumentamos em dez vezes a utilização de fontes renováveis de
energia. Neste mesmo período, a Companhia reduziu em 27%
o índice de emissão de gases do efeito estufa, o equivalente ao
plantio de 1,1 milhão de árvores.
Prêmios e Reconhecimentos – Prêmio Época de Mudanças Climáticas.
Figuramos entre as 20 primeiras colocadas na primeira edição do
Em 2008 a AmBev foi reconhecida e premiada em diversas áreas
prêmio, realizado pela Revista Época entre as maiores empresas do
nas quais atua com excelência. Alguns destaques:
Brasil, destacando como elas enxergam as mudanças climáticas.
– Guia Você/SA Exame 2008 – As Melhores Empresas para
– 4º Prêmio Fiesp de Conservação e Reuso da Água.
Você Trabalhar.
2º lugar no prêmio concedido pela Federação das Indústrias do
Listada entre as 150, 1ª colocada na categoria Alimentos, Bebidas e
Estado de São Paulo, para reconhecer empresas que utilizam boas
Fumo e única empresa a ser reconhecida como a melhor em duas
práticas na promoção do uso eficiente de água, com medidas
das sete categorias do prêmio: Destaque em Liderança e Destaque
efetivas na redução do consumo e do desperdício de água.
em Desenvolvimento. Além disso, a revista apontou aspectos
positivos da Companhia como o Programa Vida Legal, o Ciclo de – Prêmio Ação pela Água 2008.
Gente e a Universidade AmBev. O ranking, divulgado e realizado 1º lugar na categoria Reuso da Água, pelos projetos de Uso
pela Revista Exame, destaca as 150 melhores empresas do país Sustentável da Água na unidade de Jaguariúna. Esta foi a 5ª edição
para se trabalhar. do prêmio, organizado pelo Comitê de Bacias dos Rios Capivari,
Piracicaba e Jundiaí, o primeiro instalado no Brasil.
– Revista Época/ GPTW – As Melhores Empresas para Trabalhar.
Conseguimos o 47º lugar no ranking realizado em parceria com – 5ª edição do Selo Ambiental/Municipalidade de Guarulhos.
instituições como o Fórum de Inovação da Fundação Getúlio Recebemos o Selo Ambiental na Categoria Empresa Amiga do Meio
Vargas (FGV-EAESP), FNQ - Fundação Nacional da Qualidade e Ambiente, da Municipalidade de Guarulhos, na 5ª edição do Selo
Great Place to Work. O ranking selecionou as empresas de maior Ambiental, com os projetos: Área de Soltura e Monitoramento de
destaque em gestão de pessoas em 2008. Animais Silvestres (ASM AmBev) - modelo de gestão compartilhada
entre a empresa e o Zoológico de Guarulhos - e Educação Ambiental
– As Empresas Mais Admiradas – Revista Carta Capital.
para Área de Soltura e Monitoramento de Animais Silvestres na
1º lugar na categoria Bebidas Alcoólicas em ranking divulgado 39
Empresa AmBev (ASM AmBev). O selo valoriza o trabalho dos
após pesquisa com os principais executivos das companhias
que defendem e preservam o meio ambiente, e conscientizam os
do segmento.
demais sobre os cuidados a serem tomados para a preservação da
– Prêmio DCI – As Empresas Mais Admiradas do Brasil. biodiversidade ainda existente na cidade de Guarulhos.
1º lugar na categoria de bebidas pela quinta vez consecutiva, no
– Prêmio do Ministério de Vivienda, Construcción y Saneamento/Peru.
prêmio promovido pelo jornal DCI – Diário Comércio Indústria &
Fomos reconhecidos por nossas boas práticas no uso da água e no
Serviços. Foram ouvidos empresários, executivos e economistas
tratamento de resíduos, na Unidade de Huachipa, no Peru.
que apontaram as empresas que mais admiram.
– Premio Regional a La Producción Más Limpia.
– Valor Carreira – As Melhores na Gestão de Pessoas.
1º lugar na categoria sistema de gestão ambiental, conferido
3º lugar, entre as empresas acima de 10 mil funcionários, no ranking
à fábrica Hato Nuevo, da República Dominicana, pela Comisión
publicado na Pesquisa Hewitt/Valor, na Revista Valor Carreira,
Centroamericana de Ambiente y Desarrollo. Recebemos ainda
distribuída a todos os assinantes do jornal Valor Econômico. A
menção especial na categoria Materiais.
iniciativa reconhece as melhores empresas na gestão de pessoas,
que se distinguem de outras organizações por implementarem e
executarem práticas que sustentam suas estratégias de negócios e
desenvolvem forte engajamento das equipes.
Cerimônia de entrega do
Prêmio Ação pela Água 2008
Adotamos os mais elevados padrões de
integridade na condução do nosso negócio
Governança
Corporativa
Buscamos a transparência nas
relações
Uma constante evolução caracteriza a conduta do negócio. Para
isso, contamos com o Conselho de Administração – integrado por
nove membros efetivos – que determina o direcionamento geral
estratégico da Companhia.
Conselho de Administração
– analisar, monitorar e propor a uniformização de boas práticas; Em decorrência de termos ações negociadas na Bolsa de Valores
de Nova Iorque, a Companhia está sujeita, até a extensão permitida
– analisar e monitorar a performance das marcas da Companhia e
pela legislação brasileira, à lei norte-americana Sarbanes-Oxley e
estratégias de inovação;
às exigências da Securities and Exchange Comission (“SEC”) e,
– analisar, monitorar e propor assuntos relacionados a Gente por esta razão, o Conselho exerce, cumulativamente, a função de
e Gestão, inclusive programas de recrutamento, remuneração Comitê de Auditoria.
variável e propagação da cultura da Companhia;
Código de Conduta
– analisar, monitorar e propor ao Conselho sugestões sobre
assuntos jurídicos, tributários e regulatórios relevantes; O Código de Conduta dos Negócios rege nossos funcionários
que se comprometem com ele por meio de assinatura de termo.
– analisar e monitorar o plano anual de investimento da Companhia; Violações ao documento podem ser relatadas ao Comitê de Ética,
AmBev
45
Em 2009
1. João Maurício Giffoni de Castro Neves – Diretor Geral da AmBev Conselho de Administração Conselho Fiscal
2. Bernardo Paiva – Presidente da Quinsa
3. Marcio Fróes Torres – Presidente da Labatt Co-presidentes e Conselheiros Membros do Conselho
4. Ricardo Tadeu de Almeida Cabral Soares – Diretor de Vendas Victório Carlos de Marchi Celso Clemente Giacometti
5. Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa – Diretor de Marketing Álvaro Antônio Cardoso de Souza
Carlos Alves de Brito
6. Nelson José Jamel – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Aloísio Macário Ferreira de Souza
7. Milton Seligman – Diretor de Relações Corporativas Membros do Conselho
8. Michel Dimitros Doukeris – Diretor de Refrigerantes Marcel Herrmann Telles Conselheiros Suplentes
9. Nicolas Ernesto Bamberg – Diretor Industrial José Heitor Attilio Gracioso Ary Waddington
10. Pedro Abreu Mariani – Diretor Jurídico Emmanuel Sotelino Schifferle
Roberto Herbster Gusmão
11. Olivier Lambrecht – Diretor de Gente & Gestão
Luis Felipe Pedreira Dutra Leite Adair Tieppo
12. Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira – Diretor para Hila
Vicente Falconi Campos
13. Rodrigo Figueiredo de Souza – Diretor de Logística
14. Renato Nahas – Diretor de TI e Serviços Compartilhados Roberto Moses Thompson Motta
Luiz Fernando Ziegler de
Saint Edmond
3
4 2
11 8
10 6 5 13 12 14
7 1 9
Demonstrações Financeiras
Relatório da Administração | 47
Parecer dos Auditores Independentes | 58
Parecer do Conselho Fiscal | 59
Balanços Patrimoniais | 60
Demonstrações de Resultados | 62
Demonstrações das Mutações
do Patrimônio Líquido
| 63
Demonstração do Valor Adicionado | 64
Demonstrações de Fluxo de Caixa | 65
Notas Explicativas | 66
Informações aos Investidores | 97
Conjuntura Econômica
O ano de 2008 foi um ano repleto de desafios no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. A renda disponível dos
consumidores foi pressionada pela inflação de alimentos, que apresentou um crescimento duas vezes acima da inflação geral.
Adicionalmente, o Brasil teve um ano atípico em relação ao clima, com mais chuvas e temperaturas médias mais baixas em
relação a 2007. Estes fatores contribuíram para o baixo crescimento orgânico de volumes em Cerveja Brasil (+0,2%) e
RefrigeNanc (+2,8%).
No Canadá, conseguimos crescer volume em 0,8% no ano, como conseqüência principalmente de ganhos de participação de
mercado.
A Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, teve mais um ano com forte crescimento apesar de um cenário
macroeconômico mais instável. O volume da Quinsa, cuja principal operação é na Argentina, cresceu organicamente 11,5%
para cerveja e 8,7% para RefrigeNanc em 2008.
Investimentos
No ano de 2008 a AmBev investiu R$2.055,4 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e o
início da construção de uma nova maltaria e uma nova fábrica em Minas Gerais que devem ser inauguradas em 2009.
Investimentos em Controladas
Em fevereiro de 2008, a AmBev aumentou, através de oferta pública voluntária, sua participação acionária em Quilmes
Industrial Societé Anonyme (“Quinsa”) para 99,56% do capital votante e 99,26% do capital total. O valor pago na oferta
pública foi de R$617,6 milhões.
48 Em maio de 2008, a AmBev fechou a venda das marcas e ativos de distribuição da Cintra para a Schincariol Participações e
Representações S.A., pelo montante de R$16,6 milhões e R$22,4 milhões, respectivamente.
Meio Ambiente
A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando
o impacto sobre a natureza de modo a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior
competitividade na produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos para minimizar o impacto
ambiental. Para tanto, estabelece indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no
uso racional de água. Destacaram-se em 2008 as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Camaçari (BA), que
utilizaram, para a produção de um litro de cerveja, 3,18, 3,28, 3,44 e 3,45 litros de água, respectivamente. Na produção de
refrigerante destacaram-se as unidades de Jundiaí (SP) e Contagem (MG) que utilizaram para a produção de 1 litro de bebida
1,65 e 1,75 litros de água respectivamente. A redução do índice de consumo de água obtida no último ano representa uma
economia de água suficiente para abastecer, por um mês, uma população de 150 mil habitantes.
Devido a projetos de desenvolvimento de fontes alternativas de energia, 34% da matriz energética da AmBev para geração de
energia calorífica é composta de combustíveis provenientes de fontes renováveis. O projeto CDM (Clean Development
Mechanism) da fábrica de Viamão, aprovado pela ONU - UNFCC (United Nations Framework Climate Change), foi o primeiro
projeto da indústria de bebidas no Brasil a receber esta certificação. Outros 2 projetos CDM desenvolvidos em unidades da
Companhia já estão aprovados pelo governo brasileiro.
Dentre as iniciativas direcionadas à eficiência energética no ciclo produtivo a Companhia realizou em 2008 o "Energy Saving
Day", campanha realizada em todas as fábricas com controles direcionados para identificar e eliminar situações de perda de
energia. O resultado foi economia de R$3,0 milhões no ano e redução de emissões de CO2 equivalente a 6.000 ton CO2.
Patrocinamos um dos maiores centros de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos
industriais na forma de subprodutos, o que gerou, em 2008, uma receita de R$72,6 milhões nas nossas operações no Brasil e
em HILA-Ex. Continuamos desenvolvendo alternativas de agregar valor aos nossos resíduos, como estratégia de conciliar
beneficios ambientais (com a redução de resíduos descartados) e econômicos (com a venda de subprodutos). Em 2008 dentro
deste processo, passamos a utilizar em algumas unidades fabris o lodo gerado como resíduo nas ETEIs (Estações de
Tratamento de Efluentes Industriais) como biomassa, para geração de energia calorífica.
Recursos Humanos
A AmBev chegou ao final de 2008 com aproximadamente 39,3 mil funcionários: 24,6 mil no Brasil; 3,2 mil no Canadá;
7,6 mil nas unidades da Quinsa e 3,9 mil na HILA-Ex.
Dividendos e Ações
O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da
Companhia, conforme estabelecido nas normas contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a
título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de 2008, foram distribuídos R$2.931,2 milhões em dividendos,
incluindo juros sobre capital próprio. O montante representa 95,8% do lucro líquido reportado no exercício.
Adicionalmente, a AmBev devolveu aos acionistas R$630,3 milhões em Recompra de Ações, totalizando um pay-out de
R$3.561,5 milhões no exercício.
Em 2008, foram negociados aproximadamente R$13,3 bilhões em ações preferenciais (PN), R$1,8 bilhões em ações ordinárias
(ON). Em um ano que as bolsas de valores acumularam prejuízos, com Bovespa caindo 34,8%, as ações fecharam o ano de
2008 cotadas a R$101,34 (AMBV4) e R$84,79 (AMBV3), 21,2% e 32,2% abaixo de 2007, respectivamente.
• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2008, segundo a ACNielsen, foi de 67,5% (2007:
67,8%). O volume de Cerveja Brasil cresceu 0,2%, em termos orgânicos, e a receita por hectolitro atingiu R$151,3.
• Nossa operação de RefrigeNanc entregou um EBITDA de R$999,6 milhões com margem de 43,5% o que representa
um crescimento orgânico de 27,9% no EBITDA e de 660 pontos base na margem.
• As operações na Quinsa registraram EBITDA de R$1.552,5 milhões, um crescimento de 32,8% e uma expansão de
110 pontos base no exercício, refletindo o crescimento tanto do mercado de cerveja quanto de refrigerantes.
• HILA-Ex entregou um EBITDA negativo de R$124,1 milhões, o que representou uma perda orgânica de R$108,2
milhões no período ante os R$20,1 milhões negativos em 2007.
• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.453,5 milhões em 2008, um crescimento de 0,1% orgânico no ano.
(%) (%)
Destaques Financeiros - Consolidado 12M07 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 142.916,1 146.962,8 2,8% 3,0%
Cerveja 102.990,3 105.016,4 2,0% 2,1%
RefrigeNanc 39.925,9 41.946,4 5,1% 5,1%
Receita líquida 19.648,2 20.899,5 6,4% 7,9%
Lucro Bruto 13.107,4 13.735,6 4,8% 6,2%
Margem bruta 66,7% 65,7% -100 bps -50 bps
EBITDA 8.696,5 9.006,8 3,6% 4,6%
Margem EBITDA 44,3% 43,1% -120 bps -120 bps
Lucro líquido 2.816,4 3.059,5 8,6% –
No. de ações em circulação (milhões) 615,6 614,0 -0,3% –
LPA (R$/ação) 4,58 4,98 8,9% –
LPA excl. mudanças contábeis 4,58 5,55 21,3% –
LPA excl. amortização de ágios e mudanças contábeis (R$/ação) 7,41 8,81 18,8% –
Nota: O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).
Lucro Bruto
A AmBev alcançou em 2008 um lucro bruto de R$13.735,6 milhões, representando um crescimento orgânico de 6,2% no período.
1
Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas e despesas financeiras, provisões e
contingências, e outras receitas e despesas operacionais.
2
Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT somado às despesas com depreciação e
amortização.
O endividamento total da Companhia aumentou R$1.173,2 milhões em comparação a 2007, enquanto seu montante de caixa
e equivalentes aumentou R$816 milhões, demonstrando a forte geração de caixa da Companhia no exercício.
Conseqüentemente, houve um aumento de R$357,3 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão
entre sua dívida líquida e o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 0,85x.
Detalhamento da Dívida 2008 Curto 2008 Longo 2007 Curto 2007 Longo
R$ milhões Prazo Prazo 2008 Total Prazo Prazo 2007 Total
Moeda Local 3.192,2 2.982,9 6.175,1 378,5 4.411,0 4.789,5
Moeda Estrangeira 768,5 4.081,7 4.850,2 2.097,8 2.964,9 5.062,7
Dívida Consolidada 3.960,7 7.064,6 11.025,4 2.476,3 7.375,9 9.852,2
Caixa e Equivalentes – – 3.298,9 – – 2.308,2
Aplicações Financeiras – – 0,1 – – 174,8
Dívida Líquida – – 7.726,4 – – 7.369,1
Participações Minoritárias
As despesas com participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2008 R$7,2 milhões comparado a
uma despesa de R$47,3 milhões em 2007. Essa redução ocorre principalmente em função da compra dos minoritários de
Quinsa em 2008.
Para maiores detalhes, vide a Nota 2.1 das nossas demonstrações financeiras - Práticas contábeis.
Segue conciliação do resultado de 2008 considerando os efeitos da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, com resultado que
seria obtido caso as mudanças de práticas contábeis relativas à referida legislação não tivessem sido adotadas.
Referência 12M 08
Lucro Líquido antes dos ajustes de prática contábil (Lei 11.638/07) 3.407,9
Valor de recuperação de ativos CPC 01 (2,0)
Ajuste de variação cambial na conversão das demonstrações financeiras CPC 02 (530,9)
Baixa do ativo diferido adquirido durante o exercício CPC 04 (6,5)
Recebimento de doações e subvenções - ICMS CPC 07 139,7
Recebimento de doações e subvenções – IR CPC 07 3,2
Custo de transação na emissão de títulos e valores mobiliários CPC 08 15,6
Despesas com pagamento baseados em ações CPC 10 (47,5)
56 Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo pela aplicação da contabilidade hedge CPC 14 52,4
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias 27,6
Total dos Ajustes (348,4)
Lucro Líquido com ajustes da Lei 11.638/07 3.059,5
O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social;
(ii) Provisão para Participação de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas
(despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas
(despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA subtraído
das depreciações e amortizações.
O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis
geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Eles não representam o fluxo de caixa para os períodos
apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do
desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição
de EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.
Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA 2008 2007
Lucro Líquido 3.059,5 2.816,4
Provisão IR e Contribuição Social 1.519,0 1.592,8
Provisão Part. de Empreg. e Administ. 109,9 89,1
Participações Minoritárias 7,2 47,3
Lucro Antes de Impostos 4.695,6 4.545,7
Resultado Financeiro Líquido 1.092,2 1.253,0
Equivalência Patrimonial (16,9) (3,9)
Outras Despesas Operacionais, líquidas (173,4) 1.442,8
Provisões, Líquidas 128,6 34,9
EBIT 5.726,2 7.272,5
Depreciações e Amortizações 3.280,6 1.424,0
EBITDA 9.006,8 8.696,5
Adotamos política e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços
prestados por auditores independentes contratados pela AmBev e por suas subsidiárias devem ser aprovados pelo nosso
Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de 2002,
em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação
de cada auditor independente, de acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo nosso
Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado “pré-aprovado”. Trimestralmente, o
Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso dos
serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não
apresentados nessa Lista Básica requerem uma opinião anterior favorável de Conselho Fiscal e a aprovação do Conselho de
Administração. Nossa política contém também uma lista de serviços que não podem ser prestados por nossos auditores
externos. Essa política é revista anualmente pelo Conselho de Administração, por sugestão do Conselho Fiscal.
“As informações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev aqui apresentadas estão de acordo com os
critérios da legislação societária brasileira, a partir de informações financeiras auditadas. As informações não financeiras,
assim como outras informações operacionais, não foram objeto de auditoria por parte dos auditores independentes".
57
1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e o balanço
patrimonial consolidado dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2008, e as respectivas
demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado,
correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu:
a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e
de controles internos da Companhia e suas controladas; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e a posição patrimonial
e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas
operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações
referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
03 de março de 2009
59
Controladora Consolidado
Ativo 2008 2007 2008 2007
Circulante
Caixa e equivalentes 827,8 920,8 3.298,9 2.308,2
Títulos e valores mobiliários – – 0,1 174,8
Contas a receber de clientes 746,8 952,8 1.629,0 1.623,1
Estoques
Produtos acabados 160,7 158,1 457,0 362,6
Produtos em elaboração 60,6 56,4 116,1 87,2
Matérias-primas 296,4 214,1 896,8 660,8
Materiais de produção 128,5 110,6 350,5 236,6
Almoxarifado e outros 73,4 66,8 175,5 138,3
Provisão para perdas (0,6) (1,1) (13,0) (27,7)
719,0 604,9 1.982,9 1.457,8
Impostos a recuperar (nota 3-a) 356,1 514,1 725,4 739,3
Ganho não realizado sobre derivativos 356,5 – 612,5 –
Dividendos e/ou Juros sobre Capital Próprio 8,0 106,4 – –
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 806,4 535,9 945,4 649,7
Despesas antecipadas 296,9 273,8 376,4 331,6
Resultado diferido de instrumentos financeiros – 96,4 – 126,4
Outros 87,6 96,1 276,4 469,5
Total do Ativo Circulante 4.205,1 4.101,2 9.847,0 7.880,4
Não Circulante
Realizável A Longo Prazo
60 Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4) 303,9 940,3 – 0,7
Depósitos compulsórios e judiciais 322,8 281,7 423,9 405,6
Venda financiada de ações 26,9 41,3 27,1 41,6
Aplicações financeiras – – 317,4 240,6
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 2.060,1 2.335,3 2.681,4 3.036,8
Imóveis, Maqs. e Equip. destinados à venda (nota 6-a) 64,2 68,2 68,3 103,0
Despesas antecipadas 87,3 121,6 96,0 123,3
Superávit de ativos - Instituto AmBev 19,9 18,5 19,9 18,5
Impostos a recuperar (nota 3-a) 297,0 184,6 340,4 207,3
Resultado diferido de instrumentos financeiros – – – 145,2
Ganho não realizado sobre derivativos – – 326,6 –
Outros 17,4 4,3 49,9 24,8
Total Realizável a Longo Prazo 3.199,5 3.995,8 4.350,9 4.347,4
Permanente
Investimentos
Participação em sociedades controladas diretas e coligadas,
incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 5-a) 20.009,4 17.336,1 (1,4) 15.002,5
Outros investimentos 15,7 15,9 20,7 40,4
20.025,1 17.352,0 19,3 15.042,9
Imobilizado (nota 6) 2.623,9 2.606,9 6.882,8 5.593,3
Intangível (nota 6) 2.730,5 328,5 16.170,1 388,2
Diferido (nota 7) – 2.177,1 – 2.223,6
Total do Ativo Permanente 25.379,5 22.464,5 23.072,2 23.248,0
Total do Ativo Não Circulante 28.579,0 26.460,3 27.423,1 27.595,4
Total do Ativo 32.784,1 30.561,5 37.270,1 35.475,8
Controladora Consolidado
Passivo e Patrimônio Líquido 2008 2007 2008 2007
Circulante
Fornecedores 1.026,8 1.083,6 2.850,2 2.129,1
Financiamentos (nota 8) 2.337,6 1.201,2 3.074,2 2.420,8
Debêntures (nota 8) 886,5 55,5 886,5 55,5
Salários, participações e encargos sociais a pagar 88,4 199,3 324,1 402,4
Dividendos a pagar 283,1 33,6 299,7 36,4
Imposto de renda e contribuição social a pagar 0,1 303,9 332,8 720,9
Demais tributos e contribuições a recolher (nota 3-b) 762,3 751,4 1.557,7 1.261,0
Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4) 3.085,9 1.212,5 5,9 8,5
Perda sobre derivativos não realizados – 546,7 522,2 709,3
Contas a pagar de marketing 230,7 170,2 240,4 181,2
Provisão para reestruturação – – 11,5 25,4
Provisões para Contingência 57,9 73,1 62,8 106,0
Outros 131,3 153,9 511,3 535,6
Total do Passivo Circulante 8.890,6 5.784,9 10.679,3 8.592,1
Não Circulante
Passivo Exigível a Longo Prazo
Financiamentos (nota 8) 2.798,0 2.633,5 5.817,4 5.310,8
Debêntures (nota 8) 1.247,3 2.065,1 1.247,3 2.065,1
Diferimento de impostos sobre vendas (nota 8-c) 381,0 450,2 583,0 617,4
Passivos associados a questionamentos fiscais e
provisão para contingências (nota 9) 358,2 313,5 732,5 702,4
Contas a pagar partes relacionadas (nota 4) 1.144,2 1.375,6 – – 61
Provisão de benefícios de assistência médica e outros (nota 10) 108,2 97,4 167,9 224,2
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 155,7 18,6 398,0 131,5
Passivo a descoberto de empresas controladas 247,2 244,0 – –
Resultado líquido diferido das operações de swap de dívida – – – –
Outros 175,6 0,5 230,3 68,6
Total do Exigível a Longo Prazo 6.615,4 7.198,4 9.176,4 9.120,0
Resultado de Exercícios Futuros – 158,3 – 156,5
Total do Passivo não Circulante 6.615,4 7.356,7 9.176,4 9.276,5
Participação dos acionistas minoritários – – 136,3 187,3
Patrimônio Líquido
Capital social realizado (nota 11-a) 6.602,0 6.105,2 6.602,0 6.105,2
Reserva de capital 7.962,4 9.952,6 7.962,4 9.952,6
Reservas de lucro
Legal 208,8 208,8 208,8 208,8
Reserva estatutária 1.904,5 2.312,2 1.904,5 2.312,2
Ajuste Avaliação Patrimonial 709,7 – 709,7 –
Ações em tesouraria (nota 11-g) (109,3) (1.158,9) (109,3) (1.158,9)
17.278,1 17.419,9 17.278,1 17.419,9
Total do Passivo e Patrimônio Líquido 32.784,1 30.561,5 37.270,1 35.475,8
Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Receita Bruta
Vendas de produtos 25.308,4 25.433,9 39.704,6 37.016,2
Deduções de Vendas
Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (14.094,3) (13.722,9) (18.805,2) (17.368,0)
Receita Líquida 11.214,1 11.711,0 20.899,4 19.648,2
Custo dos produtos vendidos (4.386,3) (4.213,7) (7.163,8) (6.546,0)
Lucro Bruto 6.827,8 7.497,3 13.735,6 13.102,2
(Despesas) Receitas Operacionais
Com vendas (2.043,3) (1.985,7) (4.414,2) (4.109,0)
Administrativas (515,3) (438,8) (801,5) (787,9)
Contingências tributárias, trabalhistas e outras (110,5) 3,2 (128,6) (25,1)
Honorários da diretoria e do conselho de administração (17,1) (13,5) (17,1) (13,5)
Depreciação e amortização (953,3) (727,2) (2.776,7) (948,8)
Receitas financeiras (nota 13-d) 618,0 281,3 760,4 121,8
Despesas financeiras (nota 13-d) (2.632,3) (1.058,1) (1.852,6) (1.374,8)
Equivalência patrimonial (nota 5-a) 2.116,9 (139,2) 16,9 3,9
Outras operacionais, líquidas (nota 16) 213,5 42,9 173,4 (1.442,8)
(3.323,4) (4.035,1) (9.040,0) (8.576,2)
Lucro Operacional 3.504,4 3.462,2 4.695,6 4.526,0
62 Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição
Social Sobre o Lucro Líquido (Nota 14) 3.504,4 3.462,2 4.695,6 4.526,0
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre
o lucro líquido (391,9) (94,7) (1.458,6) (963,6)
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (15,7) (520,2) (60,4) (629,3)
Lucro Antes das Participações Estatutárias e Contribuições 3.096,8 2.847,3 3.176,6 2.933,1
Participações estatutárias e contribuições aos empregados
e administradores (37,3) (30,9) (109,9) (69,4)
Lucro Antes da Participação dos Acionistas Minoritários 3.059,5 2.816,4 3.066,7 2.863,7
Participação dos acionistas minoritários – – (7,2) (47,3)
Lucro Líquido do Exercício 3.059,5 2.816,4 3.059,5 2.816,4
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício
(em milhares) 614,9 624,4
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício, exlcuídas
ações em tesouraria (em milhares) 614,0 615,6
Lucro líquido por ação do capital social total no fim do exercício,
em reais – R$ 4,97 4,51
Lucro líquido por ação do capital social no fim do exercício, excluídas as ações
em tesouraria, em reais – R$ 4,98 4,59
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Controladora Consolidado
Descrição da Conta 2008 2007 2008 2007
Receitas 19.570,1 20.241,2 30.760,5 28.675,1
Vendas Mercadorias, Produtos e Serviços 19.591,6 20.249,6 30.753,5 28.653,5
Outras Receitas 3,9 0,6 40,9 33,9
Receitas refs. à Constr. Ativos Próprios 0,0 0,0 0,0 0,0
Provisão/Rev. Créds. Liquidação Duvidosa (25,3) (9,0) (33,9) (12,3)
Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Atividades Operacionais
Lucro líquido do exercício 3.059,5 2.816,4 3.059,5 2.816,4
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciação e amortização 1.129,0 876,3 3.280,6 1.424,0
Contingências tributárias, trabalhistas e outras 110,5 (3,2) 132,4 25,1
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 18,6 70,6 21,1 82,9
Ganho na liquidação de incentivos fiscais (42,3) (37,2) (40,4) (34,4)
Pagamento baseado em ações 47,5 – 47,5 –
Perdas não realizadas sobre derivativos (356,5) 167,0 (90,3) 119,8
Resultado ajuste operações valor mercado (8,9) – (52,4) –
Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições – – – –
Perda na alienação de bens do permanente 172,6 952,8 96,4 83,0
Juros e variações sobre plano de ações (5,8) (7,7) (5,8) (7,7)
Variação cambial e encargos sobre financiamentos 1 .289,3 123,4 1.546,7 343,2
Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 15,7 413,9 60,4 629,3
Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa – 88,3 – 227,5
Ágio amortizado, líquido de deságio realizado – 158,7 (8,1) 1.560,3
Dividendos recebidos subsidiárias/contr. 1.603,0 963,4 – –
Participação de a cionistas minoritários – – 7,2 47,3
Equivalência patrimonial (2.116,9) 139,2 (16,9) (3,9)
Passivo a descoberto controladas 133,1 – 133,1 –
Juros e var.s/mútuo empresas ligadas 1.165,7 (76,2) – –
Outras, líquido 8,4 (30,0) 37,2 (17,7)
Redução (aumento) nas contas do ativo
Contas a receber de clientes 180,0 (106,2) 47,6 (165,2)
Impostos a recuperar 132,3 57,5 (10,3) (49,8)
Demais contas a receber e outros 282,5 123,5 (352,7) (40,3)
Contas a receber de partes relacionadas 338,5 (630,8) 65
Estoques (114,1) (15,0) (389,7) (148,9)
Depósitos judiciais 10,1 81,8 (53,0) (16,1)
Aumento (redução) nas contas do passivo
Fornecedores 245,4 460,4 594,2 843,4
Salários, participações e encargos sociais (110,9) (61,8) (107,1) (62,1)
Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 144,9 307,9 715,3 885,7
Pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (337,9) (204,0) (716,1) (631,8)
Desembolsos vinculados à provisão contingencial (121,5) (121,1) (160,1) (170,7)
Demais tributos e contribuições a recolher 88,9 75,8 94,2 52,8
Pagamento de juros s/empréstimos (523,8) (560,7) (782,1) (816,0)
Outros 183,8 144,0 (154,8) 126,6
Geração de Caixa Proveniente das Atividades Operacionais 6.620,7 6.167,0 6.933,6 7.102,5
Atividades de Investimento
Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias – – 69,6 (224,2)
Títulos e depósitos em garantia – – – –
Alienação de investimentos – – – –
Aquisição de investimentos (2.697,3) (58,0) (862,5) (430,1)
Alienação de bens do imobilizado 47,5 16,8 154,0 107,5
Aquisição de bens do imobilizado (1.078,6) (1.018,2) (2.055,4) (1.630,9)
Caixa inicial - Consolidação de nova empresa – – – 3,5
Aumento de capital em subsidiária – – – (12,7)
Dispêndios na formação do diferido – (363,1) – (15,5)
Utilização de Caixa em Atividades de Investimento (3.728,4) (1.422,5) (2.694,3) (2.202,4)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Atividades de Financiamento
Financiamentos
Captação 5.778,4 6.678,4 7.149,1 9.428,5
Amortização (5.394,0) (6.253,3) (7.179,6) (8.568,7)
Pagamento de juros sobre empréstimos – – – –
Variação no capital de minoritários – – (14,6) (4,9)
Aumento de capital 55,7 128,3 46,8 128,3
Venda financiada de ações 130,0 96,6 59,5 54,5
Recompra de ações (630,3) (3.084,6) (632,3) (3.094,4)
Pagamento de dividendos (2.925,1) (1.990,8) (2.913,7) (1.952,6)
Utilização de Caixa em Atividades de Financiamento (2.985,3) (4.425,4) (3.484,8) (4.009,2)
Efeito de Variação Cambial Sobre o Caixa – – 236,1 (121,7)
Aumento (Diminuição) no Caixa e Equivalentes (93,0) 319,1 990,6 769,3
Saldo inicial de caixa e equivalentes 920,8 601,7 2.308,2 1.538,9
Saldo final de caixa e equivalentes 827,8 920,8 3.298,9 2.308,2
Aumento (Diminuição) no Caixa e Equivalentes (93,0) 319,1 990,6 769,3
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Em 29 de junho de 2007, a subsidiária BAH foi incorporada pela AmBev, com o objetivo de simplificar a estrutura
societária e reduzir custos das duas empresas envolvidas. A amortização do ágio registrado pela AmBev,
fundamentado com base em rentabilidade futura, está sendo, após a incorporação, considerada dedutível para fins
fiscais, nos termos da legislação tributária vigente. Como a BAH era 100% controlada pela AmBev, não houve
emissão de ações na incorporação.
(vii) Aquisição da Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”) pela Labatt Canadá
Em 29 de março de 2007, a Labatt Canadá adquiriu 91,43% das Units da Lakeport, e pagou pelas mesmas o
montante de CAD$208,5 (equivalentes a R$376,4 em 31 de dezembro de 2007), apurando um ágio de CAD$205,9
(equivalentes a R$371,8 em 31 de dezembro de 2007), que está sendo amortizado linearmente em 10 anos. Após a
aquisição compulsória das Units remanescentes, a Lakeport se tornou subsidiária integral da Labatt Canadá.
Em 28 de março de 2007, a Companhia anunciou a assinatura de contrato de compra e venda da totalidade das
quotas da sociedade Goldensand – Comércio e Serviços; Sociedade Unipessoal Lda. ("Goldensand"), controladora da
Cintra com 95,89% das quotas. O valor da compra foi de R$43,2 e resultou em um ágio de R$363,1, que está
sendo amortizado em 10 anos.
Adicionalmente, a Companhia, através de uma Controlada, adquiriu também 4,11% das quotas da Cintra, pelo
preço de aquisição de R$6,5, resultando em um ágio de R$13,1, que está sendo amortizado em 10 anos. Essas
transações não incluíram a aquisição das marcas da Cintra.
(ix) Aquisição de 20% de ações ordinárias da subsidiária Compañia Cervecera AmBev Ecuador S.A. (“AmBevEcuador”)
Em 5 de março de 2007, a Companhia, por meio de sua controlada Monthiers S.A. (“Monthiers”), adquiriu de
Freeville Management Ltd., 120.500 ações ordinárias de AmBevEcuador pelo montante de US$1,3, representando 67
um aumento de participação de 20% no capital social. Com esta transação, a Companhia aumentou sua
participação no capital da AmBevEcuador de 80% para 100% e apurou um ágio no montante de R$0,8.
As demonstrações contábeis individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, as quais abrangem a legislação societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis e as normas emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Companhia optou por elaborar balanço patrimonial de transição em 1º de janeiro de 2008 que é o ponto de partida da
contabilidade de acordo com a legislação societária modificada pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória
nº 449/08. As modificações introduzidas pela referida legislação caracterizam–se como mudança de prática contábil,
entretanto, conforme facultado pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07, aprovado
pela Deliberação CVM nº 565 de 17 de dezembro de 2008 e pela Medida Provisória nº 449/08, todos os ajustes com
impacto no resultado foram efetuados contra lucros acumulados na data de transição nos termos do art. 186 da Lei
nº 6.404/76, sem efeitos retrospectivos sobre as demonstrações financeiras.
Seguem abaixo os ajustes patrimoniais decorrentes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória 449/08, o
sumário das práticas contábeis modificadas pela referida legislação, o resumo dos efeitos no resultado de 2008 e no
patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2008 decorrentes da adoção da referida legislação.
Data da transição
31.12.07 01.01.08
Saldos Ajustes Saldos
Patrimônio líquido – Controladora 17.419,9 (238,9) 17.181,0
Data da transição
31.12.07 01.01.08
Saldos Ajustes Saldos
Patrimônio líquido – Consolidado 17.419,9 (238,9) 17.181,0
a) Instrumentos financeiros
68
Os instrumentos financeiros existentes na data de transição foram reclassificados em: (i) ativo ou passivo financeiro
mensurado ao valor justo por meio do resultado; (ii) mantido até o vencimento; (iii) empréstimos e recebíveis; e (iv)
disponível para venda. Com certas exceções os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo
agregado aos eventuais custos de transação e sua mensuração subsequente é feita pelo custo amortizado.
A diferença entre o valor contábil e o valor justo dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo, assim como
as diferenças entre o valor registrado e o novo valor calculado para os instrumentos financeiros avaliado pelo método
do custo amortizado foi alocada no saldo de lucros acumulados na data de transição.
A Companhia na data de transição reclassificou e/ou reconheceu ativos e passivos relativos à contabilidade
de operações de hedge cujas características atendem aos requisitos previstos pelo Pronunciamento Técnico CPC 14 –
Instrumentos Financeiros, aprovada pela Deliberação CVM 566, sendo que a documentação necessária para aplicação do
conceito de contabilidade de hedge estava completa.
b) Ativo diferido
O saldo residual do ativo diferido, que não pôde ser reclassificado para outras contas do balanço patrimonial, foi, em
1º de janeiro de 2008, baixado contra a conta de lucros acumulados. As aquisições ocorridas durante o exercício de
2008, que também não puderam ser classificadas em outras contas do balanço patrimonial, foram baixados no
resultado do exercício, na conta de Outras Despesas Operacionais.
Os ativos diferidos, que atendiam aos critérios definidos pelo Pronunciamento Técnico CPC 4 – Ativo Intangível, foram,
em 1º de janeiro de 2008, reclassificados para o grupo de ativos intangíveis, totalizando R$2.112,8.
Na avaliação da administração, itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações
relevantes de curto prazo, já estavam substancialmente ajustados a valor presente, de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, não sendo, portanto, requerido qualquer ajuste dessa natureza.
d) Equivalência patrimonial
Foi desconsiderada da conta de Resultado de equivalência patrimonial, a variação cambial da conversão do resultado de
controladas no exterior, e considerado em conta específica do Patrimônio líquido, no grupo Ajustes de avaliação patrimonial.
Foram reclassificados para a conta de Resultado de equivalência patrimonial, os valores dos incentivos fiscais do ICMS e do
Imposto de renda, das controladas, que anteriormente eram registrados na conta de Ganhos e acréscimos patrimoniais.
As doações e as subvenções recebidas pela Companhia antes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória
nº 449/08 foram registradas em conta de reserva de capital no patrimônio líquido na qual serão mantidas até a sua
destinação, e as doações e as subvenções recebidas a partir do exercício de 2008, quando há segurança de que as
condições estabelecidas foram cumpridas pela Companhia, estão sendo reconhecidas no resultado do exercício.
A Companhia outorgou opções de compra de ações a parte dos seus empregados, as quais somente poderão ser exercidas
após prazos específicos de carência. Essas opções são valorizadas com base no valor justo e reconhecidas como despesas
em contrapartida de reserva de capital à medida que o prazo do período de prestação de serviço é cumprido.
O ajuste inicial relativo à adoção da Lei nº 11.638 foi efetuado contra lucros ou prejuízos acumulados, totalizando R$53,6.
Segue conciliação do resultado de 2008 e patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2008 considerando os efeitos da
adoção inicial da Lei nº 11.638/07, com resultado que seria obtido caso as mudanças de práticas contábeis relativas à
referida legislação não tivessem sido adotadas.
Controladora 2008
Resultado de 2008 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.403,7
Ajustes dos efeitos decorrentes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08
Valor de recuperação de ativos – CPC 1 (2,0)
Ajuste de variação cambial de conversão da s demonstrações financeiras – CPC 2 (530,9)
Baixa do ativo diferido adquirido durante o exercício – CPC 4 (5,0)
Recebimento de doações e subvenções – CPC 7 142,9
Custo de transação na emissão de títulos e valores mobiliários – CPC 8 17,3
Despesas com pagamentos baseados em ações – CPC 10 (47,5) 69
Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo pela aplicação da contabilidade de hedge – CPC 14 52,4
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias 28,6
Resultado de 2008 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.059,5
31.12.08
Patrimônio líquido em 31.12.08 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07
e Medida Provisória nº 449/08 17.104,0
Ajustes na data da transição reconhecidos em:
Lucros ou prejuízos acumulados
Baixa do ativo diferido existente em 31.12.2007 – CPC 4 (62,2)
Plano de opções – CPC 10 (53,6)
Instrumentos financeiros – Fair Value – CPC 14 (299,8)
Ajustes de avaliação patrimonial
Ajuste de variação cambial de conversão das demonstrações financeiras – CPC 2 530,9
Instrumentos financeiros – Hedge Reserves – CPC 14 418,4
Reservas de capital
Instrumentos patrimoniais – CPC 10 101,1
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias (16,3)
Equivalência patrimonial – reflexos dos ajustes da Lei 11638/07 nas investidas (100,1)
Diferença entre o resultado líquido de 2008 e o resultado ajustado (344,3)
Patrimônio líquido em 31.12.08 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 17.278,1
Um instrumento é classificado pelo valor justo através do resultado se for mantido para negociação, ou seja, designado
como tal quando do reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros são designados pelo valor justo através do
resultado se a Companhia gerencia esses investimentos e toma a decisões de compra e venda com base em seu valor justo
de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco documentado pela Companhia. Após reconhecimento
inicial, custos de transação atribuíveis são reconhecidos nos resultados quando incorridos. Instrumentos financeiros ao
valor justo através do resultado são medidos pelo valor justo e suas flutuações são reconhecidas no resultado.
Outros
Outros instrumentos financeiros não-derivativos são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de taxa de
juros efetiva, reduzidos por eventuais reduções no valor recuperável.
A Companhia detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscos relativos a moedas estrangeiras, a taxa de
juros e a commodities.
Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo; custos de transação atribuíveis são reconhecidos no
resultado quando incorridos. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e
as alterações são contabilizados no resultado exceto nas circunstâncias descritas abaixo para contabilização de
operações de hedge.
As alterações no valor justo do instrumento derivativo de proteção designado como hedge de fluxo de caixa são
reconhecidas diretamente no patrimônio líquido, na medida em que o hedge é considerado efetivo. Se o hedge for
considerado inefetivo, as alterações no valor justo são reconhecidas no resultado.
71
Se o instrumento de hedge deixar de cumprir os critérios para a contabilidade de operação de hedge (hedge accounting),
expira ou é vendido, terminado ou exercido, a contabilidade de operação de hedge é descontinuada prospectivamente. O
ganho ou perda acumulado anteriormente reconhecido no patrimônio líquido permanece lá até que as transações previstas
(forecast transactions) ocorram. Quando o item protegido for um ativo não financeiro, o valor reconhecido no patrimônio
líquido é transferido para a o valor do respectivo ativo quando esse é reconhecido. Em outros casos, o valor reconhecido no
patrimônio líquido é transferido para o resultado no mesmo período em que o item protegido afeta o resultado.
Mudanças no valor justo de um instrumento derivativo de cobertura designado como hedge de valor justo são
reconhecidas no resultado. O item protegido também é mensurado pelo valor justo em relação ao risco a ser coberto; o
ganho ou perda atribuível ao risco coberto é reconhecido no resultado e ajustam o valor do item protegido.
c) Apuração do resultado
As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e os
respectivos custos são registrados quando todos os riscos e benefícios relacionados aos produtos vendidos são
transferidos para o comprador. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização.
De acordo com a legislação societária alterada pela Lei 11.638/07 e pela Medida Provisória 449/08, o grupo de
Resultado não operacional foi extinto. Dessa forma, as transações outrora registradas nesse grupo estão apresentadas
em Outras receitas (despesas) operacionais (vide nota 16).
• Caixa e equivalentes
O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e com vencimento original de até
90 dias, está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos incorridos até a data do balanço, e ajustado,
quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.
• Aplicações financeiras
As aplicações financeiras, substancialmente representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais
e certificados de depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são classificadas como
destinadas a negociação, mensuradas pelo seu valor justo com o reconhecimento no resultado financeiro.
As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado incluindo os respectivos impostos.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela
administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos, conforme apresentado na tabela abaixo:
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Saldo inicial 138,7 134,1 186,1 185,6
Constituição 25,3 9,0 37,1 24,9
Reversão/utilização (30,1) (4,4) (15,6) (19,0)
(*)
Variação cambial – – 7,5 (5,4)
Saldo final 133,9 138,7 215,1 186,1
(*)
Variação cambial relativa a provisão para devedores duvidosos das empresas internacionais.
• Estoques
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou de produção, ajustados, quando necessário, por
provisão para redução aos valores de realização.
O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos estoques. No caso de
estoques de produtos acabados e em elaboração, o custo inclui as despesas gerais de fabricação.
72 • Demais ativos
Os demais ativos circulantes e não circulantes a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando
aplicável, os rendimentos auferidos até a data do encerramento do exercício. Se necessário, é constituída provisão
para redução aos valores de mercado.
Os investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial
e, em sua primeira avaliação, as práticas contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela Companhia. O
valor contábil desses investimentos inclui desdobramento dos custos de aquisição em valor patrimonial, ágio ou deságio,
sendo os dois últimos apresentados na rubrica Intangíveis.
O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida útil
do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é amortizado no
prazo máximo de dez anos e registrado na rubrica "Despesas administrativas". O deságio em investimento, atribuído a
razões econômicas diversas, somente será realizado na eventual alienação ou baixa do investimento.
O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e inclui os juros incorridos no financiamento durante a fase de
construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados
em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos
dos produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadas pela
administração da Companhia e, quando aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos.
A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais
mencionadas na Nota 6.
O intangível é demonstrado ao custo de aquisição e é composto, principalmente, por ágios e pelas áreas de
distribuição de ex-revendedores adquiridas pela Companhia, com intuito de distribuir diretamente seus produtos.
A amortização é calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 7, dentro dos limites de prazo
estabelecidos na legislação.
Os ativos do imobilizado e do intangível têm o seus valores recuperáveis testados, no mínimo, anualmente, caso haja
indicadores de perda de valor. O goodwill e os ativos com vida útil indefinida têm a recuperação do seu valor testada
anualmente independentemente de haver indicadores de perda de valor.
Para a conversão das demonstrações contábeis da Labatt Canadá, foi utilizada a paridade do dólar canadense (“CAD”)
para reais de R$1,91 em 31 de dezembro de 2008 (R$1,81 em 31 de dezembro de 2007).
m) Demonstrações contábeis consolidadas
As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações da Companhia e suas controladas diretas e indiretas,
conforme mencionado na Nota 5 (c) e (d). As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em todas as empresas
consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior.
A Companhia consolida os passivos líquidos e resultados das empresas Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”)
e Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), proporcionalmente à sua participação nas demonstrações contábeis dessas empresas.
Em 31 de dezembro de 2008, o total de passivos líquidos registrados na AmBev relativo a essas empresas somam R$6,5
e os resultados líquidos totalizam um prejuízo de R$4,2, (passivo líquido de R$2,1 e lucro de R$3,7, respectivamente, em
31 de dezembro de 2007).
A Companhia também consolida as demonstrações contábeis do fundo Taurus Investment SPC (“Taurus Investment”),
um fundo de investimentos controlado direta e integralmente através das controladas da Companhia. Em 31 de
dezembro de 2008 e de 2007, os saldos apresentados nas demonstrações contábeis consolidadas relacionados ao fundo
correspondiam, basicamente, à aplicações financeiras e a operações com instrumentos derivativos para mitigar a
exposição da Companhia às flutuações dos preços de commodities, das taxas de juros e de moedas.
n) Reclassificações
Com o objetivo de aprimorar a apresentação de determinados valores e transações em suas demonstrações contábeis, bem como
manter a comparabilidade entre os períodos, a Companhia procedeu às seguintes reclassificações em 31 de dezembro de 2007:
• Balanço patrimonial: de Provisões Contingenciais – Não Circulante para Circulante, os valores de R$73,1 e
R$106,0, na Controladora e no Consolidado, respectivamente;
• Demonstração do Resultado Consolidado: a) de Custo dos produtos vendidos o valor de R$5,2, de Despesas com vendas o
valor de R$6,6 e de Despesas administrativas o valor de R$8,0, para Participações com empregados, totalizando R$19,7; b) de
Despesas administrativas para Contingências tributárias, trabalhistas e outras, no valor de R$9,8;
• Demonstração do fluxo de caixa: de amortização, no grupo utilização de caixa em atividades de financiamento para
pagamento de juros de empréstimos no grupo geração de caixa proveniente das atividades operacionais, os valores de
R$523,8 controlador e R$782,1 consolidado (R$560,7 e R$816,0 em 2007 respectivamente).
Abreviaturas utilizadas:
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 75
PIS – Programa de Integração Social
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
4. Partes Relacionadas
4.1 Transações com partes relacionadas
Saldos em 31 de dezembro de 2008 Transações ocorridas em 2008
Créditos com Contas Contratos de Contratos de Resultado financeiro
Empresas Controladas a pagar mútuos a receber mútuos a pagar Vendas líquidas líquido
AmBev(i) 288,0 (2.869,7) 15,8 (1.360,3) 683,0 1.165,7
AmBev Bebidas 269,4 (266,9) – – 64,7 (0,3)
AmBev International 445,6 – 226,9 (151,9) – (212,5)
Arosuco 225,9 (12,9) – – 685,9 (0,3)
Aspen – – 72,8 (262,7) – 57,9
Brahmaco 1,2 (1,2) 315,1 (304,2) – (3,3)
Brahma Venezuela 1,8 (37,5) 20,7 – – (2,9)
Londrina 115,1 (21,2) – – 145,0 –
CRBS S.A. – (2,1) 0,2 – – –
Cympay 117,1 (4,1) 2,0 – 168,3 (0,1)
Dahlen – – 172,0 (3,1) – (4,2)
Dunvegan S.A. 143,4 (1,2) 453,8 (876,3) – 18,5
Eagle – (0,7) 0,3 (1,7) – (0,1)
Fratelli Vita 153,2 (69,7) – (125,2) 75,9 30,8
Fratelli Vita Limited – – 125,2 – – (43,4)
Goldensand – – – – – 35,5
Jalua Spain S.L. – – 494,9 (693,6) – 86,8
Labatt Canadá – (14,5) – (0,3) 11,9 –
Malteria Uruguai S.A. 210,1 (69,8) – (0,2) 519,2 1,1
Malteria Pampa S.A. 7,4 (64,0) 0,3 – 249,3 (0,1)
Monthiers S.A. 719,7 – 2.141,6 (54,4) – (859,5)
NCAQ – – 294,2 – – (55,9)
Quinsa 0,8 – – – 2,0 –
Skol – (3,9) – (9,1) – –
Taurus Investments 776,2 – – – – (242,6)
Outras nacionais 13,6 (20,4) 22,0 (126,1) 32,0 13,0
Outras internacionais 10,8 (28,6) – (384,6) – 9,1
Total 3.499,3 (3.488,4) 4.357,8 (4.353,7) 2.637,2 (6,8)
Denominações utilizadas:
2008 2007
(i)
Benefícios de curto prazo 14,3 12,9
(ii)
Remuneração com base em ações 10,4 8,1
Benefícios pós-emprego 0,7 –
Outros benefícios de longo prazo 1,0 0,4
Total 26,4 21,4
(i)
Corresponde substancialmente a honorários de diretoria e participação no resultado (incluindo bônus por desempenho).
(ii)
Corresponde ao custo das opções concedidas aos Administradores.
Participação em
controladas Ágio Total
Saldo em 31 de dezembro de 2006 18.965,5 2.238,2 21.203,7
(i)
Equivalência patrimonial (139,2) – (139,2)
Reversão de provisão para perdas sobre investimento 3,4 – 3,4
Transferência de ágio por incorporação da BAH para o Ativo Intangível – (2.136,8) (2.136,8)
Aquisição Goldensand (505,5) 548,7 43,2
Amortização do ágio – (122,8) (122,8)
Recálculo ágio s/aquisição Goldensand 185,6 (185,6) –
Dividendos recebidos e a receber (963,4) – (963,4)
Variação cambial em controlada no exterior (88,3) – (88,3)
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas 212,9 – 212,9
(iii)
Alienação de Investimentos (790,0) – (790,0)
Incorporação Miranda Correa (46,3) – (46,3)
Transferência de ágio por incorporação da Miranda Correa para o Ativo Intangível – (2,6) (2,6)
Aporte de capital na controlada em conjunto Agrega 0,6 – 0,6
Aporte de capital na controlada Goldensand 72,5 – 72,5
Redução de capital na controlada em conjunto Agrega (0,6) – (0,6)
Redução de capital na controlada Fratelli Vita (155,9) – (155,9)
(ii)
Ganho de participação em controladas 1,7 – 1,7
Saldo em 31 de dezembro de 2007 16.753,0 339,1 17.092,1
(i)
Equivalência patrimonial 2.116,9 – 2.116,9
Reversão de provisão para perdas sobre investimento 8,2 – 8,2
Variação cambial de investimentos no exterior 242,4 – 242,4
Amortização do ágio – (114,7) (114,7)
Aquisição de minoritários Quinsa 116,8 504,4 621,2 77
Dividendos recebidos e a receber (1.603,0) – (1.603,0)
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas (4,2) – (4,2)
(iv)
Ganho de participação em controladas 0,6 – 0,6
Aporte de capital na controlada Skol 82,6 – 82,6
Aporte de capital na controlada Eagle 745,3 – 745,3
Aporte de capital na controlada AmBev International 32,1 – 32,1
Aporte de capital na controlada AmBev Bebidas 265,8 – 265,8
Aporte de capital na controlada CRBS 24,7 – 24,7
Aporte de capital na controlada Goldensand 121,6 – 121,6
Aporte de capital na controlada Dahlen 804,2 – 804,2
(vi)
Reflexos da Lei 11.638/2007 (100,1) – (100,1)
Variação cambial de conversão em controladas 288,4 – 288,4
(v)
Reclassificação ágio para grupo Intangível – (728,8) (728,8)
Saldo em 31 de dezembro de 2008 19.895,3 – 19.895,3
Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Participações em controladas inclui o saldo de Provisão para passivo a descoberto na Goldensand no valor de R$114,1
registrado, na Controladora, no Exigível a longo prazo.
(i)
Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt AS na Labatt Canadá no montante de R$1.284,7 (R$1.129,4, em 2007).
(ii)
Ganho decorrente da variação de percentual nas controladas CRBS e Fratelli Vita.
(iii)
Alienação dos investimentos Miranda Correa, CRBS e Skol.
(iv)
Ganho de participação nas controladas Skol, CRBS e Fratelli.
(v)
Em conformidade com o CPC 4 – Intangíveis, todos os ágios da Companhia estão classificados no grupo de Intangível conforme nota 7.
(vi)
Reserva proveniente da Lei 11.638/2007 relativo a reflexo dos ajustes feitos pelas investidas.
b) Deságio – Consolidado:
31.12.08 31.12.07
Amortização Valor Valor
Deságio Custo acumulada residual Residual
Quilmes International (50,1) 31,8 (18,3) (24,4)
AmBev Ecuador (18,5) 10,3 (8,2) (10,3)
(68,6) 42,1 (26,5) (34,7)
Em 31 de dezembro de 2008
Resultado de
Participação Patrimônio Resultado do Equivalência
(i) (i)
Controlada % Líquido período ajustado Investimento Patrimonial
Agrega 50,00 8,4 17,3 4,2 8,6
(ii)
AmBev Bebidas 99,50 538,4 320,3 535,7 318,7
AmBev International 100,00 119,1 46,4 119,1 46,4
Anep-Antarctica Empreendimentos e
Participações Ltda. (“Anep”) 100,00 82,5 18,0 82,5 18,0
Arosuco 99,70 1.111,4 673,0 1.062,3 662,7
BSA Bebidas Ltda. 100,00 7,1 (3,3) 7,1 (3,2)
CRBS S.A. 10,68 245,3 39,1 26,2 1,5
Dahlen S.A. 100,00 908,2 3,4 908,2 3,4
Eagle 95,43 3.553,8 845,8 3.391,7 807,0
Fazenda do Poço Agrícola e Florestamento S.A.
(“Fazenda do Poço”) 91,41 0,6 – 0,6 –
Fratelli Vita 77,97 336,1 88,6 259,9 69,3
Goldensand 100,00 (114,1) 8,2 – –
Hohneck 50,69 1.042,6 130,5 528,5 66,1
Labatt AS 99,99 11.341,5 (440,2) 11.341,2 (440,2)
Lambic Holding S.A. 87,10 711,8 231,2 620,0 201,4
Malteria Pampa S.A. 60,00 440,6 117,2 236,0 47,5
Quinsa 42,43 1.876,9 707,8 796,4 300,3
Skol 11,84 758,6 90,1 89,8 9,5
20.009,4 2.117,0
Em 31 de dezembro de 2007
Resultado de
Participação Patrimônio Resultado do Equivalência
78 Controlada % Líquido período ajustado Investimento
(i)
Patrimonial
(i)
Consolidado
31.12.08 31.12.07
Depreciação Valor Valor Taxas anuais de
(i)
Custo acumulada residual Residual depreciação
Imobilizado
Terrenos 337,6 – 337,6 284,7
Prédios e construções 3.182,4 (1.539,2) 1.643,2 1.465,9 4,0%
Máquinas e equipamentos 10.564,1 (7.798,2) 2.765,9 2.312,2 10,0%
Bens/equipamentos de uso externo 2.822,2 (1.571,8) 1.250,4 1.012,8 20,0%
(ii)
Outros imobilizados 285,2 (191,9) 93,3 89,9 19,99%
Imobilizado em andamento 792,4 – 792,4 427,8
17.983,9 (11.101,1) 6.882,8 5.593,3
(i)
79
As taxas podem ter acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.
(ii)
Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2008 e 2007.
A Companhia e suas controladas mantêm bens do ativo imobilizado destinados à venda, em 31 de dezembro de 2008, no valor
residual de R$64,2 na Controladora e R$68,3 no Consolidado (R$68,2 e R$103,0 na Controladora e no Consolidado,
respectivamente, em 31 de dezembro de 2007), que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão
para perda potencial na realização, no montante de R$36,1 na Controladora e R$37,3 no Consolidado (R$36,2 na Controladora
e R$37,4 no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2007).
b) Bens dados em garantia
Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2008, existem bens
móveis e imóveis, cujo saldo líquido contábil, no montante de R$451,1 (R$608,8 em 31 de dezembro de 2007), foram conferidos
como garantias de empréstimos bancários. Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.
7. Intangível
Controladora
31.12.08 31.12.07
Amortização Valor Valor
Custo acumulada residual Residual
Desimpedimento de área 968,3 (740,9) 227,4 232,0
(i)
Ágio BAH 2.331,1 (734,1) 1.597,0 1.914,8
(i)
Ágio Pati do Alferes 12,4 (12,4) – 2,5
(i)
Ágio Pilcomayo 24,8 (24,8) – 5,0
(i)
Ágio CBB 702,8 (665,3) 37,5 107,7
(i)
Ágio Astra 109,1 (66,8) 42,3 54,6
(i)
Ágio Miranda Correa 5,5 (3,5) 2,0 2,5
(–) Provisão para recuperação de ativos – CPC 1 (2,0) – (2,0) –
(ii)
Ágio Quinsa 504,4 (78,1) 426,3 –
(ii)
Ágio Goldensand 363,1 (60,5) 302,6 338,9
(ii)
Ágio Maltaria Pampa – – – 0,2
Softwares 260,5 (179,0) 81,5 90,4
Marcas e patentes 7,8 (4,1) 3,7 3,7
Outros intangíveis 4,4 (3,0) 1,4 2,5
Projetos 81,9 (71,1) 10,8 –
5.374,1 (2.643,6) 2.730,5 2.754,8
Abreviaturas utilizadas:
EUR – Euro Com. Européia
YEN – Iêne Japonês
CAD – Dólar Canadense
BA – Bankers Acceptance – Correspondente a 1,41 % a.a. em 31.12.08
TJLP – Taxa de Juros a Longo Prazo – correspondente a 6,25% a.a. em 31.12.08
CDI – Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 13,62% a.a em 31.12.08
UMBNDES – Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de Moedas
a) Classificação dos passivos financeiros
Os passivos financeiros da Companhia são classificados na categoria de “Passivos financeiros não mensurados pelo valor
justo”, sendo dessa forma reconhecidos com base no custo amortizado, utilizando a taxa interna de retorno para cálculo
dos juros, com exceção dos Bonds 2011, 2013 e 2017 cujos riscos protegidos sofrem variações de seu valor justo com
reconhecimento no resultado do exercício, tratamento semelhante ao dos derivativos de proteção, conforme aplicação
da contabilidade de hedge (hedge accounting).
Determinados empréstimos e financiamentos relacionados à aquisição de bens do imobilizado estão garantidos por
hipoteca de imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Vide Nota explicativa 6 (b).
As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações da Labatt e Quinsa, possuem contratos de dívidas e compras de
matérias primas garantidas por avais ou fianças da AmBev.
c) Vencimentos
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Passivo circulante
Financiamentos 7,8 45,4 8,5 45,5
Diferimento de impostos sobre vendas 50,7 22,4 52,7 24,1
82 Passivo não circulante
Financiamentos 185,0 169,6 190,9 174,1
Diferimento de impostos sobre vendas 381,0 450,2 583,0 617,4
Os saldos classificados em financiamentos referem–se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o
pagamento de uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média, por
um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICMS.
Os demais saldos referem–se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de
programas de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar
regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente
por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no
passivo circulante, na rubrica "Demais tributos e contribuições a recolher", e no passivo não circulante, na rubrica
“Diferimento de impostos sobre vendas”.
e) Labatt Canadá
Em 14 de janeiro de 2007, foi contratado um empréstimo de R$473,7 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa
de 12,13% ao ano e data de vencimento do principal em 18 de janeiro de 2012.
f) Bond 2017
Em 24 de julho de 2007, a AmBev através de sua subsidiária integral AmBev International Finance Co. Ltd (“AmBev
International”), emitiu R$300,0 (“Bond 2017”) em títulos denominados em reais com juros fixos de 9,50% ao ano
amortizados semestralmente e vencimento em 24 de julho de 2017. Estes títulos são total e incondicionalmente
garantidos pela AmBev. Os pagamentos de juros e principal serão em dólares norte–americanos, de acordo com a taxa
de câmbio da data do respectivo pagamento.
g) Notas promissórias
Em 15 de abril de 2008 a Companhia realizou a 1ª emissão de Notas Promissórias Comerciais, no valor de R$1.500,0, em
série única, com remuneração de 102,00% do CDI. Os juros serão amortizados integralmente na data de vencimento,
que ocorrerá em 10 de abril de 2009.
h) Cláusulas contratuais
Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia e suas controladas atendem aos compromissos contratuais de suas
operações significativas de empréstimos e financiamentos.
Consolidado
31.12.08 31.12.07
Provisões Depósito Judicial Provisões Líquidas Provisões Líquidas
PIS e COFINS 73,0 (55,7) 17,3 16,7
ICMS e IPI 427,0 (1,6) 425,4 429,4
IRPJ e CSLL 70,2 (0,3) 69,9 80,0
Trabalhistas 249,5 (112,9) 136,6 137,9
Outros 152,1 (6,0) 146,1 144,4
Total 971,8 (176,5) 795,3 808,4
Passivo circulante 62,8 – 62,8 106,0
Passivo não circulante 909,0 (176,5) 732,5 702,4 83
Controladora
Atualização
Saldo em monetária e Saldo em
31.12.07 Adições Reversões Pagamentos cambial 31.12.08
PIS e COFINS 40,4 0,2 – (0,2) 2,5 42,9
ICMS e IPI 168,5 14,2 (7,6) (9,1) 4,7 170,7
IRPJ e CSLL 56,4 0,7 (3,6) (0,1) 1,6 55,0
Trabalhistas 208,7 134,5 (63,0) (80,3) – 199,9
Outros 90,9 18,6 (3,3) (12,3) 0,7 94,6
Total contingências 564,9 168,2 (77,5) (102,0) 9,5 563,1
(–) Depósitos judiciais (178,3) (67,0) 93,6 4,7 – (147,0)
Total contingências, líquido 386,6 101,2 16,1 (97,3) 9,5 416,1
Consolidado
Atualização
Saldo em monetária e Saldo em
31.12.07 Adições Reversões Pagamentos cambial 31.12.08
PIS e COFINS 70,5 0,3 (1,4) (0,2) 3,8 73,0
ICMS e IPI 430,9 37,7 (29,1) (24,5) 12,0 427,0
IRPJ e CSLL 80,4 0,7 (8,4) (0,8) (1,7) 70,2
Trabalhistas 273,3 166,9 (86,6) (109,0) 4,9 249,5
Outros 152,6 49,2 (20,4) (40,4) 11,1 152,1
Total contingências 1.007,7 254,8 (145,9) (174,9) 30,1 971,8
(–) Depósitos judiciais (199,3) (80,0) 98,0 4,8 – (176,5)
Total contingências, líquido 808,4 174,8 (47,9) (170,1) 30,1 795,3
Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:
a) ICMS e IPI
A Companhia possui diversos processos administrativos e judiciais referentes aos tributos de ICMS e IPI. Estes processos
apresentam vários motivos, dentre os quais compensações, cumprimento de liminares judiciais para não recolhimento
de imposto, creditamentos, entre outros.
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em aproximadamente 4.400 processos trabalhistas, considerados
como prováveis de perda, com ex–empregados, relacionados, principalmente, com horas extras, demissões, verbas
rescisórias e benefícios, entre outros.
c) Outros processos
A Companhia e suas controladas receberam autos de infração e/ou NFLDs movidas pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social – INSS. Estes processos questionam, entre outros assuntos, a incidência da contribuição sobre os
pagamentos de PLR – Participação nos Lucros ou Resultados, bem como a retenção desta sobre pagamentos a
fornecedores de serviços.
A Companhia e suas controladas estão envolvidas em alguns processos impetrados por ex–distribuidores as quais pedem
indenização pelo término da relação contratual de distribuição com a Companhia.
A Companhia e suas controladas mantém ainda em andamento outros processos cuja materialização, na avaliação dos
seus consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável. Para estes processos abaixo demonstrados, a
administração da Companhia entende não ser necessária a constituição de provisão para eventual perda:
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
PIS e Cofins 184,9 236,1 299,9 289,8
ICMS e IPI 1.264,7 644,4 1.325,3 768,3
IRPJ e CSLL 603,9 524,9 3.083,4 3.319,0
Trabalhistas 54,6 84,9 64,8 95,7
Cíveis 226,6 192,0 258,7 239,3
84 Outros 299,0 234,6 322,5 317,8
Total 2.633,7 1.916,9 5.354,6 5.029,9
Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja
probabilidade de ganho seja provável para serem divulgadas.
A Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca
da legislação brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas
fora do país.
Baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a administração da Companhia entende que tais autuações foram
efetuadas com base em uma análise equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera
hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no período referente à autuação; (ii) desconsidera a
existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos
valores supostamente devidos.
Em dezembro de 2008, o Conselho de Contribuintes julgou um dos processos relacionados a tributação de lucros no
exterior envolvendo a Cia. A decisão foi parcialmente favorável, sendo que a Cia apresentará recurso. A Cia., baseada na
opinião de seus consultores jurídicos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, considerando-
as como de perda possível, totalizando R$2.682,8.
b) Labatt Canadá
A Labatt Canadá foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certas transações e em
débitos entre companhias do grupo, e outras transações existentes no passado. O valor total da exposição pode atingir
CAD$218,0, equivalentes a R$417,0 em 31 de dezembro de 2008. Caso a Labatt Canadá seja obrigada a pagar esse
montante, CAD$110,0 será reembolsado por sua antiga controladora InBev, equivalente a R$210,4 em 31 de dezembro
de 2008.
Durante o exercício de 2008, foram feitos pagamentos totalizando CAD$115,3, equivalentes a R$220,5, conforme
requerido pelo Governo Canadense. Desse montante, a Labatt Canadá foi reembolsada pela InBev em CAD$79,2,
equivalente a R$151,5. A Labatt Canadá continua a se defender desses processos. Após considerar as movimentações do
período, o montante provável de desembolso foi avaliado em CAD$63,6, equivalente a R$121,6, e encontra-se
provisionado em "Outros passivos" em 31 de dezembro de 2008.
A movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário
independente, foi a seguinte:
AmBev Labatt Total
Saldo em 31 de dezembro de 2007 97,4 126,8 224,2
Encargos financeiros/despesas incorridas 19,9 67,9 87,8
Variação cambial – 7,5 7,5
Ajuste atuarial – 50,9 50,9
Pagamento de benefícios (9,1) (193,4) (202,5)
Saldo em 31 de dezembro de 2008 108,2 59,7 167,9
O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela FAHZ foi integralmente compensado por seus ativos em 31 de
dezembro de 2008 na mesma data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas
demonstrações contábeis em virtude da possibilidade de destinação de seu uso para outros fins que não exclusivamente
relativos ao pagamento de benefícios.
d) Premissas atuariais
As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram
as seguintes:
Percentual anual (em termos nominais)
AmBev Labatt
2008 2007 2008 2007
Taxa de desconto 10,8 10,8 6,95 5,25
Taxa de retorno esperado dos ativos 11,6 9,6 7,44 7,4
Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,1 3,0 3,0
86 Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,3 7,1 8,0 8,5
Em 31 de dezembro de 2008, o capital social da Companhia, no montante de R$6.602,0, estava representado por
614.936 mil ações, sendo 345.508 mil ações ordinárias e 269.428 mil ações preferenciais, todas nominativas e sem valor
nominal.
Em RCA de 09 de outubro de 2008, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$2,2, mediante a emissão de
24 mil ações preferenciais integralmente subscritas pelo Fundo de Investimentos do Nordeste – FINOR com recursos de
incentivos fiscais referente às destinações do exercício de 1998/ano calendário 1997.
Em RCA realizada em 25 de julho de 2008, ocorreu a subscrição e integralização pelos acionistas da Companhia de
431 mil ações ordinárias e 61 mil ações preferenciais, ao preço de R$111,48 e R$123,30 por ação, respectivamente, no
montante de R$55,7. Nessa homologação, foram deduzidas as 25 mil ações ordinárias e 95 mil ações preferenciais cujos
acionistas exerceram o direito de retratação previsto na legislação, sendo que o valor de R$14,6 referente a tal
retratação foi devolvido aos acionistas em 25/07/2008.
Em AGO/E realizada em 28 de abril de 2008, ocorreram as seguintes modificações no capital social da Companhia:
• Aumento do capital social no montante de R$307,2, mediante a emissão de 1.814 mil ações ordinárias e 852 mil
ações preferenciais, para a Interbrew e Ambrew, integralizadas com a capitalização parcial do benefício fiscal
auferido pela Companhia com a amortização parcial da Reserva especial de ágio;
• Aumento do capital social no montante de R$131,7, sem emissão de ações, correspondente à capitalização de 30%
do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da Reserva de incentivos;
• Cancelamento de 1.792 mil ações ordinárias e 10.871 mil ações preferenciais de emissão da Companhia mantidas
em tesouraria, sem diminuição do valor do capital social.
c) Capital autorizado
A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de 700.000 mil ações, independentemente de
reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração, que deliberará sobre as condições de
integralização, as características das ações a serem emitidas e o preço de emissão, bem como estabelecerá se o
aumento se dará por subscrição pública ou particular.
O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas
em lei:
(i) Percentual de 35% sobre o lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus
acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior às ações
ordinárias.
87
(ii) Montante não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o
objetivo de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição
de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar 80% do capital
social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição aos
acionistas ou ao aumento de capital.
(iii) Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos
administradores é atribuída a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao
alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício.
e) Dividendos propostos
Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios
findos em 31 de dezembro:
2008 2007
Destinações propostas:
Lucro líquido do exercício 3.059,5 2.816,4
(i)
Reserva legal (5%) – –
(–) Constituição da reserva de incentivos fiscais (142,9) –
Base de cálculo dos dividendos do exercício 2.916,6 2.816,4
(ii)
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 3.181,1 1.925,8
(–) Imposto de renda na fonte (122,8) (142,5)
(iii)
Total de dividendos distribuídos, líquidos 3.058,3 1.783,3
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo – % 104,86 63,32
Dividendos líquidos por ações em circulação
(excluídas as ações em tesouraria) – R$
Ordinárias 4,74 1,87
Preferenciais 5,21 2,05
(i)
A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída
quando, somada às reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.
(ii)
Parte dos dividendos e juros sobre o capital próprio foi paga utilizando a Reserva de Investimento.
(iii)
Em RCA realizada em 22 de dezembro de 2008, foi aprovado a distribuição de juros sobre o capital próprio (“JCP”), por conta dos lucros apurados no balanço
extraordinário de 31 de agosto de 2008, a serem imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2008, à razão de R$0,3900 por ação
ordinária e R$0,42900 por ação preferencial. A distribuição de JCP foi tributada na forma da legislação em vigor, o que resultou em uma distribuição líquida
de JCP de R$0,33150 por ação ordinária e R$0,36465 por ação preferencial.
Em 3 de março de 2008, foi aprovado o encerramento do programa de recompra de ações lançado em 12 de dezembro
de 2007. Nesta mesma data, a Companhia lançou novo programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais de
sua emissão, até o montante de R$750,0 cujo vencimento ocorreu em 26 de fevereiro de 2009, em conformidade com a
Instrução CVM n° 10/80 e suas alterações posteriores.
h) Ajustes de avaliação patrimonial
Em conformidade com a Lei 11.638/07 e Medida Provisória 449/08, foram reconhecidos no Patrimônio Líquido da
Companhia, no grupo “Ajustes de avaliação patrimonial”, os seguintes efeitos:
Controladora
31.12.08
13. Tesouraria
a) Instrumentos financeiros derivativos
A utilização de derivativos pela empresa segue estritamente as determinações de nossa política de riscos financeiros 89
aprovada pelo Conselho de Administração. O objetivo da política é fornecer diretrizes para a gestão de riscos financeiros
inerentes ao mercado de capitais no qual a AmBev executa suas operações. A política abrange 4 (quatro) pontos
principais: (i) estrutura de capital, financiamentos e liquidez, (ii) riscos transacionais relacionados ao negócio, (iii) riscos
de translation e conversão de balanços e (iv) riscos de crédito de contrapartes financeiras.
A política estabelece que todos os passivos e ativos financeiros em cada país onde mantemos operações, sempre que
possível, devem ser mantidos em suas respectivas moedas locais. A política também determina os procedimentos e
controles necessários para identificação, mensuração e minimização de riscos de mercado, tais como variações nos
níveis de câmbio, juros e commodities (principalmente alumínio, trigo e açúcar) que possam afetar o valor de nossas
receitas, custos e/ou investimentos. A política determina que todos os riscos atualmente registrados (por exemplo
câmbio e juros) devem ser protegidos por meio de contratação de instrumentos derivativos. Riscos existentes mas ainda
não reconhecidos (por exemplo aquisição futura de matérias primas ou bens do imobilizado) devem ser protegidos com
base em forecasts pelo período necessário para a Companhia se adaptar ao novo cenário de preços, que pode variar de
seis a dezoito meses, também com a utilização de instrumentos derivativos. Qualquer exceção à política deve ser
aprovada pelo Conselho de Administração.
Para atingir seus objetivos, a Companhia e suas subsidiárias utilizam-se de derivativos de câmbio, juros e commodities.
Os instrumentos derivativos autorizados pela política de riscos são contratos futuros negociados em bolsa, deliverable
forwards, non deliverable forwards e swaps. Em 31 de dezembro de 2008 a Companhia e suas subsidiárias não possuíam
nenhuma operação de target forward, swaps com verificação ou quaisquer outras operações de derivativos que
impliquem em alavancagem além do valor nominal de seus contratos. A Companhia e suas subsidiárias não efetuam
aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. As operações de derivativos são
classificadas por estratégias de acordo com o seu objetivo, conforme demonstrado abaixo:
i) Hedge financeiro – operações contratadas com o objetivo de proteção do endividamento líquido da Companhia
contra as variações de câmbio e taxas de juros. Os derivativos utilizados para proteger os riscos relacionados aos
Bonds 2011, 2013 e 2017 foram designados como instrumentos de Hedge de Valor Justo, de acordo com as
disposições do CPC 14. Dessa forma, seus resultados, mensurados conforme seu valor justo, são reconhecidos em
cada período de apuração no resultado financeiro.
ii) Hedge operacional – operações contratadas com o propósito de minimizar a exposição da Companhia à flutuação
de câmbio e preços de matérias-primas, investimentos, equipamentos e serviços a serem adquiridos. Todos os
derivativos alocados nesta estratégia são designados como instrumentos de Hedge de Fluxo de Caixa. Desta forma,
os resultados líquidos destas operações, apurados pelo seu valor justo, são alocados em conta do patrimônio
líquido até o momento do reconhecimento do item protegido, quando os resultados acumulados são alocados na
conta contábil correspondente, de acordo com as disposições do CPC 14.
90 Estes instrumentos, em 31 de dezembro de 2008, apresentavam as seguintes faixas de vencimentos de Valor Justo e
Valor Nocional por instrumento:
Valor Justo
Finalidade / Risco / Instrumento 2009 2010 2011 2012 >2012 Total
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (46,0) (6,9) – – – (52,9)
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 161,7 (0,5) – – – 161,2
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards 14,0 (0,6) – – – 13,4
Taxas de Juros Contratos Futuros (0,1) (0,4) – – – (0,5)
Commodity Contratos Futuros (49,7) (3,4) – – – (53,1)
Commodity Swaps (293,7) – – – – (293,7)
Hedge Operacional (213,8) (11,8) – – – (225,6)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 18,1 (1,8) 4,8 (1,6) 3,7 23,2
Moeda Estrangeira Swaps – – 164,2 – 8,7 172,9
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 297,7 – – 81,7 – 379,4
Taxas de Juros Contratos Futuros (0,0) (0,0) (0,0) (0,0) (0,2) (0,2)
Taxas de Juros Swaps (32,0) 46,5 – – – 14,5
Hedge Financeiro 283,8 44,7 169,0 80,1 12,2 589,8
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 52,7 – – – – 52,7
Hedge Fiscal 52,7 – – – – 52,7
Total Derivativos 122,7 32,9 169,0 80,1 12,2 416,9
Valor Nocional
Finalidade/Risco/Instrumento 2009 2010 2011 2012 >2012 Total
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 1.408,0 222,0 – – – 1.630,0
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 975,2 9,5 – – – 984,7
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards 305,1 10,6 – – – 315,8
Taxas de Juros Contratos Futuros (700,0) (300,0) – – – (1.000,0)
Commodity Contratos Futuros 199,1 37,8 – – – 236,9
Commodity Swaps 471,0 – – – – 471,0
Hedge Operacional 2.658,4 (20,1) – – – 2.638,3
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (510,6) 58,4 (169,4) 64,9 (156,6) (713,3)
Moeda Estrangeira Swaps – – 1.247,7 – 1.387,9 2.635,6
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 1.188,8 – – 280,4 – 1.469,2
Taxas de Juros Contratos Futuros 447,5 (5,0) (5,0) (2,5) (53,0) 382,0
Taxas de Juros Swaps 300,0 621,7 – – – 921,7
Hedge Financeiro 1.425,7 675,1 1.073,3 342,8 1.178,3 4.695,2
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (1.590,3) – – – – (1.590,3)
Hedge Fiscal (1.590,3) – – – – (1.590,3)
Total Derivativos 2.493,8 655,0 1.073,3 342,8 1.178,3 5.743,2
Em 31 de dezembro de 2008, ganhos não realizados no montante de R$212,4 foram alocados no patrimônio
líquidos. Este ganho será reconhecido a crédito no resultado da Companhia, sendo o montante de R$204,0 no
custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado correspondente e o saldo restante
na despesa operacional por se tratar de hedge de despesa, ou no valor do imobilizado, quando da sua aquisição,
por se tratar de hedge de Capex.
(ii) Apuração do valor justo de derivativos
A Companhia avalia os instrumentos financeiros derivativos calculando o seu valor presente, por meio da utilização
das curvas de mercado que impactam o instrumento nas datas de apuração. No caso de swaps, tanto a ponta ativa
quanto a ponta passiva são estimadas de forma independente e trazidas a valor presente, onde a diferença do
resultado entre as pontas gera o valor de mercado do swap. Para os instrumentos financeiros negociados em Bolsa,
o valor justo é calculado de acordo com os preços de ajustes divulgados pelas mesmas.
(iii) Margens dadas em garantia
92
Para atender às garantias exigidas pelas bolsas de derivativos e/ou contrapartes contratadas em determinadas
operações de instrumentos financeiros derivativos, a Companhia mantinha em 31 de dezembro de 2008 um
montante de R$226,4 em aplicações de liquidez imediata ou em espécie e R$105,0 em fianças bancárias como
garantias de operações de derivativos.
b) Instrumentos financeiros de dívida
Os passivos financeiros da Companhia, representados, principalmente, pelas operações de emissão de títulos de dívida
externa, Debêntures, e Notas Promissórias, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente de acordo
com o método de taxa efetiva, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento de cada
período. Adicionalmente, os Bonds emitidos pela AmBev com vencimento em 2011, 2013 e 2017 são designados como
itens objeto de hedge de valor justo. Como tal, as variações do valor justo dos fatores de risco hedgeados são
reconhecidas no resultado em contrapartida ao valor das respectivas dívidas.
Caso a Companhia tivesse adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria
apurado uma perda adicional, antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro de aproximadamente
R$(268,8) em 31 de dezembro de 2008 (R$466,5 em 31 de dezembro de 2007), conforme demonstrado na tabela a seguir:
Passivo financeiro Contábil Mercado Diferença
Capital de Giro BRL (Labatt) 1.196,5 1.391,7 (195,2)
(i)
Senior Notes – BRI 169,9 175,9 (6,0)
Financiamentos internacionais (outras moedas) 2.352,9 2.352,9 –
Notas Promissórias 1.636,2 1.636,2 –
Crédito Agroindustrial 528,1 528,1 –
BNDES/FINEP/EGF 279,8 279,8 –
Bond 2011 1.279,7 1.293,6 (13,9)
Bond 2013 1.218,9 1.327,2 (108,3)
Bond 2017 229,6 229,6 –
Debêntures 2.133,8 2.079,2 54,6
Total 11.025,4 11.294,2 (268,8)
(i)
Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidadas proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses
O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi com base em cotações de corretores de
investimento, em cotações dos bancos que prestam serviços à AmBev e no valor de mercado secundário dos títulos na
data–base de 31 de dezembro de 2008, sendo de aproximadamente 110,19% do valor de face para o Bond 2011,
110,55% para o Bond 2013 e 72,42% para o Bond 2017 (116,75% para o Bond 2011, 116,67% para o Bond 2013 e
86,91% para o Bond 2017 em 31 de dezembro de 2007).
As aplicações financeiras, representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de
depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são classificadas como Destinadas a Negociação,
mensuradas pelo seu valor justo com reconhecimento no resultado financeiro.
Controladora Consolidado
Modalidade e finalidade 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Em reais
Caixas e Bancos 151,2 612,5 1.124,2 1.460,0
Aplicações 676,6 308,4 2.174,7 848,2
Total Geral 827,8 920,9 3.298,9 2.308,2
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Receitas financeiras
Variação cambial sobre ativos financeiros – – 79,6 (52,3)
Juros sobre caixa e equivalentes 39,6 25,0 105,6 95,3
Ganhos líquidos sobre instrumentos derivativos 444,9 – 330,7 –
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e
depósitos judiciais 16,4 16,0 67,4 48,0
Resultado de Ajuste de Operações a valor de mercado 90,6 – 134,1 –
Resultado do plano de ações 5,8 7,7 5,8 7,7
Juros e variação cambial sobre mútuos – 215,4 6,1 –
Outras 20,7 17,2 31,1 23,1
618,0 281,3 760,4 121,8
Despesas financeiras 93
Variação cambial sobre financiamentos (601,9) 462,0 (535,0) 475,6
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos – (726,7) – (653,4)
Juros sobre dívidas em Moedas Estrangeiras (260,8) (270,1) (426,0) (624,7)
Juros sobre dívidas em reais (489,4) (333,5) (713,9) (340,9)
Juros e variação cambial sobre mútuo (1.165,7) – – –
Impostos sobre transações financeiras (27,0) (100,2) (68,4) (121,2)
Encargos financeiros sobre contingências (20,1) (49,2) (28,7) (64,1)
Outras (67,4) (40,4) (80,6) (46,1)
(2.632,3) (1.058,1) (1.852,6) (1.374,8)
Resultado financeiro, líquido (2.014,3) (776,8) (1.092,2) (1.253,0)
Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de
distribuição. O risco de crédito é reduzido em virtude da grande pulverização da carteira de clientes e dos
procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia não registra perdas significativas em contas
a receber de clientes.
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e
investimentos, levando em consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo
concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é monitorado e minimizado, pois as negociações são realizadas
apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificado.
A definição das instituições financeiras autorizadas a operar como contrapartes da companhia esta definida em nossa
política de risco de credito. A política estabelece limites máximos de exposição a cada contraparte com base na
classificação de risco e na capitalização de cada contraparte. Atualmente, a classificação de risco mínima aceita pela
companhia e A– (por Fitch e S&P) / A3 (pela Moody’s).
A companhia adota, com a finalidade de minimizar o risco de crédito junto as suas contrapartes nas operações
significativas de derivativos, cláusulas de “gatilhos” bilaterais com suas contrapartes. De acordo com estas cláusulas,
sempre que o valor justo de uma operação superar uma percentagem de seu valor nocional (geralmente entre 10% e
15%), a parte devedora liquida a diferença em relação a este limite em favor da parte credora. Em 2008, o valor total
deste limite é de R$292,1 (equivalente a US$125,0) em operações de derivativos contratadas no Brasil e R$151,9
(equivalentes a US$65,0) em operações de derivativos contratadas em outros países.
a) Conciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro com seus valores
nominais
b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido
Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Corrente (391,9) (94,7) (1.458,7) (963,6)
Diferido (15,7) (520,2) (60,4) (629,3)
Total (407,6) (614,9) (1.519,1) (1.592,9)
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às
diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil.
De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia, fundamentada na expectativa de
geração de lucros tributáveis futuros, determinada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu
também os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social de exercícios anteriores,
que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros anuais tributáveis. O valor
contábil do ativo fiscal diferido é revisado periodicamente e as projeções são revisadas anualmente.
A administração considera que os saldos de imposto de renda diferido ativo decorrentes de diferenças temporárias serão
realizados na proporção da solução final das contingências e eventos que as originaram.
Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371,
a Companhia estima recuperar o crédito tributário decorrente de prejuízos acumulados da controladora e controladas
localizadas no Brasil e no exterior, nos seguintes exercícios:
Valores expressos em milhões de reais
Ano 2009 2010 2011 2012 Total
Montantes 354 379 125 38 896
Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como
ativo, uma vez que a administração não está segura de que sua realização seja provável.
Em 31 de dezembro de 2007
Ano 2008 2009 2010 2011 Total
Montantes 1.777,3 884,3 898,2 – 3.559,8
17. Seguros
A Companhia e suas controladas mantém programas padrão de segurança, treinamento, meio-ambiente e qualidade em
todas as unidades, que visam, entre outras coisas, reduzir também os riscos de acidentes. Além disso, mantém contratos de
seguros com coberturas determinadas por orientação de especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco, por
montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas significativas sobre seus ativos e responsabilidades. As
premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis,
consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.
Política de Dividendos
O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido ajustado anual da
Companhia, conforme estabelecido na Legislação Societária Brasileira.
O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.
As ações preferenciais terão direito ao recebimento de dividendos em dinheiro 10% maiores do que aqueles pagos às ações
ordinárias.
Dividendos e juros sobre capital próprio (líquido) declarados
Data do primeiro
Lucros Gerados pagamento R$/ação Tipo de ação
Primeiro Semestre 2004 25-mar-2004 0,68 (preferencial)
0,61 (ordinária)
Segundo Semestre 2004 08-out-2004 0,58 (preferencial)
0,53 (ordinária)
Primeiro Semestre 2005 15-fev-2005 1,72 (preferencial) 97
1,56 (ordinária)
Segundo Semestre 2005 30-set-2005 1,07 (preferencial)
0,97 (ordinária)
29-dez-2005 0,84 (preferencial)
0,76 (ordinária)
Primeiro Semestre 2006 31-mar-2006 0,63 (preferencial)
0,58 (ordinária)
Segundo Semestre 2006 30-jun-2006 0,61 (preferencial)
0,55 (ordinária)
30-out-2006 0,61 (preferencial)
0,55 (ordinária)
28-dez-2006 0,74 (preferencial)
0,67 (ordinária)
Primeiro Semestre 2007 31-mar-2007 0,73 (preferencial)
0,66 (ordinária)
29-jun-2007 0,30 (preferencial)
0,28 (ordinária)
Segundo Semestre 2007 10-out-2007 1,59 (preferencial)
1,45 (ordinária)
31-dez-2007 0,45 (preferencial)
0,41 (ordinária)
Primeiro Semestre 2008 28-abr-2008 1,84 (preferencial)
1,67 (ordinária)
Segundo Semestre 2008 31-jul-2008 1,63 (preferencial)
1,48 (ordinária)
13-out-2008 1,38 (preferencial)
1,25 (ordinária)
30-jan-2009 0,36 (preferencial)
0,33 (ordinária)
Publicações
O Relatório Anual da Companhia, a Declaração de Fatos Relevantes e o Formulário 20-F estão disponíveis gratuitamente no
Departamento de Relações com Investidores, acima mencionado. Se você está recebendo cópias duplicadas ou não solicitadas
do nosso Relatório Anual, por favor, entre em contato conosco.