Você está na página 1de 104

Relatório Anual 2008

Relatório Anual 2008 As melhores marcas em um mundo melhor.

11733.004-CapaRelat-439,8X279,4.indd 1 4/23/09 8:02:05 PM


Relatório Anual 2008

As melhores marcas em um mundo melhor


Nossa Visão
“Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor.”

Ser a melhor significa atender aos consumidores


com as melhores marcas e produtos; construir
uma cultura forte, única, com as melhores e mais
comprometidas pessoas; ter a coragem de ir em
frente e liderar mudanças; ter o reconhecimento
pelos clientes de que somos o seu melhor parceiro.
Estamos comprometidos com a nossa Gente, com
a nossa comunidade, com todos aqueles que nos
relacionamos e com um mundo melhor. Seremos
a melhor empresa em um mundo melhor se
construirmos hoje as bases para obter resultados
econômicos sólidos e crescentes, garantindo
a geração de valores sociais e ambientais para
nossos consumidores, nossos funcionários, nossos
acionistas e para as futuras gerações.
Sumário

Seja Bem-vindo à AmBev | 03


Nosso Desempenho em 2008 | 05
Aos Acionistas | 06
Localização Estratégica | 08
Marcas que se Complementam | 11
A Força que nos Constrói | 15
Operações AmBev | 19
Cerveja Brasil | 20
RefrigeNanc | 24
Quinsa | 26
Canadá | 28
Hila-Ex | 30
Gente que Faz a Diferença | 33
Um Mundo Melhor | 37
Governança Corporativa | 41
Bovespa e NYSE | 44
Um Time de Líderes | 45
Demonstrações Financeiras | 46
AmBev

2
Relatório Anual 2008

Fábrica da AmBev
em Jaguariúna (SP), Brasil
Seja Bem-vindo
à AmBev
Somos a 4ª maior cervejaria do
mundo e fazemos parte do cotidiano
de nossos consumidores
Estamos presente em 14 países nas Américas do Sul, Central e
do Norte, produzindo e comercializando cervejas, refrigerantes e
outras bebidas não-carbonatadas. Mais de 39 mil pessoas trabalham
para que a AmBev seja a melhor companhia de bebidas do mundo
em um mundo melhor. Em 2008, a AmBev atingiu volume de vendas
de 146,9 milhões de hectolitros de bebidas e receita líquida de
R$20,9 bilhões.

Somos uma Companhia de bens de consumo, de capital aberto,


comprometida com a sustentabilidade. Acreditamos que criando
marcas fortes iniciamos um ciclo virtuoso para promover um
mundo melhor. Reunimos as principais marcas de cerveja em
nosso portfólio. Três delas, Skol, Brahma e Antarctica, estão entre 3
as 25 mais consumidas do mundo. Skol ocupa a quarta posição e
Brahma a sétima.

Somos a maior cervejaria da América Latina, com marcas líderes


em vários países. No Brasil, temos Skol, Brahma e Antarctica. Na
Argentina, Quilmes Cristal; na Bolívia, Paceña; no Paraguai, Brahma;
e no Uruguai, Pilsen.

Nossa razão de ser está em criar vínculos fortes e duradouros com


os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas,
produtos e serviços, cuidando da eficiência do ponto-de-venda.
Estamos sempre buscando um conhecimento profundo do
consumidor, de seus interesses e valores, para que possamos
construir marcas ligadas diretamente à vida das pessoas.

Acreditamos no bom senso e na simplicidade, e gerenciamos


nossos custos rigorosamente a fim de liberar mais recursos para
suportar nosso crescimento no mercado.

Para atingir nossos objetivos, temos as melhores pessoas que,


no melhor espírito de donos, pensam grande e nunca estão
completamente satisfeitas com os seus próprios resultados.
Lideramos pelo exemplo, elegendo integridade, comprometimento
e consistência como as chaves para construir nossa Companhia.

Fazemos parte da maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev,


resultado da aliança global feita entre a InBev e Anheuser-Busch.
Destaques Financeiros

Receita Líquida (R$ milhões) Lucro Líquido (R$ milhões)


AmBev

4
Relatório Anual 2008

EBITDA (R$ milhões) e margens (%) Composição da Receita Líquida


Nosso Desempenho em 2008
Os números que nos traduzem

Principais Indicadores
2003 2004 2005 2006 2007 2008
(Os indicadores são em milhões de reais exceto quando indicado)

Demonstração de Resultados

Receita Líquida 8.684 12.007 15.959 17.614 19.648 20.899


Lucro Bruto 4.640 7.226 10.216 11.665 13.107 13.736
Despesas Gerais e Administrativas (1) 2.334 3.611 5.174 5.409 5.835 8.009
EBIT (1) 2.306 3.615 5.043 6.256 7.272 5.726
Lucro Líquido 1.412 1.162 1.546 2.806 2.816 3.059

Balanço Patrimonial

Ativo Total 14.380 33.017 33.493 35.561 35.476 37.270


Caixa e Equivalentes 2.534 1.505 1.096 1.539 2.308 3.299
Dívida Total 5.980 7.811 7.204 9.567 9.852 11.025
Patrimônio Líquido 4.363 16.995 19.867 19.268 17.420 17.278
5
Fluxo de Caixa e Rentabilidade

EBITDA 3.072 4.537 6.305 7.445 8.697 9.007


Margem EBITDA 35,4% 37,8% 39,5% 42,3% 44,3% 43,1%
Investimentos de Capital 862 1.274 1.370 1.425 1.631 2.055
Retorno sobre o Patrimônio (2) 32,4% 6,8% 7,8% 14,6% 16,2% 17,7%

Dados por Ação (R$/ação)

Valor Patrimonial 9,6 25,9 30,4 30,2 28,3 28,1


Lucro por ação 3,1 1,8 2,4 4,4 4,6 5,0
Dividendos (ON) - R$/ação 2,1 1,9 1,9 2,8 3,0 4,7
Dividendos (PN) - R$/ação 2,3 2,1 2,1 3,1 3,3 5,2
Payout Dividendos (3) 69% 104% 102% 45% 63% 105%

Capitalização

Capitalização de Mercado 26.392 40.424 53.646 64.109 79.071 62.223


Dívida Líquida 3.447 6.305 6.107 7.802 7.369 7.726
Participações Minoritárias 196 213 123 223 187 136
Ações em Circulação (milhões) (4) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 614,0
ADRs Equivalentes (milhões) (4) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 614,0

(1) Durante o ano de 2008, a Companhia registrou alterações nas práticas contábeis, conforme adoção da Lei 11.638/07 e Normas da CVM. Como resultado,
a despesa com amortização de ágio, que antes era contabilizada em outras despesas operacionais líquidas, passou a ser contabilizada em Despesas Gerais e
Administrativas. O valor total da reclassificação em 2008 foi de R$1.252,7 milhões. Esse ajuste não foi demonstrado para dar efeito retroativo.
(2) Retorno sobre o Patrimônio = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido.
(3) Payout Dividendos (2008): Considera distribuição de juros sobre capital próprio (“JCP”) aprovada em RCA realizada em 22 de dezembro de 2008, por conta
dos lucros apurados no balanço extraodinário de 31 de agosto de 2008, a serem imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2008, à razão
de R$0,3900 por ação ordinária e R$0,42900 por ação preferencial.
(4) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005 e, pelo grupamento de ações (na proporção de 100 existentes para 1 nova ação),
realizado em 29/06/2007.
Aos Acionistas
Bem preparados para 2009

O ano de 2008 foi marcado por inúmeros desafios e importantes Por outro lado, nosso negócio de refrigerantes e bebidas

resultados. Apesar de nossa principal operação – Cerveja Brasil – não-carbonatadas teve um ano de resultados excelentes, com

ter apresentado resultados abaixo do esperado, reportamos um crescimento no volume de vendas – mesmo em um período difícil

excelente desempenho nos países do cone sul da América Latina para a indústria – graças à boa performance das nossas inovações,

(Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile) e em nossa operação que resultaram em ganhos de participação de mercado, e um bom

de Refrigerantes e bebidas não-carbonatadas Brasil. O Canadá, por desempenho de receitas e custos.

sua vez, teve um dos seus melhores anos do ponto de vista de


Nossas operações no cone sul da América Latina tiveram um
preço, participação de mercado e economias de custos fixos.
ano de excelentes resultados, tanto em cerveja quanto em

No Brasil, o ano de 2008 apresentou um clima mais frio e mais refrigerantes e bebidas não-carbonatadas. O bom desempenho da
AmBev

chuvoso do que o ano passado. Esse fator, aliado ao carnaval mais indústria nesses países, os ganhos de participação de mercado, a

cedo do que o usual e a pressão que a inflação de alimentos eficiência no gerenciamento da receita e as economias significativas
6
provocou na renda do consumidor influenciaram negativamente os em custos fixos resultaram em ótimo crescimento dos nossos
Relatório Anual 2008

volumes da indústria em 2008. resultados na operação. O prestígio das nossas marcas, a qualidade

da nossa Gente e a ótima execução das inovações em 2008 foram

essenciais para sustentar o forte crescimento das vendas das

nossas marcas premium e os ganhos de participação de mercado

em toda a região.

Carlos Alves de Brito


No Canadá tivemos resultados estáveis no período, apesar de Olhando para 2009 e para o cenário econômico global, acreditamos

fortíssima pressão nos custos de produção. O bom gerenciamento que a solidez da nossa indústria e a nossa capacidade de geração

da receita, alinhado a uma significativa redução de custos fixos de caixa serão importantes vantagens diante das atuais incertezas

e ganhos com eficiência, permitiu a manutenção dos nossos macroeconômicas. Continuaremos a investir em nossas marcas

resultados e os ganhos de participação de mercado. Tivemos um e em nossa Gente que consideramos os nossos diferenciais para

ano de desafios, mas nossa estratégia de concentrar recursos nas manter a trajetória de crescimento com rentabilidade.

marcas-foco fez com que conseguíssemos ganhar participação de

mercado sem perda de EBITDA pela primeira vez em 11 anos. Carlos Alves de Brito
Co-Presidente do Conselho de Administração
Continuamos comprometidos em retornar nosso excesso de caixa

aos nossos acionistas. Em 2008, pagamos aos nossos acionistas Victorio Carlos de Marchi
Co-Presidente do Conselho de Administração
R$2,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio e
7
recompramos R$630 milhões em nossas ações, atingindo um

pay-out total de R$3,5 bilhões.

Nosso foco continua sendo o de garantir a eficiência em todos os

processos da Companhia e promover inovações que atendam, cada

vez mais, os desejos e anseios do consumidor.

Victorio Carlos de Marchi


Localização Estratégica
Temos fábricas e Centros de Distribuição Direta em todo o continente
AmBev

A AmBev está em 14 países das Américas, em


8 cinco divisões: Cerveja Brasil, nossa maior
operação, RefrigeNanc Brasil, que reúne
Relatório Anual 2008

refrigerantes e bebidas não-carbonatadas do


Brasil, Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai
e Uruguai), Hila-Ex (Equador, Guatemala,
Nicarágua, El Salvador, Peru, República
Dominicana e Venezuela) e Canadá.

Nossa produção atende a aproximadamente


1 milhão de pontos-de-venda só no Brasil. No
total, são 39.301 funcionários em 64 fábricas de
bebidas, cinco Maltarias, nove outras fábricas
(vidro, rótulo, concentrado e rolha), além de
Centros de Distribuição Direta (CDDs) e
Centros de Excelência.

Canadá Brasil Quinsa Hila-Ex


Canadá Brasil
Mercado de cerveja (mm HL): 23,7 Mercado de cerveja (mm HL): 108,1
Média de consumo per capita (litros): 70,7 Mercado de refrigerante** (mm HL): 111,7
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 15,6 Média de consumo de cerveja per capita (litros): 57,4
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 107,9
Hila-Ex Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 49,5

Venezuela
Mercado de cerveja (mm HL): 25,8
Quinsa
Média de consumo per capita (litros): 93,0 Argentina
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 2,9 Mercado de cerveja (mm HL): 17,8
Média de consumo per capita (litros): 44,3
Equador Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 17,1
Mercado de cerveja (mm HL): 4,8 Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 18,9
Média de consumo per capita (litros): 35,3
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 0,8 Uruguai
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 9
El Salvador Média de consumo per capita (litros): 25,9
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,3
Média de consumo per capita (litros): 12,0 Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 0,8

Guatemala Bolívia
Mercado de cerveja* (mm HL): 1,6 Mercado de cerveja (mm HL): 3,5
Média de consumo per capita (litros): 10,6 Média de consumo per capita (litros): 36,7
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,2 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 4,0

Nicarágua Paraguai
Mercado de cerveja (mm HL): 0,9 Mercado de cerveja (mm HL): 2,3
Média de consumo per capita (litros): 16,5 Média de consumo per capita (litros) 38,1
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 3,2
Peru
Mercado de cerveja (mm HL): 11,0 Chile
Média de consumo per capita (litros): 38,0 Mercado de cerveja (mm HL): 6,0
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0 Média de consumo per capita (litros): 37,4
Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 4,0 Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0

República Dominicana
Mercado de cerveja* (mm HL): 4,0
Média de consumo per capita (litros): 42,5
Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0
Capacidade instalada de refrigerante (mm HL): 4,0

Fonte: Plato Logic (2008)


* Dados da Plato Logic relativos a 2007
** Fonte Nielsen
Marcas que se
Complementam
Construímos marcas
fortes porque conhecemos
profundamente nossos
consumidores
O consumidor é a razão do nosso negócio. Trabalhamos
continuamente para conhecer seus anseios, seus valores e seu
modo de vida a fim de construir um relacionamento forte e
duradouro por meio de nossas marcas. Para nos aproximarmos
dele, utilizamos as técnicas de Comunicação e Marketing mais
modernas do mercado.

Nosso desafio é superar as expectativas do maior número de


consumidores possível, tanto de cervejas, quanto de refrigerantes
e demais bebidas não-carbonatadas. Para isso, contamos com um
estruturado sistema de inteligência de mercado que norteia nossos
passos. Ele nos dá as diretrizes para o sucesso do desenvolvimento
de novos produtos, inovações nas linhas consolidadas, campanhas,
11
promoções, entre outras atividades.
Nossas marcas
Cervejas

Skol – Skol, a cerveja que desce redondo. É jovem, ousada, Polar – Polar Export é uma cerveja de qualidade superior,
irreverente e busca sempre surpreender o consumidor com ações orgulhosamente gaúcha. Apesar de ser uma cerveja tipo
inovadoras. Foi a primeira cerveja em lata de alumínio do país e Exportação, sua distribuição concentra-se no Sul do país. É um
pioneira em garrafa long neck, lata com boca redondona, garrafa verdadeiro patrimônio do Rio Grande do Sul.
big neck, lata de 473 ml e lata de 269 ml. É a líder em preferência
e vendas no Brasil. Kronenbier – Primeira cerveja sem álcool do Brasil.

Brahma – Com 120 anos completados em 2008, é a marca Liber – Primeira cerveja 0% de álcool da América Latina.
do “Brahmeiro”, o batalhador, guerreiro, que tem fé na vida e
Caracu – Cerveja preta, forte e gostosa, lançada em 1899. É uma
não desiste nunca. Sua comunicação retrata valores que são
das marcas mais tradicionais do Brasil, conhecida por seu sabor
importantes para esse consumidor, como família, amigos, trabalho
encorpado e energia.
e conquistas.

Quilmes – Marca líder na Argentina e fundada em 1888, é voltada


Antarctica – Conhecida como a cerveja BOA de verdade, é
para aqueles que valorizam a família, a amizade e a diversão. O
fabricada desde 1885. Marca alegre, descontraída e que tem a
AmBev

slogan “O sabor do encontro” traduz esse vínculo da marca com a


preocupação de estar sempre próxima de seus consumidores,
idéia de compartilhar coisas boas com amigos e familiares.
patrocina eventos culturais regionais que traduzem suas principais
características: qualidade, autenticidade, descontração e diversão. Stella Artois – Sinônimo de sofisticação, é uma cerveja de valor
12
inestimável. Nascida em 1366 na Bélgica, berço dos melhores
Bohemia – Com 155 anos de história, Bohemia é a primeira
Relatório Anual 2008

mestres cervejeiros, é uma cerveja super premium, produzida com


cerveja do Brasil. A marca mantém-se fiel ao sabor e aroma que
ingredientes de primeiríssima qualidade para paladares exigentes.
conquistou o paladar dos brasileiros e a coloca no segmento super
premium. Direcionada a um público exigente e que valoriza a Patrícia – Referência de cerveja no mercado uruguaio, tem
tradição e o requinte. espuma cremosa e consistente, é refrescante e moderadamente
encorpada. Surgiu em 1936.
Original – Tem como principal atributo ser um grande clássico no
mercado de cerveja. Conserva sua fórmula e rótulo originais, desde Pilsen – Nascida em Montevidéu (Uruguai), em 1956, a cerveja
sua criação em 1906, não cedendo a modismos nem a tendências Pilsen traz um aroma intenso e agradável de lúpulo e frutas. É
de mercado passageiras. É produzida apenas em pequenos lotes, moderadamente encorpada e apresenta uma coloração amarelo
destinados a quem sabe apreciar e valorizar uma cerveja tradicional ouro e um sabor com amargor intenso e persistente.
e de qualidade superior.
Paceña – É a cerveja que representa o genuíno gosto cervejeiro
Serramalte – Nascida no Rio Grande do Sul, em 1953, a marca na Bolívia. Com mais de 120 anos de história, é parte da cultura e
é voltada a um público que busca produtos diferenciados: são tradição do país. É símbolo de prestígio e liderança.
apreciadores de cervejas mais encorpadas, de sabor mais acentuado
e pronunciado amargor. O sabor de Serramalte é mais forte do que
as da pilsen tradicionais porque ela tem mais malte e um processo
de fabricação mais longo.
Brasil/Quinsa/Canadá/Hila
Refrigerantes e Bebidas Não-Carbonatadas

Norteña – Cerveja uruguaia, refrescante e pouco encorpada, Guaraná Antarctica – Marca autêntica, exclusiva, moderna e
apresenta uma coloração amarelo intenso e traz um aroma discreto divertida. Com sabor único e original do Brasil, é líder absoluta
de lúpulo e de frutas. no segmento guaraná no mercado brasileiro. Comercializada no
país desde 1921, está entre as 15 marcas de refrigerantes mais
Labatt Blue – Labatt Blue é a marca canadense mais vendida no vendidas no mundo e o sabor guaraná é o quarto mais consumido
mundo. Lançada em 1951 como Labatt Pilsener, ela foi batizada no planeta.
pelos fãs do time de futebol Winnipeg Blue Bombers. Foi a primeira
marca do Canadá a fazer uma tampa que gira. Pepsi – Marca com espírito desafiador, cada vez mais vista pelos
consumidores como inovadora, jovem e cheia de energia. Suas
Budweiser – Uma das marcas de cerveja mais consumida do
campanhas grandiosas com celebridades globais da música e do
planeta e que faz parte do nosso portfólio do Canadá. Tem uma
futebol encantam, não só pela qualidade da produção, mas também
imagem visual forte, incluindo rótulo tipicamente americano, com
pela ousadia, criatividade e descontração.
as cores vermelha, azul e branca. Primeira cerveja americana,
começou a ser engarrafada em 1883 e, exportada em 1885. Seven UP - Ajuda a encontrar o equilíbrio necessário para
desfrutar plenamente cada momento da vida.
Kokanee – A marca se firma na Colúmbia Britânica (Canadá) como
um produto típico da região, refrescante e focado no público jovem. H2OH! – Voltada para o consumidor que busca um produto
saudável, natural e associado à qualidade de vida. Desenvolvido
Alexander Keith’s – Marca Premium no Canadá, com grande 13
para quem tem um estilo de vida e uma atitude leves.
penetração na Nova Escócia.

Sukita – Lançada no Brasil em 1976, destina-se a atender as


Lakeport – Marca canadense de Ontário, fortalece sua imagem
preferências do público apreciador de bebidas com coloração
como cerveja de qualidade a preço justo, alinhada à estratégia de
forte e sabor mais adocicado. Apresenta os sabores laranja e uva.
oferecer ao mercado local cervejas para todos os tipos de público.

Soda Limonada – A refrescância da bebida sabor limão é muito


apreciada pelo consumidor brasileiro. Produzido a partir de fórmula
exclusiva com suco de frutas naturais.

Tônica Antarctica – Líder absoluta em seu segmento por seu


sabor natural e leve.

Gatorade – É a bebida esportiva mais consumido do mundo,


desenvolvida para repor rapidamente os líquidos e sais minerais
perdidos com o suor. A marca trabalha sua comunicação com base
no conceito “Com Gatorade você vai mais longe”.

Lipton Iced Tea – Chá pronto para beber, é dos pioneiros no


mercado de bebidas saudáveis e líder mundial no segmento.

Guarah – Como parte do portfólio do Guaraná Antarctica, a


marca aposta no conceito Refrescância com um Q de Guaraná.
Centro de Serviços Compartilhados (CSC)
em Jaguariúna (SP), Brasil
A Força que nos
Constrói
Os pilares estratégicos da AmBev
que atravessam o tempo
Crescemos de forma constante e sustentável porque mantemos
processos estruturados de trabalho. Temos focos que garantem a
oferta de produtos inovadores para atender aos consumidores,
eficiência e capacidade de criar valor e entregar resultados.

15
Construção de Marcas Fortes Execução da Distribuição e Relacionamento com PDV

Conhecemos profundamente nossos consumidores, pois eles são Nossas operações incluem a distribuição direta, ao mesmo tempo
nossa razão de ser. Assim, desenvolvemos produtos e criamos em que fortalecemos o sistema de distribuição terceirizada com
campanhas afinadas com seus valores para estreitar os vínculos e parceiros comprometidos com o resultado do portfólio. Com
fortalecer nossas marcas. Além disso, investimos constantemente o Programa de Excelência AmBev, estimulamos o constante
em inovações para manter nossas marcas em destaque. aperfeiçoamento de nossos revendedores, estabelecendo
padrões de desempenho e estimulando a troca de informações
Gente e Cultura
sobre as melhores práticas. Ajudamos nossos clientes a expor
os produtos da melhor forma no ponto-de-venda, a programar
Temos as melhores pessoas, altamente qualificadas, motivadas
estoques, a decorar o estabelecimento e a gerenciar receitas e
e comprometidas. Contratamos, treinamos e desenvolvemos
despesas. Esse trabalho melhora o desempenho do ponto-de-
excelentes profissionais. Incentivamos financeiramente a excelência
venda e estreita o vínculo com o cliente.
do desempenho por meio de remuneração variável ou participação
acionária. Promovemos o exercício da liderança pelo exemplo,
Eficiência em Custos
pensamos e agimos como donos do negócio e “gastamos sola de
sapato” para estarmos presente onde as coisas acontecem. Adotamos modelo de Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula
o comprometimento com o controle de despesas e custos, sem
AmBev

Crescimento de Receitas
manter qualquer relação com o ano anterior. Estabelecemos
metas desafiadoras, e cada equipe é responsável pelo próprio
16 Buscamos de forma permanente o crescimento da receita líquida.
orçamento. Cada centro de custos tem um dono.
Temos como prioridade aproveitar oportunidades de construir
Relatório Anual 2008

marcas fortes a partir de um profundo conhecimento de nossos


consumidores. Além disso, trabalhamos para manter e fortalecer
a liderança nos mercados onde atuamos.

Mudanças que transformam a comunidade para melhor Pay Out (bilhões de reais)

Bar Alta Frequência – ANTES Bar do Bocha – ANTES

Bar Alta Frequência – DEPOIS Bar do Bocha – DEPOIS


Disciplina Financeira Cash Flow (bilhões de reais)

Adotamos como política não reter caixa desnecessário. Após


alocar recursos para as necessidades operacionais e planos
de investimento, utilizamos distribuição de dividendos e/ou
recompras de ações para devolver aos acionistas o fluxo de
caixa gerado pelas operações. Em 2008, tivemos uma geração de
caixa operacional de R$7 bilhões e devolvemos aos acionistas
R$3,5 bilhões, sendo R$2,9 bilhões em dividendos (pagos no ano
calendário de 2008) e R$630,2 milhões em recompra de ações.

Diretor de Vendas da AmBev, Ricardo Tadeu,


visita ponto-de-venda
Inovações
2008
Operações AmBev
Brasil, Canadá, Quinsa e Hila-ex
A gestão de nossas operações é planejada por quatro zonas
geográficas – Brasil, Canadá, Hila-ex e Quinsa que compreendem
os 14 países em que estamos. Somos líderes em seis deles: Brasil,
Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Canadá. 2008 foi um ano
de importantes realizações. Atuando como líderes, focamos em
inovações como o caminho para atender nossos consumidores
com os melhores produtos e marcas do mercado.

19
Cerveja Brasil
Clima frio e chuvoso e pressão da inflação de alimentos na renda do consumidor
deixam resultados abaixo do esperado

O ano de 2008 foi desafiador para a indústria no Brasil e nos Custos mais elevados
colocou à prova diante das adversidades inerentes ao negócio.
Comparando-se com 2007, tivemos temperaturas baixas por O custo dos produtos vendidos por hectolitro apresentou um

longos períodos, com chuvas acima do normal, o Carnaval que crescimento orgânico de 7,8%, somando R$43,4. Os principais

aconteceu bem mais cedo que em outros anos e a inflação dos fatores que contribuíram para este aumento foram (i) maiores preços

alimentos que pressionou a renda disponível dos consumidores das commodities, como, por exemplo, cevada, milho e alumínio; (ii)

foram refletidos em uma desaceleração da indústria em relação impacto da inflação nos salários, e (iii) menor absorção de custos

aos anos anteriores. Nesse sentido, o crescimento orgânico do fixos, o que foi parcialmente compensado por (iv) ganhos com uma

nosso volume foi de 0,2% em relação a 2007, totalizando 69,960 menor taxa de câmbio através de nossa política de hedge.

milhões de hectolitros vendidos.


Despesas maiores
Receita em alta
AmBev

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram

A nossa receita continuou em ascensão: registramos um crescimento R$3.493,3 milhões, apresentando um crescimento orgânico de

20 orgânico de 4,2% da receita por hectolitro, que chegou a R$151,3. 11,3% (sem depreciação), basicamente devido ao aumento da

Esse aumento foi conseqüência (i) do aumento de preços em 2008; nossa distribuição direta, aumento de despesas fixas em linha
Relatório Anual 2008

e (ii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição com a inflação e investimentos no mercado para suportar nossas

direta da AmBev. inovações durante o ano.

Contração do EBITDA

O EBITDA foi de R$5,079 bilhões com contração orgânica de 1,4%.


Inovações 2008 Para facilitar o consumo em casa, durante festas ou churrascos entre
amigos, desenvolvemos a Skol litrão, a primeira garrafa de um litro
O ano de 2008 foi rico em inovações. O profundo conhecimento retornável do país, além dos packs econômicos de 18 e 24 latas.
que temos sobre os consumidores e seus valores se refletiu nos
lançamentos, na renovação das marcas, nas novas mídias interativas Já consagrada por seu design inovador na garrafa, a Skol Beats também

e tecnologias que utilizamos. Fizemos campanhas ousadas e chegou na versão latinha, com um formato moderno e 269 ml.

aumentamos os pontos de diálogo com os consumidores. Comercializada em um fridgepack com oito unidades, uma embalagem
prática que o consumidor pode colocar direto na geladeira.
Novidades da Skol

A marca Skol é sinônimo de inovação desde sua chegada ao


mercado brasileiro. Em 2008, lançamos a Skol Redondinha, uma lata
de 269 ml com sensor termosensível, que gela mais rápido e avisa
quando a cerveja está pronta para beber. É comercializada também
em pack de 15 latas.

Bloco Skol no Carnaval de Salvador (BA), Brasil


Coleção comemorativa de Brahma Um ano WEB

Na Brahma, colocamos de volta ao mercado 11 rótulos históricos na Em 2008, aprofundamos nosso conhecimento sobre os
coleção comemorativa dos 120 anos da marca – Latas Centenárias. consumidores de cada uma de nossas marcas e nossa Comunicação
Ainda nas comemorações, apresentamos uma garrafa especial de com eles nunca foi tão direta. Além das mídias usuais, apostamos
fim de ano, “Brahma Celebration”, com formato similar ao de uma mais no uso da Internet.
garrafa de champagne, fechada até com rolha. Também lançamos o
A Skol foi uma das marcas que mais utilizou esse canal. Na sua
litrão e os packs econômicos de 18 e 24 latas.
9ª edição, o evento Skol Beats realizou o primeiro festival de música
Sucesso de vendas no Nordeste brasileiro, a Brahma Fresh, lançada co-criado pelo público. Pela Internet, os consumidores escolheram
em 2007, continuou sua trajetória ascendente em 2008. Cerveja as atrações, local e formato do evento. A marca também desafiou
pilsen refrescante, com sabor mais suave, tem conquistado seu a criatividade deles com a promoção “Sonho da geladeira de Skol
AmBev

espaço no mercado nas regiões de clima quente. própria”, que distribuiu 100 geladeiras de Skol para as respostas
mais criativas à pergunta: Onde você armaria o boteco com uma
22 Lançamentos Premium
geladeira da Skol? A promoção, que contou com a participação de
mais de 1,5 milhão de pessoas, foi idealizada seguindo o DNA da
Relatório Anual 2008

No segmento Premium, Stella Artois teve dois lançamentos


importantes – o da lata de 269 ml e a garrafa de um litro. A líder marca: diferenciada e inovadora.

Bohemia lançou a Bohemia Oaken, primeira cerveja brasileira


Já a Bohemia propôs uma experiência inovadora, a Bohemia Oaken
maturada em carvalho, inspirada no processo de produção de
só vendida pela Internet. Na visita ao website, o consumidor pode
vinho e uísque. O novo líquido chegou ao mercado em edição
conhecer, pela primeira vez no mundo, o funcionamento de uma
limitada e numerada.
fábrica de cervejas em animação 3D. Guiados por um mestre-
Expansão dos Negócios de Franquia cervejeiro, os visitantes da fábrica virtual podem conhecer todas as
etapas de produção da bebida.
Além de reforçar o relacionamento com os pontos de venda tradicionais,
expandimos os carrinhos de chopp e as franquias de quiosques. Com
isso, o consumidor pode agora encontrar seu produto predileto em
praias, shopping centers, aeroportos e rodoviárias.
Campanhas Já a Brahma iniciou uma nova fase de comunicação com a campanha
do Brahmeiro, que reforçou a ligação existente entre marca e
Com foco no consumo responsável, a Skol lançou consumidores. O Brahmeiro é o brasileiro batalhador, guerreiro, que
uma campanha institucional para incentivar os tem fé na vida e não desiste nunca. Nesta campanha, a Brahma deixou
consumidores a se revezarem na direção sem seu produto em menos evidência para falar do seu consumidor:
deixar de se divertir. A iniciativa da marca foi quem ele é e o que faz de maneira geral. Traduziu os valores desse
centrada no conceito Motorista da Rodada, consumidor, fortalecendo seus
com um comercial de TV em que o “amigo da laços com ele.
rodada” deixa de beber Skol para que seus
companheiros possam se divertir e
voltar em segurança para casa,
conduzidos por ele.

Marca Brahma Fresh conquista 1% de participação no mercado


RefrigeNanc
Boa resposta do mercado para iniciativas inovadoras, refletidas no aumento do
nosso market share

Mantivemos o ritmo de crescimento em 2008, com aumento no Aumento de despesas


volume de vendas de 2,8% em termos orgânicos, para 25,132
milhões de hectolitros. O resultado positivo se deu principalmente Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc

por dois motivos: o crescimento no mercado e nosso aumento de acumularam R$693,2 milhões, aumentando 2,4% organicamente.

participação nele, em razão das inovações no período. O principal elemento que gerou o crescimento de tais despesas
operacionais foi a inflação, que foi parcialmente compensada por
Impactos positivos na receita uma maior eficiência dos nossos programas comerciais.

Registramos um aumento orgânico de 5,8% da receita por hectolitro, Alta do EBITDA


que chegou a R$91,3. Esse aumento foi impactado positivamente
(i) pelo aumento de preços implementados ao longo de 2008; e (ii) O EBITDA registrou um crescimento orgânico de 27,9% em relação

por uma mudança favorável no mix de produto. a 2007, para R$999,6 milhões, com uma expansão de margem de
AmBev

EBITDA de 660 pontos base em termos orgânicos, e atingiu 43,5%


Custos em queda no ano.

24 O custo dos produtos vendidos por hectolitro caiu 5,1%, Inovar e renovar sempre
contabilizando R$37,9. Os impactos positivos resultaram de
Relatório Anual 2008

ganhos por meio de nossos contratos de hedge de açúcar e moeda, Em refrigerantes, Guarah, Pepsi Twist 3 e Sukita Uva foram os três

que compensaram e superaram o efeito da inflação nos custos das lançamentos do ano, e ainda colhemos os frutos de inovações de

commodities. 2007 com os novos sabores de H2OH! (tangerina e maçã), um


sucesso rapidamente incorporado aos hábitos dos consumidores.

Outro gol foram as novas embalagens do Guaraná Antarctica, como


o PET de 3,3 litros, sucesso imediato de mercado ao oferecer uma
nova opção de boa relação custo-benefício por litro.
Guarah, uma extensão de linha de Guaraná Antarctica foi recebida O Brasil foi o país escolhido para lançar a campanha global de
com empolgação pelos consumidores. Sukita Uva, apesar de não Lipton em 2008. A maior marca de chás do mundo aproveitou o
ser uma novidade do ponto de vista de mercado, apresentou uma verão para mostrar aos consumidores que chá faz bem à saúde. A
qualidade de líquido que surpreendeu o consumidor. Em um ano, campanha foi adaptada para o mercado brasileiro, apresentando o
já tem mais de 20% do mercado do segmento uva. Pepsi Twist 3 portfólio de produtos, com peças ilustradas com imagens de pessoas
é um novo refrigerante zero açúcar, com sabor mais próximo ao de bem com a vida, e o equilíbrio entre sabor e saudabilidade. Os
da versão regular e apenas 3 calorias do suco natural de limão anúncios foram veiculados nas principais revistas do País.
(a cada 200 ml).

Em bebidas não-carbonatadas, lançamos o sabor Chá Verde para


Lipton IceTea, aumentando o portfólio de produtos para consumidores
com estilo de vida mais leve e equilibrado. Já a linha Gatorade lançou
a edição comemorativa Gatorade Ouro, sabor Abacaxi-Tangerina,
dedicada aos atletas do cotidiano, além da embalagem TetraPak
200ml nos sabores morango-maracujá, laranja e uva.

Foco no consumidor

Assim como em Cerveja Brasil, as campanhas


de 2008 buscaram muito mais um ponto
de contato com o consumidor do que
somente mostrar produtos. Para
Guaraná Antarctica, investimos com
regularidade e consistência para
manter a comunicação jovem e
inovadora da marca. Todas as
ações estiveram interligadas, desde
a promoção Sonzera, passando
pelo GAS Festival e culminando
com a escolha da musa Cláudia
Leite como porta-voz midiático
da marca. O mesmo ocorreu com
Pepsi e as campanhas “Deserto
da Pepsi” ou “Por quê?”. Ambas
buscaram a identidade da marca
com seus consumidores.

Campanha de Guaraná Antarctica, intitulada É o que é, reforça a identidade da marca com os jovens
Quinsa
Inovações aumentam nossa participação no mercado

A região da Quinsa contribuiu com importantes resultados no Também a marca Brahma se renovou com o lançamento de Brahma
consolidado da Companhia. A força de nossas marcas ajudou na Beats, uma nova proposta desenvolvida especialmente para a noite.
ampliação do mercado e o segmento de cerveja da AmBev cresceu Iguana lançou uma nova garrafa de um litro descartável, oferecendo
mais do que a categoria de refrigenanc. As inovações nos produtos como diferencial da marca várias opções de tamanho.
Premium impulsionaram o aumento de participação na maioria dos
A marca Stella Artois segue curva ascendente de crescimento
mercados onde operamos, especialmente na Argentina.
desde o seu lançamento, há três anos, na Argentina, e tornou-se a
Em termos de volume, o crescimento foi de 11,5% para cerveja marca número um no mercado Premium.
e 8,7% para refrigenanc. O crescimento orgânico do EBITDA
No Chile, as inovações ficaram com o desenvolvimento de novos
consolidado da Quinsa foi de 32,8%, atingindo R$1,552 bilhão.
produtos nas linhas Brahma. Em setembro de 2008, lançamos
Lançamentos de sucesso a Brahma Extra, uma cerveja do tipo lager que chegou para
engrandecer ainda mais a família Brahma no país. A nova Brahma
AmBev

Tivemos um ano excepcional no lançamento de produtos em


foi lançada com uma campanha publicitária sob o conceito de que
linhas consolidadas. Quilmes, a marca líder na Argentina, ganhou
“Toda a pessoa tem algo Extra”, com diversas ações e atividades em
26 a variedade Quilmes Red Lager. Este lançamento foi feito no
pontos-de-venda e supermercados. Desde seu lançamento, Brahma
segmento Premium com o objetivo de continuar conquistando
Extra já vendeu mais de 65 mil hectolitros. Ainda no Chile, lançamos
Relatório Anual 2008

espaço do mercado de vinhos. Apresentamos ainda Quilmes


Brahma Bock, Becker Amber Lager e Stella Artois (Chopp).
Wide Mouth e New Quilmes Chopp, novidades que tiveram ótima
aceitação dos consumidores. A Brahma também inovou no Paraguai, com o latão de 473 ml,
Brahma Morena e Brahma Beats. Também apresentamos Baviera
Maestro e Pilsen Celebration. No Uruguai, lançamos Pilsen Amber
e Patrícia Dunkel. Na Bolívia, lançamos Paceña Ice, Paceña Porter,
Taquiña Ice, Taquiña Stout e Taquiña Amber Lager.

Em refrigenanc na Argentina e Uruguai, desenvolvemos a linha


H2OH! com sabores Laranja e Maçã.
Campanha de Quilmes, na Argentina, traz o slogan “O sabor do encontro”
Canadá
Bom desempenho das marcas põe fim à tendência negativa

2008 foi um ano vitorioso no Canadá. Apesar de um cenário A todo vapor


competitivo difícil, a Labatt conseguiu manter o EBITDA junto
com ganho de 15 pontos base em market share no ano. O aumento Lançamos diversos produtos, tanto para ampliar linhas consagradas,

orgânico do EBITDA foi de 0,1%, para R$1,453 bilhão. O crescimento quanto para aumentar o portfólio de marcas. No mercado Premium,

foi resultado de uma excelente execução de vendas e disciplina na lançamos Stella Artois Légère, que conquistou o consumidor por

nossa política de preços. representar uma inovadora opção de cerveja leve e refinada.
Sustentado por ações e campanhas de marketing sofisticadas, o
Nossas marcas fortes, Budweiser, Bud Light e Stella Artois, tiveram bem-sucedido lançamento ajudou a ampliar significativamente nossa
uma excelente performance no ano. Budweiser continuou a presença no segmento Premium internacional. Apresentamos ainda a
crescer em volume e preferência, mantendo sua posição de marca versão não-alcoólica da Labatt Blue, a Blue De-Alcoholized Pilsener.
número um no Canadá. O patrocínio da NFL Canadá, sigla para a
liga canadense de futebol americano, foi outra fonte geradora de Optamos também pelos lançamentos regionais, como os que
fizemos no Leste do Canadá, na região chamada de Atlântico Canadá,
AmBev

bons resultados. Bud Light também apresentou um crescimento


em volume e na preferência dentro do segmento light. Além disso, ao apresentarmos Keith’s Traditional Lager e Stag’s Head Stout.

o patrocínio da NHL, a liga americana de hóquei no gelo, contribuiu


28 Campanhas ousadas
para resultados positivos.
Relatório Anual 2008

Ousamos nas campanhas publicitárias multimídia. Em Budweiser,


Já a linha Lakeport, adquirida em 2007, continuou com aumento do
mudamos o foco para as regras não escritas que todos os homens
share, apesar da tendência contrária do segmento. Na linha Keith,
sabem e praticam na campanha intitulada Rules! Outra ação realizada
Keith’s Red cresceu bem em todo o país.
em 2008 foi o Bud Camp, programa nacional projetado para levar
a marca Budweiser para a vida pessoal dos jovens, consumidores
fundamentais, principalmente nas vendas de verão. O evento tem
apresentado excelentes resultados, como incremento de share
e aumento da preferência da marca Budweiser entre os jovens
adultos no país.
E na marca Kokanee, uma enquete virtual com 600 mil votantes
optou pelo fim do personagem principal das campanhas, um policial
– o Kokanee´s Ranger.

Evento da marca Alexander Keith’s, no Canadá


Hila-Ex
Um grande mercado potencial

O ano de 2008 foi difícil para a divisão Hila-Ex, com resultados Inovações em 2008
negativo de EBITDA, de R$ 124,1 milhões, apesar de obter um
aumento orgânico de 2,3% no volume de vendas para 6,424 Trabalhamos as marcas focadas nos consumidores locais. Lançamos

milhões de hectolitros. O desempenho da Venezuela é o principal cervejas e embalagens expressivas em todos os países, como: Zenda,

responsável por esse resultado negativo, devido aos problemas no Peru e no Equador; Brahma Extra Light e Zulia, na Venezuela,

operacionais que enfrentamos no país. Em outros países da região, Brahva Extra, na Guatemala e Brahma Ice, produzida na Guatemala

como Peru e Equador, tivemos um bom desempenho, revertemos a e exportada para a República Dominicana, onde também foi lançada

tendência e voltamos a ganhar participação no mercado. a embalagem com rótulo termosensível para Brahma Light.

Reforçamos o nosso compromisso com a região e continuamos


Ações de marketing
construindo nossos negócios. Nosso foco na divisão é cerveja,
Nossas principais marcas na República Dominicana, Brahma
onde os volumes e a nossa participação no mercado (com exceção
e Brahma Light, foram foco de campanhas de comunicação, que
AmBev

da Venezuela) estão crescendo. Estamos reduzindo custos fixos e


se traduziram em crescimento de participação de mercado em
consolidando nossas alavancas de crescimento, com construção de
2008 em relação a 2007. Trabalhamos com um tom otimista para
marcas, gerenciamento de receitas e estrita disciplina financeira.
30 Brahma, convidando todos os dominicanos a começarem o ano com
entusiasmo e esforço, e assim alcançar seus objetivos. Brahma Light
Relatório Anual 2008

continuou durante 2008 trabalhando com atributos de inovação e


modernidade, além de lançar a garrafa com rótulo termosensível.
Lançamos também a primeira cerveja Ice do mercado – Brahma Ice
– numa garrafa única e inovadora, alcançando imediato sucesso.
No Peru e no Equador, o lançamento da marca de cerveja Zenda Na Venezuela lançamos duas novas marcas, seguindo as tendências do
– com sabor mais intenso e encorpado – foi acompanhado de mercado. Primeiro inovamos com Brahma Extra Light, uma cerveja
investimento maciço em campanhas, baseadas na divulgação leve. Já o sucesso do lançamento da edição limitada da lata original
da excelência da AmBev e na qualidade de seus cervejeiros. da cerveja Zulia – que tem 84 anos, mas estava há 20 anos fora do
A ação fez com que a marca conseguisse em pouco tempo uma mercado – estimulou a volta da produção em série da marca.
participação de mercado de 2% em ambos os países.As campanhas
de publicidade da marca utilizaram celebridades, que foram muito
bem aceitas pelos consumidores. Já a Brahma, no Peru, colheu em
2008 os louros das campanhas de 2007, que foram inovadoras,
com humor e de alto nível.

Campanha publicitária de Brahma veiculada no Equador


Gente que Faz
a Diferença
Talento e criatividade aguçados
diante dos desafios
O desempenho dos 39,3 mil funcionários da AmBev em 2008
fez a diferença diante do cenário externo desfavorável do ano.
Nesse período, promovemos 40% da Gente AmBev que estava
prontamente preparada para assumir seus novos desafios. Nosso
índice de engagement chegou à excelente marca de 73,4%.

Em 2009 continuaremos a investir para atrair e reter as melhores


pessoas, desenvolver seus talentos e remunerá-las adequadamente.
A Gente AmBev é o nosso maior ativo de credibilidade e
confiança para o mercado. E a nossa Cultura é que nos dá energia,
comprometimento e alinhamento com os objetivos da empresa.

Cultura
33
Nossa cultura é o modo como a Gente AmBev faz as coisas
acontecerem. Ela nos diferencia e mostra quem somos. É a
combinação de nossas crenças, práticas e princípios gerenciais.
Orienta nossas ações e nosso comportamento ético, com os
mais elevados padrões de integridade e de compromisso com a
segurança de nossa Gente e com a qualidade de nossos produtos.

Valores

– Um sonho grande e desafiador motiva a todos. Queremos ser a


melhor e mais rentável cervejaria do mundo em um mundo melhor.

– Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidade


compatível com seu talento e recompensadas adequadamente, são
os ativos mais valiosos da nossa Companhia.

– Nossos líderes devem selecionar pessoas com potencial para


serem melhores que eles. Avaliaremos nossos líderes pela
qualidade das suas equipes.

– Nunca estamos completamente satisfeitos com os nossos


resultados. Tolerância zero ajuda a garantir uma vantagem
competitiva duradoura.
– Nosso foco em resultados nos leva a dedicar tempo e energia ao específicas; e o Programa Estágio deu oportunidade a mais de 300
que é essencial para o nosso negócio. Resultado é o combustível estudantes universitários, com até um ano e meio da formatura.
da nossa Companhia.
Como crescer na Companhia
– Somos uma Companhia de donos, que assumem resultados
Nosso modelo de negócio permite que o crescimento pessoal
pessoalmente.
aconteça dentro da própria função ou com vistas às outras posições

– Acreditamos que bom senso e simplicidade orientam melhor que e até mesmo outras áreas. Por meio de avaliações periódicas, os

sofisticação e complexidade. funcionários sabem o que se espera deles e o caminho a seguir.


Nossa política estimula o crescimento por mérito. A gestão
– Gerenciamos nossos custos rigorosamente a fim de liberar mais dos treinamentos, cursos internos e externos, é realizada pela
recursos para suportar nosso crescimento no mercado. Universidade AmBev, que em 2008 recebeu um investimento de
R$15,7 milhões.
– Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para nossa
Cultura. Fazemos o que falamos. Salários e participação nos resultados

– Não pegamos “atalhos”. Integridade, trabalho duro e consistência Nossa política de remuneração é conduzida pelo modelo de
são as chaves para construir nossa Companhia. meritocracia, que inclui o pagamento de salários fixos, cujos valores
AmBev

são baseados em pesquisas anuais de mercado, e remuneração


Para ingressar no nosso time
variável, que se dá em dois níveis. Os colaboradores operacionais

34 Mantemos três programas estratégicos de atração de talentos: participam do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e os demais,

Trainee, Talentos e Estágio. É por meio deles que identificamos, a partir do cargo de supervisores, são envolvidos em programa
Relatório Anual 2008

atraímos e desenvolvemos as melhores pessoas que, futuramente, de remuneração variável, em que o valor do bônus está vinculado

ocuparão posições de liderança. Durante o processo, a diretoria ao alcance de metas individuais e coletivas de cada operação.

executiva participa diretamente da seleção dos candidatos e do Contamos ainda com o Programa de Stock Options (opções de

treinamento dos grupos, avaliando as ações dos programas. Em ações), direcionado a níveis de alta gerência e diretorias.

2008, o Programa Trainee selecionou 19 jovens que iniciaram sua


Benefícios
formação em 2009; o Programa Talentos recrutou 51 candidatos
com alto potencial de desenvolvimento e sólida formação para áreas Nossa política de benefícios inclui planos médico e odontológico sob
medida e extensivo aos dependentes, plano optativo de previdência
privada, reembolso das despesas com a aquisição de material
escolar para os funcionários e filhos de funcionários estudantes,
cesta de Natal e brinquedos para os filhos dos funcionários.

Preparando para o futuro

A Universidade AmBev promoveu, em 2008, 70 programas e 229


cursos, envolvendo 25 mil funcionários da Companhia. Os cursos
são divididos em cinco eixos temáticos para compreender todas
as demandas de treinamento e capacitação: Prática de Liderar,
Excelência Operacional, Sistema de Gestão, Cultura AmBev e Qualidade de Vida
Orientação para o Mercado.
O programa Vida Legal, patrocinado pela Fundação Antonio e
No Eixo Excelência Operacional, desenvolveu mais um programa Helena Zerrenner (FAHZ), foi revisado em 2008, ganhando novos
de preparação de gerentes para posições de primeira linha, o programas preventivos de doenças para atingirmos, além dos
PCG (Programa de Capacitação Gerencial). Criado em 2007, foi funcionários, seus familiares. Um exemplo disso é que o boletim
ampliado em 2008 para a maioria dos cargos. No eixo Sistema de Mais Vida Legal passou a ser enviado diretamente à casa dos
Gestão, as novidades são os Programas White e Yellow Belt que são funcionários para que chegue também às famílias. Na revisão, novos
treinamentos na metodologia Seis Sigma para ampliar a capacidade programas foram inseridos como Saúde Bucal e Saúde Mulher.
analítica e o alcance de resultados. Os funcionários contam ainda
com reembolso de até 70% do custo mensal de cursos de graduação
e pós-graduação, sem teto definido, entre outros.

A Universidade AmBev promove o aprendizado organizacional, associado


à Cultura, aos Valores e à estratégia de negócios da Companhia
Fábrica de Jaguariúna (SP), Brasil
Um Mundo Melhor
As ações do presente determinam o
que queremos ser e onde queremos
estar no futuro
Nosso sonho é tornarmos a AmBev a melhor empresa de bebidas do
mundo em um mundo melhor. E temos um plano para chegar lá. Nossa
ambição é construir uma companhia sustentável em longo prazo, com um
legado que possa orgulhar a GenteAmBev,os stakeholders,os consumidores
e, sobretudo, a sociedade em torno da qual e para a qual realizamos as
nossas atividades. Somos responsáveis por proteger o nosso patrimônio de
150 anos, e garantir que continue crescendo hoje e no futuro.

Para nós, um mundo melhor está baseado em três pilares: gerar valores
econômicos para todos os nossos acionistas diretamente e para a
sociedade por meio do pagamento rigoroso de todos os impostos; gerar
valores sociais, por meio da capacitação e promoção da nossa Gente e
da promoção do Consumo Responsável de nossos produtos; e gerar
valor ambiental, por meio da melhoria do nosso desempenho em relação
ao meio ambiente, tanto nas atividades industriais como nas comerciais.
Todos eles estão ligados às nossas principais estratégias de negócios.

Gerar valores econômicos 37


Com operações em 14 países, a AmBev tem um impacto econômico de
longo alcance, por meio da geração de empregos, pagamento de salários
e impostos, além dos investimentos feitos nas comunidades em que
operamos. Essas contribuições são a base do que podemos fazer pela
sociedade. Somente uma empresa com gestão excelente e competitiva
pode garantir a geração permanente e crescente de valor econômico
para toda sua cadeia produtiva.

Gerar valores sociais


Capacitação e desenvolvimento da nossa Gente
Acreditamos no talento da nossa Gente e em sua capacidade de disseminar
a Cultura AmBev e de superar desafios. Contratamos, treinamos e
desenvolvemos excelentes profissionais, oferecendo oportunidades de
crescimento pessoal e profissional como reconhecimento ao empenho de
cada um. Acreditamos que pessoas treinadas e motivadas fazem a diferença
dentro e fora da Companhia. Nossa Gente leva excelência para todas as
atividades que exerce, influenciando, de maneira positiva, todos a sua volta.

Promover o Consumo Responsável


Como líderes na indústria de cerveja, reconhecemos nossas
responsabilidades com a conscientização do consumo de bebidas
alcoólicas. Somos pioneiros no Brasil e seguimos as premissas da
Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera a indústria como
parte da solução para o problema do consumo abusivo e define dois pilares
para sua atuação:
– conscientização sobre os riscos de beber e dirigir.
– cumprimento das leis que proíbem a venda de bebidas alcoólicas a
menores de idade.
Destaque: Gerar valor ambiental
Nossas marcas são os principais porta-vozes de Consumo A sustentabilidade do nosso negócio e do meio ambiente andam de
Responsável junto aos nossos consumidores. Seus esforços incluem mãos dadas. Na prática, isso significa ser tão eficiente quanto possível,
comunicação e ações de conscientização em eventos. Em 2008, a no uso de recursos naturais, especialmente a água, em reciclagem
Skol marca pioneira no assunto, colocou no ar o filme “Motorista de subprodutos e resíduos, e em compartilhar com a sociedade os
da Rodada”, levando a mensagem de responsabilidade de forma desafios das alterações climáticas, reduzindo nossas emissões de
divertida e eficiente. gases de efeito estufa. Em 2008, fizemos progressos significativos, não
só no cumprimento dos objetivos ambientais, como na incorporação
Durante o Carnaval 2008, promovemos iniciativas de Consumo dos processos ambientais dentro da empresa.
Responsável em todos os eventos patrocinados pelas nossas
marcas, alertando os foliões para os riscos de beber e dirigir. A Destaque:
Companhia também doou cerca de oito mil bafômetros para os
Nos últimos 6 anos (entre 2002 e 2008), reduzimos o índice de
estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Bahia e Ceará,
consumo de água em 23%, passando de 5,36 litros de água para
sendo seis mil para a Polícia Rodoviária Federal do DF, que distribuiu
cada litro de bebida produzido para 4,11. Os melhores resultados
para outros estados. Desde o início do programa de Consumo
foram obtidos nas unidades de Brasília com 3,18 Hl/Hl, e Curitiba,
Responsável, em 2001, 58 mil bafômetros foram doados para os
com 3,28 Hl/Hl. Essa redução no ano equivale a um volume de
órgãos governamentais.
815 milhões de litros de água, que seria suficiente para abastecer
No evento Skol Beats, que aconteceu em São Paulo e reuniu cerca uma população de 150 mil habitantes durante 1 mês. O impacto
de 16 mil pessoas, estimulamos o uso do transporte coletivo: o positivo em tratamento de água e efluentes obtido pela redução do
AmBev

público recebeu, junto com o ingresso, um bilhete de ida e volta índice de consumo nas fábricas foi de R$6,6 milhões.
para o metrô e pôde pegar ônibus grátis nas estações Tietê ou Barra
Além do controle das matérias-primas utilizadas na produção,
Funda. Um serviço de van a domicílio também foi disponibilizado,
38 buscamos constantemente reduzir a geração de resíduos sólidos
além de fácil acesso a táxis.
em nossos processos, assim como promover a recuperação, o
Relatório Anual 2008

Durante a Festa da Saideira do Boteco Bohemia, concurso de reuso, a reciclagem e a compostagem. A porcentagem de resíduos
petiscos promovido em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, industriais reciclados foi de 98,2% em 2008, que são comercializados
a Companhia disponibilizou vouchers, que davam direito a táxi para e não só aumentam a receita da Companhia como geram renda
que o público retornasse com segurança para casa. para outra cadeia produtiva. Em 2008, a receita proveniente da
venda de subprodutos foi de R$72,6 milhões.
Em 2008, também ampliamos a campanha Bar de Responsa, voltada
para promover a venda responsável das nossas cervejas, com a Com o objetivo de estimular o reaproveitamento de resíduos
divulgação no Distrito Federal. sólidos, mantemos o programa Reciclagem Solidária, em parceria
com a ONG Recicloteca – mantida pela AmBev – e com o
Na República Dominicana, desenvolvemos cartazes e folhetos Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). As 16
sobre o tema para distribuição aos donos de pontos-de-venda. cooperativas participantes coletaram, entre setembro de 2007 e
setembro de 2008, mais de 2,5 mil toneladas de materiais recicláveis,
Realizamos em 2008, o Gente do Bem na Venezuela.Toda a operação
como PET, alumínio, papelão, plástico e vidro.
local abriu suas portas para colaboradores e convidados. A ação,
que tratou do tema bebida x direção, incluiu blitz em universidades Hoje 29% da matriz de energia calorífica da AmBev são provenientes
e casas noturnas. No Peru, promovemos uma campanha de mídia da biomassa, utilizada em oito plantas. Nos últimos cinco anos,
externa sobre os riscos de beber e dirigir. aumentamos em dez vezes a utilização de fontes renováveis de
energia. Neste mesmo período, a Companhia reduziu em 27%
o índice de emissão de gases do efeito estufa, o equivalente ao
plantio de 1,1 milhão de árvores.
Prêmios e Reconhecimentos – Prêmio Época de Mudanças Climáticas.
Figuramos entre as 20 primeiras colocadas na primeira edição do
Em 2008 a AmBev foi reconhecida e premiada em diversas áreas
prêmio, realizado pela Revista Época entre as maiores empresas do
nas quais atua com excelência. Alguns destaques:
Brasil, destacando como elas enxergam as mudanças climáticas.
– Guia Você/SA Exame 2008 – As Melhores Empresas para
– 4º Prêmio Fiesp de Conservação e Reuso da Água.
Você Trabalhar.
2º lugar no prêmio concedido pela Federação das Indústrias do
Listada entre as 150, 1ª colocada na categoria Alimentos, Bebidas e
Estado de São Paulo, para reconhecer empresas que utilizam boas
Fumo e única empresa a ser reconhecida como a melhor em duas
práticas na promoção do uso eficiente de água, com medidas
das sete categorias do prêmio: Destaque em Liderança e Destaque
efetivas na redução do consumo e do desperdício de água.
em Desenvolvimento. Além disso, a revista apontou aspectos
positivos da Companhia como o Programa Vida Legal, o Ciclo de – Prêmio Ação pela Água 2008.
Gente e a Universidade AmBev. O ranking, divulgado e realizado 1º lugar na categoria Reuso da Água, pelos projetos de Uso
pela Revista Exame, destaca as 150 melhores empresas do país Sustentável da Água na unidade de Jaguariúna. Esta foi a 5ª edição
para se trabalhar. do prêmio, organizado pelo Comitê de Bacias dos Rios Capivari,
Piracicaba e Jundiaí, o primeiro instalado no Brasil.
– Revista Época/ GPTW – As Melhores Empresas para Trabalhar.
Conseguimos o 47º lugar no ranking realizado em parceria com – 5ª edição do Selo Ambiental/Municipalidade de Guarulhos.
instituições como o Fórum de Inovação da Fundação Getúlio Recebemos o Selo Ambiental na Categoria Empresa Amiga do Meio
Vargas (FGV-EAESP), FNQ - Fundação Nacional da Qualidade e Ambiente, da Municipalidade de Guarulhos, na 5ª edição do Selo
Great Place to Work. O ranking selecionou as empresas de maior Ambiental, com os projetos: Área de Soltura e Monitoramento de
destaque em gestão de pessoas em 2008. Animais Silvestres (ASM AmBev) - modelo de gestão compartilhada
entre a empresa e o Zoológico de Guarulhos - e Educação Ambiental
– As Empresas Mais Admiradas – Revista Carta Capital.
para Área de Soltura e Monitoramento de Animais Silvestres na
1º lugar na categoria Bebidas Alcoólicas em ranking divulgado 39
Empresa AmBev (ASM AmBev). O selo valoriza o trabalho dos
após pesquisa com os principais executivos das companhias
que defendem e preservam o meio ambiente, e conscientizam os
do segmento.
demais sobre os cuidados a serem tomados para a preservação da
– Prêmio DCI – As Empresas Mais Admiradas do Brasil. biodiversidade ainda existente na cidade de Guarulhos.
1º lugar na categoria de bebidas pela quinta vez consecutiva, no
– Prêmio do Ministério de Vivienda, Construcción y Saneamento/Peru.
prêmio promovido pelo jornal DCI – Diário Comércio Indústria &
Fomos reconhecidos por nossas boas práticas no uso da água e no
Serviços. Foram ouvidos empresários, executivos e economistas
tratamento de resíduos, na Unidade de Huachipa, no Peru.
que apontaram as empresas que mais admiram.
– Premio Regional a La Producción Más Limpia.
– Valor Carreira – As Melhores na Gestão de Pessoas.
1º lugar na categoria sistema de gestão ambiental, conferido
3º lugar, entre as empresas acima de 10 mil funcionários, no ranking
à fábrica Hato Nuevo, da República Dominicana, pela Comisión
publicado na Pesquisa Hewitt/Valor, na Revista Valor Carreira,
Centroamericana de Ambiente y Desarrollo. Recebemos ainda
distribuída a todos os assinantes do jornal Valor Econômico. A
menção especial na categoria Materiais.
iniciativa reconhece as melhores empresas na gestão de pessoas,
que se distinguem de outras organizações por implementarem e
executarem práticas que sustentam suas estratégias de negócios e
desenvolvem forte engajamento das equipes.

– 6º Programa Benchmark Ambiental.


23º lugar com o case Reciclagem Solidária, entre as 30 premiadas
no programa, realizado pela Mais Projetos, empresa especializada
em gestão e capacitação socioambiental, que premia cases de
excelência socioambiental. A Mais Projetos desenvolveu uma
metodologia exclusiva para identificar e compartilhar as melhores
práticas e os melhores modelos da gestão socioambiental e assim,
promover a melhoria contínua nas instituições brasileiras.

Cerimônia de entrega do
Prêmio Ação pela Água 2008
Adotamos os mais elevados padrões de
integridade na condução do nosso negócio
Governança
Corporativa
Buscamos a transparência nas
relações
Uma constante evolução caracteriza a conduta do negócio. Para
isso, contamos com o Conselho de Administração – integrado por
nove membros efetivos – que determina o direcionamento geral
estratégico da Companhia.

Os conselheiros são responsáveis pela nomeação dos diretores


executivos e por garantir que os valores, a ética e a cultura da
AmBev sejam praticados e disseminados entre a Gente AmBev.
Todos são acionistas da Companhia e nenhum exerce cargo
executivo, de forma a garantir maior independência e autonomia
entre os principais órgãos de governança. Os conselheiros são
eleitos nas assembleias gerais de acionistas para um mandato de
três anos, sendo permitida a reeleição.

O bloco controlador é formado por duas entidades que, juntas,


41
detêm 90,6% do capital votante e 71,1% do capital total da
Companhia: a Anheuser-Busch InBev e a FAHZ. O acordo de
acionistas, válido até 2019, confere à FAHZ direito de veto em
questões relacionadas a dividendos, investimentos, aquisições e
emissões de novas dívidas, entre outras.

Composição Acionária em 31 de dezembro de 2008


ON %Circ PN %Circ Total %Circ
AB InBev (*) 255.505.878 74,0% 123.662.962 46,0% 379.168.840 61,8%
FAHZ 57.347.878 16,6% 0 0,0% 57.347.878 9,3%
Mercado 32.549.118 9,4% 144.937.631 54,0% 177.486.749 28,9%
Em Circulação 345.402.874 100,0% 268.600.593 100,0% 614.003.467 100,0%
Tesouraria 105.273 827.593 932.866
TOTAL 345.508.147 269.428.186 614.936.333
Ações em
Negociação Bovespa 31.024.395 9,0% 100.567.420 37,4% 131.591.815 21,4%
Ações em
Negociação NYSE 1.524.723 0,4% 44.370.211 16,5% 45.894.934 7,5%

(*) Anheuser-Busch InBev

Conselho de Administração

O Conselho de Administração recebe o suporte do Comitê de


Operações e Finanças, com o objetivo de promover e manter uma
cultura ética, competitividade e alcance de objetivos de longo prazo.

O Comitê de Operações e Finanças tem por finalidade assistir o


Conselho de Administração em relação às seguintes matérias:

– apresentar ao Conselho de Administração propostas de


planejamento de médio e longo prazo;
– analisar, propor e monitorar os objetivos anuais de performance seus deveres legais e estatutários, além de analisar e dar parecer
da Companhia, bem como os orçamentos necessários para atingir sobre as demonstrações financeiras da Companhia. Sua isenção é
tais objetivos; garantida, uma vez que é composto por membros independentes.
Nenhum membro integra o Conselho de Administração ou a
– analisar e monitorar a posição da Companhia por meio de análises
Diretoria Executiva, sendo um deles representante dos acionistas
de seus resultados, desenvolvimento de mercado e permanente
minoritários.
benchmarking interno e externo;

– analisar, monitorar e propor a uniformização de boas práticas; Em decorrência de termos ações negociadas na Bolsa de Valores
de Nova Iorque, a Companhia está sujeita, até a extensão permitida
– analisar e monitorar a performance das marcas da Companhia e
pela legislação brasileira, à lei norte-americana Sarbanes-Oxley e
estratégias de inovação;
às exigências da Securities and Exchange Comission (“SEC”) e,
– analisar, monitorar e propor assuntos relacionados a Gente por esta razão, o Conselho exerce, cumulativamente, a função de
e Gestão, inclusive programas de recrutamento, remuneração Comitê de Auditoria.
variável e propagação da cultura da Companhia;
Código de Conduta
– analisar, monitorar e propor ao Conselho sugestões sobre
assuntos jurídicos, tributários e regulatórios relevantes; O Código de Conduta dos Negócios rege nossos funcionários
que se comprometem com ele por meio de assinatura de termo.
– analisar e monitorar o plano anual de investimento da Companhia; Violações ao documento podem ser relatadas ao Comitê de Ética,
AmBev

que é formado pelo diretor-geral para a América Latina, pelos


– analisar e monitorar oportunidades externas de crescimento;
diretores Financeiro, de Gente & Gestão, Jurídico e de Relações
42 – analisar e monitorar a estrutura de capital e fluxo de caixa da Corporativas, e pelo gerente de Comunicação Interna.
Companhia; e
Relatório Anual 2008

Para denúncias, com anonimato garantido, podem utilizar o


– analisar e monitorar o gerenciamento de risco financeiro da Canal de Ouvidoria que conta com e-mail, site e um telefone
Companhia, bem como o orçamento e política de tesouraria. 0800. A Ouvidoria passa as denúncias para uma auditoria interna,
independente, para investigação. Todas as denúncias encaminhadas
Diretoria Executiva são apuradas no máximo em oito semanas.

A Diretoria Executiva – integrada por 11 diretores, com mandato Manual de Divulgação


de três anos e possibilidade de reeleição – é responsável
por apresentar ao Conselho de Administração propostas de Nossa política de relacionamento com investidores e com
planejamento de médio e longo prazo e pela gestão dos negócios o mercado em geral foi sempre pautada pela transparência.
da Companhia. Os diretores são profissionais experientes, que Baseamos nossa conduta na ampla divulgação de informações
conhecem os mercados em que atuamos e estão na AmBev, em sobre a Companhia. E praticamos os mais elevados padrões de
média, há cerca de dez anos. atendimento às disposições legais e regulamentares aplicáveis às
companhias abertas com valores mobiliários negociados no Brasil
Conselho Fiscal e no exterior.

Os membros do Conselho Fiscal são eleitos pelos acionistas, em


Assembleia Geral, realizada uma vez ao ano – para mandato de
um ano, com reeleição permitida. Suas principais atribuições são
fiscalizar os atos dos administradores, verificar o cumprimento dos
Vale assinalar que o Conselho de Administração consolidou
as melhores práticas relativas à divulgação de informações ao
público investidor em um manual, que orienta a conduta de
administradores e colaboradores da Companhia e a negociação de
valores mobiliários de emissão da AmBev.

Funcionário da AmBev monitorando o medidor de vazão que afere o volume produzido


Bovespa e NYSE
Ações como investimento

Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores


de São Paulo (códigos AMBV3 e AMBV4) e na New
York Stock Exchange – NYSE, como American
Depositary Receipts (ADRs), com os códigos
ABV e ABVc. Até 31 de dezembro de 2008, AMBV x Bovespa
o free float foi de 28,9%, sendo 21,4% na Bovespa
e 7,5%, na NYSE.

Na Bovespa, as ações encerraram o ano de 2008


cotadas a R$101,34 (AMBV4) e R$84,79 (AMBV3),
respectivamente 21,2% e 32,2% abaixo de 2007.
Para fins de comparação, o índice da Bovespa, IBOV,
registrou uma queda de 41,2% no mesmo período.
AmBev

As ações preferenciais (PN) em negociação na


44 Bovespa movimentaram cerca de R$13,3 bilhões
e as ordinárias (ON) cerca de R$1,7 bilhão.
Relatório Anual 2008

Na NYSE, nossos ADRs desvalorizaram 37,6% ABV x Dow Jones


para as ações preferenciais (ABV) e 46,7% para as
ordinárias (ABVc) em 2008, e o volume negociado
atingiu US$13 bilhões e US$204,3 milhões
respectivamente, no mesmo período.

Remuneração dos acionistas

No ano calendário de 2008, foram distribuídos


aproximadamente R$2,9 bilhões em dividendos,
incluindo juros sobre capital próprio. O montante
representa cerca de 95% do lucro líquido
reportado no exercício (R$3,059 bilhões). Além
disso, devolvemos aos acionistas R$630,3 milhões
em recompra de ações, totalizando um pay-out de
R$3,5 bilhões.
Um Time de Líderes
1 2 3 4
Em 2008
1. Victório Carlos De Marchi – Co-presidente do Conselho de Administração
2. Carlos Alves de Brito – Co-presidente do Conselho de Administração
3. Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond – Diretor Geral para América Latina
5 6 7 8 4. João Maurício Giffoni Castro Neves – Presidente da Quinsa
5. Bernardo Paiva – Diretor Geral para América do Norte
6. Ricardo Tadeu Almeida Cabral de Soares – Diretor de Vendas
7. Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa – Diretor de Marketing
8. Graham David Staley – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
9 10 11 12
9. Milton Seligman – Diretor de Relações Corporativas
10. Michel Dimitros Doukeris – Diretor de Refrigerantes
11. Nicolás Ernesto Bamberg – Diretor Industrial
12. Pedro de Abreu Mariani – Diretor Jurídico
13 14 15 16 13. Olivier Lambrecht – Diretor de Gente & Gestão
14. Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira – Diretor para Hila
15. Rodrigo Figueiredo – Diretor de Logística e Suprimentos
16. Renato Nahas – Diretor de TI e Serviços Compartilhados

45

Em 2009
1. João Maurício Giffoni de Castro Neves – Diretor Geral da AmBev Conselho de Administração Conselho Fiscal
2. Bernardo Paiva – Presidente da Quinsa
3. Marcio Fróes Torres – Presidente da Labatt Co-presidentes e Conselheiros Membros do Conselho
4. Ricardo Tadeu de Almeida Cabral Soares – Diretor de Vendas Victório Carlos de Marchi Celso Clemente Giacometti
5. Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa – Diretor de Marketing Álvaro Antônio Cardoso de Souza
Carlos Alves de Brito
6. Nelson José Jamel – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Aloísio Macário Ferreira de Souza
7. Milton Seligman – Diretor de Relações Corporativas Membros do Conselho
8. Michel Dimitros Doukeris – Diretor de Refrigerantes Marcel Herrmann Telles Conselheiros Suplentes
9. Nicolas Ernesto Bamberg – Diretor Industrial José Heitor Attilio Gracioso Ary Waddington
10. Pedro Abreu Mariani – Diretor Jurídico Emmanuel Sotelino Schifferle
Roberto Herbster Gusmão
11. Olivier Lambrecht – Diretor de Gente & Gestão
Luis Felipe Pedreira Dutra Leite Adair Tieppo
12. Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira – Diretor para Hila
Vicente Falconi Campos
13. Rodrigo Figueiredo de Souza – Diretor de Logística
14. Renato Nahas – Diretor de TI e Serviços Compartilhados Roberto Moses Thompson Motta
Luiz Fernando Ziegler de
Saint Edmond

3
4 2
11 8
10 6 5 13 12 14
7 1 9
Demonstrações Financeiras

Relatório da Administração | 47
Parecer dos Auditores Independentes | 58
Parecer do Conselho Fiscal | 59
Balanços Patrimoniais | 60
Demonstrações de Resultados | 62
Demonstrações das Mutações
do Patrimônio Líquido
| 63
Demonstração do Valor Adicionado | 64
Demonstrações de Fluxo de Caixa | 65
Notas Explicativas | 66
Informações aos Investidores | 97

DF.indd Sec2:46 24/4/2009 06:03:00


Relatório da Administração
Mensagem aos Acionistas
O ano de 2008 foi um ano cheio de desafios, mas ao mesmo tempo de grandes resultados atingidos. Enquanto nossa principal
operação Cerveja Brasil teve resultados abaixo do esperado, tivemos excelente desempenho em Quinsa e RefrigeNanc Brasil, enquanto
o Canadá teve um dos seus melhores anos do ponto de vista de preço, participação de mercado e economias de custos fixos.
O EBITDA Consolidado cresceu 4,6% em 2008 atingindo R$9.006,8 milhões. O crescimento de volume consolidado de 3,0%
ficou abaixo do que esperávamos. Apesar da nossa receita por hectolitro ter crescido 4,8% em 2008, ela ficou abaixo da
inflação do período e dos custos por hectolitro de produção que cresceram 8,2% e resultaram em uma contração de margem
EBITDA de 120 pontos base em 2008.
No Brasil, o clima frio e chuvoso, o carnaval mais cedo do que o usual e pressões da inflação de alimentos na renda do
consumidor, acabaram impactando negativamente nosso negócio de Cerveja, resultando em um crescimento de volume de
apenas 0,2% no exercício e uma redução de EBITDA de 1,4% em 2008, com contração de margem de 260 pontos base. Ao
mesmo tempo, nosso negócio de RefrigeNanc conseguiu entregar um crescimento de 2,8% nos volumes graças à
performance das nossas inovações, que resultaram em ganhos de participação de mercado, com boa performance em preço e,
principalmente, nos custos. Como resultado, o EBITDA de RefrigeNanc Brasil cresceu 27,9% no período, atingindo 43,5% no
exercício, o que representa uma expansão de margem de 660 pontos base.
João Castro Neves, Diretor Geral para América Latina, comenta: “Tivemos um ano difícil em 2008, com nossos concorrentes
sendo muito agressivos em preço. A crise econômica mundial trará desafios grandes para todos no ano que se inicia, mas
estou confiante que a qualidade da nossa gente e das nossas marcas fará a diferença em 2009. Trabalharemos duro para
retomar nosso crescimento com rentabilidade”.
Apesar do ambiente desafiador nos países em que opera, Quinsa teve um ano de excelentes resultados, tanto em cerveja como
em RefrigeNanc. O bom desempenho da indústria, aliado a ganhos de participação de mercado, eficiente gerenciamento da
receita e economias significativas em custos fixos, resultou em um crescimento de dois dígitos em volumes (+10,4%), um
crescimento de EBITDA de 32,8% com expansão de margem EBITDA de 110 pontos base. “A qualidade das nossas marcas, da
nossa gente e a ótima execução das nossas inovações em 2008, foram essenciais para suportar o forte crescimento das vendas, 47
das nossas marcas premium e os ganhos de participação de mercado em toda a região” diz Bernardo Paiva, CEO de Quinsa.
O EBITDA da América do Norte ficou estável no período, apesar de fortíssima pressão nos custos de produção. O bom
gerenciamento da receita alinhado a um excelente ano de redução de custos fixos e ganhos com eficiência suportou a
manutenção do EBITDA e os ganhos de participação de mercado. “Tivemos um ano de desafios, mas graças à nossa estratégia
de concentrar recursos nas marcas foco, conseguimos entregar ganho de participação de mercado sem perda de EBITDA pela
primeira vez em 11 anos”, diz Márcio Froes, Presidente da Labatt.
Continuamos comprometidos em encontrar a melhor forma de devolver aos nossos acionistas nosso excesso de caixa. Em
2008, nós distribuímos R$2.931,2 milhões em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio, e R$630,3 milhões por meio
de recompra de ações.
“O ano de 2008 ficou abaixo das nossas expectativas. Estou confiante na força das nossas marcas e a qualidade da nossa
Gente para focarmos no crescimento, do jeito que nossa Companhia está acostumada. Nossa cultura de dono, que não foge
da luta, é disciplinado e trabalha em equipe, é nosso diferencial em momentos de crise”, completa João Castro Neves, Diretor
Geral para a América Latina.
Visão Geral da Companhia de Bebidas das Américas – AmBev
Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado latino
americano. As operações da Companhia consistem na produção e comercialização de cervejas, refrigerantes, outras bebidas
não-carbonatadas e malte, dividindo-se em três unidades de negócio:
• Operações Brasil, representadas pelas vendas de (i) cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas não-carbonatadas
(“RefrigeNanc”); e (iii) malte e sub-produtos;
• América Latina Hispânica (HILA), dividida em duas operações: (i) Quinsa, composta por operações na Argentina,
Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e (ii) HILA excluindo Quinsa (denominada HILA-Ex), composta pelas operações da
Companhia em El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Venezuela; e
• América do Norte, representada pelas operações da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”), incluindo vendas
domésticas de cerveja no Canadá e exportações para os Estados Unidos (“EUA”).
As principais marcas da AmBev incluem Skol (a quarta cerveja mais consumida no mundo), Brahma, Antarctica, Bohemia,
Original, Quilmes, Labatt Blue, Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a segunda maior engarrafadora da
PepsiCo fora dos EUA. Através de um acordo de "franchising", a Companhia produz, vende e distribui os produtos Pepsi no
Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Pepsi, H2OH!, Lipton Ice Tea e o isotônico Gatorade.

DF.indd Sec1:47 24/4/2009 06:03:24


O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em moeda nacional e estrangeira detém a classificação de grau de
investimento segundo a Standard and Poor’s e a Fitch Ratings.

Conjuntura Econômica
O ano de 2008 foi um ano repleto de desafios no Brasil, principal mercado consumidor da AmBev. A renda disponível dos
consumidores foi pressionada pela inflação de alimentos, que apresentou um crescimento duas vezes acima da inflação geral.
Adicionalmente, o Brasil teve um ano atípico em relação ao clima, com mais chuvas e temperaturas médias mais baixas em
relação a 2007. Estes fatores contribuíram para o baixo crescimento orgânico de volumes em Cerveja Brasil (+0,2%) e
RefrigeNanc (+2,8%).
No Canadá, conseguimos crescer volume em 0,8% no ano, como conseqüência principalmente de ganhos de participação de
mercado.
A Argentina, terceiro maior mercado da AmBev, teve mais um ano com forte crescimento apesar de um cenário
macroeconômico mais instável. O volume da Quinsa, cuja principal operação é na Argentina, cresceu organicamente 11,5%
para cerveja e 8,7% para RefrigeNanc em 2008.

Investimentos
No ano de 2008 a AmBev investiu R$2.055,4 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro e o
início da construção de uma nova maltaria e uma nova fábrica em Minas Gerais que devem ser inauguradas em 2009.

Investimentos em Controladas
Em fevereiro de 2008, a AmBev aumentou, através de oferta pública voluntária, sua participação acionária em Quilmes
Industrial Societé Anonyme (“Quinsa”) para 99,56% do capital votante e 99,26% do capital total. O valor pago na oferta
pública foi de R$617,6 milhões.
48 Em maio de 2008, a AmBev fechou a venda das marcas e ativos de distribuição da Cintra para a Schincariol Participações e
Representações S.A., pelo montante de R$16,6 milhões e R$22,4 milhões, respectivamente.

Meio Ambiente
A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e minimizando
o impacto sobre a natureza de modo a preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que busca uma maior
competitividade na produção de bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos para minimizar o impacto
ambiental. Para tanto, estabelece indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente monitorados. Somos referência no
uso racional de água. Destacaram-se em 2008 as unidades de Curitiba (PR), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Camaçari (BA), que
utilizaram, para a produção de um litro de cerveja, 3,18, 3,28, 3,44 e 3,45 litros de água, respectivamente. Na produção de
refrigerante destacaram-se as unidades de Jundiaí (SP) e Contagem (MG) que utilizaram para a produção de 1 litro de bebida
1,65 e 1,75 litros de água respectivamente. A redução do índice de consumo de água obtida no último ano representa uma
economia de água suficiente para abastecer, por um mês, uma população de 150 mil habitantes.
Devido a projetos de desenvolvimento de fontes alternativas de energia, 34% da matriz energética da AmBev para geração de
energia calorífica é composta de combustíveis provenientes de fontes renováveis. O projeto CDM (Clean Development
Mechanism) da fábrica de Viamão, aprovado pela ONU - UNFCC (United Nations Framework Climate Change), foi o primeiro
projeto da indústria de bebidas no Brasil a receber esta certificação. Outros 2 projetos CDM desenvolvidos em unidades da
Companhia já estão aprovados pelo governo brasileiro.
Dentre as iniciativas direcionadas à eficiência energética no ciclo produtivo a Companhia realizou em 2008 o "Energy Saving
Day", campanha realizada em todas as fábricas com controles direcionados para identificar e eliminar situações de perda de
energia. O resultado foi economia de R$3,0 milhões no ano e redução de emissões de CO2 equivalente a 6.000 ton CO2.
Patrocinamos um dos maiores centros de Reciclagem da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos resíduos
industriais na forma de subprodutos, o que gerou, em 2008, uma receita de R$72,6 milhões nas nossas operações no Brasil e
em HILA-Ex. Continuamos desenvolvendo alternativas de agregar valor aos nossos resíduos, como estratégia de conciliar
beneficios ambientais (com a redução de resíduos descartados) e econômicos (com a venda de subprodutos). Em 2008 dentro
deste processo, passamos a utilizar em algumas unidades fabris o lodo gerado como resíduo nas ETEIs (Estações de
Tratamento de Efluentes Industriais) como biomassa, para geração de energia calorífica.

Recursos Humanos
A AmBev chegou ao final de 2008 com aproximadamente 39,3 mil funcionários: 24,6 mil no Brasil; 3,2 mil no Canadá;
7,6 mil nas unidades da Quinsa e 3,9 mil na HILA-Ex.

DF.indd Sec1:48 24/4/2009 06:03:24


A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Em 2008, a Universidade AmBev (UA)
realizou treinamentos específicos (técnicos, comportamentais, idiomas etc.) para mais de 20.000 funcionários e distribuidores,
totalizando mais de 71.000 horas de treinamento. No Brasil, os funcionários contam com os investimentos da Fundação
Antonio e Helena Zerrenner (FAHZ) em mais de 1.200 bolsas de estudo de graduação, pós-graduação e nível técnico.
A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde e tratamento de
doenças crônicas, prestando ainda outros benefícios a seus funcionários e dependentes, com destaque aos planos de
assistência médica, hospitalar e odontológica.

Dividendos e Ações
O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual da
Companhia, conforme estabelecido nas normas contábeis da legislação societária brasileira, incluindo as quantias pagas a
título de juros sobre o capital próprio. No ano calendário de 2008, foram distribuídos R$2.931,2 milhões em dividendos,
incluindo juros sobre capital próprio. O montante representa 95,8% do lucro líquido reportado no exercício.
Adicionalmente, a AmBev devolveu aos acionistas R$630,3 milhões em Recompra de Ações, totalizando um pay-out de
R$3.561,5 milhões no exercício.
Em 2008, foram negociados aproximadamente R$13,3 bilhões em ações preferenciais (PN), R$1,8 bilhões em ações ordinárias
(ON). Em um ano que as bolsas de valores acumularam prejuízos, com Bovespa caindo 34,8%, as ações fecharam o ano de
2008 cotadas a R$101,34 (AMBV4) e R$84,79 (AMBV3), 21,2% e 32,2% abaixo de 2007, respectivamente.

Destaques Financeiros 2008


As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada
e em milhões de Reais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; as comparações referem-se ao ano de 2007.
Nosso relatório segrega o impacto do resultado orgânico das mudanças de escopo e diferenças de câmbio. As mudanças de
escopo representam o impacto de aquisições ou vendas de ativos, assim como o início ou término de atividades. 49
• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$9.006,8 milhões em 2008, crescendo 4,6% organicamente.

• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2008, segundo a ACNielsen, foi de 67,5% (2007:
67,8%). O volume de Cerveja Brasil cresceu 0,2%, em termos orgânicos, e a receita por hectolitro atingiu R$151,3.

• Nossa operação de RefrigeNanc entregou um EBITDA de R$999,6 milhões com margem de 43,5% o que representa
um crescimento orgânico de 27,9% no EBITDA e de 660 pontos base na margem.

• As operações na Quinsa registraram EBITDA de R$1.552,5 milhões, um crescimento de 32,8% e uma expansão de
110 pontos base no exercício, refletindo o crescimento tanto do mercado de cerveja quanto de refrigerantes.

• HILA-Ex entregou um EBITDA negativo de R$124,1 milhões, o que representou uma perda orgânica de R$108,2
milhões no período ante os R$20,1 milhões negativos em 2007.

• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.453,5 milhões em 2008, um crescimento de 0,1% orgânico no ano.

(%) (%)
Destaques Financeiros - Consolidado 12M07 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 142.916,1 146.962,8 2,8% 3,0%
Cerveja 102.990,3 105.016,4 2,0% 2,1%
RefrigeNanc 39.925,9 41.946,4 5,1% 5,1%
Receita líquida 19.648,2 20.899,5 6,4% 7,9%
Lucro Bruto 13.107,4 13.735,6 4,8% 6,2%
Margem bruta 66,7% 65,7% -100 bps -50 bps
EBITDA 8.696,5 9.006,8 3,6% 4,6%
Margem EBITDA 44,3% 43,1% -120 bps -120 bps
Lucro líquido 2.816,4 3.059,5 8,6% –
No. de ações em circulação (milhões) 615,6 614,0 -0,3% –
LPA (R$/ação) 4,58 4,98 8,9% –
LPA excl. mudanças contábeis 4,58 5,55 21,3% –
LPA excl. amortização de ágios e mudanças contábeis (R$/ação) 7,41 8,81 18,8% –
Nota: O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).

DF.indd Sec1:49 24/4/2009 06:03:25


Destaques Financeiros por Segmento de Negócios
A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados
referem-se aos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007.
AmBev Brasil Consolidado - R$ milhões
Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 94.607,6 (323,5) – 809,8 95.093,9 0,5% 0,9%
Receita Líquida 12.454,5 (23,9) – 660,2 13.090,8 5,1% 5,3%
CPV (3.902,5) (0,1) – (245,6) (4.148,2) 6,3% 6,3%
Lucro Bruto 8.552,0 (24,1) – 414,6 8.942,6 4,6% 4,9%
Margem Bruta 68,7% – – – 68,3% -40 bps -20 bps
SG&A Total (3.458,5) (397,7) – (332,4) (4.188,6) 21,1% 9,7%
EBIT 5.093,6 (421,8) – 82,2 4.754,0 -6,7% 1,6%
Margem EBIT 40,9% – – – 36,3% -460 bps -120 bps
EBITDA 6.014,2 (14,6) – 125,2 6.124,8 1,8% 2,1%
Margem EBITDA 48,3% – – – 46,8% -150 bps -120 bps

Quinsa Consolidado - R$ milhões


Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 30.524,2 – – 3.173,6 33.697,8 10,4% 10,4%
Receita Líquida 2.686,8 – (47,4) 794,1 3.433,5 27,8% 29,6%
CPV (1.083,1) 0,0 42,0 (315,9) (1.356,9) 25,3% 29,2%
Lucro Bruto 1.603,8 0,0 (5,5) 478,2 2.076,6 29,5% 29,8%
Margem Bruta 59,7% – – – 60,5% 80 bps 10 bps
SG&A Total (645,8) (86,7) 29,2 (121,0) (824,3) 27,6% 18,7%
EBIT 958,0 (86,7) 24,4 356,5 1.252,2 30,7% 37,2%
50 Margem EBIT 35,7% – – – 36,5% 80 bps 210 bps
EBITDA 1.155,1 0,0 19,1 378,3 1.552,5 34,4% 32,8%
Margem EBITDA 43,0% – – – 45,2% 220 bps 110 bps

Hila-ex Consolidado - R$ milhões


Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 6.277,8 – – 146,3 6.424,1 2,3% 2,3%
Receita Líquida 680,6 – (27,7) (30,3) 622,6 -8,5% -4,5%
CPV (395,2) – 17,6 (51,2) (428,8) 8,5% 13,0%
Lucro Bruto 285,4 – (10,2) (81,5) 193,7 -32,1% -28,6%
Margem Bruta 41,9% – – – 31,1% ns ns
SG&A Total (402,8) – 24,5 (18,7) (397,0) -1,4% 4,6%
EBIT (117,4) – 14,3 (100,2) (203,3) ns ns
Margem EBIT -17,2% – – – -32,7% ns ns
EBITDA (20,1) – 4,2 (108,2) (124,1) ns ns
Margem EBITDA -3,0% – – – -19,9% ns ns

América do Norte - R$ milhões


Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 11.506,6 150,4 – 90,0 11.747,0 2,1% 0,8%
Receita líquida 3.826,2 42,7 (247,8) 131,5 3.752,6 -1,9% 3,4%
CPV (1.160,1) (17,0) 78,5 (131,2) (1.229,9) 6,0% 11,3%
Lucro Bruto 2.666,1 25,7 (169,3) 0,3 2.522,8 -5,4% 0,0%
Margem Bruta 69,7% – – – 67,2% -250 bps -230 bps
SG&A Total (1.327,9) (1.260,8) (4,3) (6,5) (2.599,5) 95,8% 0,5%
EBIT 1.338,3 (1.235,1) (173,6) (6,2) (76,7) -105,7% -0,5%
Margem EBIT 35,0% – – – -2,0% -3700 bps -130 bps
EBITDA 1.547,3 3,0 (98,8) 2,0 1.453,5 -6,1% 0,1%
Margem EBITDA 40,4% – – – 38,7% -170 bps -130 bps

DF.indd Sec1:50 24/4/2009 06:03:26


Operações Brasil
AmBev Brasil – Cerveja - R$ milhões
Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 70.124,5 (295,3) – 131,7 69.960,9 -0,2% 0,2%
Receita Líquida 10.158,1 (23,0) – 450,4 10.585,5 4,2% 4,5%
CPV (2.809,8) 0,4 – (224,2) (3.033,6) 8,0% 8,1%
Lucro Bruto 7.348,3 (22,6) – 226,1 7.551,8 2,8% 3,1%
Margem Bruta 72,3% – – – 71,3% -100 bps -80 bps
SG&A Total (2.881,6) (291,6) – (320,1) (3.493,3) 21,2% 11,3%
EBIT 4.466,7 (314,2) – (94,0) 4.058,5 -9,1% -2,1%
Margem EBIT 44,0% – – – 38,3% -560 bps -240 bps
EBITDA 5.166,0 (13,2) – (73,5) 5.079,3 -1,7% -1,4%
Margem EBITDA 50,9% – – – 48,0% -290 bps -260 bps

AmBev Brasil – RefrigeNanc - R$ milhões


Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 24.483,1 (28,2) – 678,1 25.132,9 2,7% 2,8%
Receita Líquida 2.110,9 (0,9) – 185,2 2.295,2 8,7% 8,8%
CPV (976,5) (0,5) – 24,5 (952,5) -2,5% -2,5%
Lucro Bruto 1.134,4 (1,5) – 209,7 1.342,7 18,4% 18,5%
Margem Bruta 53,7% – – – 58,5% 480 bps 480 bps
SG&A Total (573,2) (106,1) – (13,9) (693,2) 20,9% 2,4%
EBIT 561,2 (107,5) – 195,9 649,6 15,7% 34,8%
Margem EBIT 26,6% – – – 28,3% 170 bps 650 bps
EBITDA 782,6 (1,4) – 218,3 999,6 27,7% 27,9%
Margem EBITDA 37,1% – – – 43,5% 650 bps 660 bps

Malte e outros subprodutos - R$ milhões 51


Conversão (%) (%)
12M07 Escopo de Moeda Orgânico 12M08 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) – – – – – – –
Receita Líquida 185,5 – – 24,6 210,1 13,3% 13,3%
CPV (116,2) – – (45,9) (162,1) 39,5% 39,5%
Lucro Bruto 69,3 – – (21,2) 48,0 -30,7% -30,7%
Margem Bruta 37,3% – – – 22,8% ns ns
SG&A Total (3,6) – – 1,6 (2,1) -43,1% -43,1%
EBIT 65,6 – – (19,7) 45,9 -30,0% -30,0%
Margem EBIT 35,4% – – – 21,9% ns ns
EBITDA 65,6 – – (19,7) 45,9 -30,0% -30,0%
Margem EBITDA 35,4% – – – 21,9% ns ns

Análise do Desempenho Financeiro em 2008


Receita Líquida
A receita líquida aumentou organicamente 7,9% em 2008, atingindo R$20.899,5 milhões.
Operações Brasil
A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios da AmBev, representada por nossas operações de cerveja,
refrigerantes e bebidas não carbonatadas, cresceu 5,3%, chegando a R$13.090,8 milhões. O desempenho de cada operação
no Brasil é apresentado a seguir.
Cerveja
A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil em 2008 subiu 4,5%, acumulando R$10.585,5 milhões. Os
principais elementos que contribuíram para esse crescimento foram:
• Crescimento orgânico de 0,2% no volume de vendas, refletindo uma desaceleração da indústria em relação aos
anos anteriores devido ao clima desfavorável e ao impacto negativo da inflação de alimentos sobre a renda do
consumidor.
• Crescimento orgânico de 4,2% da receita por hectolitro, que chegou a R$151,3. Esse aumento foi conseqüência (i) do
aumento de preços em 2008; e (ii) da expansão das vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.

DF.indd Sec1:51 24/4/2009 06:03:26


RefrigeNanc
A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc em 2008 cresceu 8,8%, atingindo R$2.295,2 milhões. Os principais
elementos que contribuíram para esse crescimento foram:
• Crescimento orgânico de 2,8% no volume de vendas, refletindo (i) aumento na participação da AmBev no mercado
de refrigerantes (2008: 17,8%; 2007: 17,2%), suportado principalmente por nossas inovações no período; e (ii) o
crescimento desse mercado.
• Aumento orgânico de 5,8% da receita por hectolitro, que chegou a R$91,3. Esse aumento foi impactado
positivamente (i) pelo reposicionamento de preços implementados ao longo de 2008; e (ii) por uma mudança
favorável no mix de produto.
Malte e Sub-produtos
A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou um ganho de receita de 13,3% acumulando R$210,1 milhões em 2008.
Quinsa
As operações na Quinsa contribuíram R$3.433,5 milhões para a receita consolidada da Companhia, representando um
crescimento orgânico de 29,6%. Os principais elementos que contribuíram para o aumento da receita foram:
• Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de 11,5% e 8,7% respectivamente; o volume consolidado
cresceu 10,4%.
• Um crescimento orgânico de 17,4% em receita por hectolitro, alcançando R$101,9.
HILA-Ex
As operações da AmBev no norte da América Latina, América Central e Caribe (HILA- Ex) apresentaram uma redução da
receita líquida em 2008 de 4,5%, acumulando R$622,6 milhões. O principal elemento que contribuiu para a redução da
52 receita foi uma queda de 6,6% da receita por hectolitro.
América do Norte
As operações Labatt na América do Norte contribuíram com R$3.752,6 milhões para a receita consolidada da AmBev, um
crescimento orgânico de 3,4% em relação ao ano anterior. Esse resultado é explicado por:
• Aumento do volume de vendas da Labatt no mercado canadense de 1,1%, parcialmente compensado por uma
queda de 1,0% nas exportações para os EUA.
• Crescimento orgânico na receita por hectolitro das vendas domésticas e exportação de 2,3% e 4,3%,
respectivamente.

Custo dos Produtos Vendidos


O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2008 cresceu 11,4%, acumulando R$7.163,8 milhões.
Brasil
O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios Brasil acumulou R$4.148,2 milhões, crescendo 6,3% organicamente.
Cerveja
O custo dos produtos vendidos da operação de venda de cerveja no Brasil cresceu 8,1% organicamente, chegando a
R$3.033,6 milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro apresentou um crescimento orgânico de 7,8%, somando
R$43,4. Os principais fatores que contribuíram para este aumento foram (i) maiores preços das commodities, como, por
exemplo, cevada, milho e alumínio; (ii) impacto da inflação nos salários, e (iii) menor absorção de custos fixos, o que foi
parcialmente compensado por (iv) ganhos com uma menor taxa de câmbio através de nossa política de hedge.
RefrigeNanc
O custo dos produtos vendidos da operação de RefrigeNanc no Brasil apresentou queda de 2,5%, chegando a R$952,5 milhões. O
custo dos produtos vendidos por hectolitro caiu 5,1%, contabilizando R$37,9, impactado positivamente por ganhos através de
nossos contratos de hedge de açúcar e moeda que mais do que compensaram o efeito da inflação nos custos com mão-de-obra.
Malte e Sub-produtos
O custos dos produtos vendidos de malte e sub-produtos no Brasil apresentou um crescimento orgânico de 39,5%,
acumulando R$162,1 milhões em 2008.

DF.indd Sec1:52 24/4/2009 06:03:27


Quinsa
A Quinsa acumulou custos dos produtos vendidos de R$1.356,9 milhões em 2008, representando um crescimento de 29,2%.
Os principais efeitos que explicam esse aumento são:
• Aumento orgânico de 10,4% no volume vendido, sendo 11,5% em cerveja e 8,7% em RefrigeNanc.
• Aumento orgânico de 17,0% no CPV por hectolitro, sendo 17,8% em cerveja e 16,3% em RefrigeNanc. As
principais razões para esse aumento foram (i) maiores preços nas commodities, (ii) inflação geral e maiores gastos
com salários, principalmente na Argentina.
HILA-ex
O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev no norte da América Latina subiu 13,0% organicamente, chegando a
R$428,8 milhões. O principal efeito que explica esse crescimento é o aumento do preço das commodities em 2008 e o
crescimento de 2,3% do volume vendido.
América do Norte
O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2008 contabilizou R$1.229,9 milhões, um crescimento orgânico de
11,3%. Este aumento decorre principalmente do elevado preços das commodities em 2008 no Canadá, parcialmente
compensado por fortes economias de custos fixos e ganhos com eficiência.

Lucro Bruto
A AmBev alcançou em 2008 um lucro bruto de R$13.735,6 milhões, representando um crescimento orgânico de 6,2% no período.

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas


As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da AmBev totalizaram R$8.009,4 milhões em 2008, crescendo 8,3%
organicamente. A análise da evolução dessas despesas em cada unidade de negócios é exposta a seguir.
53
Brasil
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no Brasil somaram R$4.188,6 milhões em 2008, aumentando 9,7%
organicamente.
Cerveja
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram R$3.493,3 milhões, apresentando um crescimento orgânico de
11,3%. Os principais elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram:
• O crescimento da estrutura de distribuição direta da AmBev.
• O crescimento de despesas fixas em linha com a inflação.
• Investimentos no mercado para suportar nossas inovações durante o ano.
RefrigeNanc
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para RefrigeNanc acumularam R$693,2 milhões, aumentando 2,4%
organicamente. Os principais elementos que geraram o crescimento de tais despesas operacionais foram inflação, que foi
parcialmente compensada por uma maior eficiência dos nossos programas comerciais.
Malte e Sub-produtos
A venda de malte e sub-produtos gerou despesas de Vendas, Gerais e Administrativas de R$2,1 milhões em 2008, uma
redução de 43,1%.
Quinsa
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas na Quinsa acumularam R$824,3 milhões, crescendo 18,7% organicamente.
Esse aumento é explicado em sua maior parte por maiores gastos com transporte e salários decorrente de inflação, além de
maiores despesas com marketing para suportar inovações, parcialmente compensados por fortes economias em custos fixos.
HILA-ex
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das operações da AmBev no norte da América Latina somaram
R$397,0 milhões, um aumento de 4,6%, resultado principalmente de pressões inflacionárias, principalmente na Venezuela,
parcialmente compensados por ganhos em custos fixos.

DF.indd Sec1:53 24/4/2009 06:03:28


América do Norte
As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt somaram R$2.599,5 milhões, praticamente estáveis em relação a
2007, resultado do enorme foco dado à redução dos custos fixos como forma de reduzir as pressões das commodities no
resultado do ano.
Resultado Operacional antes das Receitas e Despesas Financeiras, Provisões e Contingências, e Outras
Receitas e Despesas Operacionais
Em 2008 a AmBev registrou um crescimento orgânico de EBIT1 de 4,6% para R$5.726,2 milhões. A margem de EBIT sobre a
receita líquida atingiu 27,4%, uma retração de 490 pontos base em relação a 2007.
O EBITDA2 da Companhia alcançou R$9.006,8 milhões, um aumento de 4,6%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida foi
de 43,1%, uma contração de 120 pontos base em relação a 2007.
Contingências Tributárias, Trabalhistas e Outras
Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram uma despesa líquida de R$128,6 milhões, comparado com uma
despesa líquida de R$34,9 milhões em 2007, devido a provisões trabalhistas e fiscais reconhecidas no período.
Outras Receitas e Despesas Operacionais
O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em 2008 representou um ganho de R$173,4 milhões comparado a
uma perda de R$1.442,8 milhões registrada em 2007.
O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.
• Receita de R$1.252,7 milhões decorrente da reclassificação da despesa de amortização de ágio de 2008 para
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas. Essa reclassificação decorreu da adoção de práticas contábeis
conforme estabelecidas pela CVM que estão detalhadas em nossas demonstrações financeiras abaixo.
• Despesa de R$266,2 milhões derivado da reversão do resultado de variação cambial em controladas no exterior
54 reconhecido entre janeiro e setembro de 2008, que passou a ser reconhecido diretamente no patrimônio líquido,
conforme determinação das novas práticas contábeis estabelecidas pela CVM.
• Despesa de R$133,1 milhões relativa a perdas com participações minoritárias em subsidiárias que tem o
patrimônio líquido negativo.
Resultado Financeiro
O resultado financeiro da Companhia em 2008 foi negativo em R$1.092,2 milhões, comparado a uma perda em 2007 de
R$1.253,0 milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da Companhia:
Detalhamento do Resultado Financeiro - R$ milhões 2008 2007
Receita Financeira
Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 105,6 95,3
Variação cambial sobre ativos financeiros 79,6 (52,3)
Ganhos líquidos sobre instrumentos derivativos 330,7 –
Resultado sobre Plano de Ações 5,8 7,7
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 67,4 48,0
Ajuste a valor de mercado de instrumentos de dívida 134,1 –
Outras 37,2 23,1
Total 760,4 121,8
Despesa Financeira
Encargos financeiros sobre dívidas em reais 713,9 340,9
Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira 426,0 624,7
Variação cambial sobre financiamentos 535,0 (475,6)
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos – 653,4
Impostos sobre transações financeiras 68,5 121,2
Encargos financeiros sobre contingências e outros 28,7 64,1
Outras 80,6 46,2
Total 1.852,6 1.374,8
Resultado Financeiro, Líquido (1.092,2) (1.253,0)

1
Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas e despesas financeiras, provisões e
contingências, e outras receitas e despesas operacionais.
2
Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT somado às despesas com depreciação e
amortização.

DF.indd Sec1:54 24/4/2009 06:03:28


Essa redução decorre principalmente do ajuste líquido a valor de mercado sobre instrumentos de dívida e os respectivos
instrumentos de hedge, totalizando R$52,4 milhões e que foi registrado no quarto trimestre de 2008 em decorrência da adoção
das novas práticas contábeis conforme determinado pela CVM. Adicionalmente, impostos sobre operações financeiras reduziram-
se significativamente com a extinção da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira no início de 2008.

O endividamento total da Companhia aumentou R$1.173,2 milhões em comparação a 2007, enquanto seu montante de caixa
e equivalentes aumentou R$816 milhões, demonstrando a forte geração de caixa da Companhia no exercício.

Conseqüentemente, houve um aumento de R$357,3 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão
entre sua dívida líquida e o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 0,85x.

A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:

Detalhamento da Dívida 2008 Curto 2008 Longo 2007 Curto 2007 Longo
R$ milhões Prazo Prazo 2008 Total Prazo Prazo 2007 Total
Moeda Local 3.192,2 2.982,9 6.175,1 378,5 4.411,0 4.789,5
Moeda Estrangeira 768,5 4.081,7 4.850,2 2.097,8 2.964,9 5.062,7
Dívida Consolidada 3.960,7 7.064,6 11.025,4 2.476,3 7.375,9 9.852,2
Caixa e Equivalentes – – 3.298,9 – – 2.308,2
Aplicações Financeiras – – 0,1 – – 174,8
Dívida Líquida – – 7.726,4 – – 7.369,1

Imposto de Renda e Contribuição Social


O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em 2008 foi uma despesa de R$1.519,0 milhões, em linha com
a alíquota nominal de 34%. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota nominal é apresentada no quadro a
seguir:
Imposto de Renda - R$milhões 2008 2007
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.695,6 4.545,7 55
Participações estatutárias e contribuições (109,9) (89,1)
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social
e das participações estatutárias e contribuições 4.585,7 4.456,6
Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social
a alíquotas nominais (34%) (1.559,1) (1.515,2)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:
Juros sobre capital próprio 337,4 368,6
Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação (30,3) 25,3
Perdas/Ganhos patrimoniais em controladas (1,8) 1,6
Amortização de ágio - parcela não dedutível (477,7) (485,7)
Variação cambial sobre investimentos no exterior (1,3) (81,0)
Incentivos fiscais de IR e ICMS não tributáveis 198,1 76,5
Adições e exclusões permanentes e outros 15,7 17,1
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.519,0) (1.592,8)
Alíquota efetiva de IR e contribuição social 33,1% 35,7%
Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil
Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil 350,8 350,8
Despesa de imposto de renda e da contribuição social
sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal (1.168,3) (1.242,1)
Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal 27,6% 30,3%

Participações de Empregados e Administradores


A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de
R$109,9 milhões em 2008. Este valor faz parte da política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de
20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao cumprimento de metas de desempenho.
O crescimento em 2008 decorre da contabilização pela primeira vez da despesa com o plano de ações, totalizando
R$47,5 milhões, conforme estabelecido pelas novas práticas contábeis adotadas no período para atender a CVM.
Em 2007 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$89,1 milhões.

Participações Minoritárias
As despesas com participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2008 R$7,2 milhões comparado a
uma despesa de R$47,3 milhões em 2007. Essa redução ocorre principalmente em função da compra dos minoritários de
Quinsa em 2008.

DF.indd Sec1:55 24/4/2009 06:03:29


Lucro Líquido
O lucro líquido alcançado pela AmBev em 2008 foi de R$3.059,5 milhões, um aumento de 8,6% comparado ao de 2007. O
lucro por ação foi de R$4,98, representando um crescimento de 8,9%. Excluindo o impacto das novas práticas contábeis e da
amortização de ágio, esse número sobe para R$8,81, com um crescimento de 18,8%.

Novos Pronunciamentos Contábeis - Adoção da Lei nº 11.638/07 e Normas da CVM


A Companhia optou por elaborar balanço patrimonial de transição em 1º de janeiro de 2008 que é o ponto de partida da contabilidade
de acordo com a legislação societária modificada pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória nº 449/08. As modificações
introduzidas pela referida legislação caracterizam-se como mudança de prática contábil. Entretanto, conforme facultado pelo
Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07, aprovado pela Deliberação CVM nº 565 de 17 de dezembro de
2008 e pela Medida Provisória nº 449/08, todos os ajustes com impacto no resultado foram efetuados contra lucros acumulados na
data de transição nos termos do art. 186 da Lei nº 6.404/76, sem efeitos retrospectivos sobre as demonstrações financeiras.

Para maiores detalhes, vide a Nota 2.1 das nossas demonstrações financeiras - Práticas contábeis.

Segue conciliação do resultado de 2008 considerando os efeitos da adoção inicial da Lei nº 11.638/07, com resultado que
seria obtido caso as mudanças de práticas contábeis relativas à referida legislação não tivessem sido adotadas.

Referência 12M 08
Lucro Líquido antes dos ajustes de prática contábil (Lei 11.638/07) 3.407,9
Valor de recuperação de ativos CPC 01 (2,0)
Ajuste de variação cambial na conversão das demonstrações financeiras CPC 02 (530,9)
Baixa do ativo diferido adquirido durante o exercício CPC 04 (6,5)
Recebimento de doações e subvenções - ICMS CPC 07 139,7
Recebimento de doações e subvenções – IR CPC 07 3,2
Custo de transação na emissão de títulos e valores mobiliários CPC 08 15,6
Despesas com pagamento baseados em ações CPC 10 (47,5)
56 Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo pela aplicação da contabilidade hedge CPC 14 52,4
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias 27,6
Total dos Ajustes (348,4)
Lucro Líquido com ajustes da Lei 11.638/07 3.059,5

Reconciliação Lucro Líquido ao EBITDA


O EBITDA e o EBIT são medidas utilizadas pela Administração da Companhia para demonstrar o desempenho da Companhia.

O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social;
(ii) Provisão para Participação de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas
(despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi) Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas
(despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O EBIT é o EBITDA subtraído
das depreciações e amortizações.

O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis
geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Eles não representam o fluxo de caixa para os períodos
apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do
desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa definição
de EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.
Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA 2008 2007
Lucro Líquido 3.059,5 2.816,4
Provisão IR e Contribuição Social 1.519,0 1.592,8
Provisão Part. de Empreg. e Administ. 109,9 89,1
Participações Minoritárias 7,2 47,3
Lucro Antes de Impostos 4.695,6 4.545,7
Resultado Financeiro Líquido 1.092,2 1.253,0
Equivalência Patrimonial (16,9) (3,9)
Outras Despesas Operacionais, líquidas (173,4) 1.442,8
Provisões, Líquidas 128,6 34,9
EBIT 5.726,2 7.272,5
Depreciações e Amortizações 3.280,6 1.424,0
EBITDA 9.006,8 8.696,5

DF.indd Sec1:56 24/4/2009 06:03:30


Relacionamento com Auditores Independentes
A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria
externa se substancia nos princípios que preservam a independência do auditor.

Estes princípios compreendem:

(a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;

(b) o auditor não deve exercer funções gerenciais; e

(c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

Adotamos política e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços
prestados por auditores independentes contratados pela AmBev e por suas subsidiárias devem ser aprovados pelo nosso
Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de 2002,
em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação
de cada auditor independente, de acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo nosso
Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado “pré-aprovado”. Trimestralmente, o
Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso dos
serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não
apresentados nessa Lista Básica requerem uma opinião anterior favorável de Conselho Fiscal e a aprovação do Conselho de
Administração. Nossa política contém também uma lista de serviços que não podem ser prestados por nossos auditores
externos. Essa política é revista anualmente pelo Conselho de Administração, por sugestão do Conselho Fiscal.

“As informações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev aqui apresentadas estão de acordo com os
critérios da legislação societária brasileira, a partir de informações financeiras auditadas. As informações não financeiras,
assim como outras informações operacionais, não foram objeto de auditoria por parte dos auditores independentes".
57

DF.indd Sec1:57 24/4/2009 06:03:30


Parecer dos Auditores Independentes
Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
São Paulo - SP

1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e o balanço
patrimonial consolidado dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2008, e as respectivas
demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado,
correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa
responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu:
a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e
de controles internos da Companhia e suas controladas; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos
registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e a posição patrimonial
e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2008, o resultado de suas
operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações
referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Anteriormente, auditamos as demonstrações financeiras da Companhia e as demonstrações financeiras consolidadas da


Companhia e suas controladas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, compreendendo o balanço
patrimonial, as demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos
58 desse exercício, além das informações suplementares compreendendo as demonstrações do fluxo de caixa, sobre as quais
emitimos parecer sem ressalva, datado de 22 de fevereiro de 2008. Conforme mencionado na nota explicativa 2, as práticas
contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1º de janeiro de 2008. As demonstrações financeiras referentes ao
exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações financeiras de 2008,
foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como
permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08, não
estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.

03 de março de 2009

KPMG Auditores Independentes


CRC 2SP014428/O-6

Pedro Augusto de Melo Guilherme Nunes


Contador CRC 1SP113939/O-8 Contador CRC 1SP195631/O-1

DF.indd Sec1:58 24/4/2009 06:03:31


Parecer do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições
dispostas no Estatuto Social da Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do art. 163 da Lei nº 6.404/76,
examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas pela KPMG Auditores Independentes; e (ii) o relato sobre o desempenho da
Companhia realizado pelo Gerente de Relações com Investidores, na presença do Diretor Financeiro e de Relações com
Investidores. Com base nos documentos examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo
assinados, opinaram pela aprovação em Assembleia Geral do Relatório Anual da Administração e das Demonstrações
Financeiras referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2008.

São Paulo, 3 de março de 2009.

Álvaro Antônio Cardoso de Souza Celso Clemente Giacometti

Aloisio Macário Ferreira de Souza Emanuel Sotelino Schifferle


(Suplente)

Ary Waddington Ernesto Rubens Gelbcke


(Suplente) (Suplente)

59

DF.indd Sec1:59 24/4/2009 06:03:32


Companhia de Bebida s das Améric as - Ambev
B a l a n ç o s P a t ri m o n i a i s L e v a n t a d o s e m 3 1 d e D e z e m b r o d e 2 0 0 8 e d e 2 0 0 7
(Expressos em milhões de reais)

Controladora Consolidado
Ativo 2008 2007 2008 2007
Circulante
Caixa e equivalentes 827,8 920,8 3.298,9 2.308,2
Títulos e valores mobiliários – – 0,1 174,8
Contas a receber de clientes 746,8 952,8 1.629,0 1.623,1
Estoques
Produtos acabados 160,7 158,1 457,0 362,6
Produtos em elaboração 60,6 56,4 116,1 87,2
Matérias-primas 296,4 214,1 896,8 660,8
Materiais de produção 128,5 110,6 350,5 236,6
Almoxarifado e outros 73,4 66,8 175,5 138,3
Provisão para perdas (0,6) (1,1) (13,0) (27,7)
719,0 604,9 1.982,9 1.457,8
Impostos a recuperar (nota 3-a) 356,1 514,1 725,4 739,3
Ganho não realizado sobre derivativos 356,5 – 612,5 –
Dividendos e/ou Juros sobre Capital Próprio 8,0 106,4 – –
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 806,4 535,9 945,4 649,7
Despesas antecipadas 296,9 273,8 376,4 331,6
Resultado diferido de instrumentos financeiros – 96,4 – 126,4
Outros 87,6 96,1 276,4 469,5
Total do Ativo Circulante 4.205,1 4.101,2 9.847,0 7.880,4
Não Circulante
Realizável A Longo Prazo
60 Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4) 303,9 940,3 – 0,7
Depósitos compulsórios e judiciais 322,8 281,7 423,9 405,6
Venda financiada de ações 26,9 41,3 27,1 41,6
Aplicações financeiras – – 317,4 240,6
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 2.060,1 2.335,3 2.681,4 3.036,8
Imóveis, Maqs. e Equip. destinados à venda (nota 6-a) 64,2 68,2 68,3 103,0
Despesas antecipadas 87,3 121,6 96,0 123,3
Superávit de ativos - Instituto AmBev 19,9 18,5 19,9 18,5
Impostos a recuperar (nota 3-a) 297,0 184,6 340,4 207,3
Resultado diferido de instrumentos financeiros – – – 145,2
Ganho não realizado sobre derivativos – – 326,6 –
Outros 17,4 4,3 49,9 24,8
Total Realizável a Longo Prazo 3.199,5 3.995,8 4.350,9 4.347,4
Permanente
Investimentos
Participação em sociedades controladas diretas e coligadas,
incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 5-a) 20.009,4 17.336,1 (1,4) 15.002,5
Outros investimentos 15,7 15,9 20,7 40,4
20.025,1 17.352,0 19,3 15.042,9
Imobilizado (nota 6) 2.623,9 2.606,9 6.882,8 5.593,3
Intangível (nota 6) 2.730,5 328,5 16.170,1 388,2
Diferido (nota 7) – 2.177,1 – 2.223,6
Total do Ativo Permanente 25.379,5 22.464,5 23.072,2 23.248,0
Total do Ativo Não Circulante 28.579,0 26.460,3 27.423,1 27.595,4
Total do Ativo 32.784,1 30.561,5 37.270,1 35.475,8

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DF.indd Sec1:60 24/4/2009 06:03:32


Companhia de Bebida s das Améric as - Ambev
B a l a n ç o s P a t ri m o n i a i s L e v a n t a d o s e m 3 1 d e D e z e m b r o d e 2 0 0 8 e d e 2 0 0 7
(Expressos em milhões de reais)

Controladora Consolidado
Passivo e Patrimônio Líquido 2008 2007 2008 2007
Circulante
Fornecedores 1.026,8 1.083,6 2.850,2 2.129,1
Financiamentos (nota 8) 2.337,6 1.201,2 3.074,2 2.420,8
Debêntures (nota 8) 886,5 55,5 886,5 55,5
Salários, participações e encargos sociais a pagar 88,4 199,3 324,1 402,4
Dividendos a pagar 283,1 33,6 299,7 36,4
Imposto de renda e contribuição social a pagar 0,1 303,9 332,8 720,9
Demais tributos e contribuições a recolher (nota 3-b) 762,3 751,4 1.557,7 1.261,0
Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4) 3.085,9 1.212,5 5,9 8,5
Perda sobre derivativos não realizados – 546,7 522,2 709,3
Contas a pagar de marketing 230,7 170,2 240,4 181,2
Provisão para reestruturação – – 11,5 25,4
Provisões para Contingência 57,9 73,1 62,8 106,0
Outros 131,3 153,9 511,3 535,6
Total do Passivo Circulante 8.890,6 5.784,9 10.679,3 8.592,1
Não Circulante
Passivo Exigível a Longo Prazo
Financiamentos (nota 8) 2.798,0 2.633,5 5.817,4 5.310,8
Debêntures (nota 8) 1.247,3 2.065,1 1.247,3 2.065,1
Diferimento de impostos sobre vendas (nota 8-c) 381,0 450,2 583,0 617,4
Passivos associados a questionamentos fiscais e
provisão para contingências (nota 9) 358,2 313,5 732,5 702,4
Contas a pagar partes relacionadas (nota 4) 1.144,2 1.375,6 – – 61
Provisão de benefícios de assistência médica e outros (nota 10) 108,2 97,4 167,9 224,2
Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 155,7 18,6 398,0 131,5
Passivo a descoberto de empresas controladas 247,2 244,0 – –
Resultado líquido diferido das operações de swap de dívida – – – –
Outros 175,6 0,5 230,3 68,6
Total do Exigível a Longo Prazo 6.615,4 7.198,4 9.176,4 9.120,0
Resultado de Exercícios Futuros – 158,3 – 156,5
Total do Passivo não Circulante 6.615,4 7.356,7 9.176,4 9.276,5
Participação dos acionistas minoritários – – 136,3 187,3
Patrimônio Líquido
Capital social realizado (nota 11-a) 6.602,0 6.105,2 6.602,0 6.105,2
Reserva de capital 7.962,4 9.952,6 7.962,4 9.952,6
Reservas de lucro
Legal 208,8 208,8 208,8 208,8
Reserva estatutária 1.904,5 2.312,2 1.904,5 2.312,2
Ajuste Avaliação Patrimonial 709,7 – 709,7 –
Ações em tesouraria (nota 11-g) (109,3) (1.158,9) (109,3) (1.158,9)
17.278,1 17.419,9 17.278,1 17.419,9
Total do Passivo e Patrimônio Líquido 32.784,1 30.561,5 37.270,1 35.475,8

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DF.indd Sec1:61 24/4/2009 06:03:33


Companhia de Bebidas das Américas - Ambev
Demonstrações dos Resultados para os Exercícios
Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007
(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)

Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Receita Bruta
Vendas de produtos 25.308,4 25.433,9 39.704,6 37.016,2
Deduções de Vendas
Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (14.094,3) (13.722,9) (18.805,2) (17.368,0)
Receita Líquida 11.214,1 11.711,0 20.899,4 19.648,2
Custo dos produtos vendidos (4.386,3) (4.213,7) (7.163,8) (6.546,0)
Lucro Bruto 6.827,8 7.497,3 13.735,6 13.102,2
(Despesas) Receitas Operacionais
Com vendas (2.043,3) (1.985,7) (4.414,2) (4.109,0)
Administrativas (515,3) (438,8) (801,5) (787,9)
Contingências tributárias, trabalhistas e outras (110,5) 3,2 (128,6) (25,1)
Honorários da diretoria e do conselho de administração (17,1) (13,5) (17,1) (13,5)
Depreciação e amortização (953,3) (727,2) (2.776,7) (948,8)
Receitas financeiras (nota 13-d) 618,0 281,3 760,4 121,8
Despesas financeiras (nota 13-d) (2.632,3) (1.058,1) (1.852,6) (1.374,8)
Equivalência patrimonial (nota 5-a) 2.116,9 (139,2) 16,9 3,9
Outras operacionais, líquidas (nota 16) 213,5 42,9 173,4 (1.442,8)
(3.323,4) (4.035,1) (9.040,0) (8.576,2)
Lucro Operacional 3.504,4 3.462,2 4.695,6 4.526,0
62 Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição
Social Sobre o Lucro Líquido (Nota 14) 3.504,4 3.462,2 4.695,6 4.526,0
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre
o lucro líquido (391,9) (94,7) (1.458,6) (963,6)
Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (15,7) (520,2) (60,4) (629,3)
Lucro Antes das Participações Estatutárias e Contribuições 3.096,8 2.847,3 3.176,6 2.933,1
Participações estatutárias e contribuições aos empregados
e administradores (37,3) (30,9) (109,9) (69,4)
Lucro Antes da Participação dos Acionistas Minoritários 3.059,5 2.816,4 3.066,7 2.863,7
Participação dos acionistas minoritários – – (7,2) (47,3)
Lucro Líquido do Exercício 3.059,5 2.816,4 3.059,5 2.816,4
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício
(em milhares) 614,9 624,4
Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício, exlcuídas
ações em tesouraria (em milhares) 614,0 615,6
Lucro líquido por ação do capital social total no fim do exercício,
em reais – R$ 4,97 4,51
Lucro líquido por ação do capital social no fim do exercício, excluídas as ações
em tesouraria, em reais – R$ 4,98 4,59
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DF.indd Sec1:62 24/4/2009 06:03:33


Companhia de Bebidas das Américas - Ambev
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido da Controladora
Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007
(Expressas em milhões de reais)

Capital social Reservas de lucro Ajustes de


subscrito e Reservas Ações em Lucros Avaliação
integralizado de Capital Estatutária Legal tesouraria acumulados Patrimonial Total
Em 31 de Dezembro de 2006 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) – – 19.268,1
Aumento do capital social 128,3 – – – – – – 128,3
Aumento de capital por
captalização de reservas 260,8 (260,8) – – – – – –
Adiantamento para futuro aumento de
capital relacionado com o plano – 0,0 – – – – – 0,0
Recompra de ações – – – – (3.082,6) – – (3.082,6)
Ágio na subscrição de ações plano – (8,1) – – – – – (8,1)
Cancelamento de ações em tesouraria – (2.760,4) – – 2.760,4 – – –
Transferência de reservas para plano acionistas – (38,2) – – 104,0 – – 65,8
Subvenção para investimentos e
incentivos fiscais – 149,5 – – – – – 149,5
Lucro líquido do exercício – – – – – 2.816,4 – 2.816,4
Apropriação e destinação do
lucro líquido do exercício:
Reserva estatutária – – 898,9 – – (898,9) – –
Antecipação de dividendos na forma de JCP – – – – – (1.084,0) – (1.084,0)
Dividendos antecipados – – – – – (841,8) – (841,8)
Dividendos e JCP prescritos – – – – – 8,3 – 8,3
Em 31 de Dezembro de 2007 6.105,2 9.952,6 2.312,2 208,8 (1.158,9) – – 17.419,9 63
Ajustes de Exercícios Anteriores:
Plano do opções – 53,6 – – – (53,6) – (0,0)
Hedge - ajuste valor de mercado – – – – – (305,5) – (305,5)
Hedge - ajuste curva X mercado – – – – – 5,7 – 5,7
Baixa do ativo diferido – – – – – (62,2) – (62,2)
IR/CS dif.mudança prat.-Lei 11638/07 – – – – – 123,1 – 123,1
Saldo Ajustado 6.105,2 10.006,2 2.312,2 208,8 (1.158,9) (292,5) – 17.181,0
Aumento do capital social 55,7 – – – – – – 55,7
Aumento de capital por
captalização de reservas 441,1 (441,1) – – – – – –
Constituição/Realização Reservas Capital – – – – – – – –
Recompra de ações – – – – (630,3) – – (630,3)
Ágio na subscrição de ações plano – (12,0) – – – – – (12,0)
Cancelamento de ações em tesouraria – (1.638,2) – – 1.638,2 – – –
Transferência de reservas para plano acionistas – – – – – – – –
Subvenção para investimentos e
incentivos fiscais – – – – – – – –
Instrumentos patrimoniais-Plano opções – 47,5 – – – – – 47,5
Venda ações tesouraria-Plano de ações – – – – 41,7 – – 41,7
Lucro líquido do exercício – – – – – 3.059,5 – 3.059,5
Ajustes de Avaliação Patrimonial:
Ajustes de Títulos e Valores Mobiliários – – – – – – 418,4 418,4
Ajustes Acumulados de Conversão – – – – – – 530,9 530,9
Ajustes de Combinação de Negócios – – – – – – – –
Reflexo Lei 11638/07-Ajustes Investidas – – – – – – (100,1) (100,1)
IR/CS diferido Hedge - Lei 11638/07 – – – – – – (139,4) (139,4)
Apropriação e destinação do
lucro líquido do exercício:
Reserva estatutária – – (407,7) – – 407,7 – –
Antecipação de dividendos na forma de JCP – – – – – (992,5) – (992,5)
Dividendos antecipados – – – – – (2.195,1) – (2.195,1)
Dividendos e JCP prescritos – – – – – 12,9 – 12,9
Em 31 de Dezembro de 2008 6.602,0 7.962,5 1.904,5 208,8 (109,3) (0,0) 709,7 17.278,2

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DF.indd Sec1:63 24/4/2009 06:03:34


Companhia de Bebidas das Américas - Ambev
Demonstrações do Valor Adicionado
Para os Exercícios Findos Em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007
(Expressas em milhões de reais)

Controladora Consolidado
Descrição da Conta 2008 2007 2008 2007
Receitas 19.570,1 20.241,2 30.760,5 28.675,1
Vendas Mercadorias, Produtos e Serviços 19.591,6 20.249,6 30.753,5 28.653,5
Outras Receitas 3,9 0,6 40,9 33,9
Receitas refs. à Constr. Ativos Próprios 0,0 0,0 0,0 0,0
Provisão/Rev. Créds. Liquidação Duvidosa (25,3) (9,0) (33,9) (12,3)

Insumos Adquiridos de Terceiros (7.284,8) (7.105,9) (12.004,5) (10.741,6)


Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos (5.256,9) (5.098,0) (5.957,6) (5.540,4)
Materiais-Energia-Servs Terceiros-Outros (2.025,7) (2.018,9) (6.040,9) (5.215,5)
Perda/Recuperação de Valores Ativos (2,2) 11,0 (6,0) 14,4

Valor Adicionado Bruto 12.285,3 13.135,3 18.756,0 17.933,4


Retenções (1.129,0) (1.035,0) (2.972,5) (2.986,8)
Depreciação, Amortização e Exaustão (1.129,0) (1.035,0) (2.972,5) (2.986,8)

Valor Adicionado Líquido Produzido 11.156,4 12.100,3 15.783,5 14.946,6

Valor Adicionado Recebido em Transferência 2.600,6 358,6 640,3 355,9


Resultado de Equivalência Patrimonial 2.116,9 (139,2) 16,9 3,9
Receitas Financeiras 618,0 281,3 760,4 121,8
64 Outros (134,3) 216,5 (137,0) 230,2

Valor Adicionado Total a Distribuir 13.756,9 12.458,9 16.423,8 15.302,5

Distribuição do Valor Adicionado 13.756,9 12.458,9 16.423,8 15.302,5

Pessoal 835,5 772,1 2.181,4 1.966,5


Remuneração Direta 595,3 555,3 1.550,8 1.436,1
Benefícios 156,8 142,6 420,7 328,4
F.G.T.S. 44,2 42,4 59,0 52,2
Outros 39,2 31,8 150,9 149,9

Impostos, Taxas e Contribuições 7.234,7 7.883,4 9.282,4 9.133,7


Federais 2.260,6 2.659,5 4.184,9 4.077,5
Estaduais 4.964,9 5.214,0 5.086,8 5.044,9
Municipais 9,3 9,9 10,7 11,3

Remuneração de Capitais de Terceiros 2.627,3 987,0 1.893,3 1.338,6


Juros 2.566,9 933,0 1.780,1 1.239,0
Aluguéis 60,4 54,0 113,3 99,6

Remuneração de Capitais Próprios 3.059,5 2.816,4 3.066,6 2.863,7


Juros sobre o Capital Próprio 487,1 1.084,0 487,1 1.084,0
Dividendos 602,4 841,8 602,4 841,8
Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício 1.970,0 890,6 1.970,0 890,6
Part. Não Controladores Lucros Retidos 0,0 0,0 7,2 47,3

DF.indd Sec1:64 24/4/2009 06:03:35


Companhia de Bebidas das Américas - Ambev
Demonstrações Consolidadas de Fluxo de Caixa para os Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007
(Expressas em milhões de reais)

Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Atividades Operacionais
Lucro líquido do exercício 3.059,5 2.816,4 3.059,5 2.816,4
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciação e amortização 1.129,0 876,3 3.280,6 1.424,0
Contingências tributárias, trabalhistas e outras 110,5 (3,2) 132,4 25,1
Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 18,6 70,6 21,1 82,9
Ganho na liquidação de incentivos fiscais (42,3) (37,2) (40,4) (34,4)
Pagamento baseado em ações 47,5 – 47,5 –
Perdas não realizadas sobre derivativos (356,5) 167,0 (90,3) 119,8
Resultado ajuste operações valor mercado (8,9) – (52,4) –
Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições – – – –
Perda na alienação de bens do permanente 172,6 952,8 96,4 83,0
Juros e variações sobre plano de ações (5,8) (7,7) (5,8) (7,7)
Variação cambial e encargos sobre financiamentos 1 .289,3 123,4 1.546,7 343,2
Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 15,7 413,9 60,4 629,3
Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa – 88,3 – 227,5
Ágio amortizado, líquido de deságio realizado – 158,7 (8,1) 1.560,3
Dividendos recebidos subsidiárias/contr. 1.603,0 963,4 – –
Participação de a cionistas minoritários – – 7,2 47,3
Equivalência patrimonial (2.116,9) 139,2 (16,9) (3,9)
Passivo a descoberto controladas 133,1 – 133,1 –
Juros e var.s/mútuo empresas ligadas 1.165,7 (76,2) – –
Outras, líquido 8,4 (30,0) 37,2 (17,7)
Redução (aumento) nas contas do ativo
Contas a receber de clientes 180,0 (106,2) 47,6 (165,2)
Impostos a recuperar 132,3 57,5 (10,3) (49,8)
Demais contas a receber e outros 282,5 123,5 (352,7) (40,3)
Contas a receber de partes relacionadas 338,5 (630,8) 65
Estoques (114,1) (15,0) (389,7) (148,9)
Depósitos judiciais 10,1 81,8 (53,0) (16,1)
Aumento (redução) nas contas do passivo
Fornecedores 245,4 460,4 594,2 843,4
Salários, participações e encargos sociais (110,9) (61,8) (107,1) (62,1)
Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 144,9 307,9 715,3 885,7
Pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (337,9) (204,0) (716,1) (631,8)
Desembolsos vinculados à provisão contingencial (121,5) (121,1) (160,1) (170,7)
Demais tributos e contribuições a recolher 88,9 75,8 94,2 52,8
Pagamento de juros s/empréstimos (523,8) (560,7) (782,1) (816,0)
Outros 183,8 144,0 (154,8) 126,6
Geração de Caixa Proveniente das Atividades Operacionais 6.620,7 6.167,0 6.933,6 7.102,5
Atividades de Investimento
Aplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias – – 69,6 (224,2)
Títulos e depósitos em garantia – – – –
Alienação de investimentos – – – –
Aquisição de investimentos (2.697,3) (58,0) (862,5) (430,1)
Alienação de bens do imobilizado 47,5 16,8 154,0 107,5
Aquisição de bens do imobilizado (1.078,6) (1.018,2) (2.055,4) (1.630,9)
Caixa inicial - Consolidação de nova empresa – – – 3,5
Aumento de capital em subsidiária – – – (12,7)
Dispêndios na formação do diferido – (363,1) – (15,5)
Utilização de Caixa em Atividades de Investimento (3.728,4) (1.422,5) (2.694,3) (2.202,4)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Atividades de Financiamento
Financiamentos
Captação 5.778,4 6.678,4 7.149,1 9.428,5
Amortização (5.394,0) (6.253,3) (7.179,6) (8.568,7)
Pagamento de juros sobre empréstimos – – – –
Variação no capital de minoritários – – (14,6) (4,9)
Aumento de capital 55,7 128,3 46,8 128,3
Venda financiada de ações 130,0 96,6 59,5 54,5
Recompra de ações (630,3) (3.084,6) (632,3) (3.094,4)
Pagamento de dividendos (2.925,1) (1.990,8) (2.913,7) (1.952,6)
Utilização de Caixa em Atividades de Financiamento (2.985,3) (4.425,4) (3.484,8) (4.009,2)
Efeito de Variação Cambial Sobre o Caixa – – 236,1 (121,7)
Aumento (Diminuição) no Caixa e Equivalentes (93,0) 319,1 990,6 769,3
Saldo inicial de caixa e equivalentes 920,8 601,7 2.308,2 1.538,9
Saldo final de caixa e equivalentes 827,8 920,8 3.298,9 2.308,2
Aumento (Diminuição) no Caixa e Equivalentes (93,0) 319,1 990,6 769,3
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

DF.indd Sec1:65 24/4/2009 06:03:35


1. Contexto Operacional
a) Considerações gerais
A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com sede
em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em outros
países nas Américas, produzir e comercializar cervejas, chopes, refrigerantes, outras bebidas não- carbonatadas e malte.
A Companhia mantém contrato com a PepsiCo International Inc. ("PepsiCo") para engarrafar, vender e distribuir os
produtos Pepsi no Brasil e em outros países da América Latina, incluindo Lipton Ice Tea, Gatorade e H2OH!.
A Companhia mantém contrato de licenciamento com a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt Brewing
Company Limited (“Labatt Canadá”), para produzir, engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser no Canadá.
Além disso, a Companhia produz e distribui Stella Artois sob licença da InBev S.A./N.V. (“InBev”) no Brasil, Canadá,
Argentina e outros países e, por meio de licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados Unidos e em
determinados países da Europa, Ásia e África.
A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova
Iorque – NYSE, na forma de Recibos de Depósitos Americanos – ADRs.
b) Principais eventos ocorridos no período de 2008 e de 2007
(i) Venda das marcas e ativos da Cervejaria Cintra Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”)
Em 21 de maio de 2008, a Companhia assinou “Instrumento Particular de Cessão e Transferência de Ativos, Direitos
e Obrigações, com Venda e Compra de Marcas e Outras Avenças”, com a Schincariol Participações e
Representações S.A. (“Schincariol”). Os valores relativos a cessão e transferência das marcas e venda dos ativos de
distribuição, conforme contrato, foram de R$16,6 e R$22,4, respectivamente.
O resultado da cessão e transferência das marcas, totalizou uma perda de R$0,04 enquanto que o resultado da
66 venda dos ativos de distribuição gerou um ganho de R$3,3. Em consequência da venda das marcas, a razão social
da Cintra foi alterada para Londrina Bebidas Ltda. (“Londrina”), em 20 de junho de 2008.
(ii) Resultado da oferta pública para aquisição de ações da Quinsa
A Companhia anunciou em 12 de fevereiro de 2008, o encerramento da oferta pública voluntária para a aquisição
de até 5.483.950 ações Classe A e até 8.800.060 ações Classe B (incluindo ações Classe B detidas na forma de
American Depositary Shares ("ADS")) de emissão da sua subsidiária Quinsa, que representavam as ações Classe A e
Classe B em circulação (incluindo ações Classe B detidas na forma de ADSs) que não eram de propriedade da
AmBev ou de suas subsidiárias.
A AmBev adquiriu 3.136.001 ações Classe A e 8.239.536,867 ações Classe B (incluindo 7.236.336,867 ações Classe
B detidas na forma de ADS) de emissão da Quinsa.
Com a liquidação da oferta, a participação votante da AmBev na Quinsa passou a ser de 99,56% e a participação
econômica de 99,26%. A Companhia desembolsou durante os meses de Fevereiro e Março, o montante de R$617,6
(equivalente a US$353,5), para liquidação desta transação que resultou em um ágio no valor de R$500,7.
(iii) Compra de participação dos acionistas minoritários da Quilmes Industrial Société Anonyme (“Quinsa”)
Durante o exercício de 2008, a Companhia e sua controlada Dunvegan S.A., realizaram algumas operações de
compra de ações dos minoritários da Quinsa, no valor de R$52,7 (equivalente a US$26,2), sendo 1.299.147 ações
Classe A e 459.569 ações Classe B. Estas transações resultaram em um ágio no montante de R$43,3.
(iv) Aumento de participação – Lambic Holding S.A. (“Lambic”)
Em 24 de janeiro de 2008, a Companhia, por intermédio de sua controlada Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A.
(“Skol”), pagou o valor de R$82,3 (equivalente a US$46,0), para a aquisição de 12,901% das ações da subsidiária
Lambic Holding S.A. (“Lambic”), na Argentina. Esta transação resultou em um ágio de R$36,8.
(v) Aquisição da Obrinvest – Obras e Investimentos S.A. (“Obrinvest”)
Em 16 de janeiro de 2008, a Companhia adquiriu a totalidade do capital social da Obrinvest – Obras e
Investimentos S.A., empresa detentora da marca Cintra. A diferença resultante entre o valor pago de R$16,6, e o
valor patrimonial da Obrinvest de R$0,2, foi registrada no grupo “Intangível” como marcas e patentes. Em 15 de
maio de 2008 ocorreu a dissolução da Obrinvest. Na mesma data, os ativos e passivos da Obrinvest foram
assumidos pela Companhia. Em 21 de maio de 2008 a Companhia vendeu as marcas e ativos relacionados à Cintra
conforme nota (i) acima.

DF.indd Sec1:66 24/4/2009 06:03:36


(vi) Incorporação da subsidiária Beverage Associates Holding Ltd (“BAH”)

Em 29 de junho de 2007, a subsidiária BAH foi incorporada pela AmBev, com o objetivo de simplificar a estrutura
societária e reduzir custos das duas empresas envolvidas. A amortização do ágio registrado pela AmBev,
fundamentado com base em rentabilidade futura, está sendo, após a incorporação, considerada dedutível para fins
fiscais, nos termos da legislação tributária vigente. Como a BAH era 100% controlada pela AmBev, não houve
emissão de ações na incorporação.

(vii) Aquisição da Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”) pela Labatt Canadá

Em 29 de março de 2007, a Labatt Canadá adquiriu 91,43% das Units da Lakeport, e pagou pelas mesmas o
montante de CAD$208,5 (equivalentes a R$376,4 em 31 de dezembro de 2007), apurando um ágio de CAD$205,9
(equivalentes a R$371,8 em 31 de dezembro de 2007), que está sendo amortizado linearmente em 10 anos. Após a
aquisição compulsória das Units remanescentes, a Lakeport se tornou subsidiária integral da Labatt Canadá.

(viii) Contrato de compra e venda relativo à Cintra

Em 28 de março de 2007, a Companhia anunciou a assinatura de contrato de compra e venda da totalidade das
quotas da sociedade Goldensand – Comércio e Serviços; Sociedade Unipessoal Lda. ("Goldensand"), controladora da
Cintra com 95,89% das quotas. O valor da compra foi de R$43,2 e resultou em um ágio de R$363,1, que está
sendo amortizado em 10 anos.

Adicionalmente, a Companhia, através de uma Controlada, adquiriu também 4,11% das quotas da Cintra, pelo
preço de aquisição de R$6,5, resultando em um ágio de R$13,1, que está sendo amortizado em 10 anos. Essas
transações não incluíram a aquisição das marcas da Cintra.

(ix) Aquisição de 20% de ações ordinárias da subsidiária Compañia Cervecera AmBev Ecuador S.A. (“AmBevEcuador”)

Em 5 de março de 2007, a Companhia, por meio de sua controlada Monthiers S.A. (“Monthiers”), adquiriu de
Freeville Management Ltd., 120.500 ações ordinárias de AmBevEcuador pelo montante de US$1,3, representando 67
um aumento de participação de 20% no capital social. Com esta transação, a Companhia aumentou sua
participação no capital da AmBevEcuador de 80% para 100% e apurou um ágio no montante de R$0,8.

2. Apresentação das Demonstrações Contábeis e Principais Práticas Adotadas

As demonstrações contábeis individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, as quais abrangem a legislação societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis e as normas emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

2.1 Adoção inicial da Lei nº 11.638/07

A Companhia optou por elaborar balanço patrimonial de transição em 1º de janeiro de 2008 que é o ponto de partida da
contabilidade de acordo com a legislação societária modificada pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória
nº 449/08. As modificações introduzidas pela referida legislação caracterizam–se como mudança de prática contábil,
entretanto, conforme facultado pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07, aprovado
pela Deliberação CVM nº 565 de 17 de dezembro de 2008 e pela Medida Provisória nº 449/08, todos os ajustes com
impacto no resultado foram efetuados contra lucros acumulados na data de transição nos termos do art. 186 da Lei
nº 6.404/76, sem efeitos retrospectivos sobre as demonstrações financeiras.

Seguem abaixo os ajustes patrimoniais decorrentes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória 449/08, o
sumário das práticas contábeis modificadas pela referida legislação, o resumo dos efeitos no resultado de 2008 e no
patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2008 decorrentes da adoção da referida legislação.
Data da transição
31.12.07 01.01.08
Saldos Ajustes Saldos
Patrimônio líquido – Controladora 17.419,9 (238,9) 17.181,0

Capital social 6.105,2 – 6.105,2


Reservas de capital 9.952,6 53,6 10.006,2
Reservas de lucros 2.521,0 – 2.521,0
Ações em tesouraria (1.158,9) – (1.158,9)
Lucros (Prejuízos) acumulados – (292,5) (a) (292,5)

DF.indd Sec1:67 24/4/2009 06:03:36


Resumo dos ajustes – Controladora
(a) Ajustes contra lucros acumulados (292,5)
(a.1) Instrumentos financeiros avaliados ao valor justo pela aplicação do conceito de contabilidade de hedge (299,8)
(a.2) Baixa de ativo diferido (62,2)
(a.3) Pagamentos baseados em ações (53,6)
(a.4) Imposto de renda e contribuição social diferidos 123,1

Data da transição
31.12.07 01.01.08
Saldos Ajustes Saldos
Patrimônio líquido – Consolidado 17.419,9 (238,9) 17.181,0

Capital social 6.105,2 – 6.105,2


Reservas de capital 9.952,6 53,6 10.006,2
Reservas de lucros 2.521,0 – 2.521,0
Ações em tesouraria (1.158,9) – (1.158,9)
Lucros (Prejuízos) acumulados – (292,5) (a) (292,5)

Resumo dos ajustes – Consolidado


(a) Ajustes contra lucros acumulados (292,5)
(a.1) Instrumentos financeiros avaliados ao valor justo pela aplicação do conceito de contabilidade de hedge (260,5)
(a.2) Baixa de ativo diferido (102,5)
(a.3) Pagamentos baseados em ações (53,6)
(a.4) Imposto de renda e contribuição social diferidos 125,5
(a.5) Efeito Equivalência Patrimonial da lei 11638 das controladas (1,4)

a) Instrumentos financeiros
68
Os instrumentos financeiros existentes na data de transição foram reclassificados em: (i) ativo ou passivo financeiro
mensurado ao valor justo por meio do resultado; (ii) mantido até o vencimento; (iii) empréstimos e recebíveis; e (iv)
disponível para venda. Com certas exceções os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo
agregado aos eventuais custos de transação e sua mensuração subsequente é feita pelo custo amortizado.
A diferença entre o valor contábil e o valor justo dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo, assim como
as diferenças entre o valor registrado e o novo valor calculado para os instrumentos financeiros avaliado pelo método
do custo amortizado foi alocada no saldo de lucros acumulados na data de transição.
A Companhia na data de transição reclassificou e/ou reconheceu ativos e passivos relativos à contabilidade
de operações de hedge cujas características atendem aos requisitos previstos pelo Pronunciamento Técnico CPC 14 –
Instrumentos Financeiros, aprovada pela Deliberação CVM 566, sendo que a documentação necessária para aplicação do
conceito de contabilidade de hedge estava completa.

b) Ativo diferido

O saldo residual do ativo diferido, que não pôde ser reclassificado para outras contas do balanço patrimonial, foi, em
1º de janeiro de 2008, baixado contra a conta de lucros acumulados. As aquisições ocorridas durante o exercício de
2008, que também não puderam ser classificadas em outras contas do balanço patrimonial, foram baixados no
resultado do exercício, na conta de Outras Despesas Operacionais.
Os ativos diferidos, que atendiam aos critérios definidos pelo Pronunciamento Técnico CPC 4 – Ativo Intangível, foram,
em 1º de janeiro de 2008, reclassificados para o grupo de ativos intangíveis, totalizando R$2.112,8.

c) Ajustes a valor presente

Na avaliação da administração, itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações
relevantes de curto prazo, já estavam substancialmente ajustados a valor presente, de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, não sendo, portanto, requerido qualquer ajuste dessa natureza.

d) Equivalência patrimonial

Foi desconsiderada da conta de Resultado de equivalência patrimonial, a variação cambial da conversão do resultado de
controladas no exterior, e considerado em conta específica do Patrimônio líquido, no grupo Ajustes de avaliação patrimonial.
Foram reclassificados para a conta de Resultado de equivalência patrimonial, os valores dos incentivos fiscais do ICMS e do
Imposto de renda, das controladas, que anteriormente eram registrados na conta de Ganhos e acréscimos patrimoniais.

DF.indd Sec1:68 24/4/2009 06:03:37


e) Doações e subvenções

As doações e as subvenções recebidas pela Companhia antes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória
nº 449/08 foram registradas em conta de reserva de capital no patrimônio líquido na qual serão mantidas até a sua
destinação, e as doações e as subvenções recebidas a partir do exercício de 2008, quando há segurança de que as
condições estabelecidas foram cumpridas pela Companhia, estão sendo reconhecidas no resultado do exercício.

f) Pagamento baseado em ações

A Companhia outorgou opções de compra de ações a parte dos seus empregados, as quais somente poderão ser exercidas
após prazos específicos de carência. Essas opções são valorizadas com base no valor justo e reconhecidas como despesas
em contrapartida de reserva de capital à medida que o prazo do período de prestação de serviço é cumprido.

O ajuste inicial relativo à adoção da Lei nº 11.638 foi efetuado contra lucros ou prejuízos acumulados, totalizando R$53,6.

g) Efeitos da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08

Segue conciliação do resultado de 2008 e patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2008 considerando os efeitos da
adoção inicial da Lei nº 11.638/07, com resultado que seria obtido caso as mudanças de práticas contábeis relativas à
referida legislação não tivessem sido adotadas.

Controladora 2008
Resultado de 2008 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.403,7
Ajustes dos efeitos decorrentes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08
Valor de recuperação de ativos – CPC 1 (2,0)
Ajuste de variação cambial de conversão da s demonstrações financeiras – CPC 2 (530,9)
Baixa do ativo diferido adquirido durante o exercício – CPC 4 (5,0)
Recebimento de doações e subvenções – CPC 7 142,9
Custo de transação na emissão de títulos e valores mobiliários – CPC 8 17,3
Despesas com pagamentos baseados em ações – CPC 10 (47,5) 69
Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo pela aplicação da contabilidade de hedge – CPC 14 52,4
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias 28,6
Resultado de 2008 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.059,5
31.12.08
Patrimônio líquido em 31.12.08 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07
e Medida Provisória nº 449/08 17.104,0
Ajustes na data da transição reconhecidos em:
Lucros ou prejuízos acumulados
Baixa do ativo diferido existente em 31.12.2007 – CPC 4 (62,2)
Plano de opções – CPC 10 (53,6)
Instrumentos financeiros – Fair Value – CPC 14 (299,8)
Ajustes de avaliação patrimonial
Ajuste de variação cambial de conversão das demonstrações financeiras – CPC 2 530,9
Instrumentos financeiros – Hedge Reserves – CPC 14 418,4
Reservas de capital
Instrumentos patrimoniais – CPC 10 101,1
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias (16,3)
Equivalência patrimonial – reflexos dos ajustes da Lei 11638/07 nas investidas (100,1)
Diferença entre o resultado líquido de 2008 e o resultado ajustado (344,3)
Patrimônio líquido em 31.12.08 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 17.278,1

DF.indd Sec1:69 24/4/2009 06:03:38


Consolidado 2008
Resultado de 2008 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.407,9
Ajustes dos efeitos decorrentes da adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08
Valor de recuperação de ativos – CPC 1 (2,0)
Ajuste de variação cambial de conversão da s demonstrações financeiras – CPC 2 (530,9)
Baixa do ativo diferido adquirido durante o exercício – CPC 4 (6,5)
Recebimento de doações e subvenções – CPC 7 142,9
Custo de transação na emissão de títulos e valores mobiliários – CPC 8 15,6
Despesas com pagamentos baseados em ações – CPC 10 (47,5)
Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo pela aplicação da contabilidade de hedge – CPC 14 52,4
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias 27,6
Resultado de 2008 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 3.059,5
31.12.2008
Patrimônio líquido em 31.12.08 antes dos ajustes decorrentes da adoção da Lei nº 11.638/07
e Medida Provisória nº 449/08 17.333,9
Ajustes na data da transição reconhecidos em:
Lucros ou prejuízos acumulados
Baixa do ativo diferido existente em 31.12.2007 – CPC 4 (102,5)
Plano de opções – CPC 10 (53,6)
Instrumentos financeiros – Fair Value – CPC 14 (260,5)
Ajustes de avaliação patrimonial
Ajuste de variação cambial de conversão das demonstrações financeiras – CPC 2 530,9
Instrumentos financeiros – Hedge Reserves – CPC 14 91,1
Reservas de capital
Instrumentos patrimoniais – CPC 10 101,1
IR/CS diferidos sobre diferenças temporárias (13,9)
Diferença entre o resultado líquido de 2008 e o resultado ajustado (348,4)
Patrimônio líquido em 31.12.08 ajustado pela adoção da Lei 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 17.278,1
70
2.2 Resumo das principais práticas contábeis
a) Estimativas contábeis
A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração
da Companhia use de julgamentos na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos a
estimativas e premissas incluem valor residual do ativo imobilizado, provisão para redução ao valor recuperável, provisão para
devedores duvidosos, provisão para desvalorização de estoques, imposto de renda diferido ativo, provisão para contingências,
mensuração de instrumentos financeiros, e ativos e passivo relacionados a benefícios a empregados. A liquidação das
transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões
inerentes ao processo da sua determinação. A Companhia revisa as estimativas e as premissas pelo menos anualmente.
A administração da Companhia revisa trimestralmente essas estimativas e é de opinião que não existem diferenças
significativas.
b) Instrumentos financeiros
Instrumentos financeiros não-derivativos incluem aplicações financeiras, investimentos em instrumentos de dívida e
patrimônio, contas a receber e outros recebíveis, empréstimos e financiamentos, assim como contas a pagar e outras dívidas.
Instrumentos financeiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido, para instrumentos que não
sejam reconhecidos pelo valor justo através de resultado, quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao
reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são mensurados conforme descrito abaixo.
Instrumentos mantidos até o vencimento
Se a Companhia tem a intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento seus instrumentos de dívida, esses são
classificados como mantidos até o vencimento. Investimentos mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo
amortizado utilizando o método do taxa de juros efetiva, deduzido de eventuais reduções em seu valor recuperável.
Instrumentos disponíveis para venda
Os investimentos da Companhia em instrumentos de patrimônio e de certos ativos relativos a instrumentos de dívida
são classificados como disponíveis para venda. Posteriormente ao reconhecimento inicial, são avaliadas pelo valor justo
e as suas flutuações, exceto reduções em seu valor recuperável, e as diferenças em moeda estrangeira destes
instrumentos, são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários. Quando um
investimento deixa de ser reconhecido, o ganho ou perda acumulada no patrimônio líquido é transferido para resultado.

DF.indd Sec1:70 24/4/2009 06:03:38


Instrumentos financeiros ao valor justo através do resultado

Um instrumento é classificado pelo valor justo através do resultado se for mantido para negociação, ou seja, designado
como tal quando do reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros são designados pelo valor justo através do
resultado se a Companhia gerencia esses investimentos e toma a decisões de compra e venda com base em seu valor justo
de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco documentado pela Companhia. Após reconhecimento
inicial, custos de transação atribuíveis são reconhecidos nos resultados quando incorridos. Instrumentos financeiros ao
valor justo através do resultado são medidos pelo valor justo e suas flutuações são reconhecidas no resultado.

Outros

Outros instrumentos financeiros não-derivativos são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de taxa de
juros efetiva, reduzidos por eventuais reduções no valor recuperável.

Instrumentos financeiros derivativos

A Companhia detém instrumentos financeiros derivativos para proteger riscos relativos a moedas estrangeiras, a taxa de
juros e a commodities.

Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo; custos de transação atribuíveis são reconhecidos no
resultado quando incorridos. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e
as alterações são contabilizados no resultado exceto nas circunstâncias descritas abaixo para contabilização de
operações de hedge.

Hedge de fluxo de caixa

As alterações no valor justo do instrumento derivativo de proteção designado como hedge de fluxo de caixa são
reconhecidas diretamente no patrimônio líquido, na medida em que o hedge é considerado efetivo. Se o hedge for
considerado inefetivo, as alterações no valor justo são reconhecidas no resultado.
71
Se o instrumento de hedge deixar de cumprir os critérios para a contabilidade de operação de hedge (hedge accounting),
expira ou é vendido, terminado ou exercido, a contabilidade de operação de hedge é descontinuada prospectivamente. O
ganho ou perda acumulado anteriormente reconhecido no patrimônio líquido permanece lá até que as transações previstas
(forecast transactions) ocorram. Quando o item protegido for um ativo não financeiro, o valor reconhecido no patrimônio
líquido é transferido para a o valor do respectivo ativo quando esse é reconhecido. Em outros casos, o valor reconhecido no
patrimônio líquido é transferido para o resultado no mesmo período em que o item protegido afeta o resultado.

Hedge de valor justo

Mudanças no valor justo de um instrumento derivativo de cobertura designado como hedge de valor justo são
reconhecidas no resultado. O item protegido também é mensurado pelo valor justo em relação ao risco a ser coberto; o
ganho ou perda atribuível ao risco coberto é reconhecido no resultado e ajustam o valor do item protegido.

c) Apuração do resultado

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e os
respectivos custos são registrados quando todos os riscos e benefícios relacionados aos produtos vendidos são
transferidos para o comprador. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização.

De acordo com a legislação societária alterada pela Lei 11.638/07 e pela Medida Provisória 449/08, o grupo de
Resultado não operacional foi extinto. Dessa forma, as transações outrora registradas nesse grupo estão apresentadas
em Outras receitas (despesas) operacionais (vide nota 16).

d) Ativos circulante e não-circulante

• Caixa e equivalentes

O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de liquidez imediata e com vencimento original de até
90 dias, está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos incorridos até a data do balanço, e ajustado,
quando aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.

• Aplicações financeiras

As aplicações financeiras, substancialmente representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais
e certificados de depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são classificadas como
destinadas a negociação, mensuradas pelo seu valor justo com o reconhecimento no resultado financeiro.

DF.indd Sec1:71 24/4/2009 06:03:39


O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31 de dezembro de 2008, inclui depósitos em conta-corrente e
aplicações financeiras, concedidos a título de garantia vinculada com a emissão de títulos da dívida externa de
controladas, no montante de R$156,1 (R$19,3 em 31 de dezembro de 2007).

• Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado incluindo os respectivos impostos.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela
administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos, conforme apresentado na tabela abaixo:

Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Saldo inicial 138,7 134,1 186,1 185,6
Constituição 25,3 9,0 37,1 24,9
Reversão/utilização (30,1) (4,4) (15,6) (19,0)
(*)
Variação cambial – – 7,5 (5,4)
Saldo final 133,9 138,7 215,1 186,1
(*)
Variação cambial relativa a provisão para devedores duvidosos das empresas internacionais.

• Estoques

Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou de produção, ajustados, quando necessário, por
provisão para redução aos valores de realização.

O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição, transporte e armazenagem dos estoques. No caso de
estoques de produtos acabados e em elaboração, o custo inclui as despesas gerais de fabricação.
72 • Demais ativos

Os demais ativos circulantes e não circulantes a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando
aplicável, os rendimentos auferidos até a data do encerramento do exercício. Se necessário, é constituída provisão
para redução aos valores de mercado.

e) Investimento, Imobilizado e Intangível

Os investimentos em controladas e em controladas em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial
e, em sua primeira avaliação, as práticas contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela Companhia. O
valor contábil desses investimentos inclui desdobramento dos custos de aquisição em valor patrimonial, ágio ou deságio,
sendo os dois últimos apresentados na rubrica Intangíveis.

O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida útil
do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio (deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é amortizado no
prazo máximo de dez anos e registrado na rubrica "Despesas administrativas". O deságio em investimento, atribuído a
razões econômicas diversas, somente será realizado na eventual alienação ou baixa do investimento.

O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e inclui os juros incorridos no financiamento durante a fase de
construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados
em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos
dos produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo imobilizado são tempestivamente avaliadas pela
administração da Companhia e, quando aplicável, uma provisão é constituída para fazer face a tais riscos.

A depreciação é calculada pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais
mencionadas na Nota 6.

O intangível é demonstrado ao custo de aquisição e é composto, principalmente, por ágios e pelas áreas de
distribuição de ex-revendedores adquiridas pela Companhia, com intuito de distribuir diretamente seus produtos.
A amortização é calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 7, dentro dos limites de prazo
estabelecidos na legislação.

Os ativos do imobilizado e do intangível têm o seus valores recuperáveis testados, no mínimo, anualmente, caso haja
indicadores de perda de valor. O goodwill e os ativos com vida útil indefinida têm a recuperação do seu valor testada
anualmente independentemente de haver indicadores de perda de valor.

DF.indd Sec1:72 24/4/2009 06:03:40


f) Passivos circulante e não-circulante
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e
variações monetárias incorridos até a data de encerramento das demonstrações contábeis (custo amortizado).
De acordo com a legislação societária alterada pela Lei 11.638/07 e pela Medida Provisória 449/08, o grupo de
Resultado de Exercícios Futuros foi extinto. Dessa forma, as transações outrora registradas nesse grupo estão
apresentadas em Outros passivos, em Passivo Exigível a Longo Prazo.
g) Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais
A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados, referentes a questões trabalhistas, tributárias,
cíveis e comerciais em discussão nas instâncias administrativas ou judiciais, com base nas estimativas de perdas
estabelecidas pelos consultores jurídicos internos e externos da Companhia e suas controladas, para os casos em que
essas perdas são consideradas prováveis.
As reduções de impostos, obtidas com base em decisões judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas
controladas contra as autoridades tributárias, são objeto de provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em
última instância em favor da Companhia e suas controladas.
h) Subvenção para investimentos
A Companhia e suas controladas têm determinados programas de incentivos fiscais estaduais na forma de diferimento
do pagamento de impostos, com reduções parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de carência e as
reduções não são condicionais.
Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução
no pagamento desses impostos é registrado no resultado do exercício da Companhia e das suas controladas, com base
no regime de competência de registro desses impostos, ou no momento em que as empresas cumprem com as
obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o benefício concedido.
No resultado do exercício, os benefícios do ICMS estão registrados na conta de Outras receitas operacionais, no valor de
73
R$139,7 e R$238,3, na controladora e no consolidado, respectivamente.
Os incentivos fiscais de imposto de renda estão registrados na conta de Provisão para imposto de renda e contribuição
social, no valor R$3,2 e R$117,1, na controladora e no consolidado, respectivamente.
i) Imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro líquido
O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação
aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e a contribuição social é registrado em regime de competência de
exercícios, com a adição do imposto de renda diferido calculado sobre as diferenças temporárias entre as bases
contábeis e tributáveis de ativos e passivos.
Registra-se também o imposto de renda diferido ativo correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos
fiscais e bases negativas de cálculo de contribuição social caso haja expectativa de realização desses benefícios, no
prazo máximo de dez anos, com base em projeções de resultados futuros.
j) Ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados
A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados de
acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM n° 371, de 13 de dezembro de 2000.
Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos como receita ou despesa, tendo como base o valor dos ganhos e
perdas não reconhecidos que exceder, em cada período, ao maior dos seguintes limites: (a) 10% do valor presente da
obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro
estimado para os participantes do plano.
k) Transações com partes relacionadas
As transações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e envolvem, entre outras
operações, a compra e a venda de matérias-primas como malte, concentrados, rótulos, rolhas, garrafas e produtos
acabados diversos.
Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da Companhia no Brasil têm prazo de vencimento indeterminado
e incidência de encargos financeiros de mercado, exceto por alguns contratos com controladas onde a Companhia
detém a totalidade do capital, sobre os quais não incidem encargos.
Os contratos envolvendo as controladas da Companhia sediadas no exterior são geralmente atualizados monetariamente
pela variação do dólar norte-americano, acrescidos de juros de mercado.

DF.indd Sec1:73 24/4/2009 06:03:41


l) Moeda funcional e conversão das demonstrações contábeis das controladas sediadas no exterior
A Administração da Companhia definiu que sua moeda funcional é o real de acordo com as normas descritas no CPC 2 –
Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, aprovado pela Deliberação CVM
nº 534. A moeda funcional das empresas sediadas no exterior é a moeda local do próprio país, exceto as operações de
malte localizadas na Argentina e no Uruguai cuja a moeda funcional é o dólar norte-americano, pois suas receitas e
seus fluxos de caixa estão atrelados substancialmente a essa moeda.
Os ativos e passivos das controladas no exterior são convertidos para reais às taxas de câmbio vigentes na data das
demonstrações contábeis. Já as contas do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas médias de câmbio de cada mês.
A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas de câmbio vigentes na data das demonstrações contábeis e
aquele apurado às taxas médias de câmbio do período, bem como os ganhos e perdas decorrentes da variação cambial
sobre os saldos iniciais do patrimônio, são registrados em conta de Patrimônio líquido, no grupo “Ajustes de avaliação
patrimonial”, conforme Pronunciamento Técnico CPC 2 – Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
demonstrações contábeis.
Para conversão das demonstrações contábeis das controladas no exterior, foi utilizada a paridade entre a moeda local e
o dólar americano (“US$”), conforme taxas abaixo apresentadas. A taxa de conversão do dólar americano para reais
(“R$”) utilizada em 31 dezembro de 2008 foi de R$2,34 (R$1,77 em 31 de dezembro de 2007).
Moeda Denominação País Taxa inicial Taxa final
DOP Peso dominicano República Dominicana 34,17 35,37
GTQ Quetzal Guatemala 7,63 7,78
PEN Sol peruano Perú 2,99 3,14
VEF Bolívar Venezuela 2.150,00 2,1500
ARS Peso Argentina 3,15 3,45
BOB Boliviano Bolívia 7,67 7,07
PYG Guarani Paraguay 4.849,90 4.930,00
UYU Peso uruguaio Uruguay 21,55 24,35
CLP Peso chileno Chile 495,82 629,11
74 USD Dólar Americano Equador 1,77 2,34

Para a conversão das demonstrações contábeis da Labatt Canadá, foi utilizada a paridade do dólar canadense (“CAD”)
para reais de R$1,91 em 31 de dezembro de 2008 (R$1,81 em 31 de dezembro de 2007).
m) Demonstrações contábeis consolidadas
As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações da Companhia e suas controladas diretas e indiretas,
conforme mencionado na Nota 5 (c) e (d). As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em todas as empresas
consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas no exercício anterior.
A Companhia consolida os passivos líquidos e resultados das empresas Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”)
e Ice Tea do Brasil Ltda. (“ITB”), proporcionalmente à sua participação nas demonstrações contábeis dessas empresas.
Em 31 de dezembro de 2008, o total de passivos líquidos registrados na AmBev relativo a essas empresas somam R$6,5
e os resultados líquidos totalizam um prejuízo de R$4,2, (passivo líquido de R$2,1 e lucro de R$3,7, respectivamente, em
31 de dezembro de 2007).
A Companhia também consolida as demonstrações contábeis do fundo Taurus Investment SPC (“Taurus Investment”),
um fundo de investimentos controlado direta e integralmente através das controladas da Companhia. Em 31 de
dezembro de 2008 e de 2007, os saldos apresentados nas demonstrações contábeis consolidadas relacionados ao fundo
correspondiam, basicamente, à aplicações financeiras e a operações com instrumentos derivativos para mitigar a
exposição da Companhia às flutuações dos preços de commodities, das taxas de juros e de moedas.
n) Reclassificações
Com o objetivo de aprimorar a apresentação de determinados valores e transações em suas demonstrações contábeis, bem como
manter a comparabilidade entre os períodos, a Companhia procedeu às seguintes reclassificações em 31 de dezembro de 2007:
• Balanço patrimonial: de Provisões Contingenciais – Não Circulante para Circulante, os valores de R$73,1 e
R$106,0, na Controladora e no Consolidado, respectivamente;
• Demonstração do Resultado Consolidado: a) de Custo dos produtos vendidos o valor de R$5,2, de Despesas com vendas o
valor de R$6,6 e de Despesas administrativas o valor de R$8,0, para Participações com empregados, totalizando R$19,7; b) de
Despesas administrativas para Contingências tributárias, trabalhistas e outras, no valor de R$9,8;
• Demonstração do fluxo de caixa: de amortização, no grupo utilização de caixa em atividades de financiamento para
pagamento de juros de empréstimos no grupo geração de caixa proveniente das atividades operacionais, os valores de
R$523,8 controlador e R$782,1 consolidado (R$560,7 e R$816,0 em 2007 respectivamente).

DF.indd Sec1:74 24/4/2009 06:03:41


3. Impostos a Recuperar e Impostos a Pagar
a) Composição dos impostos a recuperar – circulante e não circulante:
Controladora Consolidado
Circulante Não circulante Circulante Não circulante
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
IPI 5,6 16,1 – – 38,6 26,3 – –
ICMS 104,6 122,5 125,0 130,8 134,6 132,7 155,2 137,4
PIS/COFINS 57,9 48,5 35,3 29,8 73,5 57,9 40,8 30,8
IRRF 10,7 17,7 – – 14,0 35,1 – –
IRPJ/CSLL 174,9 294,9 – 6,3 320,1 372,3 – 14,7
Outros impostos 2,4 14,4 136,7 17,7 2,9 14,7 144,4 24,4
Impostos unidades exterior – – – – 141,7 100,3 – –
356,1 514,1 297,0 184,6 725,4 739,3 340,4 207,3

b) Composição dos impostos a pagar – circulante:


Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
IPI 149,9 73,2 180,9 77,0
ICMS 573,5 622,5 710,1 643,0
PIS/COFINS 7,2 16,1 11,0 18,8
IRRF 6,8 7,6 8,5 8,6
Outros impostos nacionais 24,9 32,0 50,7 55,5
Impostos unidades exterior – – 596,5 458,1
762,3 751,4 1.557,7 1.261,0

Abreviaturas utilizadas:
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 75
PIS – Programa de Integração Social
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

4. Partes Relacionadas
4.1 Transações com partes relacionadas
Saldos em 31 de dezembro de 2008 Transações ocorridas em 2008
Créditos com Contas Contratos de Contratos de Resultado financeiro
Empresas Controladas a pagar mútuos a receber mútuos a pagar Vendas líquidas líquido
AmBev(i) 288,0 (2.869,7) 15,8 (1.360,3) 683,0 1.165,7
AmBev Bebidas 269,4 (266,9) – – 64,7 (0,3)
AmBev International 445,6 – 226,9 (151,9) – (212,5)
Arosuco 225,9 (12,9) – – 685,9 (0,3)
Aspen – – 72,8 (262,7) – 57,9
Brahmaco 1,2 (1,2) 315,1 (304,2) – (3,3)
Brahma Venezuela 1,8 (37,5) 20,7 – – (2,9)
Londrina 115,1 (21,2) – – 145,0 –
CRBS S.A. – (2,1) 0,2 – – –
Cympay 117,1 (4,1) 2,0 – 168,3 (0,1)
Dahlen – – 172,0 (3,1) – (4,2)
Dunvegan S.A. 143,4 (1,2) 453,8 (876,3) – 18,5
Eagle – (0,7) 0,3 (1,7) – (0,1)
Fratelli Vita 153,2 (69,7) – (125,2) 75,9 30,8
Fratelli Vita Limited – – 125,2 – – (43,4)
Goldensand – – – – – 35,5
Jalua Spain S.L. – – 494,9 (693,6) – 86,8
Labatt Canadá – (14,5) – (0,3) 11,9 –
Malteria Uruguai S.A. 210,1 (69,8) – (0,2) 519,2 1,1
Malteria Pampa S.A. 7,4 (64,0) 0,3 – 249,3 (0,1)
Monthiers S.A. 719,7 – 2.141,6 (54,4) – (859,5)
NCAQ – – 294,2 – – (55,9)
Quinsa 0,8 – – – 2,0 –
Skol – (3,9) – (9,1) – –
Taurus Investments 776,2 – – – – (242,6)
Outras nacionais 13,6 (20,4) 22,0 (126,1) 32,0 13,0
Outras internacionais 10,8 (28,6) – (384,6) – 9,1
Total 3.499,3 (3.488,4) 4.357,8 (4.353,7) 2.637,2 (6,8)

DF.indd Sec1:75 24/4/2009 06:03:42


Saldos em 31 de dezembro de 2007 Transações ocorridas em 2007
Créditos com Contas Contratos de Contratos de Vendas Resultado
Empresas Controladas a pagar mútuos a receber mútuos a pagar líquidas financeiro líquido
(i)
AmBev 880,8 (1.602,4) 59,5 (985,7) 454,1 (202,2)
AmBev Bebidas – – – – – –
AmBev International 261,3 – – – – 1,5
Arosuco 0,1 (73,7) – – 652,6 –
Aspen – – 87,7 (220,2) – (11,8)
Brahmaco 0,9 (0,9) 218,4 (211,1) – 0,7
Brahma Venezuela 1,2 (22,6) 70,9 – – (4,1)
Londrina 0,5 (1,2) – (2,7) 31,2 –
CRBS S.A. 122,7 – 0,2 (24,9) – –
Cympay 68,5 (32,7) 1,4 – 102,6 1,9
Dunvegan S.A. 108,7 (0,9) 360,8 (719,0) – (28,8)
Eagle – (868,0) 0,2 (2,6) – –
Fratelli Vita 3,7 (2,4) 266,2 (90,0) 54,5 (15,4)
Goldensand – – – (86,2) – (7,4)
Jalua Spain S.L. – – 430,2 (544,3) – 27,1
Labatt Canadá 1,1 (5,0) – (0,3) 13,0 –
Malteria Uruguai S.A. 104,1 (79,1) – – 302,4 (8,2)
Malteria Pampa S.A. 71,5 (40,4) 0,5 – 142,6 –
Monthiers S.A. 546,6 – 1.459,0 – – 313,2
Quinsa – (3,9) – – 17,6 –
Skol – – 0,2 (18,5) – –
Taurus Investments 588,3 – – – – (74,6)
Outras nacionais – (19,8) 80,0 (104,7) 9,4 5,7
Outras internacionais 5,4 (15,9) – (21,0) – 1,7
Total 2.765,4 (2.768,9) 3.035,2 (3.031,2) 1.780,0 (0,7)
(i)
A AmBev possui valores em “Contas a receber e a pagar” com suas acionistas FAHZ e InBev, cujas demonstrações contábeis não integram as informações
76 consolidadas da Companhia, portanto, os saldos não foram eliminados.

Denominações utilizadas:

AmBev Brasil Bebidas Ltda. (“AmBev Bebidas”)


AmBev International Finance Co. Ltd. (“AmBev International”)
Arosuco Aromas e Sucos Ltda (“Arosuco”)
Aspen Equities Corporation (“Aspen”)
Brahmaco International Limited (“Brahmaco”)
Cerveceria y Maltería Paysandú (“Cympay”)
Compañia Brahma Venezuela S.A (“Brahma Venezuela”)
Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. (“Eagle”)
Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Fratelli Vita”)
Fundação Antônio e Helena Zerrenner – Instituição Nacional de Beneficência (“FAHZ”)
InBev NV/SA (“InBev”)

4.2 Remuneração da administração

Os montantes referentes a remuneração do pessoal chave da administração estão apresentados abaixo:

2008 2007
(i)
Benefícios de curto prazo 14,3 12,9
(ii)
Remuneração com base em ações 10,4 8,1
Benefícios pós-emprego 0,7 –
Outros benefícios de longo prazo 1,0 0,4
Total 26,4 21,4
(i)
Corresponde substancialmente a honorários de diretoria e participação no resultado (incluindo bônus por desempenho).
(ii)
Corresponde ao custo das opções concedidas aos Administradores.

DF.indd Sec1:76 24/4/2009 06:03:43


5. Participação em Controladas Diretas
a) Movimentação da participação em controladas diretas, incluindo ágio e deságio

Participação em
controladas Ágio Total
Saldo em 31 de dezembro de 2006 18.965,5 2.238,2 21.203,7
(i)
Equivalência patrimonial (139,2) – (139,2)
Reversão de provisão para perdas sobre investimento 3,4 – 3,4
Transferência de ágio por incorporação da BAH para o Ativo Intangível – (2.136,8) (2.136,8)
Aquisição Goldensand (505,5) 548,7 43,2
Amortização do ágio – (122,8) (122,8)
Recálculo ágio s/aquisição Goldensand 185,6 (185,6) –
Dividendos recebidos e a receber (963,4) – (963,4)
Variação cambial em controlada no exterior (88,3) – (88,3)
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas 212,9 – 212,9
(iii)
Alienação de Investimentos (790,0) – (790,0)
Incorporação Miranda Correa (46,3) – (46,3)
Transferência de ágio por incorporação da Miranda Correa para o Ativo Intangível – (2,6) (2,6)
Aporte de capital na controlada em conjunto Agrega 0,6 – 0,6
Aporte de capital na controlada Goldensand 72,5 – 72,5
Redução de capital na controlada em conjunto Agrega (0,6) – (0,6)
Redução de capital na controlada Fratelli Vita (155,9) – (155,9)
(ii)
Ganho de participação em controladas 1,7 – 1,7
Saldo em 31 de dezembro de 2007 16.753,0 339,1 17.092,1
(i)
Equivalência patrimonial 2.116,9 – 2.116,9
Reversão de provisão para perdas sobre investimento 8,2 – 8,2
Variação cambial de investimentos no exterior 242,4 – 242,4
Amortização do ágio – (114,7) (114,7)
Aquisição de minoritários Quinsa 116,8 504,4 621,2 77
Dividendos recebidos e a receber (1.603,0) – (1.603,0)
Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas (4,2) – (4,2)
(iv)
Ganho de participação em controladas 0,6 – 0,6
Aporte de capital na controlada Skol 82,6 – 82,6
Aporte de capital na controlada Eagle 745,3 – 745,3
Aporte de capital na controlada AmBev International 32,1 – 32,1
Aporte de capital na controlada AmBev Bebidas 265,8 – 265,8
Aporte de capital na controlada CRBS 24,7 – 24,7
Aporte de capital na controlada Goldensand 121,6 – 121,6
Aporte de capital na controlada Dahlen 804,2 – 804,2
(vi)
Reflexos da Lei 11.638/2007 (100,1) – (100,1)
Variação cambial de conversão em controladas 288,4 – 288,4
(v)
Reclassificação ágio para grupo Intangível – (728,8) (728,8)
Saldo em 31 de dezembro de 2008 19.895,3 – 19.895,3
Em 31 de dezembro de 2008, o saldo de Participações em controladas inclui o saldo de Provisão para passivo a descoberto na Goldensand no valor de R$114,1
registrado, na Controladora, no Exigível a longo prazo.
(i)
Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt AS na Labatt Canadá no montante de R$1.284,7 (R$1.129,4, em 2007).
(ii)
Ganho decorrente da variação de percentual nas controladas CRBS e Fratelli Vita.
(iii)
Alienação dos investimentos Miranda Correa, CRBS e Skol.
(iv)
Ganho de participação nas controladas Skol, CRBS e Fratelli.
(v)
Em conformidade com o CPC 4 – Intangíveis, todos os ágios da Companhia estão classificados no grupo de Intangível conforme nota 7.
(vi)
Reserva proveniente da Lei 11.638/2007 relativo a reflexo dos ajustes feitos pelas investidas.

b) Deságio – Consolidado:

31.12.08 31.12.07
Amortização Valor Valor
Deságio Custo acumulada residual Residual
Quilmes International (50,1) 31,8 (18,3) (24,4)
AmBev Ecuador (18,5) 10,3 (8,2) (10,3)
(68,6) 42,1 (26,5) (34,7)

DF.indd Sec1:77 24/4/2009 06:03:43


c) Informações sobre controladas diretas

Em 31 de dezembro de 2008
Resultado de
Participação Patrimônio Resultado do Equivalência
(i) (i)
Controlada % Líquido período ajustado Investimento Patrimonial
Agrega 50,00 8,4 17,3 4,2 8,6
(ii)
AmBev Bebidas 99,50 538,4 320,3 535,7 318,7
AmBev International 100,00 119,1 46,4 119,1 46,4
Anep-Antarctica Empreendimentos e
Participações Ltda. (“Anep”) 100,00 82,5 18,0 82,5 18,0
Arosuco 99,70 1.111,4 673,0 1.062,3 662,7
BSA Bebidas Ltda. 100,00 7,1 (3,3) 7,1 (3,2)
CRBS S.A. 10,68 245,3 39,1 26,2 1,5
Dahlen S.A. 100,00 908,2 3,4 908,2 3,4
Eagle 95,43 3.553,8 845,8 3.391,7 807,0
Fazenda do Poço Agrícola e Florestamento S.A.
(“Fazenda do Poço”) 91,41 0,6 – 0,6 –
Fratelli Vita 77,97 336,1 88,6 259,9 69,3
Goldensand 100,00 (114,1) 8,2 – –
Hohneck 50,69 1.042,6 130,5 528,5 66,1
Labatt AS 99,99 11.341,5 (440,2) 11.341,2 (440,2)
Lambic Holding S.A. 87,10 711,8 231,2 620,0 201,4
Malteria Pampa S.A. 60,00 440,6 117,2 236,0 47,5
Quinsa 42,43 1.876,9 707,8 796,4 300,3
Skol 11,84 758,6 90,1 89,8 9,5
20.009,4 2.117,0

Em 31 de dezembro de 2007
Resultado de
Participação Patrimônio Resultado do Equivalência
78 Controlada % Líquido período ajustado Investimento
(i)
Patrimonial
(i)

Agrega 50,00 7,1 7,0 3,6 3,5


(ii)
AmBev Bebidas 99,50 253,9 13,6 252,6 13,6
AmBev International 100,00 1,3 1,3 1,3 1,3
Anep-Antarctica Empreendimentos e
Participações Ltda. (“Anep”) 100,00 102,2 31,0 102,2 31,0
Arosuco 99,70 624,3 356,1 585,0 349,1
(iii)
BAH – – 56,6 – 56,6
BSA Bebidas Ltda. 100,00 10,3 – 10,3 –
CRBS S.A. – – – – 2,1
Dahlen S.A. 100,00 38,3 (1,9) 38,3 (1,9)
Eagle 99,96 1.835,6 (380,7) 1.835,1 (380,6)
Fazenda do Poço Agrícola e Florestamento S.A.
(“Fazenda do Poço”) 91,41 0,6 – 0,6 –
Fratelli Vita 77,97 428,6 86,6 331,8 65,1
Goldensand 100,00 (244,0) 3,4 – –
Hohneck S.A. 50,69 983,9 (101,4) 498,8 (51,3)
Labatt AS 99,99 12.447,6 (363,2) 12.447,4 (363,1)
Lambic Holding S.A. 87,10 353,6 48,0 308,0 41,8
Malteria Pampa S.A. 60,00 181,4 59,7 103,4 39,3
(iv)
Cervejaria Miranda Correa S.A. – – – – 17,9
Quinsa 34,53 1.386,1 394,8 478,6 80,3
(v)
Skol – – – – (43,9)
16.997,0 (139,2)
(i)
Alguns valores podem não corresponder diretamente aos percentuais de participação devido aos lucros não realizados entre empresas do grupo.
(ii)
Nova denominação social da empresa Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda.
(iii)
Empresa incorporada pela AmBev em 29 de junho de 2007.
(iv)
Empresa incorporada pela AmBev Bebidas em 30 de novembro de 2007.
(v)
Vide Nota 5 (a) (iii).

d) Principais participações indiretas relevantes em controladas:


Total de participação indireta – %
Denominação 31.12.08 31.12.07
Exterior
Quinsa 57,38 56,83
Jalua Spain S.L. 100,00 100,00
Monthiers 100,00 100,00
Aspen 100,00 100,00

DF.indd Sec1:78 24/4/2009 06:03:44


6. Imobilizado
a) Composição
Controladora
31.12.08 31.12.07
Depreciação Valor Valor Taxas anuais de
(i)
Custo acumulada residual residual depreciação
Imobilizado
Terrenos 75,8 – 75,8 94,5
Prédios e construções 1.410,7 (751,5) 659,2 693,5 4,00%
Máquinas e equipamentos 3.863,4 (2.990,5) 872,9 953,3 10,00%
Bens/equipamentos de uso externo 1.375,6 (724,7) 650,9 641,3 20,00%
(ii)
Outros imobilizados 57,2 (36,1) 21,1 15,2 20,02%
Imobilizado em andamento 344,0 – 344,0 209,1
7.126,7 (4.502,8) 2.623,9 2.606,9

Consolidado
31.12.08 31.12.07
Depreciação Valor Valor Taxas anuais de
(i)
Custo acumulada residual Residual depreciação
Imobilizado
Terrenos 337,6 – 337,6 284,7
Prédios e construções 3.182,4 (1.539,2) 1.643,2 1.465,9 4,0%
Máquinas e equipamentos 10.564,1 (7.798,2) 2.765,9 2.312,2 10,0%
Bens/equipamentos de uso externo 2.822,2 (1.571,8) 1.250,4 1.012,8 20,0%
(ii)
Outros imobilizados 285,2 (191,9) 93,3 89,9 19,99%
Imobilizado em andamento 792,4 – 792,4 427,8
17.983,9 (11.101,1) 6.882,8 5.593,3
(i)
79
As taxas podem ter acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado.
(ii)
Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2008 e 2007.

A Companhia e suas controladas mantêm bens do ativo imobilizado destinados à venda, em 31 de dezembro de 2008, no valor
residual de R$64,2 na Controladora e R$68,3 no Consolidado (R$68,2 e R$103,0 na Controladora e no Consolidado,
respectivamente, em 31 de dezembro de 2007), que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão
para perda potencial na realização, no montante de R$36,1 na Controladora e R$37,3 no Consolidado (R$36,2 na Controladora
e R$37,4 no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2007).
b) Bens dados em garantia
Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2008, existem bens
móveis e imóveis, cujo saldo líquido contábil, no montante de R$451,1 (R$608,8 em 31 de dezembro de 2007), foram conferidos
como garantias de empréstimos bancários. Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.

7. Intangível
Controladora
31.12.08 31.12.07
Amortização Valor Valor
Custo acumulada residual Residual
Desimpedimento de área 968,3 (740,9) 227,4 232,0
(i)
Ágio BAH 2.331,1 (734,1) 1.597,0 1.914,8
(i)
Ágio Pati do Alferes 12,4 (12,4) – 2,5
(i)
Ágio Pilcomayo 24,8 (24,8) – 5,0
(i)
Ágio CBB 702,8 (665,3) 37,5 107,7
(i)
Ágio Astra 109,1 (66,8) 42,3 54,6
(i)
Ágio Miranda Correa 5,5 (3,5) 2,0 2,5
(–) Provisão para recuperação de ativos – CPC 1 (2,0) – (2,0) –
(ii)
Ágio Quinsa 504,4 (78,1) 426,3 –
(ii)
Ágio Goldensand 363,1 (60,5) 302,6 338,9
(ii)
Ágio Maltaria Pampa – – – 0,2
Softwares 260,5 (179,0) 81,5 90,4
Marcas e patentes 7,8 (4,1) 3,7 3,7
Outros intangíveis 4,4 (3,0) 1,4 2,5
Projetos 81,9 (71,1) 10,8 –
5.374,1 (2.643,6) 2.730,5 2.754,8

DF.indd Sec1:79 24/4/2009 06:03:45


Consolidado
31.12.08 31.12.07
Amortização Valor Valor
Custo acumulada residual Residual
Desimpedimento de área 1.165,8 (878,8) 287,0 255,6
(i)
Ágio BAH 2.331,1 (734,1) 1.597,0 1.914,8
(i)
Ágio s/ investimentos incorporados – Pati do Alferes 12,4 (12,4) – 2,5
(i)
Ágio s/ investimentos incorporados – Pilcomayo 24,8 (24,8) – 5,0
(i)
Rentabilidade futura (Incorporação CBB) 702,8 (665,4) 37,4 107,7
(i)
Rentabilidade futura (Astra) 109,1 (66,8) 42,3 54,6
(i)
Miranda Correa 5,5 (3,5) 2,0 2,5
(–) Provisão para recuperação de ativos – CPC 1 (2,0) – (2,0) –
(ii)
Labatt Canadá 16.383,3 (4.418,9) 11.964,4 13.249,1
(ii)
Lakeport ( Nota 1(b) (vii)) 397,0 (69,3) 327,7 343,9
(ii)
QIB 93,3 (53,2) 40,1 50,0
(ii)
Quinsa (Nota 1(b)(ii)) 1.623,9 (760,8) 863,1 508,4
(ii)
Cympay 26,6 (21,2) 5,4 7,9
(ii)
Embodom 224,1 (104,8) 119,3 141,4
(ii)
Maltaria Pampa 18,8 (18,8) – 2,0
(ii)
Ind. Del Atlântico 5,1 (2,5) 2,6 3,0
(ii)
Goldensand ( Nota 1(b) (viii)) 363,1 (60,5) 302,6 338,9
(ii)
Cintra (Nota 1(b) (viii)) 13,1 (2,2) 10,9 12,2
(ii)
Lambic (Nota 1(b) (iv)) 36,8 (3,7) 33,1 –
(ii)
AmBev Ecuador 0,8 (0,2) 0,6 0,7
(ii)
Subsidiárias Labatt Canadá 3.160,3 (3.132,1) 28,2 27,8
(ii)
Subsidiárias Quinsa (consolidadas) 1.068,9 (719,9) 349,0 308,0
Softwares 364,9 (242,4) 122,5 123,9
Marcas e patentes 27,8 (4,4) 23,4 6,2
Outros intangíveis 6,1 (3,4) 2,7 2,5
80 Projetos 81,9 (71,1) 10,8 –
28.245,3 (12.075,2) 16.170,1 17.468,6
(i)
Ágios reclassificados do ativo diferido (decorrentes de controladas incorporadas) para o grupo de intangível, de acordo com o CPC 04.
(ii)
Ágios reclassificados do investimento para o grupo de intangível, de acordo com o CPC 04. A amortização desses ágios, outrora classificada no grupo de
Outras Despesas Operacionais, passa, à partir de 2008 a ser apresentada no grupo de Depreciação e Amortização.

8. Empréstimos, Financiamentos e Debêntures


Controladora
Circulante Não circulante
Vencimento Taxa Média
Modalidade e finalidade final Ponderada Moeda 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Em reais
Incentivos fiscais de ICMS Mar/2018 2,68% R$ 7,8 45,4 185,0 169,6
Investimentos no permanente Ago/2013 9,24% R$ 110,0 163,4 141,5 194,8
Nota Promissória Abr/2009 102,00% CDI R$ 1.636,2 – – –
Capital de Giro – – R$ – 46,7 – –
Crédito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ 95,2 – – 85,3
Crédito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ 432,9 – – 391,4
Total em reais 2.282,1 255,5 326,5 841,1
Em moeda estrangeira
Capital de giro – – E UR – 438,8 – –
Capital de giro – – YEN – 379,1 – –
Capital de giro – – USD – 24,8 – –
Financiamento de importação – – USD – 50,7 – –
Bond 2011 Dez/ 2011 10,50% USD 6,0 4,6 1.273,7 885,7
Bond 2013 Set/ 2013 8,75% USD 35,5 26,8 1.183,4 885,7
Investimentos no permanente Jan/2011 5,18% UMBNDES 14,0 20,9 14,4 21,0
Total em moeda estrangeira 55,5 945,7 2.471,5 1.792,4
Total empréstimos e
Financiamentos 2.337,6 1.201,2 2.798,0 2.633,4
Debêntures 2009 Jul/2009 101,75% CDI R$ 844,0 21,8 – 817,1
Debêntures 2012 Jul/2012 102,50% CDI R$ 42,5 33,7 1.247,3 1.248,0
Total debêntures 886,5 55,5 1.247,3 2.065,1
Total Geral 3.224,1 1.256,7 4.045,3 4.698,6

DF.indd Sec1:80 24/4/2009 06:03:45


Consolidado
Circulante Não circulante
Vencimento Taxa Média
Modalidade e finalidade final Ponderada Moeda 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Em reais
Incentivos fiscais de ICMS Mar/2018 2,68% R$ 8,5 45,5 190,9 174,1
Investimentos no permanente Ago/2013 9,24% R$ 110,0 190,6 141,5 204,3
Capital de Giro (Labatt) Jan/2012 14,39% R$ 10,5 – 1.186,0 –
Capital de Giro – – R$ – 74,6 – 1.190,9
Notas Promissórias Abr/2009 102,00% CDI R$ 1.636,2 – – –
Crédito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ 95,2 – – 85,3
Crédito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ 432,9 – – 391,3
Bond 2017 (Nota 8 (e)) Jul/2017 9,50% R$ 12,4 12,3 217,2 300,0
Total em reais 2.305,7 323,0 1.735,6 2.345,9

Capital de giro Set/2011 6,70% USD 149,9 84,6 40,9 46,5


Moeda estrangeira
Capital de giro Out/2012 BA+3,56% CAD – – 723,0 325,0
Capital de giro Set/2010 24,96% VEF 157,2 – 37,2 –
Capital de giro Dez/2012 24,00% DOP 2,9 103,4 10,6 –
Capital de giro Ago/2011 8,65% GTQ 29,4 16,0 27,1 35,9
Capital de giro Out/2010 7,03% PEN 50,7 85,3 96,0 114,5
Capital de giro Nov/2009 8,29% BOB 37,8 28,7 – –
Capital de giro – – E UR – 438,8 – –
Capital de giro – – YEN – 379,1 – –
Capital de giro – – ARS – 36,3 – –
Capital de giro – – UYU – 4,6 – –
Capital de giro – – VEB – 117,6 – –
Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 6,0 4,6 1.273,7 885,7
Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 35,4 26,8 1.183,4 885,7 81
Financiamento de Importação Out/2011 5.49% USD – 101,4 – 3,5
Investimento no permanente Mar/2012 7,31% USD 88,4 68,8 215,0 227,6
Investimento no permanente Mar/2009 23,50% ARS 103,0 132,9 – –
Investimento no permanente Jan/2011 5,18% UMBNDES 14,0 20,9 14,3 21,1
Investimento no permanente – – DOP – 9,6 – 36,3
Matéria Prima Out/2011 6,50% USD 3,4 – 0,5 –
Notes Serie A (notas 8 (d) (ii) – – USD – 287,1 – –
Notes Serie B (notas 8 (d)(ii) – – CAD – 90,3 – –
Sênior Notes – BRI Dez/2011 7,50% CAD – – 169,9 160,3
Outros Dez/2013 13,40% ARS 7,1 8,9 10,4 12,0
Outros Jun/2009 8,50% PYG 82,6 49,2 – –
Outros Dez/2016 5,87% USD 0,7 2,9 279,8 210,8
Total em moeda estrangeira 768,5 2.097,8 4.081,8 2.964,9
Total Empréstimos e
Financiamentos 3.074,2 2.420,8 5.817,4 5.310,8
Debêntures 2009 Jul/2009 101,75%CDI R$ 844,0 21,8 – 817,1
Debêntures 2012 Jul/2012 102,50%CDI R$ 42,5 33,7 1.247,3 1.248,0
Total debêntures 886,5 55,5 1.247,3 2.065,1
Total Geral 3.960,7 2.476,3 7.064,7 7.375,9

Abreviaturas utilizadas:
EUR – Euro Com. Européia
YEN – Iêne Japonês
CAD – Dólar Canadense
BA – Bankers Acceptance – Correspondente a 1,41 % a.a. em 31.12.08
TJLP – Taxa de Juros a Longo Prazo – correspondente a 6,25% a.a. em 31.12.08
CDI – Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 13,62% a.a em 31.12.08
UMBNDES – Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de Moedas
a) Classificação dos passivos financeiros
Os passivos financeiros da Companhia são classificados na categoria de “Passivos financeiros não mensurados pelo valor
justo”, sendo dessa forma reconhecidos com base no custo amortizado, utilizando a taxa interna de retorno para cálculo
dos juros, com exceção dos Bonds 2011, 2013 e 2017 cujos riscos protegidos sofrem variações de seu valor justo com
reconhecimento no resultado do exercício, tratamento semelhante ao dos derivativos de proteção, conforme aplicação
da contabilidade de hedge (hedge accounting).

DF.indd Sec1:81 24/4/2009 06:03:46


b) Garantias

Determinados empréstimos e financiamentos relacionados à aquisição de bens do imobilizado estão garantidos por
hipoteca de imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Vide Nota explicativa 6 (b).

As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações da Labatt e Quinsa, possuem contratos de dívidas e compras de
matérias primas garantidas por avais ou fianças da AmBev.

c) Vencimentos

Em 31 de Dezembro de 2008, os empréstimos, os financiamentos e debêntures a longo prazo vencem conforme


demonstrado a seguir:
Controladora Consolidado
2010 297,6 530,4
2011 1.298,9 2.139,6
2012 1.260,7 2.708,5
2013 1.188,1 1.190,6
2014 em diante – 495,5
Total Longo Prazo 4.045,3 7.064,7

d) Incentivos fiscais de ICMS

Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Passivo circulante
Financiamentos 7,8 45,4 8,5 45,5
Diferimento de impostos sobre vendas 50,7 22,4 52,7 24,1
82 Passivo não circulante
Financiamentos 185,0 169,6 190,9 174,1
Diferimento de impostos sobre vendas 381,0 450,2 583,0 617,4

Os saldos classificados em financiamentos referem–se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o
pagamento de uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média, por
um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICMS.
Os demais saldos referem–se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de
programas de incentivo à indústria. As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar
regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente
por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no
passivo circulante, na rubrica "Demais tributos e contribuições a recolher", e no passivo não circulante, na rubrica
“Diferimento de impostos sobre vendas”.
e) Labatt Canadá
Em 14 de janeiro de 2007, foi contratado um empréstimo de R$473,7 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa
de 12,13% ao ano e data de vencimento do principal em 18 de janeiro de 2012.
f) Bond 2017
Em 24 de julho de 2007, a AmBev através de sua subsidiária integral AmBev International Finance Co. Ltd (“AmBev
International”), emitiu R$300,0 (“Bond 2017”) em títulos denominados em reais com juros fixos de 9,50% ao ano
amortizados semestralmente e vencimento em 24 de julho de 2017. Estes títulos são total e incondicionalmente
garantidos pela AmBev. Os pagamentos de juros e principal serão em dólares norte–americanos, de acordo com a taxa
de câmbio da data do respectivo pagamento.
g) Notas promissórias
Em 15 de abril de 2008 a Companhia realizou a 1ª emissão de Notas Promissórias Comerciais, no valor de R$1.500,0, em
série única, com remuneração de 102,00% do CDI. Os juros serão amortizados integralmente na data de vencimento,
que ocorrerá em 10 de abril de 2009.
h) Cláusulas contratuais
Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia e suas controladas atendem aos compromissos contratuais de suas
operações significativas de empréstimos e financiamentos.

DF.indd Sec1:82 24/4/2009 06:03:47


9. Contingências
(i) Processos com perda provável:
Controladora
31.12.08 31.12.07
Provisões Depósito Judicial Provisões Líquidas Provisões Líquidas
PIS e COFINS 42,9 (42,9) – –
ICMS e IPI 170,7 (1,6) 169,1 166,9
IRPJ e CSLL 55,0 (0,3) 54,7 56,0
Trabalhistas 199,9 (97,3) 102,6 79,1
Outros 94,6 (4,9) 89,7 84,6
Total 563,1 (147,0) 416,1 386,6

Passivo circulante 57,9 – 57,9 73,1


Passivo não circulante 505,2 (147,0) 358,2 313,5

Consolidado
31.12.08 31.12.07
Provisões Depósito Judicial Provisões Líquidas Provisões Líquidas
PIS e COFINS 73,0 (55,7) 17,3 16,7
ICMS e IPI 427,0 (1,6) 425,4 429,4
IRPJ e CSLL 70,2 (0,3) 69,9 80,0
Trabalhistas 249,5 (112,9) 136,6 137,9
Outros 152,1 (6,0) 146,1 144,4
Total 971,8 (176,5) 795,3 808,4
Passivo circulante 62,8 – 62,8 106,0
Passivo não circulante 909,0 (176,5) 732,5 702,4 83
Controladora
Atualização
Saldo em monetária e Saldo em
31.12.07 Adições Reversões Pagamentos cambial 31.12.08
PIS e COFINS 40,4 0,2 – (0,2) 2,5 42,9
ICMS e IPI 168,5 14,2 (7,6) (9,1) 4,7 170,7
IRPJ e CSLL 56,4 0,7 (3,6) (0,1) 1,6 55,0
Trabalhistas 208,7 134,5 (63,0) (80,3) – 199,9
Outros 90,9 18,6 (3,3) (12,3) 0,7 94,6
Total contingências 564,9 168,2 (77,5) (102,0) 9,5 563,1
(–) Depósitos judiciais (178,3) (67,0) 93,6 4,7 – (147,0)
Total contingências, líquido 386,6 101,2 16,1 (97,3) 9,5 416,1

Consolidado
Atualização
Saldo em monetária e Saldo em
31.12.07 Adições Reversões Pagamentos cambial 31.12.08
PIS e COFINS 70,5 0,3 (1,4) (0,2) 3,8 73,0
ICMS e IPI 430,9 37,7 (29,1) (24,5) 12,0 427,0
IRPJ e CSLL 80,4 0,7 (8,4) (0,8) (1,7) 70,2
Trabalhistas 273,3 166,9 (86,6) (109,0) 4,9 249,5
Outros 152,6 49,2 (20,4) (40,4) 11,1 152,1
Total contingências 1.007,7 254,8 (145,9) (174,9) 30,1 971,8
(–) Depósitos judiciais (199,3) (80,0) 98,0 4,8 – (176,5)
Total contingências, líquido 808,4 174,8 (47,9) (170,1) 30,1 795,3

Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:

a) ICMS e IPI

A Companhia possui diversos processos administrativos e judiciais referentes aos tributos de ICMS e IPI. Estes processos
apresentam vários motivos, dentre os quais compensações, cumprimento de liminares judiciais para não recolhimento
de imposto, creditamentos, entre outros.

DF.indd Sec1:83 24/4/2009 06:03:47


b) Trabalhistas

A Companhia e suas controladas estão envolvidas em aproximadamente 4.400 processos trabalhistas, considerados
como prováveis de perda, com ex–empregados, relacionados, principalmente, com horas extras, demissões, verbas
rescisórias e benefícios, entre outros.

c) Outros processos

A Companhia e suas controladas receberam autos de infração e/ou NFLDs movidas pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social – INSS. Estes processos questionam, entre outros assuntos, a incidência da contribuição sobre os
pagamentos de PLR – Participação nos Lucros ou Resultados, bem como a retenção desta sobre pagamentos a
fornecedores de serviços.

A Companhia e suas controladas estão envolvidas em alguns processos impetrados por ex–distribuidores as quais pedem
indenização pelo término da relação contratual de distribuição com a Companhia.

(ii) Processos com perda possível:

A Companhia e suas controladas mantém ainda em andamento outros processos cuja materialização, na avaliação dos
seus consultores jurídicos, é possível de perda, mas não provável. Para estes processos abaixo demonstrados, a
administração da Companhia entende não ser necessária a constituição de provisão para eventual perda:
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
PIS e Cofins 184,9 236,1 299,9 289,8
ICMS e IPI 1.264,7 644,4 1.325,3 768,3
IRPJ e CSLL 603,9 524,9 3.083,4 3.319,0
Trabalhistas 54,6 84,9 64,8 95,7
Cíveis 226,6 192,0 258,7 239,3
84 Outros 299,0 234,6 322,5 317,8
Total 2.633,7 1.916,9 5.354,6 5.029,9

Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja
probabilidade de ganho seja provável para serem divulgadas.

a) Lucros auferidos no exterior

A Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca
da legislação brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas
fora do país.

Baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a administração da Companhia entende que tais autuações foram
efetuadas com base em uma análise equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera
hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no período referente à autuação; (ii) desconsidera a
existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na apuração dos
valores supostamente devidos.

Em dezembro de 2008, o Conselho de Contribuintes julgou um dos processos relacionados a tributação de lucros no
exterior envolvendo a Cia. A decisão foi parcialmente favorável, sendo que a Cia apresentará recurso. A Cia., baseada na
opinião de seus consultores jurídicos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, considerando-
as como de perda possível, totalizando R$2.682,8.

b) Labatt Canadá

A Labatt Canadá foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros utilizada em certas transações e em
débitos entre companhias do grupo, e outras transações existentes no passado. O valor total da exposição pode atingir
CAD$218,0, equivalentes a R$417,0 em 31 de dezembro de 2008. Caso a Labatt Canadá seja obrigada a pagar esse
montante, CAD$110,0 será reembolsado por sua antiga controladora InBev, equivalente a R$210,4 em 31 de dezembro
de 2008.

Durante o exercício de 2008, foram feitos pagamentos totalizando CAD$115,3, equivalentes a R$220,5, conforme
requerido pelo Governo Canadense. Desse montante, a Labatt Canadá foi reembolsada pela InBev em CAD$79,2,
equivalente a R$151,5. A Labatt Canadá continua a se defender desses processos. Após considerar as movimentações do
período, o montante provável de desembolso foi avaliado em CAD$63,6, equivalente a R$121,6, e encontra-se
provisionado em "Outros passivos" em 31 de dezembro de 2008.

DF.indd Sec1:84 24/4/2009 06:03:48


c) Bônus de subscrição de ações
Determinados detentores do bônus de subscrição da Companhia emitidos em 1996 para exercício em 2003, propuseram
ações judiciais para subscrever as ações correspondentes por valor inferior ao que a Companhia entende como estabelecido
no momento da emissão do bônus, e ainda receber os dividendos correspondentes a estas ações desde o exercício de 2003
(hoje em valor aproximado de R$119,6), além de custas e honorários advocatícios. Caso a Companhia venha a perder a
totalidade das referidas ações judiciais, seria necessária a emissão de 5.536.919 ações preferenciais e 1.376.344 ações
ordinárias, recebendo em contra-partida recursos substancialmente inferiores ao valor de mercado das ações.

10. Programas Sociais


a) Instituto AmBev de Previdência Privada (“IAPP”)
A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição
definida (aberto a novas adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de
1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para o de contribuição definida. Esses planos
são custeados pelos participantes e patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar
os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a
Companhia e suas controladas contribuíram com R$1,0 (R$6,1 em 31 de dezembro de 2007) ao IAPP.
Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:
2008 2007
Valor presente das obrigações (473,0) (409,9)
Valor justo dos ativos 963,9 982,3
Ganhos e perdas não reconhecidos (37,3) (177,0)
Custo do serviço passado não reconhecido 2,2 2,5
Ativo atuarial líquido 455,8 397,9
Reserva previdencial (435,9) (379,4)
Ativo atuarial líquido 19,9 18,5 85
O superávit de ativos do IAPP está reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro
de 2008, no montante de R$19,9 (R$18,5, em 31 de dezembro de 2007), na conta "Outros ativos", valor estimado como
o limite máximo da sua utilização futura.

b) Benefícios de assistência médica e outros providos diretamente pela Companhia e controladas


A Companhia e suas controladas provém, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com
medicamentos e outros para aposentados, não sendo concedidos tais benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de
dezembro de 2008, os saldos de R$108,2 e R$167,9, respectivamente, da Controladora e Consolidado (R$97,4 e
R$224,2 da Controladora e Consolidado respectivamente, em 31 de dezembro de 2007), estão reconhecidos nas
demonstrações contábeis da Companhia na conta "Outros", no Exigível a longo prazo, nos seguintes montantes:
Plano Benefício
de Pensão Pós-Aposentadoria
Labatt Labatt AmBev Total
Valor presente da obrigação atuarial 1.680,9 196,0 151,8 2.028,7
Valor justo dos ativos (1.358,3) – – (1.358,3)
Déficit do plano 322,6 196,0 151,8 670,4
Ajustes atuariais não amortizados (464,4) (30,8) (43,6) (538,8)
Sub-total (141,8) 165,2 108,2 131,6
(i)
Plano de distribuidores 36,3 – – 36,3
Total (105,5) 165,2 108,2 167,9
(i)
A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão custeados
pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.

A movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário
independente, foi a seguinte:
AmBev Labatt Total
Saldo em 31 de dezembro de 2007 97,4 126,8 224,2
Encargos financeiros/despesas incorridas 19,9 67,9 87,8
Variação cambial – 7,5 7,5
Ajuste atuarial – 50,9 50,9
Pagamento de benefícios (9,1) (193,4) (202,5)
Saldo em 31 de dezembro de 2008 108,2 59,7 167,9

DF.indd Sec1:85 24/4/2009 06:03:49


c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência – FAHZ
Entre as principais finalidades da FAHZ está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras
assistência médico-hospitalar e odontológica, auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter
estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou mediante convênios.
A movimentação do passivo atuarial da FAHZ, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:

Saldo em 31 de dezembro de 2007 224,9


Encargos financeiros incorridos 44,2
Pagamento de benefícios (32,9)
Saldo em 31 de dezembro de 2008 236,2

O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela FAHZ foi integralmente compensado por seus ativos em 31 de
dezembro de 2008 na mesma data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas
demonstrações contábeis em virtude da possibilidade de destinação de seu uso para outros fins que não exclusivamente
relativos ao pagamento de benefícios.
d) Premissas atuariais
As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram
as seguintes:
Percentual anual (em termos nominais)
AmBev Labatt
2008 2007 2008 2007
Taxa de desconto 10,8 10,8 6,95 5,25
Taxa de retorno esperado dos ativos 11,6 9,6 7,44 7,4
Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,1 3,0 3,0
86 Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,3 7,1 8,0 8,5

11. Patrimônio Líquido


a) Capital social subscrito e integralizado

Em 31 de dezembro de 2008, o capital social da Companhia, no montante de R$6.602,0, estava representado por
614.936 mil ações, sendo 345.508 mil ações ordinárias e 269.428 mil ações preferenciais, todas nominativas e sem valor
nominal.

Em RCA de 09 de outubro de 2008, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$2,2, mediante a emissão de
24 mil ações preferenciais integralmente subscritas pelo Fundo de Investimentos do Nordeste – FINOR com recursos de
incentivos fiscais referente às destinações do exercício de 1998/ano calendário 1997.

Em RCA realizada em 25 de julho de 2008, ocorreu a subscrição e integralização pelos acionistas da Companhia de
431 mil ações ordinárias e 61 mil ações preferenciais, ao preço de R$111,48 e R$123,30 por ação, respectivamente, no
montante de R$55,7. Nessa homologação, foram deduzidas as 25 mil ações ordinárias e 95 mil ações preferenciais cujos
acionistas exerceram o direito de retratação previsto na legislação, sendo que o valor de R$14,6 referente a tal
retratação foi devolvido aos acionistas em 25/07/2008.

Em AGO/E realizada em 28 de abril de 2008, ocorreram as seguintes modificações no capital social da Companhia:

• Aumento do capital social no montante de R$307,2, mediante a emissão de 1.814 mil ações ordinárias e 852 mil
ações preferenciais, para a Interbrew e Ambrew, integralizadas com a capitalização parcial do benefício fiscal
auferido pela Companhia com a amortização parcial da Reserva especial de ágio;

• Aumento do capital social no montante de R$131,7, sem emissão de ações, correspondente à capitalização de 30%
do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da Reserva de incentivos;

• Cancelamento de 1.792 mil ações ordinárias e 10.871 mil ações preferenciais de emissão da Companhia mantidas
em tesouraria, sem diminuição do valor do capital social.

DF.indd Sec1:86 24/4/2009 06:03:49


b) Movimentações de ações do capital subscrito ocorridas durante o exercício de 2008:

Quantidade de ações – lotes de mil


Descrição Preferenciais Ordinárias Total
Em 31 de dezembro de 2007 279.362 345.055 624.417
Aumentos:
AGO/E de 28.04.08 852 1.814 2.666
RCA de 25.07.08 61 431 492
RCA de 09.10.08 24 – 24
Cancelamentos:
AGO/E de 28.04.08 (10.871) (1.792) (12.663)
Em 31 de dezembro de 2008 269.428 345.508 614.936

c) Capital autorizado

A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de 700.000 mil ações, independentemente de
reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração, que deliberará sobre as condições de
integralização, as características das ações a serem emitidas e o preço de emissão, bem como estabelecerá se o
aumento se dará por subscrição pública ou particular.

d) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutárias

O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas
em lei:

(i) Percentual de 35% sobre o lucro líquido ajustado para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus
acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superior às ações
ordinárias.
87
(ii) Montante não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o
objetivo de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição
de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva não poderá ultrapassar 80% do capital
social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição aos
acionistas ou ao aumento de capital.

(iii) Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos
administradores é atribuída a participação até o limite máximo legal. A participação nos lucros está condicionada ao
alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no início do exercício.

e) Dividendos propostos

Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios
findos em 31 de dezembro:
2008 2007
Destinações propostas:
Lucro líquido do exercício 3.059,5 2.816,4
(i)
Reserva legal (5%) – –
(–) Constituição da reserva de incentivos fiscais (142,9) –
Base de cálculo dos dividendos do exercício 2.916,6 2.816,4
(ii)
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 3.181,1 1.925,8
(–) Imposto de renda na fonte (122,8) (142,5)
(iii)
Total de dividendos distribuídos, líquidos 3.058,3 1.783,3
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo – % 104,86 63,32
Dividendos líquidos por ações em circulação
(excluídas as ações em tesouraria) – R$
Ordinárias 4,74 1,87
Preferenciais 5,21 2,05
(i)
A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser constituída
quando, somada às reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.
(ii)
Parte dos dividendos e juros sobre o capital próprio foi paga utilizando a Reserva de Investimento.
(iii)
Em RCA realizada em 22 de dezembro de 2008, foi aprovado a distribuição de juros sobre o capital próprio (“JCP”), por conta dos lucros apurados no balanço
extraordinário de 31 de agosto de 2008, a serem imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2008, à razão de R$0,3900 por ação
ordinária e R$0,42900 por ação preferencial. A distribuição de JCP foi tributada na forma da legislação em vigor, o que resultou em uma distribuição líquida
de JCP de R$0,33150 por ação ordinária e R$0,36465 por ação preferencial.

DF.indd Sec1:87 24/4/2009 06:03:50


Referidos pagamentos foram efetuados a partir de 30 de janeiro de 2009 (ad referendum da Assembléia Geral Ordinária
referente ao exercício social que findou-se em 31 de dezembro de 2008) com base na posição acionária de 14 de
janeiro de 2009 para os acionistas da Bovespa e 19 de janeiro de 2009 para os acionistas da NYSE, sem incidência de
correção monetária. As ações e ADR’s foram negociados ex-dividendos a partir de 15 de janeiro de 2009.
f) Juros sobre o capital próprio
As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio líquido,
que são dedutíveis para fins tributários, podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos.
Embora registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e
coligadas, e despesa financeira, por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas, esses juros são
reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos para fazer refletir a essência da transação,
portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado. Consequentemente, nas
demonstrações contábeis, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre o
capital recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são
registrados a débito de lucros acumulados.
Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do
pagamento, prescrevem e são revertidos a favor da Companhia (Lei n° 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).
g) Ações em tesouraria
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Companhia adquiriu no mercado 2.104.917 mil ações preferenciais,
ao custo médio ponderado de R$121,19, sendo o custo máximo de R$126,52, o custo mínimo de R$98,90 e 258.479 mil
ações ordinárias, ao custo médio ponderado de R$108,53, sendo o custo máximo de R$111,48 e o custo mínimo de R$86,20.
A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foi a seguinte:

88 Quantidade de ações – lotes de mil


Descrição Preferenciais Ordinárias Total R$
Em 31 de dezembro de 2007 7.668 1.191 8.859 1.158,9
Movimentação ocorrida durante o período:
Recompra de ações do Plano 2.213 473 2.686 347,0
Aquisições de ações – Mercado 2.105 257 2.362 283,3
Cancelamentos de ações (10.872) (1.791) (12.663) (1.638,2)
Transferência ações para acionistas do Plano de ações (287) (25) (312) (41,7)
Em 31 de dezembro de 2008 827 105 932 109,3

Em 3 de março de 2008, foi aprovado o encerramento do programa de recompra de ações lançado em 12 de dezembro
de 2007. Nesta mesma data, a Companhia lançou novo programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais de
sua emissão, até o montante de R$750,0 cujo vencimento ocorreu em 26 de fevereiro de 2009, em conformidade com a
Instrução CVM n° 10/80 e suas alterações posteriores.
h) Ajustes de avaliação patrimonial
Em conformidade com a Lei 11.638/07 e Medida Provisória 449/08, foram reconhecidos no Patrimônio Líquido da
Companhia, no grupo “Ajustes de avaliação patrimonial”, os seguintes efeitos:
Controladora
31.12.08

Patrimônio Líquido – Ajustes de avaliação patrimonial


Ajuste de variação cambial na conversão de demonstrações financeiras 530,9
Equivalência patrimonial – Reflexos dos ajustes da Lei 11638/07 nas investidas (100,1)
Hedge Reserves – custo 409,9
Hedge Reserves – Outros 8,4
IR/CS diferido sobre Hedge – PL (139,4)
709,7

12. Plano de Compra de Ações (“Plano”)


A AmBev tem um plano para aquisição de ações por funcionários, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano é
administrado pelo Conselho de Administração. O Conselho de Administração cria, periodicamente, programas de compra de ações,
definindo seus termos e os funcionários a serem beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão adquiridas.

DF.indd Sec1:88 24/4/2009 06:03:51


As opções concedidas a partir de 2006 tem prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após a sua
concessão. Na hipótese de término da relação de emprego, os direitos às opções de compra de ações sob determinadas
condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las com base
nas premissas estabelecidas no Plano.
Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo
financiamento das compras de ações. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo em aberto dos financiamentos refere-se aos
planos concedidos anteriormente a 2003 e totaliza R$27,1 no consolidado (R$41,6 em 31 de dezembro de 2007). Os
financiamentos são garantidos pelas ações financiadas.
A movimentação das opções de compra de ações no exercício findo em 31 de dezembro foi a seguinte:
Opção de compra – lotes de mil ações
2008 2007
Descrição Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias
Saldo de opções de compra de ações no início do exercício 2.296 155 243.383 33.825
(*)
Grupamento de ações (240.949) (33.487)
Movimentação ocorrida durante o período:
Exercidas (129) (25) (614) (123)
Canceladas (141) (18) (390) (60)
Concedidas 803 – 866 –
Saldo de opções de compra de ações ao final do exercício 2.829 112 2.296 155
(*)
Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a).

13. Tesouraria
a) Instrumentos financeiros derivativos
A utilização de derivativos pela empresa segue estritamente as determinações de nossa política de riscos financeiros 89
aprovada pelo Conselho de Administração. O objetivo da política é fornecer diretrizes para a gestão de riscos financeiros
inerentes ao mercado de capitais no qual a AmBev executa suas operações. A política abrange 4 (quatro) pontos
principais: (i) estrutura de capital, financiamentos e liquidez, (ii) riscos transacionais relacionados ao negócio, (iii) riscos
de translation e conversão de balanços e (iv) riscos de crédito de contrapartes financeiras.
A política estabelece que todos os passivos e ativos financeiros em cada país onde mantemos operações, sempre que
possível, devem ser mantidos em suas respectivas moedas locais. A política também determina os procedimentos e
controles necessários para identificação, mensuração e minimização de riscos de mercado, tais como variações nos
níveis de câmbio, juros e commodities (principalmente alumínio, trigo e açúcar) que possam afetar o valor de nossas
receitas, custos e/ou investimentos. A política determina que todos os riscos atualmente registrados (por exemplo
câmbio e juros) devem ser protegidos por meio de contratação de instrumentos derivativos. Riscos existentes mas ainda
não reconhecidos (por exemplo aquisição futura de matérias primas ou bens do imobilizado) devem ser protegidos com
base em forecasts pelo período necessário para a Companhia se adaptar ao novo cenário de preços, que pode variar de
seis a dezoito meses, também com a utilização de instrumentos derivativos. Qualquer exceção à política deve ser
aprovada pelo Conselho de Administração.
Para atingir seus objetivos, a Companhia e suas subsidiárias utilizam-se de derivativos de câmbio, juros e commodities.
Os instrumentos derivativos autorizados pela política de riscos são contratos futuros negociados em bolsa, deliverable
forwards, non deliverable forwards e swaps. Em 31 de dezembro de 2008 a Companhia e suas subsidiárias não possuíam
nenhuma operação de target forward, swaps com verificação ou quaisquer outras operações de derivativos que
impliquem em alavancagem além do valor nominal de seus contratos. A Companhia e suas subsidiárias não efetuam
aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. As operações de derivativos são
classificadas por estratégias de acordo com o seu objetivo, conforme demonstrado abaixo:
i) Hedge financeiro – operações contratadas com o objetivo de proteção do endividamento líquido da Companhia
contra as variações de câmbio e taxas de juros. Os derivativos utilizados para proteger os riscos relacionados aos
Bonds 2011, 2013 e 2017 foram designados como instrumentos de Hedge de Valor Justo, de acordo com as
disposições do CPC 14. Dessa forma, seus resultados, mensurados conforme seu valor justo, são reconhecidos em
cada período de apuração no resultado financeiro.
ii) Hedge operacional – operações contratadas com o propósito de minimizar a exposição da Companhia à flutuação
de câmbio e preços de matérias-primas, investimentos, equipamentos e serviços a serem adquiridos. Todos os
derivativos alocados nesta estratégia são designados como instrumentos de Hedge de Fluxo de Caixa. Desta forma,
os resultados líquidos destas operações, apurados pelo seu valor justo, são alocados em conta do patrimônio
líquido até o momento do reconhecimento do item protegido, quando os resultados acumulados são alocados na
conta contábil correspondente, de acordo com as disposições do CPC 14.

DF.indd Sec1:89 24/4/2009 06:03:52


iii) Hedge fiscal – operações contratadas com o objetivo de minimizar o impacto fiscal de operações realizadas entre a
Companhia e suas subsidiárias. Os resultados líquidos destas operações são reconhecidos por competência em cada
período no resultado de imposto de renda.
Em 31 de dezembro de 2008 e 2007, os montantes contratados destes instrumentos e os seus respectivos valores justos,
assim como os efeitos acumulados em cada exercício estão demonstrados na tabela abaixo:

Valor Nocional Valor Justo Resultado(2)


Finalidade / Risco / Instrumento 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Moeda Estrangeira Contratos Futuros(1) 1.630,0 1.164,2 (53,0) 11,3 408,9 (244,8)
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 984,7 361,1 161,2 (6,8) 174,6 7,0
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards 315,8 55,3 13,4 (0,2) 9,7 (1,2)
Taxas de Juros Contratos Futuros(1) (1.000,0) – (0,5) – (12,7) –
Commodity Contratos Futuros(1) 236,8 83,5 (53,0) 2,8 (86,3) (4,8)
Commodity Swaps 471,0 420,2 (293,7) (27,8) (303,7) (40,5)
Hedge Operacional 2.638,3 2.084,3 (225,6) (20,7) 190,5 (284,3)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros(1) (713,4) (786,4) 23,2 (4,7) (34,1) 187,6
Moeda Estrangeira Swaps 2.635,6 3.996,4 172,9 (535,1) 347,0 (896,9)
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 1.469,3 1.198,7 379,3 – 41,1 119,1
Taxas de Juros Contratos Futuros(1) 382,0 450,0 (0,2) 0,0 (0,3) (3,4)
Taxas de Juros Swaps 921,7 886,8 14,6 (139,6) (23,0) (59,8)
Hedge Financeiro 4.695,2 5.745,5 589,8 (679,4) 330,7 (653,4)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros(1) (1.590,3) (900,5) 52,7 (9,2) (302,3) 232,4
Hedge Fiscal (1.590,3) (900,5) 52,7 (9,2) (302,3) 232,4
Total Derivativos 5.743,2 6,929,3 416,9 (709,3) 218,9 (705,3)
(1)
Os contatos futuros são negociados em bolsas organizadas de futuros enquanto que os demais instrumentos financeiros derivativos são negociados
diretamente com instituições financeiras.
(2)
Resultado gerado pelas operações durante o ano de 2008. Desse montante, R$28,4 foram reconhecidos no resultado do ano, R$330,7 no resultado
financeiro e R$(302,4) no resultado de imposto de renda e contribuição social e o ganho de R$190,5 foi alocado no patrimônio líquido, amortizando
parcialmente os ganhos acumulados em períodos anteriores as quais serão reconhecidas em períodos futuros no resultado, imobilizado ou investimentos de
acordo com a natureza de cada proteção.

90 Estes instrumentos, em 31 de dezembro de 2008, apresentavam as seguintes faixas de vencimentos de Valor Justo e
Valor Nocional por instrumento:
Valor Justo
Finalidade / Risco / Instrumento 2009 2010 2011 2012 >2012 Total
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (46,0) (6,9) – – – (52,9)
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 161,7 (0,5) – – – 161,2
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards 14,0 (0,6) – – – 13,4
Taxas de Juros Contratos Futuros (0,1) (0,4) – – – (0,5)
Commodity Contratos Futuros (49,7) (3,4) – – – (53,1)
Commodity Swaps (293,7) – – – – (293,7)
Hedge Operacional (213,8) (11,8) – – – (225,6)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 18,1 (1,8) 4,8 (1,6) 3,7 23,2
Moeda Estrangeira Swaps – – 164,2 – 8,7 172,9
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 297,7 – – 81,7 – 379,4
Taxas de Juros Contratos Futuros (0,0) (0,0) (0,0) (0,0) (0,2) (0,2)
Taxas de Juros Swaps (32,0) 46,5 – – – 14,5
Hedge Financeiro 283,8 44,7 169,0 80,1 12,2 589,8
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 52,7 – – – – 52,7
Hedge Fiscal 52,7 – – – – 52,7
Total Derivativos 122,7 32,9 169,0 80,1 12,2 416,9

Valor Nocional
Finalidade/Risco/Instrumento 2009 2010 2011 2012 >2012 Total
Moeda Estrangeira Contratos Futuros 1.408,0 222,0 – – – 1.630,0
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 975,2 9,5 – – – 984,7
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards 305,1 10,6 – – – 315,8
Taxas de Juros Contratos Futuros (700,0) (300,0) – – – (1.000,0)
Commodity Contratos Futuros 199,1 37,8 – – – 236,9
Commodity Swaps 471,0 – – – – 471,0
Hedge Operacional 2.658,4 (20,1) – – – 2.638,3
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (510,6) 58,4 (169,4) 64,9 (156,6) (713,3)
Moeda Estrangeira Swaps – – 1.247,7 – 1.387,9 2.635,6
Moeda Estrangeira Non Deliverable Forwards 1.188,8 – – 280,4 – 1.469,2
Taxas de Juros Contratos Futuros 447,5 (5,0) (5,0) (2,5) (53,0) 382,0
Taxas de Juros Swaps 300,0 621,7 – – – 921,7
Hedge Financeiro 1.425,7 675,1 1.073,3 342,8 1.178,3 4.695,2
Moeda Estrangeira Contratos Futuros (1.590,3) – – – – (1.590,3)
Hedge Fiscal (1.590,3) – – – – (1.590,3)
Total Derivativos 2.493,8 655,0 1.073,3 342,8 1.178,3 5.743,2

DF.indd Sec1:90 24/4/2009 06:03:52


A Companhia identificou os principais fatores de risco que podem gerar prejuízos para as suas operações com
instrumentos financeiros derivativos. Com isso, desenvolvemos uma análise de sensibilidade, conforme determinado pela
o
CVM através da Instrução n 475, que requer que sejam apresentados mais dois cenários com deterioração de 25% e
50% da variável de risco considerado. Estes cenários poderão gerar impactos nos resultados e/ou no fluxo de caixa
futuros da empresa, conforme descrito abaixo:
1 – Cenário Base: manutenção dos níveis de preço de câmbio, juros e commodities nos mesmos níveis observados em 31
de dezembro de 2008.
2 – Cenário Adverso: deterioração de 25% no fator de risco principal de cada transação em relação ao nível verificado
em 31 de dezembro de 2008.
3 – Cenário Remoto: deterioração de 50% no fator de risco principal de cada transação em relação ao nível verificado
em 31 de dezembro de 2008.
Além de apresentarmos os efeitos possíveis nos resultados individuais das operações de derivativos, apresentamos na
análise os efeitos das operações de derivativos contratadas para proteção patrimonial em conjunto com os objetos de
hedge de cada transação.
Cenário Cenário Cenário VaR
(i)
Fator de Risco Instrumento Financeiro Risco Base Adverso Remoto (R$)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros Desvalorização do Dólar (53,0) (407,5) (815,0) 266,7
Moeda Estrangeira NDFs Desvalorização do Dólar e Euro 161,2 (246,2) (492,4) 47,7
Moeda Estrangeira Deliverable Forwards Desvalorização do Dólar 13,4 (78,9) (157,9) 9,1
Taxas de Juros Contratos Futuros Redução do CDI (0,5) (5,2) (10,9) 3,3
Commodity Contratos Futuros Desvalorização das Commodities (53,0) (59,2) (118,4) 56,3
Commodity Swaps Desvalorização das Commodities (293,7) (117,8) (235,5) 61,8
Hedge Operacional (225,6) (914,8) (1.830.1)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros Desvalorização do Dólar 23,2 (178,3) (356,7) 116,7
Moeda Estrangeira Swaps Desvalorização do Dólar 172,9 (658,9) (1.317,8) 67,4 91
Moeda Estrangeira NDFs Desvalorização do Dólar 379,3 (367,3) (734,6) 26,6
Taxas de Juros Contratos Futuros Aumento da Taxa de Juros (0,2) (16,1) (32,6) 6,2
Taxas de Juros Swaps Aumento da Taxa de Juros 14,6 (14,7) (47,7) 13,5
Hedge Financeiro 589,8 (1.235,3) (2.489,4)
Moeda Estrangeira Contratos Futuros Valorização do Dolar 52,7 (397,6) (795,2) 260,2
Hedge Fiscal 52,7 (397,6) (795,2)
Total Derivativos 416,9 (2.547,7) (5.114,7)
(i)
Informação não auditada.

Transação Risco Cenário Base Cenário Adverso Cenário Remoto


Hedge Cambial 91,6 (654,6) (1.309,6)
Desvalorização do Dólar e Euro
Compras de Insumos (91,6) 654,6 1.309,6
Hedges de Commodities (346,8) (177,0) (353,9)
Queda no Preço das Commodities
Compras de Insumos 346,8 177,0 353,9
Hedge Cambial 29,6 (83,3) (166,6)
Desvalorização do Dólar e Euro
Compra de Capex (29,6) 83,3 166,6
Hedge Operacional (225,6) (914,8) (1.830,1)
Compra Operacionais 225,6 914,8 1.830,1
Efeito Líquido – –
Hedge Cambial 575,4 (1.204,5) (2.409,1)
Desvalorização de Moeda Estrangeira
Dívida Líquida (575,4) 1.204,5 2.409,1
Hedge de Juros 14,4 (30,8) (80,3)
Aumendo da Taxa de Juros
Despesa com Juros (14,4) 30,8 80,3
Hedge Financeiro 589,8 (1.235,3) (2.489,4)
Dívida Líquida e Juros (589,8) 1.235,3 2.489,4
Efeito Líquido – –
Hedge Cambial 52,7 (397,6) (795,2)
Valorização do Dólar
Despesas Fiscais (52,7) 397,6 795,2
Hedge Fiscal 52,7 (397,6) 795,2
Despesas Fiscais (52,7) 397,6 795,2
Efeito Líquido – –

DF.indd Sec1:91 24/4/2009 06:03:53


(i) Hedge Operacional
Durante o ano de 2008, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações de hedge de moedas e
commodities, na conta "Custos dos Produtos Vendidos":
Diminuição (Aumento) líquido
Descrição no custo dos produtos vendidos
Hedge de moedas (74,8)
Hedge de alumínio (21,8)
Hedge de açúcar 18,9
Hedge de trigo (5,4)
Hedge de combustível (0,9)
Total (84,0)

Em 31 de dezembro de 2008, ganhos não realizados no montante de R$212,4 foram alocados no patrimônio
líquidos. Este ganho será reconhecido a crédito no resultado da Companhia, sendo o montante de R$204,0 no
custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado correspondente e o saldo restante
na despesa operacional por se tratar de hedge de despesa, ou no valor do imobilizado, quando da sua aquisição,
por se tratar de hedge de Capex.
(ii) Apuração do valor justo de derivativos
A Companhia avalia os instrumentos financeiros derivativos calculando o seu valor presente, por meio da utilização
das curvas de mercado que impactam o instrumento nas datas de apuração. No caso de swaps, tanto a ponta ativa
quanto a ponta passiva são estimadas de forma independente e trazidas a valor presente, onde a diferença do
resultado entre as pontas gera o valor de mercado do swap. Para os instrumentos financeiros negociados em Bolsa,
o valor justo é calculado de acordo com os preços de ajustes divulgados pelas mesmas.
(iii) Margens dadas em garantia
92
Para atender às garantias exigidas pelas bolsas de derivativos e/ou contrapartes contratadas em determinadas
operações de instrumentos financeiros derivativos, a Companhia mantinha em 31 de dezembro de 2008 um
montante de R$226,4 em aplicações de liquidez imediata ou em espécie e R$105,0 em fianças bancárias como
garantias de operações de derivativos.
b) Instrumentos financeiros de dívida
Os passivos financeiros da Companhia, representados, principalmente, pelas operações de emissão de títulos de dívida
externa, Debêntures, e Notas Promissórias, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente de acordo
com o método de taxa efetiva, acrescidos de variações monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento de cada
período. Adicionalmente, os Bonds emitidos pela AmBev com vencimento em 2011, 2013 e 2017 são designados como
itens objeto de hedge de valor justo. Como tal, as variações do valor justo dos fatores de risco hedgeados são
reconhecidas no resultado em contrapartida ao valor das respectivas dívidas.
Caso a Companhia tivesse adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria
apurado uma perda adicional, antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro de aproximadamente
R$(268,8) em 31 de dezembro de 2008 (R$466,5 em 31 de dezembro de 2007), conforme demonstrado na tabela a seguir:
Passivo financeiro Contábil Mercado Diferença
Capital de Giro BRL (Labatt) 1.196,5 1.391,7 (195,2)
(i)
Senior Notes – BRI 169,9 175,9 (6,0)
Financiamentos internacionais (outras moedas) 2.352,9 2.352,9 –
Notas Promissórias 1.636,2 1.636,2 –
Crédito Agroindustrial 528,1 528,1 –
BNDES/FINEP/EGF 279,8 279,8 –
Bond 2011 1.279,7 1.293,6 (13,9)
Bond 2013 1.218,9 1.327,2 (108,3)
Bond 2017 229,6 229,6 –
Debêntures 2.133,8 2.079,2 54,6
Total 11.025,4 11.294,2 (268,8)
(i)
Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc. (BRI) e consolidadas proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses

O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi com base em cotações de corretores de
investimento, em cotações dos bancos que prestam serviços à AmBev e no valor de mercado secundário dos títulos na
data–base de 31 de dezembro de 2008, sendo de aproximadamente 110,19% do valor de face para o Bond 2011,
110,55% para o Bond 2013 e 72,42% para o Bond 2017 (116,75% para o Bond 2011, 116,67% para o Bond 2013 e
86,91% para o Bond 2017 em 31 de dezembro de 2007).

DF.indd Sec1:92 24/4/2009 06:03:54


c) Ativos financeiros

As aplicações financeiras, representadas por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e certificados de
depósito bancário, inclusive denominados em moeda estrangeira, são classificadas como Destinadas a Negociação,
mensuradas pelo seu valor justo com reconhecimento no resultado financeiro.
Controladora Consolidado
Modalidade e finalidade 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Em reais
Caixas e Bancos 151,2 612,5 1.124,2 1.460,0
Aplicações 676,6 308,4 2.174,7 848,2
Total Geral 827,8 920,9 3.298,9 2.308,2

d) Receitas e despesas financeiras

Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Receitas financeiras
Variação cambial sobre ativos financeiros – – 79,6 (52,3)
Juros sobre caixa e equivalentes 39,6 25,0 105,6 95,3
Ganhos líquidos sobre instrumentos derivativos 444,9 – 330,7 –
Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e
depósitos judiciais 16,4 16,0 67,4 48,0
Resultado de Ajuste de Operações a valor de mercado 90,6 – 134,1 –
Resultado do plano de ações 5,8 7,7 5,8 7,7
Juros e variação cambial sobre mútuos – 215,4 6,1 –
Outras 20,7 17,2 31,1 23,1
618,0 281,3 760,4 121,8
Despesas financeiras 93
Variação cambial sobre financiamentos (601,9) 462,0 (535,0) 475,6
Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos – (726,7) – (653,4)
Juros sobre dívidas em Moedas Estrangeiras (260,8) (270,1) (426,0) (624,7)
Juros sobre dívidas em reais (489,4) (333,5) (713,9) (340,9)
Juros e variação cambial sobre mútuo (1.165,7) – – –
Impostos sobre transações financeiras (27,0) (100,2) (68,4) (121,2)
Encargos financeiros sobre contingências (20,1) (49,2) (28,7) (64,1)
Outras (67,4) (40,4) (80,6) (46,1)
(2.632,3) (1.058,1) (1.852,6) (1.374,8)
Resultado financeiro, líquido (2.014,3) (776,8) (1.092,2) (1.253,0)

e) Concentração de risco de crédito

Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de
distribuição. O risco de crédito é reduzido em virtude da grande pulverização da carteira de clientes e dos
procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a Companhia não registra perdas significativas em contas
a receber de clientes.
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e
investimentos, levando em consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo
concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é monitorado e minimizado, pois as negociações são realizadas
apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificado.
A definição das instituições financeiras autorizadas a operar como contrapartes da companhia esta definida em nossa
política de risco de credito. A política estabelece limites máximos de exposição a cada contraparte com base na
classificação de risco e na capitalização de cada contraparte. Atualmente, a classificação de risco mínima aceita pela
companhia e A– (por Fitch e S&P) / A3 (pela Moody’s).
A companhia adota, com a finalidade de minimizar o risco de crédito junto as suas contrapartes nas operações
significativas de derivativos, cláusulas de “gatilhos” bilaterais com suas contrapartes. De acordo com estas cláusulas,
sempre que o valor justo de uma operação superar uma percentagem de seu valor nocional (geralmente entre 10% e
15%), a parte devedora liquida a diferença em relação a este limite em favor da parte credora. Em 2008, o valor total
deste limite é de R$292,1 (equivalente a US$125,0) em operações de derivativos contratadas no Brasil e R$151,9
(equivalentes a US$65,0) em operações de derivativos contratadas em outros países.

DF.indd Sec1:93 24/4/2009 06:03:54


Em 31 de Dezembro de 2008, a Companhia mantinha aplicações financeiras relevantes nas seguintes instituições
financeiras: ABN Amro Real, Banco do Brasil, Bradesco, Unibanco, Santander, BNP Paribas e JP Morgan. A Companhia
possuía contratos de derivativos com as seguintes instituições financeiras: BBVA, Bank of Nova Scotia, Banco
Votorantin, Citibank, Calyon, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Itaú BBA, JP Morgan Chase, Macquarie, Morgan Stanley,
Prudential Securities, Santander, ScotiaBank, Societè Generale, TD Securities, e Unibanco.

14. Imposto de Renda e Contribuição Social


A Companhia, para fins de apuração de imposto de renda e da contribuição social, optou pelo Regime Tributário de Transição
(RTT), conforme facultado pela Medida Provisória nº 449/2008.

a) Conciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro com seus valores
nominais

Exercício findo em 31 de Dezembro


2008 2007
Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.695,6 4.545,7
Participações estatutárias e contribuições (109,9) (89,1)
Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e
da participação dos acionistas minoritários 4.585,7 4.456,6
Expectativa de despesa com imposto de renda e
contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.559,1) (1.515,2)
Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanentes:
(i)
Amortização de ágio – parcela não dedutível (477,7) (485,7)
Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação (30,3) 25,3
Juros sobre capital próprio 337,4 368,6
(ii)
Ganhos (perdas) patrimoniais em controladas (1,9) 1,6
Variação cambial sobre investimentos (1,3) (81,0)
94 Incentivos Fiscais de IR e ICMS não tributáveis 198,1 76,5
Adições e exclusões permanentes e outros 15,7 17,0
Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.519,1) (1.592,9)
(i)
A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt AS na Labatt Canadá, no montante de R$1.284,7 no período
findo em 31 de Dezembro de 2008 (R$1.129,4, em 31 de Dezembro de 2007), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no montante de R$436,8
(R$384,0 em 31 de Dezembro de 2007).
(ii)
A apresentação de incentivos fiscais na linha de ganhos e perdas patrimoniais foi alterada para fins de comparatibilidade.

b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido

Controladora Consolidado
2008 2007 2008 2007
Corrente (391,9) (94,7) (1.458,7) (963,6)
Diferido (15,7) (520,2) (60,4) (629,3)
Total (407,6) (614,9) (1.519,1) (1.592,9)

c) Composição dos impostos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às
diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil.

De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia, fundamentada na expectativa de
geração de lucros tributáveis futuros, determinada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu
também os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social de exercícios anteriores,
que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros anuais tributáveis. O valor
contábil do ativo fiscal diferido é revisado periodicamente e as projeções são revisadas anualmente.

DF.indd Sec1:94 24/4/2009 06:03:55


O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem:
Controladora Consolidado
31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
No ativo circulante
Prejuízos fiscais a compensar 250,0 60,0 354,2 157,0
Diferenças temporárias:
Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações 350,8 350,8 350,8 350,8
Provisão para juros sobre capital próprio 87,1 – 87,1 –
Provisão para reestruturação – – 22,6 11,5
Provisão para participação dos empregados 2,4 29,4 3,6 32,3
Provisão para despesas de marketing e vendas 78,5 57,9 78,8 57,9
Outros 37,6 37,8 48,3 40,2
806,4 535,9 945,4 649,7
No realizável a longo prazo
Prejuízos fiscais a compensar 124,7 107,9 542,0 624,7
Diferenças temporárias:
Prov. para perdas sobre incentivos fiscais 3,1 3,1 7,6 7,6
Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações 1.495,2 1.822,5 1.495,2 1.822,5
Provisão para benefícios à empregados 36,8 33,1 40,2 68,8
Provisão para perdas imóveis destinados à venda 12,3 12,3 12,7 12,7
Provisão para perdas de “Hedge” 72,8 159,9 72,9 159,9
Provisão para perdas no recebimento de créditos 6,8 9,0 10,7 10,5
Outras provisões temporárias 174,7 174,2 272,4 277,3
Ajustes PL Lei 11.638 125,0 – 127,2 –
Outros 8,7 13,3 100,5 52,8
2.060,1 2.335,3 2.681,4 3.036,8
No exigível a longo prazo
Diferenças temporárias
Depreciação acelerada – – 9,4 34,3 95
Diferido sobre ajustes PL Lei 11.638 141,3 – 141,3 –
Ajuste MTM Derivativos e Commodities – – 60,2 –
Retenção de IR sobre Dividendos – – 59,9 47,2
Outras 14,4 18,6 127,2 50,0
155,7 18,6 398,0 131,5

A administração considera que os saldos de imposto de renda diferido ativo decorrentes de diferenças temporárias serão
realizados na proporção da solução final das contingências e eventos que as originaram.
Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371,
a Companhia estima recuperar o crédito tributário decorrente de prejuízos acumulados da controladora e controladas
localizadas no Brasil e no exterior, nos seguintes exercícios:
Valores expressos em milhões de reais
Ano 2009 2010 2011 2012 Total
Montantes 354 379 125 38 896

Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como
ativo, uma vez que a administração não está segura de que sua realização seja provável.

15. Compromissos Assumidos com Fornecedores


A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes
para os processos de produção e embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.

A Companhia tem os seguintes compromissos assumidos com fornecedores:


Em 31 de dezembro de 2008
Ano 2009 2010 2011 2012 Total
Montantes 1.798,9 1.125,7 130,5 25,0 3.080,1

Em 31 de dezembro de 2007
Ano 2008 2009 2010 2011 Total
Montantes 1.777,3 884,3 898,2 – 3.559,8

DF.indd Sec1:95 24/4/2009 06:03:56


16. Outras Receitas e Despesas Operacionais, Líquidas
Controladora Consolidado
Receitas operacionais 31.12.08 31.12.07 31.12.08 31.12.07
Subvenção para investimentos de controlada – 212,9 – 226,5
Incentivos fiscais ICMS 139,7 – 238,3 –
Amortização de deságios – – 8,1 –
Recuperação de impostos 24,8 26,2 17,5 32,1
Reversão provisão ativos Cintra – – 18,5 –
Rateio despesas grupo AmBev 148,6 – – –
Deságio pela liquidação antecipada incentivo fiscal 45,2 34,4 45,2 34,4
Reversão provisão p/perda de investimentos 8,2 3,4 – 6,4
Outras receitas operacionais 9,3 30,0 40,5 49,3
Ganho na alienação de bens do imobilizado 2,3 – 31,1 31,3
Ganho na alienação de imóveis destinados à venda 2,1 8,4 26,7 7,6
380,2 315,3 425,9 387,6
Despesas operacionais
Subvenção para investimentos de controlada (4,2) – (7,0) –
Resultado com minoritários (133,1) – (133,1) –
Pis e Cofins s/ outras receitas (1,3) – (2,8) –
Baixa do diferido – Lei 11.638 (5,0) – (6,5) –
Reversão outros investimentos – – (5,3) –
Amortização de ágio – (122,8) – (1.500,6)
(i)
Complemento amortização ágio – (35,8) – (59,6)
(ii)
Variação cambial s/ investimentos no exterior – (88,3) – (227,5)
Baixa de IPI / ICMS irrecuperável – (13,9) (10,1) (17,4)
Impostos s/outras receitas – (3,3) – (3,3)
Outras despesas operacionais (17,9) (6,9) (26,4) (13,4)
Perda de participação em investida – – (31,3) –
Provisão para perda sobre ativos permanentes (2,8) (0,3) (3,1) (0,4)
Perda na alienação de bens do imobilizado (2,1) (1,0) (0,4) –
Provisão para perda em outros investimentos (0,3) – (3,7) –
96 Provisão para reestruturação – – (14,3) (5,6)
Outras despesas não operacionais – (0,1) (8,5) (2,6)
(166,7) (272,4) (252,5) (1.830,4)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 213,5 42,9 173,4 (1.442,8)
(i)
Em 2007, a Companhia revisou, com base na projeção de resultados futuros da Quinsa, o prazo de amortização dos ágios relacionados a este investimento,
alterando o prazo de amortização de 10 para 7 anos.
(ii)
A variação cambial de investimentos no exterior foi reclassificada de Outras receitas (despesas) operacionais para o grupo de Patrimônio Líquido, no
subgrupo “Ajustes de avaliação patrimonial”, de acordo com as orientações do CPC 2 – Efeitos ns Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis.

17. Seguros
A Companhia e suas controladas mantém programas padrão de segurança, treinamento, meio-ambiente e qualidade em
todas as unidades, que visam, entre outras coisas, reduzir também os riscos de acidentes. Além disso, mantém contratos de
seguros com coberturas determinadas por orientação de especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco, por
montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas significativas sobre seus ativos e responsabilidades. As
premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis,
consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.

18. Meio Ambiente


No exercício de 2008, a Companhia e suas controladas realizaram investimentos em construções e equipamentos
relacionados ao meio ambiente no montante de R$46,8 e R$60,7 com tratamento de águas, efluentes e disposição de
resíduos (R$32,4 e R$48,5 no exercício de 2007, respectivamente).

19. Eventos Subsequentes


a) Dividendos a pagar – subsidiária Quilmes
Em reunião da Diretoria da Quinsa, realizada em 10 de fevereiro de 2009, foi aprovada a distribuição de dividendos no
valor de R$664,6 (equivalente a US$295,0, em 10 de fevereiro de 2009), por conta do resultado do exercício de 2008, a
ser pago pela nossa subsidiária Quilmes Industrial Société Anonyme (“Quinsa”).
b) Novo licenciado para as cervejas da família Labatt nos Estados Unidos
A Companhia anunciou em 26 de fevereiro de 2009 que, sujeito à aprovação do Departamento de Justiça dos Estados
Unidos, a KPS Capital Partners, um fundo de private LP equity com capital(“KPS”) superior a US$1.8 bilhão, receberá a
licença exclusiva das cervejas da família Labatt (que incluem principalmente Labatt Blue e Labatt Blue Light) para os
Estados Unidos da América.

DF.indd Sec1:96 24/4/2009 06:03:56


Informações aos Investidores
Promovemos o acesso simples e direto por meio de diversos canais de comunicação

Ações em Circulação (31.12.08)


614.003.467 de ações

Bolsa de Valores Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)


Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)
Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)
Principais índices dos quais as ações da AmBev participam:
IBX e IBOVESPA

Política de Dividendos
O estatuto social da AmBev prevê dividendos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido ajustado anual da
Companhia, conforme estabelecido na Legislação Societária Brasileira.
O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.
As ações preferenciais terão direito ao recebimento de dividendos em dinheiro 10% maiores do que aqueles pagos às ações
ordinárias.
Dividendos e juros sobre capital próprio (líquido) declarados
Data do primeiro
Lucros Gerados pagamento R$/ação Tipo de ação
Primeiro Semestre 2004 25-mar-2004 0,68 (preferencial)
0,61 (ordinária)
Segundo Semestre 2004 08-out-2004 0,58 (preferencial)
0,53 (ordinária)
Primeiro Semestre 2005 15-fev-2005 1,72 (preferencial) 97
1,56 (ordinária)
Segundo Semestre 2005 30-set-2005 1,07 (preferencial)
0,97 (ordinária)
29-dez-2005 0,84 (preferencial)
0,76 (ordinária)
Primeiro Semestre 2006 31-mar-2006 0,63 (preferencial)
0,58 (ordinária)
Segundo Semestre 2006 30-jun-2006 0,61 (preferencial)
0,55 (ordinária)
30-out-2006 0,61 (preferencial)
0,55 (ordinária)
28-dez-2006 0,74 (preferencial)
0,67 (ordinária)
Primeiro Semestre 2007 31-mar-2007 0,73 (preferencial)
0,66 (ordinária)
29-jun-2007 0,30 (preferencial)
0,28 (ordinária)
Segundo Semestre 2007 10-out-2007 1,59 (preferencial)
1,45 (ordinária)
31-dez-2007 0,45 (preferencial)
0,41 (ordinária)
Primeiro Semestre 2008 28-abr-2008 1,84 (preferencial)
1,67 (ordinária)
Segundo Semestre 2008 31-jul-2008 1,63 (preferencial)
1,48 (ordinária)
13-out-2008 1,38 (preferencial)
1,25 (ordinária)
30-jan-2009 0,36 (preferencial)
0,33 (ordinária)

Desempenho do preço das ações


30.12.05 29.12.06 31.12.07 31.12.08 %
AMBV4 Equity BRL 89,75 105,34 128,64 101,34 -21,2%
AMBV3 Equity BRL 75,14 94,22 125,00 84,79 -32,2%
IBOV Index BRL 33.455,94 44.473,71 63.886,10 37.550,31 -41,2%
ABV Equity USD 38,02 48,76 71,01 44,31 -37,6%
ABV/C Equity USD 32,68 43,87 67,99 36,25 -46,7%
SPX Index USD 1.248,29 1.418,30 1.468,36 903,25 -38,5%
Classificação de risco
Rating Moeda Rating Moeda Última
Agencia Local Estrangeira Escala Nacional Perspectiva atualização
Moody´s Baa1 Baa3 n.a. Estável Nov-08
S&P BBB BBB brAAA Estável Mar-09
Fitch BBB- BBB- AAA (bra) Negativo Jan-09

Atendimento aos Acionistas


Para encaminhar mudanças de endereço, cheques de dividendos, consolidações de contas, depósito direto de dividendos,
mudanças de registro, certificados de ações perdidos, participações acionárias e plano de investimento, dividendos e capital,
entre em contato com:

Acionistas de Varejo no Brasil Auditores Independentes em 2008


Nilson Casemiro KPMG
Tel.: + 55 (11) 2122-1402 Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33
E-mail: acnilson@ambev.com.br São Paulo, SP 04530-904 - Brasil
Tel.: +55 (11) 2183-3000
Fax.: +55 (11) 2183-3001

Banco Depositário no Brasil AmBev – Administração Central


Banco Itaú Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
Tel.: + 55 (11) 5029-7780 São Paulo, SP 04530-000 - Brasil
Tel.: +55 (11) 2122-1200
Fax: +55 (11) 2122-1526

Banco Depositário e Agente de Transferência nos EUA Informações Adicionais


Bank of New York Favor encaminhar solicitações de informações para:
101 Barclay Street AmBev – Departamento de Relações com Investidores
New York, NY 10286 Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 4º andar
98 Tel.: +1 (888) 269-2377 São Paulo, SP 04530-000 - Brasil
E-mail: adr@bankofny.com Tel.: +55 (11) 2122-1414/1415
E-mail: ir@ambev.com.br

Website para Investidores


Nosso site para investidores contém informações financeiras e operacionais adicionais sobre a Companhia, bem como
transcrições de teleconferências. Investidores também podem se cadastrar para receber automaticamente por e-mail
comunicados, fatos relevantes e notificações sobre eventos e apresentações da Companhia.
www.ambev-ir.com

Publicações
O Relatório Anual da Companhia, a Declaração de Fatos Relevantes e o Formulário 20-F estão disponíveis gratuitamente no
Departamento de Relações com Investidores, acima mencionado. Se você está recebendo cópias duplicadas ou não solicitadas
do nosso Relatório Anual, por favor, entre em contato conosco.

Envie-nos seus Comentários


Sua opinião sobre este Relatório Anual é muito importante para nós. Por favor, envie seus comentários para
ir@ambev.com.br.
Relatório Anual 2008

Relatório Anual 2008 As melhores marcas em um mundo melhor.

11733.004-CapaRelat-439,8X279,4.indd 1 4/23/09 8:02:05 PM

Você também pode gostar