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A construção da história ambiental na


América

A construção da história ambiental na América

Patricia Rivera Castaneda*


Abrigo Chávez Ramirez**

Resumo
O objetivo do artigo é analisar os gatilhos, a diversificação, o enriquecimento e a
complexidade da história ambiental na América como construção social. Para isso, é
realizada uma caracterização dos estudos selecionados, a partir de uma posição
analítica homem-natureza, identificando sua escala de análise. Como resultado, aponta-
se que o progresso da história ambiental tem consistido em considerar a natureza sob
uma perspectiva ampla, na qual as crises sociais explicam as crises ambientais. Em
relação às limitações, menciona-se que, por se tratar de um campo em discussão, há
imensa variabilidade, pois o papel da natureza é determinado pela posição ética de cada
autor. A originalidade deste trabalho consiste em aprofundar o conhecimento sobre a
historiografia ambiental na América fazendo uma contribuição empírica de caracterização.
Conclui-se que a história ambiental, como disciplina, permite determinar o que há de
substancial na relação sociedade-natureza em diferentes períodos.

Palavras-chave: história ambiental, América, complexidade, interdisciplinaridade.

* O Colegio de la Frontera Norte, Departamento de Economia. E-mail: privera@colef.mx.


** Universidade de Estrasburgo, Departamento de Estudos Românticos. E-mail: refúgiochavez@
gmail.com.

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Abstrato
O objetivo do artigo é analisar os gatilhos, a diversificação, o enriquecimento e a
complexificação da história ambiental na América como construção social. Para isso, é
realizada uma caracterização dos estudos selecionados, a partir de uma posição analítica
homem-natureza, identificando sua escala de análise. Como resultado, aponta-se que o
progresso da história ambiental tem consistido em considerar a natureza sob uma perspectiva
ampla, onde as crises sociais explicam as crises ambientais. Quanto às limitações, menciona-
se que, por se tratar de um campo em discussão, há uma imensa variabilidade, pois o papel
da natureza é determinado pela postura ética de cada autor. A originalidade deste trabalho
consiste em aprofundar o conhecimento sobre a historiografia ambiental na América, fazendo
uma contribuição de caracterização empírica. Conclui-se que a história ambiental, como
disciplina, permite determinar o que há de substancial na relação sociedade-natureza em diferentes períodos.

Palavras-chave: história ambiental, América, complexificação, interdisciplinaridade.

Recepção: 15 de julho de 2016.


Parecer 1: 15 de março de 2017.
Parecer 2: 28 de março de 2017.

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Introdução

A história ambiental como disciplina é relativamente recente e coincide com a


aceitação da crise ambiental contemporânea. No entanto, as discussões sobre a
sociedade humana e seu ambiente natural são antigas e carregam uma bagagem
de discussões profundas. Seu caráter inovador, somado à diversificação da
análise social do ambiente ecológico, revelou-se terreno fértil para a rápida
recepção e expansão do campo. A partir dele, foi possível rever, analisar e
explicar determinados contextos que antes eram abordados a partir de disciplinas
individuais e com abordagens unidisciplinares, graças à alta receptividade que
esse campo tem em relação a outras áreas de estudo.
A abertura teórico-metodológica é fundamental para explicar o surgimento e
a consolidação desta disciplina nas ciências sociais e humanas. Embora seu
caminho seja curto, sua complexidade é vasta, daí a necessidade de avaliar a
situação atual em que se encontra e rever as diferentes correntes e derivações
que agora o compõem.
Este trabalho é desenvolvido em quatro seções. Na primeira, explicitam-se os
elementos para a análise teórica (a construção social do meio ambiente e, a partir
daí, estudam-se algumas obras-chave da disciplina americana). A segunda
menciona os antecedentes ou os estudos de base que marcaram o ponto de
partida da história ambiental. A terceira trata da formalização da história ambiental
de forma conceitual e sua diversificação e complexidade disciplinar1, devido a
cuja amplitude há confusão sobre seus limites. A última seção analisa as
implicações desse espectro e conclui a esse respeito.

Elementos para análise

Para analisar a evolução da disciplina, tomamos como ponto de partida a


abordagem de Lezama (2001) sobre a construção social do meio ambiente.
Esse autor aponta que a construção social e a política do conhecimento são
responsáveis por selecionar quais problemas devemos nos preocupar e quais
devemos ignorar. O aspecto da construção social do meio ambiente dará o tom

1 Um processo de complexidade, na linha de Smith (1993, p. 2), inclui “sistemas caracterizados por padrões
marcados e institucionalizados de desigualdade e heterogeneidade”. A complexidade aumenta quando crescem
a heterogeneidade e a desigualdade (seja física ou de abordagens) que medem a variabilidade das identidades sociais.

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analítico, pois, como afirmam Berger e Luckmann (1986), toda construção procede
de uma série de fenômenos "externos" que os sujeitos não podem controlar, mas
tentam explicá-los com a criação de conhecimento (ou seja, informações sobre as
características de esses fenômenos). Assim, teríamos que sociedade e natureza
estão intimamente relacionadas quando um corpo de conhecimento sobre
determinado fenômeno cria uma forma social, um corpo teórico sólido e útil, a partir
do qual se analisa a realidade.
Oportunamente atendemos à necessidade de estudar o processo de
institucionalização da história ambiental, ou seja, a interação da disciplina com
outras que a reconhecem, legitimam e influenciam. Em seguida, passa de uma
visão sectária de significados2 e processos sociais sobre o meio ambiente para uma
série de representações sociais com valor predominante sobre as demais.
Nessas representações e construções, as práticas sociais estão totalmente
relacionadas. Segundo Macnaghten e Urry (1998), as práticas sociais das pessoas
produzem, reproduzem e transformam a natureza e os diferentes valores, de modo
que se constroem signos e características da natureza. Ou seja, as práticas sociais
estabelecem suas próprias formas de conhecimento e compreensão, de modo que
estruturam o que consideram natural.
Se se aceita que a história ambiental é uma construção social que se refere ou
se contrapõe a um problema ambiental, então a disciplina, segundo Lezama (2001),
faz parte do desenvolvimento de uma sociedade industrial, com suas conquistas,
fracassos e limites, ou , segundo Leff (2007), de padrões de uso de recursos e
formas de apropriação da natureza. Assim, o ambiental é o resultado da “intervenção
humana nos ecossistemas que os modifica e onde essa modificação é aceita como
uma realidade que passa a fazer parte das próprias instituições humanas, da
economia, da cultura e dos arranjos políticos nos ecossistemas”. . qual a vida social
ocorre” (Lezama, 2001, p. 325). Em outras palavras, a história ambiental se propõe
a reconstruir as infinitas camadas que a sociedade e a natureza traçam de um lado
para o outro. Não há humanos fora da natureza; existem apenas humanos pensando
que estão fora da natureza. De tal forma que a história natural da mudança ambiental
é simultaneamente uma história espiritual da consciência humana e

2 Lezama aponta esse processo como sentido. Em sua análise da sociologia e do meio ambiente, ele menciona
que o interesse atual dos sociólogos pela análise do meio ambiente deriva do dano físico ambiental urgente ou
grave, mas não com a imagem do dano, mas com o significado que lhe é dado. a esse dano. Em outras palavras,
esse simbolismo é resultado das mudanças que estão ocorrendo atualmente na estrutura social e nas instituições
da sociedade moderna (Lezama, 2001, p. 331).

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uma história político-econômica da sociedade humana (Cronon, 1993, p. 19).


Com base nessa posição construtivista, propõe-se analisar três aspectos nos
estudos de história ambiental: a escala de análise, a relação homem-natureza e
seu desenvolvimento ou expansão teórica.
O primeiro eixo, a escala de análise, refere-se ao estabelecimento de um nível
geográfico a partir do qual o autor analisa e compreende o ambiente. É uma
categoria que serve de base para toda a epistemologia de qualquer disciplina.
Está subdividido nas seguintes categorias: global, da natureza e seus efeitos
(como as grandes extinções de espécies, o papel da tecnologia, o movimento de
conservação, a modernidade etc.); colonial-global, que se refere a estudos
focados nos impactos da colonização, e regional-local, que explica processos
específicos inseridos, em sua maioria, nas inter-relações globais.
O segundo eixo contém a definição (componentes, estruturas, processos e
ações) que os autores fizeram sobre a relação homem-natureza. São propostos
dois esquemas (aceitando que toda esquematização é um reducionismo com
limites nem sempre definidos): um unidirecional, em que os humanos afetam o
meio ambiente (tornando necessária a conservação), e outro bidirecional, com
dois aspectos: a) a natureza impõe limites ao ser humano. desenvolvimento por
meio da disponibilidade de recursos, eb) a destruição da natureza em seu
processo é prejudicial ao ser humano.
O terceiro eixo, que trata do processo de complexificação da área, avalia as
abordagens a partir da ampliação do campo tradicional de estudo da história
para incorporar novas disciplinas, com as quais dá corpo teórico ao mesmo
campo. Essa complexidade aparece quando a análise trata de fenômenos
bioquímicos, geofísicos, teológicos e culturais, para os quais a história precisa
emprestar ferramentas de outras disciplinas, para as quais a definição da
realidade foi aprimorada.3

3 Um exemplo de limites, primeiro, e de interação entre as ferramentas da ciência, depois, é apontado por
Lezama no estudo da sociologia em relação ao estudo do meio ambiente: “a atmosfera científica do
século XIX era dominada pela modelo. Esta apareceu como a forma mais adequada de refletir
cientificamente sobre qualquer fragmento da realidade. Os fundadores da sociologia reagiram contra
essa tendência geral criando uma ciência social que, apesar de usar algumas analogias biológicas,
demarcava um ponto de vista diferenciado para a análise dos fatos sociais” (2001, p. 329). Mas, ao longo
do tempo, a sociologia incluiu o meio ambiente como objeto de estudo a partir da posição da ecologia humana.

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Histórico Ambiental

Escritos que datam da antiguidade clássica foram encontrados ligando a história


humana com a natureza. Destas, destacam-se as barreiras que a natureza opõe ao
homem ao restringir os recursos ou tornar as terras agrícolas inférteis (Delgado,
1986; Williams, 1994; Oosthoek, 2005). Mas não foi até a chegada das correntes
humanistas, românticas e críticas à sociedade mercantil e capitalista que surgiram
os diversos estudos que são considerados os antecedentes modernos da história
ambiental, onde a referência são os problemas ecológicos emanados do crescimento
populacional. , urbanização, progresso e a revolução industrial, como sobreviver
sem esgotar os recursos dos quais depende nossa existência?

Woster (1989, p. 6) explica que o primeiro antecedente da história ambiental é a


chegada de Colombo à América do Norte, quando a consciência europeia ganhou
um sentido de interdependência, o que mostra o enorme impacto da sociedade na
ordem ecológica. Esse fenômeno não apenas revolucionou o intercâmbio entre os
países, mas também trouxe consigo uma compreensão muito diferente da relação
entre o homem e a natureza. Como afirma Quintero (2005), não surpreende que
após o encontro da América e da globalização tenham surgido as primeiras teses
filosóficas que opõem a ideia de natureza à ideia de cultura ou sociedade.
Outras obras que avançam a visão cartesiana são Inquiry into the Nature and
Causes of the Wealth of Nations (1776), de Adam Smith, que considera que a
acumulação ou o uso dos fundos da natureza permitem a riqueza de uma nação (e
sua dominação origina o capitalismo); assim como Des epochs de la nature (1779),
de Georges-Louis Leclerc, que afirma que na história do planeta existem sete
grandes épocas (as seis primeiras baseadas na Bíblia), na sétima das quais a
agricultura foi inventada , o que permitiu um maior controle sobre a natureza e a
terra (Worster, 1989, p. 8).
A proposta marxista também destaca o (ab)uso de recursos pelas relações sócio-
produtivas capitalistas: os trabalhadores são instrumentos de produção e o meio
ambiente é a fonte de recursos a serem utilizados (o crescimento populacional
europeu e o "descobrimento" da América são exemplos disso análise). Ou seja, a
existência das sociedades baseia-se na vida material; a transformação do meio de
produção é a origem da organização humana: "o trabalho, como objetivo primordial
da organização social, consiste na luta do homem para se apropriar da
natureza" (Marx, 2000, p. 228).

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Embora se afirme que a disciplina teve sua origem na América do Norte, ela
também foi alimentada por estudos historiográficos franceses (em particular, a
Escola dos Anais, séculos XIX-XX: Marc Bloch, Lucien Febvre, Fernand Braudel e
Emmanuel Le Roy) que proporcionaram dados sobre mudanças no ambiente em
diferentes escalas de tempo. Particularmente notável é a substituição do
determinismo geográfico4 pela proposta do possibilismo5 de Paul Vidal de la
Blanche (Pérez, 2000; Gallini, 2002; Meléndez, 2002).
A historiografia norte-americana constituiu um divisor de águas na história
ambiental ao gerar uma expansão da disciplina. As obras de Frederick Jackson
Turner, Significance of the Frontier in American History, The Great Plains, de
Walter Prescott Webb, e The Grassland of North America, de James Claude Malin,
moldam os esforços para integrar a natureza na história (Williams, 1994; Crosby,
1995). Para Turner, a conquista da fronteira ocidental americana estava relacionada
à prosperidade econômica e à democracia dos Estados Unidos (Turner, 1906;
Foster, 1994; Williams, 1994; Crosby, 1995). Webb investiga a população das
Grandes Planícies nos séculos XVI, XVII e XVIII (índios, conquistadores,
missionários espanhóis e fazendeiros anglo-americanos) e examina a interação
entre o ambiente físico, modos de vida e instituições (Webb, 1981; Williams, 1994;
Crosby, 1995; Leibhardt, 1998; Austin Community College, 2006). Malin, em seu
trabalho sobre demografia histórica, trata a história humana como mais um
elemento de um amplo complexo ecológico, onde a tecnologia é o elo pelo qual a
cultura se articula com o meio ambiente. Embora a abordagem desses autores
seja unilateral e determinista, eles entendem a natureza como um espaço que o
homem modifica para fins civilizatórios, onde a fronteira é “o ponto de encontro
entre selvageria e civilização”. A referência tecnológica utilizada por Malin é a
chave para entender como se desenvolvem as adaptações ao meio ambiente
(Malin, 1961; Cousins, 1986; Williams, 1994).
Por sua vez, Thoreau e Marsh lançam as bases para o conservacionismo nos
Estados Unidos (Ramos, 2002; Pérez, 2003). Thoreau defende a ideia de que
áreas de grande beleza natural devem ser preservadas para as gerações futuras
(Thoreau, 1976), e que os humanos são parte da natureza (Ramos, 2002).

4 Que atribui as características físico-demográficas de cada país à sua posição no espaço geográfico; assim, pré-
determinam suas possibilidades de desenvolvimento e expansão.
5 Em particular, com a noção de gêneros da vida, que alude às formas humanas de apropriação natural. Vidal nega o
axioma determinista, pois considera que o mesmo meio pode ser usado de maneiras diferentes dependendo das
técnicas de produção (De Terán, 1957).

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Marsh, em Man and Nature, ilustra os perigos da imprudência tecnológica e da


produção em larga escala (industrialização). Suas ideias em The Earth as Modified
by Human Action representam uma mudança drástica da ideia predominante de
que a fisiografia terrestre era quase inteiramente o resultado de fenômenos naturais.
O autor argumenta que a perturbação tem origem na força humana (formas de
produção e nível de desenvolvimento sócio-histórico) (Ramos, 2002). Para esses
autores, a natureza não é o fator dominante e a modernidade liberta a espécie
humana de seus limites. O conservacionismo nasceu no berço da Revolução
Industrial —Inglaterra— como uma crítica aos seus excessos, e tem como
objetivos a proteção das paisagens e das espécies vivas. No âmbito internacional,
esse movimento influenciou a formação de instituições que estudam a preservação
da vida, poluição dos rios, maus-tratos aos animais, entre outros temas
(Riechmann, 1999).
Na América do Norte, o referido movimento promove um modelo público, os
parques nacionais (Pierri, 2001) (imitados em várias partes do mundo), juntamente
com uma legislação federal que protege determinados tipos de vida selvagem.
Assim, estabelece-se um sistema nacional de reservas e iniciam-se estudos
quantitativos sobre o patrimônio natural. Essa ação promove indiretamente o
controle da poluição ambiental e inicia a promoção da educação ambiental
(Ramos, 2002; Pérez, 2003). O conservacionismo é a primeira grande influência da história amb
Destaca-se também nesse período o significativo trabalho de Rachel Carson,
Silent Spring, publicado em 1962,6 que mostra como os agrotóxicos entram na
cadeia alimentar, seus efeitos no homem7 e sua persistência no meio ambiente.
Este autor traz uma nova perspectiva de preocupação com o meio ambiente;
marca a passagem do “conservadorismo” para o “ambientalismo” e alerta para o
perigo de que os problemas locais se tornem globais (Carson, 2001; Piqueras, 2003).
No México, o conservacionismo caminha lado a lado com o dos Estados
Unidos, embora se concentre mais na proteção do valor econômico e ecossistêmico
das florestas (promove a proteção das florestas e a saúde das bacias hidrográficas).

6 É importante indicar o ano de publicação, embora tenha sido acessado o trabalho publicado em 2001.
7 O caso da contaminação por metilmercúrio produzido pela petroquímica Chisso e que afetou a população da Bahía
de Minamalta, no Japão, é um exemplo claro do avassalador dano à saúde que está totalmente relacionado às
preocupações ambientais. Era conhecida como "doença de Minamalta" devido aos seus efeitos devastadores (morte
e distúrbios neurotóxicos em cerca de 400 casos), mas ao mesmo tempo alcançou um impulso nas políticas de
controle da poluição e proteção ambiental (Ministério do Meio Ambiente do Japão, 2013) .

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O México promulgou sua Lei Nacional de Florestas8 trinta anos antes dos Estados
Unidos (Simmonian, 1999). O conservacionismo mexicano questiona a política
agrária que promoveu a destruição das cidades rurais e dos recursos florestais, bem
como a contaminação das grandes cidades (Quevedo, 1927, p. 33).
Além dos movimentos conservacionistas e ambientais, foram influentes as
contribuições de Lewis Mumford (precursor do ambientalismo social e da história
ecológica norte-americana), cuja abordagem pressupõe uma relação de atitudes
individuais em relação à natureza, determinadas pelo contexto social, cultural e
histórico. ( Ramachandra, 1991). Em sua obra Técnica e civilização (1979), esse
autor incorpora o desenvolvimento técnico na ecologia social. Em sua crítica ao
conceito de desenvolvimento, ele afirma que o aumento da produtividade implica
perda e/ou empobrecimento das diversas formas de vida, onde as relações sociais
mercantis substituem a economia das “necessidades diretas” por valores monetários.
Mais um precedente é The Historical Roots of Our Ecological Crisis, de Lynn
White, publicado em 1967. Para este autor, a ciência é produto do dogma cristão
que legitima a transcendência do homem sobre a natureza e valida “o axioma cristão
de que a natureza não tem outra razão de existência que não servir ao
homem” (White, 1967, p. 1207).
Outros antecedentes derivados da geografia e da antropologia. Entre as
primeiras, destaca-se a escola de Berkeley, com contribuições da geografia cultural
e histórica. Autores como Carl Ortwin Sauer, Clarence Blacken, James Parsons e
Philip Wagner se opuseram ao determinismo ambiental, que se concentrava no
estudo das transformações das paisagens naturais pelos seres humanos (paisagens
culturais) (Williams, 1994). Clifford Darby incorpora o elemento do tempo na
geografia e a humanização da paisagem. Aqui vale ressaltar que esse autor está na
linha teórica em que se desenvolve a proposta de Lezama: uma construção social
em um tempo e contexto específicos.9
Quanto aos antecedentes derivados da antropologia, destacam “Julian Steward,
criador da ecologia cultural; Clifford James Geertz (antropologia simbólica) que
considerou necessário compreender o contexto (experiência e observação) para
compreender uma cultura; Roy Rappaport, que propôs uma

8 Ela floresceu no período do presidente Cárdenas (1934-1940), com Miguel Ángel de Quevedo, que criou o Sistema de
Parques Nacionais do México (Quevedo, 1940), fundou a Sociedade Florestal Mexicana em 28 de dezembro de 1921,
e no iniciativa Dia da Árvore é comemorado a partir dele.
9 Destacam ainda “Donald Meinig, que estuda a relação entre natureza e imperialismo; Yi Fu Tuan e Lowenthal, que
mergulham na imagem do mundo na preservação, conservação e ação ambiental”
(Williams, 1994; Melendez, 2002).

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ecologia neofuncionalista para explicar como os humanos interpretam seu ambiente.


(Melendez, 2002).
A jornada apresentada até aqui é uma síntese de movimentos e autores que
compõem alguns dos principais antecedentes da história ambiental. É evidente que
abordar seus postulados requer um espaço e um tempo maiores. No entanto, no
contexto contemporâneo, é importante destacar a transição do determinismo para a
possibilidade e de uma visão unidirecional para uma inter-relação na relação homem-
natureza. Além disso, esclarecem-se os grandes temas que mais tarde seriam
abordados e discutidos pela história ambiental "acadêmica", como o papel da
técnica, o da forma econômica e das relações de produção ou o da ideologia e da
cultura — incluindo os processos, mudanças e adaptações.

Formalização da história ambiental, seu


conceito e diversificação

A conceituação da disciplina foi fortalecida na década de 1970 nos Estados Unidos,


dentro do ambientalismo contemporâneo (Cronon, 1994; Crosby, 1995; Asdal, 2003;
Weiner, 2006), partindo da visão unidirecional do homem cujas ações impactam a
natureza (conservadorismo ) para aquele em que o meio ambiente faz parte da
sociedade humana. Essa visão foi aceita ao mesmo tempo em vários programas
acadêmicos em vários países (Williams, 1994; Asdal, 2003).10
Em 1975 foi formada a Society for Environmental History (ASEH) e surgiu a
revista Environmental Review, na qual convergiram John Opie, Roderick Nash,
Wilbur Jacobs, Donald Worster, Samuel Hays e outros (Crosby, 1995). Hays e Nash
analisam as manifestações políticas da conservação e as atitudes humanas em
relação a ela (Cronon, 1993; Williams, 1994; Crosby, 1995). Nash pode ter sido o
primeiro a usar o termo história ambiental, em American Environmental History
(1970), e Worster pode ser seu principal expoente, expandindo e elaborando suas
ideias em The Ends of the Earth (Williams, 1994).

10 Na Europa, a maioria foram iniciativas nacionais. Em 1986, a Fundação Holandesa para a História do Meio
Ambiente e Higiene iniciou suas atividades; em 1995, surgiu em Cambridge (Reino Unido) a revista Environmental
and History, e na Bélgica, Tijdschrift Voor Ecologische Geschield (Journal for Environmental History), com temas
da Holanda e da Bélgica, publicado pela Academia Press em Ghent, Bélgica (em 1999 foi publicado como um
livro anual de história ambiental). Em 2001, foi proposta a formação da Sociedade Europeia de História Ambiental
para unificar a história ambiental europeia (Oosthoek, 2005).

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Desde o final da década de 1970, a base da história ambiental tem sido a


maneira pela qual a sociedade transgride ou se adapta às leis da ecologia.11
Por exemplo, Worster “cria modelos e metáforas baseados no fluxo de energia,
ideias de homeostase na fisiologia e tenta correlacionar as dimensões da terra e
da massa com a riqueza de espécies” (Weiner, 2006). Nos anos 80, aspectos
das ciências sociais e humanas (o político, o cognitivo, o ideológico) servem para
colocar o dilema dos limites: toda disciplina pode fazer parte da história ambiental?
(Williams, 1994; Steward, 1998).
Enquanto acadêmicos norte-americanos cunhavam o conceito, historiadores
latinos já faziam história ambiental e pagavam por sua expansão. Para Patricia
Clare (2009, pp. 187-189), “um dos promotores é Pedro Cunill Grau (discípulo
de Braudel, Labrousse, Ruggiero Rumano, Pierre Vilar e Pierre George), que
publicou seus primeiros estudos na década de 1950 ( Southern and Crioulo
Chile, sua geografia humana em 1700 e fatores na destruição da paisagem
chilena: colheita, caça e exploração colonial). Destacam-se também o trabalho
de geografia regional na costa caribenha de Orlando Fals Borda (1979) e a
análise de Marco Palacios (2002) sobre o café na Colômbia (qualidade do solo e condições cli
Na Colômbia, Mario Mejía Gutiérrez estudou o uso das costas deste país; Diana
Pombo e Edith González editaram um volume de pesquisa histórica ambiental.
Na Venezuela, Luis Vitale publicou Para uma história do meio ambiente na
América Latina: Das culturas aborígenes à crise ecológica atual (1983).
No Brasil, Warren Dean (2002) publicou A luta pela borracha no Brasil, sobre a
Amazônia e a borracha. Fernando Ortiz analisa o uso dos recursos do México
em Tierra Profanada: História Ambiental do México.12
Nesse período começou "o estudo das relações entre os modelos de
desenvolvimento na América Latina, seus problemas ambientais e o uso de

11 O processo de gestação da história ambiental, diz Meléndez (2002), passa por “Charles Darwin, que incorporou
a biologia à história (evolução), Stephen Forbes e seu conceito de microcosmo, Tansley e seu conceito de
ecossistema; Odum que entende o Mundo como um sistema e Pickett e White como um mosaico dinâmico”.
12 Ver as compilações de García (1999), García e Prieto (2002) e Brannstrom (2004). Meléndez (2002, p. 25) cita
como marcos da disciplina “Elinor Melville (1994): Uma praga de ovelhas; Fernando Mires (1990): O discurso
da natureza: Ecologia e política na América Latina; Antonio Brailovsky e Dina Foguelman (1997): Memória
Verde: História Ecológica da Argentina; Alberto Flores Magallon (1997): História ambiental: para uma definição
disciplinar”. McNeil (2005, p. 18) considera que “as primeiras abordagens na região partiram da crítica ao
colonialismo e ao capitalismo. Destacam-se as análises do México (Musset, 1991; Lipsett-Rivera, 1999; Endfield
e O'Hara, 1997; Ortiz Monasterio e Fernández Tijero, 1987; Tortolero Villaseñor, 1996), do Brasil (a análise das
florestas chamou mais atenção e serve de base para Dean, 1987/2002, e Miller, 2000) e Argentina (A
colonização agrícola dos pampas, de Zarrilli, 2001).

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recursos” (Leal, 2005a). Os destaques incluem Estilos de desenvolvimento e meio


ambiente na América Latina (CEPAL), O meio ambiente (por Gilberto C. Gallopin),
Desenvolvimento e meio ambiente (por Serio R. Melnick), Principais escolas,
tendências e correntes de pensamento (de Osvaldo Sunkel), Estilos de
desenvolvimento e meio ambiente na América Latina (de Nicolo Gligo) e Notas para
uma história ecológica da América Latina (de Giglo e Jorge Morello). É evidente
que a diversidade da região e suas diferentes culturas comporiam um território fértil
para o crescimento da disciplina, por exemplo, em relação às dimensões ecológicas
da mineração (McNeill, 2005; Folchi, 2001; Dore, 2000). , de plantações de açúcar, fumo e café.
A Sociedade Latino-Americana de História Ambiental e do Caribe (SOLCHA),
criada no início do século XXI, 13 realizou cinco encontros nos quais se
reuniram estudiosos de diferentes abordagens, métodos e temas; no entanto, a
maioria analisa a conservação de recursos (García, 1999; Juárez, 2005; Leal, 2005)
e desastres naturais (Cunill, 2002).
Como menciona Guillermo Castro (2005), o tratamento histórico dos problemas
ambientais na região se deu de duas formas: a) a tradição de denúncia do saque
dos recursos regionais, vinculada à teoria da dependência e correntes de
pensamento como a de Immanuel Wallerstein, James O'Connor e Joan Martínez
Alier, eb) “o meio ambiente como objeto de estudo histórico vinculado às formas
mais tradicionais de organização”.
Atualmente, todos os países da região contam com equipes de pesquisa e
coordenam projetos voltados para a compreensão dos problemas do meio ambiente
e da evolução das sociedades (Brasil, México, Chile, Argentina, Cuba, Costa Rica
e Panamá). Nessas iniciativas latino-americanas, Castro (2000) aponta cinco
desafios básicos: 1) questionar a naturalidade da exploração dos recursos
demandados do exterior; 2) identificar problemas comuns para traçar estratégias
sociopolíticas, econômicas e culturais para enfrentar a crise ambiental; 3) promover
a capacidade de trabalhar com o mundo, e não contra ele; 4) contribuir para o
diálogo intercultural de noções como sustentabilidade e desenvolvimento, e 5)
avançar na caracterização das convergências e diferenças entre norte e sul.

13 Em 2003, no Congresso Internacional de Americanistas organizado pela Área de História Ecológica da


Universidade do Chile, foi realizado o 1º Simpósio de História Ambiental Americana, reunindo interessados
em abordagens, métodos e temas da história ambiental regional. No II Simpósio (2004), em Havana, foi
criada a Sociedade Latino-Americana e do Caribe de História Ambiental (Funes, 2008).

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A evolução dos estudos de história ambiental

Até aqui foi possível observar que a conceituação da história ambiental passa
de uma subdisciplina da história (Williams, 1994; Asdal, 2003) para uma
disciplina que trabalha “a maneira como o mundo físico influencia a história
humana e as formas de que as pessoas pensaram e tentaram transformar seu ambiente”
(Worster, 1995), e inclui a evolução "do papel, do lugar da natureza na vida
humana e de todas as interações que as sociedades tiveram com o passado
não humano" (Steward, 1998, p. 352). Essa ampliação e debate do conceito
depende da abordagem e da escala de análise (Meléndez, 2002). Para
demonstrar a expansão e diversificação desta, foram revisadas dezenove
obras consideradas relevantes na disciplina, de acordo com sua escala, posição
homem-natureza e disciplinas incorporadas.

Tabela 1. Classificação dos estudos revisados.


Autor Escala Posição homem-natureza Campos ampliados

Foster (1994) Global O homem afeta a natureza. Estudos ambientais

Interligação de problemas sociais e


ambientais (crise fundiária é resultado de crise
social).

Stine e Tarr O homem afeta a natureza. Efeitos das tecnologias


(1998) Tecnologia com efeitos positivos e negativos
para o meio ambiente.

McNeil (2000) O homem afeta a natureza. Demografia, ecologia,


O consumo de energia acelerou os processos ciência política, economia
humanos que afetam o meio ambiente. e história moderna

Simões (2003) O homem afeta a natureza de acordo com o estudos culturais e


período em que se desenvolve (complexidade ecologia
social).

Altieri e Toledo Humanos e natureza co-evoluem. Agroecologia e inovação


(2010) De acordo com as limitações ambientais, o
o homem se adapta (inovações tecnológicas).

Crosby (1967) O homem global-colonial afeta a natureza e a si mesmo. Ecologia, biologia e


Resultados imprevistos dessa inter-relação saúde

(invasão sociobiológica).

Cronon (1993) Processo dialético na relação homem-natureza. Ambientalismo, cultura e

raridade (complexificação social, valores culturais e recursos comercializáveis


alteração do meio ambiente). (economia ambiental)

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Tabela 1. Classificação dos estudos revisados.

Autor Escala Posição homem-natureza Campos ampliados

Merchant (1990) Global-colonial O homem afeta a natureza. perspectiva de gênero


Perspectiva ambiental da história da
ciência com abordagem feminista (complexidade
social).

Melville (1999) O homem afeta a natureza. Agronomia e Ecologia


As mudanças nos modos de produção
resultam da colonização e impactam os
ecossistemas e a população nativa (complexidade
social e novas técnicas).

Cramausell O homem afeta a natureza. Economia Ambiental e


(1999) Mudança nas práticas produtivas das Ecológica
sociedades de gestão coletiva produto dos
impactos da população europeia (complexidade
social e novas técnicas).

Suter (2005) O homem afeta a natureza e a si mesmo. Estudos ambientais e


Construção imaginária de doença dos saúde

trópicos e necessidade de dominar a natureza,


porém o problema está nas práticas de origem
humana (invasão social biológica)

Solos (2000) Nacional O homem afeta a natureza. Agroecologia e economia


As dinâmicas ecológicas e sociais são
determinadas por processos históricos e
econômicos que vão do local ao transnacional
(agroecologia e processos econômicos).

Johnson (2002) Humanos e natureza co-evoluem. Antropologia e economia


O conceito de raça é utilizado de acordo com
as atividades produtivas realizadas. Ser crioulo
como parte de uma identidade que se promove
através do turismo (construção social e
ambiental).

Coelho (2002) O homem afeta a natureza. Estudos ambientais,


De acordo com os processos geohistóricos e demografia e economia
as formas de produção, o patrimônio ambiental
é impactado (técnica e tecnologia produtiva).

McEvoy (1981) Regional-local O homem afeta a natureza. ecologia e economia


As mudanças legais afetam as mudanças na
produção e, consequentemente, nos recursos
naturais (complexidade social e novas técnicas).

Mel (2000) Coevolução, afetação homem-natureza. Ecologia e história


Análise eco-histórica que explica diferentes
épocas e culturas na história regional (técnica).

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Tabela 1. Classificação dos estudos revisados.

Autor Escala Posição homem-natureza Campos ampliados

Garcia Martínez Regional-local O homem afeta a natureza de maneiras Estudos ambientais,


(1999) positivo (conflitos político-legais e epidemias demografia e economia
permitem a conservação).

Leal (2005) O homem afeta a natureza. Estudos ambientais e


Demonstra como a demanda por um produto economia

muda o ambiente (complexidade social e novas


técnicas).

Juarez (2005) O homem afeta a natureza. ecologia, ciencias sociais


A demanda por produtos naturais para
iluminação causa deterioração nas florestas
(técnica e tecnologia).
Fonte: Elaboração própria com base em Crosby (1967), McEvoy (1981), Stine e Tarr (1998), Merchant (1990), Cronon (1993),
Foster (1994), Cramausell (1999), Melville (1999), García - Martínez (1999), Cariño (2000), McNeill (2000), Soluri (2000), Johnson
(2002), Cunill (2002), Simmons (2003), Sutter (2005), Leal (2005), Juárez (2005) e Altieri e Toledo (2010).

O primeiro grande eixo, escala, refere-se ao nível em que os autores analisam os


processos vitais de uma população ou ecossistema. Embora seja possível observar
os mesmos fenômenos em diferentes escalas, as relações inerentes a eles assumem
diferentes níveis de detalhe. Certos elementos e sua importância podem aparecer ou
desaparecer. Em outras palavras, as formas como as sociedades se relacionam com
os sistemas naturais variam ao longo do tempo, dependendo dos recursos ou grupos
humanos em questão. A escala mostra as mudanças sociais no ambiente com base
nos processos afetados. Dessa forma, se você deseja abordar grandes mudanças no
ambiente, é necessário se afastar do detalhe na atividade humana e vice-versa.
Assim, os efeitos de um mesmo problema de análise diferem de acordo com a escala
a partir da qual são observados. As escalas são úteis porque destacam a complexidade
de cada intervenção humana, cada mudança natural analisada. Este eixo é subdividido
em escala global, global-colonial, nacional e regional-local.
Global. Autores com perspectiva global ou continental expressam fenômenos
relevantes que levam a questionar ou repensar esquemas tradicionais.
São estudos com uma abordagem ampla, nos quais se explica como a organização
social afetou o ambiente global ao longo do tempo (através de aspectos como técnica
ou energia). Essa escala é exemplificada pelos trabalhos de Foster (1994), Stine e
Tarr (1998), McNeill (2000), Simmons (2003) e Altieri e Toledo (2010) descritos a
seguir.

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Em The Vulnerable Planet: A Short Economic History of the Environment, John


Bellamy Foster afirma que "a transformação humana da Terra atingiu um ponto sem
precedentes, dada a natureza finita da exosfera, com resultados desastrosos para a
vida", cuja origem " está no desenvolvimento da agricultura há 10.000 anos”, obrigando-
nos a “transformar e harmonizar as formas de organização social da produção” (1994,
pp. 22-23).
Jeffrey Stine e Joel Tarr (1998), em At the Intersection of Histories: Technology and
Environment, analisam a interação tecnologia-ambiente como uma nova história social.
A história da tecnologia centrou-se no progresso tecnológico (no qual a tecnologia é a
força para controlar a natureza hostil) e deu pouca atenção às consequências sociais e
ambientais. No entanto, com o tempo, essa abordagem incorporou os perigos ambientais
trazidos pela tecnologia, como mundos artificiais que não são totalmente benéficos.

John Robert McNeill (2000), em Algo Novo Sob o Sol. An Environmental History of
the Twentieth-Century World, aponta que no século XX o impacto humano no planeta
foi incomparável, pois usamos dez vezes mais energia do que a usada nos mil anos
anteriores a 1900. Assim, a energia é o chave que acelerou processos sociais, políticos
e econômicos que afetam profundamente o meio ambiente.

Ian G. Simmons (2003), em História Ambiental: Uma Introdução Concisa, afirma que
a natureza é modificada temporariamente em graus (as sociedades modificam a
natureza e têm efeitos para as gerações subsequentes dependendo do período em que
se desenvolvem). Por exemplo, quando os humanos chegaram ao continente americano,
através do Estreito de Bering, à medida que avançavam para o sul, as espécies animais
foram extintas e as florestas foram destruídas.
Miguel Altieri e Víctor Toledo (2010), em A Revolução Agroecológica da América
Latina: Resgatando a Natureza, Assegurando a Soberania Alimentar e Empoderando o
Agricultor, observam que a adaptação humana a ambientes em mudança ao longo do
tempo se deve a práticas agrícolas específicas (rotação de culturas, terraços e irrigação).
sistemas e seleção de uma grande variedade de animais e culturas).
Eles argumentam que os sistemas agrícolas são uma adaptação cultural às restrições
ambientais.
Nesses estudos globais é possível ver a forma como os fenômenos têm uma vasta
influência geográfica, bem como as grandes modificações nas sociedades e ambientes.
Dada a sua amplitude, eles podem fornecer mais detalhes em aspectos das ciências
sociais-humanas e do meio ambiente ecológico.

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Global-colonial. São trabalhos em escala global, mas focados nos impactos


derivados do domínio colonial ou do imperialismo (Leff, 2007). Os trabalhos de
Crosby (1967), Cronon (1993), Merchant (1990), Melville (1999), Cramausell
(1999) e Sutter (2005) são localizados e descritos nesta escala.
Alfred Crosby (1967), em "Conqueror and Pestilence: The First New World
Pandemic and the Fall of the Great Indian Empires", muda a visão unilateral da
história ambiental ao apresentar os resultados imprevistos da interação homem-
natureza. Use a biologia e a ecologia para explicar como os europeus conquistaram
impérios no México e no Peru transmitindo doenças (varíola e sarampo) a índios
com baixa imunidade.
William Cronon (1993), em Changes in the Land: Indians, Colonialists, and
Ecology of New England, analisa a paisagem da Nova Inglaterra, contrastando
atitudes humanas, valores culturais e distúrbios ambientais. Identifica as relações
humanas dinâmicas e mutáveis com o meio ambiente em duas culturas: índios
“bons” ambientalistas, não intencionalmente, mas como consequência do ciclo
sazonal, e europeus, com extensa mudança ecológica resultante de ver os
recursos de forma diferente. unidades). Esse processo é dialético, pois altera o
ambiente e a sociedade (Cronon, 1993; Leibhardt, 1998; Steward, 1998).
Carolyn Merchant (1990), em The Theorical Structure of Ecological Revolutions,
analisa a relação entre índios e colonos na Nova Inglaterra (1600-1850) por meio
de quatro processos associados: ecológico, econômico, cognitivo e de reprodução
humana (biológica e social). A autora incorpora a perspectiva de gênero ao
considerar que o impacto na natureza depende do papel do indivíduo na produção.
Elinor Melville (1999), em Praga das Ovelhas. Consequências ambientais da
conquista do México, afirma que a introdução de animais de pasto do Velho Mundo
nos ecossistemas americanos mudou os modos de produção e possibilitou a
conquista de populações indígenas e o domínio de vastas áreas rurais.
Chantal Cramaussel (1999), em Colonial Society and Ecological Predation:
Parral in the 17th Century, demonstra que as sociedades caçadoras/coletoras
foram severamente afetadas pela degradação ambiental, forçando grupos inteiros
a migrar para outras áreas. Nos territórios onde as atividades dos europeus
(mineração, agricultura e pecuária) afetaram e poluíram o meio ambiente,
provocaram mudanças nas práticas desses grupos.
Paul Sutter (2005), em O controle dos mosquitos no Panamá, analisa a
entomologia e a mudança ambiental durante a construção do Canal do Panamá.
Para o autor, a abundância natural e as doenças dos trópicos não são as

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que afetou a população europeia, mas a mudança ambiental causada pelas práticas
sociais. Ou seja, são de origem humana (a má construção e manutenção de valas
para retirar os pântanos das áreas residenciais agravou o problema ao invés de
eliminá-lo).
Essas obras coloniais globais mostram inter-relações e visões de dominação.
Embora sejam amplos em escala, eles se concentram no cenário ecológico e são
capazes de mostrar o que está acontecendo nos sistemas sociais e econômicos.
Nacional. É possível ver como as relações sociais se desenrolam, bem como a
influência de determinados fenômenos sociais e ecológicos em um território,
juntamente com suas relações com outras escalas, entendendo-os como peças de
um sistema global, mas sem poder explicar o que é. acontece em tudo. Nesse nível
encontramos e descrevemos três trabalhos: Soluri (2000), Johnson (2002) e Cunill (2002).
John Soluri (2000), em Pessoas, plantas e patógenos: A dinâmica ecossocial da
produção de banana para exportação em Honduras 1875-1950, propõe evitar a
construção de paisagens passivas e disruptivas e uma relação unidirecional homem-ambiente.
Utilizando a agroecologia, mostra como a dinâmica de um espaço ecossocial é
marcada por um processo histórico local e transnacional (a produção de banana
obedece a mudanças locais e mercados internacionais).
Melissa Johnson (2002), em The making of race and place in British Honduras do
século XIX, considera que a construção e apropriação social do conhecimento é um
processo em que o social é indissociável da natureza. Na análise da história ambiental,
o autor integra o conceito de raça, que manifesta uma associação entre população e
paisagem com suas atividades produtivas. Centra-se em duas fases: a) quando os
madeireiros preciosos eram dirigidos por uma elite branca que ditava as regras,
durante a Coroa, eb) no final do século XIX, quando a classe crioula promovia o
turismo e a agricultura.
Pedro Cunill (2002), em “Movimentos pioneiros e deterioração ambiental e
paisagística no século XIX venezuelano ”, estuda os problemas de cinco regiões da
Venezuela. Afirma que a variedade e a intensidade dos danos ambientais e
paisagísticos dependem de consequências transitórias como conflitos, catástrofes
naturais, mudanças no uso da terra, posse da terra, alterações das redes urbanas,
exploração pecuária, destruição da flora e fauna selvagens, mudanças nos estilos de
vida e a abertura de novas vias de circulação.
A partir desse nível, os estudos têm um componente socioeconômico muito
marcante, ou seja, concentram-se na análise das mudanças nessas estruturas, a
partir das quais é possível explicar as mudanças no ambiente.

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Escala regional-local. Nesse nível é mais fácil distinguir o acesso e uso dos
recursos naturais, bem como as implicações do interesse em melhorar a qualidade
de vida, os sistemas econômicos, os direitos humanos, a organização social de
uma comunidade e a regulação do uso e acesso. aos recursos. Predominam as
análises de meio ambiente, e o componente econômico é muito marcante. Como
exemplo, são descritos os trabalhos de McEvoy (1981), Cariño (2000), García
Martínez (1999), Leal (2005) e Juárez (2005).
Arthur McEvoy (1981), em The Fisherman's Problem: Ecology and Law in the
California Fisheries, 1850-1980, afirma que mudanças na legislação levam a
mudanças nas formas de produção e, consequentemente, impactam os recursos.
Analisa a pesca da Califórnia, sua industrialização e regularização (McEvoy, 1981;
Demeritt, 1994; Leibhardt, 1998; Steward, 1998).
Martha Micheline Cariño (2000), em História das relações homem-natureza na
Baixa Califórnia Sul, 1500-1940, analisa historicamente as relações homem-
natureza e propõe três modelos (que podem coexistir porque não são mutuamente
exclusivos no tempo e no espaço): um adaptação simbiótica, quando no século XVI
populações indígenas fizeram uso variado e abrangente da diversidade biótica; um
uso "integral" dos recursos, quando no século XVIII colonos e pecuaristas
mantinham o controle das áreas agrícolas e uma densidade ótima de rebanhos;
uma pilhagem da riqueza peninsular meridional centrada na racionalidade mercantil
e na exploração dos recursos marinhos, minerais e terrestres.
Para Bernardo García Martínez (1999), em El monte de Mixtlán: Uma reflexão
sobre o contraponto entre população e natureza no México colonial, o
despovoamento de Huaspaltepec se deveu às epidemias do século XVI e aos
conflitos político-jurídicos, que permitiram sua preservação . Este caso é paradoxal
porque, ao contrário da maioria dos relatos históricos, tem efeitos positivos sobre o meio ambiente
Claudia Leal (2005), em Um porto na selva. Natureza e raça na criação da
cidade de Tumaco: 1860-1940, evidenciam que a demanda por um produto pode
transformar um ambiente. A configuração urbana de Tumaco revela contradições
associadas à sua dependência da extração e exportação de água (para fazer
botões) entre 1840 e 1940. Tal configuração não ameaçava a sobrevivência do
ecossistema devido à sua capacidade de reprodução; porém, transformou a
paisagem natural em urbana; isto é, as relações econômicas transformaram a
semente em mercadoria.
José Juan Juárez (2005), em Iluminação pública em Puebla e Tlaxcala e
degradação ambiental nas florestas do Malintzi, aponta que a substituição da banha

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e óleo de nabo (para iluminar a área urbana) por terebintina (obtido de pinheiros
e ocote) deteriorou as florestas. Embora a expansão da iluminação pública no
século XIX garantisse hierarquias e direitos sociais, era financeiramente
insustentável, para o que exigia mudanças técnicas que afetavam o meio ambiente.
Não se deve esquecer que a escala alude diretamente ao território, que é uma
representação e uma construção. De certa forma, a oposição de escalas (global-
local) não faz sentido porque quebra o sequenciamento de espaços criados
naturalmente. No entanto, sua utilidade é grande quando tentamos sintetizar a
complexidade de processos que estão além de nossa compreensão e, no mesmo
sentido, quando tentamos explicar detalhadamente a influência do espaço nas
atividades econômicas, políticas ou socioculturais; portanto, é o nível em que as
decisões políticas podem ser alimentadas com mais informações para serem executadas.
Esses estudos, ao incorporar dimensões que antes não estavam presentes,
tanto tematicamente quanto em termos de foco, provocaram um enriquecimento
teórico e uma complexidade da história ambiental. Além das diferenças entre os
autores e correntes, eles concordam nos seguintes aspectos: o ser humano, por
ser parte da natureza, ao invés de ser algo externo a ela, modifica-a à vontade; a
atividade humana, com resultados ambientais nem sempre desejados ou incertos,
leva a processos ora sustentáveis, ora não; a natureza, determinante da história
humana, o tipo de economia e as estruturas sociais (incluindo relações étnicas,
de gênero e outras) são importantes para entender a relação com o meio
ambiente; mudanças tecnológicas, ideologias, percepções e mitos de
comportamento impactam o meio ambiente.
Um segundo eixo de análise é constituído pela posição homem-natureza no
estudo. Os autores definem uma posição para a dialética homem-natureza.
No entanto, como já mencionado no início da conceituação da história ambiental,
há uma aceitação de uma posição construída (o homem afeta a natureza).
Segundo Lezama (2001), no período atual o que está em perigo não é a natureza
como tal, mas a ameaça paira sobre um determinado desenho cultural da
natureza, intimamente relacionado com as condições de bem-estar prevalecentes
no mundo. . Homem e natureza estão unidos por uma série de processos e
fenômenos, que o autor concebe, interpreta e conceitua para interpretar a
realidade do objeto de estudo. É uma posição em que se reconhece a
complementaridade, complexidade e interatividade de ambos os tipos. Este eixo
é subdividido em duas relações: uma unidirecional e outra bidirecional.

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Na primeira, unidirecional, os humanos afetam o meio ambiente (para o qual a


conservação é necessária). Não é uma relação que considera o ambiente da
sociedade como independente, mas sustenta que a natureza é um meio no qual o
ser humano pode se desenvolver de forma independente por meio das transformações
que o alteram, modificam e reestruturam.
No segundo, o bidirecional, é difícil separar as atividades humanas dos processos
ecológicos, pois ambos conseguiram se materializar mutuamente e formar um
ambiente humano. Essa proposta de gestão bidirecional tem duas vertentes: a) uma
que contém os estudos que demonstram a forma como o ambiente ecológico impõe
limites às relações humanas e às organizações devido à disponibilidade de recursos,
eb) outra que especifica como o espaço, o meio ambiente ecológico, é destruído
pela complexidade humana (a destruição da natureza é prejudicial aos seres
humanos).
Faz-se necessário um esclarecimento: a relação homem-ambiente é unitária na
medida em que implica uma interação recíproca; a primeira não é nada sem a
segunda e a segunda só nos dá sentido quando vista da perspectiva da primeira.
Essa dialética confirma que tanto a natureza quanto o homem se transformam
transformando a si mesmos. Embora ambos os tipos de relação se refiram a atores
inter-relacionados, a ponto de não ser possível distinguir um do outro, no primeiro a
ênfase é colocada nos processos ecológicos e na existência de recursos e fenômenos
geofísicos e bioquímicos, enquanto no segundo as atividades sociais são vistas
como processos que definem e acompanham os processos naturais.
O terceiro eixo nos remete à diversificação, ou seja, explicita a diversificação da
disciplina para outras além das ciências da vida (pois 41% dos estudos utilizam
categorias ou disciplinas dessa área); integra na sua diversificação as ciências
sociais e humanas (28 por cento dos estudos incluem disciplinas deste grupo), bem
como as ciências económicas (31 por cento dos autores utilizam métodos ou
conceitos destas). Essa amplitude a coloca como uma disciplina inclusiva (ver Tabela
2). A primeira coisa que se aprecia nesta revisão é a pluralidade de cruzamentos,
sua constante proliferação (apesar da escala analítica ser muito curta) e seus
vínculos. Alguns artigos estendem a análise tradicional da história a mais cinco
disciplinas (Crosby, 1967; McNeil, 2000; Cunnil, 2002). Essas interseções mostram
a impossibilidade de manter corpos de conhecimento rígidos e imutáveis, mas sim,
enquanto o quadro de referência é sempre o mesmo (sociedade, natureza e os
processos que os constroem).

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Tabela 2. Incorporação de novas disciplinas à análise da história


ambiental
Escala

Área Disciplina global global Nacional Regional Local % total


colonial

Ciências Ecologia
2 2 3 7 41

da Vida
1 1
biologia
Estudos ambientais 1 1 1 2 5

1 1
Agronomia
1 1 2
agroecologia
Ciências Ciências Sociais. 1 1 28

sociais e 1 1
humanas perspectiva de gênero
Saúde 2 2

1 1
Antropologia
1 1 1 3
Demografía
História moderna 1 1

1 1
Ciências Políticas
estudos Culturais 1 1

Ciências Economía 1 3 3 7 31
econômicas
Economia ambiental 3 3

1 1
Economia ecológica
1 1
Inovação e tecnologias

Fonte: Elaboração própria com base na classificação da Tabela 1.

mutuamente), força-se a existência de disciplinas abertas, que admitem vínculos


e reorganizações.14
Em um período de tempo limitado, 1967-2010, a disciplina fez múltiplas
travessias. Nos estudos apresentados aparecem principalmente estudos de
ecologia e meio ambiente, ciências da vida, demografia e saúde (epidemiologia)
com ciências sociais e humanas; economia e economia ambiental com ciências
econômicas.

14 É claro que esse tipo de intersecção gera problemas, em especial os conceitos comuns às ciências, ou seja, na
intersecção entre economia (ou geografia ou qualquer outra) e história ambiental, as noções utilizadas por ambas ou
por todas têm o mesmo significado? Embora seja verdade que o cruzamento entre as duas sempre destaca a
probabilidade (como objeto de cálculo nas ciências experimentais ou como viabilidade de testemunho nas ciências sociais e humanas).

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Nessas interseções encontramos problemas epistemológicos particulares,


relacionados tanto às ciências duras quanto às ciências sociais e humanas, uma
vez que surgem conceitos comuns e estranhos. Mas o objetivo dessa diversificação
não é a homogeneização desses conceitos, mas o diálogo sobre fenômenos
naturais e valores sociais, uma vez que tanto os seres quanto o ambiente são
atravessados por leis (físicas e sociais) e ações individuais/sociais (linguagem,
política, religião). , arte e outros mecanismos e instrumentos que o permitem).
Assim, mostram que a história, mais do que avançar per se, está vinculada (e
predomina) em todos os cenários em que o homem é discutido, o que permite que
seja um princípio geral de explicação para todas as questões humanas.
É importante mencionar que grande parte das obras expostas que pertencem
ao estágio de evolução da história ambiental, ao invés de investigações específicas,
são trabalhos pioneiros na região, com reflexões gerais e abordagens diversas,
que questionam causas e efeitos ambientais na tempos diferentes e com textos de
desenvolvimento. Ou seja, cria-se uma concepção de natureza em que os valores
humanos, e não a natureza, são os que fazem julgamentos, mas a natureza é o
principal agente da história ambiental.

Conclusões

O fato de a história ser "ambiental" (tem esse rótulo) refere-se ao meio ambiente,
não apenas como um ambiente natural, mas também como a construção social
que nos cerca, o ambiente humano (para colocar em termos sociais) ou o ambiente
natural artificialmente modificado e simbolizado pelas práticas do homem e sua cultura.
Isso foi possível graças à incorporação de muitos estudos e pesquisas de diversas
áreas (planejamento urbano, igualdade ambiental, conservacionismo, identidade,
etc.). Em outras palavras, capta e, ao mesmo tempo, permite a interdisciplinaridade
para unir os temas de análise e seu interesse em uma melhor compreensão da
experiência humana no, a partir e com o ambiente ecológico. É claro que não é um
campo que aspira a ser totalizante (não, em princípio), mas, sim, acomoda uma
grande diversidade de áreas de estudo para se tornar uma disciplina que se move,
com múltiplos centros de gravidade (os estudos têm diferentes temas e origens),
para abordar a complexidade de um ambiente igualmente em mudança.
É claro que a construção resultante neste domínio nada mais é do que um
discurso: uma criação que tenta ser um reflexo crítico do modo como

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nosso mundo material é transformado por nossas necessidades, ideias e técnicas


ou tecnologias usadas para alcançá-los, de modo que, na realidade, não reflete a
natureza em si, mas uma natureza “representada”. Talvez, como diz Bluell (2009,
p. 2), seja uma extensão das histórias que os humanos construíram historicamente
para explicar o desconhecido (como nas mitologias), o que provaria ser um
discurso emergente com raízes muito antigas.15 O certo, seja ou não, é que essa
sofisticação da disciplina destaca a importância do meio ambiente na evolução
das sociedades, revela sua marginalização com a chegada da modernidade e
critica os meios de produção e consumo, como bem como as instituições que hoje
ordenam a nossa vida quotidiana.
Esta revisão teve como objetivo analisar os gatilhos, diversificação,
enriquecimento e complexidade da história ambiental, por meio de uma seleção e
associação de artigos e trabalhos que incorporaram temas à história ambiental.
Aqui reunimos essa diversidade interdisciplinar (não apenas multidisciplinar).
Embora sejam muito amplos e genéricos, também podem ser subdivididos para
estabelecer mais diferenças e igualdades entre os subgrupos.
Além da variabilidade nas escalas, os estudos apresentados foram divididos de
acordo com a posição homem-natureza.
A primeira abordagem unidirecional é técnica, de certa forma, porque enfatiza
as habilidades humanas (intelectuais e manuais) no uso de ferramentas e
conhecimentos para modificar o ambiente, consciente ou reflexivamente, e
satisfazer suas necessidades. Estes estão fortemente relacionados com o
desenvolvimento da ciência e tecnologia nos sistemas de produção. Embora o
desenvolvimento do conhecimento tenha permitido a criação de novas tecnologias
(melhores usos, eficiência produtiva etc.), foi também graças a elas que se
avançou no próprio conhecimento. Trata-se, portanto, de uma espécie de laço
cognitivo que amplia as possibilidades de experimentação e aquisição de
conhecimento. Os trabalhos dessa abordagem destacam a necessidade humana
de modificar o meio ambiente para (como proposta) melhorar a qualidade de vida
(a técnica é um instrumento de progresso socioeconômico), com o qual se
descobre que a técnica abre caminho para a resistência contra a industrialização e neoliberalism

15 Não devemos perder de vista que toda história é um produto construído. Isso é evidenciado, por exemplo, em
obras como a de Florescano (2004, p. 17), que, em O patrimônio nacional do México, aponta que a história nacional
do México é composta por diferentes etapas (pré-hispânica, vice-rei, republicano e contemporâneo). ); no entanto,
essa construção é produto de interesses políticos de integração do Estado. Em outras palavras, é uma construção
histórica, produto de um processo do qual participam os interesses das diferentes classes que compõem a nação.

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(uma dessas resistências toma forma no conservacionismo): a técnica libera


potencial humano e pode gerar resistência ao mesmo potencial.
Num segundo grupo (mais bidireccional) predomina uma visão em que o
ambiente ecológico está indissociavelmente ligado às relações sociais (sem que
isso implique que o grupo anterior não esteja). As relações sociais de produção
(tecnologia e técnica geram superprodução, desperdício, consumo de massa etc.)
vêm de mãos dadas com consequências deploráveis para a manutenção do
equilíbrio ecológico. Ou seja, a técnica pode implicar per se
uma insustentabilidade. Mas a ênfase é que as contradições dentro da sociedade
causam uma certa atitude em relação à natureza externa.
Embora o grande avanço na história ambiental consista em considerar a
natureza como ator vital no desenvolvimento da pesquisa, levantada não como
pano de fundo (Arruda, 2007), mas como fator determinante, ou seja, o trânsito
para perceber a natureza de um uma visão bilateral. É a posição ética de cada
autor que determina o papel atribuído à natureza.
Em suma, o que é vital para este trabalho é considerar a história ambiental
como uma disciplina que permite determinar o que há de substancial na relação
entre sociedade e natureza em diferentes épocas,16 do ponto de vista social. "A
história ambiental permite uma releitura do tempo, onde o passado não é distante
ou imutável, mas mutável e próximo do presente que se projeta no futuro"
(Mel, 2000). Ou, como aponta Lepetit (1997), "todo passado se encontra no
presente sem que por isso seja discernível, todas as formas de organização
espacial antiga, suas racionalidades acumuladas umas sobre as outras, figuram no presente".
Não há, do nosso ponto de vista, uma natureza que evolua por um lado e uma
sociedade humana que "altere" esse dinamismo. A sociedade humana e seu
ambiente são uma unidade. A sociedade faz parte da natureza e co-evoluem,
apesar de existirem diferentes leis que explicam a dinâmica de uma e de outra. O
importante nesta revisão é a proposta de uma perspectiva ampla —além de
abordagens ou soluções técnicas— que nos diga que as crises das sociedades
são a chave para entender as crises ambientais atuais.

16 Estamos cientes da apropriação dos diferentes tempos herdados pela historiografia, mas
concordamos com Gallini (2002) que estes não devem ser absorvidos acriticamente.

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