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Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe

Book · November 2009

CITATIONS READS
0 1,932

8 authors, including:

Mariana Carvalho
BirdLife International
24 PUBLICATIONS 141 CITATIONS NOMES. JOEL
TROVODA,MARILDA LOURENÇO,MARCIA DE CARAVALHO,JOEL ESPIRITO
SANTO,IVÉS DOS RAMOS NUMEROS:37,43,42,36,33 TURMA: T
TRBALHO SOBRE MEIO AMBIENTE EM SÃO TOMÉ

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Ecologia,
Ambiente
Educação
Ambiental

e em São Tomé e Príncipe

Novembro de 2009
Ministério da Educação e Cultura
Direcção Geral do Ambiente
Fundação da Criança e da Juventude

Agradecimentos
Nerea Investiga
Step Up
Mireia Boya Busquet
Bastien Loloum
6

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38

Índice

1 Introdução ......................................................................................................................
.......... parte : A Ecologiaª
Um pouco de história (geologia e origem do
arquipélago) ....................................
Clima .....................................................................................................................
....................................
Ecossistemas e
Habitats ................................................................................................................
1) Os ecossistemas marinhos e
costeiros ..........................................................................
2) Os ecossistemas
terrestres ...................................................................................................
Actividade 1 Factos ou
mitos .....................................................................................................
Actividade 2 Formação de
camadas ...................................................................................... Actividade 3
Pulmões do mundo ............................................................................................
Actividade 4 A sopa da conservação da
floresta ..........................................................
Actividade 5 O estudo das
árvores .......................................................................................
Actividade 6 São as
pessoas .......................................................................................................
Actividade 7 Eu quero o meu
habitat! ..................................................................................
Actividade 8 Como podemos ajudar a floresta
tropical? .......................................... Actividade 9 O efeito de estufa e as suas
consequências ........................................
Actividade 10 O derrube de
árvores ................................................................................... 2parte : A Biodiversidadeª
A colonização das ilhas pelas espécies, a constituição da biodiversidade..........
As espécies endémicas e emblemáticas da Flora e
Fauna ........................................
O meio marinho e
costeiro ........................................................................................................
O meio
florestal .................................................................................................................
................
Actividade 11 Peça
teatral ............................................................................................................
Actividade 12
Slogans ..................................................................................................................
...
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71
Actividade 13 Imagens
guiadas ..................................................................................................
Actividade 14 Cartas
mágicas ....................................................................................................
Actividade 15 A variedade é o tempero da
vida ..........................................................
Actividade 16 Produtos das árvores, sim ou
não? .........................................................
Actividade 17 Adivinhas ecológicas sobre a floresta
tropical ..................................
Actividade 18 Usos
tradicionais ................................................................................................
Actividade 19 As espécies florestais e os seus
habitats .............................................. 3parte : A Conservação ª
Porquê conservar a biodiversidade e os
habitats? .........................................................
As principais ameaças sobre o ambiente em
STP .........................................................
Políticas públicas e Quadro legal de Protecção da Natureza em
STP ..............
O que podemos
fazer? ........................................................................................................
...........
Actividade 20Visualização da gota de
chuva ....................................................................
Actividade 21 Palavras cruzadas das tartarugas
marinhas .........................................
Actividade 22 Como é que a floresta tropical nos
ajuda? ........................................
Actividade 23 Estamos perante uma pesca
responsável? ..........................................
Actividade 24 As espécies marinhas e costeiras e os seus
habitats ...................
Actividade 25 A carta da
Maria ................................................................................................
Actividade 26 O que devemos ou não encontrar no
mar? .....................................
Actividade 27 Como consumir com
sustentabilidade? ...............................................
Actividade 28 Inspecção da
praia! ...........................................................................................
Actividade 29 Águas e
águas ......................................................................................................
Actividade 30 A Teia da
vida .......................................................................................................

Para Saber mais


Contactos Úteis (instituições e associações, nacionais e
internacionais) ...............
Efemérides e eventos de
interesse .........................................................................................
Referências
bibliográficas .............................................................................................
..................
Referências
electrónicas ...............................................................................................
..................

Introdução

E
ste manual surge da necessidade de sensibilizar os
professores/educadores e, consequentemente, os alunos
para as problemáticas ambientais de São Tomé e Príncipe.
Nas últimas décadas, pode-se observar um fenómeno
inquietante de degradação dos diferentes ecossistemas
terrestres e aquáticos por numerosas razões:
w Desflorestação para o cultivo da terra; w Abate descontrolado de
árvores para a construção de casas ou canoas; w Extracção abusiva e
descontrolada da areia para construção civil; w Captura de espécies
animais ameaçadas de extinção para consumo e venda; w Poluição dos
solos e sistemas aquáticos gerada por resíduos vários; w Inexistência de
uma recolha selectiva de resíduos, de saneamento básico e de um
sistema de tratamento das águas residuais, entre outros;
w Observação não ordenada e regulamentada de espécies (e.g,tartarugas
aquando a desova e nascimento; observação de cetáceos,“whale-watching”,
no Ilhéu das Rolas);

Os problemas ambientais acima referidos são, ainda, agravados pela


falta de cidadania dos homens e mulheres que não hesitam em lançar
os seus desperdícios (e.g., garrafas vazias, sacos de plástico e outros
materiais não orgânicos) no solo, nas praias e no mar; que utilizam redes
com malhas cada vez mais pequenas ou dinamite na actividade
piscatória;que provocam descargas dos motores de embarcações no mar
ou no porto, entre outras.
Apesar dos esforços realizados pelos organismos governamentais e
pelas diferentes organizações da sociedade civil (parceiros de
desenvolvimento) no combate aos problemas sócio-ambientais,
continuamos a ser confrontados com graves situações de desrespeito
pelo ambiente resultado da(o):

6 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


w Insuficiente sensibilização e formação da comunidade para as consequências
desastrosas das acções antrópicas;
w Fraco acesso à informação e à educação ambiental por parte da
comunidade, em geral, e da comunidade educativa, em especial;
w Falta de controlo da protecção do litoral e da fiscalização na captura do
peixe; w Protecção da conservação da natureza e investigação científica
pouco efectiva, devido a parcos recursos financeiros e humanos;

A ONG MARAPA preocupada com esta situação, e no quadro de uma


parceria com a CTA (Centro Técnico de Cooperação Agrícola e Rural),
tem levado a cabo acções de sensibilização e de Educação Ambiental a
nível comunitário e com crianças em contexto escolar. Uma das
actividades para reforçar essas acções consiste na elaboração do
presente manual e a sua facilitação aos professores para apoio às
actividades curriculares.

Este manual conta com a integração de módulos e actividades de


educação em prol do ambiente tendo em vista capacitar futuros eco-
cidadãos e contribuir para uma maior consciência ambiental e,
consequentemente, para a mudança de comportamentos a curto e a
longo prazo que conduzam a acções de respeito pelo ambiente e
contribuam para uma gestão durável dos recursos naturais em S.Tomé e
Príncipe.

Para a realização desta nobre tarefa foi constituída uma equipa composta por
representantes de instituições públicas, ONGs e especialistas em educação
ambiental.

Esta acção conta com a contribuição técnica e financeira do CTA (Centro


Técnico de Cooperação Agrícola e Rural).O CTA rege-se pelos Acordos
de Cotonou entre os países de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP)
e a União Europeia (UE), que o financia. Y

Introdução 7
1ª parte
LOGIAO
c Um pouco de história... c Clima. c Ecossistemas e Habitats.

C
A Ecologia é a ciência que estuda a vida no seu meio ambiente, e o
termo deriva das palavras gregas “oikos” - casa - e “logos” -
estudo.É a “ciência que estuda a casa”,e designa o estudo das relações
entre os seres vivos e o ambiente onde vivem. Este conceito foi pela
primeira vez utilizado em 1869 pelo cientista alemão Ernst Heackel.
Para facilitar a compreensão e o estudo da ecologia dos seres
vivos,estes foram organizados em diferentes níveis: a unidade básica e
fundamental é a célula, que por sua vez se reune em conjuntos de
tecidos,organizados em orgãos,e que constituem um organismo. Um
conjunto de organismos com profundas semelhanças e capacidade de
reprodução entre si, originando novos descendentes férteis e com o
mesmo quadro geral de caracteres, pertencem à mesma espécie.Vários
indivíduos da mesma espécie reunidos num mesmo local, durante o
mesmo período de tempo, formam uma população.Diferentes populações
(indivíduos pertencentes a espécies diferentes), que vivem num mesmo
local, durante o mesmo período de tempo, formam uma comunidade.Ao
conjunto constituído pela comunidade, o seu meio ambiente,as
interacções existentes entre os indivíduos e entre este e o meio ambiente
(e vice-versa) chama-se um ecossistema.
O ambiente de um ecossistema é que determina quais os seres vivos
que aí vão aparecer e estabelecer,ou seja,as condições da “casa”é que
vão seleccionar quais as espécies que aí se vão instalar. Surge assim o
termo habitat (do latim, ele habita), que se refere ao espaço fisico e aos
factores abióticos (não vivos, relativos ao meio ambiente: tipo de solo,
clima...) que caracterizam um ecossistema e são favoráveis à distribuição
dos seres vivos,ao estabelecimento das populações e de uma
comunidade.

Estes são os conceitos gerais que se pretendem trabalhar neste capítulo,


focando em particular o caso de São Tomé e do Príncipe,e dos
ecossistemas que aqui encontramos.

Um pouco de história...
(geologia e origem do arquipélago)
São Tomé e Príncipe são as duas principais ilhas do país-arquipélago
situado no golfo da Guiné, constituído por duas ilhas e vários ilhéus.
Distantes 300 km da costa ocidental da África (00 25’N de latitude e a 60
20’E de longitude),as ilhas ocupam uma área de 1.001 km 2, a ilha de São
Tomé com 859 km2 e a ilha do Príncipe com 142 km 2. São Tomé e
Príncipe situam-se numa linha vulcânica chamada a linha dos
Camarões,que inclui Annobón a sudoeste,Bioko a nordeste e que se
10 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
estende ao continente africano através do Monte Camarões e alcança o
plateau de Camarões e o Lago Chad. O arquipélago de São Tomé e
Príncipe surge desde sempre isolado no mar, ao contrário de Bioko que
esteve inicialmente ligada ao continente Africano. Primeiro um vulcão
deu origem ao aparecimento da ilha do Príncipe, há cerca de 30 milhões
de anos. São Tomé surge mais tarde da mesma forma, há cerca de 15
milhões de anos, e no início estas eram ilhas completamente
desprovidas de vida.
Por serem ilhas vulcânicas, ambas apresentam um relevo muito
acidentado. Na ilha de S.Tomé, a topografia é caracterizada por picos e
vales escarpados, sendo o Pico de S.Tomé o ponto mais alto. Este pico
situa-se no centro-sudoeste a uma altitude de 2024 m, mas cerca de uma
dezena de picos ultrapassam 1000 m de altitude. O norte da ilha é
menos montanhoso,e é por esta razão que os primeiros cultivadores ali
se instalaram.No Príncipe o relevo é ainda mais acentuado e o pico mais
alto atinge 948 m. No sector norte da ilha também há uma região menos
montanhosa.
Nas duas ilhas, os rios são numerosos e geralmente de carácter
torrencial, ou seja, são formados pela escorrência da água das chuvas.
atinge os 663 m. Apesar de,ao contrário de outros picos,não dispor de
elevada alti-?
SABIA QUE?
O Pico do Cão Grande,um dos polos de interesse turístico e uma
referência paisagistica do sul da ilha de São Tomé,resulta de uma
erupção vulcânica muito antiga,e

tude,o Cão Grande é o que oferece maiores dificuldades quando se


pretende escalá-lo,uma vez que não tem nenhum caminho que permita o
acesso ao topo.

Clima
As ilhas de São Tomé e do Príncipe situam-se logo acima da linha do
equador, na zona intertropical do planeta, numa faixa latitudinal situada
entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. O clima da zona
intertropical é tipicamente quente e húmido.Nesta região do planeta
criam-se as condições climáticas ideais para a proliferação de seres
vivos, sendo aqui que se encontra o maior número de espécies de todos
os grupos taxonómicos: vegetais, animais, fungos e microorganismos.

O clima das ilhas de São Tomé e Príncipe é insular e equatorial.


Podemos dividi-lo em três zonas climáticas:
A Ecologia 11
1. No norte e no nordeste da ilha, a estação seca apresenta uma
longa duração (4-5 meses para S.Tomé). Durante a estação das chuvas,
raramente chove durante vários dias sem parar.Chove menos de 1 m de
água por ano e a temperatura média é de 25ºC;
2. Nas regiões sul e sudoeste, onde as precipitações são
abundantes e não existe a estação seca;
3. Nas altitudes mais elevadas,as temperaturas são mais baixas e a
pluviosidade é intermédia.A temperatura pode ser inferior aos 10ºC
(dependendo da altitude).

As precipitações variam ao longo de um gradiente orientado de nordeste


ao sudeste que segue a distribuição das montanhas (em São Tomé e no
Príncipe),e caracteristicamente apresentam-se em quatro estações:uma
estação das chuvas entre Setembro e Dezembro;uma pequena estação
seca (“gravanito”) entre Dezembro e Março;chuvas novamente entre
Março e Junho;e a estação seca (“gravana”) entre Junho e Setembro.

A humidade relativa é muito elevada, sendo superior a 80%. Em altitude,


a humidade relativa atinge os 100% e a formação de bruma leva a
pluviosidade suplementar por condensação sobre a vegetação. ta, um
dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa.As plantas
verdes?
SABIA QUE?
A floresta tropical é muito importante para o equilíbrio do clima em todo o
mundo.A floresta tropical absorve muito do dióxido de carbono produzido
no plane-

são, através da fotossintese, capazes de transformar o dióxido de


carbono em oxigénio,e é na zona tropical que se concentra a maior parte
das florestas verdes de todo o planeta. Isto significa que se a floresta
tropical for cortada ou queimada, afectará negativamente o ar que todo o
planeta respira.

Ecossistemas e Habitats
Um Ecossistema, ou sistema ecológico, é constituído por duas
componentes: a componente biótica e a componente abiótica.A
componente biótica é formada por uma comunidade (biótica), ou seja um
conjunto de organismos pertencentes a diferentes espécies (várias
populações) que vivem num determinado biótopo (local,ambiente
físico),durante um certo período de tempo.O biótopo (local onde vive a
comunidade durante um determinado período de tempo) e os factores
físico-químicos do meio ambiente constituem a componente abiótica do
12 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
ecossistema.Os organismos vivos de cada população interagem entre si
e com os membros de outras populações (relações bióticas). Os factores
físico-químicos do meio ambiente também exercem influência uns sobre
os outros.Ou seja a componente biótica e abiótica do ecossistema
interagem.Esta interacção leva a que a componente biótica influencie as
propriedades da componente abiótica e vice-versa.Ambas as
componentes de um ecossistema são essenciais para a manutenção da
vida tal como a conhecemos na Terra.

Um habitat é de uma forma muito simples a casa dos seres vivos (de
uma população ou de uma comunidade) ou o “endereço” onde os seres
vivos vivem num determinado ecossistema. É o conjunto do espaço físico
e das condições ambientais favoráveis ao estabelecimento de diversas
comunidades de organismos vivos.Como já vimos anteriormente, o
arquipélago de São Tomé e Principe é formado por duas ilhas,com um
relevo montanhoso,e solos derivados da actividade vulcânica,situadas
numa zona do planeta onde o clima é muito favorável à abundância e
diversidade de seres vivos. Isto significa que se criaram vários habitats
com boas condições para o estabelecimento de organismos vivos.
Nas ilhas de São Tomé e do Principe podemos identificar vários
ecossistemas, que englobam diferentes habitats,e que derivam das
próprias condições físicas e geográficas da ilha:
1. os ecossistemas marinhos:nas áreas costeiras (litorais) e
marinhas (de mar aberto), já que ambas as ilhas estão no Oceano
Atlântico e possuem uma extensa área de costa e marítima;
2. os ecossistemas terrestres: são representados
predominantemente por áreas florestais, que apresentam habitats de
condições diferentes consoante a altitude, a intensidade da precipitação,
a insolação, o relevo e a própria estrutura da floresta estabelecida.
As ilhas inicialmente desertas foram sendo colonizadas ao longo dos
tempos pelas várias espécies vegetais, animais, fungos e
microroganismos, que aqui chegaram de várias formas: transportados
pelo mar, pelo ar, e mais recentemente pelos Homens que se
estabeleceram em São Tomé e no Príncipe. Quando as condições são
favoráveis ao estabelecimento de determinada espécie, ou seja o habitat
disponível é adequado, esta pode sobreviver e conquistar um lugar no
ecossistema. 1. Os ecossistemas marinhos e costeiros
a) O Litoral
Chamamos de zona litoral a faixa de terra junto à costa,onde se
encontram diferentes ecossistemas que sofrem a influência das marés.
A Ecologia 13
Dependendo da configuração da costa,da força do mar e de outros
factores climáticos,os animais e as plantas do litoral apresentam
características muito específicas. O litoral é o lugar onde se encontram o
mar e a terra. No entanto, no estudo dos animais e plantas que vivem no
litoral, os biólogos dividem a zona do litoral em três “andares”:

e Supralitoral: “supra” significa “acima”. É a zona do litoral que se


encontra directamente acima da linha da maré mais alta do ano.As
espécies que vivem ali não recebem muita humidade, apenas gotículas
quando o mar fica muito agitado.

e Mediolitoral: “medio” significa “no meio”. É a zona do litoral que se


encontra entre as linhas de maré baixa e alta.Por serem batidas
constantemente pelas ondas, as espécies que vivem ali, desenvolveram
protecções particulares.

e Infralitoral: “infra” significa “abaixo”. É a zona do litoral que se encontra


directamente debaixo da linha da maré mais baixa do ano, e se extende
até a profundidade onde a luz do sol consegue chegar.

Em São Tomé e Príncipe, distinguimos diferentes habitats costeiros como


as praias, os cordões rochosos e também os mangais, em particular na
foz dos rios. Neste ambiente, os “andares” do litoral têm uma amplitude
muito diferente, o que determina a ocorrência de espécies
características.

Existem também algumas espécies que costumam viver no alto mar,e


usam o litoral, de vez em quando, para se reproduzirem ou alimentar. Por
exemplo, as tartarugas marinhas utilizam as praias para desovar. Alguns
peixes também usam os mangais para pôr os seus ovos, em áreas ricas
em alimento e ao abrigo dos predadores. Mas, talvez, quem mais goste
do litoral seja o Homem! Em São Tomé, usamos o litoral em muitas das
nossas actividades: é onde procuramos alimentos, onde divertimos nos
fins-de-semana fazendo pic-nics, onde os pescadores abrigam as suas
canoas, e também onde gostamos de construir as nossas casas. é
responsável pela faixa da costa de 80 metros a partir da linha de mar
mais alta.Em?
SABIA QUE?
Em São Tomé e Príncipe,a gestão do litoral,ou seja o controlo da
utilização deste espaço pelos habitantes é da responsabilidade da

14 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Capitania dos Portos.Esta instituição cada praia,a Capitania dos Portos
dispõe de Chefes de Praia que respondem por ela.

b) O mar aberto
Quando os pescadores se afastam um pouco da costa,os tipos de peixes
encontrados são diferentes. Entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, o
mar é mais fundo podendo chegar aos 3000 metros. Por isso, quando os
pescadores se afastam um pouco da costa, encontram espécies
diferentes, geralmente de maior tamanho em maiores densidades. São
espécies típicas do Mar aberto.

Os mares e oceanos cobrem mais de 70% da superficie do planeta.O


fundo do mar apresenta um relevo variado, podendo tomar o aspecto de
desertos extensos, planícies, montanhas abruptas e fossas vertiginosas.
O ponto mais profundo do mar encontra-se no Oceano Pacífico, próximo
das ilhas Marianas, a mais de 10000 metros de profundidade.

De forma geral, os biólogos classificam os seres vivos que vivem nos


Oceanos conforme os seus comportamentos e em função da região das
águas onde vivem: As espécies pelágicas são aquelas que não
dependem do fundo do mar para sobreviver,e que nadam livremente em
qualquer parte do oceano.Alguns vivem em cardumes para uma melhor
protecção,tais como as sardinhas e os atuns,outros são predadores que
se alimentam de outros peixes, como é o caso do peixe Andala e do
Tubarão. As espécies demersais são aquelas que vivem no fundo do mar
ou nas rochas,como a Garoupa e a Santola.Alguns deles têm hábitos
territóriais, atacando qualquer intruso ao seu território, como por exemplo
a Moreia. Outros usam a técnica de camuflagem para não serem
descobertos pelos predadores, como é o caso do Polvo. é chamado de
Zona Económica Excusiva (ZEE) e representa uma extensão de?2
SABIA QUE?
Por serem ilhas, São Tomé e Príncipe não tem fronteiras terrestres com
nenhum outro país,mas sim com o alto mar! O território marítimo que
pertence ao país

160 000 Km , ou seja cerca 160 vezes o tamanho das nossas terras.
2. Os ecossistemas terrestres
As áreas terrestres de São Tomé e do Principe eram originalmente
cobertas por floresta tropical. Estas áreas apresentam diferentes

A Ecologia 15
condições físicas, que determinam o tipo e a estrutura da vegetação,
sendo classificadas como:

e Floresta de Bruma ou de altitude, acima dos 1400m e até aos 2024m,


caracterizada pela humidade permanente e temperaturas bastante
inferiores às que encontramos a nível do mar; e Floresta de
Montanha,entre os 800m e os 1400m de altitude,onde a precipitação é
comum e abundante mas o relevo um pouco menos abrupto; e Floresta
de Baixa Altitude, entre o nível do mar e os 800m,o habitat natural
actualmente menos representado devido à acção directa do Homem com
desflorestação para cultivo e estabelecimento de populações humanas.
Actualmente a área de Floresta Primária de Baixa Altitude situa-se
apenas na zona sul e sudoeste da ilha, e é caracterizada por precipitação
intensa e constante e solos pobres; e Floresta Seca, instalada nas zonas
com pluviosidade compreendida entre 1.000 e 1.500mm por ano,nas
zonas limitrofes de Guadalupe,com um período seco bem marcado.

Em virtude de os ecossistemas terrestres de São Tomé e do Príncipe


terem sido sujeitos a grandes modificações, desde a colonização
Humana pelos Portugueses a partir do ano de 1470, actualmente temos
outros ecossistemas florestais que surgem directa ou indirectamente por
acção do Homem e que constituem novos habitats para a flora e fauna,
nomeadamente:

e Floresta Secundária ou “Capoeira”, é a floresta que surge por


regeneração natural nas áreas de plantação abandonadas, e constitui
hoje em dia a maior parte da área florestal do país (cerca de 30%); e
Floresta de Sombra, chama-se à estrutura florestal mantida em dossel
para sombrear as plantações de cacau e café,que são culturas que
necessitam de sombra para crescer.Este tipo de ecossistema agro-
florestal tem um grande valor pois permite rentabilizar a terra mas
também manter árvores de grande porte,espontâneas e introduzidas,e
uma estrutura florestal favorável à conservação da biodiversidade local; e
Savana, localiza-se na zona norte da ilha de São Tomé, e deriva
provavelmente das devastações da vegetação originária,para as
plantações durante o ciclo de canade-açúcar no século passado. O
empobrecimento dos solos aliado à fraca precipitação nesta zona da ilha
criaram condições para o desenvolvimento deste ecossistema, com
caracteristicas biológicas um pouco diferentes dos outros habitats
florestais das ilhas; e Agro ecossistemas, que correspondem a zonas de
exploração agrícola intensiva,nomeadamente para produção de
hortícolas,milho,matabala ou outros bens de consumo e subsistência
16 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
para as populações. começando pela camada emergente,constituída
pelas árvores mais altas e que se?
SABIA QUE?
As Florestas tropicais do mundo são caracterizadas por uma estrutura
comum, em camadas.Na Floresta,podemos distinguir vários habitats em
função da altura,

elevam muitas vezes para além das copas das outras árvores, até aos
60m de altura. Na segunda camada temos a canopeia, constituída pelas
copas da maioria das árvores de grande porte, entre 20 e 30m de altura,
e que funcionam como um “guarda sol” da floresta, absorvendo grande
parte da luz do sol. Por debaixo encontramos a terceira camada, a mata,
formada por árvores pequenas e arbustos caracteristicamente com folhas
largas, para tentar absorver a luz do sol que passa pela canopeia.Por
último temos a camada do solo,que inclui ainda os troncos em
decomposição, as folhas mortas e a matéria orgânica em decomposição,
que alimenta o solo da floresta, geralmente pobre em nutrientes. Y

A Ecologia 17
1
Actividade

Factos ou mitos
(adaptado a partir World Wildlife Fund – Denise Stromme )

x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais para registo dos factos errados da his-
tória.Na falta destes elementos a actividade pode ser realizada oralmente.

x Passo a passo: A história que se segue contém alguns factos errados.Os alunos deverão
lê-la individualmente ou em grupo e encontrar os erros.Os alunos deverão explicar porque razão
estão errados alguns factos da história e propor alterações para que a história fique verdadeira.

pical.
am passear na floresta tro
ma tarde dois amigos for um ven to for te no

U
ge quando
Não tinham ido muito lon a nos seu s olh os. Log o
areia sec
fundo da floresta soprou e e esfo mea do, à
iram um morcego enorm
que limparam os olhos,v is ráp ido pos sív el pa-
a comer.Correram o ma
procura de crianças par
ra escaparem. homem contou-
um homem a cultivar.O
Pouco depois encontraram s par a pla ntar os seus
tinh a cor tado e que imado as árvore
lhes que dutos em abun-
- dutos há 10 anos,e todos os anos colhia os pro
pro estas colheitas por-
hes que é possível fazer
dância.O homem disse-l idiram continuar a
nutrientes.Os amigos dec
que o solo está cheio de aram a marcha.
sorte ao homem e continu
caminhada.Desejaram boa um a mãe leoa e
co tempo depois,viram
Seguiram o caminho,e pou leõ es pas saram
s esconderam-se e os
os seus filhotes.Os amigo ta,n ão pod iam ser facil-
mo ao lad o del es.N a escuridão da flores
mes
mente vistos nos arbustos. alto.Os amigos
viu-os e começou a gritar
Não obstante,um macaco os macacos são
ento porque sabiam que
riram-se do animal barulh uma cobra preta
Perto do macaco,estava
estúpidos e desajeitados. ficaram com
de árvore.Os amigos não
a dormir sobre um ramo sab iam que ela não
para lhe tocar porque
medo e aproximaram-se
era venenosa. e da vegetação
dos com o verde luxuriant
Os amigos ficaram admira acerca dela.Os
só desejavam saber mais
da floresta tropical.Eles rca da floresta
iriam aprender mais ace
amigos concordaram que ertir mais nos
agem para se poderem div
tropical e a sua vida selv
seus próximos passeios.

A Ecologia 19
x O que está errado?
Y Parágrafo 1: Não há vento no interior da floresta;A camada da floresta bloqueia a maior
parte do sol,chuva e vento;O solo não é seco;Também estaria coberto com as folhas caídas;Os
morcegos podem ser grandes mas só comem frutos,e não atacam seres humanos;

Y Parágrafo 2: Os camponeses que cortam e queimam as árvores só cultivam o solo por um


ou dois anos;Depois disso mudam e destroem outra parte da floresta para cultivar;O solo da flo-
resta tropical é muito pobre em nutrientes porque as árvores e plantas absorvem rapidamente os
nutrientes do solo e guardam-nos nas suas raízes,troncos,e ramos.

Y Parágrafo 3: Os leões não são encontrados na floresta tropical;Vivem nas savanas.

Y Parágrafo 4: Os macacos são barulhentos mas não são estúpidos;Os macacos não são
desajeitados;São muito ágeis nas árvores mas também podem andar no chão;A cobra preta,ou
mamba negra é uma das cobras mais venenosas do planeta;Apesar de não serem agressivas deve-
-se ter cuidado e afastar porque quando se sentem ameaçadas podem morder e levar à morte.

Y Parágrafo 5: É verdade;Quanto mais souber acerca da floresta tropical,mais divertimento


terá a explorar.

O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter retido as particularidades da
floresta tropical por oposição aos factos errados presentes no texto. A cor-
recção da história alterando os factos errados por verdadeiros estimulará a vi-
são crítica dos alunos.

20 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Actividade

Formação de camadas2
1. x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta
actividade é um espaço amplo onde os alunos se possam movimentar
livremente. x Passo a passo: Dê uma breve explicação acerca das
camadas da floresta tropical enquanto prepara quatro alunos para as
representarem.

2. Primeira camada: peça a um aluno para levantar os braços para


cima imitando as árvores emergentes que procuram o sol;

3. Segunda camada: o segundo aluno deve estender os seus braços


para frente e juntá-los de modo a formar um círculo,da mesma forma que a
copa actua como um guarda-chuva ou um cobertor;

4. Terceira camada: o terceiro aluno deve ajoelhar-se e estender os


seus braços para o lado ocupando os espaços como uma mata (arbustos,
árvores jovens e fetos);

5. Quarta camada: o quarto aluno deita-se no chão com os braços


estendidos imitando o solo da floresta.

6. Dê um sinal de arranque para que os alunos passem a ser uma


das camadas e encontrem as outras três para completarem a floresta
tropical. Contudo, se houver muitas camadas emergentes, por exemplo,
algumas crianças deverão representar outras camadas para formar a
floresta.
7. Quando a floresta estiver completa,o passeie à volta dela retirando
algumas camadas (crianças).Os alunos deverão reflectir sobre a influência

A Ecologia 21
na floresta, da ausência de cada uma das camadas. Explique que todas as
quatro camadas são necessárias para que a floresta possa sobreviver.
8. A actividade deve terminar com a explicação sobre a importância
da coexistência das quatro camadas para a sobrevivência da floresta
tropical.

9. O QUE APRENDI!
10. No final desta actividade os alunos deverão ser capazes de
identificar as quatro camadas que compõem a floresta e deverão
enumerar a importância e algumas características de cada uma delas.

22 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


3
Actividade

Pulmões do mundo
x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta actividade é um espaço
amplo onde os alunos se possam movimentar livremente.A actividade poderá realizar-se numa sala
ou no exterior.

x Passo a passo: Explique aos alunos como as florestas tropicais são importantes para a
atmosfera e para o clima.Pode focar o aspecto destas serem fontes de oxigénio e simultaneamente
reterem o dióxido de carbono que é o principal gás causador do efeito de estufa.

Nesta actividade todas as crianças são árvores excepto uma ou duas.As árvores deverão espalhar-
se o mais distante possível umas das outras.As crianças que não são árvores devem inspirar fundo
e correr duma árvore para outra antes de expirar.Retire uma árvore de cada vez para que o jogo
fique mais difícil.Explique-lhes que o jogo deve ser praticado rapidamente para que várias crianças
possam participar.
À medida que as árvores vão sendo retiradas a dificuldade do jogo vai aumentado já que as distân-
cias entre árvores aumentam e a distância a percorrer sem respirar aumenta.

O QU E A P R EN D I !
No final desta actividade os alunos deverão perceber com clareza a importân-
cia da floresta tropical como produtora de oxigénio e simultaneamente fixado-
ra do dióxido de carbono que é um dos principais gases responsáveis pelo efeito
de estufa. A sua importância é vital para a sobrevivência no planeta Terra!

11. A Ecologia 23
12.

24 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


13. Actividade

14. O estudo das árvores 5


15. (adaptado a partir de PIED CROW’S, revista especial do
ambiente) x Do que precisamos: Disponibilidade para uma pequena
saída de campo para escolha de uma árvore próxima da escola para
estudar.

16. x Passo a passo: Seleccione uma


17. ou mais árvores para
estudar detalhadamente.
Escolha, se possível, uma árvore
grande próxima da turma ou da
escola.As actividades seguintes
podem ser organizadas por
grupos ou para toda a turma.

18. 1.Tire as medidas da árvore escolhida.

19. Desenhe as folhas,


sementes, forma da árvore e
todos os seres circundantes,
como insectos ou aves.

20. Faça investigações


acerca do uso da árvore.

21. Faça o calendário do


período em que a árvore
floresce,dá frutos e sementes.
Como é queas flores se polinizam
e as sementes se dispersam?

22. Faça a observação de


insectos e pássaros que visitam a
árvore e quais as suas
actividades.

A Ecologia 25
23. Variantes possíveis: w Os alunos poderão desenhar diferentes
partes de uma árvore em grupo ou individualmente.No final poder-se-á
pendurar todos os desenhos juntos,formando o desenho completo de uma
árvore; w Observar e proceder a um registo detalhado do crescimento da
árvore. Os alunos poderão anotar regularmente as diferenças observadas
por exemplo a nível da quantidade de folhas, tonalidades da árvore, seres
vivos circundantes, entre outras; w Cada aluno poderá cuidar de uma
árvore próxima da sua casa e segui-la de perto,fazendo com ela as
mesmas actividades que fizeram na turma.
24. O QUE APRENDI!
25. No final desta actividade os alunos deverão ter maior
consciência dos ciclos temporais a que as árvores estão sujeitas e
criar assim uma relação consciente com a natureza que estimule a
intenção de conservá-la.

26 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


6
Actividade

São as pessoas
( adaptado de World Wildlife Fund US – Denise Stromme )

x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.

x Passo a passo: Explique aos alunos que são as pessoas que afectam ou destroem a flo-
resta,e não as máquinas ou animais.Estimule um pequeno debate que permita a criação de uma lista
de acções através das quais os seres humanos estão a destruir a terra.

Seguidamente indique aos alunos que procedam ao encaixe das actividades que o Homem desem-
penha e as associem aos respectivos conceitos.A cada frase da coluna da esquerda corresponde ape-
nas uma acção ou elemento da coluna da direita.

A. Caçar ilegalmente e matar 1. Desflorestação


os animais que são protegidos.
B. Matar animais em excesso. 2. Abertura de campos agrícolas na floresta.
C. Cortar árvores nas áreas 3. Corte irresponsável de madeira.
da floresta tropical para o cultivo.
D. Cortar muitas árvores,desperdiçar a madeira 4. Caça furtiva
ou criar uma grande rede de estradas.
E. Destruir a floresta tropical. 5. Caça excessiva
F. Abrigos dos animais que estão a ser destruídos. 6. Habitats

No final do exercício poderá fazer uma pequena síntese do exercício focando o aspecto da acção
humana ser a responsável por todas as causas de destruição da floresta tropical.

A – 4 ;B – 5;C – 2;D – 3;E – 1;F – 6.


y Soluções:

O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão consolidar ideias sobre a destruição
da floresta e compreender que as ameaças que esta sofre são invariavelmente
provocadas pela acção humana.
26.
A Ecologia 27
27. Actividade

28. Eu quero o meu habitat!7


29. x Do que precisamos: 12 cadeiras opcionais,uma vez que o jogo
pode ser feito em exterior e o educador poderá fazer marcações no
chão.Os alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço
amplo para se movimentarem.

30. x Passo a passo:


31. Coloque 12 cadeiras dispostas em círculo,ou faça as marcas no
chão.Marque estas cadeiras com sinais onde se poderá ler “terra” ou
“água”. Se não tiver materiais ou tempo para fazer os sinais, marque
simplesmente os lugares da terra com uma cor, objecto ou forma diferente
da dos lugares da água.
32. Não se esqueça de ter música,quer seja a percussão de um
tambor ou os alunos prontos para cantar!
33. Leia e recorte o baralho “Enfrenta os Factos” que está presente na
página seguinte. Pode ir lendo simplesmente da página, se não puder
recortá-lo, mas deve fazê-lo de forma aleatória, ou seja, sem uma ordem
específica.
a. Defina as espécies de cada aluno.Pergunte aos alunos:“De que
espécie somos nós?” Espécies diferentes vivem em lares diferentes. Defina
o habitat. Dê exemplos de espécies familiares e os seus habitats. Informe
os alunos que durante a próxima actividade irão agir como outras espécies.
O círculo de cadeiras representa a República Democrática de São Tomé e
Príncipe. Cada cadeira representa água ou terra, dois habitats gerais dos
quais os animais e plantas dependem para sobreviverem.

34. x Instruções do Jogo:


35. Dê nome de animais a 10 participantes. Se houver mais alunos do
que isso, pode sempre passar a tarefa de ler as cartas “Enfrente os Factos”
a alguns alunos e no final do jogo trocam. Depois de algum tempo a
circular livremente, bata o tambor e retire as cadeiras. Se estiver a usar as
marcas no chão, faça os círculos grandes de forma a permitir que dois
alunos representem um animal. Estes podem sentar-se juntos. Os animais
estão listados em baixo. Não se esqueça de os informar acerca dos
habitats onde se encontram: w Terra: Galinhola, macaco, chininha, pombo,
cobra.
28 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
36. w Água: Baleia, peixe-andala, camarão, golfinho e caranguejo.
37. (Alguns animais aquáticos não vivem exclusivamente dentro da
água, mas fazem grande uso dela).
38. O jogo começa quando todos se espalharem dentro do círculo e a
música ou os toques do tambor começarem. Mande os alunos andarem na
parte interior do círculo movendo-se ao longo das cadeiras e mantendo
sempre igual distância até às mesmas.Assim que a música terminar, cada
um terá que arranjar um lugar com um sinal ou símbolo de habitat que lhe
corresponde. (ex.: macaco na cadeira que diz terra).
39. Depois da primeira volta, alguém irá ler uma carta do baralho dos
factos que irá descrever a causa da destruição do habitat e uma cadeira
será retirada.
i. g
40. k
41. Depois de cada volta,qualquer pessoa que não conseguir uma
cadeira terá que sair do jogo.Um outro baralho dos factos será lido e o jogo
continua.
42. Quando já não há a representação de ambos habitats, o jogo
termina.
43. Os alunos devem enumerar as razões da destruição de
habitats,baseando-se nos baralhos dos factos. Defina o significado de estar
em perigo e ser extinto. Faça a relação de como a destruição de habitats
contribui para pôr em perigo ou extinguir as espécies de plantas ou
animais.
44. Procure as soluções juntamente com os alunos sobre as formas de
preservar os habitats ou reconstruir os habitats nos seus países.(ex.:criar
um parque ou uma reserva natural) Com cada nova ideia, aumente uma
cadeira, habitat, no círculo até que a República Democrática de São Tomé
e Príncipe fique completa de novo.

45. BARALHO “ENFRENTE OS FACTOS”


46. Devido à apanha ilhas estão superficial do
Porque a terra solo em perigo.
está excessiva de lenha permitindo a ocorrên-
a aquecer,o nível Retire uma cia
do da desertificação.
cadeira
47. para carvão,o vento
marcada
mar está a
aumentar. sopra sobre a
48.Retire uma água.
camada Muitas
A Ecologia 29
49. cadeira 59. rentes de água matan-
marcada terra. entram na
corrente do os peixes e
poluin- de água onde as
50. As árvores recebem do a água,infectando
Porque a terra pessoas tomam
está a água e soltam-na banho assim as pessoas.
a aquecer,as e bebem.
estações 60.Retire uma Retire uma
51. suavemente para os 61. cadeira marcada
secas ficam cada cadeira marcada água.
vez rios.Cortar árvores água.
mais longas e
mais aumenta o risco
quentes.Muitos 62. A
poços de cheias. população
de água estão a humana da
secar. terra atingiu
52. Retire uma Retire uma 6 biliões. Devido
à desflorestação
53. cadeira marcada 63. Retire biliões de tonela
,
das
cadeira marcada água. uma cadeira da camada super
ficial
do solo são
água. marcada terra. anualmente arr
astadas.
Retire uma
cadeira marca
da
terra.

54. Cortar
e queimar a
floresta para ais
Pastar os anim
s
domésticos no
55. a parques destrói
ntares
agricultura destrói recursososalianmeimais
para 64. O QUE APRENDI!
muitos hectares selvagens.
Retire uma 65. Os alunos aprenderão
56. de floresta por ano. a
cadeira marcad algumas razões que
57. Retire terra.
provocam a destruição dos
uma cadeira habitats de diferentes
marcada terra. animais. Perceberão que há
58. Os pesticidas Alguns determinadas acções
aldeões destinados ao humanas que destroem
cultivo recusam habitats. A parte final do jogo
construir penetram nas em que após algum debate
se voltam a dispôr os
cor- latrinas.Parasitas
habitats em círculo permitirá
reflectir sobre possíveis
30 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
soluções para os problemas ambientais descritos.

A Ecologia 31
66.

32 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


67.

A Ecologia 33
68. O derrube de árvores10
69. Actividade

70. (adaptado a partir de Outreach) x Do que precisamos: Os


alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço amplo
para se disporem. x Passo a passo: Os alunos devem ficar de pé e
próximos uns dos outros formando um grupo grande numa área aberta
da sala.Informe-os que cada um é uma árvore e que juntos formam
uma grande área de floresta tropical intacta. O aluno situado no centro
da floresta deve descrever o que vê quando olha através das árvores.
Pergunte-lhe se consegue ver o limite da floresta. E os restantes? Há
muita luz em baixo junto ao chão? (Indique que em muitas florestas
tropicais a copa é tão densa que pouca luz solar consegue atingir o solo
do floresta.)

71. Agora comece o “derrube” de uma parte da floresta fazendo


alguns alunos próximos dos limites da floresta deslocarem-se para o
lado. Escolha alunos situados a toda a volta. O aluno do centro deve
relatar qualquer mudança que possa ver.Uma vez que tenha sido
cortada parte da floresta,o aluno do centro pode notar que há mais sol
no chão e ter facilidade de ver através das “árvores” os limites da
floresta.

72. Depois da demonstração, pergunte aos alunos sobre o que


aconteceu com a área que ficava no meio da floresta. Está agora
próximo ou mesmo nos limites da floresta. Então pergunte-lhes como é
que esta mudança do interior para o limite da floresta poderá afectar os
animais que vivem na floresta. Informe que muitas plantas e animais
que estavam adaptados a viver no meio da floresta podem não ser
capazes de sobreviver nos limites desta. Os alunos poderão pensar em
razões para isso.(Mudança na temperatura,nível de
humidade,circulação do ar,etc...) Por exemplo:A parte média antiga
34 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
receberia agora mais luz solar,temperatura crescente e mais
vento,tornando-a mais seca. Anote as respostas dos alunos. O QUE
APRENDI!
73. No final desta actividade os alunos deverão adquirir
noções relativamente às dificuldades enfrentadas pelos animais e
plantas que vêem as condições dos seus habitats alteradas por
causa do derrube de árvores e desflorestação.

A Ecologia 35
1. 2ª parte
74. BDIVERSI

I
SIDADEO
a. c A colonização das ilhas pelas espécies
e a constituição da biodiversidade...

b. c As espécies
endémicas e emblemáticas da
Flora e Fauna.

C
ada vez mais se fala da
biodiversidade, ou diversidade
biológica, e da sua importância no
planeta. O conceito surge em 1986,
conquistando largo uso entre biólogos,
ambientalistas, líderes políticos e ci-
75. dadãos informados no mundo todo. Este
uso coincidiu com o aumento da
preocupação com a extinção das espécies,
observado nas últimas décadas do Século
XX.

76. A Biodiversidade refere-se à variedade de


vida no planeta Terra. Inclui a variedade
genética dentro das populações e
espécies;a variedade de espécies da
flora,da fauna,de fungos e de
microrganismos;a variedade de funções
ecológicas desempenhadas pelos
organismos nos ecossistemas; e a
variedade de comunidades, habitats e
ecossistemas formados pelos organismos.
Uma possível definição de biodiversidade diz que corresponde à "totalidade dos
genes, espécies e ecossistemas de uma região".A biodiversidade varia com as
diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas
temperados.

77. A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência,já que todo o
sistema ecológico se encontra interligado, e que sem os outros seres vivos é
impossível o Homem sobreviver.

 A colonização das ilhas pelas espécies e a constituição da


biodiversidade...
 Por serem ilhas inicialmente desertas e desprovidas de seres vivos, a biodiversidade que atualmente
encontramos em São Tomé e no Príncipe teve de aqui chegar, estabelecer-se nas ilhas e evoluir ao longo
dos anos. Muitas das espécies vieram aqui parar provavelmente por puro acaso, por dispersão das
sementes ou organismos com o vento ou a água, por exemplo, e ao colonizarem uma nova área sem
competidores e com boas condições, aqui se estabeleceram e evoluíram, adaptando-se ao espaço e ao
meio.

 O Príncipe, que se encontra mais perto do continente africano, formou-se há mais tempo, e embora tenha
muitas espécies comuns com o continente, também já teve tempo suficiente para que muitas se
adaptassem às condições locais, evoluíssem, e

 32 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


1. se diferenciassem em novas espécies, diferentes de todas as outras
no mundo e mesmo daquelas que lhes deram origem.

2. O mesmo acontece em São Tomé ,que embora tenha sido formada


há menos tempo, se encontra mais longe de terra tendo sido por isso
mais difícil de colonizar pelos organismos que aí habitam. Estas
condições levam a que ambas as ilhas de São Tomé e do Príncipe
sejam muito ricas em biodiversidade, e principalmente em organismos
endémicos, isto é, que só existem nesta área geográfica. distantes
como a costa este de África,na zona da Tanzânia e do Quénia. A
dispersa-?
3. SABIA QUE?
4. Algumas das espécies animais e vegetais únicas, que encontramos
em São Tomé e no Príncipe são muito semelhantes a outras espécies
que habitam em sítios tão

5. são destas espécies e a forma como chegaram às ilhas,


possivelmente vindas do outro lado do continente, é ainda um mistério
para a ciência, que tem vindo a ser estudado por cientistas
americanos da Califórnia Academia of ciências.

6. As espécies endémicas e emblemáticas da


Flora e Fauna
7. São Tomé e Príncipe são considerados “hot spots” de biodiversidade,
ou seja, locais onde se reúnem muitas espécies únicas. Foram
classificadas como as segundas florestas africanas mais importantes
para as aves, mas a importância do seu património natural estende-se
a todos os grupos taxonómicos e aos diversos ecossistemas, muitas
vezes mal conhecidos ou nunca estudados, como é o caso do
ambiente marinho e costeiro. Neste capítulo falaremos de algumas
espécies mais emblemáticas da flora e da fauna e do seu papel na
biodiversidade das ilhas e do mundo.

8. O meio marinho e costeiro

9. e As tartarugas
10. Em São Tomé e no Príncipe ocorrem cinco das sete espécies de
tartarugas marinhas do mundo: Eretmochys imbrica-ta, de nome local
“Sada”; Dermochelys coriácea ,“Ambulância”; Lepidochelys
olivácea ,“Tato”; Celinia midas ,“Mão branca”; Caretita
caretita ,“Cabeça grande”.

39
11. Não sendo únicas das nossas costas, à importância da sua ocorrência
é enorme. Ó facto de virem desovar às praias de São Tomé e
Príncipe garante a sua continuidade, pois todas estas espécies estão
ameaçadas pela extinção. As maioria das tartarugas marinhas são
migratórias, viajando ao longo da sua vida pelos oceanos (em zonas
de águas tropicais e subtropicais), com a ajuda do campo magnético
terrestre para se orientarem.

12. A Biodiversidade
13. A maioria das espécies só atinge a maturidade sexual por volta dos
30 anos, quando regressa à praia onde nasceu para enterrar os seus
ovos na areia, não nidificando em mais nenhuma praia .A incubação
leva cerca de dois meses e após a eclosão os juvenis escavam a
saída e correm para o mar. O fenómeno da desova das tartarugas
atrai muitos predadores: aves, peixes, mamíferos e seres humanos
em busca dos ovos, pelo que se calcula que apenas 1 em 100
tartarugas consiga atingir a maturidade para se reproduzir.

14. A sobrevivência das tartarugas marinhas continua em risco ,após


muitos anos de caça intensiva para obtenção da sua carapaça, carne
e gordura. Atualmente, a caça está controlada mas estes animais
continuam a estar ameaçados pelas redes de pesca que matam cerca
de 40.000 exemplares por ano. Outra das maiores ameaças é o
desenvolvimento costeiro nas áreas de nidificação, que impede as
fêmeas de pôr os ovos e impossibilita a sua reprodução.

15. SABIA QUE?


16. As tartarugas marinhas que nidificam em São Tomé e Príncipe são
protegidas internacionalmente, já que todas as espécies se encontram
em vias de extinção. interdita a comercialização e exportação de
produtos de tartarugas marinhas.

17. São Tomé e Príncipe aderiu à CITES (Convenção Internacional das


espécies) que?
18. e O meio florestal
19. Em São Tomé e no Príncipe encontram-se registadas 895 espécies
de plantas superiores, das quais 134 são endémicas. Contam-se
ainda 63 espécies de aves (25 endémicas), 16 de répteis (7
endémicas) e 9 de anfíbios (todas endémicas). Os mamíferos
terrestres foram quase todos introduzidos pelo Homem após a
colonização (nomeadamente os macacos, à lagaia, os ratos e
ratazanas, e os animais domésticos), mas um dos casos mais
curiosos da biodiversidade local é o do chi ninha, ou musaranho de
São Tomé, uma espécie endémica, cuja origem e forma como chegou
à ilha é um verdadeiro mistério.

20. A tabela 1 apresenta alguns dos organismos endémicos conhecidos e


emblemáticos das ilhas no meio florestal (página seguinte): quais São
Tomé e Príncipe tem um grande potencial. Este tem vindo aos poucos
a?
21. SABIA QUE?
22. O turismo ornitológico (para observar aves raras e exclusivas de
certas áreas),natural e científico, são na atualidade vertentes
turísticas em crescimento, para os

23. ser reconhecido, nomeadamente para observação de tartarugas, mas


também as aves e fauna única das florestas de São Tomé têm atraído
pessoas de todo o mundo.

24. 34 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e


Príncipe

41
o meio florestal de STP

içãoUtilização e Estatuto de ameaça

to internacional

local

raterispermum montanum Floresta primária altitudeCasca é utilizada para Vulnerável

preparação de uma

bebida fortificante

oamalium henriquensii Floresta altitude Utilizado para Não ameaçado

madeira e carvão

hytranthus mannii Floresta Baixa AltitudeFruto é comestivel Baixo risco

e comercializado Quase ameaçado


1

Tabela

Alguns dos organismos endémi

Grupo Nome comumEspécieDis

taxonómicoconheci

Plantas Macambrará

Plantas Quebra Machado

Plantas Pessegueiro de S.To


Peça teatral11
Actividade

x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta atividade é um espaço


amplo onde os alunos se possam movimentar livremente. x Passo a passo: Muitas
peças teatrais podem ser criadas para envolver os alunos com a floresta tropical e o
conceito da sua conservação .É necessário que se familiarizem com a forma de agir
de outra pessoa, ser vivo ou elemento. Assim, peça-lhes em primeiro lugar para
escolherem a personagem que querem interpretar, em função dos grupos definidos
para a peça. Depois dos alunos conhecerem os elementos que vão ser, dê-lhes
alguns minutos para pensarem acerca das suas novas funções separados pelos sete
grupos definidos .Deve passar por todos os grupos dando ideias aos personagens.
A peça teatral será espontânea e sem guião predefinido. Consiste numa reunião de
aldeia relativamente ao tema da apanha de lenha.
1. As mulheres e meninas da
aldeia estão a ser obrigadas a
andar cada vez para mais longe
para apanhar a lenha. 2. As
árvores sendo cortadas para fazer
lenha.
3. O coordenador da reunião.
4. O representante da conservação.
5. Os animais que vivem nas árvores.
6. Os homens da aldeia.
7. O fogo.
Pode incluir outras personagens
relacionadas com o tema ou vários
alunos poderão representar cada
uma destas personagens.
A ideia é que cada um dos grupos
de personagens encarne a
personagem que representa e
defenda o seu ponto de vista nesta
discussão.

x Outras peças teatrais podem incluir:

44 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


w Erosão nos rios devido a desflorestação; w Animais em perigo devido a

destruição dos seus habitats, caça excessiva, ou caça furtiva; w A cadeia

alimentar.

O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos deverão ter conseguido desenvolver o seu
poder de argumentação e retido ideias sobre as diferentes partes envolvidas na
peça teatral.
Slogans12
Atividade

x Do que precisamos: Papel ,lápis/marcadores ou tintas para a elaboração dos


cartazes. Poderão ser também faixas de pano ou outro material de suporte para as
obras de arte. x Passo a passo: Os alunos devem pensar acerca da floresta tropical,
as suas maravilhas, e como é que está a ser destruída .A seguir diga-lhes que agora
têm uma oportunidade para trocarem ideias sobre aquilo que sentem acerca da
floresta tropical, criando slogans ou legendas. Estes slogans podem ser qualquer
coisa desde “Salve a floresta para o nosso futuro” até “Floresta tropical...sim!”
Estes slogans podem ser transformados em canções, cartazes, obras de arte , .Pode
dividir os alunos em grupos para discutirem e apresentarem os seus slogans para o
resto da turma. Os alunos podem também usar estes slogans para:

w Cartazes; w Indivíduos; w Esculturas; w Turmas; w


Desenhos…; w Grupos;
w Escolas;
Pode ainda transformar esta atividade- w Organizações. dade em
competição entre:
A Biodiversidade 45
Todos os trabalhos desenvolvidos deverão ter um slogan ou frase chave associado,
ainda que, no caso por exemplo de uma escultura, a frase não conseguir ser
incluída na obra.
Esta atividade poderá terminar com uma apresentação final de todos os trabalhos
desenvolvidos. Pode até indicar aos alunos para escolherem os trabalhos que
gostarem mais para afixarem na escola. Inclua os slogans e legendas nos trabalhos

da turma sempre que possível. Os alunos vão apreciar ver e ouvir as suas ideias.

O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos deverão reter algumas das frases chave
criadas relativamente à conservação da floresta. É uma atividade
essencialmente criativa e artística.
Imagens guiadas13
Atividade

(Adaptado a partir de Vanishing Rani Floresta. professor Manual)

x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta atividade deverão ter um


espaço amplo para se movimentarem. x Passo a passo: os alunos devem sentar-se
numa posição confortável e fechar os olhos. Explique-lhes que vão visitar a floresta
tropical na sua imaginação.

w imaginem que estão de pé numa floresta gigante onde as árvores se erguem numa
altura elevada; w. Está muito escuro porque as folhas das árvores altas tocam umas
no outras formando uma
“capa” que deixa apenas poucos raios solares alcançarem o solo da floresta;
w Mesmo sem o sol para vos aquecer, os vossos corpos ficam húmidos, e
começam-se a formar gotas de água nas vossas caras e braços. A temperatura ronda
os 25 graus Celsius (25ºC) no interior da floresta, e é muito mais quente na copa
das árvores. A temperatura não mudará muito, mesmo que fiquem lá uma hora, um
dia ou um ano, porque mantém-se a mesma durante todo o ano; w Escutem as gotas
da chuva a cair sobre a segunda camada da floresta, também conhecida por copa.
Enquanto ouvem a chuva, sentem-se muito pequenos porque a “capa” - copa
46 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
bloqueia o sol, e também bloqueia a passagem da chuva e apenas uma pequena
parte desta atinge o solo da floresta; w Olhem à vossa volta. Tudo o que veem é
verde por todo o lado. Olhem mais para cima, para o teto das folhas e verão muitas
trepadeiras com flores resplandecentes que aumentam as cores das folhas verdes e
os musgos;
w Olhem as cores azuis , verdes ,vermelhas e amarelas brilhantes das borboletas
pousando nas flores, e escutem o zumbido das abelhas que voam entre as flores à
procura do néctar e do pólen; w Reparem nos macacos a saltitar de árvore em
árvore usando os seus pelos e caudas como paraquedas;
w. Ouçam os sons da floresta tropical, o
uivo dos macacos, o zumbido dos insetos
e os passarinhos a comunicar entre si.
Reparem no silêncio que reina quando
um intruso chega;
w Esta é a terra do paraíso que está a ser

destruída rapidamente para fazer tábuas, lenhas e

culturas; w Estamos a chegar às fronteiras da

floresta tropical. Contem até cinco e abram os

olhos.

O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos deverão estar mais calmos e relaxados e ter
tomado conhecimento da dimensão mais sensorial da floresta tropical.
Cartas mágicas14
Atividade

x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta atividade pode ser feita
oralmente.

x Passo a passo: Estas cartas mágicas podem ser usadas como atividade dentro da
turma ou como um jogo que as crianças podem fazer individualmente, com
parceiros ou em grupos. As definições das palavras relativas aos temas: ecologia,
vida selvagem e conservação estão escritas de seguida e podem ser passadas para
pequenos pedaços de papel para funcionarem como cartas. Os baralhos ou as
A Biodiversidade 47
palavras se forem só exploradas oralmente podem ser usadas todas misturadas ou
separadas nos 3 grupos e usar só um ou dois.
Levante o baralho em frente da turma sem lhes deixar ver a outra carta. Os alunos
deverão dizer o nome do animal ou a definição do termo que está a mostrar-lhes.
Se acertarem, vire a carta e leia a resposta. Se errarem, meta a carta no fundo do
baralho e deixe-os tentar acertar quando voltar a sair .Pode variar a atividade de vez
em quando mostrando as definições e perguntando pelos termos corretos.
Estas cartas mágicas podem ser utilizadas de várias formas e os alunos apreciarão
as variações. As cartas mágicas podem também ser usadas para outras atividades
tais como Charadas, Puxe e Adivinhe ou qualquer atividade onde precise de ensinar
aos alunos os nomes de animais ou termos.

x Os Termos e definições da Floresta tropical:


Para fazer esta série de cartas mágicas, imprima os termos da
floresta tropical numa parte da cartolina ou num pedaço de papel
duro e imprima a definição noutra parte. Caso não tenho
disponibilidade de papel pode simplesmente colocar os conceitos ou
alternativamente as definições no quadro e chegar de um ao outro
por debate com a turma ou escolhendo os alunos que deverão
responder a cada questão. Os termos estão divididos em três
categorias de
acordo com a cor da carta do baralho: suporte - o sistema da raízes grande e
alargado; Conta gotas - o formato de
1. Ecologia; folha que permite com que a chuva
2. Vida selvagem; caia suavemente ao solo;
3. Conservação. w Termos de ecologia: Cordas ou lianas - trepadeiras que
ligam muitas árvores juntas; Líquen -
Emergente - a primeira camada da uma planta parecida com musgo que
floresta tropical com árvores que cresce nas árvores, pedras, ou em
atingem 60 metros; Copa - a segunda qualquer lugar onde concentra a água;
camada da floresta tropical que forma Evapotranspiração - quando a água
um manto com árvores de 20 a 30 excessiva da planta se evapora para o
metros de altura; ar; Clareira - uma abertura dentro da
Mato - a terceira camada da floresta floresta tropical onde os animais
tropical composta de árvores jovens, reúnem; Decompor - destruir ou
arbustos e lianas; O solo da floresta - a apodrecer; Ecossistema - todas as
quarta camada da floresta tropical com coisas vivas e nado-vivas que se
troncos caídos e uma cobertura de interligam num lugar ou num meio;
folhas; Ecologia - estudo ou ciência do
Raízes pernaltas - longo sistema de meio e o seu relacionamento com os
raízes parecidos com dedos; Raiz de organismos;
48 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
w Termos da vida Selvagem: Adaptar - transformar para
Predador - um animal que mata sobreviver; Cadeia Alimentar -
outro animal para se alimentar; quando plantas e animais estão
Presa - um animal que é morto e interligados para a obtenção de
comido alimentos;
por outro animal; Habitat - uma área que fornece a um
Herbívoro - um animal que tem como animal ou a uma planta os alimentos
alimento primário as plantas; suficientes, espaço, abrigo, e água para
Omnívoro - um animal que come sobreviver.
tanto as plantas como os animais;
Carnívoro - um animal que tem como w Termos da conservação:
alimento primário a carne; Caça Furtiva - caça ilegal; Caça
Frugívoro - um animal que come excessiva - matar muitos animais até
frutos; Noturno - ser ativo à noite e ao ponto em que estes não consigam
repousar manter
de dia;
a sua população;
Diurno - ser ativo durante o dia e
Desflorestação - o corte de
repousar
todas as árvores; destruição da
à noite;
floresta;
Extinto - quando plantas e animais já
Derrube indiscriminado de árvores
não existem no estado vivo na terra;
cortar uma grande quantidade de
Interdependência - quando as
árvores só para conseguir uns poucos
plantas e animais dependem umas
troncos selecionados;
das outras para sobreviverem;
Derrube Seletivo - cortar algumas
Em perigo - um animal que
árvores e deixando outras intactas
deve ser protegido para
Erosão - arrastamento ou desgaste do
que não seja extinto;
solo; Agro-florestação - semear os
Endémica - quando um produtos agrícolas entre as árvores;
animal ou planta vive
Aquecimento Global - o aumento
apenas numa área ,sob
da temperatura da terra;
condições específicas;
Parque Natural - uma área protegida
Camuflagem - coloração
onde
ou tamanho que permite a
os recursos são geridos; Recursos -
produtos da natureza que têm
uso ou valor;
um animal de se combinar
Pecuária - os cuidados e
com o seu meio; alimentação de animais
domésticos;
O QUE APRENDI! Conservação - gestão sustentável e
racional
A Biodiversidade 49
dos recursos naturais; Preservar -
proteger e salvar; Eco turismo -
viajar em áreas naturais para
desfrutar de paisagens, plantas e
animais selvagens e cultura;
Biodiversidade - todas as espécies na
terra e os vários lugares onde vivem;
Exploração - usar para seu próprio
benefício.

50 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


No final desta atividade os alunos deverão ter adquirido uma série de conceitos relativos à
ecologia, vida selvagem e conservação. Quanto mais interação houver a cada conceito
explicado melhor se consolidará o conhecimento.
Atividade

A variedade é o tempero da vida15


(adaptado a partir de Global Isseus Educativo Set)

x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta atividade deverão ter um espaço amplo para se
disporem livremente.

x Passo a passo: Esta atividade ajudará os alunos a visualizarem os conceitos básicos da diversidade
biológica, ao classificarem-nas por si próprios. Recorde que a diversidade biológica significa
variedade genética, que é o ingrediente necessário para a manutenção da vida neste planeta.
1. Use o exemplo duma árvore para definir a diversidade. Árvores podem ter características
semelhantes, mas cada uma é diferente e única. As formas vivas na terra são muito diversificadas; 2.
Exemplifique o conceito de diversidade biológica. Os alunos devem permanecer de pé sem qualquer
organização. Depois deverão dividir-se em três grupos de acordo com as suas alturas (alto, médio,
baixo) .A seguir diga aos alunos para imaginarem que as roupas que vestem são realmente as suas
peles e mande subdividir os grupos pelas cores das camisas;
3. Quando estiverem em grupos, explique que há uma grande diversidade dentro da espécie
humana, tal como está demonstrado pela diversidade deste pequeno grupo. Da mesma forma, há
muitas espécies diferentes na terra, que também são igualmente diversas . A própria floresta tropical
é rica em biodiversidade. Os alunos poderão agora sentar-se;
4. Faça os alunos perceber que há diferenças por razões importantes . Dê o exemplo
seguinte :Há muitas variedades diferentes de feijões no mundo .Se houvesse só um tipo de feijão
(ex. Monocultura),e uma doença particular aparecesse ,a espécie inteira poderia ser destruída .E o
que iria acontecer às pessoas que dependessem de feijão como alimento básico?
A diversidade é o nosso recurso natural mais importante. As pessoas dependem fortemente da
grande diversidade de plantas e animais para a obtenção de vários produtos. Peça aos alunos que
digam os nomes dos diferentes produtos que se obtêm da floresta tropical.

A Biodiversidade 51
O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos deverão
compreender a importância da biodiversidade no
sentido em que esta é a única forma de
sobrevivência no planeta.

Atividade

Produtos das árvores, sim ou não?16


(adaptado a partir de PIED CROW’S, revista especial do ambiente) x Do que

precisamos: Quadro e giz opcionais.

x Passo a passo: Faça uma tabela no quadro onde os alunos se deslocarão para escolher as respostas
corretas. Pode criar tabelas para outros temas. O preenchimento da tabela é feito com cruzes (X) que
significam a existência ou não de cada um dos elementos referidos.

y O que é que vem das árvores?

Sim Não
1. Toros
2.Vidro 3. Ossos
4. Papel 5. Nozes
6. Pedras 7. Frutos
8. Sementes 9. Plástico
10. Conchas

No final de dar resposta a este pequeno quadro deve gerar um pequeno debate: 1. Os
alunos deverão fazer uma lista de produtos feitos em madeira, podem incluir objetos
de decoração , utensílios , mobiliário ou qualquer objeto feito a partir de madeira.
Esta atividade pode ser feita em grupo, individualmente ou com toda a turma;
2. De seguida os alunos deverão fazer uma lista de algumas formas como as
árvores são usadas sem necessitar de as destruir. Como por exemplo: fazer sombra,
colher frutos, apanhar água, etc;

52 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


3. Pergunte aos alunos e tente gerar algum debate que envolva toda a turma y
De onde vem a madeira usada nas vossas casas e escola? y As vossas famílias
apanham a sua própria lenha? y É difícil encontrar lenha? Acham que a lenha será
difícil de encontrar no futuro ? Porquê?

O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos deverão ter uma noção clara dos produtos que as árvores

Sim:1;4;5;7;8.Não:2
nos dão e daqueles que não. O debate gerado no final da actividade tem por objetivo que os
alunos tirem em conjunto algumas conclusões relativamente ao uso sustentável da floresta.
Atividade
;3;6;9;10.
y Soluçõ
es:

Adivinhas ecológicas sobre a floresta tropical17


(adaptado a partir de Word Wildlife Fundo US – Denise

Estrompe) x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.

x Passo a passo :. Deverá ler, escrever no quadro, ou copiar para uma folha de
papel estas adivinhas acerca da ecologia da floresta tropical. Os alunos deverão
responder às adivinhas dando-lhes tempo suficiente para pensarem. Podem ser
criadas outras adivinhas pelos alunos.

1. Sou quente. Dou às plantas a energia- 6. Sou grande e posso crescer mais
guia para crescerem. Sou bloqueado pela que o homem .Alargo-me para dar um
bom camada da copa e por isso o solo da flores- apoio ás árvores altas. Absorvo os
nutritivas fica escuro. entes no solo.

2. Podes encontrar buracos de água e 7. Subo à procura do sol. Preciso de


depósito de minerais em mim . Sou mantido raízes fortes que me possam aguentar.
Sou pelas cabras e outros animais . Sou uma área a árvore mais alta da floresta
tropical.
muito rara dentro da floresta tropical.
8. Estou onde o processo de
reci3. As minhas árvores ficam próximas colagem da floresta tropical é
quase 100%. umas das outras. Forma um manto sobre o Não sou muito
A Biodiversidade 53
profundo e o meu solo é resto da floresta tropical. Sou a segunda pobre.
Podes encontrar troncos em de camada da floresta tropical. composição
e árvores caídas sobre mim.

54 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


QUEMSOU
Caio todo o ano. Ajudo os rios da 9. Sou muito forte na camada super floresta tropical e as
suas bacias. As folhas ou da floresta tropical. O meu sopro pode conta-gotas fazem-me cair
suavemente derrubar as árvores altas se as suas raízes sobre o solo de floresta. não as 55
A Biodiversidade
camada da copa e não atinjo a mata e o
Consigo ligar muitas árvores solo da floresta.
enquanto trepo na floresta. Sirvo de baloiço entre as árvores .Também
sou chamado de 10. Ajudo o clima da terra. Sou antivinho (trepadeira).
ga e frágil. Possuo muitos animais e plantas.
Estou em apuros e preciso da vossa ajuda.

56 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


11. Tenho fetos, plantas lenhosas, 14. Musgos e líquenes não podem
arbustos e árvores jovens .Não sinto muita crescer facilmente sobre mim .Posso ser
Chuva ,sol ou vento .Sou a terceira camada da encontrada na camada da copa. Com a minha
floresta tropical. forma especial ,faço a chuva cair suavemente
sobre o solo da floresta.
12. Sou pouco profundo. Se as
árvores da floresta tropical forem cortadas Para terminar esta atividade, pode sugerir
serei levado pela força da erosão .Sou que os alunos tentem elaborar individual-
muito pobre em nutrientes. mente ou em conjunto alguma adivinha
para apresentar perante a turma.
13. As plantas e árvores jovens
competem pela minha luz solar. Posso ser
pequena ou grande .Sou criada quando as
árvores caem.

.O sol;2.A clareira;3.A camada da copa ou canopeia;4.A chuva;5.Corda ou


liana;6.As raízes de suporte;7.A árvore da camada emergente;8.O solo da floresta;9.O vento;
.A floresta tropical;11.A mata;12.O solo da floresta;13.A clareira;14.A folha conta-gotas.

EU
y Soluções:

O QUE APRENDI!
No final desta atividade os alunos
deverão ter consolidado os termos
ecológicos relacionados com as
camadas da floresta.

A Biodiversidade 57
58 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
19
Atividade

As espécies florestais
e os seus habitats
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.

x Passo a passo: O monitor deve escrever no quadro a lista de espécies de plantas e ani-
mais e dos habitats de acordo com a tabela abaixo .Os alunos deverão fazer a correspondência de
cada espécie ao habitat respetivo por intermédio de seta s. O monitor pode dar algumas pistas para
ajudar os alunos a atingirem as soluções.
O animador deverá promover uma discussão com o objetivo dos alunos associarem outros ani-
mais aos habitats referidos.

Floresta primária Cucumba


Floresta de sombra Cacau
Clareira Galinhola
Mangal Macaco
Solo da floresta Fetos
Floresta secundária Búzio de Obô
Savana Imbondeiro
Mata Curucucu

Solo da floresta – Búzio de Obô;Floresta secundária – Macaco;


Floresta primária – Galinhola;Floresta de sombra – Cacau;
Clareira – Curucucu;Mangal – Cucumba;

Savana – Imbondeiro;Mata – Fetos .


y Soluções:

O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ser capazes
de dar exemplos de plantas ou animais para cada habitat.
A Biodiversidade 59
O
60 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
CSERV
3ª parte

VAÇÃO
Porquê conservar a biodiversidade e os habitats?
representadas no Jardim Botânico do Bom Sucesso, na Sede do Parque Natural

O 61
OBO . Neste local podem ser conhecidas algumas das espécies vegetais únicas?
das ilhas e seus habitais , além de algumas das espécies introduzidas para fins
utilitários ,como o Pau Sabão ou o Pau Lixa .Podem ser ainda observadas plantas
ornamentais endémicas com grande valor de conservação, como as orquídeas, ou
introduzidas, como as Rosas de Porcelana ou os Bicos de Papagaio, entre muitas
outras.

As principais ameaças sobre o ambiente em STP


As principais ameaças sobre o ambiente e os recursos naturais advêm do aumento
da população Humana .O Homem necessita para a sua sobrevivência de um amplo
leque de recursos ,e explora ainda muitos outros indiscriminadamente ,sem
consideração pela capacidade de regeneração do meio .Assim, podemos referir
alguns exemplos de ameaças concretas para a natureza e recursos naturais de São
Tomé e do Príncipe, que comprometem a existência destes recursos para os nossos
filhos e descendentes:

A DESFLOSRESTAÇÃO DO SOLO
A floresta é muito importante para as populações, não só pelos bens de consumo
que dela se podem retirar (como a madeira, a lenha, o carvão, folhas e cascas,
frutos, entre outros), como também pelo seu papel regulador do clima e dos
fenómenos erosivos .A Floresta é essencial na regulação do ciclo da água , através
da evapotranspiração das plantas verdes, e as presença das árvores protege também
o solo da ação da chuva ,evitando as derrocadas e enxurradas que ameaçam
diretamente a qualidade do solo e mesmo a vida e os bens das pessoas que vivem
na orla florestal .Assim, a desflorestação e as alterações no uso do solo (como as
queimadas ou a exploração intensiva de determinadas culturas) devem ser
cuidadosamente planeadas para que as consequências não sejam negativas, no
ambiente e na vida das pessoas que dela dependem.

2. A pesca e caça descontroladas e irresponsáveis


As populações humanas necessitam de comer e/ou dos rendimentos que provêm da
caça e da pesca. No entanto, a exploração indiscriminada dos recursos animais leva
à redução da abundância das espécies ou mesmo à sua extinção. Caso isso aconteça,
são as próprias pessoas que serão prejudicadas por não terem mais animais para
capturar, comer ou vender .Todos os organismos num ecossistema estão
interligados ,pelo que existem ainda outras consequências a nível ecológico cujo
impacto pode ser muito negativo para o ambiente e para o próprio Homem,pelo que
toda a caça e pesca deve ser feita reguladamente.

A Conservação

3. O lixo e a produção de resíduos


As pessoas produzem inevitavelmente lixo, que no fundo representa os restos de
produtos que são consumidos como as cascas de alimentos, ou ainda produtos ou
62 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
objetos que já não estão aptos a desempenhar a função a que eram destinados e
passaram a ser lixo ou resíduos .Assim, podemos separar os resíduos que são
produzidos em várias categorias mediante a composição que apresentam:

w Resíduos orgânicos: constituem a maioria do lixo produzido em casa, do qual


fazem parte restos de comida, cascas, folhas, sementes, etc; Trata-se de um tipo de
resíduo biodegradável , ou seja ,um material que consegue ser destruído por
organismos vivos no ambiente; w Resíduos inorgânicos :dos quais fazem parte por
exemplo os plásticos ,vidros ou metais, e que apresentam um tempo de degradação
no ambiente muito superior aos resíduos orgânicos ,sendo poluentes e não bio
gradáveis como os anteriores; w Resíduos tóxicos: são por exemplo os resíduos
produzidos em hospitais e que devem ser devidamente tratados para evitar danos
ambientais e na saúde das pessoas.

Há ainda outra forma de classificar resíduos segundo a origem de onde provêm.


Desta forma, as categorias de resíduos são as seguintes:
w Resíduos domésticos: são aqueles que se produzem em casa;
w Resíduos sólidos urbanos: são todos os resíduos produzidos inclui o resíduo
doméstico assim como o resíduo produzido em instalações públicas ou comerciais;
w Resíduos industriais: são resíduos gerados nas indústrias e que podem apresentar
grande perigosidade para o ambiente e a saúde humana; w Resíduos hospitalares:
são produzidos em hospitais e considerados perigosos.

De uma forma geral os problemas que advêm do abandono dos resíduos são
diversos, como a contaminação do solo, da água e do ar com produtos tóxicos ou o
aumento de vetores portadores de doenças, como ratos ou ratazanas.

4. A extração de inertes
Face à necessidade de construção, pouco ordenada e desenfreada, São Tomé tem
vindo a ver as areias das suas praias a serem exploradas indiscriminadamente. As
consequências a nível ambiental são várias , e a diminuição da linha de costa leva
não só à degradação dos respetivos habitats para a fauna e flora, como a um
aumento imprevisível da ação do mar sobre a orla costeira. Este impacto pode ser
muito negativo para as populações Humanas que vivem na linha de costa, e a perda
de biodiversidade associada aos ecossistemas costeiros pode implicar dificuldades
de subsistência para os pescadores e suas famílias que exploram estes recursos.

SABIA QUE?
Sabia que na cidade de São Tomé há apenas cerca de 140 (contentores do lixo)
quando para haver uma recolha de resíduos eficaz deveriam haver pelo me-

63
nos 341? Num estudo recente sobre a composição dos resíduos que as pessoas?
depositam nos Jojós, foi contabilizado que cerca de 72% dos resíduos são
biodegradáveis e os restantes 28% não o são (como vidro, cartão, plásticos e
metais). Os resíduos, se fossem correctamente manuseados, poderiam gerar riqueza
sob a forma de energia ou produtos reciclados, com uma enorme economia no que
se refere à extracção de matéria prima.

Politicas públicas e Quadro legal de Protecção da


Natureza em STP
No plano nacional, a Constituição da República Democrática de São Tomé e
Príncipe prevê que todos têm direito a um ambiente saudável.A nível legal,existem
já várias Leis Ambientais que contêm normas que prevêem o acesso das populações
aos recursos naturais. Estas pretendem regular esse acesso de forma a promover o
desenvolvimento local, económico e social, mas também promover a conservação
da biodiversidade e desses mesmos recursos,para que possam ser utilizados
sustentavelmente pelas próximas gerações.

As principais leis e regulamentos a serem referidos são:

w Lei de Bases do Ambiente w Lei da Conservação da


Fauna, Flora e Áreas Protegidas w Lei das Florestas w Leis
do Parques Obô de São Tomé e do Príncipe w Lei das
Pescas e Recursos Halieuticos w Decreto sobre resíduos w
Decreto sobre extracção de inertes
w Regulamento sobre o processo de Avaliação do Impacte Ambiental

Estas leis, decretos e regulamentos encontram-se disponíveis sobre a forma de


brochuras na Direcção Geral do Ambiente do Ministério dos Recursos Naturais de
São Tome e Príncipe.

No quadro internacional, STP já assinou vários acordos que têm em vista a


coordenação dos países relativamente à Conservação da Natureza, sendo talvez o
mais importante a Convenção da Diversidade Biológica. Outros acordos ratificados
são:a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,a Convenção Quadro

A Conservação

sobre as Mudanças Climáticas, a Convenção sobre o Combate à Desertificação e a


Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. centes da
Floresta natural (primária) do País. Encontra-se dividida em duas áreas?
SABIA QUE?

64 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


A área protegida do Parque Natural do Obô de São Tomé e do Príncipe engloba
quase um terço da área total de cada uma das ilhas, e protege as áreas remanes-

com tipos de protecção diferentes:A Zona de Preservação Integral onde a protecção


dos habitats e das espécies é máxima, não sendo permitidas actividades humanas; e
a Zona de Exploração Controlada, onde são condicionadas as actividades,podendo
ser dedicada ao eco-turismo e a formas de desenvolvimento económico não-
agrícolas. Numa faixa de 250m a 10km em redor do Parque encontra-se a Zona
Tampão, onde estão localizadas várias comunidades Humanas.

O que podemos fazer?


A conservação da natureza e da biodiversidade é também da responsabilidade de
cada cidadão. Está nas nossas mãos mudar hábitos e adquirir atitudes positivas para
com o nosso ambiente,que possam ser integradas com um desenvolvimento a longo
prazo da qualidade de vida das populações,sem comprometer os recursos naturais e
a qualidade do ambiente que nos rodeia.

Ficam assim algumas sugestões, em função das principais ameaças identificadas


para São Tomé e Príncipe,e entre muitas outras possíveis,de gestos simples que
cada um de nós pode ter para proteger e conservar o ambiente:

1. A desflorestação e o uso do solo


Devem-se evitar cortar árvores e procurar plantar sempre que possível.Não se
devem fazer queimadas e é muito importante respeitar as áreas florestais
protegidas.

2. Não abater indisciminadamente quaisquer espécies animais


A caça e a pesca devem ser sempre responsáveis e devem respeitar os
períodos de reprodução das espécies,assim como as suas flutuações de
abundância.Se o número de indivíduos de uma espécie está
aparentemente a diminuir não se deve continuar a explorar essa
espécie,mas sim dar lhe algum tempo para recuperar os efectivos.Da
mesma forma não se devem retirar indivíduos na altura da reprodução,para
que não se provoque uma quebra na população.De um modo geral,devem-
se respeitar os animais e não fazer o abate indiscriminadamente,
nomeadamente por diversão, como é o caso da caça com elástico, prática
comum nas crianças de São Tomé e Príncipe. Deve-se antes incentivar a
observação da fauna e dos seus comportamentos, sem prejudicar a sua
presença.

3. Não abandonar o lixo e gerir os resíduos que são produzidos O lixo


e resíduos produzidos pelas populações deverão ser enterrados
convenientemente para diminuir o seu impacto sobre o ambiente. Devem-
se evitar fazer queimadas de lixo já que estas são responsáveis pela
libertação de produtos tóxicos e de dióxido de carbono para o meio.Nunca
65
se deixa lixo no chão,ou no mato, e deve haver a preocupação de manter
os espaços limpos, para a manutenção da qualidade do meio e evitar
doenças e problemas de saúde pública;

4. Tratar a natureza com respeito


É importante estar sensibilizado e informado para que a relação com o
ambiente seja equilibrada. Devemos respeitar a natureza no seu todo, e
procurar conselho quando existem dúvidas sobre o impacto das actividades
que levamos a cabo;

5. Passar a palavra
Devemos informar os nossos familiares e amigos do que é mais correcto e
porquê se deve mudar para um comportamento amigo da natureza. lo
mundo natural que nos rodeia,e com o qual estamos intimamente
ligados,de-?
SABIA QUE?
É nas crianças que está o futuro,mas é nossa a responsabilidade de as
educar,para que tenham um futuro ainda melhor.Isso passa pelo
conhecimento e respeito pependendo disso a sobrevivência das gerações
futuras.
Y

A Conservação

66 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Visualização 20
Actividade

da gota de chuva
x Do que precisamos: Para esta actividade são necessários apenas os alunos e
um espaço amplo para se disporem de forma livre e confortável.

x Passo a passo: Os alunos deverão sentar-se numa posição confortável e


fechar os olhos. Deve informar os alunos que vão fazer uma viagem, seguir o
“ciclo de vida” duma gota de chuva. Em seguida poderá iniciar a leitura das
etapas destas viagem pausadamente.
w És uma gota de chuva que livremente no ar.Estás a sentir-te leve
cai,tropeçando e mergulhando do céu e sem peso. Em baixo, vês a terra a
e finalmente atinge o solo; w Estás a
ser puxado para baixo da terra com
muita força, a escorregar entre as distanciar-se de ti cada vez mais.
partículas de areia,solo e pedras para O QUE APRENDI!
as profundezas escuras; w Neste w O vento está a levantar-te para mais
momento és puxado para cima pelas perto do céu. Quanto mais sobes,
raízes duma árvore. Primeiro cada vez sentes mais o frio.O céu
movimentas-te entre os pequenos torna-se cada vez mais numa sombra
pêlos de raízes, depois passas para as profunda de azul. w De repente
raízes grandes,e depois segues o teu colides com uma partícula de poeira e
caminho gradualmente para cima, agarras-te a ela. w Juntas-te a outras
dentro do tronco. Embora sintas todo gotinhas de água como tu para formar
o movimento, o ambiente é de uma nuvem.Com a vossa nuvem,o
escuridão total; w Passas por todas as mundo parece branco, frio e
partes da árvore, das raízes para o transparente. Não consegues ver a
tronco, depois ramos e folhas. Cada terra, o sol ou o Céu; só o branco...
vez há mais claridade à tua volta; w por toda a parte; w Estás a ficar cada
Começas a sentir a temperatura do vez mais frio e lentamente e sentes o
sol. Estás mergulhado num mar de teu peso a aumentar a cada instante.
luz verde. w Estás a ficar muito leve w Começas a cair lentamente no
e começas a movimentar-te entre os início,depois cada vez mais rápido,
poros das folhas para o ar. Sais para mergulhando e tropeçando no solo.Tu
fora, para uma luz solar brilhante e o és a chuva. w Aterras no chão
céu muito azul. w Estás a flutuar suavemente.
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção das etapas que
constituem o ciclo de vida de uma gota de chuva não só de uma forma
conceptual, mas sensorial também, já que o ciclo é caracterizado por
diferentes fases associadas a diferentes sensações de frio calor,
luminosidade ou escuridão.
68 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
A Conservação

69
21
Actividade

Palavras cruzadas
das tartarugas marinhas
x Do que precisamos: Quadro e giz.

x Passo a passo: Esta actividade consiste no preenchimento das palavras cruzadas que se
seguem.Os números 1,2,3,4,5 e 6 são palavras posicionadas na vertical e as restantes,8 e 9 encon-
tram-se na horizontal.Não é necessário seguir a ordem da numeração,se tiver dificuldade em algu-
ma palavra pode passar à frente e no final tentar preencher novamente.

.Migrar;2.Bússola;3.Cérebro;4.Míope;5.Visão;
2

.Olfacto;7.Audição;8.Magnetismo;9.Presa.
3 4 6
1 7
8

9 y Soluções:

1. Viajar,mover-se para longe; 6. Sentido que nos permite cheirar;


2. Para não perder o norte; 7. Sentido que nos permite ouvir;
3. Órgão de controlo; 8. O que permite à tartaruga mover-se;
4. Não vê além dos objectos que estão próximos; 9. Aquilo que o predador ataca;
5. Sentido que nos permite ver;

O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção de algumas carac-
terísticas relacionadas com as tartarugas marinhas.

70 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Como é que a florestatropical nos ajuda?22 Actividade
x Do que precisamos: Quadro e giz.

x Passo a passo: Esta actividade consiste no preenchimento de espaços nas


frases seguintes.Tratam-se de fenómenos ou conceitos relativos à floresta

.Aquecimento global;6.Camada,efeito de estufa;7.Dióxido de carbono;8.Desflorestação,


tropical.

1. .................... é o processo pelo qual a água excedente das árvores se

.Evapo-transpiração,nuvens;2.Metade;3.Vento;4.Clima;
evapora para o ar,sobe com o calor e transforma-se em ....................pelo
contacto com massas de a frias. 2. A floresta tropical produz ....................

aumentar.9.Nocivas,árvores,extinção,cheias.10.Florestas tropicais.
da sua própria chuva.
3. Com a ajuda do .................... , as nuvens da floresta tropical deslocam-se e
provocam chuvas em terras vizinhas.
4. A floresta tropical afecta o .................... terrestre inteiro.
5. A terra está a ficar cada vez mais quente. A este fenómeno dá-se o nome de
.................... .
6. A temperatura terrestre está a aumentar porque gases como o dióxido de
carbono, produzidos pelas queimadas das matas e também pela queima de
combustíveis, estão a formar uma .................... que permite que os raios de sol
penetrem mas impede a sua saída.A este fenómeno dá-se o nome
de .................... .
7. A floresta tropical retém muito .................... nas suas árvores.
y Soluções:
8. Se a ....................ocorrer,desaparecerá uma fonte de retenção de dióxido de
carbono e a temperatura da terra poderá .................... .
9. Os especialistas dizem que o aquecimento global trará muitas
mudanças .................... . Algumas dessas alterações podem ser a seca em terras
agrícolas férteis. Perda de

1
.................... , .................... de animais, e .................... junto à foz dos rios.
10. Como podemos ver, as .................... são necessárias para manter o clima da terra
saudável.

71
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ficar com uma noção global das
dinâmicas existentes na floresta tropical nomeadamente ao nível da regulação
de temperatura, retenção de gases responsáveis pelo efeito de estufa.

A Conservação

Estamos perante uma pesca responsável? 23 Actividade


x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta actividade, na ausência de
quadro e giz, poderá ser feita oralmente.

x Passo a passo: Os alunos deverão escolher as respostas correctas, Sim ou Não e


assinalá-las com uma cruz (X). Pode criar a sua própria tabela para qualquer tópico.
(Se não tiver um quadro, os alunos poderão simplesmente dizer Sim ou Não, ou
levantar o dedo quando a respos-
ta é Sim e baixar quando a resposta é Não, depois das perguntas serem
lidas.) Falamos de pesca responsável?

Sim:2;3;5;7.Não:1;4;6;8;9;10.
Sim Não
1. Deitar lixo para o mar
2. Cumprimento das leis das pescas
3. Não deitar produtos químicos e combustível para o mar

y Soluções:
4. Uso de técnicas de pesca destrutiva como o dinamite 5. Não capturar
espécies protegidas como as tartarugas
6. Concentração de pescadores na mesma zona de pesca
7. Uso de artes de pesca selectivas
8. Prática de pesca excessiva
9. Deitar redes velhas e estragadas para o mar
10. Captura das fêmeas na fase de reprodução
No final desta actividade pode dinamizar um pequeno debate sobre pesca em que
os alunos poderão contar alguma história de que tenham conhecimento e possam
em conjunto discutir se se trata de uma pesca responsável ou não.

72 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


O QUE APRENDI!
No final desta actividade os
alunos deverão ter uma noção
do que é uma prática de pesca
responsável e quais as acções
que devem ou não devem ser
tomadas nesse contexto.

73
4e
bitats
Quadro e giz opcionais.Esta actividade,na ausência de quadro e

crever no quadro a lista de espécies de plantas e animais e dos


o fazer a correspondência de cada espé-
r algumas pistas para ajudar os alunos a

Camarão
Tartaruga ambulância
Ameijoa
Peixe Andala
Xarroco
Cucumba

nos associarem outros animais aos habi-

Rio - Xarroco,Rio e mangal - Camarão,


Costa -Ameijoa,Costa e Mar alto -Tartaruga ambulância,

Mangal - Cucumba,Mar alto - Peixe Andala


y Soluções:

oção dos tipos de habi-


écies específicas.

74 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


A Conservação

75
25
Actividade

A carta da Maria
(adaptado a partir de Global Issues Education Set )

x Do que precisamos: Poderão haver alguns exemplares da carta em papel para os


alunos lerem em pequenos grupos ou a carta poderá ser lida pelo educador,não sendo assim
necessário nenhum material extra.

x Passo a passo: Nesta actividade,os alunos irão aprender acerca de práticas do desen-
volvimento sustentável assim que lerem a carta da Maria,uma menina que vive num país não muito
diferente do deles.Informe os alunos para que imaginem que receberam uma carta duma menina
de 10 anos de idade,chamada Maria,na qual ela descrevia a sua vida.Leia-lhes a carta e encoraje os
alunos a responderem as perguntas da Maria.No final encontram-se algumas questões que deverão
ser discutidas pela turma.

O QUE APRENDI!
No final desta actividade
os alunos deverão ter
reflectido sobre o estilo
de vida relatado na
história e estabelecido
algumas comparações
com o seu estilo de vida
e a sustentabilidade
associada ao mesmo.

76 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Caros amigos,
Chamo-me Mar
ia.Vivo numa pe
irmãs.Tenho 10 quena aldeia no
campo com os
Quando volto paanos.Quantos anos têm? meus pais,dois
irmãos e duas
ra casa depois
muitos parente das aulas,ajud
s,principalmen o a minha mãe
morreram quan te tias,tios e pr nos trabalhos do
do ainda eram imos.A minha mésticos.Tenho
Desta forma po muito pequenos avó teve doze
derei cuidar me .Q uand o filhos - contudo
do meu país ac lhor de mim e cre sc er ,qu ero ter só dois quatro
ha que famílias também da minh filhos saudáveis
Quantos irm pe qu en as ajudarão a evita a fa mí lia .Ta mbém,o Preside .
Enquanto estão s têm?
ou na escola,a
r que o país fiq
ue superpovoa
nte
minha mãe tra do.
dutos alimentar balha na nossa
es para a nossa parcela de terre
aldeia.Plantam família e algun no.Ela cultiva
os árvores em s extras que po os pro-
das chuvas.O me volta do nosso dem ser vendido
u pai trabalha terreno para pr s no mercado da
pais também tra numa fábrica na ot eger o solo da
cidade e envia erosão das água
A minha famíli balham tão duramente? o dinheiro para s
a família.Os teu
a vive numa pe
feita de materia qu ena casa,que é s
is naturais,tais fresca no verão
A minha mãe an como lama e pa e quente no Inv
dava 8km por lha.A tua casa erno.É totalmen
dia só para ir é te
roupas,mas a ág
ua também tra buscar água pa feita de madeira?
zia doenças.Por ra be ber,tomar banh
tanto a minha o lavar as nossa
e a água é limpa mãe e outras mu s
e muito mais co lheres da aldeia o da aldeia,
A floresta rode nveniente para
ava a minha ald todos.Conseguir
troncos.A maior eia.Há poucos a água limpa é
parte das árvo anos atrás,tudo difícil para ti?
comidas.Como res foram corta o que sobrava
muitas árvores das para fazer era um pouco de
longe para apan fo ram cortadas pelos len ha pa ra preparar as
har lenha para nossas
ainda dependam a nossa família.E aldeões,tivemos que andar ca
os de madeira u e as amigas es da vez mais
tá-las também. para carvão,em tamos cansadas
..num lugar on vez de cortarm disso! Embora
damente que po de possam cre os as árvores -
derão ser corta scer! Plantamos começamos a pla
fruto para darem das dentro de po alg umas árvores qu n-
alimentos para ucos anos para e crescem rapi-
Como o hospita toda gente da carvão,e algum
l fica muito dis aldeia.Alguma as árvores de
tante da aldeia ve
com enfermeiro
s de verdade,que ,a minha mãe fez z plantaste uma árvore?
dos problemas vieram do hosp uma formação
de saúde que afe ital da cidade.E em enfermagem
mães com os se ctam outras pe la sabe das doen
us filhos doentes ssoas da aldeia ças comuns e
aldeia morrera .Antes de sabe .M ui tas vezes ela aj
m de diarreia.Já rmos como curá uda outras
Vou para a esco -la,muitas crian
la todos os dias alguma vez estiveste no hosp ças na minha
pagar a minha embora os meus ital?
ida.Acham que pais tenham qu
irmãos.Sei como uma educação e trabalhar du
ler,e claro,escre é muito importa ramente para
Estou feliz porq ver.Quero um nte para mim e
ue sei ler e escr dia ser médica para os meus
- al
me ever e assim po .O que é que qu
gumas vezes? sso falar-te da eres ser?
minha vida aqui
.Podes vir visita
r-
Da vossa amig
a Maria

Depois de ler a carta para os alunos,discuta as seguintes questões:


1. Porque é que o pai da Maria trabalha numa cidade muito distante da sua casa e aldeia?
2. Porque é que a Maria quer ter uma família pequena quando crescer?
3. Porque é que a Maria e os amigos plantam as árvores?
4. Porque é que os pais da Maria acham que é importante que os seus filhos saibam ler e escrever?
5. Porque é que a mãe da Maria aprendeu os cuidados básicos acerca da saúde?

77
A Conservação

78 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


Como consumir com sustentabilidade?27 Actividade
x Do que precisamos: Uma grande quantidade de pedrinhas,sementes ou
outro objecto pequeno para ser distribuido em grande quantidade durante
o jogo (na explicação do jogo assume-se que esse objecto são
sementes);quadro e giz ou papel e caneta para registo dos resultados.

x Passo a passo:
1. Divida o grupo em comunidades de 4
elementos; 2. Coloque 16 sementes numa
pilha comum para cada comunidade;
3. Explique as regras do jogo: w A pilha
de sementes representa uma valiosa
fonte renovável. Esta fonte é renovada a
seguir a cada ronda do jogo;
w Cada membro da comunidade
pode tirar livremente da pilha da fonte
renovável a cada jogada; w Cada
membro da comunidade tem de tirar
pelo menos uma semente em cada
ronda para sobreviver.
4. Uma pessoa em cada comunidade deve registar
o número de sementes retirados por cada comunidade em cada ronda;
5. A seguir a cada ronda, conte quantas sementes cada comunidade tem
ainda na pilha e adicione quantidade equivalente de sementes;
6. O jogo dura três ou quatro rondas, com uma pausa após cada ronda
para descobrir se algum elemento da comunidade não sobreviveu;
7. Após a ronda final as comunidades deverão debater o que aconteceu
com os seus elementos:
y Em que comunidades toda a gente sobreviveu? y Que comunidade tinha
maior quantidade de sementes na fonte no final do jogo? y Que
comunidades compreenderam que terão sempre sementes para todos os
elementos desde que a pilha seja renovada? Como chegaram a essa
conclusão?
8. Inicie uma discussão alusiva ao tema: y Que informação é necessária
para saber como gerir a sustentabilidade da fonte? (ex: tamanho da
comunidade, como se renova a fonte em questão etc.)?
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção do que é
um consumo sustentável retendo a ideia de que o conceito

79
compreende que seja feito a um ritmo não superior àquele que a
natureza leva restabelecer-se.

A Conservação

Inspecção da praia!28
Actividade

x Do que precisamos: Papel e caneta por cada grupo de alunos


constituído para a actividade de campo.

x Passo a passo: Os alunos deverão ser agrupados 3 a 3 e dirigir-se para


a praia que vão inspecionar. O objectivo desta actividade é tomar
consciência da poluição e principais ameaças ambientais na
especificamente na praia através do preenchimento da seguinte ficha.O
preenchimento é feito com cruzes (X) que significam a existência ou não
de cada um dos factores referidos.
Sim Não Entulhos vários
Descargas no mar Tipologia dos resíduos
Esgotos Latas (ou pedaços)
Mau cheiro Garrafas (ou vidros de garrafas)
Cor laterada/espuma na água Papel, cartão e/ou madeira

Despejo de lixo Têxteis


Vestígios de óleo Saco de plástico
Peixe morto Percepção de risco ambiental
Residuos e poluição Extracção de areias
Sem resíduos Desflorestação
Destroços de barcos
Sim Não Lixo doméstico
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção dos
principais problemas associados à poluição marinha e costeira.
Deverão ainda tomar consciência da importância da alteração de
comportamentos e do saneamento das áreas litorais.
Águas e águas29
Actividade

80 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe


x Do que precisamos: Uma garrafa de plástico de 1,5 litros cheia de
água, com tampa, um copo normal e um copo pequeno (cerca de 200 ml e
50 ml respectivamente).

x Passo a passo: Esta actividade consiste num exercício prático que


pretende tomar consciência da disponibilidade de água no
Planeta.Começamos por supor que conseguimos,de forma mágica,
colocar toda a água da Terra (oceanos, mares, rios, lagos, lençóis
subterrâneos...) numa garrafa de 1,5 litros.Todo o desenrolar da actividade
consiste na reflexão conjunta dos tópicos que se seguem.
w Imaginando que esta garrafa copo pequeno. Deixar claro que
contém toda a água do água doce não significa água
Planeta.Que tipo de água é esta? potável, pois a água dos rios e
Salgada? Doce? Quais são os lagos pode estar contaminada ou
locais onde existe água? w Será poluída.
que temos toda esta água para
consumir? Alguém já O QUE APRENDI!
experimentou beber água w Toda a água doce disponível é
salgada? w É importante destacar boa para beber? Vocês beberiam
que a maior concentração de água directamente do rio que
água no Planeta é passa no meio da sua cidade?
salgada.Então,o próximo passo Separar visualmente na tampinha
será separar visualmente toda a somente a água doce que não
água salgada de toda água está contaminada ou poluída e
doce.Fazer a demonstração: w No que pode servir para o consumo
copo grande temos toda a água dos seres vivos e para todas as
doce do planeta. Quais os lugares suas actividades. w Observando a
onde encontramos a água doce? garrafa e a tampinha, veremos
w Ao lembrarmos os lugares que, de toda a água do planeta,
(lençóis subterrâneos, lagos, somente uma pequena parte é
pântanos, rios, água em forma de doce e adequada para consumo
vapor),identificaremos suas as humano e suas actividades:
suas localizações e a facilidade beber, escovar os dentes, tomar
para obter a água doce. banho, lavar a roupa, a louça,
cozinhar, regar a horta; w O que
Logo, nosso próximo passo será acontece à água quando se
separar visualmente a água doce verificam as práticas seguintes?
dos locais disponíveis (rios, Ocupação desordenada do solo;
represas,lagos) da água doce de Deposição de lixo; Queimadas?
difícil acesso (lençóis freáticos,
pântanos, atmosfera).A água doce
disponível será representada
tirando uma parte da água do
copo grande e passando para o
81
A actividade terminará com a papel activo no dia a dia no que
constatação que toda a respeita à poupança deste bem
sensibilização é necessária e que essencial que é a água.
todos podemos e devemos ter um
No final desta actividade pretende-se que os alunos adquiram
consciência que a água disponível para consumo no Planeta é muito
inferior a toda a quantidade que este possui, assim é preciso utilizá-
la racionalmente.

A Conservação

A Teia da vida30
Actividade

x Do que precisamos: Um ou varios novelos de qualquer tipo de fio.

x Passo a passo: Esta actividade consiste num exercício prático que


permite aos alunos visualizar e compreender como as componentes de
um ecossistema se encontram todas interligadas.Para o desenrolar da
actividade,é necessário que os alunos se disponham em circulo,e o
educador se coloque no centro segurando na mão um novelo de fio ou lã.

Cada aluno escolhe para representar uma “personagem” do ecossistema


que se pretende caracterizar (floresta,mar aberto,estuario ou
mangal...),seja da componente viva (animais ou plantas),ou não viva (sol,
solo, água...). Inicie a actividade apresentando-se como uma componente
do ecossistema e estimulando a conversa para que alguém identifique a
sua própria personagem e a forma como se relacionam entre si.Passe-lhe
então o novelo,ficando a segurar na ponta inicial.O jogo decorre e a
pessoa que segura o novelo repete o mesmo procedimento,dizendo qual
o seu papel no ecossistema até que outra pessoa se identifique e explique
como se relaciona com ele no ecossistema.É lhe passado o novelo,
ficando o segundo interveniente a segurar no fio.A actividade estende-se
até que todas as personagens se encontram ligadas pelo fio,que deverá
estar cruzado em todas as direcções.

x Por exemplo:
w O educador diz que é o sol e que dá luz e
calor para toda a floresta;
82 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
w Um dos participantes diz que é um
arbusto e que aproveita a luz e o calor
do sol para crescer.Pega então no
novelo ficando o animador a segurar a
ponta do fio; w Um outro participante diz
que é um pássaro que se alimenta de
frutos do arbusto.Pega no novelo e os
participantes anteriores ficam a segurar
no fio; w Por sua vez, um outro
participante identifica-se como a água,
que dá de beber ao pássaro e é-lhe
passado o novelo,...

A actividade decorre até todos estarem a segurar num pedaco de fio.A


forma final que o circulo assume deve ser interpretada como as
interligaçoes que existem num ecossistema.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade pretende-se que os alunos estejam
sensibilizados para a complexidade da interligação de todas as
componentes dos ecossistemas e compreendam que a perturbação
exercida sobre uma componente vai afectar todo o conjunto.

83
MAISPARA SABER
Contactos Úteis
(instituições e associações, nacionais e internacionais)
g Institucionais e e ABS – 911180 | 909893
Direcção Geral do Associação de Email:adrast@gmail.c
Ambiente, Ministério Biólogos om
dos Recursos SãoTomenses Website:www.adra.st
Naturais e Ambiente ISP – Instituto e ALISEI Rua Barão
de São Tomé e Superior Politécnico – Água Izé - São Tomé
Principe Av.Kwame São Tomé Contacto:223346
Nkruma - São Tomé Contacto:225140 | Email:nuovas@csto
Contacto:225271 907412 me.net e AMP
Email:bureau_ozono Email:algues10@hotm Associação Monte
@cstome.net ail.com e ADAPPA – Pico
Website:http://www.ga Associação para o Monte Café
bineteambiente- desenvolvimento Contacto:911670
stp.org/pages/index.ht Agropecuária e Email:montepico@yah
ml e Direcção das Protecção do oo.com.br Website:
Florestas, Ministério Ambiente C.P.375 www.montepico.blogs
da Agricultura, Mesquita – São Tomé pot.com e
Desenvolvimento Contacto:221971 CLUBNAPAD
Rural e Pescas 904646 | 940067 Clube das Nações
Av.12 de Julho - São Email:celsogarrido@c para o
Tomé Ambiente e
stome.net e ADRA-
Contacto:222319 | Desenvolvimento
905023 STP Agostinho Neto -
e CIAT – Centro de Agência Adventista de Guadalupe
Investigação Assistência e Contacto:937465
Agronómica Tropical Desenvovimento - 909078 | 909132
Potó - Madalena STP C.P.161 Email:Clubdasnaçoes
Contacto:272110 Rua Barão Água Izé - 12-11-
São Tomé 2006@hotmail.com e
Contacto:224324 Fundação da Criança
g ONG locais
84 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
e da Juventude Rua 12 de Julho – 6700 AJ
Trav.do Pelourinho - São Tomé Wageningen
São Tomé Contacto:222598 The
Contacto:227831 | Email:ciacnat@cstom Netherlands
920631 e.net Contacto:
Email:info@fcjuventud Website:www.natcultu Tel:+31 (0)
e.org ra.org 317467100;
Website:www.fcjuvent e STEP UP União Fax:+31 (0)
ude.org e LCN – Liga para Promoção em 317460067
da Conservação da STP Website:http://www.ct
Natureza São Tomé C.P.416 a.int/
Contacto:911585, São Tomé e ECOFAC –
911266 | 909132 Contacto:221285 | Conservação e
Email:onglcnstp@hot 915350 Utilização Racional
mail.com e MARAPA Email:ned_stepup@ya dos Ecossistemas
– Mar Ambiente hoo.com Florestais da África
e Pesca Website:www.stepup. Central Largo das
Artesanal Largo st e ZATONA ADIL Alfândegas
do Bom Apoio ao São Tomé
Despacho Desenvolvimento de Contacto:932843
São Tomé Iniciativas Mesquita -
(Engº Danilo
Contacto:222792 | São Tomé Barbero)
906082 Contacto:223363 Website:www.ecofac.
Email:marapa@cst 913545 | 904862 org e RAPAC – Rede
ome.net Email:zadil@cstome.ndas Áreas
Website:www.mara et Protegidas da África
pa.org e Central BP.14533
NATCULTURA g Internacionais Libreville - Gabon
Associação para a e CTA – Centro Contacto:+241 44 33
Preservação do Técnico de 22 Email:
Património Local e Cooperação Agrícola secretariat.executif@
Natural C.P.539 e Rural rapac.org
Postbus 380
Website:www.rapac.or g
Efemérides e eventos
Existem cada vez mais datas de comemoração de diferentes aspectos
relacionados com o ambiente,quer a nivel internacional,quer
especificamente em São Tomé e Príncipe,que podem ser assinalados nas
escolas com a prática de actividades deste manual.Algumas destas datas
são:
g 2 de Fevereiro: Dia Mundial das Zonas Húmidas; g
21 de Março: Dia Mundial da Floresta; g 22 de Março:
Dia Mundial da Água; g 23 de Março: Dia Mundial da
Meteorologia; g 7 de Abril: Dia Mundial da Saúde; g 22
de Abril: Dia Mundial da Terra; g 5 de Junho: Dia
Mundial do Ambiente; g 8 de Junho: Dia Internacional
do Oceano; g 11 de Junho: Dia Mundial da População;
g 17 de Junho: Dia Mundial de Combate à Seca e
Desertificação; g 16 de Setembro: Dia Mundial para a
Preservação da Camada do Ozono; g 17 a 19 de
Setembro: Dias da Campanha “Clean up the World” g
2 de Outubro: Dia Mundial do Habitat; g 4 de Outubro:
Dia Mundial do Animal; g 12 de Dezembro: Dia
Mundial da Diversidade Biológica.

Referências biliográficas
g “A Floresta Tropical e o seu Futuro – Manual Educacional”.
StepUp – São Tomé e Príncipe Union for Promotion.
Adaptação do livro “The rainforest and its future,Educaton packet”,WWF.
g Cadernos de Legislação Ambiental.
Direcção Geral do Ambiente,Ministério dos Recursos Naturais e Meio
Ambiente de São Tomé e Príncipe.
86 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe
g ENPAB – Florestas (2002). Monografia sobre os Ecossistemas Florestais.
Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e
Príncipe.
g Primeiro Relatório Nacional da Biodiversidade (2004).
Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e
Príncipe.
g Resumo projecto “Descentralização e participação comunitária na
gestão de resíduos sólidos na cidade de São Tomé”. Ref.Europe
Aid/126342/C/ACT/Multi (2009).Resultados preliminares.

Referências electrónicas
g Biodiversidade de São Tomé e Príncipe (pelos investigadores da
California Academy of Sciences):
www.islandbiodiversityrace.wildlifedirect.com
g Birdlife International:
www.birdlife.org/worldwide/national/sao_tome_e_principe/index.h
tml g Guia de Recursos em Educação Ambiental:
http://www.apena.rcts.pt/aproximar/ambiente/ g Grupo de
Conservação do Golfo da Guiné: www.ggcg.st g IUCN - União
Internacional para a Conservação da Natureza: www.iucn.org g
Parque Obô: www.obopark.com
g RAPAC - Rede das Áreas Protegidas da África
Central: www.rapac.org g Wikipedia:
www.wikipedia.com (inclui um portal de Ecologia) g
WWF - Fundo Mundial para a Vida Selvagem:
www.panda.org/pt/

Para saber mais 71


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88 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe

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