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Guia do Professor
Breve síntese histórica
A modalidade de voleibol nasceu nos EUA, em Massachusetts,
em 1895 (quatro anos depois da criação do basquetebol). Wil-
liam Morgan, professor responsável pelo departamento de
Educação Física do Colégio de Holioke, decidiu criar uma ativi-
dade recreativa que entretivesse os seus alunos e os homens
de negócios que frequentavam os cursos naquela escola ame-
ricana. Pretendia algo que não fosse tão competitivo como o
basque­tebol, nem necessitasse de tanto material e espaço
como o ténis, mas que exigisse, simultaneamente, algum
esforço físico e muitas movimentações.
Este professor de Educação Física havia pensado num jogo
com particularidades mistas – tanto podia ser jogado em recin-
tos abertos como fechados –, com uma rede de separação do
espaço de jogo. Partindo destes pressupostos, Morgan criou o
«mintonette», designação original da modalidade, que veio um
ano mais tarde a ser alterada para o nome com que é hoje
reconhecida internacionalmente: voleibol. Um ano depois, o
voleibol vê publicadas, na revista Physical Education, aquelas
que viriam a ser as primeiras regras desta modalidade.
A difusão do voleibol pelo mundo ficou a dever-se ao movi-
mento da Young Man Christian Association (YMCA), sendo o
Canadá o primeiro país a adotar este novo desporto. Mais tarde
veio a difundir-se pela América Latina, e com as tropas ameri-
canas chegou à Europa durante a Primeira Guerra Mundial,
altura em que o voleibol sofreu uma grande evolução. Em 1947,
foi criada em Paris a Federação Internacional de Voleibol, com a
parti­cipação de 14 países, entre os quais Portugal, que viria a
regulamentar as regras internacionais desta modalidade.
Em Portugal
Em Portugal, esta modalidade foi introduzida pelas tropas norte-
-americanas que se encontravam estacionadas nos Açores,
durante a Primeira Grande Guerra. No continente entrou pela
mão do eng. António Cavaco, que foi o seu grande divulgador no
seio académico. Também a Associação Cristã da Mocidade
(ACM) teve, por seu lado, um papel igualmente preponderante
na difusão do voleibol em Portugal, especialmente por ter sido a
entidade responsável pela publicação do primeiro livro em portu-
guês das regras do voleibol, como também, mais tarde, acabou
por prestar um contributo importante à criação da primeira asso-
ciação de voleibol do nosso país, a Associação de Voleibol de
Lisboa (AVL), fundada a 28 de dezembro de 1938. A 31 de março
de 1942 é criada a Associação de Voleibol do Porto.
Só mais tarde, a 7 de abril de 1947, surge a Federação Portu-
guesa de Voleibol.
O primeiro Campeonato Nacional de Seniores Masculinos reali­
zou-se na época 1946-47 e o feminino em 1959-60. A estreia da
seleção portuguesa em provas internacionais deu-se em 1948,
no 1.° Campeonato da Europa – Roma, onde obteve o 4.° lugar.
A estreia nos Campeonatos do Mundo deu-se em 1956, no 3.°
Cam­peonato do Mundo – Paris, onde Portugal ficou em 15.°
lugar entre os 24 países participantes. Entre o final da década
de 50 e princípios da década 70 do século XX, a seleção portu-
guesa de voleibol foi proibida de participar em provas interna-
cionais por decisão política do Ministério da tutela. A partir da
década de 70, as seleções seniores (masculina e feminina)
começaram a participar em provas internacionais.
Em 1990, a seleção júnior masculina qualificou-se para a fase
final do Campeonato da Europa.
No voleibol de praia, o 1.° Campeonato Nacional de Duplas
(masculinas/femininas) realizou-se em 1993. Os campeões
deste campeonato foram as duplas Miguel Maia/João Brenha
e Cristina Pereira/José Schuller.
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Situações de aprendizagem (1)
1 

A
B
C
A, B e C encontram-se com uma bola de voleibol na mão e execu-
tam o batimento, em apoio,
C para a parede.

e3.°
1.°
e d2.°

E xecutar a corrida de aproximação para o ataque; primeiro na


zona 4 e depois na zona 2.

C ada executante tem uma bola de voleibol, lança-a ao ar (cerca


de 3 m à sua frente), de seguida efetua a corrida de aproxima-
ção, faz a chamada e agarra a bola à frente da sua cabeça, no
momento em que se encontra no máximo da sua suspensão.

B
A

A está sobre uma cadeira, com a bola na mão;


B faz a chamada, salta, coloca os m. s. em posição de remate
e bate com a mão na bola.
(1)
Adaptados de Mesquita, I., 1995
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5

A lança a bola ao ar e B agarra-a acima e à frente da testa, em


suspensão.

B
A

A passa a B que, por sua vez, passa a bola a A;


A realiza o 3.° toque através do passe em suspensão.

Idêntico ao anterior, mas agora o terceiro toque é executado


em remate.

Igual à situação anterior, mas agora existem zonas definidas


para onde o aluno deverá dirigir o remate.
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Situações de aprendizagem
1
C

B
A

A, B e C estão sobre uma cadeira junto à rede, com uma bola


na mão e sobre a rede; D desloca-se sempre em passo
caçado, junto à rede salta e faz bloco à bola nas várias posi-
ções (A, B, C).

A passa a B que devolve a A para este rematar. Do outro lado


da rede, C salta e faz bloco.

C
B

A serve para B que envia a bola em “manchete” para C, que,


por sua vez, passa a D para rematar; A sobe à rede e faz bloco
ao remate de D.
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Situações de aprendizagem
Técnica e tática individual do serviço/receção

Serviço dirigido: receção da zona 5 – jogador recebe para a


zona 3.

2 Situação idêntica à anterior, mas a receção do serviço é diri-


gida para a zona 2.

Serviço dirigido para a zona 1 – jogador recebe para a zona 2.

4 Situação idêntica à anterior, mas a receção do serviço é diri-


gida para a zona 3.
5

A receção do jogador da zona 5 é dirigida para a zona 3.


A receção do jogador da zona 6 é dirigida para a zona 2.

6 Situação idêntica à anterior, mas o serviço é dirigido para as


diferentes zonas do campo.

7
Receção em W
Nota: Em todas as situações de aprendizagem anteriormente
descritas, deve-se variar a zona onde se efetua o serviço.

Passe, remate e bloco individual


1
A
B
P
P
B
A

Passador na zona 3, com ataque na zona 2, com respetivo blo-


cador na zona (A).
2
A

B
P
P

A
B

Passador na zona 3, com ataque na zona 4.


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Situação de aprendizagem
1 Passe, remate e bloco individual, alternado para Z4 e Z2
A

B
A

Passador na zona 3, com ataques nas zonas 2 e 4, com respe-


tivo blocador. O blocador central parte da zona 3 e executa o
bloco, quer na zona 4 quer na zona 2, conforme o ataque.

Situação de aprendizagem
1 Jogo de 3 * 3

Uma das equipas tem de fazer sempre batimento (remate) dire-


cionado para o bloco.
A outra faz bloco individual, proteção ao mesmo (2 colegas) e
dão continuidade ao jogo.
Depois trocam, a equipa que rematou passa a blocar e vice-
-versa.

2 Situação idêntica à anterior, mas fazem bloco duplo

Nota:
quando o ataque é feito com bola muito em cima da rede,
deve-se fazer a proteção ao bloco muito próximo do blocador;
quando o ataque é realizado mais afastado da rede, a prote-
ção ao bloco não deverá ser tão próxima do blocador, mas
dever-se-á proteger mais o fundo do campo.

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