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A Associação Cristã da Mocidade (A.C.M.), teve igualmente


papel preponderante na difusão do voleibol em Portugal espe‑
cialmente por ter sido a entidade responsável pela publicação
do primeiro livro, em português, de regras, como também, mais
tarde, acabou por prestar um contributo importante na criação
da primeira associação de voleibol no nosso país, a Associação
de Voleibol de Lisboa (AVL), fundada a 28 de dezembro de 1938.
A 31 de março de 1942 é criada a Associação de Voleibol do
Porto.
Só mais tarde, a 7 de abril de 1947, surge a Federação Portu‑
guesa de Voleibol.
O primeiro clube a ser oficialmente filiado foi o Campolide Atlé‑
tico Clube.

O primeiro Campeonato Nacional de Seniores Masculinos


realizou­‑se na época de 1946­‑1947 e o Feminino em 1959­‑1960.
A estreia da seleção portuguesa em provas internacionais deu­
‑se em 1948, no 1.º Campeonato da Europa – Roma, onde obteve
o 4.º lugar.
A participação, pela 1.ª vez, nos Campeonatos do Mundo deu­‑se
em 1956, no 3.º Campeonato do mundo – Paris, onde Portugal
ficou em 15.º lugar entre os 24 países participantes.

Entre o final da década de 50 e princípios da década de 70 do


século XX, a seleção portuguesa de voleibol foi proibida de par‑
ticipar em provas internacionais por decisão política do Ministé‑
rio da tutela.
A partir da década de 70, as seleções seniores (masculina e
feminina) começaram a participar em provas internacionais.
Em 1990, a seleção júnior masculina qualificou­‑se para a fase
final do Campeonato da Europa.
A seleção nacional de seniores masculinos, no ano de 2005, obteve,
na Liga Mundial, a melhor classificação de sempre, o 6.º lugar.
Mais recentemente, em 2010, foi um ano de afirmação e proje‑
ção da seleção nacional de seniores masculinos, onde foi vence‑
dora da Liga Europeia 2010, vencendo a final com a Espanha, em
Guadalajara por 3­‑1.
O Voleibol de Praia também surge em Portugal e em 1993,
realiza­‑se o 1.º Campeonato Nacional de Duplas Masculinas e
Femininas de Voleibol de Praia. Os campeões desta competição
foram as duplas João Brenha/Miguel Maia e Cristina Pereira/
José Shuller.
A dupla João Brenha/Miguel Maia, ganham em 1994, uma
etapa do Circuito Europeu de Voleibol de Praia realizada na
cidade de Espinho e em 1995 qualificam­‑se para os Jogos Olím‑
picos de Atlanta. A dupla feminina, apesar de não conseguir
qualificar­‑se para os Jogos Olímpicos, foi quinta classificada na
final do Europeu, ganhando a etapa disputada na Grécia.
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), a dupla João Brenha/
Miguel Maia obteve um brilhante 4.º lugar. Ainda neste ano, Portu‑
gal pode observar a participação dos melhores jogadores mundiais
a participarem no Grand Slam de Voleibol de Praia, em Espinho.
Os Jogos Olímpicos de Sidney (2000), contaram com a presença
das duplas João Brenha/Miguel Maia e Cristina Pereira/José Shul‑
ler. A dupla João Brenha/Miguel Maia repetiu a classificação de
4.º lugar obtida na última participação nos Jogos e a dupla femi‑
nina classificou­‑se em 9.º lugar, deixando para trás várias duplas
que se encontravam melhor posicionadas no ranking mundial.
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Progressões Pedagógicas

Posição Base / Deslocamentos


Exercício 1
Objetivo:
Definir a posição base.
Descrição:
Os alunos dispostos em frente do professor definem a posição
base;
Partindo de várias posições (sentado, deitado, pirueta, volta,
posição militar, etc...), ao sinal do professor colocam­‑se na
posição base.

Exercício 2
Objetivo:
Definir a posição base, após deslocamentos.
Descrição:
Os alunos dispostos em frente do professor realizam vários
tipos de deslocamentos e, de acordo com a sinalética dada
(exemplo: apito do professor), definem a posição base sempre
que solicitados;
Jogo do Espelho: o professor está nas costas de um grupo e
de frente para o outro. O grupo que está de costas imita o
outro grupo, obedecendo à sinalética do professor.

Prof.

Exercício 3
Objetivo:
Utilizar o deslocamento adequado à distância pretendida (sem
bola);
Descrição:
Utilizando quatro cones de sinalização, à distância de 1m, os alu‑
nos realizam os vários tipos de deslocamentos, partindo e regres‑
sando sempre ao 1.º cone
(Azul): Cone Branco (1 m)
– Passo lateral e simples;
Cone Ver­‑de (2 m) – Passo Passo caçado e simples

cruzado; Cone amarelo (3 Passo cruzado


m) – Abre e Cruza. Os alu‑
nos enquadram­‑se com Passo abre e cruza

uma perna de cada lado


do cone;

Duas colunas em frente ao cone azul (uma de cada lado), ao sinal


do professor realizam todos os deslocamentos. No final de cada
sequência, o 1.º de cada coluna passa pra trás da outra coluna.

Passo abre e cruza

Passo cruzado

Passo caçado e simples

Passo caçado e simples

Passo cruzado

Passo abre e cruza


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Passe de frente

Exercício 1
Objetivo:
Colocar as mãos na bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola e com um joelho no solo, coloca as
mãos em forma de um “triângulo” por cima da bola, afasta
para a parte lateral da bola e roda a bola para a frente e para
trás, até ficar com os pulsos fletidos. De seguida, coloca a
bola à frente e acima da testa;
De pé, com as mãos a segurar a bola, elevar rapidamente os
membros superiores e colocar a bola à frente e acima da testa.

Exercício 2
Objetivo:
Ação da mão/dedos no contacto com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza dribles em posição de passe;
De pé, com uma mão sustenta a bola no ar, com toque nas
partes internas das pontas dos dedos (relaxar e contrair no
contacto com a bola).

Exercício 3
Objetivo:
Elevação dos membros superiores para o contacto com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza autopasses. Após o 3.º toque
mais alto, o aluno coloca as mãos na parte exterior dos mem‑
bros inferiores e regressa à posição de contacto com a bola,
antes da mesma estar na fase descendente da sua trajetória;
Grupos de dois alunos realizam passes entre si frente a frente,
tocando sempre com as mãos nos membros inferiores após o
contacto.

Exercício 4
Objetivo:
Enquadrar todos os segmentos corporais com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola, lança a bola e coloca as mãos na
posição de contacto, fixando a bola naquela posição e corri‑
gindo o posicionamento dos vários segmentos. De seguida,
faz uma ligeira extensão dos membros inferiores e membros
superiores, descolando os dedos da bola de maneira a só o
polegar e o indicador manterem o contacto com a bola e nova
flexão voltando a tocar a bola com os restantes dedos;
O aluno, após lançar a bola, coloca os polegares na testa e de
seguida segura­‑a na posição de contacto.

Exercício 5
Objetivo:
Desenvolver as várias capacidades físicas conjuntamente com
o toque de bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza autopasses sucessivos, rea‑
lizando habilidades físicas (tarefas) entre cada ou durante os
autopasses:
Tocar com mão no pé, joelho, solo;
Bater palmas à frente, costas, meio dos membros inferiores,
três seguidas;
Sentar, a bola ressalta no meio dos membros inferiores,
levantando­‑se de seguida e voltando a tocar a bola, uma
volta, meia pirueta, deitar e levantar sem tocar na bola
durante a subida ou descida.
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Passe de frente

Exercício 1
Objetivo:
Colocar as mãos na bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola e com um joelho no solo, coloca as
mãos em forma de um “triângulo” por cima da bola, afasta
para a parte lateral da bola e roda a bola para a frente e para
trás, até ficar com os pulsos fletidos. De seguida, coloca a
bola à frente e acima da testa;
De pé, com as mãos a segurar a bola, elevar rapidamente os
membros superiores e colocar a bola à frente e acima da testa.

Exercício 2
Objetivo:
Ação da mão/dedos no contacto com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza dribles em posição de passe;
De pé, com uma mão sustenta a bola no ar, com toque nas
partes internas das pontas dos dedos (relaxar e contrair no
contacto com a bola).

Exercício 3
Objetivo:
Elevação dos membros superiores para o contacto com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza autopasses. Após o 3.º toque
mais alto, o aluno coloca as mãos na parte exterior dos mem‑
bros inferiores e regressa à posição de contacto com a bola,
antes da mesma estar na fase descendente da sua trajetória;
Grupos de dois alunos realizam passes entre si frente a frente,
tocando sempre com as mãos nos membros inferiores após o
contacto.

Exercício 4
Objetivo:
Enquadrar todos os segmentos corporais com a bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola, lança a bola e coloca as mãos na
posição de contacto, fixando a bola naquela posição e corri‑
gindo o posicionamento dos vários segmentos. De seguida,
faz uma ligeira extensão dos membros inferiores e membros
superiores, descolando os dedos da bola de maneira a só o
polegar e o indicador manterem o contacto com a bola e nova
flexão voltando a tocar a bola com os restantes dedos;
O aluno, após lançar a bola, coloca os polegares na testa e de
seguida segura­‑a na posição de contacto.

Exercício 5
Objetivo:
Desenvolver as várias capacidades físicas conjuntamente com
o toque de bola.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza autopasses sucessivos, rea‑
lizando habilidades físicas (tarefas) entre cada ou durante os
autopasses:
Tocar com mão no pé, joelho, solo;
Bater palmas à frente, costas, meio dos membros inferiores,
três seguidas;
Sentar, a bola ressalta no meio dos membros inferiores,
levantando­‑se de seguida e voltando a tocar a bola, uma
volta, meia pirueta, deitar e levantar sem tocar na bola
durante a subida ou descida.
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Passar a bola por cima da rede e voltar a tocar do outro lado,


tocar a bola contra a parede, deslocar­‑se lateralmente com
a bola ressaltando na parede, tocar com a mão no cone
entre dois toques, contornar cones;
Acertar em alvos (arco no solo, carrinho de bolas, arco na
parede, cesto, etc…);
Conduzir em simultâneo uma bola com um pé;
Canto na parede (ressaltar a bola nas duas paredes alterna‑
damente);
Sentar numa cadeira;
Deslocar em cima de um banco sueco;
Realizar estes exercícios, sob a forma de um circuito;
Jogos 1 x 1 em passe com regras variadas e inclusive com tarefas.

Exercício 6
Objetivo:
Executa o passe em situação controlada.
Descrição:
Grupos de dois alunos com uma bola. O aluno (A) lança a bola
para o (B) que executa um passe para o (A);
A mesma situação, mas o aluno (B) coloca­‑se a distâncias
diferentes.

A B

A B

Exercício 7
Objetivo:
Deslocar, enquadrar e passar.
Descrição:
Grupos de 2: O aluno (A) lança ou passa para a Esquerda/
Direita de (B), que se desloca e enquadra­‑se com a bola e com
o colega, realizando o passe para (A).

Exercício 8
Objetivo:
Mudar a trajetória da bola parado e após deslocamento.
Descrição:
Grupos de três com uma bola dispostos em triângulo. O aluno
(B) realiza passes para (A) e (C) alternadamente. O (A) e (C)
devolvem sempre a (B);

A C
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A mesma situação, mas, a bola circula pelos três sempre pela


mesma ordem (A­‑B­‑C­‑A­‑B­‑C…);
Circulação da bola em sentido inverso.

1 2

3
A C

Exercício 9
Objetivos:
Realizar o movimento global do gesto técnico;
Executar o passe em situação competitiva, utilizando vários
deslocamentos e trajetórias de bola.
Descrição:
Torneio 1 x 1, só pode realizar passe e cada aluno pode dar
até três toques.

Passe de costas
Exercício 1
Objetivo:
Orientar as mãos para cima e para trás (flexão dos pulsos).
Descrição:
Em grupos de três alunos, o aluno (A) realiza passe de frente
para o (B), este executa passe de costas e o (C) devolve a bola
ao (A) em passe.

1 2

A B C
3

1 2

A B C
3

Manchete
Exercício 1
Objetivo:
Reconhecer as áreas de contacto dos membros superiores
com a bola.
Descrição:
Tocar a bola de forma alternada com os antebraços (parte
anterior) colocando os membros superiores em extensão.

Exercício 2
Objetivos:
Adotar uma correta posição corporal, com especial atenção
para as angulações entre membros superiores/tronco, tronco/
membros inferiores e coxa/perna;
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Adotar uma boa base de sustentação.


Descrição:
Em grupos de 2 alunos, um aluno fica em posição de man‑
chete, enquanto o outro pressiona a bola contra os antebraços
do primeiro, que faz oposição a esse movimento.

Exercício 3
Objetivo:
Adotar uma posição correta das mãos e dos membros superio‑
res.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos, um aluno lança a bola e o outro exe‑
cuta a manchete após ressalto desta no solo.

A A

M M

Exercício 4
Objetivo:
Coordenar a flexão/extensão dos membros inferiores com o con‑
tacto e reenvio da bola, mantendo a inclinação de tronco à frente.
Descrição:
Individualmente, o aluno lança a bola ao ar e executa um
autopasse em manchete (apenas um toque), agarrando a bola
após esse toque.

Exercício 5
Objetivo:
Realizar o movimento global do gesto técnico sem desloca‑
mento dos apoios.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos, um aluno lança a bola e o outro exe‑
cuta a manchete devolvendo a bola ao primeiro.

A A

M M

Exercício 6
Objetivo:
Orientar os apoios corretamente em função dos deslocamentos;
Encontrar uma boa base de sustentação.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos, um aluno lança a bola variando a dire‑
ção desta (direita, esquerda, frente e trás), o outro desloca­‑se
e realiza manchete após ressalto da bola no solo.
A

M
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Exercício 7
Objetivo:
Sustentar a bola, promovendo um melhor domínio e controlo
da mesma.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos, têm de trocar a bola entre eles em
manchete, após um toque de controlo;
Idêntico ao anterior mas sem o toque de controlo.

Exercício 8
Objetivo:
Aplicação do gesto técnico em situação de jogo reduzido.
Descrição:
Jogo 1 x 1 em campo reduzido, executando no máximo três
toques, sendo dois obrigatoriamente em manchete. Serviço
em passe ou serviço por baixo;

Jogo 3 x 3 em campo reduzido, executando no máximo três


toques, sendo o primeiro obrigatoriamente em manchete. Ser‑
viço em passe ou serviço por baixo.

Serviço por baixo


Exercício 1
Objetivo:
Introduzir o batimento específico da bola no serviço por baixo.
Descrição:
Cada aluno com uma bola executa batimentos sucessivos,
primeiro com a parte inferior do antebraço, depois com as
mãos, alternando braço direito e braço esquerdo.

Exercício 2
Objetivo:
Colocar corretamente a bola no eixo de batimento.
Descrição:
Cada aluno segura a bola com a mão contrária à mão de bati‑
mento, deixa­‑a cair e bate­‑a com a mão dominante para cima,
agarrando­‑a de seguida.
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Exercício 3
Objetivos:
Orientar os apoios para o alvo;
Criação de uma boa base de sustentação.
Descrição:
Exercício idêntico ao anterior, mas agora o aluno efetua o
batimento contra a parede;

Exercício 4
Objetivos:
Transferir o peso do corpo, aquando do batimento;
Orientar o braço de batimento para o alvo.
Descrição:
Exercício idêntico ao anterior, centrando agora a atenção no
avançar da perna atrasada e no apontar do braço de bati-
mento para o alvo;

Exercício 5
Objetivo:
Realizar o movimento global do gesto técnico.
Descrição:
Em grupos de dois alunos: voltados de frente um para o outro,
efetuam serviço por baixo para o colega. A distância inicial
entre ambos deverá ser 2/3 metros, devendo aumentar pro-
gressivamente.

Exercício 6
Objetivo:
Enviar a bola para uma zona previamente definida.
Descrição:
Cada aluno com uma bola, voltado para a parede, a 3 metros
desta, efetua serviço por baixo tentando atingir o maior
número de vezes, um alvo previamente definido na parede.

Exercício 7
Objetivo:
Servir para diferentes zonas do campo de jogo.
Descrição:
Em grupos de dois alunos: cada grupo com uma bola, colocado
na “linha final” do terreno de jogo, tenta atingir alvos coloca-
dos no solo a diferentes distâncias.
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Exercício 8
Objetivo:
Aplicar o serviço por baixo em situação de jogo reduzido.
Descrição:
Jogo 1 x 1 em espaço reduzido utilizando a rede, iniciando
sempre com serviço por baixo, após o qual cada jogador pode
dar no máximo 3 toques;

Jogo 3 x 3 em espaço reduzido utilizando a rede, iniciando


sempre com serviço por baixo, cada jogador não pode dar
toques sucessivos, podendo ser o número máximo de toques
por equipa de 3.

Jogo 3 x 3 em espaço reduzido utilizando a rede, iniciando


sempre com serviço por baixo, cada jogador não pode dar
toques sucessivos, podendo ser o número máximo de toques
por equipa de 3.

Serviço por cima


Exercício 1
Objetivos:
Desenvolver a noção do lançamento vertical da bola;
Desenvolver a precisão de lançamento.
Descrição:
Efetuar diversos tipos de lançamentos verticais, parado e em
deslocamento, com 1 e 2 mãos. Diferentes trajetórias, altas e
baixas.

Exercício 2
Objetivo:
Desenvolver a precisão de lançamento.
Descrição:
Parado lança a bola verticalmente com a mão esquerda,
fazendo­‑a cair em frente ao pé direito.

Exercício 3
Objetivos:
Desenvolver a precisão de lançamento;
Introduzir a coordenação lançamento/batimento.
Descrição:
Parado lança a bola verticalmente com a mão esquerda e
agarra a bola com as duas mãos no ponto mais alto.

Exercício 4
Objetivo:
Desenvolver a coordenação lançamento/batimento.
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Descrição:
Junto à parede, lança a bola com a mão esquerda, e bate a
bola no ponto mais alto contra a parede. Aumentar progressi‑
vamente a distância à parede.

Exercício 5
Objetivo:
Desenvolver o gesto global de serviço.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos: Servir por cima da rede para o campo
adversário – 3 / 6 / 9 metros.

Exercício 6
Objetivo:
Desenvolver o gesto global de serviço e a sua precisão.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos: servir por cima da rede, para o campo
adversário e para alvos pré determinados.

Exercício 7
Objetivo:
Desenvolver a precisão e a variabilidade do serviço.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos: servir de diferentes zonas da linha
final para diferentes zonas do campo adversário.

Exercício 8
Objetivos:
Desenvolver a precisão e o sentido tático;
Criar a pressão competitiva.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos: Jogos de serviço. Servir para zonas
alvos do campo adversário com pontuações diferenciadas –
n.º/ tempo.

Remate
Exercício 1
Objetivo:
Introduzir a zona de batimento e movimento do braço domi‑
nante.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza batimentos na bola,
segurando­‑a com uma mão e armando o membro superior
dominante atrás, golpeia a bola para o chão;
Exercício idêntico ao anterior, mas agora o batimento é execu‑
tado sempre contra a parede.

Exercício 2
Objetivo:
Introduzir a flexão do pulso, com membro superior estendido.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza batimentos contra a parede,
só com a flexão do pulso;
Em grupos de 2 alunos realiza batimentos por cima da rede, só
com a flexão do pulso.

Exercício 3
Objetivo:
Coordenar o braço dominante com braço não dominante.
Descrição:
Cada aluno com uma bola realiza batimentos contra a parede.
O braço não dominante aponta a bola e o braço dominante
golpeia­‑a, em extensão completa.
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Exercício 4
Objetivos:
Adquirir velocidade no movimento dos membros superiores
para a frente e para cima;
Adquirir o movimento completo dos membros superiores, em
coordenação com o último passo.
Descrição:
Em grupos de 2 alunos com distanciamento de um braço: O
aluno (A) lança bola e o aluno (B) com os membros superiores
recuados, efetua o balancear dos mesmos e salta para agarrar
a bola no ponto mais alto, na 1.ª vez e atacar na 2.ª vez;
Igual ao anterior, mas parte com os membros superiores à
frente.

Exercício 5
Objetivo:
Introduzir a corrida de aproximação, remate com os dois últi-
mos apoios (destros: direito/esquerdo).
Descrição:
Igual ao anterior, mas utiliza os últimos os dois últimos apoios
(destros: direito/esquerdo).

Exercício 6
Objetivo:
Adquirir o movimento completo.
Descrição:
Com auto lançamento cada aluno com uma bola realiza movi-
mentos de ataque contra a parede;
Com auto lançamento cada aluno com uma bola realiza movi-
mentos de ataque por cima da rede.

Exercício 7
Objetivo:
Adquirir o movimento completo com bolas passadas pelo dis-
tribuidor.
Descrição:
Cada atleta com uma bola realiza movimentos de ataque por
cima da rede.

Situação de jogo
O aluno, antes de chegar à situação de jogo 4 x 4, deve vivenciar
as situações de jogo 1 x 1, 3 x 3.

Jogo 1 x 1
Exercício 1
Objetivo:
Promover o maior contacto com bola.
Descrição:
Jogo 1 x 1, em espaço reduzido utilizando a rede, iniciando
sempre com serviço por baixo, após o qual, cada jogador pode
dar no máximo 3 toques. Podendo utilizar todos os elementos
técnicos abordados anteriormente (serviço por baixo, man-
chete, passe e remate);
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Jogo 3 x 3
Nesta situação deve­‑se colocar os alunos no campo da seguinte
forma: 1 : 2 (um aluno mais avançado – distribuidor; dois alunos
mais recuados – recebedores atacantes).
A este nível escolar privilegiamos a colocação dos alunos 1 : 2,
porque é o que tem maior transferência para o jogo 4 x 4 e 6 x 6.
Facilita o controlo da bola e a probabilidade do aumento do
tempo de sustentação, isto porque, o distribuidor está numa
zona central e é mais fácil enviar a bola na situação de receção
e defesa. Alem disso, permite duas opções de ataque (zona 4 e
2), o que, do ponto de vista da evolução do jogo e conteúdo
tático, é muito importante.

Exercício 1
Objetivos:
Definir papéis em jogo;
Introduzir o distribuidor e recebedor/atacante.
Descrição:
Sustentação de bola 3 x 3 em espaço reduzido, utilizando a
rede e iniciando sempre com serviço por baixo. O jogador que
dá o 1.º toque pode dar o 3.º toque. O jogador que dá o 2.º
toque (distribuidor) pode passar para ambos os atacantes. É
obrigatório dar 3 toques;
Jogo 3 x 3 em espaço reduzido iniciando sempre com serviço
por baixo.

Jogo 4 x 4
Nesta situação deve­‑se colocar os alunos no campo da seguinte
forma: 1 : 2 : 1 (um aluno mais avançado – distribuidor; dois alu‑
nos intermédios – recebedores atacantes; 1 aluno mais recuado
– defesa ou recetor).

Exercício 1
Objetivos:
Introduzir o sistema de receção e o de bloco/defesa;
Introduzir a proteção ao ataque e bloco.
Descrição:
Sustentação de bola 4 x 4 em espaço reduzido, utilizando a
rede e iniciando sempre com serviço por baixo. O jogador que
dá o 1.º toque pode dar o 3.º toque. O jogador que dá o 2.º
toque (distribuidor) pode passar para ambos os atacantes. É
obrigatório dar 3 toques;
Utilizar o sistema de receção e o de bloco/defesa;
Utilizar a proteção ao ataque e bloco;
Jogo 4 x 4 em espaço reduzido iniciando sempre com serviço
por baixo.

Z2

Z3

Z1

S Z4
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Modalidade de categoria E
Sites de interesse:
Federação Portuguesa de Corfebol – www.fpcorfebol.pt

Breve síntese histórica


O corfebol surgiu na Holanda em 1902, inventado por Nico
Broekhuysen, inspirado num jogo sueco denominado ringboll.
“Naquela altura a Associação de Educação Física de Amester‑
dam solicitava um jogo que pudesse ser praticado por jovens de
ambos os sexos, não fosse muito dispendioso, solicitasse uma
atividade física geral e que fosse atraente para os jovens. Um
jogo com estes requisitos não existia mas Broekhuysen sentiu
tê­‑lo encontrado na Suécia...”
Teve uma boa aceitação e expansão da modalidade logo após a
sua apresentação, e em 1903 constitui­‑se a Associação Holan‑
desa de Corfebol. Nos anos seguintes a atividade desenvolveu­
‑se essencialmente na Holanda e junto dos mais jovens, vindo
progressivamente a aumentar a sua popularidade e o número de
praticantes.
Em 1920, foi apresentada como modalidade de demonstração
nos Jogos Olímpicos. Nessa altura a Bélgica inicia a sua prática
e este devido à sua proximidade geográfica com a Holanda
depressa se desenvolveu, levando à formação da Associação
Nacional em 1921. Oito anos mais tarde, foi novamente modali‑
dade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em
1928.
Em 1933 a modalidade sofre um novo impulso com a criação da
I.K.F. (International Korfball Federation). Após a Segunda Guerra
Mundial, inicia­‑se o processo de divulgação a nível mundial, que
começou pela Grã­‑Bretanha, Dinamarca, Alemanha, Espanha,
Estados Unidos, Austrália... Até aos dias de hoje tem vindo a
aumentar progressivamente o número de países que aderem à
I.K.F.

Em Portugal
O início do corfebol em Portugal remonta a 1982. Nesse ano foi
realizada uma ação de divulgação de jogos tradicionais em que
foi apresentado o corfebol, tendo o professor Jorge Calado for‑
mado o primeiro núcleo de corfebol na sua escola.
Só no ano de 1985 foi realizada, no ISEF de Lisboa (atualmente
denominada Faculdade de Motricidade Humana), a primeira
ação de formação especificamente sobre corfebol, tendo sido
criado o primeiro núcleo de corfebol com alunos e professores
do ISEF, que mais tarde foi enquadrado no ISEF Agon Clube.
Assiste­‑se a uma fase de grande divulgação e desenvolvimento
da modalidade, conduzida por Mário Godinho e Jorge Calado.
Na época de 1988­‑1989 realizou­‑se o primeiro Campeonato
Nacional e em março de 1991 foi criada a Federação Portuguesa
de Corfebol.

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