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Guia do Professor
Modalidade de categoria A
Sites de interesse:
Federação Portuguesa de Andebol – www.fpa.pt
www.inf.info
www.eurohanball.com

Breve síntese histórica


Dos desportos de expressão universal, o andebol é, segura-
mente, o mais recente, e talvez dos poucos da atualidade que
não pro­vêm da escola anglo-americana.
As origens do andebol moderno datam de finais do século XIX.
Em 1909, um professor alemão, Carl Schelenz, dá forma àquele
que definitivamente se transformaria no jogo atual, quer no
nome, quer na sua essência. Designou-o de HANDBALL, pala-
vra alemã que significa “bola com a mão”, inspirado principal-
mente no futebol. As regras eram idênticas, jogando-se num
terreno retangular de 40 por 20 metros.
Era, por esses tempos, jogado em grandes estádios de futebol, na
versão de 11 jogadores, e o facto de alcançar progressiva­mente
grande notoriedade, expressa pelo crescente número de jogos
amigáveis internacionais, faz surgir a necessidade da criação de
um organismo internacional, o que acabou por suceder em 1928,
por altura da realização dos Jogos Olímpicos de Amesterdão.
Pela sua espetacularidade, o novo desporto consegue prender o
interesse popular, sendo, por isso, incluído no programa olímpico,
na modalidade de 11 jogadores, fazendo a sua estreia nos Jogos
de 1936, realizados em Berlim, como modalidade escolhida pelo
Comité Organizador e de que a equipa alemã saiu vencedora.
Entretanto, por força do clima rigoroso dos países do Norte e
Centro da Europa, que, durante o inverno, impossibilita a prática
de moda­lidades desportivas de exterior, houve necessidade de
criar uma forma alternativa do jogo que pudesse ser praticada
nos giná­sios e que servisse de preparação para as equipas,
como manu­tenção da sua forma desportiva para quando reen-
trassem em competição.
Esta versão reduzida do jogo, retomando alguns dos elementos
de iniciativas anteriores, como o Raffbballspiel, o Hazena ou o
Torball, em que as equipas eram compostas por sete jogadores
e com algumas adaptações das regras, passou a ser designada
por variante ou andebol de sete ou andebol de sala e foi
ganhando maior expressão e aceitação, quer em termos de
jogadores quer em termos de espectadores.
Durante um período de pouco mais de 40 anos, as duas “moda-
lidades” do jogo tiveram um percurso paralelo, de coexistência,
durante o qual a predominância de uma sobre a outra se foi
acentuando com o decorrer dos anos, para o lado da variante.
Em 1938, teve lugar, pela primeira vez, o Campeonato Mundial
de Andebol, na Alemanha, conjuntamente em onze e em sete.
Após este mundial regista-se um interregno de dez anos, por
força da Segunda Guerra Mundial.
A partir dos anos 50 do século XX, o andebol clássico ou de
onze começa a decrescer de interesse, ao contrário da variante
de sete, que recebe um forte impulso devido às suas caracte-
rísticas de velocidade e dinamismo, para além da comodidade
de espec­ta­dores e jogadores.
O reconhecimento internacional, enquadrando o Programa Olím-
pico, deu-se a partir dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972,
unicamente no setor masculino, pois o feminino teve de esperar
mais um ciclo olímpico, iniciando no ano de 1976, em Montreal, a
sua participação na maior competição desportiva mundial.
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Situações de aprendizagem

1 Aluno com bola, de joelhos sobre a linha de saída, executa


remate à baliza com abertura de ângulo.

2 Aluno com bola, colocado sobre a linha final, após impulsão


em direção aos 7 m, realiza o remate.

3 Aluno colocado sobre a interceção das linhas lateral e final, após


três passos, impulsão em direção aos 7 m, realiza o remate. Inicial-
mente, o aluno deve realizar o remate sem ser precedido de passe.
Caso seja necessário, pode-se marcar no solo os passos (esq.°/
dir.to/esq.° ou dir.to/esq.°/dir.to).
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Situações de aprendizagem

1 Grupos de dois alunos, frente a frente, de joelhos, realizam o


passe, seguido de queda frontal ou lateral, consoante o movi-
mento realizdo.

Idêntico ao anterior, mas com queda lateral.

2 Grupos de dois alunos com bola e um colchão afastados cerca


de 5/6 m. O aluno que está próximo do colchão faz passe em
queda, enquanto que o colega realiza passe de ombro; trocam de
posição após determinado tempo ou número de repetições.
3 Grupos de dois alunos com bola. O aluno pivô está junto da
linha dos 6 m, com bola, e o colega junto da linha dos 9 m.
Após passe ao seu colega, desloca-se lateralmente 2/3 m e
recebe a bola do seu colega, finalizando.
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Situações de aprendizagem

1 Aluno, com a bola na mão, de joelhos no solo sobre a linha


final, bascula para dentro do campo, com a bola controlada,
em direção à linha de 7 m, e remata.

2 Aluno, com a bola na mão, em corrida, após três passos, efe-


tua o remate em basculação.
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Situações de aprendizagem

1 Cada aluno, com uma bola, após três passos, realiza um


remate de anca; colocar um obstáculo (ex.: baliza virada, col-
chão ao alto) para evitar que rematem por cima.
2 Situação idêntica à anterior, com o obstáculo substituído por
um aluno com os m. s. em elevação (passivo).

1 Cada aluno, com uma bola, após três passos, realiza um


remate por baixo; colocar um obstáculo (ex.: barreira de atle-
tismo) para evitar que rematem por cima.

Situações de aprendizagem

PE PD

1
3
2

LE LD
1 Jogadores colocados nas posições específicas PE – LE – LD – PD
realizam passe e trocam de funções entre LE – LD e PE – PD.

4 1
5
3 2

2 A mesma situação, com todos os jogadores nas suas posi-


ções, mas sem trocas, passa e vai para trás da coluna.

Nota
Só o central pode passar a bola ao pivô, que, por sua vez, a
passa ao ponta…
PE – Ponta esquerda LD – Lateral direito
LE – Lateral esquerdo PD – Ponta direita
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3 A mesma situação com defesa posicionada


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Situações de aprendizagem

3
1 4
2

1 Grupos de dois elementos, à largura ou em toda a extensão


do campo, realizam sucessivos cruzamentos.

4
2
3
1

2 Grupos de dois elementos, direcionados para a baliza;


o jogador de posse da bola (o que vai rematar) passa ao
colega, que se desloca na direção da baliza, cruza por trás do
mesmo, recebe a bola e remata.

1 1
2 2
4 4
3 3

3 Situação idêntica à anterior, mas agora com dois grupos na


mesma baliza.

3
4
5 2
1

4 Grupos de três elementos, bola no extremo, que passa ao


lateral mais próximo, iniciando o cruzamento nas suas costas,
recebe a bola e passa ao lateral contrário, que remata. O exer-
cício deve ser executado nos dois lados simultaneamente.

5 Grupos de quatro ou mais elementos, bola no lateral


esquerdo, que avança em drible, passa ao extremo-
-esquerdo, que, entretanto, cruzou nas suas costas e envia a
bola para o lateral contrário (direito). O extremo‑esquerdo
cruza nas costas do respetivo lateral, recebe a bola e passa-a
novamente ao lateral esquerdo. Os jogadores retomam sem-
pre as suas posições iniciais.
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1
2
3

6 Grupos de dois elementos na posse da bola e um defensor.


Estes dois elementos, após efetuarem o cruzamento, rematam

4
3
1 2

7 Grupos de dois elementos na posse da bola e dois defensores.

Situações de aprendizagem

1 1
2 2

1 Alunos dispostos em várias colunas, na posse da bola, e dois


jogadores pivôs; após início do drible pelos primeiros, os
segundos efectuam a posição de bloqueio a um cone, recebem
a bola após a finta do primeiro e rematam.

3 2

2 O aluno que efectua o primeiro passe desloca-se para o cone,


recebendo de novo a bola enquanto o colega cruza nas suas
costas. Este recebe novamente a bola, após o bloqueio, e
remata.

1 1

2
2 3
3

3 Situação idêntica à primeira, mas com a presença de defen-


sores (passivos).
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3
2

4 Jogo de 2 * 1, sempre com um pivô.

1
2 4
3

5 Jogo de 3 * 2, com a inclusão de um pivô.


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Situações de aprendizagem
Ajuda defensiva
1 3*2

Três atacantes contra dois defensores, onde estes últimos têm


de “anular” a ação do ataque…

2 3*3
Três atacantes contra três defensores, onde estes últimos ten-
tam impedir a ação do ataque…
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Situações de aprendizagem

1 Grupos de dois alunos com bola; o aluno na posse da bola


(vai rematar) passa-a ao colega que se desloca para a zona
central e recebe-a do mesmo, rematando por cima dele.

2 Três colunas, uma central, sem posse da bola, e duas late-


rais, com posse da bola; os alunos laterais passam a bola ao
central que, em deslocamento, recebe-a e devolve-a quando se
encontra à frente do cone, rematando o colega por cima dele.

3 Idêntica à primeira situação, mas com um defensor.

4 Idêntica à segunda situação, mas com a introdução de dois


defensores.
Variante: colocar um outro defensor (A) no meio, que se des-
loca para ambos os lados.

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