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Aluno(a): Nº
1° ano __________ Ensino Médio Data: ___/ ___/ 2022
Prof. André Luis Stella Valor 10,0 Nota: Ciente:
Conteúdos: Ecologia e Conservação das Espécies
ATIVIDADE AVALIATIVA PRESENCIAL - BIOLOGIA
Matheus frequenta diariamente um projeto social em seu contraturno escolar, que ocorre em um espaço bem arborizado na periferia
de Embu das Artes, próximo à divisa com Cotia, município do estado de São Paulo. Ele é um menino bem levado que adora brincar na
área externa em seus momentos livres, e está sempre sobre as árvores. Durante uma tarde, em seu momento livre, Matheus avistou
uma ave que estava pousada em um galho alto, nos fundos do espaço da instituição. Chamou seus amigos para olhar e todos gritavam:
— Tem uma galinha em cima da árvore, precisamos tirá-la de lá!
Enquanto isso, outros colegas já estavam pegando pedrinhas para arremessar no animal.
Alguns amigos pediam para esses colegas pararem, enquanto Matheus e alguns outros corriam para chamar um educador e insistiam:
— Tem uma galinha em cima da árvore, precisamos tirá-la de lá. Os meninos estão tacando pedra!
O educador foi até o local, mediou o conflito entre as crianças e informou:
— Pessoal, esta ave não é uma galinha, mas sim um Penelope obscura, seu nome popular é Jacuguaçu, também conhecido como
Jacu. É um animal silvestre nativo aqui do Brasil e está ameaçado de extinção. Não precisamos tirá-lo daí, temos que observar de longe.
Quando a ave quiser, sairá de lá.
Em seguida, o intervalo acabou e as atividades voltaram à rotina normal. Matheus rapidamente tirou uma foto com seu celular,
pois havia se encantado com o tamanho daquela ave e sua semelhança com uma galinha.
Quando o menino chegou em casa, correu para chamar seu avô José e lhe mostrou a foto do pássaro que tinha visto na tarde
daquele dia:
— Olha, vovô, esse passarinho que eu vi hoje, parecia com uma galinha; mas não é, ele chama Jacu! Ele era tão grandão!
José, então, responde:
— É uma linda ave mesmo, meu filho, o vovô via aos montes por aqui, quando seu pai ainda era pequeno!
Matheus diz:
— Eu não acredito, vovô, foi a primeira vez que eu vi!
José responde:
— É netinho, as coisas mudaram bastante, quase não vemos mais o Jacu.
Matheus questiona:
— O que aconteceu que fez com que eles sumissem?
AO TRABALHO!
Abaixo seguem algumas informações que podem lhe ajudar a resolver algumas questões.
Jacuguaçu
O jacuguaçu é uma ave galliforme da família Cracidae.
Também conhecido como jacu-velho (Rio Grande do Sul), jacuaçu, jacu e jacupixuna.
Penelope obscura
Nome Científico
Seu nome científico Penelope obscura significa: do (latim) pene = quase; e do (grego) lophos = crista; e do (latim) obscurus = escuro,
sombrio. ⇒ Ave escura com crista parcial.
Características
Espécie meridional de tamanho avantajado, medindo 68 a 75 centímetros e pesando 1.000 a 1.200 gramas (SIGRIST, T., 2009).
Coloração verde-bronze bem escura; manto, pescoço e peito finamente estriados de branco; pernas anegradas. O macho possui a
íris vermelha, ao contrário da fêmea. Espécie grande e barulhenta, notável pelo ruído esquisito e fortíssimo que produz com as asas
enquanto voa.
É por vezes confundida com o jacupemba (Penelope superciliaris). O jacuguaçu é maior, mais escuro e possui a íris castanha. O
jacupemba é menor que o jacuguaçu, possui o dorso mais claro (tons de marrom, com bordas das asas ferrugíneas), sua íris é
avermelhada e há uma faixa branca/cinza clara na sobrancelha que lhe dá o nome específico (P. superciliaris).
Alimentação
Embora habite matas, desce em campo aberto para se alimentar. É predominantemente frugívoro, e nisto altamente especializado,
de acordo com Sigrist (2009), embora alimente-se também de folhas, brotos, grãos e insetos. Dentre as frutas de árvores nativas,
essa espécie de ave é muito atraída por frutos de araçá. Defeca as sementes intactas. O mesmo ocorre com o butiá-da-serra (Butia
eriospatha), nas regiões serranas do RS, de SC e do PR.
Bebe na beira dos rios. O ato de beber se assemelha ao dos pombos, é um processo de sugar, com o bico mantido dentro d'água,
notando-se a ingestão do líquido pelo movimento rítmico da garganta.
Reprodução
É monogâmico, o macho dá comida à sua fêmea, virando e abaixando gentilmente a cabeça, como os pais alimentam os filhos. O
casal acaricia-se na cabeça. Conhece-se pouco sobre as cerimônias nupciais dessas aves. O par faz um ninho pequeno nos cipoais, às
vezes no alto das árvores ou em ramos sobre a água ou ainda em troncos caídos; aproveita também os ninhos abandonados de
outras aves. Pode instalar-se sobre um galho entre gravatás cujas folhas ela pisa, obtendo assim um ninho. Põe três ovos grandes,
uniformemente brancos. O período de incubação é de 28 dias, geralmente entre os meses de outubro a março. As ninhadas são de
dois a três filhotes.