Você está na página 1de 24

Coordenação:

Chefe Maria Clara Morais Ribeiro


O álcool na sociedade

O álcool é uma substância atraente, já que os seus efeitos imediatos em


doses moderadas são percebidos pelo consumidor como agradáveis e, na
maioria dos casos, até desinibidor no convívio social .

Contudo
por
vezes

Quem está embriagado causa muitos problemas, constituindo, por


vezes, um perigo para os outros e para si mesmo.
O álcool na sociedade

O consumo abusivo de álcool é um problema complexo.

1. Afeta negativamente o consumidor.


2. Afeta negativamente terceiros (familiares,
amigos, colegas de trabalho…).
3. Impacta o Sistema Judicial e de Saúde.

Muitas das intervenções policiais encontram-se


relacionadas com o consumo de álcool.
O álcool na sociedade

Os familiares de consumidores dependentes do álcool, têm o seu bem-


estar, quer físico como emocional, e a sua saúde mais fragilizados.

Numa grande parte destas situações, antes de recorrerem ao


sistema de saúde ou outras instituições de apoio, os familiares
solicitam auxílio junto da Polícia.

Desespero Medo Cansaço Agressividade


A ação Polícia face aos consumidores

O indivíduo embriagado não é um criminoso – salvo se cometeu atos


dessa natureza. O uso da força fica limitado, entre outras razões, pela
atitude que tomaria o público face a um profissional de polícia que grita
ou maltrata um alcoólico que não pode entender ou defender-se.
A ação Polícia face aos consumidores

• Tentar despertar, encaminhar ou acalmar quem está embriagado,


mas com cuidado, já que debaixo do efeito do álcool não se
raciocina, logo a paciência e o bom senso são fundamentais.
A ação Polícia face aos consumidores

Quando uma pessoa embriagada mostra o desejo de ir para casa,


mas não é capaz de dar indicações adequadas nesse sentido:

• Não se deve rebuscar nos seus bolsos, a menos que existam


testemunhas (e que sejam identificadas) e, neste caso, não há o
perigo de o indivíduo uma vez sóbrio, acusar o profissional de
polícia de o roubar.

• Não permitir que caminhe sozinho se existirem muros, pontes,


depósitos de água, muito trânsito, ou na proximidade de qualquer
obstáculo perigoso.
A ação Polícia face aos consumidores

Quando uma pessoa embriagada mostra o desejo de ir para casa,


mas não é capaz de dar indicações adequadas nesse sentido:

• É boa solução que algum vizinho, familiar ou amigo o acompanhe a


casa, tal pessoa deve ser conhecida para que não exista o perigo de
algum mal acontecer ao indivíduo alcoolizado.
Deteção

• Existem os consumos de risco


• Existem os consumos nocivos
• Existe dependência no consumo
A ação Polícia face aos consumidores

Como agir
Onde recorrer

S.A.A.P. (organização não governamental de prevenção dos problemas do


álcool e apoio aos alcoólicos em recuperação Rua Febo Moniz, 13 - 1º
andar 1150-152, Lisboa Tlf: 213571483.

Linha Vida – 1414 (das 10h às 18h)

SICAD-Serviço de intervenção nos comportamentos aditivos e nas


dependências, sicad@sicad.min-saude.pt. Telf.211119000.

UTITA-Unidade de tratamento intensivo toxicodependências e


alcoolismo, Base naval de lisboa, Alfeite
O consumo de álcool nas Polícias

-Normalização do abuso do consumo

A vida profissional de um
Agente da Polícia, é
-Situações stressantes e traumáticas
complexa e por vezes
complicada

-Stress Pós-Traumático aumenta o


consumo
O consumo de álcool nas Polícias

Procurar auxiliar o elemento.

Não o julgar, nem distanciar.

O que fazer?

Apoiar e compreender.

Encaminhar para os meios de apoio


(internos e externos).
A Polícia e os agentes psicotrópicos

Durante muito tempo foi assunto “tabu”.

Numa perspetiva histórica, verifica-se que a droga atravessa a


trajetória de todo o processo histórico-cultural dos povos,
assumindo
tripla dimensão:
•Mercadoria

•Lúdica e Terapêutica

•Objeto e Causa de Criminalidade


A Polícia e os agentes psicotrópicos

A passagem dos toxicodependentes para a condição de doente levanta


uma panóplia de problemas, porque a lei continua a considerá-los,
pessoas que cometem atos condenáveis e juridicamente puníveis como
crimes.

Princípio da legalidade

Obriga o profissional de polícia a denunciar ao Ministério Público todos


os ilícitos criminais que o toxicodependente cometa, contudo, a
condição de doente, exige um tratamento pautado por um espírito de
compreensão e de tolerância.
Compreender os sinais

Em estado de carência de droga, ou seja, no período denominado


“ressaca”, tem toda a sua vontade e determinação voltados para, a todo
o custo, conseguir obter droga.

Mostra sinais de nervosismo, ansiedade,


medo e desconfiança, apresentando sempre
um ar suspeito sobretudo quando está
perante uma autoridade policial.
Compreender os sinais

Distante, apático, inerte e como que


anestesiado, sendo habitual uma atitude
lasciva e despreocupada para com os
profissionais de polícia.

Esta atitude não deverá, ser entendida como falta de


respeito. Contudo, por vezes, o toxicodependente
pode ser irrefletidamente violento, o que é originado
pelas bruscas alterações do seu estado mental.
Compreender os sinais

Referem-se alguns SINTOMAS, em termos gerais, dos


mais importantes para as Forças Policiais:

 Delírios e alucinações
 Espasmos musculares (que podem
originar reações violentas);
 Convulsões e vómitos;
 Tremores e suores;
 Hipertensão e arritmias; Necessidade
imperiosa de urinar ou defecar
Atuação das Forças de Segurança

Não esperar pedido de ajuda. A iniciativa de ajudar deve partir dos


elementos das Forças Policiais.

Comunicar é encurtar distâncias. É aproximar. É fundamental


perceber que este é o primeiro passo.

Ser firme mas sensato. A firmeza e constância são úteis para que, no
diálogo com o toxicodependente ele perceba, ainda assim, que o seu ato
é eticamente censurável.
Atuação das Forças de Segurança

Melhorar o relacionamento, que deve e pode ser facilitado e


melhorado.

Ignorar a situação não é solução.


Atuação das Forças de Segurança
Primeira linha de atendimento, “os primeiros socorros”.
• Reduzir os estímulos externos – barulho, luz, movimentos repentinos,
agitação;

• Perceber que ele(a) não lhe quer, dolosamente, fazer mal quando é
violento;

• Saber que, normalmente o toxicodependente tem grande capacidade de


manipulação e vitimação;

• Perceber que quando está eufórico, não está a gozar connosco;

• Falar com muita calma e paciência, pois ele não está em estado de
compreender com facilidade a sua linguagem;
Atuação das Forças de Segurança
Primeira linha de atendimento, “os primeiros socorros”.

• Mantê-lo num local arejado e minimamente reservado (mas vigiado);

• Mantê-lo sempre que possível em movimento;

• Falar com ele regularmente para manter ativos os seus sinais vitais
quando estiver sonolento;

• Preparar-se para mudanças bruscas de comportamento;

• Usar luvas de látex ou lenço para pegar nos seus objetos de uso
corrente e não facilitar na manipulação de objetos de uso específico no
consumo de estupefacientes.
Atuação das Forças de Segurança
Primeira linha de atendimento, “os primeiros socorros”.

• Tomar a iniciativa de informar o toxicodependente sobre as instituições


que pode recorrer para tratamento;

• Encaminhar o toxicodependente para o Centro de Atendimento de


Toxicodependentes (C.A.T.) da área, ou para o Hospital em caso da
situação ser preocupante.

• Comunicar a situação aos familiares ou amigos.

• Em suma, não esquecer que está perante um doente muito fragilizado


O álcool e o consumo de estupefacientes, são sempre
o caminho mais fácil, para tornar a vida mais difícil.
OBRIGADA (O) PELA VOSSA ATENÇÃO.

Você também pode gostar