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E. E.

DOUTOR JOSE MARIA WHITAKER

4º TRABALHO DE DEPENDÊNCIA DE FÍSICA

THUANY LOPES DE OLIVEIRA

PARTÍCULAS ELEMENTARES; ELETRÔNICA E INFORMÁTICA

SÃO PAULO
OUTUBRO DE 2022
PARTÍCULAS ELEMENTARES

Do átomo grego aos quarks

A palavra “átomo” vem do grego (a=não, tomo=divisão) e significa “algo que


não pode ser cortado”, pois se acreditava que átomos eram indivisíveis e a matéria
era composta por essas minúsculas partículas elementares, de várias formas e
tamanhos.
No começo dos anos trinta, do século passado, acreditava-se que a estrutura
do átomo estava bem estabelecida, assim como a do núcleo. Nesse período, sob
hipótese de Wolfgang Pauli, em 1931, os componentes básicos da matéria eram
considerados os elétrons, prótons, nêutrons e neutrinos.

Assim, acreditava-se que o núcleo era constituído de prótons e elétrons, com


excesso de prótons para explicar sua carga positiva. No entanto, essa possibilidade
foi descartada após mediações do spin nuclear.

Alguns anos mais tarde, Hideki Yukawa propôs a existência de uma nova
partícula que seria mediadora da interação a qual manteria nêutrons e prótons
coesos no núcleo. Isso porque a interação entre prótons e nêutrons deveria ser
mediada por alguma partícula, isto é, prótons e nêutrons interagiriam trocando uma
partícula. Tal partícula recebeu o nome de méson p, ou píon. Em 1936, outra
partícula foi encontrada e denominada de múon, semelhante ao elétron, porém, 200
vezes mais pesada.

Contudo, notou-se a necessidade de evidenciar a conexão básica existente


entre partículas de diferentes famílias, a qual, mais tarde, foi denominada de
classificação octal.

E finalmente, buscando refinar essa classificação octal, os físicos Murray Gell-


Mann e George Zweig, concluíram que padrões do caminho óctuplo resultariam de
forma natural se algumas partículas fundamentais do átomo fossem ainda mais
fundamentais. Essas partículas, portanto, foram denominadas de quarks.

Definições

A existência de quarks foi proposta apenas em 1964, quando o físico Murray


Gell- Mann, do California Institute of Technology, descobriu que, para explicar as
propriedades dos prótons e nêutrons, era necessário que fossem compostos de
partículas menores.

Contudo, sua existência só foi confirmada entre 1967 a 1973, com


experimentos realizados no Stanford Linear Accelerator Center.
Figura 1 – Quarks

Descobriu-se, então, que se trata de uma partícula elementar e um dos dois


elementos básicos que constituem a matéria. Os Quarks se combinam para formar
partículas compostas denominadas de hádrons. Os mais estáveis desse tipo são os
prótons e os nêutrons, que são os principais componentes dos núcleos atômicos.

Sua existência nunca se dá de forma isolada, visto que um quark está sempre
associado a outro. Neste sentido, os quarks podem ser observados, mas nunca
isolados, isso significa que, não é possível tirar um quark do núcleo e examiná-lo.

Para isso, é necessário utilizar aceleradores de partículas.

Tipos de quark

Os quarks são divididos em seis tipos, todavia, apenas dois fazem parte da
composição dos prótons e dos nêutrons. Os outros quatro tipos de quarks existiram
apenas durante os primeiros momentos da criação do Universo e, só é possível
recriá-los através de aceleradores de partículas.

Figura 2 - Estrutura de um quark


São eles:

• Up (para cima) – O mais leve dos tipos. Um próton possui dois Up em


seu interior e um nêutron possui um.
• Down (para baixo) – Atua em dupla com o Up na constituição da
matéria. Um próton possui um Down e um nêutron possui dois.
• Charm (charme) – é maior que o Up e que o Down, entretanto, só é
perceptível em aceleradores de partículas.
• Strange (estranho) – é o par do Charm e muito pesado para
permanecer inteiro na natureza. Existiu apenas nos primórdios da
criação do Universo.
• Top (topo) – é o mais pesado dos quarks e sua massa é igual a de um
átomo de ouro.
• Bottom (fundo) – Do mesmo modo que os anteriores, é muito pesado
para os dias de hoje. Tendo uma duração nos aceleradores de apenas
um milionésimo de milionésimo de segundo.

Propriedades

Os quarks possuem duas propriedades importantes: o sabor e a cor.


Entretanto, não há nenhuma relação com alimentos, são apenas analogias utilizadas
para um melhor entendimento.

Quanto aos sabores, são divididos em seis, explanados acima, sendo: Up,
Down, Charm, Strange, Top e Bottom. já quanto as cores, podem ser: Red, Green e
Blue.

Quarks têm cor?


As partículas elétrons, prótons, néutrons e quarks estão sob o Princípio da
Exclusão de Pauli, o qual determina que duas partículas do mesmo tipo não podem
ocupar o mesmo estado quântico, isso quer dizer que dois ou mais quarks do
mesmo sabor (tipo) não podem ocupar o mesmo estado.

Como resultado disso, um físico chamado Oscar Greenberg sugeriu que os


quarks possuíam uma outra propriedade, análoga à carga elétrica, mas com três
variedades ao invés de duas (positiva e negativa). Essa propriedade foi chamada de
cor, tendo suas três variedades chamadas de vermelho, verde (ou amarelo) e azul.

Portanto, a cor é a natureza da matéria, assim como a carga elétrica também


é a natureza da matéria. Algumas partículas são coloridas, outras não. Léptons não
tem cor, eles são “brancos”. Quarks são coloridos.

O conceito que os quarks têm como propriedade de cor resolve o problema


das partículas formadas pelo mesmo quark, uma vez que, com mais de uma
propriedade existente, elas não são mais as mesmas.
Partículas Subatômicas

Partículas subatômicas, também chamadas partículas elementares, são as


unidades fundamentais da matéria e da energia, menores que um átomo.

Figura 3 - Partículas subatômicas

O átomo era um sistema composto, formado por uma nuvem de elétrons


girando em torno de um pequeno centro pesado, o núcleo atômico. Mais tarde,
verificou-se que esta nuvem de elétrons apresentava diferentes estados e níveis de
energia, formando os fótons. Dessa forma, ao fim da década de 1920, a teoria
atômica já compreendia elétrons, núcleos e fótons como partículas elementares.

Já no início da década de 1930, outra comprovação importante: o núcleo era


composto por partículas ainda menores, denominadas de núcleons. Observou-se
que alguns tinham carga de energia positiva, enquanto outros tinham carga nula.
Assim, foram chamados de prótons e nêutrons.

Novas partículas

Em meados da década de 1960, pesquisadores comprovaram que prótons e


nêutrons, partículas formadores do núcleo dos átomos, também compunham-se de
partículas ainda menores: os quarks. Assim, na década de 1980, acreditava-se que
os quarks, somados aos léptons, outra classe de partículas subatômicas;
constituíam os blocos fundamentais de toda matéria.

Portanto, os quarks são compostos de partículas com massa, carga elétrica e


spin semi-inteiro, que foram divididos em seis tipos e são, uma das partículas
subatômicas mais importantes.
Definição

Figura 4 - Partículas subatômicas

Para a química, partículas são fragmentos minimamente reduzidos da matéria


que, apesar das dimensões reduzidas, mantêm as propriedades químicas de uma
substância intacta. De forma geral, as partículas são elementos presentes em todas
as partes que compõe o universo.

Nesse sentido, partindo da singularidade das partículas, o conceito de


partículas subatômicas pode ser entendido como o nível de estrutura menor do que
um átomo. Também chamadas de partículas elementares, são unidades
fundamentais da matéria e da energia

Todo o conhecimento das propriedades e existência das partículas


subatômicas iniciou-se somente a partir do século XIX. Desde então, estudos
comprovam a existência de mais de 200 partículas, além de leis que governam suas
inter-relações.

É importante enfatizar que é difícil encontrar partículas subatômicas em seu


estado natural em nosso planeta, devido à sua instabilidade. Elas, geralmente, se
decompõem e dão lugar a outros tipos de partículas.

Por isso, foram criados aceleradores de partículas que funcionam como


dispositivos usados para imitar o comportamento natural das partículas
subatômicas.7
Tipos de partículas subatômicas

Figura 5 - Partículas subatômicas

Além dos nêutrons, elétrons e prótons, que são as partículas subatômicas mais
conhecidas, existem outros tipos de elementos com as mesmas condições.

7 partículas subatômicas mais importantes:

• Neutrino

Neutrino é uma partícula subatômica neutra, sem carga elétrica. Ou seja, que
não interagem com as demais partículas da natureza. Depois dos fótons, por
exemplo, o neutrino é considerado a partícula elementar mais presente em
todo o Universo.

Tal partícula se divide em três variedades, ou seja, o neutrino do elétron, o


neutrino do múon e o neutrino do tau. Nesse sentido, é importante destacar
que cada partícula lépton possui uma antipartícula, neste caso, um
antineutrino.

• Elétron

Os elétrons, aliás, foram as primeiras partículas subatômicas descobertas.


Eles são parte da constituição de um átomo e se localizam em movimento ao
redor do núcleo, nas camadas eletrônicas.

• Glúon

Essas partículas fundamentais agem como partículas de troca, fazendo uma


força forte entre os quarks. São responsáveis por levar a carga de cor da
interação forte, ou seja, interação entre quarks e glúons.
• Quarks

Tratam-se de partículas elementares e um dos dois elementos básicos que


constituem a matéria. Os Quarks formam partículas compostas, denominadas
de hádrons, que estão sempre associados uns aos outros. São divididos em
seis tipos:

Up – com carga de + 2/3

Down – com carga de – 1/3 constituem os prótons e os nêutrons

Charm – com carga de + 2/3

Strange – com carga de – 1/3

Bottom – com carga de – 1/3

Top – com carga de + 2/3, é aproximadamente 200 vezes mais pesado que
um próton.

• Bósons da força fraca

São formados pelos componentes W-, W+ e Z, os quais possuem mais de 86


vezes o peso de um próton inteiro. Inclusive, no início do Universo, foram
associados a outras partículas, que juntas formavam a eletrofraca.

• Fóton

São conhecidos como as partículas que formam a luz visível. A sua força
eletromagnética é a principal responsável por manter os elétrons em torno do
núcleo. Nesse sentido, é ela que determina as ligações químicas dos átomos
e moléculas.

• Gráviton

Em síntese, trata-se de uma partícula elementar hipotética, responsável pela


transmissão da força da gravidade na maioria dos modelos da teoria quântica.
É considerada hipotética por não ser, ainda, compreendida pela física
quântica.
Eletrônica e Informática

Semicondutores

Os semicondutores são componentes eletrônicos, fabricados principalmente


com silício, que possuem resistência intermediária entre condutores e isolantes.

Figura 6 – Semicondutor

Semicondutores são materiais que possuem condutividade intermediária,


entre condutores e isolantes. Esses pequenos dispositivos são impactantes na
sociedade atual, pois estão presentes em todos os aparelhos eletrônicos. A maioria
dos semicondutores é composta por silício, porém, o germânio também pode ser
utilizado por possuir propriedades em comum. São semicondutores o diodo, o LED e
o transistor.

Funcionamento

O silício possui quatro elétrons em sua camada de valência e estabelece


quatro ligações com os átomos vizinhos, criando uma rede cristalina. Como todos os
elétrons estabelecem ligações covalentes, eles não podem se mover, sendo assim,
não podem conduzir corrente elétrica, portanto, quando puro, o silício possui
condutividade próxima de zero. Essa condição pode ser alterada de duas formas:

Variando a temperatura: em baixas temperaturas, o silício apresenta as


camadas da banda de valência preenchidas por elétrons. Conforme se eleva a
temperatura, os elétrons da última camada “libertam-se” de sua ligação, tornando-se
elétrons livres que podem conduzir corrente elétrica.

Pelo processo de dopagem: consiste na adição de uma substância diferente


do silício, que pode ser denominada impureza. Com esse processo, é possível
controlar a concentração de portadores de carga e assim modificar as propriedades
elétricas do material.
Tipos de dopagem

A dopagem pode ser de dois tipos: N ou P

Tipo N – São adicionados ao silício átomos de fósforo ou arsênio. Esses


elementos possuem cinco elétrons na sua camada de valência, porém, ao serem
acrescentados à rede cristalina do silício, não é possível que todos esses elétrons
estabeleçam ligações. Fica, portanto, um elétron livre, que se caracteriza por possuir
carga negativa, por isso a denominação N. Pouca quantidade dessas impurezas já
possibilita a existência de elétrons livres suficientes para estabelecer corrente
elétrica.

Tipo P – as substâncias adicionadas podem ser o bório ou o gálio. Esses


elementos possuem apenas três elementos na última camada, que, quando se ligam
ao átomo de silício, deixam um “buraco”, ou seja, a falta de um elétron, o que
possibilita a passagem da corrente elétrica. Essa ausência tem a propriedade de
carga positiva, por isso o nome P.

Elementos básicos da microeletrônica

A microeletrônica é um ramo da eletrônica, voltado à integração de circuitos


eletrônicos, promovendo uma miniaturização dos componentes em escala
microscópica.

A área engloba tanto os processos de físico-químicos de fabricação de


circuitos integrados como o projeto do circuito em si. São considerados ramos desta
área, igualmente, o desenvolvimento de software de apoio ao projeto de circuitos,
modelagem de componentes, técnicas de teste, entre outras.

Os componentes utilizados na microeletrônica são construídos na escala de


mícrons ou mesmo nanômetros, tornando-se parte do ramo de
nanotecnologia. O conjunto de componentes usados para um mesmo projeto é
tipicamente chamado de circuito integrado (CI), ou ainda, "chip".

Alguns exemplos de circuitos integrados são memórias de computadores,


processadores, modems e conversores analógicos digitais.

Os circuitos integrados são produzidos em wafles, discos de silício,


normalmente de 300mm de diâmetro, sobre os quais são fabricadas estruturas
laminares, em um processo denominado fotolitografia.

Tipicamente, diversos circuitos eletrônicos (idênticos ou não) são fabricados


em um mesmo wafle por vez, de modo a ocupar toda a área disponível. Assim, um
circuito é mais caro pelo fato de usar uma maior área do wafle e,
consequentemente, tendo um menor número de circuitos por wafle não
necessariamente devido ao número de componentes presentes.

Os circuitos integrados são nada mais nada menos do que vários


componentes eletrônicos (resistores, diodos, transistores...) encapsulados em um
chip pequeno, para circuitos específicos.

Impacto social e econômico da automação e informatização na vida


contemporânea

Fala-se em evolução dos robôs, mas não se podem esquecer os impactos


sociais que eles podem causar a sociedade. E quando se fala em impactos
causados pela robótica o primeiro fator que nos vem à cabeça é o desemprego.

As transformações que ocorrem, causadas pela chegada dos robôs, muitas


vezes podem não estar visíveis para grande parte das pessoas que não convivem
no ambiente fabril, contudo a ascensão da robótica nas fábricas faz parte da mesma
tendência que vem determinando, nos últimos anos, a crescente automatização dos
bancos, do comércio e das empresas em geral, causados pela vinda da informática.

Figura 7 - Automação e informatização na vida contemporânea

No que se refere ao meio fabril, por um lado as indústrias recrutam robôs e


computadores guiadas por uma necessidade crucial para sobrevivência no mercado,
de forma a conquistar maior produtividade e qualidade para seus produtos, de forma
barata e assim assegurar competitividade frente aos concorrentes. Por outro lado, os
trabalhadores ficam aterrorizados com a possibilidade de perda de emprego,
causada pelos impactos que os robôs exercem sobre o nível de emprego. Muitas
vezes um robô substitui dezenas ou até centenas de homens em uma linha de
produção.

Este temor de desemprego vem aumentando a cada dia que passa. A queda
nos custos dos robôs que vem tornando-os acessíveis para muitos setores
industriais, fez com que eles (os robôs) pudessem competir com a mão de obra
barata, como a existente nos países do terceiro mundo, ameaçando o emprego de
muitos trabalhadores.

Muitas empresas multinacionais, que se instalavam em países


subdesenvolvidos para utilizar-se dos recurso ‘mão-de-obra barata’, já estão
pensando em reverter essa tendência e concentrar suas operações nos seus
próprios países de origem, utilizando robôs para baratear os seus custos.

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