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Sumário

Apresentação Pessoal ......................................................................................................................................... 2

Cronograma de Aulas ......................................................................................................................................... 2

Considerações Iniciais ......................................................................................................................................... 3

Introdução ........................................................................................................................................................... 3

1 - Recursos Minerais .......................................................................................................................................... 4

2 - Fontes Não Renováveis: Petróleo .................................................................................................................. 7

3 - Outras Fontes Não Renováveis ................................................................................................................... 19

4 - Fontes Renováveis ....................................................................................................................................... 26

5 - Desmatamento............................................................................................................................................. 35

6 - Tipos de Lixo e Tratamentos ....................................................................................................................... 40

7 - Tipos de Poluição ........................................................................................................................................ 45

8 - Aquecimento Global ................................................................................................................................... 49

9 - Camada de Ozônio .................................................................................................................................... 51

10 - Desenvolvimento Sustentável..................................................................................................................... 52

11 - Exercícios................................................................................................................................................... 58

12 -Gabarito .................................................................................................................................................... 80

13 - Exercícios Comentados .............................................................................................................................. 80

14 - Considerações Finais ............................................................................................................................... 114

15 - Referências ............................................................................................................................................. 114


APRESENTAÇÃO PESSOAL
Meu nome é Saulo Teruo Takami e, quando eu tinha 14 anos, decidi ser Professor. Na ocasião, eu era o
Karateca (e ainda sou) mais experiente do meu Dojo. Dessa forma, o meu Sensei pedia para eu ensinar os
outros e recordo-me que eu adorava fazê-lo. Além disso, na mesma época, eu tive uma excelente Professora
de Geografia (somos amigos até hoje) que me motivava demais para aprender.

Então, pensei, gosto de ensinar e gosto de Geografia, logo, quero ser Professor dessa matéria. Infelizmente,
não tive condições de estudar em colégio particular, mas isso não significa que eu não podia ingressar em
uma universidade pública. Então, decidi fazer cursinho para aprender a estudar e entrar em um dos melhores
cursos de Geografia do país.

Realizei o sonho de ingressar e graduar na UNESP de Rio Claro. A mesma Professora que me inspirou tanto,
sempre me dizia que um bom Professor nunca para de estudar. Então, decidi fazer pós-graduação. Fiz
mestrado e doutorado, ambos na UNESP. Além disso, fiz doutorado sanduíche no melhor curso de Geografia
do mundo – Universidade de Oxford. E quero fazer pós-doutorado.

Leciono Geografia desde o meu 2º ano de graduação (2009) e não parei mais. Passei por escolas públicas e
particulares para Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Curso Pré-Vestibular e Universidade. Além disso, dou
aulas particulares de Inglês. Atualmente, sou Professor de Geografia do Estratégia Concursos, Estratégia
Vestibulares e Estratégia Militares.

CRONOGRAMA DE AULAS
Vejamos a distribuição das aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS DATA


Aula 01 Relação Sociedade-Natureza 01/05
Aula 02 Estruturação Econômica, Social e Política do Espaço Mundial 29/05
Aula 03 O Processo de Ocupação e Produção do Espaço Brasileiro 26/06

Essa é a distribuição dos assuntos ao longo do curso. Eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente por
questões didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma acima, vocês serão
previamente informados, justificando-se.

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Além de absorver, compreender e, se possível, dominar os conteúdos o(a) concurseiro(a) precisa praticar
exercícios constantemente, para assim, conseguir assimilar a maneira como a banca cobra seus
candidatos(as). Dessa forma, é fundamental fazer simulados, a menos que você esteja às vésperas da prova.
Nesse caso, eu não aconselho, pois, se você for mal, isso pode desestabilizar o seu psicológico.

O autocontrole será um diferencial para sua prova, uma vez que, no “Dia D”, muitos(as) candidatos(as)
estarão nervosos(as). Para tanto, existem várias maneiras para controlar o emocional, tais como: exercício
físico, meditação, Yoga, artes marciais etc. Posso afirmar sobre essa extrema necessidade de saber controlar
a ansiedade, pois, infelizmente, já vi vários(as) alunos(as) excelentes sucumbirem por não conseguirem
administrar as emoções.

Outro ponto a ser frisado é a dúvida sobre o conteúdo. Entender mais ou menos significa que você não fixou
o conteúdo por completo. E, se não está sedimentado em sua mente, a chance de errar se torna maior.

Se você tem o hábito de cochilar depois do almoço, eu sugiro que elimine essa rotina, haja vista que a prova
pode ser no período vespertino, ou seja, se você não parar, seu corpo ficará treinado a sentir sono, por mais
que você esteja com um pico de adrenalina significativo.

No dia da prova, evite comidas gordurosas para não ter uma diarreia. No dia anterior, tenha um ótimo sono.
Nem preciso falar que você deve esquecer a balada, certo?!

Alongar antes e durante a prova é essencial, pois estamos falando de horas em uma mesma posição. Assim
sendo, em algum momento, o seu corpo necessitará mudar de posição. Ademais, respirar fundo também
contribui com a circulação.

Recomendo que você faça a prova começando pelas questões fáceis de modo que você ganhe tempo e
autoconfiança.

INTRODUÇÃO
Prezado(a) Concurseiro(a),

Começando a Aula 01! Trataremos de: recursos minerais, fontes de energia, desmatamento, tipos de lixo e
tratamentos, tipos de poluição, aquecimento global, camada de ozônio e desenvolvimento sustentável. Essas
características corroboram com a relação que existe entre a sociedade e a natureza. Vale ressaltar que as
questões ambientais, juntamente com os recursos naturais, são muito abordadas em provas.

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1 - RECURSOS MINERAIS
Recurso mineral (minério) é aquilo que o homem extraiu da natureza que tem valor econômico. Antes da
descoberta do uso do petróleo, ele era simplesmente descartado. O urânio passou a ser utilizado graças ao
surgimento da tecnologia nuclear. Assim, nem sempre petróleo ou urânio eram considerados recursos
minerais.

Podem ser classificados como renováveis, como a água por exemplo. Os não renováveis, como os minerais
metálicos (preciosos ou não) e não metálicos (sendo dividido em rochas ornamentais, como o mármore,
rochas industriais, como a areia e preciosos, como o diamante) e os energéticos, como os combustíveis
fósseis (petróleo, carvão mineral etc.) e os nucleares (urânio).

Os recursos minerais são usados desde o tempo da Pedra Lascada (Paleolítico, há cerca de 2,5 milhões de
anos), quando o homem utilizava a rocha como instrumento de caça. Depois, ele aprendeu a polir a rocha
(Idade da Pedra Polida ou Neolítico) para fabricar artefatos de cerâmica. Finalmente, aprendeu a fundir
metais para fabricar ferramentas (Idade dos Metais). A partir daí, somado ao uso dos combustíveis fósseis,
o uso dos recursos minerais se tornou mais intenso.

Os minerais metálicos se originam durante a solidificação do magma no interior das rochas intrusivas
(plutônicas). Eles se formam em diferentes profundidades e temperaturas, lembrando que quanto mais
fundo estiver no manto, mais quente é:

➢ Grandes profundidades: cobre, ouro, estanho etc.;


➢ Profundidade intermediária: zinco, chumbo, prata, entre outros;
➢ Pequenas profundidades: mercúrio etc.

A indústria metalúrgica é a responsável por transformar os minerais metálicos extraídos das rochas
magmáticas ou metamórficas em metais (liga metálica, fusão de 2 ou mais metais). Diferentemente, a
siderurgia funde minério de ferro e manganês, juntamente com carvão mineral, para transformar em aço.

Aproximadamente 200 minerais metálicos são extraídos da natureza e empregados na construção civil,
indústria papeleira, de tinta, de eletroeletrônicos etc. Cerca de 65 metais da tabela periódica são utilizados,
de maneira pura ou combinada. Entre os minerais metálicos e sua aplicação, podemos destacar:

Metal Minério Utilização


Ferro Hematita Metalurgia, siderurgia, indústria mecânica, naval etc.
Alumínio Bauxita Indústria alimentícia, aeroespacial etc.
Manganês Pirolusita Liga metálica, especialmente aço etc.
Estanho Cassiterita Folha-de-flandres (lata que conserva alimento) etc.
Cobre Calcopirita Fios e cabos condutores de energia elétrica etc.
Níquel Pentlandita Aço inoxidável etc.

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Existem metais pouco conhecidos, mas que estão presentes no nosso dia a dia:

Metal Utilização
Disprósio CDs, DVDs, laser etc.
Gálio Led, semicondutores, espelhos etc.
Neodímio Óculos de proteção, vidro, lâmpada etc.
Praseodímio Pedras de isqueiro, refratários, lentes etc.
Rênio Flashes, supercondutores, termopares etc.
Telúrio Semicondutores, cerâmica, ligas etc.

Entre os minerais metálicos precisos, podemos destacar:

Metal Utilização
Ouro Joias, próteses dentárias, eletrônica etc.
Prata Joias, filme fotográfico, solda em radiadores etc.
Platina Material cirúrgico, condutor elétrico, catalisador etc.
Irídio Ligas metálicas de alta dureza etc.
Paládio Eletrônica, próteses, catalisadores etc.

As rochas ornamentais, basicamente, são utilizadas em decorações e construções, entre elas, podemos
destacar: granito, mármore, ardósia, calcário etc. Entre as rochas industriais, temos: areia, argila, quartzo,
talco, entre outras. No que tange os minerais não metálicos preciosos, temos: diamante, rubi, esmeralda,
safira etc.

As jazidas (grandes reservas) minerais se encontram em terrenos cristalinos, onde podemos achar pedras
preciosas e minérios metálicos. Nas áreas sedimentares é possível encontrar pedras ornamentais.

Cabe destacar que muitas guerras já foram realizadas por causa dos recursos minerais, na época das Grandes
Navegações, os europeus exploravam novos territórios em busca de metais preciosos e mais recentemente,
os países invadem outros para poder extrair petróleo. A maioria dos países subdesenvolvidos não possuem
tecnologia o suficiente para extrair seus recursos minerais. Assim, multinacionais se instalam nesses países
exploram suas matérias-primas.

O ferro é um metal que não se encontra em estado livre na natureza, a não ser nos meteoritos. Ele é
encontrado sob a forma de minérios, em combinação com o oxigênio, o carbono, o enxofre e outros
elementos químicos. Os principais minérios encontrados no Brasil são: hematita, magnetita, limonita,
siderita e pirita.

Os minerais metálicos estão concentrados nos escudos cristalinos e os minerais energéticos estão nas bacias
sedimentares. O minério de ferro se encontra em terrenos pré-cambrianos do Eón Proterozoico.

No mercado interno, a hematita é muito consumida pela Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce)
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Samarco etc. Esse minério é exportado para os Estados Unidos, União
Europeia e Japão. O Brasil é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador do mundo, possui uma
reserva em torno de 30 bilhões de toneladas.

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A exploração é feita de forma muito predatória. Por exemplo, por mais de 50 anos, se explorou a hematita
no Pico do Cauê na cidade de Itabira-MG. Esse morro tinha 1350 m de altitude, tornando-se um buraco de
350 m de profundidade. Estimativas apontam que em um futuro breve esse minério se extinguirá.

Em relação aos locais de exploração, podemos destacar:

➢ O Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) responde por cerca de 66% da produção nacional e cerca de
50% da produção obtida vai para o mercado externo;
➢ Maciço do Urucum (Mato Grosso do Sul), devido à proximidade, atende outros países do Mercosul;
➢ Serra dos Carajás (Pará), atende mais o mercado internacional do que interno.

Nosso país possui a segunda maior reserva de bauxita (minério de alumínio) do mundo, mas no que diz
respeito à produção de alumínio, o Brasil aparece somente na sexta posição. Isso se deve ao fator
tecnológico, para transformar bauxita em alumínio é necessário passar por um processo chamado eletrólise.
Assim, o território brasileiro não possui tantas indústrias que possuem essa tecnologia.

As principais jazidas de bauxita estão em Paragominas e no Vale do Rio Trombetas, ambos no Pará.
Considerando que é necessária muita energia elétrica para transformar bauxita em alumínio, em 1984, foi
construída a Hidrelétrica de Tucuruí no estado paraense.

O manganês é extraído de vários minérios, quais sejam: pirolusita, manganita, polinita etc. Além de ser
matéria prima, juntamente com o ferro e carvão mineral, para a fabricação do aço (siderúrgica), ele é
utilizado em diversos outros ramos industriais, tais como: metalúrgico, químico, cerâmico, alimentício, entre
outros.

O Brasil possui a terceira maior reserva e a quinta maior produção. Assim como o minério de ferro, as
principais áreas de ocorrência e produção se localizam no Quadrilátero Ferrífero, Maciço do Urucum e Serra
dos Carajás.

As jazidas na Serra do Navio (Amapá) já foram as principais no nosso país. Na década de 1950, a Indústria e
Comércio de Minérios (Icomi) associada à Bethlehem Steel Corporation obtiveram a concessão de exploração
dessa área por 50 anos, mas os minérios economicamente viáveis se esgotaram, resultando em toneladas
de resíduo de manganês que contaminam o meio ambiente.

A cassiterita (minério de estanho) é fundamental na indústria alimentícia, produzindo enlatados que


conservam os alimentos (folha de flandres) e na metalurgia para fabricar ligas metálicas.

A exploração de cassiterita em Rondônia se iniciou no final da década de 1950 na forma de garimpo. Porém,
com a construção da Rodovia Brasília-Acre, as empresas nacionais e estrangeiras passaram a querer explorar
esse minério, acarretando conflitos com os garimpeiros. O estado do Amazonas também explora.

A busca de ouro e pedras preciosas ocorre desde o Período Colonial. A Amazônia concentra uma quantidade
significativa desses minérios, após a construção da Rodovia Belém-Brasília, a migração de brasileiros para
essa região aumentou.

São vários os garimpos na Amazônia, como também já existem muitos abandonados em vista de seu
esgotamento ou da proibição governamental, como foi o caso de Serra Pelada devido à destruição do meio
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ambiente e, principalmente, ao despejo de toneladas de mercúrio nos rios, o que trouxe sérias
consequências tanto para a saúde dos que viviam próximo a esses rios quanto para a preservação do meio
ambiente.

Outros minerais metálicos merecem ser destacado:

➢ Cobre: BA, RS, GO e PA;


➢ Prata: BA, PA e MG;
➢ Chumbo: PR e BA;
➢ Cromo: AP e BA;
➢ Níquel: PA, GO e MG;
➢ Zinco: PR, BA e MG.

No que tange os minerais não metálicos, podemos salientar:

➢ SP: água mineral, areia e argila;


➢ MG: calcário (cimento e correção do solo), quartzo, ardósia e talco;
➢ SC: caulim (cerâmica e impermeabilizante);
➢ BA: diatomito (rocha isolante) e fosfato (fertilizante);
➢ RS: cascalho (concreto);
➢ PR: dolomito (rocha isolante), feldspato (cerâmica) e fluorita (flúor, vidro e esmalte);
➢ PE: gipsita (fabricação de ácido, cimento, gesso, cerveja etc.);
➢ SE: potássio (fertilizante);
➢ GO: vermiculita (isolante, lubrificante, concreto etc.).

2 - FONTES NÃO RENOVÁVEIS: PETRÓLEO


Os combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural e xisto betuminoso) desempenham um papel
fundamental na matriz energética mundial. O combustível fóssil (fonte não renovável ou convencional) foi
motor fundamental da Revolução Industrial e do progresso tecnológico, social, econômico e de
desenvolvimento que se seguiu. Não há como falar de mudança global sem destacar o importante papel da
energia para o desenvolvimento alcançado.

No entanto, os combustíveis fósseis têm aspectos negativos. Eles são a principal fonte de poluição do ar com
as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases que agravam o efeito estufa. O desafio da sociedade
é, portanto, equilibrar a importância da energia no desenvolvimento social e econômico com a necessidade
de torná-la mais limpa, fazendo a transição para fontes de energia renováveis ou alternativas (solar, eólica,
hidrelétrica etc.).

A produção de combustíveis fósseis começou com o carvão mineral, há cerca de 4 mil anos na China. Todavia,
a combustão em larga escala de carvão mineral é tipicamente relacionada com o período em torno do início
da Revolução Industrial, no século XVIII.

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Figura 01 – Consumo de energia

O carvão foi a primeira e única fonte fóssil até aproximadamente a década de 1860, quando o consumo de
petróleo bruto começou. A invenção do motor a explosão fez o petróleo e seus derivados tornarem-se a
principal fonte de energia do mundo e foi essencial para a Segunda Revolução Industrial. A produção de gás
natural começou algumas décadas depois, nos anos 1880-1890. O século 20 viu uma grande diversificação
do consumo de energia fóssil, com o carvão mineral caindo de 96% da produção total em 1900 para menos
de 30% em 2000. Hoje, o petróleo bruto é a maior fonte de energia, respondendo por cerca de 39% da energia
fóssil, seguido por carvão e gás natural em 33 e 28 por cento, respectivamente.

Figura 02 – Classificação das fontes de energia

Embora o consumo de energia tenha aumentado ao longo dos anos, o consumo por país não é homogêneo.
Os países ricos e desenvolvidos concentram a maior parte do gasto energético. Isso está associado ao alto
grau de industrialização e elevado padrão de consumo da população. A OCDE (Organização para Cooperação

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e Desenvolvimento Econômico) reúne os 34 países mais ricos do mundo e eles consomem quase 45% de toda
a energia produzida no planeta.

Em 1965, a América do Norte, Europa e Eurásia (a maior parte do território russo está na Ásia) eram as regiões
que mais consumiram energia. Embora o consumo de energia tenha aumentado nessas regiões desde a
década de 1960, sua participação relativa diminuiu, pois o consumo no resto do mundo tem aumentado, de
forma mais intensa na Ásia, onde o consumo total aumentou mais de 12 vezes nesse período. Em 2015, a
Ásia foi o maior consumidor regional, com 42%, a América do Norte 22%, a Europa e Eurásia 22% e o Oriente
Médio, a América Latina e a África respondem por cerca de sete, cinco e três por cento, respectivamente.

Figura 03 – Consumo por região, de 1965 a 2015

O consumo de energia pode ser analisado por diferentes aspectos, dentre eles pela fonte de energia utilizada.
O que talvez seja mais surpreendente é como a combinação de fontes de energia utilizadas pouco mudou ao
longo do tempo. Este é um ponto crucial, pois mostra que a transição de fontes energéticas tem sido lenta
ao longo da história. Isso pode explicar o progresso lento que o mundo faz para utilização de energias
renováveis.

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Figura 04 – Consumo por fonte, de 1965 a 2015

O carvão mineral, o petróleo e o gás natural permanecem, ao longo dos anos, como os mais consumidos. Isso
não significa que a utilização de outras fontes não cresceu, pelo contrário, percebe-se um aumento gradativo
de outras fontes, mas esse crescimento é extremamente lento. Por isso, os combustíveis fósseis permanecem
ditando o consumo de energia mundial, tornando esses recursos naturais muito valiosos.

A distribuição de recursos energéticos e o consumo doméstico de energia tem impacto no comércio


internacional desses recursos. Se um país rico em recursos é, também intenso em consumo, sobra pouca
energia para exportar. Da mesma forma, se um país tem recursos energéticos e baixos níveis de consumo ele
pode ser um exportador líquido de energia. Outras influências no comércio de energia podem ser
geopolíticas, como: os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que
possuem um enorme poder de barganha por deterem as mais altas reservas de petróleo do mundo.

Além dessa percepção em linhas gerais do mercado de energia e da importância desses recursos, conhecer
com mais detalhes algumas fontes torna-se essencial, tanto para entender relações de poder, quanto para
analisar a questão ambiental. Os combustíveis fósseis serão abordados um a um. Vamos começar pelo ouro
negro: o petróleo.

Petróleo

O petróleo é um composto químico constituído de hidrogênio e carbono, ou seja, é um hidrocarboneto. Sua


origem é orgânica e vem da decomposição de microrganismos (animais e vegetais) que se acumularam no
fundo de antigos ambientes aquáticos existentes há milhões de anos. Quando esses restos orgânicos são
cobertos por espessas camadas de sedimentos e submetidos a uma elevada pressão e temperatura, eles
transformam-se, lentamente, em petróleo.

Sua coloração é escura e é encontrado acumulado, em estado líquido, em rochas porosas sedimentares. Pode
ser encontrado tanto na parte continental quanto no fundo de mares e oceanos. A composição química do
petróleo é complexa, cada amostra pode variar muito, mas segue um exemplo comum abaixo.
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Figura 05 – Composição química do petróleo

O petróleo corresponde a uma grande parcela da matriz energética mundial, cerca de 35%. O que tornou
essa fonte de energia tão importante? A versatilidade da utilização é um dos pontos mais positivos, pois
fornece uma diversidade de derivados impressionante. Além disso, é um recurso fácil de transportar, pode
ser feito por meio de oleodutos, navios petroleiros, caminhões-tanque, dentre outros. Seu transporte pode
ser feito em estado bruto ou refinado.

O petróleo pode variar de qualidade, pois cada jazida possui propriedades físico-químicas e poder calorífico
diferente. Geralmente, distingue-se o petróleo de leve ou pesado. O petróleo leve é mais fácil de ser
comercializado e tem pequenas cadeias de carbono, o que facilita o processo de refino. O petróleo pesado
possui cadeias de carbono maiores, com até 20 átomos de carbono por molécula, logo o processo de refino
é mais complexo e caro, por isso não é tão viável comercialmente. O que é o refino? São processos químicos
e físicos que o petróleo passa para obter os subprodutos e combustíveis. Pode-se retirar do petróleo gasolina,
óleo diesel, querosene e gás liquefeito de petróleo (GLP – gás de cozinha), lubrificantes, solventes, graxas,
asfalto, plástico, borracha e muitos outros. A técnica para transformar petróleo bruto nesses produtos
mencionados é conhecida como destilação fracionada.

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Figura 06 – Destilação fracionada

Por ser um recurso não renovável o petróleo é finito, ou seja, tende a se esgotar. Estimativas pessimistas
apostam que em 40 anos não existam novas jazidas para serem descobertas do mineral. Atualmente, as
reservas provadas de petróleo são de 1,7 trilhão de barris. Esse termo, reservas provadas é utilizado com
frequência ao ser falar de petróleo e gás natural, pois a grande questão é a precisão das estimativas das
reservas.

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Figura 07 – Reservas provadas de petróleo em milhões de barris

Como era de se esperar, o Oriente Médio é a região mais rica em termos de reservas de petróleo, mas a
Venezuela é o país com as maiores reservas globais 303,2 bilhões de barris (17,9% do total mundial). O
segundo país com o maior número de reservas é a Arábia Saudita, com 266,2 milhões de barris (15,7% do
total mundial). Rússia, Canadá, Estados Unidos e China também têm reservas altas. Considerando o fluxo
comercial e o quanto o petróleo é essencial para manutenção de diversas atividades econômicas, dois países,
Venezuela e Arábia Saudita possuem 33,6% de todas as reservas mundiais, é um poder de barganha muito
grande.

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Figura 08 – Maiores reservas provadas de petróleo em 2017

Figura 09 – Maiores produtores de petróleo em 2017

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Justamente pensando no poder de barganha que a OPEP foi criada, em 1960, na Conferência de Bagdá. O
grupo buscava estabelecer uma política petrolífera própria comum aos países-membros, definir,
conjuntamente, estratégias de produção, precificação e compartilhar conhecimentos. Essa iniciativa surgiu
por diversos motivos, um deles foi conseguir fortalecimento diante das empresas compradoras de petróleo.
Abaixo, seguem os participantes desse grupo econômico.

Atualmente, as reservas OPEP são de 1,2 trilhão de barris (71,8% do total mundial) sendo um grupo
extremamente poderoso e esse poder foi exercido em momentos cruciais da história. Um exemplo foi
durante a Guerra de Yom Kippur, em 1973. Durante esse momento, a OPEP ameaçou reduzir a produção e o
fornecimento de petróleo como forma de elevar o preço no mercado internacional.

O mercado, antecipando o possível movimento do grupo, começou a comprar excessivamente o petróleo e


o preço do barril que era 2,7 dólares alcançou o valor de 12 dólares. Esse pico ficou conhecido como primeiro
choque do petróleo. Já na guerra Irã x Iraque, em 1980, o mercado novamente antecipou a compra de
petróleo com medo de que os dois países interrompessem o fornecimento do combustível. Novamente, o
petróleo sofreu um pico e esse foi o segundo choque do petróleo.

Os preços do petróleo oscilaram em outros momentos, durante a Guerra do Golfo (1990-1991) e a segunda
Guerra do Golfo ou Guerra do Iraque (2003). Um ponto importante sobre a segunda Guerra do Golfo é o fato
dos EUA ficar com o controle das reservas petrolíferas do país após a destituição do governo iraquiano. Outras
datas também merecem destaque:

1937 Entre Guerras Os EUA reduziram a exportação de petróleo para o Japão, pois esse invadiu a China.
1941 Batalha de Stalingrado Hitler tentou dominar o Azerbaijão por causa do petróleo.
1953 Golpe de Estado no Irã EUA e Reino Unido tentaram depor Mossadegh, pois esse nacionalizou a empresa
petrolífera British Petroleum.
1956 Crise de Suez O presidente do Egito, Nasser, bloqueou o Canal de Suez, forçando os navios
petrolíferos buscarem rotas alternativas, o que encareceu o preço.
1967 Guerra dos Seis Dias A fundação do Estado de Israel gerou um conflito próximo as maiores reservas, o que
poderia acarretar o aumento do preço.
1973 Yom Kippur Egito e Síria tentar tomar seus territórios de Israel.
1980 Guerra Irã x Iraque Iraque atacou indústrias petrolíferas, o Irã contra-atacou e colocou minas no Golfo
Pérsico. Essas minas prejudicaram os EUA. Assim, esse país começou a atacar o Irã.
1990 Guerra do Golfo O presidente do Iraque, Saddam Hussein, atacou o Kuwait. Os EUA decidiram
proteger as reservas do Kuwait e prevenir a expansão do controle do petróleo por
Saddan.
2003 Guerra do Iraque O presidente dos EUA, George W. Bush, invadiu o Iraque com o argumento de que
Saddan queria controlar o petróleo no Oriente Médio e que ele tinha armas de
destruição em massa.

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2011 Guerra da Síria O Estado Islâmico controla uma parte do petróleo produzido na Síria e no Norte do
Iraque.

O mapa abaixo mostra os fluxos de petróleo negociados no mundo e é nítido como o Oriente Médio conecta-
se com diversos fluxos comerciais, mostrando a força que tem a OPEP. O consumo mundial de petróleo em
2017, de acordo com a ANP, totalizou 98,2 milhões de barris por dia (b/d), enquanto a produção mundial, no
mesmo ano, foi 92,6 milhões de barris por dia. Os países que mais consumiram o combustível foram os EUA
(19,9 milhões de b/d), China (12,8 milhões de b/d) e Índia (4,7 milhões de b/d). O Brasil foi o sétimo país com
maior consumo, totalizando 3 milhões de b/d.

Figura 10 – Fluxos comerciais do petróleo no mundo por milhões de toneladas em 2017

Petróleo no Brasil

A primeira procura data de 1892. Em 1939, o petróleo foi visto jorrando em Lobato-BA. “O petróleo é nosso”
foi uma campanha que pressionava o Congresso Nacional a aprovar o projeto do monopólio estatal do
petróleo. Em 1953, criação da Petrobrás, estatal responsável desde a procura por petróleo, pelo refino,
distribuição e comercialização dos derivados. Em 1997, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) pode realizar
leilões, em que se efetiva a concessão de áreas de exploração que podem possuir petróleo.

A maioria das reservas de petróleo e gás natural do Brasil estão no mar, entre 400 e 3 mil metros de
profundidade. A principal bacia marítima é a de Campos, no litoral fluminense, responsável por mais de 80%

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da produção nacional. Das 14 refinarias existentes no Brasil, 5 encontram-se no estado de São Paulo, maior
mercado consumidor.

Figura 11 – Mudanças na matriz energética


Fonte: Petrobrás

Pré-Sal

Acredita-se que o petróleo encontrado abaixo da camada de sal é de ótima qualidade (baixa acidez e baixo
teor de enxofre). Localiza-se no litoral, entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, a área possui 800
km de comprimento por 200 km de largura.

Estima-se que há 1,6 trilhão de metro cúbicos de gás e óleo. Ultrapassa 5x a reserva atual. Só na porção do
estado do Rio de Janeiro, aproximadamente, 10 bilhões de barris de petróleo. O Brasil ficaria com a 6º maior
reserva do mundo, atrás da Venezuela, Arábia Saudita, Canadá, Irã e Iraque.

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A partir do nível do mar são 7.000 metros até chegar à camada Pré-Sal, desses, 2000 m são de sal. O custo
para extrair 50 bilhões de barris será de 600 bilhões de dólares, como o preço do petróleo varia demais, é
preciso analisar se esse investimento é compensativo.

A Petrobrás receia que o dióxido de carbono presente no petróleo pode danificar as instalações de extração.
As receitas seriam aplicadas no Novo Fundo Social (NFS), que abarca programas de combate à pobreza,
inovação científica e tecnológica e em educação.

Figura 12 – Exploração de petróleo em águas profundas


Fonte: Petrobrás

Uma irmandade de poder

As sete irmãs foi um apelido dado para companhias transnacionais de petróleo que dominavam
o mercado até 1960. As empresas que compunham as Sete Irmãs eram:

➢ Royal Dutch Shell. Atualmente chamada simplesmente de Shell;


➢ Anglo-Persian Oil Company (APOC). Mais tarde, British Petroleum Amoco, ou BP Amoco.
Atualmente é conhecida pelas iniciais BP;
➢ Standard Oil of New Jersey (Esso). Exxon, que se fundiu com a Mobil, atualmente,
ExxonMobil;
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➢ Standard Oil of New York (Socony). Mais tarde, Mobil, que se fundiu com a Exxon, formando
a ExxonMobil;
➢ Texaco. Posteriormente se fundiu com a Chevron, formando a ChevronTexaco de 2001 até
2005, quando o nome da companhia voltou a ser apenas Texaco;
➢ Standard Oil of California (Socal). Posteriormente, formou a Chevron, que incorporou a Gulf
Oil e posteriormente se fundiu com a Texaco;
➢ Gulf Oil. Absorvida pela Chevron, posteriormente ChevronTexaco.

Atualmente, por causa da OPEP e das mudanças globais no mercado de petróleo, afirma-se que
exista um novo grupo de sete irmãs. Segundo o Financial Times, as Novas Sete Irmãs são: Aramco
(Arábia Saudita), a Gazprom (Rússia), a CNPC (China), a NIOC (Irã), a PDVSA (Venezuela), a
Petronas (Malásia) e a Petrobras (Brasil).

3 - OUTRAS FONTES NÃO RENOVÁVEIS


Carvão Mineral

O carvão mineral é originário da decomposição incompleta de restos orgânicos de antigas florestas que
existiam no fim da Era Paleozoica há cerca de 350 milhões de anos. O carvão é um tipo de rocha sedimentar
que apresenta uma concentração de carbono e foi a primeira fonte que moveu máquinas na Primeira
Revolução Industrial. É um recurso amplamente utilizado até hoje como combustível por ser ainda
abundante. Apesar disso, as reservas estão distribuídas de forma desigual pelo mundo, sendo a Ásia a maior
detentora de jazidas.

Figura 13 – Produção mundial de carvão mineral

19
O que torna o carvão mineral tão interessante é seu forte poder calorífico e ao ser queimado, mas, quando
ocorre sua queima, o carvão libera grandes quantidades de gases poluentes como o monóxido de carbono
(CO), dióxido de carbono (CO2) e óxido sulfúrico (SO3), esses contribuem com o agravamento do efeito estufa
e com doenças respiratórias. Por isso, o carvão tem qualidades diferentes.

O carvão mineral, juntamente com o minério de ferro (hematita) e o minério de manganês (pirolusita) são
indispensáveis para a fabricação do aço (siderurgia). Ele também é utilizado nas usinas termelétricas,
queimam o carvão para aquecer a água em caldeiras, que, sob pressão elevada, libera vapor, movimentando
turbinas que acionam geradores elétricos. Além do carvão vegetal, o petróleo, o gás natural e o xisto
betuminoso também podem ser queimados nas termelétricas.

Atualmente o estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de carvão mineral no Brasil. O carvão
energético (com alto teor de cinzas, inútil para a siderurgia) é produzido no RS e Paraná para atender à
demanda das termelétricas. Em Santa Catarina há carvão metalúrgico (de boa qualidade para siderurgia).
Ultimamente, essa extração vem caindo, pois o carvão importado é de melhor qualidade.

O Brasil possui reservas de turfa, linhito e hulha. A hulha totaliza 32 bilhões de toneladas de reservas e está
sobretudo no Rio Grande do Sul (89,25% do total), vindo a seguir Santa Catarina (10,41%). Reservas muito
menores são conhecidas no Paraná (0,32%) e em São Paulo (0,002%). Nosso país está em 10º lugar em termos
de reservas, com 1% do total mundial.

Somente a Jazida de Candiota (RS) possui 38% de todo o carvão nacional. Como se trata de um carvão de
qualidade inferior, é utilizado apenas na geração de energia termelétrica e no próprio local da jazida.

A crise do petróleo, desencadeada na década de 1970 pelo grande aumento do preço internacional do
produto, levou o governo brasileiro a criar o Plano de Mobilização Energética, com uma intensa pesquisa para
descobrir novas reservas de carvão. O Serviço Geológico do Brasil teve papel de destaque nesse programa,
através de trabalhos efetuados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que aumentaram em muito as
reservas de carvão mineral até então conhecidas. Foram executados mais de 3 mil furos de sonda, totalizando
711.700 metros, entre 1970 e 1986 (principalmente entre 1978 e 1983).

Carvão de boa qualidade, adequado para uso em metalurgia e em grande volume (sete bilhões de toneladas),
foi então descoberto em diversas jazidas no Rio Grande do Sul (Morungava, Chico Lomã, Santa Teresinha),
mas em profundidades relativamente grandes (até 1.200 m), o que inviabilizou até agora seu aproveitamento.
Essas reservas devem ser classificadas, porém, não como antieconômicas, e sim como subeconômicas,
porque seu aproveitamento pode se mostrar viável com a adoção de uma política governamental que priorize
o aproveitamento dessa fonte energética ou caso haja mudanças significativas na economia internacional
que voltem a elevar muito o preço do petróleo, por exemplo.
20
A produção de carvão mineral bruto no Brasil foi de 13,6 milhões de toneladas em 2007, quinto ano
consecutivo de aumento. Santa Catarina produziu 8,7 Mt (milhões de toneladas); Rio Grande do Sul, 4,5 Mt;
e Paraná, 0,4 Mt. Vê-se, portanto, que, embora as reservas do Rio Grande do Sul sejam muito maiores que
as de Santa Catarina, sua produção é menor.

Em 2011, o carvão respondeu por apenas 5,6% da energia consumida no Brasil, sendo o petróleo a principal
fonte (38,6%). Mas ele é uma importante fonte estratégica, que pode ser acionada quando, por exemplo, os
níveis de água das barragens estiverem muito baixos, reduzindo excessivamente a oferta de energia
hidrelétrica. Isso aconteceu em 2013, quando foram reativadas várias usinas termelétricas então paralisadas,
mantendo assim a oferta necessária, ainda que a um custo maior.

Gás Natural

O gás natural é um combustível fóssil de origem orgânica composto por hidrocarbonetos leves e gasosos. É
encontrado em rochas sedimentares porosas e pode estar, ou não, associada aos depósitos de petróleo.

Figura 14 – Fluxos comerciais de gás natural pelo mundo

A maior produção de gás natural é dos EUA, seguido pela Rússia, Irã, Canadá, China e Arábia Saudita. O
consumo de gás mostra uma distribuição muito semelhante à produção de gás, os últimos dados mostram
que o maior consumidor foi a Europa e Eurásia (28,93%), América do Norte (27,68%) e Ásia (20,29%). O gás
natural é menos poluente comparado com os outros combustíveis fósseis. Atualmente, o gás natural é
responsável por cerca de 20% da eletricidade gerada no mundo.

21
Estima-se que as reservas nacionais estão em torno de 800 milhões de m3. Conforme apontado no Capítulo
5 “Transportes e Comunicação”, o Brasil possui uma dutovia de gás natural que sai de Santa Cruz na Bolívia,
corta o estado do Mato Grosso do Sul, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e termina no Rio Grande
do Sul e está se expandindo para o litoral sudeste e nordeste.

Figura 15 – Gasoduto Bolívia-Brasil


Fonte: Petrobrás

A utilização do gás natural no Brasil começou modestamente por volta de 1940, com as descobertas de óleo
e gás na Bahia, atendendo a indústrias localizadas no Recôncavo Baiano. Após alguns anos, as bacias do
Recôncavo, Sergipe e Alagoas destinavam quase em sua totalidade para a fabricação de insumos industriais
e combustíveis para a Refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM) e o Polo Petroquímico de Camaçari.

Com a descoberta da Bacia de Campos as reservas provadas praticamente quadruplicaram no período 1970-
hoje (com a crise de 1970 no Oriente Médio e a descoberta da Bacia de Campos em seguida da camada pré-
sal). O desenvolvimento da bacia proporcionou um aumento no uso da matéria-prima, elevando em 2,7%
sua participação na matriz energética nacional.

Em 1948 foram iniciados os primeiros levantamentos sísmicos na Amazônia, com o objetivo de encontrar
especificamente gás natural e petróleo. Essas pesquisas foram acompanhadas de perto pelo então Conselho
Nacional de Petróleo (CNP), fundado em 1938. A primeira descoberta significativa de óleo e gás na região foi
no Rio Juruá, próximo a Carauari-AM, em 1978. Só nos anos 80 foi concretizado o sonho perseguido em sete
décadas de pesquisas. Em outubro de 1986, a Petrobras descobriu petróleo em quantidades comerciais na
área do rio Urucu, Bacia do Solimões, município de Coari-AM. A descoberta provocou um crescimento das
atividades da empresa na Amazônia e abriu novas perspectivas para a exploração e produção de petróleo em
toda a região.

O gasoduto Urucu-Coari-Manaus iniciou as operações em 2009 e tem capacidade de transportar 5,5 milhões
de metros cúbicos/dia. Liga as unidades de produção localizadas no Polo Arara, em Urucu, até a cidade
de Manaus. A extensão deste caminho é de 663,2 km (trecho Urucu - Manaus), além de um total de 139,3
km em nove ramais para Coari.

22
Com a entrada em operação do Gasoduto Brasil-Bolívia em 1999, com capacidade de transportar 30 milhões
de metros cúbicos de gás por dia (equivalente à metade do atual consumo brasileiro), houve um aumento
expressivo na oferta nacional de gás natural. Este aumento foi ainda mais acelerado depois
do apagão elétrico vivido pelo Brasil em 2001 e 2002, quando o governo optou por reduzir a participação
das hidrelétricas na matriz energética brasileira e aumentar a participação das termelétricas movidas a gás
natural.

Nuclear

A energia nuclear vem da divisão de átomos (fissão) em um reator para aquecer a água, transformando-a em
vapor para girar uma turbina que gera eletricidade. Nos EUA, 98 reatores nucleares em 30 estados geram
quase 20% da eletricidade do país, todos sem emissão de carbono porque os reatores usam urânio, e não
combustíveis fósseis. Outros países também concentram termonucleares, tais como: Rússia (72 usinas),
França (64), Japão (51) e Alemanha (36).

Figura 16 – À esquerda, produção de eletricidade em uma usina termelétrica. À direita, em uma usina termonuclear

Há usinas nucleares instaladas em 30 países, com um total de 437 reatores funcionando pelo mundo. Porém,
essa energia, apesar de não contribuir com o agravamento do efeito estufa, é extremamente perigosa, pois
quando ocorrem acidentes, contamina o solo, a água e o ar. As regiões atingidas pela radiação tornam-se
inabitáveis, por causa da possibilidade de contaminação radioativa e levam décadas para descontaminar. O
lixo radioativo, gerado do processo produtor de energia nuclear, é perigoso e precisa ser descartado
adequadamente.

Além disso, ela é muito polêmica, pois muitos países utilizam a tecnologia nuclear para fins militares, ou seja,
fabricação de bombas atômicas. Apesar dos problemas, existe uma vantagem, as usinas termonucleares não
precisam de tanto espaço para serem instaladas.

23
Em 1972, o Brasil assinou com uma empresa dos Estados Unidos a aquisição de equipamento nuclear. Houve
crítica, pois o Brasil não possuía a tecnologia de enriquecimento de urânio, ficando dependente dos EUA.
Angra I e Angra II respondem por 2,8% da energia elétrica do Brasil. Em 2007, foi aprovada a Angra III que
deverá ficar pronta em 2018. Em 1987, aconteceu um acidente em Goiânia, quando 2 jovens utilizaram césio-
137 como se fosse purpurina, fazendo com que 250 pessoas fossem contaminadas.

No Brasil, a expansão do parque nuclear faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica
(2006/2015). O país apresenta duas vantagens competitivas nesse segmento: as boas reservas do mineral e
o domínio da tecnologia de enriquecimento do urânio – que, no entanto, ainda não é aplicada em escala
comercial.

A instalação de usinas nucleares em território nacional foi decidida no final da década de 60. Com elas, o
Governo Federal pretendia adquirir conhecimento sobre a nova tecnologia que se expandia rapidamente
pelo mundo e, ao mesmo tempo, resolver um problema localizado: a necessidade de complementação
térmica para o suprimento de eletricidade ao Rio de Janeiro.

A construção de Angra I teve início em 1972, com tecnologia da norte-americana Westinghouse adquirida
em sistema turn key (sem transferência tecnológica). Três anos depois, em 1975, o país assinou com a
República Federal da Alemanha o Acordo de Cooperação para o Uso Pacífico da Energia Nuclear. Em julho do
mesmo ano, adquiriu as usinas de Angra II e Angra III da empresa Kraftwerk Union A.G. – KWU, subsidiária
da Siemens, também alemã. O contrato previa transferência parcial de tecnologia.

Angra I, com potência instalada de 657 MW, entrou em operação comercial em 1985. Angra II, com potência
instalada de 1.350 MW, em 2000. A construção de Angra III, também com 1.350 MW, por uma série de razões
foi paralisada durante muitos anos. A construção foi inserida no Plano Decenal de Expansão de Energia
Elétrica (2006/2015) e, em julho de 2008, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
(Ibama) expediu licença prévia autorizando a retomada das obras. Em setembro de 2008, o ministro de Minas
e Energia, Edison Lobão, anunciou a intenção do governo de construir uma usina nuclear por ano ao longo
dos próximos 50 anos, o que resultaria em uma capacidade instalada total de 60 mil MW.

A operação de Angra III está prevista para ter início em 2014, mas ainda não foi concluída. Com isto, a
participação da capacidade nuclear instalada no Brasil deve passar de 1,98% (2,007 GW) para 2,5% (3,357
GW) da capacidade instalada total, considerando que esta última terá um crescimento anual de 4% passando
de 103 GW (2008) para 130 GW em 2014.

Em 2007, Angra I e Angra II responderam por 2,5% da produção total de energia elétrica no país, que foi de
12,3 terawatts-hora (TWh).

Os maiores acidentes nucleares da história são (do maior para o menor): Chernobyl – Ucrânia (1986); Three
Mile Island – EUA (1979); Fukushima – Japão (2011); Erwin - EUA (1979); Tsuruga – Japão (1981).

24
Xisto Betuminoso

É uma rocha sedimentar rica em matéria orgânica. Aquecendo o xisto betuminoso obtém um vapor, com o
resfriamento do vapor, tem-se o óleo de xisto que pode substituir o petróleo na fabricação de alguns
produtos, mas todo esse processo custa caro.

Entre os produtos que podem ser confeccionados com o óleo de xisto, podemos destacar: gás e óleo
combustível, fertilizantes, ácido sulfúrico, adubo e defensivo agrícola, corretivo de acidez para o solo, insumo
industrial para produção de cimento etc.

Figura 17 – Reservas mundiais tecnicamente recuperáveis


Fonte: EIA, 2013

Figura 18 – Reserva de xisto betuminoso, em 2013


25
O Brasil detém uma patente internacional de processo moderno, em operação comercial, para extração do
óleo de xisto – o Processo PETROSIX. Outros processos existentes são muito antigos ou não conseguiram
atingir o estágio industrial, permanecendo na fase de plantas-piloto. O processo PETROSIX já está
demonstrado em escala industrial.

Este resultado foi alcançado devido aos trabalhos iniciados em meados de 1972 quando a PETROBRÁS
colocou em operação, em São Mateus do Sul, Paraná, a USINA PROTÓTIPO DO IRATI – UPI, com o objetivo de
comprovar a operabilidade do Processo PRETOSIX em escala comercial, testar e desenvolver novos
equipamentos, levantar dados básicos para o projeto da Usina Industrial e desenvolver tecnologia de
proteção ambiental.

Concluído o desenvolvimento do Processo PETROSIX na UPI, seus objetivos foram direcionados para o
máximo de produção. Desde 1980, a UPI vem produzindo uma média de 700 barris de óleo por dia, além de
12 toneladas por dia de enxofre, principal subproduto da UPI. Em 1988 o desempenho da Usina foi bastante
melhorado, obtendo-se uma produção média de 835 barris de óleo por dia de operação, juntamente com 18
toneladas de enxofre.

4 - FONTES RENOVÁVEIS
As fontes renováveis (alternativas ou não poluentes) são aquelas que, em tese, causam menos impactos
socioambientais negativos. Elas começaram a ser mais exploradas por causa do possível esgotamento do
petróleo em algumas décadas e pelo fato de as questões ambientais ganharem maior importância e atenção
a partir da década de 1990. Dessa forma, utilizar esses recursos energéticos mais sustentáveis fará com que
o agravamento do efeito estufa seja reduzido, assim como as enchentes, as secas, as temperaturas etc.

O crescente processo de industrialização e de urbanização forçou o nosso país a ampliar a matriz energética.
Resultado, o Brasil possui um certo equilíbrio entre o uso de energia renováveis (alternativas/limpas) e não
renováveis (combustíveis fósseis e nuclear), o que é considerado muito acima da média comparado com
outros países. O setor industrial e os espaços urbanos consomem quase toda a energia produzida.

Figura 19 – Mudanças na matriz energética


26
Hidrelétrica (Hidroelétrica)

A construção deve ser feita em rios de planalto (encachoeirados), pois quanto maior for a velocidade da
correnteza, mais energia a usina conseguirá produzir, uma vez que a força da água faz a turbina girar. Então,
essa energia mecânica é transformada em energia elétrica.

Canadá, Rússia, Brasil China e EUA respondem por 50% da produção mundial. A China possui a maior usina
hidrelétrica do mundo, chamada Três Gargantas, ela se encontra no Rio Hong Ho (Rio Amarelo). Porém, a
Usina Hidrelétrica de Itaipu (Brasil e Paraguai) é a que consegue produzir mais energia, ficando em segundo
lugar quanto ao tamanho.

Entre as vantagens de uma hidroelétrica, podemos destacar:

➢ O custo para construir uma usina hidrelétrica é elevado, mas, a longo prazo, é compensativo, pois a
geração de energia possui um custo mais baixo;
➢ A represa (barragem ou reservatório de água) pode ter outras funções como pesca e lazer.

Entre as desvantagens, podemos ressaltar:

➢ Precisa de uma área enorme para implantar;


➢ Depende do regime pluvial;
➢ Para construir uma represa é necessário inundar uma imensa área. Assim, a população local tem que
ser removida e a fauna e a flora ficarão embaixo d’água. Além do desmatamento;
➢ Uma vez submersa, a madeira apodrece, permitindo a proliferação de mosquitos causadores de
doenças e a liberação de gás carbônico;
➢ Alterações microclimáticas, uma vez que a represa possui uma enorme área de água exposta (espelho
d’água) o que possibilita o aumento das chuvas;
➢ Uma tempestade pode fazer com que a matéria inorgânica fique suspensa na represa, dificultando a
entrada da luz solar, isso altera a produção de fitoplâncton e a sobrevivência das macrófitas. Como
consequência a quantidade de oxigênio dissolvido na água pode diminuir muito, comprometendo
toda a vida aquática;
➢ Riscos de inundação e rompimento da barragem.

Figura 20 – Funcionamento de uma usina hidrelétrica


27
A partir da década de 1970, com a Crise do Petróleo e o aumento da demanda energética, motivou-se a
construção de hidrelétricas. O Brasil é o terceiro país do mundo que mais utiliza essa fonte de energia, só
fica atrás dos Estados Unidos e Canadá. Na década de 1990, graças ao Neoliberalismo, houve desestatização
do setor. As empresas privadas são mais interessadas em distribuir a energia do que produzir.

Conforme mencionado anteriormente, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, PR (14.000 MW) se destaca por ser a
segunda maior do mundo e a maior em produção de energia. Localiza-se na tríplice fronteira entre Brasil,
Paraguai e Argentina. Cabe destacar que ela e binacional, mas o Paraguai não consome toda a energia
gerada, repassando-a para o Brasil. Além dessa, outras merecem destaque: Belo Monte, PA (11.200 MW),
Tucuruí, PA (8.700 MW), Jirau, RO (3.800 MW), Ilha Solteira, SP e MS (3.400 MW), Xingó, AL e SE (3.200 MW),
Santo Antônio, RO (3.200 MW).

O Brasil possuí 12% da água doce superficial da Terra, tornando-se o país com uma das maiores redes fluviais,
contando com 12 bacias hidrográficas. Além de possuir a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que é atualmente “a
maior geradora de energia limpa e renovável do planeta”.

A usina hidrelétrica gera energia elétrica, a partir do potencial hidráulico de um rio, ou seja, vazão do rio
(volume de água em um período). Uma usina é composta por reservatório, canal, duto, turbina, gerador, casa
de força e linhas de transmissão. A água será encaminhada aos tubos que as levarão às turbinas onde o
movimento da água gera a energia mecânica em elétrica, levando-as às linhas de transmissão de energia,
essas águas após passarem por esse processo são devolvidas novamente ao meio ambiente da mesma forma
em que elas encontravam-se antes de gerarem energia.

Biomassa

É a matéria orgânica biodegradável que pode ser utilizada para gerar eletricidade ou como combustível. Ela
é dividida em obtenção direta, como por exemplo o carvão vegetal que é produzido para fazer churrasco, sua
fabricação é feita, normalmente, a partir do tronco do eucalipto. Além disso, a obtenção pode ser indireta,
como por exemplo o etanol que é produzido a partir da cana-de-açúcar aqui no Brasil e a partir do milho nos
Estados Unidos. Ademais, a queima do bagaço da cana pode gerar eletricidade. O biodiesel pode ser
fabricado com soja, girassol, dendê, mamona, gordura do porco etc. e é muito utilizado pelos europeus.

No que diz respeito aos maiores consumidores de biomassa no mundo, podemos ressaltar: o Brasil, os Estado
Unidos, a Alemanha, a China e a Suécia. O Brasil exporta etanol para os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.

Criado em 1975, o Proálcool visava fazer do álcool uma fonte de energia alternativa, em vista do Choque do
Petróleo. O setor automobilístico só apoiou o programa com a guerra entre o Irã e o Iraque. Redução do
Imposto Veicular Automotivo (IPVA) em veículos a álcool para incentivar as vendas. Na década de 1990,
houve uma estabilização do preço do petróleo, causando crise no programa. A partir de 2003, surgiram os
carros bicombustíveis, isto é, podem usar etanol e/ou gasolina.

Entre as vantagens: a tecnologia é acessível e possui um baixo custo. No que tange às desvantagens: expansão
dos latifúndios de cana-de-açúcar, desmatamento, a produção de alimento está servindo como combustível
e na conversão da matéria orgânica original em um biocombustível, mais de 30% da energia química
armazenada na biomassa é perdida.
28
Figura 21 – Fabricação do açúcar e do etanol
Fonte: Instrumentação e Controle

Além da cana-de-açúcar para produzir etanol, há silvicultura (reflorestamento) de eucalipto para fazer carvão
vegetal. Ademais, em 2005, o Brasil começou a produzir biodiesel a partir do óleo da soja, mamona,
amendoim, algodão, babaçu, dendê, carnaúba e gordura animal, mas as pesquisas foram minimizadas após
a descoberta do Pré-Sal.

O biogás é produzido a partir de resíduos orgânicos como lixo e esterco e transformado em gás combustível.
A transformação é feita por meio da digestão anaeróbica (sem oxigênio) dos microrganismos que consomem
a matéria orgânica e liberam gases como o metano. O gás é utilizado para gerar energia elétrica e pode ser
usado para substituir o gás residencial.

No que diz respeito à vantagem, podemos destacar: disponibilidade abundante de matéria prima. Entre as
desvantagens: maior risco de vazamento de resíduos tóxicos, alto custo de instalação, emite outros gases
nocivos como o ácido sulfídrico e o enxofre.

A biomassa voltou a ser a segunda fonte de geração mais importante do Brasil na Oferta Interna de Energia
Elétrica (OIEE) - toda a energia necessária para movimentar a economia – com o registro de 8,8% em 2016,
superando os 8,1% de participação do gás natural. As informações são do Boletim Mensal de Energia
(referência - dezembro/2016) elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

De um total de geração de 54 TWh por biomassa em 2016, o bagaço e a palha da cana contribuíram com 36
TWh, ou 67%. Compõem a biomassa o bagaço e a palha da cana, os resíduos de madeira da produção de
celulose, o biogás, a casca de arroz, dentre outros pouco significativos.

O bom desempenho da bioeletricidade e de outras fontes como hidráulica e eólica, continuam impulsionando
o crescimento da participação de renováveis no País. Segundo o boletim, o Brasil fechou o ano de 2016 com
o total de 82,7% de fontes renováveis na Oferta Interna de Energia Elétrica, contra o indicador de 75,5%
verificado em 2015.
29
Solar (Fotovoltaica)

A energia solar é produzida a partir da radiação solar captada por grandes painéis que possuem células
fotovoltaicas, as quais geram energia elétrica por meio de reações química. Uma usina solar é resultado de
um grande agrupamento desses painéis. Ela é muito utilizada para aquecer a água do chuveiro e para gerar
eletricidade.

China, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Itália são os países que mais utilizam. A maior usina solar do
mundo se encontra no deserto da Califórnia, ela é capaz de atender 140 mil residências.

Muitos brasileiros utilizam a energia solar para aquecer a água do chuveiro, no entanto, são inexpressivas as
estações fotovoltaicas. Os locais mais adequados para implantação são aqueles que possuem poucas nuvens,
como o Serão Nordestino, por exemplo.

No que tange às vantagens: construção rápida e prática de estações captadoras de energia solar. Ademais, a
manutenção é esporádica e barata.

No que diz respeito às desvantagens: custo elevado para produção dos painéis fotovoltaicos, suscetível às
mudanças atmosféricas e ocupa grandes extensões de terra.

Figura 22 – Funcionamento da energia solar

O Semiárido é a região mais compensativa para se instalar uma estação de energia solar, uma vez que está
na Linha do Equador, ou seja, o raio solar incide perpendicularmente. Você pode estar se perguntando, mas
a Amazônia também está na Linha do Equador? Porém, devido à evapotranspiração da vegetação e a
evaporação dos cursos d'água formam-se muitas nuvens, o que dificulta a entrada do raio de luz solar.

30
Além do Semiárido, Minas Gerais, Goiás e Tocantins também possuem um excelente aproveitamento.
Contudo, a região que mais necessita é a Sudeste, haja vista que a demanda é muito maior, especialmente o
estado de São Paulo, comparada com qualquer outro lugar do Brasil.

Eólica

A energia eólica é gerada a partir da força dos ventos. São construídas hélices que se assemelham a grandes
“cata-ventos” que ao girarem com o impulso eólico produzem energia elétrica. O princípio é o mesmo de
uma hidrelétrica, isto é, transformar energia mecânica em eletricidade.

China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Índia são os países que mais utilizam. A maior estação (parque)
eólica do mundo se encontra no estado do Texas, EUA, possui 421 aerogeradores (“cata-ventos”), consegue
produzir energia para 250 mil casas por ano.

É a energia renovável que mais cresce no Brasil, o litoral do Nordeste e do Sul possuem estações eólicas
razoáveis, pois são localidades que ventam bastante e constantemente. No entanto, ainda é pouco
comparado com outros países.

No que remete às vantagens: não emite gases que agravam o efeito estufa. Além disso, como são construídos
em zonas rurais, a agropecuária pode ser praticada nessas áreas.

Entre as desvantagens: alto custo de construção, depende das condições atmosféricas, gera poluição sonora
e visual e ocupa grandes extensões de terra.

Figura 23 – Funcionamento da energia eólica

31
No nosso país, alguns dados merecem destaque: em 2003, o Brasil produzia somente 22 MW (megawatts)
de eletricidade a partir de fontes eólicas, valor que aumentou para 602 MW em 2009 e aproximadamente 1
GW (gigawatts) em 2011. Recentemente, no ano de 2014, o país atingiu algo em torno de 5 GW, com a
expectativa de elevação para 13 GW até 2018. Apesar de relevantes, esses números ainda são muito
pequenos perante o potencial que o território nacional possui, que é calculado em aproximadamente 140
GW.

A região do Brasil com o maior potencial de produção de energia elétrica a partir dos ventos é o Nordeste,
com 75 GW, a metade da capacidade de todo o país. Não por acaso, a maioria das usinas existentes encontra-
se nessa região. Em segundo lugar, fica o Sudeste, com 29,7 GW; seguido pelo Sul, com 22,8 GW; o Norte,
com 12,8 GW; e o centro-oeste, com uma capacidade de 3,1 GW.

O estado brasileiro que mais produz energia eólica é o Rio Grande do Norte, que, até 2013, tinha uma
capacidade instalada de 1.339,2 MW e uma expectativa de crescimento para 3.654MW até 2018. A seguir,
temos uma tabela que sintetiza as principais unidades federativas do país nesse quesito:

Geotérmica

Devido à geologia, o Brasil não tem como aproveitar a energia geotérmica.

Essa energia é proveniente do calor do interior da Terra. As usinas geotérmicas usam a água superaquecida
em reservatórios subterrâneos, localizados próximo a superfície ou em áreas mais profundas. O vapor gerado
por essas águas causa o movimento das turbinas para produzir energia elétrica.

Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Itália, Japão, México e Islândia exploram essa fonte de energia. Entre a
vantagem: utiliza pequena extensão de terra. Desvantagens: depende de instabilidade tectônica, alto custo
de produção e emissão de enxofre.

32
Figura 24 – Funcionamento de uma usina geotérmica
Fonte: Suporte Geográfico

Maremotriz

Semelhante a energia eólica, a diferença é que as hélices ficam embaixo d’água. A energia maremotriz é
aquela provida pela variação diária das marés. A ação gravitacional do Sol e da Lua sobre a Terra faz o nível
das marés alterar. Quando a maré está alta, a água passa pelas comportas da barragem e enchem o
reservatório e quando ela está baixa a água do reservatório é liberada para acionar as turbinas e gerar energia
elétrica. O movimento das ondas e das correntes marítimas também contribuem.

Entre os países que mais utilizam, podemos destacar: o Japão, a França, a Coreia do Sul, a Inglaterra e os
Estado Unidos.

No que remete à vantagem, podemos salientar: não emite gases e resíduos poluentes. No que tange às
desvantagens, podemos frisar: alto custo de instalação, baixa produtividade e depende da dinâmica do mar.

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Figura 25 – Funcionamento de uma usina maremotriz

Existem diversos tipos de fontes de energias, e podemos dividi-las em fontes renováveis e não renováveis. A
energia marítima ou energia das ondas, é uma fonte renovável, a água é um recurso natural e abundante, e
uma das fontes para produção de energia que não contribui para o aquecimento global. A energia gerada a
partir dos oceanos pode ser dívida em: energia das marés, energia das ondas, correntes (marés e oceânicas),
gradiente de temperatura e gradiente de salinidade.

A Energia gerada pelas ondas possui um grande potencial de exploração, há várias regiões com aptidão para
o aproveitamento da energia de ondas, e nos últimos anos essa fonte de energia vem sendo muito estudada
no Brasil nos últimos anos, na tentativa de diminuir os custos e melhorar as tecnologias.

A energia das ondas pode ser obtida de duas formas, em águas profundas ou em águas rasas.

No Brasil, em 2012, foi instalado um projeto piloto de energia de ondas, a Usina do Porto do Pecém, está
localizada no Ceará, o projeto que nasceu com uma parceria dos pesquisadores da Coordenação dos
Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é
financiado pela Tractebel Energia, dentro do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e conta com apoio do Governo do estado do Ceará.

O potencial teórico a ser gerado, é de mais ou menos 100 quilowatts (KW) para o abastecimento de energia
do principal porto cearense.

E como funciona a energia das ondas?

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A energia de ondas é constituída por módulos, sendo assim cada módulo é formado por um flutuador, um
braço mecânico e uma bomba conectada a um circuito de água doce. A medida que as ondas passam, os
flutuadores acabam subindo e descendo, e assim acionando as bombas hidráulicas, que fazem com que a
água doce contida em um circuito fechado, circule em um local de alta pressão.

Essa água que sofre alta pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara
hiperbárica. Além das ondas, o mar oferece a possibilidade de geração de energia impulsionada pela
movimentação das marés. De acordo com estudos, o Brasil tem condições de explorar todas essas fontes, em
diferentes pontos ao longo da faixa litorânea.

Estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem receber usinas de ondas suficientes
para gerar 87 gigawatts. Sendo assim deste total, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que
aproximadamente equivale a cerca de 17% da capacidade total instalada no País.

Atualmente, como se encontra a Usina de Pecém?

Em 2016, a Usina de Pecém, se encontrava abandonada, devido ao fim do contrato com a Tractebel Energia.
A previsão era de retomada do projeto em 2017, em um novo ponto, mas não há informações claras a
respeito de retomadas e de como está atualmente.

5 - DESMATAMENTO
A exploração intensa e acelerada da natureza causa diversos impactos ambientais negativos, seja na
atmosfera, no solo, na água, nos seres vivos e até mesmo ao homem. O discurso ambiental diz respeito à
preservação, conservação e sustentabilidade, mas, na realidade, é uma forma de fazer com que o sistema
socioeconômico capitalista perpetue, haja vista que ele depende da natureza para continuar produzindo e
reproduzindo o capital.

Área preservada é aquela que não pode ser alterada, basicamente, apenas cientistas podem estar nela. Área
de conservação é aquela que pode ser alterada desde que reposta, por exemplo, se cortar uma árvore, outra
precisa ser plantada. Sustentabilidade significa que pode explorar a natureza desde que não falte recursos
para as gerações futuras.

Existe uma interação entre a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera, a biosfera, a pedosfera e a antroposfera e
é necessário fazer com que essas esferas estejam em equilíbrio. O desequilíbrio delas é um impacto
ambiental negativo. Assim, existe uma relação entre desmatamento e lixo urbano? Sim, se estão cortando
mais árvores, significa que estão consumindo mais papel, celulose, carvão vegetal etc. e/ou é necessário dar
espaço para a agropecuária ou urbanização. Independente do motivo, ambos estão diretamente
relacionados ao aumento do mercado consumidor que é mais concentrado no centro urbano.

A maioria dos países subdesenvolvidos se encontram na zona intertropical, logo, possuem florestas
tropicais/equatoriais. As populações africanas e asiáticas são as que mais crescem, fazendo com que a

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demanda por alimento também cresça e, consequentemente, o desmatamento, para dar lugar à
agropecuária. Ademais, o corte das florestas contribui com a redução da biodiversidade da fauna e da flora.

Após a II Guerra Mundial, porções florestais foram devastadas na Ásia para reconstruir o Japão. Desde 1960,
essa região citada perdeu cerca de 35% de sua cobertura original. O desenvolvimento econômico dos Tigres
Asiáticos também contribuiu com o desflorestamento.

Figura 26 – Desmatamento na Ásia

Mais de 6 milhões de km2 foram derrubadas na África, com destaque para a porção ocidental (Gana e Costa
do Marfim) que perdeu 90% de sua floresta original. As matas da República Democrática do Congo e do
Gabão, região central africana foram parcialmente preservadas, pois a infraestrutura de transportes não foi
capaz de escoar o extrativismo. A urbanização e a caça às espécies raras que possuem alto valor no mercado
negro também contribuem com o desmatamento.

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Figura 27 – Desmatamento na África

Na América do Sul, a preservação se deve à Floresta Amazônica, área de interesse para muitos cientistas e
empresários das indústrias farmacêuticas, de cosméticos e de alimentos. Cabe ressaltar que esse bioma só
não envolve a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.

Figura 28 – Desmatamento na América Latina


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O desmatamento intenso e acelerado nas regiões tropicais e equatoriais chamou a atenção da comunidade
científica. Estudiosos das áreas ambientais defendem a preservação dessas localidades, pois abrigam enorme
biodiversidade de espécies que ainda nem foram catalogadas. Para esses especialistas, as florestas citadas
são consideradas não renováveis pelo fato de serem muito frágeis e demorar demais para recuperarem sua
exuberância.

Em 1988, o ecólogo inglês Norman Myers criou o conceito hot spot que diz respeito às áreas do planeta que
possuem grande biodiversidade com enorme urgência quanto a conservação das suas espécies, uma vez que
já foram muito afetadas pelo homem.

Figura 29 – Hot spots

Há ainda o conceito de corredor biológico que implica na ligação entre as zonas protegidas e as áreas com
uma biodiversidade importante. O objetivo é conservar os ecossistemas e contribuir com o aumento do
número de espécies.

Muitos países subdesenvolvidos são dependentes do setor primário da economia, isto é, a prática do
extrativismo e da agropecuária representam uma parcela significativa de seus respectivos PIBs. Assim, a
prática do desmatamento é necessária. Vale lembrar que empresas estrangeiras também atuam nessas
regiões tropicais para tirarem proveito das florestas. Os países ricos reduziram demais suas matas originais
e agora exploram as regiões mais pobres do mundo.

O desmatamento também afeta o clima, pois reduz a evapotranspiração da flora e, consequentemente,


reduz o índice pluviométrico. Muitas vezes, antes de realizar o corte da árvore, é atirado fogo na mata,
fazendo com que a fumaça contribua com o agravamento do efeito estufa. Cabe destacar que a queimada
pode ocorrer de forma natural, seja pelo relâmpago ou pelo atrito entre os galhos em época de estiagem. As
cinzas depositadas no solo podem contribuir com a sua fertilidade.

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No Cerrado, o fogo ocorre naturalmente e com certa frequência. Por isso, a vegetação desse bioma possui
diversas características que lhe permite enfrentar essa adversidade, como cascas espessas e caules
subterrâneos profundos. Essas cascas espessas nada mais são que um isolante térmico entre a planta e o
meio. Assim, o fogo natural no Cerrado é um evento que participa ativamente para a preservação do bioma,
acelerando a reciclagem de nutrientes no ambiente e mantendo a biodiversidade local.

O desmatamento das matas ciliares ou galerias (vegetação que protege os rios e lagos) contribui com o
assoreamento dos rios, pois a vegetação serve como uma barreira, impedindo que sedimentos cheguem até
os rios por meio da erosão.

O desflorestamento também contribui com a desertificação e a arenização (ambos remetem a perda do


potencial produtivo do solo, a diferença é que o último é uma terminologia utilizada no Rio Grande do Sul),
porque na ausência da vegetação, os minerais que estão no solo ficam desprotegidos, fazendo com que o
vento e a água os removam mais rapidamente.

Figura 30 – Desertificação

Diversas conferências sobre a preservação do meio ambiente foram realizadas, tais como a ECO-92 e a
Rio+10, mas, infelizmente, os índices de desmatamento só crescem. O desflorestamento é necessário para
a fabricação de diversos produtos, bem como liberar espaço para agropecuária e a urbanização, entretanto,
deve ser feito de forma sustentável e com práticas de reflorestamento.

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6 - TIPOS DE LIXO E TRATAMENTOS
A quantidade de lixo produzida depende do poder aquisitivo da população. As pessoas mais favorecidas
acabam consumindo em massa, pois são levadas pela publicidade, pelo status e pelo capricho. Ademais, o
sistema capitalista impôs o uso de utensílios descartáveis, sobretudo em relação às embalagens.

Figura 31 – Países mais ricos respondem por quase metade do lixo produzido no mundo
Fonte: Banco Mundial

O tipo de lixo é um indicador da riqueza de uma população. Quanto mais rica, maior a participação das
embalagens na composição do lixo.

Figura 32 – Países mais ricos produzem resíduos bem diferentes dos países mais pobres
Fonte: Banco Mundial
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Figura 33 – Brasil: perfil dos resíduos sólidos em 2012
Fonte: Abraelpe

Atualmente, há uma preocupação com o acúmulo de lixo eletrônico (e-lixo), uma vez que o consumo de
computadores e celulares se tornou muito intenso e, muitas vezes, eles não são descartados de forma
adequada e nem mesmo reciclados.

Figura 34 – Maiores produtores e recicladores de e-lixo em 2017


Fonte: Global E-Waste Monitor

Papel: de 3 a 6 meses
Tecido: de 6 meses a 1 ano
Filtro de cigarro: 5 anos
Chiclete: 5 anos
Madeira pintada: 13 anos
Náilon: mais de 30 anos
Plástico: mais de 100 anos
Metal: mais de 100 anos
Vidro: 1 milhão de anos
Borracha: tempo indeterminado
Figura 35 – Tempo que a natureza leva para decompor
Fonte: Petrobrás
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Apesar de os países mais ricos consumirem mais produtos, os lixos são mais facilmente vistos nos países
pobres, montanhas de lixo a céu aberto nas periferias das cidades, nas margens dos rios, ao longo das
rodovias etc. compõem a paisagem urbana. O que fazer para diminuir esse problema?

Aterro Sanitário

O lixo é depositado em um buraco impermeável (normalmente por PVC e argila) para evitar que o chorume
produzido pelos dejetos se infiltre no solo e contamine os lençóis freáticos e os aquíferos. O chorume é
armazenado e depois passa por tratamento, uma vez que é tóxico. Além do chorume, o lixo produz biogás
(metano) que pode ser utilizado como uma fonte de energia. Os resíduos sólidos são compactados e cobertos
por camadas de terra, impedindo que a água da chuva dissolva o material e que animais transmissores de
doenças não se alimentem e/ou proliferem no local. Além disso, o mau cheiro causa desconforto para quem
mora perto.

Figura 36 – Funcionamento de um aterro sanitário

Incineração

Nos países ricos, é comum a queima do lixo para gerar energia elétrica e/ou aquecer a água. Esse método
reduz consideravelmente o volume, diferentemente de um aterro sanitário. No entanto, a instalação de
usinas de incineração é cara e ela lança gases poluentes que podem contribuir com o agravamento do efeito
estufa.
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Figura 37 – Funcionamento de uma usina de incineração de lixo

Compostagem

O lixo orgânico decomposto por microrganismos é utilizado para fertilizar o solo. Para tanto, é necessário
separa o lixo orgânico do inorgânico (coleta seletiva), essa massa utilizada na agricultura é chamada de
composto.

Figura 38 – Funcionamento de uma usina de biodigestão anaeróbica

Reciclagem

É a reutilização de papel, plástico, metal, vidro, isopor etc. para produzir os mesmos ou outros bens. Entre as
vantagens da reciclagem, podemos mencionar:

➢ Redução do extrativismo;
➢ Não geram substâncias poluentes;
➢ Não ocupam aterros sanitários.
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As campanhas de conscientização ajudam na produção de lixo, seja por meio da reutilização de sacolas
plásticas do supermercado, seja evitando o desperdício de comida, seja reduzindo o consumo etc. Apesar de
o nosso país reciclar muitas latas de alumínio e pneus, infelizmente, ainda estamos longe de ocupar as
primeiras posições entre os países que mais reciclam no mundo. Somente 8 países no mundo reciclam 50%
ou mais do seu lixo: Alemanha, Coreia do Sul, Áustria, Eslovênia, Bélgica, Suíça, Holanda e Suécia.

Figura 39 – Reciclagem no Brasil em 2010

Figura 40 – Coleta de lixo no Brasil

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7 - TIPOS DE POLUIÇÃO
Poluição significa a presença concentrada de determinadas substâncias ou agentes físicos no ambiente que
afetam negativamente os ecossistemas. Essas substâncias ou agentes são chamados de poluentes. A poluição
afeta diretamente o equilíbrio ambiental e impacta na saúde humana.

Poluição Atmosférica

Ocorre pela contaminação do ar por partículas de fumaça e gases nocivos. Os principais poluentes do ar são
o monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2) e alguns
hidrocarbonetos. Esses poluentes são liberados na queima de combustíveis fósseis, no escape dos veículos,
nos resíduos de aterros causados pela poluição do lixo, nos acidentes nucleares, nos derramamentos de
radiação, entre outros.

Um dos poluentes atmosféricos mais perigosos é o monóxido de carbono (CO), um gás levemente inflamável,
inodoro e muito perigoso devido a sua grande toxicidade.

A queima industrial de combustíveis como o carvão mineral e o óleo diesel também é outro fator de liberação
de gases tóxicos para atmosfera, em especial dióxido de enxofre (SO2) e dióxido de nitrogênio (NO2). Quando
há um aumento na concentração desses gases na atmosfera, eles reagem com os vapores d’água presentes
no ar e formam, respectivamente, os ácidos sulfúrico e nítrico, acidificando a chuva. Essa diminuição do pH
além de corroer monumentos, carros, portões, destrói vegetações, contamina água e solo, causa a
mortalidade dos animais que vivem nos corpos d’água e pode causar bronquite, asma e enfisema pulmonar.
Chamamos esse fenômeno de chuva ácida.

Ainda, a acidificação dos oceanos resulta da liberação exacerbada de gás carbônico na atmosfera, uma vez
que esse aumento de concentração leva a uma maior dissolução desse gás nos ambientes aquáticos
(oceanos, mares, lagos e rios). Quando a água (H2O) e o gás carbônico (CO2) se encontram, é formado o ácido
carbônico (H2CO3), que se dissocia no mar formando íons bicarbonato (HCO3-) e íons hidrogênio (H+). O nível
de acidez aumenta devido à quantidade de íons H+ presentes em uma solução – nesse caso, a água do mar.
Quanto maiores as emissões, maior a quantidade de íons H+ que se formam e mais ácidos os oceanos ficam.
A reação que representa esse fenômeno de acidificação é: CO2+H2O ⇋ H2CO3 ⇋ H++ HCO3-. Assim, quanto
maior a presença de íons H+ na água, menor será o seu pH.

Um dos efeitos da acidificação dos oceanos é a destruição dos recifes de corais. Recifes de corais são
formações construídas a partir da deposição de carbonato de cálcio por diversos organismos, em especial os
corais. Outro problema que tem sua origem na poluição atmosférica é a inversão térmica. As partículas em
suspensão são levadas pelas correntes de convecção para as camadas mais altas da atmosfera, onde se
dissipam e diminuem os efeitos da poluição no ar. À medida que altitude aumenta, as camadas de ar ficam
mais frias. No entanto, uma camada de ar quente pode penetrar essas camadas de ar frio e ficar presas no
meio delas, incapacitando a dispersão do ar e, consequentemente, os poluentes. Assim, o ar próximo à
superfície terrestre torna-se denso, escuro e impróprio para a vida.

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A concentração de poluentes na atmosfera, especialmente nos centros urbanos, onde muitos gases tóxicos
são liberados é conhecida como smog (smoke, que significa fumaça + fog, que significa neblina). Esses
poluentes, ao serem retidos nas camadas mais superficiais do ar (troposfera), tornam-se disponíveis para a
respiração humana. O smog é responsável por muitas doenças respiratórias que podem levar à morte.

Além da inversão térmica, a poluição atmosférica no centro urbano contribui com o aumento da temperatura,
chamamos isso de ilha de calor. Além dos poluentes lançados pelos carros e pelas indústrias, a coloração
escura do asfalto, as construções e a concentração populacional contribuem com o calor, fazendo com que a
zona urbana fique cerca de 10 graus Celsius mais quente do que a zona rural.

Para se construir uma hidrelétrica é necessário fazer um reservatório (represa), considerando o enorme
tamanho, é necessário inundar uma área significativa, fazendo com que a fauna e a flora fiquem submersas.
Nesse sentido, se inicia um processo de putrefação que libera gás carbônico para a atmosfera, contribuindo
com o agravamento do efeito estufa. Além disso, a queimada também contribui com o aumento da
temperatura.

Figura 41 – Cidades com maiores concentrações de partículas poluentes em suspensão, no Brasil e no mundo, em 2016

Poluição da Água

Conforme a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), água poluída é aquela que tem a composição
alterada, não está em equilíbrio com o meio e não serve para o uso que teria em seu estado natural. Para
medir o grau de poluição levam-se em conta a temperatura, a presença de resíduos (em suspensão ou
depositados) e a composição. A avaliação é relativa a todo o conjunto de corpos hídricos de uma região, uma
vez que a poluição se espalha de acordo com as chuvas, o fluxo dos rios e as correntes marítimas.

A poluição da água é a contaminação dos corpos d'água por elementos físicos, químicos e biológicos que
podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana. Um fator preocupante
dessa poluição é que os lençóis freáticos, os aquíferos, os lagos, os rios, os mares e os oceanos são o destino
de todo e qualquer poluente solúvel em água que tenha sido lançado no ar ou no solo. Dessa forma, além

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dos poluentes que são lançados diretamente nos corpos d'água, as redes hídricas ainda recebem a poluição
vinda da atmosfera e da litosfera, provenientes de atividades agropecuárias, industriais e domésticas.

O derramamento de petróleo é considerado um dos mais graves e problemáticos acidentes ambientais em


águas marinhas, levando dezenas de espécies à morte. Quando ocorre um vazamento, o petróleo permanece
na superfície da água marinha e forma uma densa camada que impossibilita a penetração dos raios solares,
dificultando a fotossíntese de várias espécies de algas. Isso acarreta a morte de uma variedade enorme de
organismos.

Quando atinge os mangues, o petróleo polui e contamina o ecossistema, provocando a morte de espécies
vegetais e animais. Como os manguezais são áreas de procriação de determinadas espécies animais, a
reprodução delas também é gravemente afetada. Em alguns casos, o petróleo pode atingir as praias,
contaminando extensas faixas de areia, deixando-as impróprias para os banhistas. Nesses casos, todo o setor
turístico de uma região pode ser afetado, trazendo prejuízos econômicos.

Outro problema decorrente da poluição dos corpos d’água é a eutrofização. A eutrofização é o aumento
gradual na concentração de fósforo, nitrogênio e outros nutrientes de plantas em um ecossistema aquático
em envelhecimento, como um lago. A produtividade ou fertilidade desse ecossistema aumenta naturalmente
à medida que aumenta a quantidade de material orgânico que pode ser decomposto em nutrientes,
ocasionando grandes concentrações de algas e organismos microscópicos. No entanto, as atividades
humanas aceleraram a taxa e a extensão da eutrofização através de descargas de fontes pontuais e cargas
não pontuais de nutrientes limitantes, como nitrogênio e fósforo, nos ecossistemas aquáticos (isto é,
eutrofização cultural), com consequências dramáticas para as fontes de água potável, pescarias e corpos
d'água recreativos. As consequências conhecidas da eutrofização cultural incluem florações de
cianobactérias, morte de animais aquáticos e suprimentos de água potável contaminados.

Nome País Característica


Rio Citarum Indonésia 500 fábricas despejam dejetos nele
Rio Yamuna Índia Hospitais de tuberculosos direcionam seus esgotos nele
Lago Karachay Rússia Depósito de lixo atômico
Bacia do Riachuelo Argentina Crianças apresentam metais pesados no sangue e na urina
Rio Tietê Brasil Concentra bactérias nocivas à saúde
Rio Amarelo China Muitas fábricas despejam seus dejetos
Rio Ganges Índia As águas têm 3 mil vezes mais bactérias do que o permitido
Rio Marilao Filipinas Apresenta muitas carcaças de animais
Rio Guandu Brasil Possui algas venenosas e fábricas e lixões perto
Rio Iguaçu Brasil 90% da poluição provém das atividades domésticas

Poluição pela Agropecuária

Os fertilizantes (adubos químicos) e os agrotóxicos (fungicida, pesticida, herbicida etc.) são transportados
pelo vento, pelas chuvas e pelos sistemas de irrigação, contaminando o solo, as águas superficiais e
subterrâneas. Os medicamentos que são injetados nos animais também podem contribuir com a poluição.

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Uma vez poluído, o solo se empobrece, obrigando o agricultor a utilizar mais fertilizantes, gerando um ciclo
vicioso. Ademais, o meio ambiente se torna mais vulnerável à proliferação de pragas, exigindo maior uso de
agrotóxicos.

A modernização da agropecuária, graças à Revolução Verde (como vimos na Aula 09), provocou um impacto
ambiental negativo sem precedentes no meio rural. Além disso, aumentou a poluição industrial, em
decorrência da expansão da fabricação de insumos. Segundo a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Poluição Industrial

Os metais pesados e outros resíduos são altamente prejudiciais à sobrevivência das espécies. Os impactos
ambientais negativos são maiores na hidrosfera do que na litosfera/pedosfera, por causa da capacidade de
transporte e difusão no meio líquido.

Na Região Metropolitana da Baixada Santista existe a cidade de Cubatão, possui um dos complexos industriais
mais importantes do país. Pesticidas organoclorados (Pó da China) e percloroetileno (desengraxante de
metais) eram um dos produtos mais fabricados. De 1974 a 1993, 20 mil toneladas desses resíduos foram
despejados sobre o solo. Em 1980, Cubatão foi taxada de “Vale da Morte” pelos Estados Unidos, pois a cada
mil crianças, cerca de quarenta morriam em até 1 semana de vida.

Além disso, hexaclorobenzeno, poluente altamente perigoso, foi detectado nos alimentos e até no leite
materno. A concentração de poluentes era tão elevada que chovia ácido sulfúrico. A contaminação da água
reduziu o oxigênio dos rios, matando os seres vivos. Atualmente, Cubatão tem um programa de despoluição
e foi escolhida pela ONU como um exemplo de recuperação ambiental, mas ainda há muito a ser feito, com
base na Figura 16 apresentada na página 21.

Poluição pelo Esgoto Doméstico

Cerca de 40% da população mundial não possui saneamento básico adequado, isto é, tratamento de esgoto,
água e lixo. Assim, ocorre a poluição das águas pelo esgoto doméstico, ocasionando elevados índices de
mortalidade infantil. Óleo de cozinha e detergente estão entre os maiores vilões.

A expansão urbana é tão acentuada que as populações chegam a ocupar as áreas das nascentes, uma vez
poluída, essa área compromete todo o curso do rio, seja pela poluição, redução da oxigenação ou proliferação
de bactérias anaeróbicas.

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8 - AQUECIMENTO GLOBAL
A radiação solar (raio ultravioleta) e a irradiação terrestre (raio infravermelho) são os principais responsáveis
por determinar a temperatura no nosso planeta. Para entendermos melhor, vale ressaltar o balanço
energético, isto é, a quantidade de luz do Sol que é absorvida e refletida pela Terra.

Figura 42 – Balanço Energético da Terra

Essa dinâmica do balanço energético também remete ao efeito estufa. Os gases da atmosfera permitem a
passagem do raio ultravioleta, absorvendo o calor. Cerca de 50% desse raio solar é barrado pela estratosfera
e o restante atinge a superfície terrestre, aquecendo-a. Vale lembrar, que o efeito estufa é um fenômeno
natural, o problema é o agravamento dele por meio dos gases do efeito estufa, tais como: CO2, CFC, metano
(CH4), dióxido de enxofre (SO2) etc. Esse agravamento é o que nós conhecemos como aquecimento global.

Se os alguns gases da atmosfera não retivessem o calor, os seres vivos morreriam de frio, pois à noite, todo
calor armazenado seria irradiado para o espaço sideral. O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o dióxido
de nitrogênio (NO2) e os clorofluorcarbonos (CFC) apresentam essa função de reter o calor. Assim, são
chamados de gases do efeito estufa.

A intensidade da urbanização e da industrialização, a elevada queima dos combustíveis fósseis, a enorme


quantidade de queimadas e a pecuária são os principais responsáveis pelo lançamento dos gases do efeito
estufa na atmosfera. Dessa forma, maior retenção do calor, consequentemente, aumento da temperatura.

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Nos últimos 100 anos, a temperatura média da Terra subiu cerca de 0,6 ºC. Essa elevação agrava o efeito
estufa, gerando o que chamamos de aquecimento global. Entre as consequências, podemos citar:

➢ Aumento do nível do mar e constantes inundações nas áreas costeiras: o aumento no nível médio
global do mar está aumentando muito mais rápido na costa leste dos Estados Unidos e no Golfo do
México. Isso aumenta os riscos de inundação para comunidades de baixa altitude e propriedades
costeiras de alto risco;
➢ Incêndios florestais mais longos e constantes: as temperaturas mais altas da primavera e do verão
resultam em florestas mais quentes e secas por períodos mais longos, proporcionando condições
favoráveis para incêndios florestais se inflamarem e se espalharem;
➢ Ondas de calor mais frequentes e intensas: o clima quente já está ocorrendo com mais frequência
do que 60 anos atrás, e as ondas de calor podem se tornar mais frequentes e severas à medida que o
aquecimento global se intensifica. Esse aumento nas ondas de calor cria sérios riscos à saúde e pode
levar à exaustão por insolação e agravar as condições médicas existentes, como alergias respiratórias
e dermatológicas e a disseminação de doenças transmitidas por insetos;
➢ Secas na Amazônia: as chuvas tornam-se mais imprevisíveis, levando à seca e à desertificação. O
aumento de CO2 na atmosfera diminui também a taxa de transpiração nas plantas, reduzindo a
umidade relativa do ar e agravando esse cenário;
➢ Liberação de metano no permafrost da Sibéria: a pressão e as baixas temperaturas mantêm o
metano preso no solo constantemente congelado (permafrost). Contudo, o aumento da temperatura
nas águas do mar possibilita a liberação do metano (CH4) contido no pemafrost, fazendo com que ele
se difunda na água e seja liberado na atmosfera. Esse gás é cerca de 20 vezes mais potente que o CO2;
➢ Acidificação dos oceanos: o aumento de CO2 na água causa a acidificação dos oceanos, levando à
morte dos corais e plânctons. Além disso, ocorre a diminuição na capacidade fotossintética do
fitoplâncton;
➢ Desaparecimento da calota glacial ártica: o derretimento das calotas polares expõe o solo e a água
do mar, que passam a absorver mais calor e aceleram ainda mais o derretimento das geleiras.
➢ Migração de espécies: o aumento lento da temperatura força muitas espécies a migrar em direção
aos polos e nas encostas das montanhas, a fim de permanecer em habitats com mesmas condições
climáticas. Ainda, impacta as espécies que vivem diretamente nas regiões árticas, como por exemplo
o urso polar;
➢ Irregularidade nos índices pluviométricos: provavelmente, maiores ocorrências de tempestade,
furacão, ciclone e tufão;
➢ Produção de alimentos comprometida.

Para reverter esse quadro, o mundo precisaria:

➢ Reduzir a emissão dos gases do efeito estufa;


➢ Plantar mais árvores;
➢ Implantar cidades inteligentes e sustentáveis que não contribuam tanto com a ilha de calor;
➢ Utilizar mais as fontes de energia alternativas;
➢ Reduzir a produção de lixo;
➢ Práticas agropecuárias mais sustentáveis etc.

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Entre as inúmeras conferências realizadas para discutir as mudanças climáticas, podemos destacar:

a) Conferência de Estocolmo (1972): reduzir a poluição e a pobreza.


b) Primeira Conferência Mundial do Clima (1979): cientistas alertaram os países sobre como as
mudanças climáticas podem afetar a agricultura, os recursos naturais e a economia.
c) Segunda Conferência Mundial do Clima (1990): divulgação de novas pesquisas sobre mudanças
climáticas.
d) Eco-92 (Rio-92): Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento
teve a participação de mais de 170 países. Foi assinado um acordo para estabilizar as concentrações
de gases que agravam o efeito estufa.
e) Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima: entra em vigor em 1994. Com
quase 200 países membros, essa convenção estabeleceu conferências anuais para debaterem
mudanças climáticas e foi definido o papel de cada nação no combate ao aquecimento global.
f) Mandato de Berlim (1995): reforça o compromisso dos países industrializados para controlar as
mudanças climáticas e 2 anos para negociarem a redução dos gases do efeito estufa.
g) Protocolo de Kyoto (1997): pela primeira vez é definido o compromisso ambiental dos países
industrializados com metas específicas para cada país.
h) Rio+10 e Declaração de Johanesburgo (2002): atualiza as metas do Protocolo de Kyoto e o
desenvolvimento sustentável é tratado de forma geral, não ficando restrito ao aquecimento global.
i) Protocolo de Kyoto (2005): entra em vigor após a entrada da Rússia. As metas deveriam ser
cumpridas entre 2008 e 2012.
j) Flexibilização do Protocolo de Kyoto (2008): é criado o crédito de carbono. Aqueles países que
atingiram suas metas de não poluir, com o oferecimento do crédito de carbono, poderiam fazer com
que os países que não atingiram a meta continuassem poluindo até atingir a meta.
k) Plataforma de Durban (2011): como as metas do Protocolo de Kyoto terminam em 2012, essa
plataforma propôs um novo acordo. O Canadá saiu do Protocolo de Kyoto, pois EUA e China não
assinaram, dessa maneira, o acordo se torna ineficaz.
l) Acordo de Paris (2015): é o sucessor do Protocolo de Kyoto, incentivando compromissos voluntários,
isto é, agora as metas não são mais exclusivas dos países industrializados. No ano seguinte, o Acordo
de Paris entra em vigor e, mais uma vez, os EUA estão em processo para deixar o acordo.

O aquecimento global é um tema muito polêmico. Os sensacionalistas defendem que o homem é o principal
responsável pelo aumento da temperatura, eles não conseguem provar, no entanto, não dá para negar que
existe mudança microclimática, a ilha de calor prova isso. Os céticos consideram que a elevação da
temperatura é um ciclo natural e a intervenção humana é irrelevante numa escala global.

9 - CAMADA DE OZÔNIO
A atmosfera é a parte da Terra composta por diversos gases: vapor d’água, nitrogênio (N), oxigênio (O), ozônio
(O3) etc. Quanto mais distante da superfície terrestre, menor a concentração gasosa em virtude da menor
gravidade. A atmosfera foi dividida em camadas para facilitar o entendimento e saber quais as características
de cada uma delas.

51
A Estratosfera está entre 10 e 50 km de altitude. Concentra gás ozônio que é responsável por barrar (filtrar)
a radiação ultravioleta (emitida pelo Sol) tipo B (UV-B). Nessa camada, 90% do UV-B é absorvido pelo ozônio.
A camada de ozônio (Ozonosfera) está entre 20 e 35 km de altitude. Na década de 1980, descobriu-se uma
queda acentuada de ozônio na Antártida, fenômeno conhecido como “buraco da camada de ozônio”. Isso
ocorreu por conta da emissão do Cloro Flúor Carbono (CFC), componente que era utilizado como isolante em
aparelhos de refrigeração, aerossóis e materiais plásticos. Caças das forças aéreas e balões que auxiliam na
previsão do tempo podem chegar nessa camada.

Especialistas afirmam que o “buraco da camada de ozônio” deixará de existir entre 2060 e 2080. Graças ao
Protocolo de Montreal (em 1989 vários países se comprometeram a substituir os compostos que
empobrecem a camada de ozônio) a emissão de CFC foi reduzida significativamente. Ademais, o ozônio é um
composto que se autorregenera {O3 ⇌ O2 + [O]}.
Quando o CFC é atingido pelo raio ultravioleta, ele se desintegra e libera cloro. O cloro reage com o ozônio
sendo transformado em oxigênio, isto é, destruindo o O3. O “buraco da camada de ozônio” formou-se na
Antártida porque a baixa temperatura dificulta a reposição do ozônio.

No fim dos anos 1990, o “buraco” passou a ser monitorado por satélite, pois atingiu uma área equivalente a
3 Estados Unidos. Ademais, um afinamento da camada de ozônio foi detectado no Ártico.

Estados Unidos, Europa, China e Japão já perderam em torno de 5% da proteção de ozônio.


Consequentemente, aumentou o número de casos de câncer de pele. No fim da década de 1990, o número
de casos dessa doença era cerca de mil porcento maior do que nos anos 1950.

Embora o Protocolo de Montreal esteja sendo seguido, a reparação do “buraco” na camada de ozônio pode
levar muito tempo, uma vez que a vida útil dos clorofluorcarbonos é de aproximadamente 80 anos.

10 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável pode ser explicado de várias maneiras, mas a definição mais amplamente
reconhecida foi redigida pela Comissão Brundtland, em 1987: desenvolvimento sustentável é o
desenvolvimento econômico que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atender às suas próprias necessidades.

É, portanto, o desenvolvimento econômico que não esgota os recursos para o futuro. O conceito de
desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de Estocolmo (Suécia) e, por isso, também chamada
Conferência de Estocolmo, criada para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como Relatório Brundtland, que
formalizou o termo desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público mundial. Em 1992,
durante a reunião mundial da Eco-92, sediada no Rio de Janeiro-RJ, foi elaborada a Agenda 21, com vistas a
diminuir os impactos gerados pelo aumento do consumo e do crescimento da economia pelo mundo.
52
A Agenda 21 defende que o desenvolvimento sustentável, para ser alcançado, depende de planejamento e
do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Neste modelo de desenvolvimento, o avanço
econômico e a conservação ambiental são compatíveis e intimamente relacionados, de modo que os
recursos naturais, embora finitos, são suficientes para atender às necessidades de todos, desde que sejam
racionalmente manejados.

Em 1997, um encontro mundial na cidade de Kyoto (Japão) elaborou o Protocolo de Kyoto, com o objetivo
de reduzir 5,2%, em média, das emissões de gases causadores do efeito estufa pelos países industrializados.
O Brasil foi um dos primeiros a assinar o acordo. Contudo, alguns países industrializados, como os EUA e a
China (maiores poluidores), não validaram as metas de redução. Nesse contexto aconteceu, em 2002, uma
nova reunião da ONU, a Rio+10, sediada na África do Sul.

A Rio+10 retomou as discussões da Eco-92 e organizou as discussões ambientais em cinco eixos: agricultura,
água e saneamento, biodiversidade, energia e saúde. Além disso, a Rússia, o Canadá e a China aderiram ao
protocolo de Kyoto e os demais países o ratificaram.

Em 2012 ocorreu a conferência Rio+20, no Rio de Janeiro. O tema continuou sendo o desenvolvimento
sustentável e, a partir desse encontro, os três pilares da sustentabilidade foram estabelecidos. Assim, todo
empreendimento ou comunidade que deseja ser sustentável deve ser economicamente viável,
ecologicamente correto e socialmente justo.

O aspecto social trata do capital humano como um todo: salários justos, ambiente de trabalho agradável e
questões relativas à educação, violência e lazer devem ser consideradas. O aspecto ambiental se refere a
todas as condutas que possuam, direta ou indiretamente, algum impacto no meio ambiente, seja a curto,
médio ou longo prazo. O aspecto econômico preconiza que empreendimento ou comunidade deve ser capaz
de produzir, distribuir e oferecer seus produtos ou serviços de forma que estabeleça uma relação de
competitividade justa em relação aos demais concorrentes do mercado.

Na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, em 2015, os líderes mundiais adotaram
a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que inclui um conjunto de 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) destinados a acabar com a pobreza, combater a desigualdade e a
injustiça e combater as mudanças climáticas até 2030. Essas 17 metas estão listadas abaixo:

Metas de desenvolvimento sustentável

1) Acabar com a pobreza em todas as suas formas;


2) Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a
agricultura sustentável;
3) Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades;
4) Garantir uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos;
5) Alcançar a igualdade de gênero e capacitar todas as mulheres e meninas;
6) Garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos;
7) Garantir acesso à energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos;

53
8) Promover crescimento econômico inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e
trabalho decente para todos;
9) Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável e
fomentar a inovação;
10) Reduzir a desigualdade dentro e entre países;
11) Tornar cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
12) Garantir padrões de consumo e produção sustentáveis;
13) Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos;
14) Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos para o
desenvolvimento sustentável;
15) Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerenciar
florestas de forma sustentável, combater a desertificação, reverter a degradação da terra e
deter a perda de biodiversidade;
16) Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, fornecer
acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em
todos os níveis;
17) Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento
sustentável.

Pegada ecológica

A maneira mais simples de definir pegada ecológica seria chamá-la de impacto das atividades humanas
medido em termos da área de terras e águas biologicamente produtivas necessárias para produzir os bens
consumidos e assimilar os resíduos gerados. Ou seja, é a “quantidade de ambiente” necessária para produzir
os bens e serviços necessários para apoiar um estilo de vida específico.

Para mensurar a pegada ecológica mede-se a demanda e a oferta da natureza. Do lado da demanda, a pegada
ecológica mede os ativos ecológicos que uma determinada população necessita para produzir os recursos
naturais que consome (incluindo alimentos e fibras de origem vegetal, produtos de gado e peixe, madeira e
outros produtos florestais, espaço para infraestrutura urbana) e absorver seus resíduos, principalmente as
emissões de carbono. Isso é feito através do monitoramento do uso de seis categorias de áreas de superfície
produtivas: terras cultiváveis, pastagens, áreas de pesca, áreas construídas, áreas florestais e demanda de
carbono na terra.

Do lado da oferta, a biocapacidade de uma cidade, estado ou nação representa a produtividade de seus
ativos ecológicos (incluindo terras cultiváveis, pastagens, terras florestais, áreas de pesca e áreas
construídas). Essas áreas podem absorver grande parte dos resíduos que geramos, especialmente nossas
emissões de carbono.

Tanto a pegada ecológica quanto a biocapacidade são expressas em hectares globais, e a pegada ecológica
de cada cidade, estado ou nação pode ser comparada à sua biocapacidade. Se a pegada ecológica de uma
população exceder a biocapacidade da região, ela terá um déficit ecológico. Sua demanda pelos bens e
serviços que suas terras e mares podem fornecer (frutas e legumes, carne, peixe, madeira, algodão para
vestuário e absorção de dióxido de carbono) excede o que os ecossistemas da região podem renovar.

54
Assim, uma região com déficit ecológico atende à demanda importando, liquidando seus próprios ativos
ecológicos (como a sobrepesca) ou emitindo dióxido de carbono na atmosfera. Por outro lado, se a
biocapacidade de uma região exceder sua pegada ecológica, ela terá uma reserva ecológica.

Organização das Nações Unidas (ONU)

Uma importante pauta da ONU são os Objetivos do Milênio (OdM) que se desdobraram nos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). A pauta dos OdM foi apresentada pela ONU em 2000 na Cúpula do
Milênio e foram propostos oito objetivos internacionais de desenvolvimento para serem alcançados até
2015. Todos os países-membros da ONU comprometeram-se a cumprir os objetivos.

Figura 43 - Objetivos do Milênio propostos pela ONU

Os efeitos positivos da agenda proposta em 2000 resultaram em uma pós-agenda mais ambiciosa: os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). São 17 objetivos centrais e 169 metas para os países-
membros da ONU perseguirem até 2030. Mas o que é desenvolvimento sustentável? Desenvolver-se de
forma sustentável nada mais é que: crescer economicamente respeitando o meio ambiente e promovendo
o desenvolvimento social para outras gerações. O desenvolvimento sustentável é algo desafiador, mas
tornou-se uma pauta atual e indispensável.

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Figura 44 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU

A Organização Mundial da Saúde foi criada em 1948, pouco tempo após a criação da ONU. Seu objetivo é o
desenvolvimento da saúde das nações e o combate a doenças transmissíveis e não transmissíveis. A OMS
atua por meio de pesquisas científicas, em parceria com pesquisadores do mundo todo. Além disso, a
instituição patrocina programas que visam a prevenção de doenças.

Prioridades da Organização Mundial de Saúde para 2019


Poluição do ar e mudanças climáticas Ebola
Doenças crônicas não transmissíveis Atenção primária de saúde
Pandemia de gripe Relutância em vacinar
Cenário de fragilidade e vulnerabilidade Dengue
Resistência antimicrobiana HIV

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura foi criada em 1945 e tem como objetivo o
combate e erradicação da fome. A FAO luta contra a fome por meio da promoção de desenvolvimento
agrícola e auxílio na implementação de estratégias de longo prazo para aumentar a produção e acesso aos
alimentos. Abaixo, seguem os cinco objetivos estratégicos da FAO:

➢ Ajudar a erradicar a fome, insegurança alimentar e desnutrição.


➢ Fazer a agricultura, a silvicultura e a pesca mais produtivas.
➢ Reduzir a pobreza.
➢ Melhorar a eficiência do sistema agrícola.
➢ Aumentar a resiliência e meios de subsistência para momentos de crise.

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O lema da UNICEF é “Para toda criança.”, essa frase curtinha traduz muito bem o que a UNICEF busca: salvar
a vida e defender direitos desde a infância até a adolescência. O que eles procuram é proporcionar meios e
oportunidade para todas as crianças crescerem em um ambiente seguro.

Os projetos da UNICEF atuam nas esferas da saúde, educação, nutrição, saneamento básico e socorro de
crianças e adolescentes em situação de risco por causa de instabilidades como guerra, tragédias e outros.

Toda criança tem o direito de crescer em um ambiente seguro e inclusivo.


Princípios da

Toda criança tem o direito de sobreviver e prosperar.


UNICEF

Toda criança tem o direito de aprender.

Toda garota tem o direito de alcançar seu potencial.

A Organização Internacional do Trabalho foi criada antes da ONU, em 1919, e hoje faz parte da organização.
O objetivo da OIT é promover a justiça social e formular recomendações internacionais do trabalho.

A OIT está instalada no Brasil desde 1950 e, além das atribuições normais que a instituição exerce pelo
mundo, há uma parceria com o governo brasileiro na promoção do chamado trabalho decente. Esse projeto,
lançado em 2006, visa combater o trabalho forçado, o trabalho infantil e o tráfico de pessoas. A Agenda
Nacional do Trabalho Decente trabalha com foco em três prioridades:

➢ Geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento;


➢ Erradicação do trabalho escravo e do trabalho infantil, em especial em suas piores formas;
➢ Fortalecimento dos atores e do diálogo social como um instrumento de governabilidade democrática.

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

A OCDE surgiu com objetivo de administrar os recursos provenientes do Plano Marshall para reconstrução
da Europa após Segunda Guerra Mundial. Seu nome original era OECE – Organização para Cooperação
Econômica. Seus objetivos atuais são:

➢ apoiar o crescimento, desenvolvimento e estabilidade econômica dos países-membros;


➢ desenvolver o crescimento do nível emprego;
➢ estabelecer mecanismos para aumentar o nível de renda;
➢ discutir e propor metas para o desenvolvimento econômico mundial.

Além disso, a OCDE busca ajudar os governos a combater a pobreza e que a dimensão ambiental seja
considerada em meio às políticas de desenvolvimento econômico e social. São 36 países participantes, mas
todo conhecimento gerado pela OCDE é compartilhado com países não membros, inclusive o Brasil. Os
países-membros são: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo,
Holanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Canadá, Estados

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Unidos, Japão, Finlândia, Austrália, Nova Zelândia, México, República Tcheca, Hungria, Polônia, Coreia do
Sul, Eslováquia, Chile, Estônia, Israel, Eslovênia, Letônia.

Argentina, Peru, Croácia, Bulgária e Romênia estão negociando a entrada na OCDE. O Brasil formalizou o
pedido de entrada em 2017, a expectativa era de uma consideração rápida do pedido, mas as negociações
estão lentas.

Organização dos Estados Americanos (OEA)

É o organismo mais antigo do mundo, foi criado em 1889/1890 sob o nome União Internacional das
Repúblicas Americanas. Tornou-se Organização dos Estados Americanos em 1948, com 21 países-membros
originais. É uma instituição que busca garantir a paz, consolidar democracias, prevenir atritos e assegurar
soluções pacíficas. Outros 14 países passaram a integrar a OEA e o Brasil é um dos membros fundadores.
Cuba foi expulsa da organização em 1962, por pressão estadunidense e Honduras teve seus direitos
suspensos na organização por causa do golpe de estado em 2009. A OEA possui os seguintes princípios:

➢ Garantir a paz e a segurança continentais;


➢ Promover e consolidar a democracia representativa, respeitado o princípio da não-intervenção;
➢ Prevenir as possíveis causas de dificuldades e assegurar a solução pacífica das controvérsias que
surjam entre seus membros;
➢ Organizar a ação solidária destes em caso de agressão;
➢ Procurar a solução dos problemas políticos, jurídicos e econômicos que surgirem entre os Estados
membros;
➢ Promover, por meio da ação cooperativa, seu desenvolvimento econômico, social e cultural;
➢ Erradicar a pobreza crítica, que constitui um obstáculo ao pleno desenvolvimento;
➢ Alcançar uma efetiva limitação de armamentos convencionais que permita dedicar a maior soma de
recursos ao desenvolvimento econômico-social dos Estados membros.

11 - EXERCÍCIOS
01 – (CONSULTEC/2017)

Se as fontes de energia não renováveis trazem problemas graves ao meio ambiente, porque a humanidade
não adota, de uma vez por todas, fontes de energia renováveis?

Nesse contexto, e com base nos conhecimentos sobre fontes de energia renováveis e não renováveis, é
correto afirmar.

a) Toda fonte renovável de energia é totalmente limpa, não poluindo o meio ambiente.

b) O uso de fontes não renováveis inviabiliza totalmente o desenvolvimento sustentável.


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c) Uma das limitações para o uso de fontes renováveis são os altos investimentos exigidos em tecnologia.

d) A energia nuclear ganhou prestígio na última década, por ser considerada pelas organizações ambientais
como a única forma de energia renovável que não polui a atmosfera.

e) No Brasil, mais da metade da energia gerada provém de fontes sempre disponíveis na natureza.

02 – (VUNESP/2019)

Analise o mapa para responder à questão.

A leitura do mapa e os conhecimentos sobre o uso e a apropriação dos recursos naturais permitem afirmar
que

a) as descobertas de novos lençóis petrolíferos no início do século XXI mudaram a geopolítica do petróleo
que prevaleceu durante todo o século passado e organizações como a OPEP perderam importância.

b) o desequilíbrio entre a produção e o consumo torna o petróleo uma mercadoria regulada pelas leis da
oferta e da procura, negociado em um mercado global e com o preço fixado pelos mercados financeiros.

c) os grandes importadores de petróleo são duplamente protegidos das crises de abastecimento, seja por
manterem o controle sobre a produção, seja porque formaram uma associação de comércio sob o controle
da ONU.

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d) a busca incessante pelas novas fontes de energia renováveis tem produzido grandes transformações no
fluxo comercial do petróleo e tradicionais produtores têm sofrido fortes crises econômico-financeiras.

e) as recentes políticas ambientais que visam à redução da emissão de gases do efeito estufa têm gerado
abalos político- -econômicos nos países produtores de petróleo que por sua vez contaminam o mercado
mundial.

03 – (CEBRASPE/2014)

No que diz respeito a países do Norte desenvolvido, julgue o item a seguir.

A eletricidade e o petróleo representam fontes de energias alternativas adotadas pelos países desenvolvidos.

( ) Certo ou ( ) Errado

04 – (VUNESP/2010)

Observe o gráfico.

Assinale a alternativa correta sobre a produção mundial de petróleo.

a) Os três maiores produtores localizavam-se no continente asiático.

b) México e Venezuela eram os maiores produtores do continente americano.

c) O maior produtor localizava-se no continente africano.

d) Os maiores produtores europeus eram a Rússia e a China.

e) Os maiores produtores eram os países do Oriente Médio.

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05 – (CEBRASPE/2017)

Julgue o próximo item, acerca da formação territorial e de questões ambientais brasileiras.

O fato de o Brasil ocupar uma posição de destaque no debate internacional a respeito do uso de combustíveis
fósseis se justifica pelo seu potencial hidroelétrico e de produção de fontes alternativas de energia, como a
biomassa.

( ) Certo ou ( ) Errado

06 – (VUNESP/2015)

Analise os dados divulgados pelo Ministério das Minas e Energia apresentados no gráfico a seguir.

A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as fontes de energia no Brasil permitem afirmar que

a) a matriz energética brasileira é considerada limpa porque apresenta importante participação das fontes
renováveis.

b) a biomassa e o gás natural são exemplos de fontes de energia renováveis incluídas na matriz energética.

c) as exportações de etanol para a Europa reduziram a participação das fontes renováveis na matriz
energética.

d) o petróleo deixou de ser incluído entre as fontes de energia não renováveis devido às crises na Petrobras.

e) a redução das chuvas durante o ano de 2013 impediu a hidreletricidade de participar da matriz energética.

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07 – (CESGRANRIO/2014)

Banhada por importantes rios e com abundância de ventos, a região Sul é um dos maiores polos de geração
de energia do País. É lá que se encontra a maior usina hidrelétrica do planeta em geração por MW/hora,
Itaipu Binacional, localizada em Foz do Iguaçu (PR), responsável pelo fornecimento de 17,3% da energia
consumida no Brasil e 72,5% do consumo no Paraguai.

O Globo. Suplemento Especial Sul, 12 dez. 2013, p. 2. Adaptado

A usina hidrelétrica mencionada no texto, localiza-se na bacia hidrográfica do rio

a) Paraná

b) Uruguai

c) Paraguai

d) Tocantins

e) Parnaíba

08 – (VUNESP/2014)

Com preço mais baixo, o grande potencial brasileiro finalmente começa a sair do papel. Projeção da EPE
(Empresa de Pesquisa Energética) aponta que a capacidade instalada das usinas crescerá 320% ao longo desta
década.

Calcula-se que haja potencial para instalar até 300 mil MW de usinas. “O crescimento desse tipo de energia
renovável é um processo irreversível”.

(http://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)

O texto refere-se à energia

a) termelétrica.

b) do xisto betuminoso.

c) nuclear.

d) eólica.

e) do gás natural.

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09 – (INEP/2015)

BRASIL. Atlas da energia elétrica do Brasil. Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 (adaptado).

A distribuição do consumo de energia elétrica per capita, verificada no cartograma, é resultado da

a) extensão territorial dos Estados-nação.

b) diversificação da matriz energética local.

c) capacidade de integração política regional.

d) proximidade com áreas de produção de petróleo.

e) instalação de infraestrutura para atender à demanda.

10 – (INEP/2015)

Energia de Noronha virá da força das águas

A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e
visitantes. É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos
geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês.

GUIBU, F. Folha de S. Paulo, 19 ago. 2012 (adaptado).

No texto, está apresentada a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
A escolha por essa nova matriz prioriza o(a)

a) expansão da oferta de energia, para aumento da atividade turística.

b) uso de fontes limpas, para manutenção das condições ecológicas da região.

63
c) barateamento dos custos energéticos, para estímulo da ocupação permanente.

d) desenvolvimento de unidades complementares, para solução da carência energética local.

e) diminuição dos gastos operacionais de transporte, para superação da distância do continente.

11 – (INEP/2013)

Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo complexo de energia à base de ventos, no sudeste da
Bahia. O Complexo Eólico Alto Sertão, em 2014, terá capacidade para gerar 375 MW (megawatts), total
suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões de habitantes.

MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na Bahia. Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.

A opção tecnológica retratada na notícia proporciona a seguinte consequência para o sistema energético
brasileiro:

a) Redução da utilização elétrica.

b) Ampliação do uso bioenergético.

c) Expansão das fontes renováveis.

d) Contenção da demanda urbano-industrial.

e) Intensificação da dependência geotérmica.

12 – (EDUCA/2017)

O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil está entre os cinco maiores do mundo;
o País tem 12% da água doce superficial do planeta e condições adequadas para exploração.

Sobre o potencial de energia hidráulica do Brasil é correto afirmar que, EXCETO:

a) Usina Hidrelétrica de Tucuruí está localizada no rio Tocantins, no município de Tucuruí (estado do Pará).
Possui capacidade de geração de energia elétrica de 8.340 MW. Foi construída entre 1976 e 1984, sendo
propriedade da Eletronorte.

b) Usina Hidrelétrica de Itaipu (Binacional), usina brasileira e paraguaia está localizada no município Foz do
Iguaçu, fronteira com o Paraguai.

c) A Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso: localizada no estado da Bahia e possui capacidade de geração de
3.985 MW. Instalada no rio São Francisco, foi construída entre os anos de 1954 e 1979.
64
d) A Usina de Belo Monte está sendo construída ao longo do leito do Rio Xingu, na região sul do país, no
estado do Paraná.

e) Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, foi inaugurada em 1984,
está instalada no rio São Francisco e possui uma capacidade é de 3.162 MW.

13 – (CESGRANRIO/2016)

A bacia sedimentar brasileira que é a maior produtora de petróleo é a Bacia

a) Potiguar

b) Solimões

c) Tucano

d) Sergipe-Alagoas

e) de Campos

14 – (CESGRANRIO/2016)

Desde os primórdios da produção e da estrutura da indústria estadunidense de petróleo, uma das


características mais relevantes foi a regra de captura. Calcada na lei comum britânica, essa regra expressava
que os diversos proprietários da superfície sobre um poço qualquer possuíam autorização de retirar todo o
óleo que encontrassem, mesmo que drenassem desproporcionalmente o poço ou reduzissem o rendimento
de poços próximos.

COSTA, P. A evolução da indústria petrolífera: uma caracterização geral. In: Monié, F.; Binsztok, J. (Org.).
Geografia e geopolítica do petróleo. Rio de Janeiro: Mauad, 2012, p. 64. Adaptado.

A aplicação dessa regra provocou a seguinte consequência na produção petrolífera:

a) promoção de desperdício na produção do óleo.

b) contenção da expansão do mercado de óleo.

c) manutenção da alta do preço dos barris de óleo.

d) restrição ao ingresso de novos negociantes de petróleo.

e) redução de profissionais com domínio técnico na extração.

65
15 – (ACAFE/2008)

A charge a seguir destaca o processo ocorrido no país nos anos 90 do século passado.

Sobre esse processo, é correto afirmar:

a) A charge demonstra o processo de privatização das bacias petrolíferas brasileiras.

b) O destaque da charge é dado aos nomes dos acidentes geográficos do território brasileiro.

c) As empresas destacadas na figura são de origem nacional, o que evidencia o monopólio brasileiro do
petróleo.

d) A abertura para a presença estrangeira na exploração petrolífera não provocou conflitos no país.

16 – (PROGRAD/2017)

O tema energético está estritamente relacionado com o meio ambiente, visto que toda energia produzida no
mundo é resultado da exploração e transformação dos recursos naturais.

Sobre a relação entre energia e meio ambiente, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.

( ) A produção de etanol no Brasil, para uso como combustível no setor de transportes, tem diminuído a
poluição atmosférica e aumentado a concentração fundiária.

66
( ) As principais barreiras à opção pela produção de energia nuclear estão relacionadas à segurança e à
disposição dos dejetos.

( ) O carvão mineral apresenta um aproveitamento energético expressivo, em razão das insignificantes


consequências ambientais que sua exploração e utilização acarretam.

( ) A energia hidrelétrica, embora seja uma fonte renovável que não emite poluentes, não está isenta de
impactos ambientais.

( ) Tendo em vista o impacto ambiental e operacional, nos países desenvolvidos, a energia solar e a eólica
estão sendo substituídas gradativamente pelas termelétricas.

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é a

a) FVFFV
b) FVVFV
c) VVFVF
d) VFVVF
e) FFVFV

17 – (PROGRAD/2016)

Materiais como a lenha, o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, além de restos florestais e excrementos
de animais podem ser utilizados como fontes de energia renovável. Outras fontes de energia que podem ser
consideradas renováveis são

A) eólica e gás natural.

B) hidrelétrica e maremotriz.

C) carvão mineral e solar.

D) nuclear e termoelétricas.

18 – (AMAN/2012)

Sobre as fontes de energia e poluição ambiental, podemos afirmar que:

I. As usinas hidrelétricas utilizam um recurso natural renovável, portanto não provocam impactos ambientais
que causam, por exemplo, prejuízos à flora e à fauna.

II. Uma importante vantagem da produção de energia nuclear é a de que suas usinas, mantendo seu
funcionamento normal, não lançam partículas poluentes na atmosfera.
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III. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, provoca a chuva ácida, polui o ar e destrói
vegetação, dentre outros impactos.

IV. A energia eólica é uma fonte de energia ilimitada nos lugares que apresentam as condições adequadas,
mas emite poluentes no ar durante a operação.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas:

a) I e II

b) I, II e IV

c) I, III e IV

d) II e III

e) III e IV

19 – (AMAN/2017)

A queima do petróleo, do carvão e, em menor escala, do gás natural, libera gases poluentes na atmosfera,
entre eles o dióxido de carbono que intensifica a ação do efeito estufa. Diante desse fato, a busca de
alternativas energéticas renováveis e de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento
sustentável tem feito parte do rol dos grandes desafios do nosso tempo.

Sobre as fontes renováveis na matriz energética brasileira, podemos afirmar que

I. o Brasil apresenta um setor de energia mais sustentável, do ponto de vista ambiental, do que a maioria dos
países do mundo, considerando a significativa participação das fontes renováveis em sua matriz energética.

II. a política energética do País, definida no Plano Decenal de Energia (2011), prevê a ampliação do uso do
potencial elétrico dos rios da Região Norte, especialmente os da Bacia Amazônica, não obstante os diversos
problemas socioambientais relacionados à implantação de uma grande usina hidrelétrica.

III. a crescente utilização de biocombustíveis na matriz energética brasileira, além de reduzir a emissão de
gases que geram o efeito estufa, tem a vantagem de contribuir para o controle do desmatamento.

IV. apesar de o etanol apresentar vantagens em relação aos combustíveis fósseis, nas últimas décadas a
produção de cana-de-açúcar e de álcool vem diminuindo no País, em função da queda do consumo desse
combustível e dos fortes impactos ambientais provocados no plantio e colheita da cana.

V. a energia eólica é uma fonte renovável em expansão no Brasil, mas possui elevado custo de instalação.
Embora o Nordeste seja a região que apresenta um dos maiores potenciais eólicos do País, é em Osório, no
Rio Grande do Sul, que se localiza o maior parque eólico nacional.

68
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

a) I, III e IV

b) II, III e IV

c) I, II e V

d) I, III e V

e) II, IV e V

20 – (PROGRAD/2018)

As descobertas em águas ultraprofundas de jazidas de petróleo e gás natural na área geológica do Pré-Sal é
fruto de longos anos de pesquisa da Petrobrás na atividade exploratória offshore no Brasil e confirma que o
país se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas
e ultraprofundas. Considerando os aspectos dessas descobertas e a decisão governamental brasileira de
readequar o marco regulatório nas etapas de exploração e de produção da indústria brasileira de petróleo e
de gás natural, assinale a afirmação verdadeira.

a) Os principais reservatórios do Pré-Sal, localizados especialmente nos litorais do Nordeste e do Norte do


Brasil, são ultraprofundos e se situam abaixo da lâmina de água e abaixo da camada de sal.
b) As novas perspectivas abertas com o Pré-Sal estimularam o Governo Federal a estabelecer algumas
mudanças regulatórias, sendo a mais importante delas o aumento da participação de empresas
estrangeiras na prospecção e produção de petróleo e gás natural.
c) Os poços exploratórios do Pré-Sal, principalmente aqueles encontrados na Bacia de Santos, apesar de
acumularem grandes porções de petróleo e gás natural, são condensados e pouco atrativos
comercialmente, em função da baixa qualidade dos reservatórios.
d) Em vista do papel essencial da Petrobras para o sucesso exploratório do Pré-Sal e do volume de recursos
envolvidos, o Governo Federal desenhou um aparato regulatório para exploração exclusiva da empresa,
resultando em uma maior participação estatal na apropriação da renda gerada por petróleo e gás natural.

21 – (FEQ/2014)

Em outubro de 2013, foi realizado o leilão do direito de extração de petróleo no “Campo Libra”, primeira área
da chamada zona do Pré-Sal. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA.

a) Em razão de dificuldades financeiras, a Petrobras foi afastada das operações de extração de petróleo no
Pré-Sal;

b) Em razão da descoberta do petróleo no Pré-Sal, o Brasil passou a integrar a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP);
69
c) O leilão realizado em outubro de 2013 teve a participação de grandes empresas petrolíferas americanas,
que demonstraram grande interesse em explorar o Pré-Sal;

d) A zona do Pré-Sal corresponde às reservas de petróleo localizadas em terra, próximas ao litoral da Região
Nordeste.

e) Para gerir os contratos dos contratos de partilha de produção no Pré-Sal, o Governo Brasileiro criou uma
empresa estatal denominada de Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal
Petróleo S.A. (PPSA).

22 – (PUCRS/2013)

Para resolver a questão, leia o texto a seguir, sobre fontes de energia, e selecione as palavras/expressões que
preenchem correta e coerentemente as lacunas.

O _________ foi importante fonte de energia para a Primeira Revolução Industrial. Atualmente as maiores
reservas estão localizadas no hemisfério _______. É um dos principais responsáveis pela __________, pois
sua queima libera grande quantidade de óxido de enxofre na atmosfera.

a) carvão mineral – norte – chuva ácida

b) petróleo – sul – poluição dos oceanos

c) petróleo – sul – chuva ácida

d) carvão mineral – sul – poluição dos oceanos

e) petróleo – norte – chuva ácida

23 – (VUNESP/2019)

A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

a) contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a imprensa denunciou grandes
desvios de verbas da obra.

b) assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que participaram do projeto
e se beneficiaram com sua execução.

c) permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e Paraguai, rompidas desde
a Guerra do Paraguai.

70
d) proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e no controle político da
região do Rio da Prata.

e) foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que teve forte impacto
geoestratégico na região do Rio da Prata.

24 – (VUNESP/2018)

Examine o mapa.

O mapa apresenta o potencial de exploração da energia

a) hidráulica.

b) geotérmica.

c) termoelétrica.

d) eólica.

e) solar.
71
25 – (VUNESP/2015)

No território brasileiro, petróleo e gás são mais extraídos em áreas de

a) rifteamento, sobretudo na depressão sertaneja do Nordeste.


b) núcleos cristalinos, sobretudo nas planícies costeiras.
c) cinturões orogenéticos, especialmente nos planaltos residuais da Amazônia.
d) bacias sedimentares, sobretudo na plataforma continental.
e) dobramentos modernos, especialmente nos planaltos e serras do Sudeste.

26 – (EBMSP/2018)

Os combustíveis fósseis contribuem para o aquecimento global, razão pela qual a sociedade vem buscando
novas alternativas energéticas mais limpas e cada vez mais competitivas.

Considerando-se essa informação e os conhecimentos sobre fontes de energia, pode-se afirmar:

a) O uso de biocombustíveis, por ser antieconômico, é pouco utilizado, todavia nos países centrais eles já
estão substituindo as fontes tradicionais, principalmente na Europa Oriental.
b) A maior usina de etanol celulósica do planeta está localizada na Amazônia, onde há matéria-prima
disponível e abundante.
c) A energia eólica tornou-se mais competitiva nos EUA, após o uso das máquinas flutuantes que giram
hélices mais longas.
d) A localização geográfica do Brasil dificulta a circulação dos ventos, razão pela qual não há parques eólicos
no país.
e) A energia geotérmica é a fonte alternativa mais utilizada no Hemisfério Norte porque é barata, limpa, de
fácil obtenção, além de ser inesgotável.

27 – (UECE/2019)

No que tange à exploração de petróleo como matéria-prima e como recurso energético, assinale a afirmação
verdadeira.

A) Possui alto potencial de impactos ambientais que são resultantes de sua exploração e produção industrial,
sendo capaz de causar a morte de animais e plantas, além de comprometer a qualidade do solo, do ar e das
águas.

B) Ocorre um processo controlado de extração de jazidas na terra e no mar, porém, os acidentes com escape
de material radioativo para a atmosfera causam distúrbios socioambientais imediatos e a longo prazo.

C) A produção de energia e de matéria-prima é limpa, mas há impactos ambientais marcantes, tais como a
emissão de ruído, o impacto visual e as interferências eletromagnéticas em pessoas.

72
D) Esse tipo de exploração não acumula resíduos poluentes e o potencial de produção é igual em todos os
tipos de formação geológica.

28 – (FCAP/2016)

O consumo de energia é um espelho fiel do desenvolvimento tecnológico. A era industrial trouxe um salto
nos níveis de consumo energético e, ao mesmo tempo, concentrou a matriz energética mundial nos
combustíveis fósseis. Mas há uma larga diversidade de estratégicas energéticas nacionais, que refletem a
disponibilidade de recursos naturais e as escolhas políticas de cada país. As emissões de gases de estufa, por
sua vez, refletem não só o tamanho e o nível de desenvolvimento das economias nacionais mas também as
estratégias energéticas escolhidas.

MAGNOLI, Demétrio.Geografia para o ensino médio: meio natural e espaço geográfico. São Paulo: Saraiva,
2010 (adaptado).

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre os assuntos nele abordados, analise as afirmativas a
seguir:

1. Os combustíveis fósseis, ainda amplamente utilizados em todos os continentes, são encontrados em


sistemas rochosos magmáticos extrusivos, ricos em hidrocarbonetos e xistos betuminosos.

2. A era industrial baseou-se numa revolução energética. As tecnologias mecânicas, elétricas e eletrônicas
apoiaram-se basicamente nos combustíveis fósseis.

3. A expansão do consumo de gás natural decorre da qualidade ambiental do recurso, que gera emissões
menores de gases responsáveis pelo efeito estufa.

4. O consumo do carvão mineral apresenta uma dinâmica exatamente igual à do petróleo, ou seja, quando
os preços deste sobem, diminui consideravelmente a produção de carvão e restringe-se à abertura de novas
minas desse recurso energético.

5. Do ponto de vista econômico e social, energia e desenvolvimento estão profundamente relacionados. Os


níveis de desenvolvimento econômico e os contingentes demográficos podem explicar a distribuição do
consumo de energia comercial pelas grandes regiões e países.

Estão CORRETAS

a) apenas 1 e 2.
b) apenas 1 e 4.
c) apenas 2, 4 e 5.
d) apenas 2, 3 e 5.
e) 1, 2, 3, 4 e 5.

73
29 – (FUVEST/2011)

A representação gráfica abaixo diz respeito à oferta interna de energia, por tipo de fonte, em quatro países.

As fontes de energia 1, 2 e 3 estão corretamente identificadas em:

30 – (INEP/2012)

Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz energética
em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes,
dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis.

De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor impacto e risco ambientais é a
baseada na energia

a) dos biocombustíveis, pois tem menos impacto ambiental e maior disponibilidade.

74
b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação.

c) nuclear, por ter menos risco ambiental a ser adequada a locais com menor extensão territorial.

d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis.

e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação.

31 – (IBADE/2020)

Durante o mês de janeiro ocorrem muitas chuvas. Enchentes e desabamentos estão relacionados com fatores
naturais e também com ações humanas.

Que fatores humanos contribuem para a ocorrência desses problemas?

A) Acúmulo de lixo, falta de planejamento urbano e preservação da mata ciliar dos rios

B) Falta de planejamento urbano, ocupação desordenada e preservação da mata ciliar dos rios

C) Falta de planejamento urbano, presença de vegetação nas encostas e preservação da mata ciliar dos rios

D) Ocupação desordenada, acúmulo de lixo e presença de vegetação nas encostas

E) Ocupação desordenada, falta de planejamento urbano e acúmulo de lixo

32 – (FCC/2017)

Emissão de gases estufa do Brasil tem maior crescimento em 13 anos.

As emissões brasileiras de gases do efeito estufa aumentaram 8,9% de 2015 a 2016. É o segundo ano
consecutivo de crescimento − o maior desde 2004. O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico
em 2016. Em 2015 havia liberado 2,1 bilhões. O aumento é o maior dos últimos 13 anos e representa a
emissão mais alta desde 2008.

(Disponível em: goo.gl/4h1bs9. Acesso em 26 out.2017)

Estão entre os fatores responsáveis pelo aumento da emissão de gases

A) a descentralização industrial e a garimpagem.

B) o desmatamento e a agropecuária.

C) a urbanização e a mecanização agrícola.


75
D) a agropecuária e a garimpagem.

E) a mecanização agrícola e o desmatamento.

33 – (IDECAN/2016)

Nas últimas décadas do século XX, estudos realizados por meteorologistas e climatologistas de todo o mundo
detectaram um significativo aumento da temperatura média global, em torno de 0,6°C, na superfície dos
continentes e dos oceanos. Esse aquecimento global pode causar sérias alterações nos climas do planeta.
Sobre essas alterações nos climas, analise as afirmativas a seguir.

I. Diminuiu a quantidade de dias quentes, bem como a frequência das ondas de calor.

II. Diminuiu a diferença entre as temperaturas diurnas e noturnas.

III. Recuaram os glaciares polares e a neve que cobre as montanhas.

IV. A temperatura média global na superfície dos continentes e dos oceanos aumentou e esse aumento foi
maior nos continentes do que nos oceanos.

De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), são alterações verdadeiras
recorrentes nos climas do planeta as afirmativas

A) I, II, III e IV.

B) II e IV, apenas.

C) I, III e IV, apenas.

D) II, III e IV, apenas.

34 – (CESGRANRIO/2014)

Sobre o efeito estufa, verifica-se que

A) é gerado pelos gases que formam a atmosfera e que não conseguem reter o calor que vem do solo.

B) é um fenômeno natural por meio do qual a Terra procura conservar constante a sua temperatura.

C) torna a Terra um planeta com condições muito mais favoráveis à vida, quando não está presente.

D) é um efeito provocado pelas atitudes inadequadas do homem.

76
E) provoca o aquecimento ou o resfriamento do planeta, de acordo com a estação local, sem alterações
climáticas sensíveis

35 – (VUNESP/2014)

Considere as seguintes situações encontradas em grandes cidades como São Paulo.

I. Elevada concentração de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro
e de amianto, que absorvem calor.

II. Reduzido número de áreas verdes.

III. Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos.

IV. Poluição atmosférica provocada pelo uso de combustíveis como o petróleo.

A combinação dos fatores enumerados é responsável

A) pelo forte aquecimento da atmosfera, nas áreas periféricas das cidades.

B) pela ocorrência de geadas em áreas urbanas, no inverno.

C) pelo aumento do volume de chuvas, na periferia das cidades.

D) pelo desaparecimento dos lençóis freáticos urbanos.

E) pela formação de ilhas de calor, nas áreas centrais das cidades.

36 – (FUNCAB/2010)

Considere Pesquisas recentes mostram que a alta taxa de CO2 atmosférico está afetando também os oceanos.
Depositado na superfície da água, tal gás acaba misturando-se a ela devido ao movimento dos copépodes –
pequenos animais que constituem o plâncton. Tal fato está fazendo com que o pH da água torne-se mais
ácido, o que altera a vida de diversas espécies marinhas, podendo inclusive levá-las à extinção.

Analise as alternativas abaixo e marque a opção cuja ação leva ao acontecimento do fato relatado no texto.

A) Ampliação da área de terras cultivadas.

B) Utilização crescente de combustíveis fósseis.

C) Crescimento das espécies autotróficas nos oceanos.

77
D) Maior extração de alimentos dos oceanos.

E) Extinção de muitas espécies marinhas aeróbias.

37 – (VUNESP/2013)

Imagens de satélite comprovam aumento da cobertura florestal no Paraná

O constante monitoramento nas áreas em recuperação do Programa Mata Ciliar, com o apoio de imagens de
satélite, tem demonstrado um aumento significativo da cobertura florestal das áreas de preservação
permanente, reserva legal e Unidades de Conservação, integrantes do Corredor de Biodiversidade.

(www.mataciliar.pr.gov.br)

As matas ciliares são

a) florestas tropicais em margens de rios, cujo papel é regular fluxos de água, sedimentos e nutrientes entre
os terrenos mais altos da bacia hidrográfica e o ecossistema aquático. O mau uso dessas áreas provoca erosão
das encostas e assoreamento do leito fluvial.

b) florestas temperadas, cujo papel é de filtro entre o solo e o ar, possibilitando a prática da agricultura sem
prejudicar o ecossistema atmosférico. O mau uso dessas áreas provoca erosão do solo e contaminação do ar.

c) florestas subtropicais, cuja função é preservar a superfície do solo, proporcionando a diminuição da


filtragem e o aumento do escoamento superficial. O mau uso dessas áreas provoca aumento da radiação
solar e estabilidade térmica do solo.

d) coberturas vegetais que ficam às margens dos lagos e nascentes, atuam como reguladoras do fluxo de
efluentes e contribuem para o aumento dos nutrientes e sedimentos que percolam o solo. O mau uso dessas
áreas provoca evaporação e rebaixamento do nível do lençol freático.

e) formações florestais que desempenham funções hidrológicas de estabilização de áreas críticas em topos
de morros, cumprindo uma importante função de corredores para a fauna. O mau uso dessas áreas provoca
desmatamento e deslizamento das encostas.

38 – (VUNESP/2016)

É necessário adotar estratégias globais que visem a um aprimoramento técnico-científico, educacional e do


desenvolvimento econômico-social, tendo como ponto de convergência os interesses maiores da
humanidade, quais sejam, a melhoria geral da qualidade de vida e a recuperação e a preservação da natureza.
Nesse sentido, há a necessidade crescente de utilizar os resíduos sólidos, líquidos e gasosos como recursos
que devem ser reaproveitados.

78
(Jurandyr L. S. Ross. Geografia do Brasil, 2005. Adaptado.)

De acordo com o texto, uma razão para o reaproveitamento dos resíduos seria

a) a implantação de novos aterros sanitários.

b) a superação de infraestruturas de tratamento.

c) o aumento do mercado informal de coleta e armazenagem de lixo.

d) o fim da dependência de matérias-primas importadas.

e) a economia de matéria-prima.

39 – (VUNESP/2010)

No final dos anos 80 algumas nações começaram a se preocupar com as questões ambientais, visto que a
degradação ambiental representa um risco iminente para a estabilidade da nova ordem mundial. São
soluções plausíveis

a) as mudanças de estilo de vida, ações de saneamento e a reciclagem do lixo, visando à diminuição dos
resíduos não orgânicos despejados no meio ambiente.

b) a diminuição do despejo de produtos químicos nos rios e mares e o aumento do uso de aparatos científicos
e tecnológicos nas guerras.

c) a propagação de informações sobre educação ambiental, contribuindo para a ação predatória do homem
sobre a natureza.

d) o emprego de recursos naturais de forma racional para que a industrialização dos países desenvolvidos
possa gerar a dependência econômica de nações e economias periféricas.

e) a promoção do desenvolvimento sustentável, que atenda aos interesses da preservação do meio


socioambiental dos países ricos.

40 – (VUNESP/2015)

A escassez de recursos hídricos pode ser vista como resultado de um conjunto de fatores naturais e humanos
que variam em cada região.

No caso da região Sudeste, em especial da região metropolitana de São Paulo, entre os fatores humanos que
contribuem diretamente para a restrição da disponibilidade de água estão:

79
a) a transposição de bacias hidrográficas e o grande consumo agrícola de recursos hídricos.

b) a intensa poluição de rios e lençóis freáticos e o grande consumo urbano e industrial de recursos hídricos.

c) o grande consumo urbano e agrícola de recursos hídricos e a inexistência de infraestruturas de captação,


tratamento e distribuição de água.

d) a preservação de vastas extensões de floresta nativa e a transposição de bacias hidrográficas

e) a inexistência de infraestruturas de captação, tratamento e distribuição de água e a intensa poluição de


rios e lençóis freáticos.

12 -GABARITO
01-C / 02-B / 03-Errado / 04-E / 05-Certo / 06-A / 07-A / 08-D / 09-E / 10-B / 11-C / 12-D / 13-E / 14-A / 15-A
/ 16-C / 17-B / 18-D / 19-C / 20-B / 21-E / 22-A / 23-E / 24-D / 25-D / 26-C / 27-A / 28-D / 29-B / 30-E / 31-E /
32-B / 33-D / 34-B / 35-E / 36-B / 37-A / 38-E / 39-A / 40-B

13 - EXERCÍCIOS COMENTADOS
01 – (CONSULTEC/2017)

Se as fontes de energia não renováveis trazem problemas graves ao meio ambiente, porque a humanidade
não adota, de uma vez por todas, fontes de energia renováveis?

Nesse contexto, e com base nos conhecimentos sobre fontes de energia renováveis e não renováveis, é
correto afirmar.

a) Toda fonte renovável de energia é totalmente limpa, não poluindo o meio ambiente.

b) O uso de fontes não renováveis inviabiliza totalmente o desenvolvimento sustentável.

c) Uma das limitações para o uso de fontes renováveis são os altos investimentos exigidos em tecnologia.

d) A energia nuclear ganhou prestígio na última década, por ser considerada pelas organizações ambientais
como a única forma de energia renovável que não polui a atmosfera.

e) No Brasil, mais da metade da energia gerada provém de fontes sempre disponíveis na natureza.

80
Resolução

a) Incorreto. Nenhuma fonte de energia é totalmente limpa.

b) Incorreto. Entre os combustíveis fósseis, o gás natural é menos poluente.

c) Correto. Além da questão tecnológica, um hidrelétrica, por exemplo, precisa de grande quantidade de
água, condição que nem todos os países possuem.

d) Incorreto. A energia nuclear não é renovável, uma vez que depende do urânio, elemento finito na natureza.

e) Incorreto. Cerca de 55% da energia gerada provém de fontes não renováveis.

Gabarito: c

02 – (VUNESP/2019)

Analise o mapa para responder à questão.

A leitura do mapa e os conhecimentos sobre o uso e a apropriação dos recursos naturais permitem afirmar
que

a) as descobertas de novos lençóis petrolíferos no início do século XXI mudaram a geopolítica do petróleo
que prevaleceu durante todo o século passado e organizações como a OPEP perderam importância.

81
b) o desequilíbrio entre a produção e o consumo torna o petróleo uma mercadoria regulada pelas leis da
oferta e da procura, negociado em um mercado global e com o preço fixado pelos mercados financeiros.

c) os grandes importadores de petróleo são duplamente protegidos das crises de abastecimento, seja por
manterem o controle sobre a produção, seja porque formaram uma associação de comércio sob o controle
da ONU.

d) a busca incessante pelas novas fontes de energia renováveis tem produzido grandes transformações no
fluxo comercial do petróleo e tradicionais produtores têm sofrido fortes crises econômico-financeiras.

e) as recentes políticas ambientais que visam à redução da emissão de gases do efeito estufa têm gerado
abalos político- -econômicos nos países produtores de petróleo que por sua vez contaminam o mercado
mundial.

Resolução

a) Incorreto. A OPEP atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de
produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por
desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas
vendas do produto. Atualmente, os países membros da OPEP possuem aproximadamente 75% das reservas
mundiais de petróleo, sendo responsável pelo abastecimento de 40% do mercado mundial.

b) Correto. A oferta depende do preço, da quantidade, da tecnologia utilizada na fabricação entre outras
coisas relacionadas aos produtos e serviços. A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, a
compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do produto. Ao contrário do que pode
parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é influenciado apenas pelos preços.

c) Incorreto. Nenhuma associação controla a ONU. Com as crises de abastecimento, a queda dos preços afeta
diretamente as empresas que exploram petróleo e os investimentos no setor. Quem se dá bem com a queda
dos preços são os grandes importadores e dependentes do petróleo, que aproveitam os preços baixos para
impulsionar o crescimento econômico ou reverter a desaceleração econômica.

d) Incorreto. Os países tradicionais possuem grandes reservas de petróleo, estão vinculados a uma política
exportadora. O que causa essas fortes crises econômicas financeiras são os movimentos especulativos de
escala global fizeram com que o preço do produto oscilasse, gerando alterações cambiais e quedas em
diversos países importadores.

e) Incorreto. Os principais países produtores têm apresentado em diversas conferências e convenções o


compromisso de reduzir emissões de gases de efeito estufa, logo não a que se falar em contaminar o
mercado.

Gabarito: b

82
03 – (CEBRASPE/2014)

No que diz respeito a países do Norte desenvolvido, julgue o item a seguir.

A eletricidade e o petróleo representam fontes de energias alternativas adotadas pelos países desenvolvidos.

( ) Certo ou ( ) Errado

Resolução

Errado. O petróleo não é uma fonte alternativa.

04 – (VUNESP/2010)

Observe o gráfico.

Assinale a alternativa correta sobre a produção mundial de petróleo.

a) Os três maiores produtores localizavam-se no continente asiático.

b) México e Venezuela eram os maiores produtores do continente americano.

c) O maior produtor localizava-se no continente africano.

d) Os maiores produtores europeus eram a Rússia e a China.

e) Os maiores produtores eram os países do Oriente Médio.

83
Resolução

a) Incorreto. Rússia está na Europa e EUA está na América.

b) Incorreto. EUA e México eram os maiores produtores do continente americano.

c) Incorreto. A Arábia Saudita está no Oriente Médio, Ásia.

d) Incorreto. A Rússia é o único país europeu do gráfico.

e) Correto. Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos e Kuwait estão no Oriente Médio.

Gabarito: e

05 – (CEBRASPE/2017)

Julgue o próximo item, acerca da formação territorial e de questões ambientais brasileiras.

O fato de o Brasil ocupar uma posição de destaque no debate internacional a respeito do uso de combustíveis
fósseis se justifica pelo seu potencial hidroelétrico e de produção de fontes alternativas de energia, como a
biomassa.

( ) Certo ou ( ) Errado

Resolução

Certo. O Brasil é um dos maiores utilizados de hidreletricidade assim como de biomassa.

06 – (VUNESP/2015)

Analise os dados divulgados pelo Ministério das Minas e Energia apresentados no gráfico a seguir.

84
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre as fontes de energia no Brasil permitem afirmar que

a) a matriz energética brasileira é considerada limpa porque apresenta importante participação das fontes
renováveis.

b) a biomassa e o gás natural são exemplos de fontes de energia renováveis incluídas na matriz energética.

c) as exportações de etanol para a Europa reduziram a participação das fontes renováveis na matriz
energética.

d) o petróleo deixou de ser incluído entre as fontes de energia não renováveis devido às crises na Petrobras.

e) a redução das chuvas durante o ano de 2013 impediu a hidreletricidade de participar da matriz energética.

Resolução

a) Correto. A minoria dos países chega em 40%.

b) Incorreto. O gás natural não é uma fonte renovável.

c) Incorreto. Pelo contrário, aumentaram a participação.

d) Incorreto. O petróleo não deixou de ser incluído.

e) Incorreto. A redução das chuvas não impediu a participação da hidreletricidade.

Gabarito: a

85
07 – (CESGRANRIO/2014)

Banhada por importantes rios e com abundância de ventos, a região Sul é um dos maiores polos de geração
de energia do País. É lá que se encontra a maior usina hidrelétrica do planeta em geração por MW/hora,
Itaipu Binacional, localizada em Foz do Iguaçu (PR), responsável pelo fornecimento de 17,3% da energia
consumida no Brasil e 72,5% do consumo no Paraguai.

O Globo. Suplemento Especial Sul, 12 dez. 2013, p. 2. Adaptado

A usina hidrelétrica mencionada no texto, localiza-se na bacia hidrográfica do rio

a) Paraná

b) Uruguai

c) Paraguai

d) Tocantins

e) Parnaíba

Resolução

“Itaipu Binacional” e “Foz do Iguaçu (PR)” apontam para a Bacia do Paraná.

Gabarito: a

08 – (VUNESP/2014)

Com preço mais baixo, o grande potencial brasileiro finalmente começa a sair do papel. Projeção da EPE
(Empresa de Pesquisa Energética) aponta que a capacidade instalada das usinas crescerá 320% ao longo desta
década.

Calcula-se que haja potencial para instalar até 300 mil MW de usinas. “O crescimento desse tipo de energia
renovável é um processo irreversível”.

(http://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)

O texto refere-se à energia

a) termelétrica.

b) do xisto betuminoso.

c) nuclear.
86
d) eólica.

e) do gás natural.

Resolução

“O crescimento desse tipo de energia renovável é um processo irreversível”. A única alternativa que aponta
para uma energia renovável é a eólica.

Gabarito: d

09 – (INEP/2015)

BRASIL. Atlas da energia elétrica do Brasil. Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 (adaptado).

A distribuição do consumo de energia elétrica per capita, verificada no cartograma, é resultado da

a) extensão territorial dos Estados-nação.

b) diversificação da matriz energética local.

c) capacidade de integração política regional.

d) proximidade com áreas de produção de petróleo.

e) instalação de infraestrutura para atender à demanda.

87
Resolução

a) Incorreto. A China é o terceiro maior país do mundo, mas não apresenta um consumo de energia elétrica
per capita elevado.

b) Incorreto. A Arábia Saudita não possui uma matriz energética tão diversificada.

c) Incorreto. A capacidade de integração política regional não está ligada ao consumo de energia elétrica per
capita.

d) Incorreto. Se estivesse certo, mais áreas do Oriente Médio estariam destacadas.

e) Correto. Quanto maior o consumo de energia elétrica per capita, maior é a infraestrutura para atender à
demanda.

Gabarito: e

10 – (INEP/2015)

Energia de Noronha virá da força das águas

A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e
visitantes. É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos
geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês.

GUIBU, F. Folha de S. Paulo, 19 ago. 2012 (adaptado).

No texto, está apresentada a nova matriz energética do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
A escolha por essa nova matriz prioriza o(a)

a) expansão da oferta de energia, para aumento da atividade turística.

b) uso de fontes limpas, para manutenção das condições ecológicas da região.

c) barateamento dos custos energéticos, para estímulo da ocupação permanente.

d) desenvolvimento de unidades complementares, para solução da carência energética local.

e) diminuição dos gastos operacionais de transporte, para superação da distância do continente.

Resolução

a) Incorreto. A atividade turística em Fernando de Noronha é rigorosamente controlada.


88
b) Correto. Por ser um patrimônio natural da humanidade é necessário utilizar fontes mais limpas.

c) Incorreto. As fontes alternativas nem sempre ficam mais baratas.

d) Incorreto. Não há carência de energia em Fernando de Noronha.

e) Incorreto. Os gastos com os transportes não serão reduzidos com essa medida.

Gabarito: b

11 – (INEP/2013)

Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo complexo de energia à base de ventos, no sudeste da
Bahia. O Complexo Eólico Alto Sertão, em 2014, terá capacidade para gerar 375 MW (megawatts), total
suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões de habitantes.

MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na Bahia. Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.

A opção tecnológica retratada na notícia proporciona a seguinte consequência para o sistema energético
brasileiro:

a) Redução da utilização elétrica.

b) Ampliação do uso bioenergético.

c) Expansão das fontes renováveis.

d) Contenção da demanda urbano-industrial.

e) Intensificação da dependência geotérmica.

Resolução

a) Incorreto. Pelo contrário, haverá aumento do uso da eletricidade.

b) Incorreto. A energia eólica não é considerada bioenergética.

c) Correto. Hidrelétrica, bioenergia, maremotriz e geotérmica também são consideradas fontes renováveis.

d) Incorreto. A ideia não é conter a demanda urbano-industrial e sim oferecer mais energia.

e) Incorreto. O excerto trata da energia eólica e não geotérmica.

89
Gabarito: c

12 – (EDUCA/2017)

O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil está entre os cinco maiores do mundo;
o País tem 12% da água doce superficial do planeta e condições adequadas para exploração.

Sobre o potencial de energia hidráulica do Brasil é correto afirmar que, EXCETO:

a) Usina Hidrelétrica de Tucuruí está localizada no rio Tocantins, no município de Tucuruí (estado do Pará).
Possui capacidade de geração de energia elétrica de 8.340 MW. Foi construída entre 1976 e 1984, sendo
propriedade da Eletronorte.

b) Usina Hidrelétrica de Itaipu (Binacional), usina brasileira e paraguaia está localizada no município Foz do
Iguaçu, fronteira com o Paraguai.

c) A Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso: localizada no estado da Bahia e possui capacidade de geração de
3.985 MW. Instalada no rio São Francisco, foi construída entre os anos de 1954 e 1979.

d) A Usina de Belo Monte está sendo construída ao longo do leito do Rio Xingu, na região sul do país, no
estado do Paraná.

e) Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, foi inaugurada em 1984,
está instalada no rio São Francisco e possui uma capacidade é de 3.162 MW.

Resolução

a) Correto. A Usina Hidrelétrica de Tucuruí foi construída por causa do projeto de mineração Grande Carajás.

b) Correto. Itaipu é a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, só perde para Três Gargantas (China) e a
que é mais produz energia.

c) Correto. O Rio São Francisco abriga dezenas de usinas hidrelétricas.

d) Incorreto. Belo Monte encontra-se no Pará.

e) Correto. O Rio São Francisco abriga dezenas de usinas hidrelétricas.

Gabarito: d

90
13 – (CESGRANRIO/2016)

A bacia sedimentar brasileira que é a maior produtora de petróleo é a Bacia

a) Potiguar

b) Solimões

c) Tucano

d) Sergipe-Alagoas

e) de Campos

Resolução

A Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, é a maior produtora e possui a maior reserva, tirando o Pré-Sal.

Gabarito: e

14 – (CESGRANRIO/2016)

Desde os primórdios da produção e da estrutura da indústria estadunidense de petróleo, uma das


características mais relevantes foi a regra de captura. Calcada na lei comum britânica, essa regra expressava
que os diversos proprietários da superfície sobre um poço qualquer possuíam autorização de retirar todo o
óleo que encontrassem, mesmo que drenassem desproporcionalmente o poço ou reduzissem o rendimento
de poços próximos.

COSTA, P. A evolução da indústria petrolífera: uma caracterização geral. In: Monié, F.; Binsztok, J. (Org.).
Geografia e geopolítica do petróleo. Rio de Janeiro: Mauad, 2012, p. 64. Adaptado.

A aplicação dessa regra provocou a seguinte consequência na produção petrolífera:

a) promoção de desperdício na produção do óleo.

b) contenção da expansão do mercado de óleo.

c) manutenção da alta do preço dos barris de óleo.

d) restrição ao ingresso de novos negociantes de petróleo.

e) redução de profissionais com domínio técnico na extração.

91
Resolução

“autorização de retirar todo o óleo que encontrassem, mesmo que drenassem desproporcionalmente o poço
ou reduzissem o rendimento de poços próximos” essa passagem remete ao desperdício.

Gabarito: a

15 – (ACAFE/2008)

A charge a seguir destaca o processo ocorrido no país nos anos 90 do século passado.

Sobre esse processo, é correto afirmar:

a) A charge demonstra o processo de privatização das bacias petrolíferas brasileiras.

b) O destaque da charge é dado aos nomes dos acidentes geográficos do território brasileiro.

c) As empresas destacadas na figura são de origem nacional, o que evidencia o monopólio brasileiro do
petróleo.

d) A abertura para a presença estrangeira na exploração petrolífera não provocou conflitos no país.

92
Resolução

A Azienda Generale Italiana Petroli (AGIP), a Texas Company Petroleum (TEXACO), a ExxonMobil Corporation
(ESSO) e as outras são empresas estrangeiras.

Gabarito: a

16 – (PROGRAD/2017)

O tema energético está estritamente relacionado com o meio ambiente, visto que toda energia produzida no
mundo é resultado da exploração e transformação dos recursos naturais.

Sobre a relação entre energia e meio ambiente, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.

( ) A produção de etanol no Brasil, para uso como combustível no setor de transportes, tem diminuído a
poluição atmosférica e aumentado a concentração fundiária.

( ) As principais barreiras à opção pela produção de energia nuclear estão relacionadas à segurança e à
disposição dos dejetos.

( ) O carvão mineral apresenta um aproveitamento energético expressivo, em razão das insignificantes


consequências ambientais que sua exploração e utilização acarretam.

( ) A energia hidrelétrica, embora seja uma fonte renovável que não emite poluentes, não está isenta de
impactos ambientais.

( ) Tendo em vista o impacto ambiental e operacional, nos países desenvolvidos, a energia solar e a eólica
estão sendo substituídas gradativamente pelas termelétricas.

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é a

f) FVFFV
g) FVVFV
h) VVFVF
i) VFVVF
j) FFVFV

Resolução

De cima para baixo, temos:

V. O etanol é menos poluente do que a gasolina. A cana-de-açúcar está ligada ao agronegócio, logo, aumento
da concentração de terras para produzir.
93
V. É considerada a mais polêmica justamente por causa das consequências de um acidente.

F. A queima do carvão mineral contribui muito com o agravamento do efeito estufa.

V. Desmatamento, redução da biodiversidade e remoção de populações estão entre os impactos


socioambientais negativos.

F. Pelo contrário, as termoelétricas é que estão sendo substituídas pelas eólicas e solares.

Gabarito: c

17 – (PROGRAD/2016)

Materiais como a lenha, o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, além de restos florestais e excrementos
de animais podem ser utilizados como fontes de energia renovável. Outras fontes de energia que podem ser
consideradas renováveis são

A) eólica e gás natural.

B) hidrelétrica e maremotriz.

C) carvão mineral e solar.

D) nuclear e termoelétricas.

Resolução

Gás natural e carvão mineral são combustíveis fósseis. O urânio (matéria prima das usinas nucleares) é um
recurso finito.

Gabarito: b

18 – (AMAN/2012)

Sobre as fontes de energia e poluição ambiental, podemos afirmar que:

I. As usinas hidrelétricas utilizam um recurso natural renovável, portanto não provocam impactos ambientais
que causam, por exemplo, prejuízos à flora e à fauna.

II. Uma importante vantagem da produção de energia nuclear é a de que suas usinas, mantendo seu
funcionamento normal, não lançam partículas poluentes na atmosfera.
94
III. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, provoca a chuva ácida, polui o ar e destrói
vegetação, dentre outros impactos.

IV. A energia eólica é uma fonte de energia ilimitada nos lugares que apresentam as condições adequadas,
mas emite poluentes no ar durante a operação.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas:

a) I e II

b) I, II e IV

c) I, III e IV

d) II e III

e) III e IV

Resolução

I. Incorreto. O desmatamento é necessário para construir uma usina hidrelétrica.

II. Correto. Além disso, ocupam pouco espaço.

III. Correto. Ademais, contribui com o agravamento do efeito estufa.

IV. Incorreto. As usinas eólicas não emitem poluentes na atmosfera.

Gabarito: d

19 – (AMAN/2017)

A queima do petróleo, do carvão e, em menor escala, do gás natural, libera gases poluentes na atmosfera,
entre eles o dióxido de carbono que intensifica a ação do efeito estufa. Diante desse fato, a busca de
alternativas energéticas renováveis e de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento
sustentável tem feito parte do rol dos grandes desafios do nosso tempo.

Sobre as fontes renováveis na matriz energética brasileira, podemos afirmar que

I. o Brasil apresenta um setor de energia mais sustentável, do ponto de vista ambiental, do que a maioria dos
países do mundo, considerando a significativa participação das fontes renováveis em sua matriz energética.

95
II. a política energética do País, definida no Plano Decenal de Energia (2011), prevê a ampliação do uso do
potencial elétrico dos rios da Região Norte, especialmente os da Bacia Amazônica, não obstante os diversos
problemas socioambientais relacionados à implantação de uma grande usina hidrelétrica.

III. a crescente utilização de biocombustíveis na matriz energética brasileira, além de reduzir a emissão de
gases que geram o efeito estufa, tem a vantagem de contribuir para o controle do desmatamento.

IV. apesar de o etanol apresentar vantagens em relação aos combustíveis fósseis, nas últimas décadas a
produção de cana-de-açúcar e de álcool vem diminuindo no País, em função da queda do consumo desse
combustível e dos fortes impactos ambientais provocados no plantio e colheita da cana.

V. a energia eólica é uma fonte renovável em expansão no Brasil, mas possui elevado custo de instalação.
Embora o Nordeste seja a região que apresenta um dos maiores potenciais eólicos do País, é em Osório, no
Rio Grande do Sul, que se localiza o maior parque eólico nacional.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

a) I, III e IV

b) II, III e IV

c) I, II e V

d) I, III e V

e) II, IV e V

Resolução

I. Correto. Cerca de 50% da matriz energética brasileira é renovável.

II. Correto. Além da ampliação, o plano visa à distribuição de energia.

III. Incorreto. Para plantar cana-de-açúcar em larga escala é necessário desmatar.

IV. Incorreto. A produção de etanol aumenta.

V. Correto. CE, RN, PE, PB, SC e RS são os maiores produtores de energia eólica.

Gabarito: c

96
20 – (PROGRAD/2018)

As descobertas em águas ultraprofundas de jazidas de petróleo e gás natural na área geológica do Pré-Sal é
fruto de longos anos de pesquisa da Petrobrás na atividade exploratória offshore no Brasil e confirma que o
país se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas
e ultraprofundas. Considerando os aspectos dessas descobertas e a decisão governamental brasileira de
readequar o marco regulatório nas etapas de exploração e de produção da indústria brasileira de petróleo e
de gás natural, assinale a afirmação verdadeira.

A) Os principais reservatórios do Pré-Sal, localizados especialmente nos litorais do Nordeste e do Norte do


Brasil, são ultraprofundos e se situam abaixo da lâmina de água e abaixo da camada de sal.

B) As novas perspectivas abertas com o Pré-Sal estimularam o Governo Federal a estabelecer algumas
mudanças regulatórias, sendo a mais importante delas o aumento da participação de empresas estrangeiras
na prospecção e produção de petróleo e gás natural.

C) Os poços exploratórios do Pré-Sal, principalmente aqueles encontrados na Bacia de Santos, apesar de


acumularem grandes porções de petróleo e gás natural, são condensados e pouco atrativos comercialmente,
em função da baixa qualidade dos reservatórios.

D) Em vista do papel essencial da Petrobras para o sucesso exploratório do Pré-Sal e do volume de recursos
envolvidos, o Governo Federal desenhou um aparato regulatório para exploração exclusiva da empresa,
resultando em uma maior participação estatal na apropriação da renda gerada por petróleo e gás natural.

Resolução

a) Incorreto. O Pré-Sal está na área litorânea entre os estados do ES e SC.


b) Correto. Provavelmente, o Brasil não conseguiria extrair sozinho.
c) Incorreto. Estima-se que o petróleo possua alta qualidade.
d) Incorreto. Provavelmente, a Petrobrás não conseguiria extrair sozinha.

Gabarito: b

21 – (FEQ/2014)

Em outubro de 2013, foi realizado o leilão do direito de extração de petróleo no “Campo Libra”, primeira área
da chamada zona do Pré-Sal. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA.

a) Em razão de dificuldades financeiras, a Petrobras foi afastada das operações de extração de petróleo no
Pré-Sal;

b) Em razão da descoberta do petróleo no Pré-Sal, o Brasil passou a integrar a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP);
97
c) O leilão realizado em outubro de 2013 teve a participação de grandes empresas petrolíferas americanas,
que demonstraram grande interesse em explorar o Pré-Sal;

d) A zona do Pré-Sal corresponde às reservas de petróleo localizadas em terra, próximas ao litoral da Região
Nordeste.

e) Para gerir os contratos dos contratos de partilha de produção no Pré-Sal, o Governo Brasileiro criou uma
empresa estatal denominada de Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal
Petróleo S.A. (PPSA).

Resolução

a) Incorreto. A Petrobrás atua em todos os seguimentos no que diz respeito ao petróleo, desde a extração
até a comercialização.
b) Incorreto. O Brasil não faz parte da OPEP.
c) Incorreto. O maior interesse era das empresas chinesas.
d) Incorreto. Estão localizadas no mar.
e) Correto. A PPSA está facilitando a gestão do Pré-Sal.

Gabarito: e

22 – (PUCRS/2013)

Para resolver a questão, leia o texto a seguir, sobre fontes de energia, e selecione as palavras/expressões que
preenchem correta e coerentemente as lacunas.

O _________ foi importante fonte de energia para a Primeira Revolução Industrial. Atualmente as maiores
reservas estão localizadas no hemisfério _______. É um dos principais responsáveis pela __________, pois
sua queima libera grande quantidade de óxido de enxofre na atmosfera.

a) carvão mineral – norte – chuva ácida

b) petróleo – sul – poluição dos oceanos

c) petróleo – sul – chuva ácida

d) carvão mineral – sul – poluição dos oceanos

e) petróleo – norte – chuva ácida

98
Resolução

O petróleo passou a ser importante a partir da II Revolução Industrial. A China possui a maior reserva de
carvão mineral do mundo e esse país está no Hemisfério Norte.

Gabarito: a

23 – (VUNESP/2019)

A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

a) contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a imprensa denunciou grandes
desvios de verbas da obra.

b) assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que participaram do projeto
e se beneficiaram com sua execução.

c) permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e Paraguai, rompidas desde
a Guerra do Paraguai.

d) proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e no controle político da


região do Rio da Prata.

e) foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que teve forte impacto
geoestratégico na região do Rio da Prata.

Resolução

a) Incorreto. A construção de Itaipu enalteceu o regime militar, pelo fato de ser uma obra faraônica de grande
importância para o nosso país.

b) Incorreto. Itaipu é binacional, isto é, foi uma parceria entre Brasil e Paraguai. Assim, ela não assegura
autonomia energética para Argentina.

c) Incorreto. Anteriormente as décadas de 1970 e 1980, esses 3 países já tinham relações diplomáticas.

d) Incorreto. Itaipu é binacional, isto é, foi uma parceria entre Brasil e Paraguai.

e) Correto. Itaipu poderia ser construída em um local onde a geração de energia seria ainda maior. Porém, os
militares optaram pela região de Foz do Iguaçu, PR, uma vez que, caso o Brasil entre em guerra com a
Argentina, as comportas poderiam ser abertas, inundando algumas regiões argentinas.

Gabarito: e
99
24 – (VUNESP/2018)

Examine o mapa.

O mapa apresenta o potencial de exploração da energia

a) hidráulica.

b) geotérmica.

c) termoelétrica.

d) eólica.

e) solar.

Resolução

a) Incorreto. A maioria das usinas hidrelétricas se concentram no Centro-Sul.


b) Incorreto. Não tem como o Brasil aproveitar a energia geotérmica.
c) Incorreto. As termoelétricas também se concentram no Centro-Sul.

100
d) Correto. A energia eólica é a que mais cresceu nos últimos anos. Os locais que apresentam maior
regularidade e velocidade dos ventos são os estados do RN, CE, PE, PB, BA, SC e RS.
e) Incorreto. As estações de energia solar se encontram no Semiárido e no Centro-Oeste.

Gabarito: d

25 – (VUNESP/2015)

No território brasileiro, petróleo e gás são mais extraídos em áreas de

a) rifteamento, sobretudo na depressão sertaneja do Nordeste.

b) núcleos cristalinos, sobretudo nas planícies costeiras.

c) cinturões orogenéticos, especialmente nos planaltos residuais da Amazônia.

d) bacias sedimentares, sobretudo na plataforma continental.

e) dobramentos modernos, especialmente nos planaltos e serras do Sudeste.

Resolução

O petróleo e o gás natural são extraídos nas bacias sedimentares, uma vez que a formação se deve ao
depósito orgânico que ficou soterrado por milhões de anos.

Gabarito: d

26 – (EBMSP/2018)

Os combustíveis fósseis contribuem para o aquecimento global, razão pela qual a sociedade vem buscando
novas alternativas energéticas mais limpas e cada vez mais competitivas.

Considerando-se essa informação e os conhecimentos sobre fontes de energia, pode-se afirmar:

a) O uso de biocombustíveis, por ser antieconômico, é pouco utilizado, todavia nos países centrais eles já
estão substituindo as fontes tradicionais, principalmente na Europa Oriental.

b) A maior usina de etanol celulósica do planeta está localizada na Amazônia, onde há matéria-prima
disponível e abundante.

101
c) A energia eólica tornou-se mais competitiva nos EUA, após o uso das máquinas flutuantes que giram hélices
mais longas.

d) A localização geográfica do Brasil dificulta a circulação dos ventos, razão pela qual não há parques eólicos
no país.

e) A energia geotérmica é a fonte alternativa mais utilizada no Hemisfério Norte porque é barata, limpa, de
fácil obtenção, além de ser inesgotável.

Resolução

a) Incorreto. Os biocombustíveis não são antieconômicos, pelo contrário. O Leste Europeu ainda utiliza
muito diesel e gasolina.
b) Incorreto. A produção de etanol no Brasil se concentra no estado de São Paulo.
c) Correto. O estado do Texas possui a maior estação eólica do mundo.
d) Incorreto. A localização não dificulta. Ademais existem parques no Nordeste e no Sul.
e) Incorreto. O petróleo e o carvão mineral ainda são as fontes mais utilizadas no mundo. Além disso, a
energia geotérmica não é barata.

Gabarito: c

27 – (UECE/2019)

No que tange à exploração de petróleo como matéria-prima e como recurso energético, assinale a afirmação
verdadeira.

A) Possui alto potencial de impactos ambientais que são resultantes de sua exploração e produção industrial,
sendo capaz de causar a morte de animais e plantas, além de comprometer a qualidade do solo, do ar e das
águas.

B) Ocorre um processo controlado de extração de jazidas na terra e no mar, porém, os acidentes com escape
de material radioativo para a atmosfera causam distúrbios socioambientais imediatos e a longo prazo.

C) A produção de energia e de matéria-prima é limpa, mas há impactos ambientais marcantes, tais como a
emissão de ruído, o impacto visual e as interferências eletromagnéticas em pessoas.

D) Esse tipo de exploração não acumula resíduos poluentes e o potencial de produção é igual em todos os
tipos de formação geológica.

102
Resolução

a) Correto. As termelétricas poluem a atmosfera e um derramamento de petróleo em alto-mar compromete


a vida marinha.
b) Incorreto. Não tem material radioativo na extração de petróleo.
c) Incorreto. As termelétricas poluem a atmosfera.
d) Incorreto. A extração de petróleo gera resíduos e o potencial de produção varia de região para região,
uma vez que existe petróleo leve e petróleo pesado.

Gabarito: a

28 – (FCAP/2016)

O consumo de energia é um espelho fiel do desenvolvimento tecnológico. A era industrial trouxe um salto
nos níveis de consumo energético e, ao mesmo tempo, concentrou a matriz energética mundial nos
combustíveis fósseis. Mas há uma larga diversidade de estratégicas energéticas nacionais, que refletem a
disponibilidade de recursos naturais e as escolhas políticas de cada país. As emissões de gases de estufa, por
sua vez, refletem não só o tamanho e o nível de desenvolvimento das economias nacionais mas também as
estratégias energéticas escolhidas.

MAGNOLI, Demétrio.Geografia para o ensino médio: meio natural e espaço geográfico. São Paulo: Saraiva,
2010 (adaptado).

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre os assuntos nele abordados, analise as afirmativas a
seguir:

1. Os combustíveis fósseis, ainda amplamente utilizados em todos os continentes, são encontrados em


sistemas rochosos magmáticos extrusivos, ricos em hidrocarbonetos e xistos betuminosos.

2. A era industrial baseou-se numa revolução energética. As tecnologias mecânicas, elétricas e eletrônicas
apoiaram-se basicamente nos combustíveis fósseis.

3. A expansão do consumo de gás natural decorre da qualidade ambiental do recurso, que gera emissões
menores de gases responsáveis pelo efeito estufa.

4. O consumo do carvão mineral apresenta uma dinâmica exatamente igual à do petróleo, ou seja, quando
os preços deste sobem, diminui consideravelmente a produção de carvão e restringe-se à abertura de novas
minas desse recurso energético.

5. Do ponto de vista econômico e social, energia e desenvolvimento estão profundamente relacionados. Os


níveis de desenvolvimento econômico e os contingentes demográficos podem explicar a distribuição do
consumo de energia comercial pelas grandes regiões e países.

Estão CORRETAS

103
a) apenas 1 e 2.

b) apenas 1 e 4.

c) apenas 2, 4 e 5.

d) apenas 2, 3 e 5.

e) 1, 2, 3, 4 e 5.

Resolução

1. Incorreto. Os combustíveis fósseis são encontrados em bacias sedimentares.


2. Correto. Apesar das novas tecnologias, o uso dos combustíveis fósseis no nosso dia a dia é
indispensável.
3. Correto. Entre os combustíveis fósseis, o gás natural é o menos poluente.
4. Incorreto. A dinâmica do preço do carvão mineral é bem diferente do petróleo.
5. Correto. Os países mais ricos são aqueles que mais utilizam energia.

Gabarito: d

29 – (FUVEST/2011)

A representação gráfica abaixo diz respeito à oferta interna de energia, por tipo de fonte, em quatro países.

104
As fontes de energia 1, 2 e 3 estão corretamente identificadas em:

Resolução

Se você lembrar que a China possui a maior reserva de carvão mineral do mundo, essa informação é o
suficiente para responder à questão, uma vez que carvão mineral só aparece 1 vez na coluna número 2.

Gabarito: b

30 – (INEP/2012)

Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz energética
em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes,
dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis.

De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor impacto e risco ambientais é a
baseada na energia

a) dos biocombustíveis, pois tem menos impacto ambiental e maior disponibilidade.

b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação.

c) nuclear, por ter menos risco ambiental a ser adequada a locais com menor extensão territorial.

d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis.

e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação.

Resolução

Um dos requisitos mais importantes para a instalação de usinas eólicas é que uma região apresente ventos
com maior intensidade e regulares, como é o caso do país mencionado na questão. Como o país apresenta
105
poucos recursos hídricos, é inviável o investimento em hidrelétricas. A energia eólica é sustentável, uma vez
que causa pouco impacto ambiental e não emite gases de efeito estufa que seriam responsáveis pelo
aquecimento global.

Gabarito: e

31 – (IBADE/2020)

Durante o mês de janeiro ocorrem muitas chuvas. Enchentes e desabamentos estão relacionados com fatores
naturais e também com ações humanas.

Que fatores humanos contribuem para a ocorrência desses problemas?

A) Acúmulo de lixo, falta de planejamento urbano e preservação da mata ciliar dos rios

B) Falta de planejamento urbano, ocupação desordenada e preservação da mata ciliar dos rios

C) Falta de planejamento urbano, presença de vegetação nas encostas e preservação da mata ciliar dos rios

D) Ocupação desordenada, acúmulo de lixo e presença de vegetação nas encostas

E) Ocupação desordenada, falta de planejamento urbano e acúmulo de lixo

Resolução

Preservação da mata ciliar dos rios e presença de vegetação nas encostas não estão relacionados aos fatores
humanos para a ocorrência de enchentes e desabamentos.

Gabarito: e

32 – (FCC/2017)

Emissão de gases estufa do Brasil tem maior crescimento em 13 anos.

As emissões brasileiras de gases do efeito estufa aumentaram 8,9% de 2015 a 2016. É o segundo ano
consecutivo de crescimento − o maior desde 2004. O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico
em 2016. Em 2015 havia liberado 2,1 bilhões. O aumento é o maior dos últimos 13 anos e representa a
emissão mais alta desde 2008.

(Disponível em: goo.gl/4h1bs9. Acesso em 26 out.2017)

106
Estão entre os fatores responsáveis pelo aumento da emissão de gases

A) a descentralização industrial e a garimpagem.

B) o desmatamento e a agropecuária.

C) a urbanização e a mecanização agrícola.

D) a agropecuária e a garimpagem.

E) a mecanização agrícola e o desmatamento.

Resolução

O desmatamento é responsável pela emissão de gás carbônico e o processo digestivo do gado é responsável
pela emissão de gás metano.

Gabarito: b

33 – (IDECAN/2016)

Nas últimas décadas do século XX, estudos realizados por meteorologistas e climatologistas de todo o mundo
detectaram um significativo aumento da temperatura média global, em torno de 0,6°C, na superfície dos
continentes e dos oceanos. Esse aquecimento global pode causar sérias alterações nos climas do planeta.
Sobre essas alterações nos climas, analise as afirmativas a seguir.

I. Diminuiu a quantidade de dias quentes, bem como a frequência das ondas de calor.

II. Diminuiu a diferença entre as temperaturas diurnas e noturnas.

III. Recuaram os glaciares polares e a neve que cobre as montanhas.

IV. A temperatura média global na superfície dos continentes e dos oceanos aumentou e esse aumento foi
maior nos continentes do que nos oceanos.

De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), são alterações verdadeiras
recorrentes nos climas do planeta as afirmativas

A) I, II, III e IV.

B) II e IV, apenas.

C) I, III e IV, apenas.


107
D) II, III e IV, apenas.

Resolução

I. Incorreto. Aumentou a quantidade de dias quentes.

II. Correto. Com o aumento da temperatura, a diferença de temperatura entre o dia e a noite diminuiu.

III. Correto. A neve está desaparecendo em diversas montanhas.

IV. Correto. Pois o continente aquece mais rapidamente do que a água.

Gabarito: d

34 – (CESGRANRIO/2014)

Sobre o efeito estufa, verifica-se que

A) é gerado pelos gases que formam a atmosfera e que não conseguem reter o calor que vem do solo.

B) é um fenômeno natural por meio do qual a Terra procura conservar constante a sua temperatura.

C) torna a Terra um planeta com condições muito mais favoráveis à vida, quando não está presente.

D) é um efeito provocado pelas atitudes inadequadas do homem.

E) provoca o aquecimento ou o resfriamento do planeta, de acordo com a estação local, sem alterações
climáticas sensíveis

Resolução

Os gases da atmosfera permitem a passagem do raio ultravioleta, absorvendo o calor. Cerca de 50% desse
raio solar é barrado pela estratosfera e o restante atinge a superfície terrestre, aquecendo-a. Vale lembrar,
que o efeito estufa é um fenômeno natural, o problema é o agravamento dele por meio dos gases do efeito
estufa, tais como: CO2, CFC, metano (CH4), dióxido de enxofre (SO2) etc. Esse agravamento é o que nós
conhecemos como aquecimento global.

Gabarito: b

108
35 – (VUNESP/2014)

Considere as seguintes situações encontradas em grandes cidades como São Paulo.

I. Elevada concentração de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro
e de amianto, que absorvem calor.

II. Reduzido número de áreas verdes.

III. Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos.

IV. Poluição atmosférica provocada pelo uso de combustíveis como o petróleo.

A combinação dos fatores enumerados é responsável

A) pelo forte aquecimento da atmosfera, nas áreas periféricas das cidades.

B) pela ocorrência de geadas em áreas urbanas, no inverno.

C) pelo aumento do volume de chuvas, na periferia das cidades.

D) pelo desaparecimento dos lençóis freáticos urbanos.

E) pela formação de ilhas de calor, nas áreas centrais das cidades.

Resolução

Além dos poluentes lançados pelos carros e pelas indústrias, a coloração escura do asfalto, as construções e
a concentração populacional contribuem com o calor, fazendo com que a zona urbana fique cerca de 10 graus
Celsius mais quente do que a zona rural.

Gabarito: e

36 – (FUNCAB/2010)

Considere Pesquisas recentes mostram que a alta taxa de CO2 atmosférico está afetando também os oceanos.
Depositado na superfície da água, tal gás acaba misturando-se a ela devido ao movimento dos copépodes –
pequenos animais que constituem o plâncton. Tal fato está fazendo com que o pH da água torne-se mais
ácido, o que altera a vida de diversas espécies marinhas, podendo inclusive levá-las à extinção.

Analise as alternativas abaixo e marque a opção cuja ação leva ao acontecimento do fato relatado no texto.

A) Ampliação da área de terras cultivadas.


109
B) Utilização crescente de combustíveis fósseis.

C) Crescimento das espécies autotróficas nos oceanos.

D) Maior extração de alimentos dos oceanos.

E) Extinção de muitas espécies marinhas aeróbias.

Resolução

A queima dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural e xisto betuminoso) pelas
termoelétricas, pelas indústrias e pelos veículos contribuem com a acidificação das águas, como oceanos e
mares.

Gabarito: b

37 – (VUNESP/2013)

Imagens de satélite comprovam aumento da cobertura florestal no Paraná

O constante monitoramento nas áreas em recuperação do Programa Mata Ciliar, com o apoio de imagens de
satélite, tem demonstrado um aumento significativo da cobertura florestal das áreas de preservação
permanente, reserva legal e Unidades de Conservação, integrantes do Corredor de Biodiversidade.

(www.mataciliar.pr.gov.br)

As matas ciliares são

a) florestas tropicais em margens de rios, cujo papel é regular fluxos de água, sedimentos e nutrientes entre
os terrenos mais altos da bacia hidrográfica e o ecossistema aquático. O mau uso dessas áreas provoca erosão
das encostas e assoreamento do leito fluvial.

b) florestas temperadas, cujo papel é de filtro entre o solo e o ar, possibilitando a prática da agricultura sem
prejudicar o ecossistema atmosférico. O mau uso dessas áreas provoca erosão do solo e contaminação do ar.

c) florestas subtropicais, cuja função é preservar a superfície do solo, proporcionando a diminuição da


filtragem e o aumento do escoamento superficial. O mau uso dessas áreas provoca aumento da radiação
solar e estabilidade térmica do solo.

d) coberturas vegetais que ficam às margens dos lagos e nascentes, atuam como reguladoras do fluxo de
efluentes e contribuem para o aumento dos nutrientes e sedimentos que percolam o solo. O mau uso dessas
áreas provoca evaporação e rebaixamento do nível do lençol freático.

110
e) formações florestais que desempenham funções hidrológicas de estabilização de áreas críticas em topos
de morros, cumprindo uma importante função de corredores para a fauna. O mau uso dessas áreas provoca
desmatamento e deslizamento das encostas.

Resolução

a) Correto. Por isso é uma área que exige extrema preservação.

b) Incorreto. A prática da agricultura é uma das responsáveis pelo desmatamento das matas ciliares.

c) Incorreto. O aumento do escoamento superficial contribui com o assoreamento.

d) Incorreto. As matas ciliares ficam às margens dos rios e não dos lagos.

e) Incorreto. As matas ciliares não cumprem importante função de corredores para a fauna.

Gabarito: a

38 – (VUNESP/2016)

É necessário adotar estratégias globais que visem a um aprimoramento técnico-científico, educacional e do


desenvolvimento econômico-social, tendo como ponto de convergência os interesses maiores da
humanidade, quais sejam, a melhoria geral da qualidade de vida e a recuperação e a preservação da natureza.
Nesse sentido, há a necessidade crescente de utilizar os resíduos sólidos, líquidos e gasosos como recursos
que devem ser reaproveitados.

(Jurandyr L. S. Ross. Geografia do Brasil, 2005. Adaptado.)

De acordo com o texto, uma razão para o reaproveitamento dos resíduos seria

a) a implantação de novos aterros sanitários.

b) a superação de infraestruturas de tratamento.

c) o aumento do mercado informal de coleta e armazenagem de lixo.

d) o fim da dependência de matérias-primas importadas.

e) a economia de matéria-prima.

111
Resolução

a) Incorreto. Os aterros sanitários geram muitos custos.

b) Incorreto. Os tratamentos também geram gastos.

c) Incorreto. O reaproveitamento dos resíduos não está ligado ao aumento do mercado informal de coleta e
armazenagem.

d) Incorreto. Infelizmente, ainda dependemos de matérias primas estrangeiras.

e) Correto. Essa é uma das vantagens da reciclagem.

Gabarito: e

39 – (VUNESP/2010)

No final dos anos 80 algumas nações começaram a se preocupar com as questões ambientais, visto que a
degradação ambiental representa um risco iminente para a estabilidade da nova ordem mundial. São
soluções plausíveis

a) as mudanças de estilo de vida, ações de saneamento e a reciclagem do lixo, visando à diminuição dos
resíduos não orgânicos despejados no meio ambiente.

b) a diminuição do despejo de produtos químicos nos rios e mares e o aumento do uso de aparatos científicos
e tecnológicos nas guerras.

c) a propagação de informações sobre educação ambiental, contribuindo para a ação predatória do homem
sobre a natureza.

d) o emprego de recursos naturais de forma racional para que a industrialização dos países desenvolvidos
possa gerar a dependência econômica de nações e economias periféricas.

e) a promoção do desenvolvimento sustentável, que atenda aos interesses da preservação do meio


socioambiental dos países ricos.

Resolução

a) Correto. Reduzir o consumo e não desperdiçar são as medidas mais importantes.

b) Incorreto. Os produtos químicos poluem os rios.

c) Incorreto. A educação ambiental não contribui com a ação predatória do homem.


112
d) Incorreto. A dependência econômica não é uma solução plausível.

e) Incorreto. O desenvolvimento sustentável tem que atender a todos.

Gabarito: a

40 – (VUNESP/2015)

A escassez de recursos hídricos pode ser vista como resultado de um conjunto de fatores naturais e humanos
que variam em cada região.

No caso da região Sudeste, em especial da região metropolitana de São Paulo, entre os fatores humanos que
contribuem diretamente para a restrição da disponibilidade de água estão:

a) a transposição de bacias hidrográficas e o grande consumo agrícola de recursos hídricos.

b) a intensa poluição de rios e lençóis freáticos e o grande consumo urbano e industrial de recursos hídricos.

c) o grande consumo urbano e agrícola de recursos hídricos e a inexistência de infraestruturas de captação,


tratamento e distribuição de água.

d) a preservação de vastas extensões de floresta nativa e a transposição de bacias hidrográficas

e) a inexistência de infraestruturas de captação, tratamento e distribuição de água e a intensa poluição de


rios e lençóis freáticos.

Resolução

a) Incorreto. As bacias hidrográficas não foram transpostas.

b) Correto. A agropecuária também é responsável pela poluição.

c) Incorreto. “Inexistência” ficou exagerado.

d) Incorreto. As bacias hidrográficas não foram transpostas.

e) Incorreto. “Inexistência” ficou exagerado.

Gabarito: b

113
14 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) Concurseiro(a),

Mais uma vez, muito obrigado por escolher e acreditar no Estratégia! Gostaria de reforçar para você
usar o Fórum de Dúvidas, eu responderei o mais rápido possível. Lembrando que eu terei prazer em
responder, uma vez que é uma forma de me aperfeiçoar, ou seja, no futuro, posso fazer uma aula ainda
melhor.

Excelentes estudos! Conte comigo, sempre! Que Deus abençoe o seu caminho!

prof.sauloteruotakami

15 - REFERÊNCIAS
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