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LAUDO - ENGENHEIRO CIVIL - DESAPROPRIAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO 10a. VARA DA FAZENDA PÚBLICA (AUTOS Nº 000/00)

Processo Nr.:

Alberto da Costa Pereira, Engenheiro Cívil, infra assinado, Perito nomeado nos autos da
AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO movida pela MUNICIPALIDADE DE SÃO PAULO contra
TOPACK LTDA. após os necessários estudos e diligências, vem apresentar o resultado dos
seus trabalhos, por intermédio do seguinte

I Preliminares
LOCAL – Rua Cabo Oscar Rossini, Rua Aviador Barros e Apóstolo Marco.
Assistente da Autora – Eng. Armindo Costa e Silva
Assistente da Expropriada: Engº Allan Medeiros Júnior.
Melhoramento – Programa Habitacional para População de baixa Renda.

Oferta – R$ 00.000.000,00 (00/00)

II Vistoria
Reporta-se o signatário às fotos de fls. 00/00 (inicial) e fls. 000/000 (vistoria prévia).
Trata o presente processo da desapropriação de área para o assentamento de
invasores.

Ás fls.00 solicitou o signatário planta de levantamento altimétrico, no que não foi


atendido.

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Conforme inicial a planta que a acompanha a área exproprianda assim se descreve:
Orientação: Para quem de dentro olha para Rua Cabo Oscar Rossini
Desapropriação:
Formato: Irregular
Perímetro: 1-2-3-4-5..........a....62-63-64 área = 00.000,00m²

FRENTE – Linha quebrada 55 a 64 e 1 a 7 = 000,00m; sendo 00,00 segundo o


alinhamento da Rua Aviador Barros, confrontando, com seu leito; 56-57 e os restantes
confrontando com os imóveis da Rua Apóstolo Marco (contribuintes 00.000.00000 a
00000); e 0,00m segundo o alinhamento da Rua Cabo Oscar Rossini, confrontando
com seu leito.

LADO DIREITO – Linha sinuosa 7 a 31 conforme levantamento topográfico efetuado


por Ravi.

LADO ESQUERDO – Linha quebrada 42 a 55, todos segundo a divisa com o


Município Prof. Dantas.

FUNDOS – Linha quebrada – 31 a 42 = 000,00m, todos conforme levantamento


topográfico efetuado por Ravi.

O bairro é predominantemente residencial, com residências de baixo padrão, com algumas


construções de bom padrão, inclusive dentro da área expropriada. Ruas lindeiras com
iluminação pública, guias e sarjetas. Solo seco e firme, com topografia acidentada.
Moradias construídas por posseiros, os quais pretendem comprar o terreno da
Municipalidade (segundo informações de moradores).
A desapropriação é apenas do terreno.
Alegam os contestantes (fls.00 e seguintes) que a área total não seria de 00.000,00 m²,
como pretende a Autora, mas sim de 96.265,635m². Contestantes atribuem a diferença às
ruas que constariam de projeto de loteamento e que não estariam incluídas no pedido
expropriatório.
Na realidade, a planta juntada pela Municipalidade engloba toda a área compreendida no
perímetro descrito na inicial e reproduzido neste laudo.
A documentação juntada pelos contestantes não é de molde a possibilitar um confronte com
a planta que acompanha a inicial.

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Dessa maneira, o signatário procederá a avaliação com base na planta que acompanha a
inicial. Eventuais comprovações, por parte dos ilustres assistentes técnicos, de falha nessa
orientação, serão, obviamente, levadas em conta e, se necessário, serão efetuadas as
necessárias correções.
A contestação de Santo Ravelli vai de fls.00 até fls.00.
Pelo V. Despacho de fls.00 foi determinada à Municipalidade que se manifestasse sobre a
contestação e documentos.
A Autora se pronunciou a fls. 00/00, não tendo abordado a questão da área, reclamando a
respeito da documentação.

III Avaliação
a) Valor unitário
Conforme anexo nº1, para o local foi determinado o valor unitário de:
q = R$ 00.000,00/m²/00mf/00-00m. para Abril/00

b) Tratando-se de avaliação de “gleba” e, não estando disponíveis elementos


referentes à área de grande extensão, tal como aquela em estudo, o critério indicado
é a aplicação do método involutivo, conforme indicado nas “NORMAS” /00”

“Capítulo 1.3 – glebas


Nas avaliações de glebas loteáveis, como tais só consideradas áreas periféricas,
devem ser utilizados os métodos comparativo e involutivo, inclusive, neste último,
adotando as fórmulas simplificadas”.

A fórmula para aplicação deste método é aquela preconizada nas “NORMAS” de


DESAP (Municipalidade), a saber:
VT = (0,00 x VRe – Du) /0,000
Onde:
VT = valor do terreno
0,00 = (lucro – 20% + corretagem e adm. 8%)
VRe = valor realizável
Du = despesas de urbanização

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0,000 = despesas tributárias e financeiras

c) Cálculo do valor da gleba


c1 - Faixa diretamente desmembrável
Área total – 00.000,00m²
A faixa diretamente desmembrável abrange superfície de:
Extensão – 1-2 = 000,00m
2-3 = 0,00m
3-4 = 000,00m
4-5 = 00,00m
5-6 = 0,00m
6-7 = 0,00m 000,00m
000,00 – (0 x 00,00) x 00,00m = 0.000,00m², admitida a abertura de duas ruas com
00,00m de largura para acesso ao miolo da gleba.
c2 - Miolo
00.000,00m² - 0.000,00m² = 00.000,00m², isto é, a área total com desconto da faixa
diretamente desmembrável.
A área da faixa diretamente desmembrável será avaliada com base no unitário de
pesquisa.

A área do miolo será avaliada com a aplicação do “fator gleba”, com correção de 10%,
de vez que, quando foi calculada a tabela dos fatores de gleba, a Municipalidade
exigia 30% da área original e, hoje, exige 40%. Os fatores de gleba foram
determinados por meio de estudo do método involutivo.
c3 - Valor da faixa diretamente desmembrável
V = 0.000,00m² x R$ 00.000,00 = R$ 000.000.000,00 ( ............................)
c4 - Valor do miolo
Conforme anexo nº 2, para 00.000,00m² o fator indicado é 0,000.
Face o aumento de 10% nas exigências da Prefeitura, tal fator passa a 0,000.
Assim, para valor do miolo, vem:

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Vm = 00.000,00m² x R$ 00.000,00 x 0,000 = R$ 000.000.000,00 ( ...............................)

c5 - INDENIZAÇÃO
Faixa - R$ 000.000.000,00
Miolo – R$ 000.000.000,00
R$ 000.000.000,00
INDENIZAÇÃO – Abril/00
I = R$ 000.000.000,00 ( ................................................)
IV Quesitos
A- Municipalidade (fls. 16)
1º) Quesito - As dimensões, confrontações e situação do imóvel conferem com a
planta da A. ás fls.?
RESPOSTA: No capítulo II – VISTORIA o signatário expôs a discrepância entre a
área levantada pela A. e a área reclamada pela Exproprianda.
2º) Quesito - Os títulos dominiais apresentados abrangem a área Exproprianda?
RESPOSTA: Reporta-se o signatário à manifestação da Municipalidade (fls. 00/00).
3º) Quesito - As alienações, inscrições, averbações, ônus etc., eventualmente
notificadas em certidão aquisitiva do Registro de Imóveis, atingem a área
exproprianda?
RESPOSTA: Mais uma vez o signatário reporta-se à manifestação da Municipalidade
(fls. 00/00).
4º) Quesito - Qual a topografia e principais características do terreno?
RESPOSTA: Vide capítulo II – VISTORIA.
5º) Quesito - Resultando área remanescente, houve valorização específica, imediata e
direta em razão da desapropriação? RESPOSTA: Conforme fls. 5 a Municipalidade
pretende expropriação total.
6º) Quesito - Pede-se ao Sr. Perito que verifique, em sendo o caso, qual o
aproveitamento da área remanescente, para fins de edificação? RESPOSTA: Não é o
caso.
7º) Quesito - Qual o valor da indenização a ser paga, em face das respostas
anteriores? - RESPOSTA: Vide capítulo III – AVALIAÇÃO.
8º) Quesito - Qual o valor da oferta corrigida conforme os índices oficiais de
atualização? RESPOSTA: R$ 00.000.000,00 x 0.000,0000 / 000,0000 = R$
00.000.000,00(...............)

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B- DOS EXPROPRIADOS
Nada consta.

Vai o presente LAUDO digitado 00 (.........) folhas, de um só lado, as anteriores


rubricadas e esta última datada e assinada/.

São Paulo,___/_____/____

Alberto da Costa Pereira


Engenheiro Civil – CREA 0000/D

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