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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR.

ª LAURA AYRES

Da Pobreza ao Imperio
Cristina Ferreira
Justo ou Injusto?
Este trabalho foi proposto para a disciplina de filosofia pelo professor Carlos Pires. No âmbito
de filosofia iremos dar a conhecer a história de vida de Cristina Ferreira uma apresentadora
portuguesa e enquadrar a mesma na teoria de Rawls e Nozick dois filósofos com ideias opostas.
Cristina Maria Jorge Ferreira, nasceu a 8 de setembro de 1977, tem 45 anos.
Nasceu na Malveira, cresceu a brincar na rua, e entretinha se a passear pelos terrenos dos
vizinhos enquanto apanhava fruta. Visitava Lisboa com frequência, viagens de autocarro, mais
de uma hora de caminho, mas as horas de viagem compensam, ela só queria “ver para lá da
serra”.
É filha única de Filomena e António, dois feirantes de origens humildes que sempre
trabalharam para tentar dar o melhor á filha.
Cristina cresceu a comer favas dia após dia, pois era o que a terra dava e tinha de se comer o
que a terra oferecia, aprendeu desde nova que é do trabalho que vem o sustento, sonhava ser
apresentadora desde criança onde representava em frente ao espelho e ganhou inspiração num
tio que era analfabeto e enriqueceu, a ideia que o tio não sabia ler nem escrever, mas que
conseguia perceber aquilo que muita gente informada não conseguia, fazia acreditar que podia
conseguir também ela triunfar na vida.
Boa aluna, licenciou se em História, foi trabalhar para o restaurante na feira dos pais onde ficou
até ser professora no ensino secundário. Entre ser professora conciliava com um trabalho numa
loja e continuou a ajudar os pais na feira onde gostava de ser empregada de balcão.
Posteriormente licenciou-se em Ciências de comunicação e estagiou na RTP, no programa
Regiões onde como acontece a muita gente, no fim do estágio foi embora.
Continuou os estudos e foi tirar um curso de apresentação, lecionado por Manuel Luís Goucha
e Júlia Pinheiro (Hoje curiosamente concorre contra quem lhe ensinou!).
No fim do curso fez castings e foi selecionada para o Extra, diário do BIG Brother, onde fez os
primeiros diretos.
Foi notório o seu crescimento e a sua voz estridente fez com que tantos a amassem como
odiassem.
A vida acrescentou lhe dureza, a fama trouxe lhe muitas coisas boas como más, é
constantemente atacada nas redes sociais, mas atualmente é uma mulher de sucesso, criou um
blog, lançou linhas de sapatos, malas, livros, perfumes, criou uma revista com o seu nome e tem
uma loja de roupa na Malveira.
É uma das mulheres mais mediáticas e influentes de Portugal.
“Aquilo que nos faz gente jamais nos abandona”, esta é uma frase de Cristina Ferreira quando
revela no seu livro “SENTIR” que foram as férias passadas no campo e as conversas com o tio
que tinha olho para o negócio, as regras do pai e a garra da mãe, que sempre lutaram para trazer
dinheiro para casa, que a moldaram. Isso e os dias nas feiras onde ajudava os tios a vender
atoalhados, ou os pais no restaurante da feira a servir á mesa.
Cristina carrega as origens consigo com orgulho, ganha milhões e ainda assim ajuda “os da
terra” sempre teve orgulho de dizer de onde vinha, mesmo a imprensa utilizando o nome
“saloia” de forma pejorativa. Cristina tem dinheiro que se farta, e a verdade é que, se calhar já
não vai tantas vezes “á tasca” e prefere os restaurantes da moda, toma pequenos-almoços
gourmet, gasta milhares em iates e tem um closet que nunca mais acaba, mas não mudou os
amigos, continua a viver na terra onde cresceu, e quando chega a casa, vive para o filho.  

A sua loja de roupa situa-se igualmente na Malveira e os seus olhos enchem se de brilho quando
fala de sua terra que divulga constantemente.
Cristina Ferreira é uma mulher de armas num mundo de negócios e é um exemplo do nosso
american dream á portuguesa, uma jovem humilde que veio do nada e que conquistou o
impensável com lágrimas e suor. Cristina deixou as aulas de História do secundário para fazer
História na televisão, sendo uma das figuras mais importantes do panorama português, e uma
das mais emblemáticas do universo televisivo nacional.
Empresária, apresentadora, acionista e agora diretora de um canal de televisão, Cristina Ferreira
é uma inspiração para muitas gerações, desde os mais novos aos mais velhos, sendo a prova
viva de que o sonho comanda a vida.
Este ano, o “lugar das estacas” onde Cristina vendia “toalhas, lençóis e tudo o que a tia fazia” o
Largo da Feira da Malveira foi inaugurado e requalificado passando a chamar se agora o
Anfiteatro Cristina Ferreira. A placa está colocada exatamente no local onde o seu padrinho
vendia peixe.
Um espaço que honra o passado, o presente e o futuro. Aquela placa será eterna, e se um dia
falarem de Cristina, saberão que foi dali que ela partiu.

Cristina não é mais do que uma pessoa normal que não desiste!

Será que este caso se enquadraria numa sociedade realmente justa?


Segundo Rawls, a infância de Cristina não aconteceria numa sociedade justa, pois segundo o
princípio da igualdade de oportunidades ela deveria ter recebido ajuda do estado para conseguir
ter sustento na sua alimentação e para entrar na faculdade porque teve de trabalhar para pagar os
próprios estudos. Cristina veio de uma família pobre onde não tinham dinheiro suficiente para
alimentação em compensação semeavam alimentos, nomeadamente favas para que assim se
conseguissem alimentar. Durante a sua infância Cristina deveria ter recebido um subsídio que a
ajudasse logo a redistribuição da riqueza na sociedade isto não aconteceu logo uma
desigualdade.
Logo na sociedade justa de Rawls segundo o princípio da diferença deveriam ter sido cobrados
impostos mais elevados as pessoas que possuam mais riqueza e estes sejam retribuídos para os
que mais precisam desta maneira as pessoas mais desfavorecidas obteriam os recursos
necessários para se conseguirem sustentar.
Segundo Nozick uma sociedade com desigualdades é inspiradora, fazendo com que ela se
esforce para obter as suas conquistas, em Portugal apesar da pobreza que ela enfrentou (oque
Nozick não vê como uma razão para que ela não se esforce) não houve nenhuma lei que a
discriminasse e não a impedisse que seguir a carreira que desejou. Cristina assim sendo esforçou
se empenhou se e das “tripas fez coração” e conseguiu conquistar tudo o que tem hoje em dia.
Robert Nozick considera que os direitos individuais como o direito à propriedade era inviolável,
ou seja, um indivíduo o tem direito a adquirir legitimamente (não violando nenhum direito) tem
o direito de controlar e usufruir da sua riqueza como entender se recebeu muito ou pouco não
deve ser obrigado a ajudar os menos afortunados ou seja é o titular legítimo do que possui.
A cobrança de impostos seria equivalente a escravidão/trabalho forçado isto constitui uma
violação de direitos a liberdade e a prioridade. É errado obrigar alguém a partilhar os seus bens
isto limitaria a sua liberdade e violaria os seus direitos.

Não houve um consenso entre os participantes do trabalho devido às ideias opostas que
são atribuídas.
Por um lado a participante Mayane apoia Rawls pois a mesma acha que todos nós devemos ter
as mesmas oportunidades e havendo pessoas mais desfavorecidos devem ter mais apoios de
maneira a que as pessoas mais desfavorecidos consigam ter meios suficientes para conseguir ter
uma boa formação e sustentabilidade, a Mayane acha também que as pessoas que foram
beneficiadas socialmente e naturalmente tem obrigação de partilhar a sua sorte com os outros ou
seja a sociedade pagando impostos significativos.

Por outro lado, a participante Cintia apoia Nozick, pois defende que todos devemos ser livres
em relação a nossa riqueza, esta sendo adquirida pelo próprio indivíduo o seu empenho e
cumprimento levou-o a adquirir um certo estatuto e este não deve ser partilhado nem dado a
pessoas que escolheram não se esforçar, a tributação seria violar o direito à propriedade e seria
equivalente a um trabalho forçado logo instrumentalizaria as pessoas e negava a sua autonomia
moral. Cristina acabou por receber todo o louvor pelo que conquistou logo torna se moralmente
certo apoiar tal sucesso e não “obrigar” ou fazer com que o mesmo seja desvalorizado para
apoio de outros.

WEBGRAFIA:

 Livro “Sentir
 Manual do aluno
 https://www.vidas.pt
 https://caras.sapo.pt
 https://www.nit.pt
 https://www.cmjornal.pt

Trabalho realizado por: Mayane


Mafra & Cintia Amaro
Filosofia 22/23

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