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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVIP | WYDEN

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

VITOR DANIEL DA SILVA BELO

DENSENVOLVIMENTO DE PROGRAMA PARA CALCULO DA CARGA TÉRMICA


BUSCANDO O CONFORTO TÉRMICO UTILIZANDO O EXCEL

Caruaru – PE
2021
VITOR DANIEL DA SILVA BELO

DENSENVOLVIMENTO DE PROGRAMA PARA CALCULO DA CARGA TÉRMICA


BUSCANDO O CONFORTO TÉRMICO UTILIZANDO O EXCEL

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Mecânica da Unifavip – Centro
Universitário Unifavip | Wyden como
requisito parcial para a obtenção do grau de
bacharel em Engenharia Mecânica.

Orientador: Msc. Eduardo Corte Real

Caruaru – PE
2021
Dedico esse trabalho
primeiramente a Deus por ser tão
fundamental e presente na minha vida,
segundo a minha família por me dá a
oportunidade de chegar até aqui em
minha graduação.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeira a Deus “Pois todas as coisas vêm d’Ele, existem por meio
dEle e são para Ele, A Ele seja toda a glória para sempre” Romanos 11:36, que por
sua Graça me deu sabedoria para chegar até aqui e realizar este trabalho.
Aos meus pais, irmãos, namorada e amigos por me apoiarem, entenderem a
minha ausência e me incentivar até aqui.
Ao professor orientador pelo suporte dado em toda elaboração deste trabalho
e ensinamento durante o curso.
A todos que de alguma forma contribuíram para que eu conseguisse chegar
até aqui em minha graduação.
RESUMO

Desde o inicio o homem vem procurando formas para proporcionar o


bem-estar e conforto no seu dia a dia. Um dos fatores que influencia
diretamente em seu bem-estar é a temperatura do ambiente em que ele se
encontra, nos local mais quente é com frequência que conseguimos
encontrar pessoas se queixando com relação ao calor, elevando até o seu
nível de estresse.
O conforto térmico é estado de satisfação do homem em que ele se
sente bem em determinado ambiente. Para alcançar o conforto térmico do
ambiente foram desenvolvidos cálculos estabelecidos por normas para
estipular a carga térmica adequada para atingir o conforto térmico no
ambiente desejado.
Devido à diferença no metabolismo de cada individuo, não é
possível estabelecer a sensação de conforto para 100% dos indivíduos,
alcançando então cerca de 80% dos indivíduos presentes no ambiente.
Pensando nisto foi desenvolvido um programa utilizando o office
Excel, o qual permite a obtenção da carga térmica apropriada para o
ambiente visando o conforto térmico. Podendo então ser utilizado para
auxiliar engenheiro atuantes na área.

Palavras-chave: Conforto. Bem-estar. Carga térmica. Refrigeração.


ABSTRACT

From the beginning man has been looking for ways to provide well-
being and comfort in his day to day. One of the factors that directly
influences your well-being is the temperature of the environment in which
it is, in the hottest place is often that we can find people complaining about
heat, raising up to their stress level.
Thermal comfort is a man's state of satisfaction in which he feels
good in a given environment. To achieve the thermal comfort of the
environment, calculations established by standards were developed to
stipulate the appropriate thermal load to achieve thermal comfort in the
desired environment.
Due to the difference in the metabolism of each individual, it is not
possible to establish the feeling of comfort for 100% of individuals, thus
reaching about 80% of the individuals present in the environment.
Thinking about it was developed a program using office Excel, which allows
obtaining the appropriate thermal load for the environment for thermal comfort. It can
then be used to assist engineers who work in the area.

Keywords: Comfort. Welfare. Thermal load. Refrigeration


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fatores que afetam o conforto térmico ....................................................... 6


Figura 2 - Ganhos de Calor ......................................................................................... 8
Figura 3 - Seções e Camadas ................................................................................... 10
Figura 4 - Parede de tijolos cerâmicos rebocado em ambos os lados. Figura C.3 da
NBR 15220. ............................................................................................................... 20
Figura 5 - Parede de tijolos 6 furos rebocada em ambos os lados. Figura C.4 da NBR
15220 ........................................................................................................................ 23
Figura 6 - Parede de tijolo maciço. Figura C.1 da NBR 15220: ................................. 25
Figura 7 - Bloco de concreto ..................................................................................... 26
Figura 8 - Tela Inicial do programa. ........................................................................... 32
Figura 9 - Dimensionamento reboco e argamassa e escolha do material. ................ 39
Figura 10 - Dimensionamento do material ................................................................ 39
Figura 11 - Dimensionamento paredes ( Parte 1) ..................................................... 40
Figura 12 - Dimensionamento paredes (Parte 2) ...................................................... 41
Figura 13 - Temperaturas Externas ........................................................................... 41
Figura 14 - Pessoas, acessórios e componentes. ..................................................... 42
Figura 15 - Carga Térmica Total. .............................................................................. 42
Sumário
1 Introdução ................................................................................................................... 1
1.2 Objetivo .......................................................................................................................... 3

1.3 Objetivos Específicos .................................................................................................... 3

2 Revisão Bibliográfica ............................................................................................. 4


2.1 Conforto Térmico ........................................................................................................... 4

2.2 Qualidade do Ar ............................................................................................................. 6

2.3 Carga Térmica ................................................................................................................ 7

2.3.1 Estimativas das trocas térmicas ................................................................................ 8

2.4 Transmissão térmica ..................................................................................................... 9

2.4.1 Resistência Térmica ................................................................................................. 10

2.4.2 Camadas homogêneas ............................................................................................. 10

2.4.3 Câmara de ar ............................................................................................................. 10

2.4.4 Componentes com camadas homogêneas ............................................................. 11

2.4.4.1 Superfície a superfície ........................................................................................... 11

2.4.4.2 Ambiente a Ambiente ............................................................................................ 11

2.4.5 Componentes com camadas homogêneas e não homogêneas ............................ 11

2.4.5.1 Superfície a superfície ........................................................................................... 11

2.4.5.2 Ambiente a Ambiente ............................................................................................ 12

2.5 Transmitância Térmica ................................................................................................ 12

2.6 Infiltração e ventilação ................................................................................................ 12

2.6.1 Carga térmica devido à infiltração ........................................................................... 13

2.6.2 Carga térmica devido a ventilação .......................................................................... 13

2.7 Cargas de geração interna de calor............................................................................ 14

2.7.1 Carga térmica devido a pessoas.............................................................................. 14

2.7.2 Carga térmica devido aos componentes................................................................. 15

2.7.3 Carga térmica devido a iluminação ......................................................................... 15

2.8 Carga térmica de insolação através de superfícies transparentes ou translucidas 15

2.9 Carga térmica de insolação através de superfícies opacas ..................................... 17


3 Metodologia .............................................................................................................. 19
3.1 Orientação .................................................................................................................... 19

3.2 Cálculo das cargas térmicas ....................................................................................... 19

3.2.1 Cálculo das cargas térmicas devido à condução ................................................... 19

3.2.3 Carga térmica devido a vidros ................................................................................. 28

3.2.4 Carga térmica devido à infiltração ........................................................................... 28

3.2.5 Carga térmica devido à ventilação .......................................................................... 29

3.2.6 Carga Térmica devido a pessoas............................................................................. 29

3.2.7 Carga térmica devido à iluminação ......................................................................... 30

3.2.8 Carga térmicas devido aos componentes ............................................................... 30

4. Resultados e discussão .................................................................................... 31


4.1 Apresentação do programa Criado ............................................................................ 31

4.1.1 Tela inicial ................................................................................................................. 32

4.2 Problema proposto: ..................................................................................................... 33

4.3 Resolução Através do programa ................................................................................ 39

4.3.2 Dimensionamento do ambiente e temperaturas: .................................................... 40

4.3.3 Acessórios e componentes...................................................................................... 42

5 Conclusão.................................................................................................................. 44

6 Referências Bibliográficas ................................................................................ 45


1 Introdução
Desde os primórdios o ser humano busca por meios que oferece melhor
qualidade de vida, coisas que o faça se sentir bem, o possibilitando viver em um
ambiente saudável e confortável. O bem-estar do ser humano influencia totalmente
em suas atividades diárias ações e reações no seu cotidiano e pensando nisto a
sociedade começou a investir em meios que oferecem mais praticidade e
comodismo, melhorando e evoluindo ainda mais com o auxilio da tecnologia.
Existem muitos fatores que influenciam diretamente e indiretamente no bem-
estar do ser humano, como a sua rotina, doenças, problema familiar e financeiro,
ansiedade e até mesmo a temperatura do ambiente em que ele se encontra. O
corpo humano consegue se adequar bem a diferentes ambientes e diferentes
climas, necessitando apenas de algum tempo para se acostumar com aquela
situação.
De acordos com estudos já realizados, o clima e temperatura influenciam
totalmente no comportamento e saúde do ser humano, o calor excessivo causa
estresse, desidratação, insolação e em casos graves podem até causar lesões
cerebrais já nos tempos excessivamente frios os seres humanos se tornam mais
vulneráveis a algumas doenças.
Segundo a ambientalista da Fundação Nacional do Sono, Natalie Dautovich,
as noites mais frias com aproximadamente 15 e 20 graus célsius o corpo humano
atinge uma temperatura ideal para dormir e descansar, já as noites mais quentes e
úmidas pode dificultar a tão desejada boa noite de sono.
Neste trabalho iremos realizar uma análise mais aprofundada e especifica
totalmente voltada para o calculo da carga térmica de um ambiente, com o intuito de
proporcionar o conforto térmico das pessoas que estão em seu interior.
Para realização desses calculo é necessário ser levado em consideração
algumas variáveis, como a orientação do local, os materiais utilizados para
construção de suas paredes e seus respectivos dimensionamentos, numero de
pessoas que estarão presentes no recinto e entre outros fatores que estaremos
vendo no decorrer deste trabalho e que estará influenciando totalmente no valor da
carga térmica do ambiente.

1
Foi em busca de proporcionar o conforto térmico que em 1902 o jovem
engenheiro Wlillis Carrier, tentava solucionar o problema de calor na empresa
Sackett-Wilhelms Lithography and Publishing em Nova York, criando então o ar-
condicionado o qual é muito utilizado até os dias de hoje .
O conforte térmico é definido como um estado da mente que expressa
satisfação do homem em determinado ambiente, ou seja, é ver como o ambiente
permite que o indivíduo sinta-se confortável no ambiente, podendo passar o tempo
que for necessário sem que venha sofrer sensação de frio ou calor. Para que isso
aconteça, a troca de calor entre o corpo humano e o ambiente em que ele se
encontra deve ser sem haver esforços, possibilitando então uma sensação de
conforto térmico.
Para que haja o conforto no ambiente é necessário utilizar o equipamento
correto, pra escolha certa, são realizados cálculos estabelecidos por normas,
trazendo as variáveis e as formulas que deve ser levadas em consideração para um
bom dimensionamento e escolha do ar-condicionado apropriado para o ambiente. As
normas utilizadas nesse trabalho foram NBR15220,NBR6401 e ABNT2008B.
Com isso fez-se possível o desenvolvimento de um programa, baseado em
normas com o intuito de auxiliar engenheiros a desenvolver o dimensionamento de
carga térmica adequado, de forma mais automatizada, onde ele deverá informar as
variáveis de seu ambiente e terá o valor da carga térmica apropriada para o local
desejado.

2
1.2 Objetivo
Este trabalho pretende realizar uma análise nas condições de conforto
térmico, desenvolver os cálculos necessários para obtenção do valor da carga
térmica apropriada para o ambiente. Será desenvolvido um programa através do
office Excel, o qual auxiliará engenheiros no dimensionamento e calculo da carga
térmica, podendo ser feito de forma automatizada. Todas os cálculos e tabelas
utilizadas neste trabalho cumprem exigências das normas NBR 15220, NBR16401 e
ABNT2008B.

1.3 Objetivos Específicos


 Realizar estudo sobre o conforto térmico;
 Conhecer todo calculo para obter valor da carga térmica.
 No programa desenvolvido o engenheiro poderá preencher todas às
variáveis de seu ambiente como: o material utilizado para construção da parede, o
tipo de tijolo utilizado e seu dimensionamento, dimensões de reboco, argamassa e
parede, área do ambiente, temperaturas internas e externas, componentes
presentes no ambiente e entre outras variáveis. Após o preenchimento de todas as
informações, o engenheiro obterá o valor da carga térmica apropriada para o
ambiente (W, Btu/h e TR’s).

3
2 Revisão Bibliográfica
Hoje em dia os estabelecimentos em geral sendo ele comercial, industrial ou
residencial, buscam por meios que proporcionam conforto, havendo a necessidade
de manter o ambiente interno em condições favoráveis podendo fazer isso de forma
econômica. Para o desenvolvimento de um bom projeto de ventilação, aquecimento
e ar condicionado (VAAC) é necessário que haja uma serie de estudos que deve se
originar nas paredes que constituem aquele ambiente (Wilbert F. Stoecker e Jerold
W. Jones,1985).

2.1 Conforto Térmico


O conforto térmico é definido pela ASHRAE 55a (1995) sendo “um estado de
espirito que reflete satisfação com o ambiente térmico que envolve a pessoa”. De
acordo com a norma ABNT NBR 16401 a sensação de conforto térmico é subjetiva,
pois existe variações individuais, psicológica e fisiológicas não possibilitando o obter
condições para que venha agradar a 100% dos indivíduos, porém pode chegar a
agradar a 80% ou mais das pessoas.
Para que haja um bom desenvolvimento e a mantimento das atividades vitais,
o corpo humano deve manter uma temperatura interna praticamente constante,
sendo mantido a uma temperatura de 37°C, segundo Anésia Barros Frota e Sueli
Ramos Schiffer (2003) existem limites muito pequenos – entre 36,1 °C e 37,2°C -
sendo 32° o limite inferior e 42° o superior para sobrevivência em estado de
enfermidade. Para que essa temperatura interna se mantenha, deve haver um
equilíbrio entre o calor perdido para o ambiente e o calor produzido pelo corpo.
De acordo com Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones (1985) baseados na
termodinâmica, afirmam que o corpo humano é uma maquina ineficiente, porem,
consegue regular a sua temperatura com excelência. Consideraram o alimento
ingerido pelo humano como o combustível que fará o metabolismo trabalhar gerando
a energia. Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer (2003) aponta que apenas
20% dessa energia é transformada em potencialidade de trabalho, os 80% restantes
serão transformados em calor que deve ser dissipada para haver o equilíbrio
térmico.
Stocker e Jerol (1985) apontam que esses processos metabólicos podem
sofrer variações de acordo com a idade, saúde e o nível de atividade realizada,
como por exemplo: uma pessoa saldável e outra doente quando expostas a uma
4
mesma temperatura poderão sentir sensações diferentes, outro caso que podemos
citar é o de uma pessoa que exerce uma atividade mais pesadas e que envolva mais
esforço e movimentação precisará de temperaturas menores que pessoas que estão
realizando atividades sedentárias para que se sinta confortável.
O corpo humano possui uma elevada capacidade de adaptação, podendo
então suportar condições térmicas variáveis, para que haja essa adaptação o corpo
precisará de um tempo necessário para aclimatização, porém existem situações
extremas em que a temperatura externa do ambiente superará a capacidade de
adaptação do corpo podendo chegar a temperaturas mais altas ou até mais baixa.
Para que isso seja resolvido é necessário haver um controle de condições internas
onde irá proporcionar um ambiente saldável e mais confortável (Wilbert F. Stoecker
e Jerold W. Jones,1985).
O manual do conforto térmico (2003) apresenta que ao realizar um trabalho
mecânico o corpo humano consequentemente estará liberando calor para o meio
ambiente, em função do trabalho realizado pode chegar a um máximo de 1200 W,
desde que por um curto período de tempo. Segundo a tabela 48 pág. 1-94 ao
realizar atividades sedentárias a taxa de liberação de calor é 120 W já ao realizar
atividades intensas o corpo humano libera 440 W.
Essa liberação de calor para o ambiente poderá acontecer de quatro formas,
sendo por convecção, radiação e condução (trocas de calor secas) e também por
evaporação (trocas úmidas) como mostrado na figura 1.1 (refrigeração e Ar
condicionado, 1985). O calor perdido através troca de calor seca é denominado de
calor sensível, já o perdido pela troca de calor úmido dar-se o nome de Calor
Latente.
A taxa de liberação de calor pelo corpo humano como já falado anteriormente
estará variando em função da atividade que o individuo está desenvolvendo, Na
tabela 48 pág. 1-94 do manual de aire acondicionado Carrier (Carrier 1990) já citada
neste trabalho é apresentado alguns valores de metabolismo em situações variadas,
estes valores estarão influenciando no calculo de carga térmica.
Os parâmetros ambientais que estarão influenciando na liberação de calor
são: temperatura do ar, a temperatura das superfícies circundantes, umidade e a
velocidade do ar. A quantidade de pessoas no local, o tipo de vestimenta e as

5
atividades exercidas irão interagir diretamente com esses parâmetros que devem ser
controlados para que haja um bom dimensionamento e uma boa sensação térmica.

Figura 1 - Fatores que afetam o conforto térmico

2.2 Qualidade do Ar
Existem ambientes aparentemente confortáveis, porém não são
ambientes saudáveis, hoje em dia o quesito “Conforto” é levado em consideração
por todos os profissionais. A saúde, segurança e custo vêm crescendo em
importância nas indústrias, porém o conforto ainda é uma das maiores
preocupações dos projetistas.
A qualidade do ar é de fundamental importância para o conforto térmico,
podendo existir as fontes de poluição interna e externa. Para garantir um ambiente
sadio, é necessário estudar formas para eliminar a poluição do ambiente, para isso
um sistema de ventilação acaba se tornando mais eficaz do que um sistema de ar
condicionado (Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones,1985).
Como falado anteriormente, podem existir dois tipos de poluentes para
o ar de determinado ambiente. A poluição interna pode acontecer de variadas
formas, como por exemplo: animais, plantas e pessoas que estrão naquele ambiente
também podendo acontecer devido a materiais de limpeza, e outros meios. Já os

6
poluentes externos são devido ao ar externo que entra no ambiente, geralmente
portando de gazes e materiais poluentes.
Dentre os poluentes existentes, alguns contaminantes são mais
comuns que outros como, por exemplo:
1. Oxido de Enxofre: Produzido por combustíveis que contém enxofre, ao ser
misturado com água poderá formar ácido sulfúrico, o que estará prejudicando a
respiração no interior da estrutura.
2. CO2: Produzido pela respiração dos mamíferos, não é um risco para saúde
humana.
3. CO: É totalmente tóxico, causado pela fumaça de cigarro, e produção
incompleta de hidrocarbonetos. Casas e prédios que se localizam próximos a locais
de muito trafego, iram sofrer com um elevado nível de CO.
4. Radônio: É um gás radioativo causado pelo decaimento do radio, e pode
causar o risco até de câncer no pulmão. Penetra o ambiente através de frestas no
piso ou paredes, através de materiais contendo uranio e Tório
Além dos tipos de contaminantes citados anteriormente, ainda existe alguns
que são comuns como: óxido de nitrogênio, Compostos Orgânicos Volateis, e entre
outros.
Uma boa análise da qualidade de ar é de fundamental importância para
obtenção de um ambiente saudável, podemos notar devido à importância dada pela
publicação em 28 de agosto de 1998 da portaria N° 3.523 do Ministério da Saúde.
Essa portaria irá visar e fazer uma correlação entre o conforto interno, qualidade ar e
saúde dos ocupantes.

2.3 Carga Térmica


A carga térmica nada mais é do que a quantidade de calor sensível e latente,
que deve ser retira do ambiente selecionado, geralmente expressada em BTU/h ou
Kcal/ h, com o intuito de proporcionar o conforto térmico dos indivíduos que se
encontram no interior do ambiente.
Para que haja um bom dimensionamento e obtenção do valor da carga
térmica apropriada para o ambiente, é necessário realizar análises levando em
consideração a orientação, o local onde se deseja realizar a análise,
dimensionamento, materiais das paredes, temperatura externa e interna, a
possibilidade de existir ou não janelas no ambiente, portas e entre outras variáveis.
7
Nesta unidade estaremos realizando analisando os pontos necessários, para
obtenção da carga térmica total.
O objetivo geral do calculo da carga térmica é realizar o dimensionamento e
obter o valar da carga necessária para proporcionar uma sensação de conforto no
ambiente em que o profissional deseja realizar o dimensionamento, seja ele de
trabalho, lazer ou até mesmo em sua residência.

2.3.1 Estimativas das trocas térmicas


A transferência de calor que irá ocorrer pelas paredes do ambiente, irá
variar de acordo com o material utilizado para sua construção, dimensionamento,
geometria do bloco como, por exemplo: tijolos 6 furos, tijolos 8 furos, tijolo maciço,
bloco de concreto e entre outros, também será levado a em consideração a
espessura do reboco caso seja utilizado e argamassa. Devido a variedade de
geometria, foi desenvolvido normas que vão auxiliar no calculo da carga térmica
como a NBR 15220 utilizada neste trabalho.
O proposito principal do estudo da troca térmica é estimar a capacidade
térmica de diversos componentes que constituem o sistema. Essas variáveis iram
influenciar diretamente no valor da carga térmica do ambiente e podem ser divididos
em 4 categorias:

Figura 2 - Ganhos de Calor


Transmissão: Transmissão de calor através de algum elemento estrutural do
ambiente, como: paredes, piso e teto. Ela é causada devido à diferença de
temperatura entre o interior e o exterior.

8
Solar: É a transferência de calor através de um componente do edifício sendo
ele transparente ou opaco.
Infiltração: É a perda ou ganha de calor que irá acontecer devido a infiltração
de ar externo para o interior do ambiente.
Geração Interna: Será a energia gerada no interior do recinto através da
iluminação, equipamentos eletrônicos pessoas e etc.
Para este trabalho, a carga térmica de resfriamento ou a taxa de calor que
deverá ser retirada do ambiente será de maior interesse. Como são resultados das
tocas térmicas, os valores da temperatura no ambiente irão variar. Para que exista a
possibilidade de mantar o ambiente em determinada temperatura, de acordo com o
desejado, será necessário um sistema de refrigeração ou aquecimento eficiente e
bem ajustado (Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones, 1985)

2.4 Transmissão térmica


A transmissão térmica através de estruturas poderá ser obtida pela seguinte
equação:
∆𝑡 𝐴. ∆𝑡
𝑞= = 𝐸𝑞. 01
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 𝑅𝑇𝑜𝑡
Onde:
RTot=Resistência térmica total;
A = Área superficial, m2
Δt = Diferença entre as temperaturas externas e internas.
Sabendo que:
∆𝑡
𝑈𝐴 = 𝐸𝑞. 02
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡
A equação de transmissão térmica pode ser reescrita da seguinte forma:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. (𝑇0 − 𝑇1 ) 𝐸𝑞. 03
Onde:
Q = Carga térmica, W;
U = Coeficiente global de transmissão de calor ou transmitância térmica,
W/(m2. K);
A = Área do ambiente, m2;
T0= Temperatura externa, K;
T1 = Temperatura interna, K;

9
Para a determinação da transmitância térmica (U) será necessário
anteriormente realizar o calcula da resistência térmica total. Existem alguns valores
de resistência térmica já normalizados, os quais devem ser utilizados sempre que
possível. Na ausência desses valores é necessário seguir a norma NBR 15220,
onde trará a sequência necessária para obtenção da resistência térmica total.

2.4.1 Resistência Térmica


Ao realizar o calculo da resistência térmica será necessário dividir a parede
em seções e camadas, a seção é apenas uma parte do componente que irá de uma
face até a outra e a camada é uma parte do componente que mantem uma
espessura constante e tem suas partes tomadas paralelamente como mostrado na
figura 3, a qual irá trazer uma parede com 2 seções (Sa e Sb) na Sa existe apenas
uma camada, já na Sb existe duas camadas.

Figura 3 - Seções e Camadas

2.4.2 Camadas homogêneas


De acordo com a NBR 15220, para o calculo da resistência térmica em
camadas homogênea de material sólido deve ser utilizado a seguinte equação:
𝑒
𝑅= 𝐸𝑞. 04
𝜆
Onde:
e = Espessura da camada, m;
ƛ = Condutividade térmica, W/(m.K) (Tabela B.3 da NBR 15220).

2.4.3 Câmara de ar
Em caso de matérias com câmara de ar os valores da resistência térmica
(Rar) são obtidos através da tabela B.1 da NBR 15220. Caso o tijolo ou outro
elemento contenha câmara de ar com seção circular, deve ser considerada a área
de um quadrado com centros coincidentes.

10
2.4.4 Componentes com camadas homogêneas

2.4.4.1 Superfície a superfície


A resistência térmica de superfície a superfície de camadas homogêneas será
obtida pela equação:
𝑅𝑡 = 𝑅𝑡1 + 𝑅𝑡2 + ⋯ + 𝑅𝑡𝑛 + 𝑅𝑎𝑟1 + 𝑅𝑎𝑟2 + ⋯ + 𝑅𝑎𝑟𝑛 𝐸𝑞. 05
Onde:
𝑅𝑡1 + 𝑅𝑡2 + ⋯ + 𝑅𝑡𝑛 Serão a resistência térmica das n camadas homogêneas,
(m2.K)/W;
𝑅𝑎𝑟1 + 𝑅𝑎𝑟2 + ⋯ + 𝑅𝑎𝑟𝑛 Serão a resistência térmica das n câmaras de ar obtidas na
tabela B.1 da NBR 15220, (m2.K)/W.

2.4.4.2 Ambiente a Ambiente


A resistência térmica de ambiente a ambiente é dada pela equação:
𝑅𝑇 = Rse + Rt + Rsi 𝐸𝑞. 06
Onde:
Rt = Resistência térmica de superfície a superfície com camadas
homogêneas, (m2.K)/W;
Rse Rsi = Resistência superficial externa e interna, (m2.K)/W.
Os valores de Rse e Rsi são encontrados na tabela A.1 da NBR 15220

2.4.5 Componentes com camadas homogêneas e não homogêneas


Os cálculos realizados na NBR 15220 para a obtenção da resistência térmica
de comadas homogêneas e não homogêneas, serão diferente dos cálculos
realizados pela ISO 6946, porem irá oferecer uma resolução mais pratica e rápida,
apresentando resultados equivalentes.

2.4.5.1 Superfície a superfície


A resistência térmica de um componente dispondo de camadas homogêneas
e não homogêneas perpendiculares ao fluxo de calor são determinadas pela
expressão:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 + ⋯ + 𝐴𝑛
𝑅𝑡 = 𝐸𝑞. 07
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝐴𝑛
+
𝑅𝑎 𝑅𝑏 + ⋯ + 𝑅𝑛
Onde:

11
Aa, Ab, ... , An = São as áreas de cada seção, m2;
Ra, Rb,... , Rn = As resistências térmicas de superfície a superfície, (m2.K)/W.

2.4.5.2 Ambiente a Ambiente


A resistência térmica de ambiente a ambiente para estruturas homogêneas e
não homogêneas é dado pela seguinte equação:

𝑅𝑇 = Rse + Rt + Rsi Eq. 08


Onde:
Rt = Resistência térmica de superfície a superfície com camadas
homogêneas e não homogêneas, (m2.K)/W;
Rse e Rsi = Resistência superficial externa e interna, (m2.K)/W. (tabela A.1 da
NBR 15220),

2.5 Transmitância Térmica


A Transmitância térmica de componentes será o inverso da resistência
térmica resultando na equação:
1
𝑈= 𝐸𝑞. 09
𝑅𝑇
Onde:
U= Transmitância térmica, W/(m2.K);
RT = Resistencia Térmica de ambiente a ambiente, (m2.K)/W.

2.6 Infiltração e ventilação


Segundo o manual de aire acondicionado Carrier (Carrier 1990) as cargas de
infiltração irão influenciar diretamente no calculo da carga térmica, pois a quantidade
de ar que entra no ambiente acaba entrando com uma temperatura diferente,
provocando uma nova carga. Para Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones,1985 a
penetração de ar externo irá prejudicar não somente a temperatura mas também a
umidade do ar.
Hélio Creder (2004) em seu livro Instalações de ar-condicionado, assim como
Carrier, apontam que o ar vindo do exterior para dentro recinto, irá provocar o
acréscimo de uma carga sensível ou latente que não pode ser calculada com
precisão, porem existe duas formas para obter esse valor: Método da troca de ar e
método das frestas.

12
No livro refrigeração e ar condicionado, Stocker e Jones também
retrata a penetração de do ar externo para dentro do ambiente e ressalta a influência
na temperatura e na umidade dentro do recinto. O efeito que estará afetando a
temperatura será o calor sensível, já o efeito que estará diretamente ligado com a
umidade será o calor latente. A perda ou ganho de calor, efeitos que ocorrem devido
à infiltração do ar, pode ser calcula pelas seguintes equações:
𝑞𝑖𝑠 = 1,23. 𝑄. (𝑇0 − 𝑇𝑖 ) 𝐸𝑞. 10
𝑞𝑖𝑙 = 3000. 𝑄̇ . (𝑊0 − 𝑊𝑖 ) 𝐸𝑞. 11
Onde:
𝑄̇ = Vazão em volume de ar externo, L/s;
W= Umidade absoluta Kg de vapor de água / Kg ar seco.

2.6.1 Carga térmica devido à infiltração


Para o calculo da carga térmica devido à infiltração deve ser utilizado a
seguinte expressão:
𝑞 = (ℎ𝑒 − ℎ𝑖 ). 𝜌. 𝑄 𝐸𝑞. 12
Onde:
q = Carga térmica devido à infiltração, W;
he e hi = Entalpia externa devido a temperatura externa Kj/Kg;
ρ = Massa especifica do ar Kg/m3;
Q = Vazão devido à infiltração m3/h.

2.6.2 Carga térmica devido a ventilação


O ar presente no recinto condicionado irá voltar ao equipamento de
refrigeração impulsionado pelo ventilador, para isso, o equipamento deve ser
devidamente dimensionado para vencer todas as perdas de cargas, parte desse ar
se perde pelas frestas, exaustores e aberturas.
Para o cálculo da carga térmica devido à ventilação será necessário
primeiramente encontrar o valor da vazão através da expressão:
𝐹𝑃 . 𝑁 + 𝐹𝑎. 𝐴
𝑞= 𝐸𝑞. 13
1000
Onde:
q= Vazão, m3/s,
Fp = Vazão eficaz mínima devido as pessoa, L/s.m2;
13
Fa= Vazão eficaz mínima devido a área útil, L/s.m2;
A= Área do ambiente, m2.
Os valores de FP e Fa são tabelados e podem ser encontrados na tabela 19 da
ABNT, 2008b.
O valor da vazão deve ser transformado para m3/h, sendo necessário
multiplicar o valor da vazão por 3600.
Após encontrar o valor da vazão em m3/h, torna-se possível calcular a carga
térmica devido à ventilação através da equação:
𝑄 = 𝜌𝑎𝑟 . 𝑐𝑝,𝑎𝑟 . 𝑞 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 ) 𝐸𝑞. 14
Onde:
ρar= Massa especifica do ar. (1,2 Kg/m3)
cp,ar= Calor especifico do ar. (1,004 kJ/(Kg. K)
q= vazão m3/s
Te e Ti = Temperatura externa e interna do ambiente, K.

2.7 Cargas de geração interna de calor


Dentre as variadas fontes de geração de calor interno, as principais são: a
carga térmica devido a pessoas, equipamentos e iluminação, suas cargas
resultantes são de fundamental importância e influenciam diretamente na
capacidade térmica necessária para atingir o conforto térmico.

2.7.1 Carga térmica devido a pessoas


O calculo de carga térmico devido à pessoa pode variar de acordo com a
movimentação, roupa ou temperatura. Outro fator que também influencia no cálculo
é a quantidade de pessoas presente no local e sua permanência dentro do recinto.
A NBR 16401 irá dispor de tabelas para auxilio do calculo da carga térmica,
fornecendo os valores de calor sensível e latente, variando de acordo com local e
atividade realizada. A carga térmica devido a pessoas pode ser calculada seguindo
a seguinte equação:
𝑄𝑃 = 𝑁(𝑞𝑠 − 𝑞𝑙 ) 𝐸𝑞. 15
Onde:
N= Numero de pessoas;
qs e ql = Calor sensível e calor latente, W.

14
2.7.2 Carga térmica devido aos componentes
Os componentes ou equipamentos de trabalho interno, como os
computadores, impressoras, monitores e entre outros, irão dissipar uma quantidade
de calor variada, esse valor será disponibilizado pelo fabricante, geralmente
impresso em sua etiqueta, e estará variando de equipamento para equipamento. Os
motores elétricos, por exemplo, em qualquer ponto do fluxo de calor iram adicionar
carga térmica ao recinto devido as perdas enrolamentos e essa carga deve ser
retirada pelo equipamento de refrigeração. (Hélio Creder, 2004).
Para os casos em que a dissipação de calor não é fornecida pelo fabricante,
as tabelas C.3, C.4, C.5 e C.6 da NBR 16401-1, irão oferecer valores típicos de
dissipação de alguns equipamentos, sendo solicitados a trabalhos diferentes.
Para o calculo da carga térmica deve-se apenas somar o calor dissipado de
todos os equipamentos medido em Watts (W).

2.7.3 Carga térmica devido a iluminação


A carga resultante da iluminação também tem papel importante no valor da
carga térmica. Não é o calor liberado pelas lâmpadas por radiação que irá afetar no
valor da carga térmica, pois esse calor é inicialmente absorvido pelas paredes e
moveis do ambiente, fazendo com que as suas temperaturas aumentem. Conforme
as temperaturas vão aumentando, a troca de calor por convecção com ar também
irá aumentar, isso fará com que consequentemente exista um aumento na carga
térmica do ambiente.
Para estimativa da carga térmica devido à iluminação é preciso conhecer o
tipo e a potência da luminária, caso esse valor não seja conhecido deve ser utilizado
os valores de potência das lâmpadas fornecidos pela tabela C.2 da NBR 16401-1.

2.8 Carga térmica de insolação através de superfícies transparentes ou


translucidas
A transferência de calor através de uma superfície transparente será dividida
em três partes, uma parte será refletida de volta para o ambiente externo, outra é
absorvida pelo vidro e a outra atravessará o vidro, passando para o interior do
ambiente. (Hélio Creder, 2004)

15
A resultante da insolação dessa transferência de calor depende das
características da superfície, suas propriedades se relacionam através da
expressão:
𝜏+𝜌+𝛼 =1 𝐸𝑞. 16
Onde:
𝜏 = Transmissividade
ρ = Refletividade
α = Absorvidade
Os valores de cada uma dessas propriedades irão influenciar totalmente no
valor da transferência de calor. De acordo com Stoecker e Jerold, 1985 a energia
solar que atravessa uma janela transparente é dada pela expressão:
𝑞𝑠𝑔 = 𝐴𝐼𝑡 (𝜏 + 𝑁. 𝛼) 𝐸𝑞. 17
Onde:
𝐼𝑡 = Irradiação da superfície exterior, W/m2;
N = Fração de energia solar absorvida;
Considerando que:
𝑈
𝑁= 𝐸𝑞. 18
ℎ𝑒
Logo, a expressão da transferência de calor em função de U e h e ficara:
𝑈
𝑞𝑠𝑔 = 𝐴. 𝐼𝑡 . (𝜏 + ) 𝐸𝑞. 19
ℎ𝑒
𝑈
O valor da expressão 𝐼𝑡 . (𝜏 + ℎ ) poderá ser encontrado na tabela 4-10 do livro
𝑒

Refrigeração e Ar-condicionado de Stoecker e Jerold, 1985.


O valor da carga térmica devido ao vidro transparente pode ser encontrado
pela equação:
𝑄 = 𝐴. [∆𝑇. 𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 + 𝐹𝑆 + 𝑅𝑆] 𝐸𝑞. 20
Onde:
Q = Carga térmica devido a condução, W;
A = Área, m2
ΔT = Variação de temperatura do ambiente externo com o interno, K;
UVidro = coeficiente global de transmissão de calor do vidro, W/(m2.K);
FS = Fator solar;
RS = Radiação solar, W/m2.

16
Os valores de UVidro, FS e RS irão ser encontrados em tabelas e poderão
variar de acordo a especificação do vidro.
De acordo com a NBR 15220 o valor do fator solar de elementos
transparentes ou translucido poderá ser encontrado através da seguinte expressão:
𝐹𝑆𝑡 = 𝑈. 𝛼. 𝑅𝑠𝑒 + 𝜏 𝐸𝑞. 21
Onde:
FSt = Fator solar de elementos transparentes ou translúcidos;
U = Transmitância térmica do componente, W/(m2.K);
α = Absortância à radiação solar – função da cor dada pela tabela B.2 da
NBR 15220;
Rse = Resistência superficial externa dada pela tabela A.1 da NBR 15220,
(m2.K)/W;
𝜏 = Transmitância a radiação solar.

2.9 Carga térmica de insolação através de superfícies opacas


No processo de transferência de calor em superfícies opacas, a transferência
acontece em duas partes, a primeira parte é refletida e a segunda é absorvida pela
superfície sendo uma parte transmitida por convecção para o ambiente interno e a
outra para o ambiente externo por radiação.
Em paredes e telhados em que a transmissividade é nula, pode ser utilizada a
seguinte relação:
𝜌+𝛼 =1 𝐸𝑞. 22
Assim a equação de transferência de calor pode ser escrita da seguinte
forma:
𝑈𝑃 𝛼
𝑞𝑝 = − 𝐼𝑡 . 𝐴 𝐸𝑞. 23
ℎ𝑒
Considerando a diferença de temperatura entre as temperaturas externas e
internas tem-se:
𝑈𝑃 𝛼
𝑞𝑝 = − 𝐼𝑡 . 𝐴 + 𝑈𝑃 . 𝐴. (𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 ) 𝐸𝑞. 24
ℎ𝑒
Podendo então ser reescrita da seguinte forma:
𝐼𝑡 . 𝛼
𝑞𝑝 = 𝑈𝑃 . 𝐴. [(𝑇𝑒 + ) − 𝑇𝑖 ] 𝐸𝑞. 25
ℎ𝑒
O termo que está entre parênteses são os mesmo termos resultantes da
temperatura equivalente umas vez que:
17
𝐼𝑡 . 𝛼
𝑇𝑒𝑞 = 𝑇𝑒 + 𝐸𝑞. 26
ℎ𝑒
Então:
𝑞𝑝 = 𝑈𝑃 . 𝐴. (𝑇𝑒𝑞 − 𝑇𝑖 ) 𝐸𝑞. 27
A temperatura equivalente nada mais é do que a temperatura externa
acrescida de um valor, que é o acréscimo da radiação solar. O valor desse
acréscimo de temperatura é fornecido pela tabela 3.6 do livro instalações de ar-
condicionado, Hélio Creder, 2004. Sabendo disso, para o calculo da carga térmica
através de superfícies opacas, deve ser utilizado a seguinte equação:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇] 𝐸𝑞. 28
Onde:
Q = Carga térmica W;
U = Coeficiente global de transmissão de calor W/(m2.K);
A = Área do ambiente, m2;
Te= Temperatura externa, K;
Ti = Temperatura interna, K;
ΔT = Acréscimo de temperatura, K.

18
3 Metodologia
Neste trabalho foi desenvolvido um programa para axilar e proporcionar aos
engenheiros a possibilidade de realizar o cálculo da carga térmica de forma
automatizada. o sistema foi criado utilizando o Office Excel, seguindo as orientações
e exigências das normas NBR 15220 e NBR 16401, também foi utilizado equações e
tabelas dos livros Refrigeração e ar-condicionado de Wilbert F. Stoecker e Jerold W.
Jones (1985) e Instalações de ar-condicionado de Hélio Creder, 2004.
Veremos agora todos os métodos e equações utilizadas para o cálculo da
carga térmica, no desenvolvimento do programa. Onde é levado em consideração
todas as variáveis do sistema como: orientação do ambiente, temperaturas,
materiais utilizados para construção das paredes, infiltração, ventilação energia
dissipada dos componentes e entre outros.
Ao finalizar esse capitulo realizaremos um exemplo prático, com todos as
orientações mostradas, com o intuito de obter a carga térmica adequada para
determinado ambiente..

3.1 Orientação
Para o calculo da carga térmica deve ser levado em consideração a
orientação do ambiente, determinando os componentes, como as paredes,
nomeando-as da seguinte forma: parede norte, sul, leste e oeste. Essa análise é
importante, pois a temperatura das superfícies podem variar de acordo com sua
orientação como por exemplo, os valores do acréscimo de temperatura por radiação
solar.

3.2 Cálculo das cargas térmicas


As paredes são componentes que absorvem e transferem energia ao recinto,
essa transferência acontece por condução e também por radiação. Além do calor
externo, a parede também absorve o calor interno como o calor gerado pela
iluminação.

3.2.1 Cálculo das cargas térmicas devido à condução


Como visto no capitulo 02 deste trabalho, no ponto 2.9 a equação necessária
para obter a carga térmica de insolação através de superfícies opacas, resulta na
seguinte equação:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇] ; 𝑊
19
Como sabemos, para que possamos encontrar o valor da transmitância
térmica, devemos calcular primeiramente a resistência térmica da parede.

3.2.1.1 Cálculo da resistência térmica


O cálculo da resistência térmica vai variar de acordo com o material utilizado
para construção da parede. Veremos a seguir como realizar o cálculo da resistência
térmica de paredes com tijolo 6 furos, tijolo maciço e bloco de concreto, todo o
calculo realizado será estará seguindo as orientações passadas pela NBR 15220.

3.2.1.1.1 Resistência térmica para paredes com tijolos 6 furos


Para realizar o calculo da resistência será necessário que o engenheiro
obtenha a espessura do reboco e argamassa do projeto também será necessário
que o tijolo seja divido em sessão como mostrado na figura a seguir:

Figura 4 - Parede de tijolos cerâmicos rebocado em ambos os lados. Figura C.3 da NBR
15220.
Para tijolos de 6 furos o calculo da resistência térmica pode ser feito de duas
maneiras, a primeira, é calculado a resistência térmica do tijolo isoladamente e
depois então calcula a resistência da parede. A segunda, a resistência térmica da
parede é calculada já com a argamassa e o tijolo ao mesmo tempo.
Primeira maneira:
Resistência térmica do Tijolo
Seção 1: Como podemos ver na figura 4 a seção 1 é composta apenas pelo
tijolo, com isso, deve ser calculada a resistência térmica, através da equação

20
mostrada no ponto 2.4.2 deste trabalho, pois o tijolo é uma superfície homogênea.
Tem-se:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑆𝐼 = ;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑊
Onde:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Espessura do Tijolo;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Condutividade térmica da cerâmica.
O valor da condutividade térmica pode ser encontrado através da tabela B.3
da NBR 15220-2
Após o cálculo da resistência térmica da seção 1 deve ser calculado também
a área da sessão 1 (S1), que será a altura da seção multiplicada pelo comprimento
total do tijolo.
𝐴𝑆1 = ℎ𝑆1 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝑆1 = Altura da seção 1;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.
Seção 2: Observando agora a seção 2 da figura 4, pode-se observar que a
seção será formada da seguinte forma: Tijolo + Câmara de ar + Tijolo + Câmara de
ar + Tijolo, com isso deve ser somado à resistência térmica de cada camada, como
mostrado a seguir:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑆2 = + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 + ;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑊
Onde:
𝑅𝑆2 = Resistência térmica da seção 2;
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Espessura do Tijolo;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Condutividade térmica da cerâmica.
𝑅𝐴𝑟 = Resistência térmica do ar. (Tabela B.1 da NBR 15220)
Para calculo da área da seção 2 será utilizada a altura da seção 2 que será a
mesma da câmara de ar.
𝐴𝑆2 = ℎ𝑆2 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝑆2 = Altura da seção 2;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.

21
Depois de calcular a resistência térmica e a área das seções deve-se calcular
a resistência térmica da parede. Para o cálculo será disponibilizado equação dada
no ponto 2.4.5, pois o tijolo é um componente com camadas homogêneas e não
homogêneas. Para o tijolo de 6 furos, a equação ficaria da seguinte forma:
4. 𝐴𝑆1 + 3. 𝐴𝑆2 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = ;
4. 𝐴𝑆1 3. 𝐴𝑆2 𝑊
+
𝑅𝑆1 𝑅2
Resistência térmica da parede
Após ter calculado a resistência térmica do tijolo separadamente, agora deve
ser calculada a resistência térmica da parede. Como feito anteriormente, deveremos
dividir duas seções (Sa e Sb), o calculo realizado deverá seguir a mesma sequência
seguida anteriormente para o calculo da resistência térmica do tijolo, utilizando
também as mesmas equações, ficando então da seguinte forma:
Seção A: Na seção A conforme mostrado na figura 4 existirá três camadas,
ficando divididas da seguinte forma: reboco + argamassa + reboco. Logo o equação
da resistência térmica será:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Onde :
𝑅𝑎 = Resistência térmica da seção A.
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = Espessura do reboco;
𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Espessura da argamassa;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = Condutividade térmica do reboco;
𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Condutividade Térmica da Argamassa.
Para determinas a área da seção A deverá ser calculado a área da superfície
da argamassa/reboco, ficando então da seguinte forma:
𝐴𝑎 = ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . (ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ) ; 𝑚2
Onde:
𝐴𝑎 =Área da seção A;
ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Altura da argamassa;
ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Altura do tijolo;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.
O mesmo foi feito com a seção B:

22
Seção B: Será dividida em três camadas: reboco + tijolo + reboco e sua
resistência térmica será calculada da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + 𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
A área da seção será calculada da seguinte forma.
𝐴𝑏 = ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜
Logo, a resistência térmica da parede será:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝑊
+
𝑅𝑎 𝑅𝑏
Após ser calculada, resistência térmica das paredes, é necessário então
calcular a resistência térmica total através da seguinte formula:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
Onde:
Rse e Rsi = Será a resistência térmica superficial externa e interna. (tabela
A.1 da NBR 15220-2)
Segunda forma de calcular a resistência térmica do tijolo 6 furos
Resistência térmica da parede
Assim como na primeira forma, será necessário que o engenheiro conheça
toda a estrutura da parede, e seus dimensionamentos. Nesta forma a estrutura
deverá ser dividida em 3 seções: seção A, seção B e seção C (S a, Sb e SC) como
mostrado na figura 5.

Figura 5 - Parede de tijolos 6 furos rebocada em ambos os lados. Figura C.4 da NBR 15220

23
O calculo da resistência térmica será realizado de uma única vez,
seguindo a seguinte sequencia:
Seção A: Será dividida em 3 camadas: Reboco + Argamassa + Reboco. Para
o calculo, da resistência térmica, estaremos utilizando as mesmas equações já
utilizadas para o calculo da primeira forma. Ficando da seguinte maneira:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Calculando a área:
𝐴𝑎 = ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . (ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ) ; 𝑚2
Seção B: Também existira 3 camadas: reboco + tijolo + reboco, ficando então
da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
A área da seção B será calculada da seguinte forma:
𝐴𝑏 = ℎ𝑆𝑏 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Seção C: Na seção C como isto na figura 5, existirão 7 camadas: reboco +
tijolo + câmara de ar+ tijolo + câmara de ar + tijolo + reboco, com isso a resistência
térmica deverá ser calculada da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝐶 = + + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
E sua área:
𝐴𝐶 = ℎ𝑆𝐶 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Após realização do calculo da resistência térmica das seções e suas
respectivas áreas, torna-se possível então calcular a resistência térmica da parede:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 + 𝐴𝐶 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝐴𝐶 𝑊
+ +
𝑅𝑎 𝑅𝑏 𝑅𝐶
Calculando a resistência térmica total:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
Onde:
Rse e Rsi = Será a resistência térmica superficial externa e interna. (tabela A.1 da
NBR 15220-2).

24
As duas formas do calculo da resistência térmica irão apresentar resultados
semelhantes, essa pequena diferença essa diferença se dá pois esta sendo adotado
regime estacionário e unidimensional de transmissão de calor.
Para elaboração do programa no Excel, foi utilizada a primeira forma de
resolução. É indicada pela NBR 15220, pois pode existir locais construídos com
diferentes paredes utilizando o mesmo tijolo e variando a espessura da argamassa e
reboco.

3.2.1.1.2 Resistência térmica para paredes de tijolos maciços


Para o calculo da resistência térmica de paredes com tijolos maciços será
realizado o mesmo processo que a segunda forma de resolução para tijolo 6 furos,
sendo necessário apenas dividir a parede em duas seções como mostrado na figura
6.

Figura 6 - Parede de tijolo maciço. Figura C.1 da NBR 15220:


Resistência térmica da parede
Deve ser seguida a seguinte sequência
Seção A: será dividida em três camadas: reboco + argamassa + reboco. A
Resistência térmica da seção A será então calculada da seguinte maneira:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
E sua área será a área superficial da argamassa/reboco:
𝐴𝑎 = ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . (ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ) ; 𝑚2
Seção B: Também será dividida em 3 camadas :(Reboco+ Tijolo +Reboco)
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊

25
E área será:
𝐴𝑏 = ℎ𝑆𝑏 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Como os materiais são compostos por características diferentes, então a
resistência térmica da parede será obtida pela equação:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝑊
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏
Calculando então a resistência térmica total:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊

3.2.1.1.3 Resistência térmica para paredes de blocos de concreto colados sem


reboco.
Neste caso, as seções deverão ser divididas ao longo do bloco, sendo então
divididas em duas seções como mostrado na figura 7.

Figura 7 - Bloco de concreto


Divididas as seções, o cálculo realizado pelo programa criado, segue as
orientações da NBR 15220 para o calculo da resistência térmica, as quais serão a
seguir:
Seção A: A seção A será composta apenas pelo concreto como mostrado na
figura 7, logo a equação utilizada foi:
𝑒𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = ;
𝜆𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑊
A área da seção A será calculada da seguinte forma:
𝐴𝑎 = ℎ𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 . 𝐿𝑆𝑎 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 = Altura do bloco de concreto;
𝐿𝑆𝑎 = Comprimento da seção A.
26
Seção B: Deverá ser dividido em 3 camadas: concreto + câmara de ar +
concreto.
𝑒𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑒𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + 𝑅𝐴𝑟 + ;
𝜆𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝜆𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑊
Para o calculo da área então:
𝐴𝑏 = ℎ𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 . 𝐿𝑆𝑏 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 = Altura do bloco de concreto;
𝐿𝑆𝑎 = Comprimento da seção B, que o mesmo da câmara de ar.
Após obter todos os resultados das seções, é calculada então a
resistência térmica total.
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
Como falado anteriormente os valores da resistência térmica do ar, poderão
ser encontrados na tabela B.1 da NBR 15220, da mesma forma a condutividade
térmica dos materiais, poderão ser encontradas na tabela B.3 também da NBR
15220 e por fim a resistência superficial interna e externa, que será fornecida pela
tabela A.1 da NBR 15220-2.

3.2.1.1.4 Transmitância térmica


Como falado no ponto 2.5 deste trabalho, a transmitância térmica é o inverso
da resistência térmica total, e é representada pela seguinte equação:
1 𝑊
𝑈= ;
𝑅𝑇 (𝑚2 . 𝐾)

Após ser encontrado o valor da transmitância térmica, o programa desenvolve


então o calculo da carga térmica devido à condução para cada parede, os valores do
acréscimo de temperatura (ΔT) foram extraídos da tabela 3.6 do livro instalações de
ar-condicionado, Hélio Creder, 2004, onde disponibiliza esses valores variando de
acordo com a orientação da parede e tonalidade de cor.

3.2.2 Carga térmica devido a radiação


Para o calculo carga devido a radiação, foi de cada parede foi utilizado
equação mostrada no ponto 2.4 deste trabalho.

27
∆𝑡
𝑞= ; 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡
Para encontrar o valor da resistência térmica total, é necessário encontrar os
valores das resistências térmicas do reboco e da parede separadamente, por serem
superfícies homogêneas, a equação utilizada para o calculo resistência térmita total
a ser realizado será:
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑅𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = + ;
𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑊
A expressão utilizada para o calculo da resistência térmica do reboco será:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Para casos em que a parede tenha reboco em ambos os lados, esse calculo
deve ser multiplicado por dois, pois devem ser levados em consideração os dois
lados da superfície.
Logo, para o calculo da resistência térmica do tijolo:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝐾
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = ;
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑊
Após todos os cálculos serem realizados será possível então realizar o
calculo da resistência térmica devida a radiação para todas as paredes. Vale lembrar
que caso em algumas das paredes exista janelas ou portas as suas áreas deverão
ser retiradas no calculo da área total do reboco e da parede.

3.2.3 Carga térmica devido a vidros


No calculo da carga térmica para superfícies transparentes foi obtido pela
equação:
𝑄 = 𝐴. [∆𝑇. 𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 + 𝐹𝑆 + 𝑅𝑆]
Onde, os valores da transmitância térmica do vidro, radiação solar e fator
solar poderão ser encontrados em tabelas de ASHRAE 1993, Pereira e Shaples
1991, Windows 1992 e tabela 3.5 do livro Instalações de ar-condicionado Hélio
Creder, 2004.

3.2.4 Carga térmica devido à infiltração


Para o calculo da carga térmica devido à infiltração, foi utilizado tabelas
disponibilizadas pela NBR 6401 já cancelada. O método de resolução sugerido pela
NBR 16401 é o calculo mostrado pela ASHRAE Handbook fundamentals 2005, cap

28
27 – Ventilation and infriltration. Porém não obtivemos acesso, ficando pendente
para atualização futura.
Logo, a equação utilizada para o calculo da carga térmica devido a infiltração
foi mostrada no ponto 2.6.1:
𝑞 = (ℎ𝑒 − ℎ𝑖 ). 𝜌. 𝑄 ; 𝑊
Os valores da entalpia externa (ℎ𝑒 ) e interna (ℎ𝑖 ) poderão ser
encontrados em tabelas de termodinâmica para gás ideal, podendo variar de acordo
com as temperaturas do sistema. O valor da massa especifica (𝜌) será padrão,
sendo 1.2 Kg/m3. Por fim, para obter o valor da vazão devido à infiltração será
utilizado a tabela 8 da NBR 6401 onde apresentará o valor para janelas e portas.

3.2.5 Carga térmica devido à ventilação


Para o calculo da carga térmica devido à ventilação foi utilizada a equação
dada o ponto 2.6.2:
𝑞 = 𝜌𝑎𝑟 . 𝑐𝑝,𝑎𝑟 . 𝑄 ∗ (𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 ) ; 𝑊
Onde a vazão (Q) será calculada por:
𝐹𝑃 . 𝑁 + 𝐹𝑎. 𝐴 𝑚3
𝑄= ;
1000 ℎ
3
O valor encontrado deverá ser transformado em 𝑚 ⁄𝑠, sendo necessário

então multiplicar o resultado por 3600.


Assim como massa especifica do ar, o calor especifico a pressão constante
𝐾𝑗
do ar será padrão resultando em 1,004 𝐾𝑔 .𝐾.

3.2.6 Carga Térmica devido a pessoas


No cálculo da carga térmica utilizado no programa criado, o usuário deverá
informar a quantidade de pessoas que estará presente naquele ambiente. A
equação utilizada foi à mesma mostrada no capitulo 2 ponto 2.7.1.
𝑄𝑃 = 𝑁(𝑞𝑠 − 𝑞𝑙 ) ; 𝑊
A tabela C.1 da NBR 16401 irá fornece os respectivos valores do calor
sensível e latente variando de acordo com o ambiente em que o individuo se
encontra e a atividade que ele está exercendo.

29
3.2.7 Carga térmica devido à iluminação
Nesta etapa caberá ao engenheiro que estará realizando o dimensionamento,
conhecer o tipo de iluminação utilizada e sua respectiva potência, nos casos em que
essa informação não seja repassada a tabela C.2 da NBR 16401 dispõe de valores
de potencias dissipadas para diferentes tipos de iluminação e diferentes locais.

3.2.8 Carga térmicas devido aos componentes


Para o calculo da carga térmica dos componentes, o valor da energia
dissipada de cada equipamento é fornecido pelo próprio fabricante, devendo ser
somado a energia dissipada de todos os equipamento, resultando então na carga
térmica devido aos equipamentos.
Em casos em que não seja possível obter essas informações a NBR 16401
disponibiliza de tabelas com equipamentos variados de diversas áreas de atuação e
suas respectivas taxas de dissipação de calor.
Todos às equações e tabelas utilizadas neste capitulo foram aplicadas no
programa desenvolvido, possibilitando uma resolução automatizada de todas as
etapas do calculo da carga térmica.

30
4. Resultados e discussão
O calculo da carga térmica é de fundamental importância para proporcionar o
conforto térmico do ambiente, como já falado anteriormente, o conforto não poderá
ser sentido por 100% dos indivíduos presentes no ambiente, devido a diferença do
metabolismo de cada ser humano, porém poderá está alcançando até 80% dos
indivíduos, sendo então de grande valia, uma vez que interfere diretamente em suas
atividades.
Como visto no decorrer desse trabalho não é tarefa tão simples obter o valor
da carga térmica apropriada para determinado ambiente, pois além da necessidade
de conhecer todas as variáveis do sistema, existe uma sequencia de calculo que
deve ser seguida, obedecendo os requisitos das normas em que este trabalho foi
baseado (NBR 15220 e NBR16401).
Pensando nisto foi desenvolvido o programa de carga térmica, o mesmo
estará realizando todo calculo aqui mencionado de forma automatizada, podendo
então auxiliar engenheiros deste ramo, possibilitando então um trabalho com mais
facilidade a agilidade.

4.1 Apresentação do programa Criado


Como já falado anteriormente, o programa desenvolvido tem o intuito de
realizar o calculo da carga térmica de forma automatizada. Esse calculo acaba
sendo trabalhoso quando feito a mão, devido a quantidade de equações
necessárias, apresentadas neste trabalho existe.
Para utilização do programa, o engenheiro deve conhecer todas as variáveis
do sistema, preenchido de acordo com o exigido em cada aba do programa. Para
que haja uma precisão nos resultados, as equações cadastradas no
desenvolvimento do sistema foram obtidas através de normas e em livros
apropriados para o dimensionamento da carga térmica. A seguir estará sendo
apresentado o programa desenvolvido.

31
4.1.1 Tela inicial

Figura 8 - Tela Inicial do programa.


Essa é a tela inicial do programa, os três primeiros ícones em branco serão
onde o engenheiro deverá estar acessando e preenchendo com as variáveis do
sistema. Na aba “Tijolo ou Bloco utilizado” é onde será especificado o material
utilizado para construção da parede e suas respectivas dimensões, também deverão
ser informadas dimensionamento de reboco e argamassa da parede.
Foi cadastrado 4 tipos de tijolos: tijolo maciço, 6 furos, 8 furos e bloco de
concreto, o qual o engenheiro deve estar especificando qual será utilizado no
ambiente dimensionado. Na aba “Dimensionamento” deverá ser informado a área do
ambiente, dimensionamentos das paredes, portas, janelas e temperaturas externas
e interna. Por fim toda a aba “Acessórios e componentes” todos itens dessa etapa
são responsáveis pela geração de calor interno, provocado pelo homem,
equipamentos e iluminação.
A aba “Carga térmica apropriada” irá fornecer o resultado final, que é o valor
da carga térmica apropriada para o ambiente, logo em seguida existira mais duas
abas a primeira “Ver Desenvolvimento” Irá proporcionar ao engenheiro conhecer
cada etapa do calculo e seus respectivos resultados, a segunda e ultima aba “Ver
tabelas utilizadas” irá disponibilizar todas as tabelas e valores utilizados para os
calculo.

32
A seguir será desenvolvido o dimensionamento de um escritório, onde será sendo
resolvido de forma manual e através do programa, fazendo então a comparação e
analisando a precisão do programa.

4.2 Problema proposto:


Determinar a capacidade térmica de um escritório medindo 6,00 m x 3,00
m x 3.00 m em que a temperatura externa no verão é de 32° e umidade relativa
de 55%, suas paredes são construídas com tijolo de 6 furos em tom claro
possuindo 15 cm de espessura. As paredes leste e sul são de fachada, onde na
parede sul existe uma janela de vidro transparente com 3 mm medindo 2,00 x
1,5 m e na parede leste a porta medindo 2,00 x 1,20 m. As paredes nortes e
oeste são internas cujo as temperaturas na superfície externa é de 27°C e
29°C. Em seu interior existe 5 colaboradores cada um utiliza um computador
que de acordo com o fabricante dissipa 77W de calor cada, os seus monitores
dissipam 57W de calor, também existe duas impressoras dissipando 8W cada
uma. Sua iluminação é composta por 6 lâmpadas de Led, com uma potência
de 15 W.
Dimensões do tijolo: 32cmx10cmx16cm
Argamassa: 1 cm
Resolução:
a) Resistência térmica da parede;
Conforme mostrado no capitulo 3 deste trabalho, existe duas maneiras que
pode ser utilizada para obter o valor da resistência térmica, a opção escolhida para
resolução foi a primeira forma, como falado anteriormente.
Resistência térmica do tijolo:
Seção 1: (Tijolo)
𝐴1 = 0,01 ∗ 0,32 = 0,0032 𝑚2
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 0,10 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅1 = = = 0,1111
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 0,90 𝑊
O valor da Condutividade térmica da cerâmica pode ser encontrado na tabela
B.3 da NBR 15220, considerando uma densidade de 1600 Kg/m 3.
Seção 2: (Tijolo + Câmara de ar + Tijolo + Câmara de ar +Tijolo)
𝐴2 = 0,04 ∗ 0,32 = 0,0128 𝑚2

33
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑅2 = + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 +
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎
0,015 0,01 0,015 (𝑚2 . 𝐾)
= + 0,16 + + 0,16 + = 0.3644
0,90 0,90 0,90 𝑊
Para encontrar o valor resistência térmica do ar deve ser utilizado a tabela B.1
em conjunto com a tabela B.2 da NBR 15220.
Sendo assim, a resistência térmica do tijolo é:
4. 𝐴1 + 3. 𝐴2 4 . 0,0032 + 3 . 0,0128 0.0512 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = = = = 0,2321
4. 𝐴1 3. 𝐴2 4 . 0.0032 3 . 0,0128 0.2206 𝑊
𝑅1 + 𝑅2 0,1111 + 0.3644
Resistência térmica da parede:
Seção A: (Reboco + Argamassa + Reboco)
𝐴𝑎 = 0.01. 0.32 + 0.01 . (0.16 + 0.01) = 0.0049 𝑚2
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑛𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 0.10 0.02 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + = + + = 0.1217
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 1.15 1.15 𝑊
Seção B (Reboco + Tijolo + Reboco)
𝐴𝑏 = 0.16 . 0.32 = 0.0512𝑚2
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 0.02 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + 𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + = + 0.2321 + = 0.2669
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 1.15 𝑊
Calculando então a resistência térmica da parede:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 0,0049 + 0,0512 0,0561 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = = = = 0,2417
𝐴𝑎 𝐴𝑏 0.0049 0.0512 0.2321 𝑊
+ +
𝑅𝑎 𝑅𝑏 01217 0.2669
Sendo assim, a resistência térmica total será:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = 𝑅𝑠𝑒 + 𝑅𝑡 + 𝑅𝑠𝑖 = 0,13 + 0,2417 + 0,04 = 0 ,4117
𝑊
b) Transmitância Térmica;
Como sabemos, a transmitância térmica é o inverso da resistência térmica
total, então:
1 1 𝑊
𝑈= = = 2,4290
𝑅𝑡 0,4117 (𝑚2 . 𝐾)
Após ser calculado a valor da transmitância térmica, deve ser realizado o
calculo de carga térmica por condução e radiação de todas as paredes.
c) Calculo das Cargas térmicas devido a condução e radiação através das
paredes;
- Parede Norte
34
Carga térmica devido a condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . 18. [(300 − 296) + 2,7] = 177.58 𝑊
Carga térmica devido à radiação
Como a parede é rebocada em ambos os lados, deve ser multiplicado o
calculo da resistência térmica do reboco por dois, considerando os dois lados.
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0019
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . 18 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0062
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . 18 𝑊
Resistência térmica total:
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒
Logo:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 0.0019 + 00062 = 0,0081
𝑊
A carga térmica devido a radiação será:
∆𝑡 (300 − 296)
𝑞= = = 493,82 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0081
- Parede Sul
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . [18 − (2. 1,5)]. [(305 − 296) + 0] = 327,91 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0023
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . [(6 . 3) − (2 . 1,5)] 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0074
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . [(6 . 3) − (2 . 1,5)] 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0023 + 0,0074 = 0,0097
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (305 − 296)
𝑞= = = 927, 83 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0097

35
- Parede Leste:
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . [18 − (2. 1,2)]. [(305 − 296) + 5,5] = 346,53 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0053
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . [(3 . 3) − (2 . 1,2)] 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0168
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . [(3 . 3) − (2 . 1,2)] 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0053 + 0,0168 = 0,0221
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (305 − 296)
𝑞= = = 406, 60 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0221
- Parede Oeste:
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . 18. [(302 − 296) + 5,5] = 267,83 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0039
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . (3 . 3) 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0123
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . (3 . 3) 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0039 + 0,0123 = 0,0162
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (302 − 296)
𝑞= = = 370, 37 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0162
d) Carga térmica através de superfícies transparentes;

36
A necessidade da carga térmica através de superfícies transparentes deverá
ser calculada devido à janela de vidro existente na parede sul. Sendo calculadas
através da seguinte equação:
𝑄 = 𝐴𝐽𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 . [∆𝑇. 𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 + 𝐹𝑆 . 𝑅𝑆]
Os valores da transmitância térmica do vidro (𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 ), fator solar do vidro (𝐹𝑆)
e radiação solar (𝑅𝑆) para o vidro de 3 mm, poderão ser encontrados em tabelas do
ASHRAE 1993.
Ficando então da seguinte forma:
𝑄 = (2 . 1,5). [(305 − 296). 5,79 + 0,87 . 113,5] = 255,07 𝑊
e) Carga térmica devido à Infiltração
A equação da carga térmica devido infiltração é:
𝑞 = (ℎ𝑒 − ℎ𝑖 ). 𝜌. 𝑄
De acordo com tabelas da termodinâmica para gás ideal, o valor da entalpia
para uma temperatura de 305 K é de 306,22 Kj/Kg. Aproximando a temperatura
interna para 295 K, obtemos um valor de entalpia aproximado de 295,17 Kj/Kg.
Logo:
Devido a janelas:
𝐾𝑗
𝑞 = (306,22 − 295,17). 1,2 . 3 = 39,78

Transforma esse valor em W, tem-se:
𝐾𝑗
𝑞 = 39,78 ∗ 0,2777 = 11,05 𝑊

Devido a portas:
𝐾𝑗
𝑞 = (306,22 − 295,17). 1,2 . 6,5 = 86,19

Transformando esse valor em W, tem-se:
𝐾𝑗
𝑞 = 86,19 ∗ 0,2777 = 23,93 𝑊

f) Carga térmica devido a pessoas;
𝑄𝑃 = 𝑁(𝑞𝑠 + 𝑞𝑙 )
𝑄𝑃 = 5. (75 + 55) = 650 𝑊
g) Carga Térmica devido aos componentes;
Q𝐶𝑜𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = 5 . 77 = 385 𝑊
Q𝑀𝑜𝑛𝑖𝑡𝑜𝑟 = 5 . 57 = 285 𝑊

37
Q𝐼𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟𝑎 = 2 . 8 = 16 𝑊
h) Carga térmica devido a ventilação;
𝐹𝑃 . 𝑁 + 𝐹𝑎. 𝐴
𝑞=
1000
3, 8 . 5 + 0,5. 18
𝑞= = 0,028 𝑚3 /𝑠
1000
Transformando esse valor para m3/h deve ser multiplicado por 3600 ficando:
𝑞 = 0,028 ∗ 3600 = 100,8 𝑚3
Logo:
𝑞 = 1,2 . 1,004. 100,80 ∗ (305 − 296) = 1092,99 𝑊
i) Carga térmica devido a iluminação
𝑞 = 6 . 15 = 90 𝑊
j) Carga Térmica total:
𝑞𝑇𝑜𝑡 = 177.58 + 493,82 + 327,91 + 927, 83 + 346,53 + 406, 60 + 267,83 +
370, 37 + 255,07 + 11,05 + 23,93 + 650 + 385 + 285 + 16 + 1092,99 + 90

𝒒𝑻𝒐𝒕 = 𝟔𝟏𝟐𝟕, 𝟓𝟏 𝑾
Para BTU/h:
𝒒𝑻𝒐𝒕 = 𝟔𝟏𝟐𝟕, 𝟓𝟏 𝑾 . 𝟑, 𝟒𝟏𝟐 = 𝟐𝟎𝟗𝟎𝟕, 𝟎𝟔 𝑩𝑻𝑼/𝒉
Em TR’s:
𝑩𝑻𝑼
𝟐𝟎𝟗𝟎𝟕, 𝟎𝟔
𝒒𝑻𝒐𝒕 = . 𝒉 = 𝟏, 𝟕𝟒 𝑻𝑹′𝒔
𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎
Através do programa criado é possível obter todos os resultados de forma
mais rápida e pratica, podendo ser calculado de forma automatizada. Veremos a
seguir a resolução do mesmo problema utilizando o programa.
Para obtenção da carga térmica apropriada o engenheiro(a) precisará
apenas preencher no programa com as informações do ambiente sem precisar
realizar nenhum calculo. conforme mostrado na resolução a seguir.

38
4.3 Resolução Através do programa
4.3.1 Dimensionamento e escolha do material:
Para inicio do dimensionamento no programa é necessário fazer o
preenchimento dos respectivos campos informando dimensões de reboco e
argamassa, escolhendo também o tipo de material utilizado na parede.

Figura 9 - Dimensionamento reboco e argamassa e escolha do material.


Depois de preenchido os dimensionamentos da argamassa e reboco, foi
selecionado o tijolo 6 furos como material utilizado para construção da parede.
Clicando na figura que o representa, o programa direciona para o dimensionamento
do tijolo, mostrada a seguir.

Figura 10 - Dimensionamento do material

39
4.3.2 Dimensionamento do ambiente e temperaturas:
Preenchido as informações do material da parede, a próxima etapa é
preencher informação de dimensionamento do ambiente, paredes, janelas, portas e
as respectivas temperaturas.
Dimensionamentos:

Figura 11 - Dimensionamento paredes ( Parte 1)

40
Dimensionamento do ambiente e temperaturas (Continuação):

Figura 12 - Dimensionamento paredes (Parte 2)


Temperatura:

Figura 13 - Temperaturas Externas

41
4.3.3 Acessórios e componentes
Nesta etapa foi preenchido com todas as informações do sistema que vão
gerar o calor interno: quantidade de pessoas no interior do ambiente, componentes
existentes e iluminação:

Figura 14 - Pessoas, acessórios e componentes.


Depois de serem preenchidos todos os campos exigidos pelo programa, o
mesmo realizará todos os cálculos de forma automatizada e já fornece o valor
apropriado da carga térmica para proporcionar o conforto térmico do ambiente.
Poderemos ver na imagem seguinte os valores apresentados.

Figura 15 - Carga Térmica Total.

42
É possível notar uma pequena diferença entre os valores encontrados nos cálculos
manuais dos valores obtidos através do programa, essa diferença se dá acontece
devido a arredondamentos que foram feitos no calculo manual, fazendo então que o
valor obtido pelo programa seja mais preciso.
Através do problema proposto é possível ver a eficiência e o comodismo que o
programa oferece, pois as sequencia de cálculos que precisam ser realizados até
chegar à carga térmica total é de certa forma extensa e trabalhosa, enquanto que
utilizando o programa o engenheiro precisará apenas preencher as variáveis do
sistema.
Após ter sido estudado e analisado todas as equações e exigências
estipuladas pelas normas já citadas, o programa criado ainda possui algumas
limitações porem já pode ser utilizado para auxiliar o dimensionamento.

43
5 Conclusão
O calculo da carga térmica foi desenvolvido, com o intuito de proporcionar o
conforto térmico em ambientes, seja ele residencial, um local de lazer para as
pessoas e possibilita que uma grande maioria de pessoas possam se sentir bem em
seu ambiente de trabalho, podendo realizar suas atividades em um ambiente
confortável e que lhe trás boas sensações.
Um dimensionamento apropriado além do conforto no qual esse trabalho foi
voltado, poderá oferecer um maior desempenho de instituições devido o bem-estar
de seus colaboradores, está evitando o desperdício de energia, um aparelho que
consume muita energia pode até esfriar o ambiente, mas não irá proporcionar uma
economia de energia, além disso também poderá ser evitando custos
desnecessários com manutenção.
Como já visto neste trabalho, para obter o valor da carga térmica apropriada
para o ambiente, é necessário seguir uma sequencia de cálculos relativamente
trabalhosos, o que iria acabar gastando um certo tempo para chegar ao resultado
final. Foi pensando nisto que neste trabalho foi desenvolvido um sistema já
programado para desenvolver esses calculo de forma automatizada.
O programa desenvolvido poderá auxiliar engenheiros atuantes na área, a
desenvolver esta calculo de forma rápida, precisando apenas estar alimentando o
programa com as variáveis do ambiente que deseja ser realizado o
dimensionamento.
Todos os objetivos deste trabalho foram cumpridos a partir do momento em
que foi realizado todo o estudo do conforto térmico no ponto 1 deste trabalho, ter
retratado toda teoria e sequência de calculo necessária para obter o valor da carga
térmica apropriada nos pontos 2 e 3 e por fim ter sido desenvolvido um programa
onde estará realizando todos os cálculos de forma automatizada e oferecendo o
valor da carga térmica de forma simples mostrado no ponto 4 deste trabalho.

44
6 Referências Bibliográficas

STOECKER, W. F. e JONES, J. W. Cargas Térmicas de aquecimento e refrigeração.


Refrigeração e ar-condicionado. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil 1985. p. 65-96.

HELIO C. Calculo da carga térmica. Instalações de ar-condicionado. 6ª Edição.


Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.. 2004. p. 88-124.

ANÉSIA B.F. e SUELI R. S. Exigências Humanas Quanto ao conforto térmico.


Manual de Conforto térmico. 7ª Edição. São Paulo: Studio Nobel, 2003.

LEITE, B. C. C. Sistema de ar condicionado com insuflamento pelo piso em


ambientes de escritórios: Avaliação do conforto Térmico e condições de
operação. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

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