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r a sigla da seção científica para qual o resumo será submetido

As decorrências da epilepsia no estado do Tocantins no mundo pré e pós


COVID-19
1
Evelyn Elaine dos Santos Oliveira* (IC), 1 Rafael Honorio e Silva (PQ), 1 Ana Clara Custódio Bacelar (IC), 1
Carla Caroline Figueira de Oliveira (IC), 1 José Victor Lima de Souza (IC).
rafaelhsilva@unirg.edu.br; evelynesoliveira@unirg.edu.br
1
Acadêmico de Medicina da Universidade de Gurupi, UNIRG, Tocantins, Brasil
Palavras Chave: Epilepsia, Tocantins, COVID-19, Neurológicos, Óbitos, SARS-CoV-2
Diante disso, em análise aos dados, torna-se evidente
Introdução que, no período pré-COVID-19, entre 2017 e 2019, as
taxas de óbito em decorrência da epilepsia eram
As epilepsias são distúrbios neurológicos decorrentes de menores, se comparadas ao período de 2020 a 2022 - o
alterações na atividade elétrica do cérebro. Essas qual corresponde ao período pandêmico e
mudanças podem gerar sequelas graves, inclusive, o pós-COVID-19.
óbito. Estima-se que a epilepsia abranja, em média, 65
Em consonância com os resultados obtidos, faz-se
milhões de pessoas1. Ao equiparar dados
peremptório questionar a possível relação do COVID-19
epidemiológicos no sul do estado do Tocantins,
e consequências neurológicas ocasionadas por ele. De
percebe-se que houve aumento percentual significativo acordo com a revista britânica Nature, em sua recente
de óbitos decorrentes da epilepsia no período pesquisa publicada no ano de 2022 3, revelou-se que a
pós-COVID-19, entre 2020 a 2022. Busca-se evidenciar infecção pelo Sars-CoV-2 pode alterar o cérebro,
como o SARS-CoV-2 pode corroborar no causando uma diminuição da massa cinzenta e
desenvolvimento desse problema; alguns estudos infectando regiões do sistema nervoso central.
comprovam modificações decorrentes da infecção pelo
Em paralelo, de acordo com a professora Kara Melmed,
vírus no sistema nervoso.
da Universidade de Nova York, apesar de não haver
comprovação científica direta entre a manifestação do
Metodologia COVID-19 e de crises epilépticas, a resposta inflamatória
Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter sistêmica pós-infecciosa pode corroborar para o
descritivo, com uma abordagem qualitativa, envolvendo aumento dos ataques epilépticos.
as decorrências da epilepsia no Sul do Tocantins no Por fim, era esperado que as taxas durante o COVID
mundo pré e pós COVID-19. diminuíssem, por eventual subnotificação, visto que o
contexto pandêmico e suas devidas restrições
Resultados e Discussão dificultavam esse trabalho. Entretanto, houve um
A epilepsia vitimou 60 pessoas entre o período de aumento significativo e evidente das taxas de óbito em
janeiro de 2017 a junho de 2022 no estado do Tocantins. decorrência da epilepsia no Tocantins no mundo
Dados comparativos mostram 14 óbitos de 2017 a 2019 pós-COVID.
e 46 de 2020 a 2022. Do total de óbitos, 53,3% (32)
casos de óbitos em homens e 46,7% casos de óbitos em Agradecimentos
mulheres2. Agradecemos à Liga Acadêmica de Neurologia e
Neurocirurgia (LANN - UnirG) e ao nosso Orientador
Rafael Honorio e Silva pelos auxílios prestados durante
a produção deste trabalho.

Referências

1. Thurman DJ, Beghi E, Begley CE, Berg AT, Buchhalter JR,


Ding D, et al. Standards for epidemiologic studies and
surveillance of epilepsy. Narture, Epilepsia. 2011;52:2-26.
2. Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema
Único de Saúde-DATASUS. Disponível em
http://www.datasus.gov.br [Acessado em 22 de agosto de
2022]
3. DOUAUD, Gwenaëlle.SARS-CoV-2 is associated with
changes in brain structure in UK Biobank. Inglaterra, 07 de
Figura 01. Óbitos por epilepsia no período pré e pós março de 2022.
pandêmico

“Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência e Tecnologia e Inovação no Brasil”

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