Este estudo analisa as taxas de óbito por epilepsia no estado do Tocantins antes e durante a pandemia de COVID-19. Os dados mostram um aumento significativo de óbitos por epilepsia de 2020 a 2022 em comparação a 2017 a 2019. Isso sugere que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode estar relacionada a alterações no cérebro que contribuem para o desenvolvimento de epilepsia.
Este estudo analisa as taxas de óbito por epilepsia no estado do Tocantins antes e durante a pandemia de COVID-19. Os dados mostram um aumento significativo de óbitos por epilepsia de 2020 a 2022 em comparação a 2017 a 2019. Isso sugere que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode estar relacionada a alterações no cérebro que contribuem para o desenvolvimento de epilepsia.
Este estudo analisa as taxas de óbito por epilepsia no estado do Tocantins antes e durante a pandemia de COVID-19. Os dados mostram um aumento significativo de óbitos por epilepsia de 2020 a 2022 em comparação a 2017 a 2019. Isso sugere que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode estar relacionada a alterações no cérebro que contribuem para o desenvolvimento de epilepsia.
r a sigla da seção científica para qual o resumo será submetido
As decorrências da epilepsia no estado do Tocantins no mundo pré e pós
COVID-19 1 Evelyn Elaine dos Santos Oliveira* (IC), 1 Rafael Honorio e Silva (PQ), 1 Ana Clara Custódio Bacelar (IC), 1 Carla Caroline Figueira de Oliveira (IC), 1 José Victor Lima de Souza (IC). rafaelhsilva@unirg.edu.br; evelynesoliveira@unirg.edu.br 1 Acadêmico de Medicina da Universidade de Gurupi, UNIRG, Tocantins, Brasil Palavras Chave: Epilepsia, Tocantins, COVID-19, Neurológicos, Óbitos, SARS-CoV-2 Diante disso, em análise aos dados, torna-se evidente Introdução que, no período pré-COVID-19, entre 2017 e 2019, as taxas de óbito em decorrência da epilepsia eram As epilepsias são distúrbios neurológicos decorrentes de menores, se comparadas ao período de 2020 a 2022 - o alterações na atividade elétrica do cérebro. Essas qual corresponde ao período pandêmico e mudanças podem gerar sequelas graves, inclusive, o pós-COVID-19. óbito. Estima-se que a epilepsia abranja, em média, 65 Em consonância com os resultados obtidos, faz-se milhões de pessoas1. Ao equiparar dados peremptório questionar a possível relação do COVID-19 epidemiológicos no sul do estado do Tocantins, e consequências neurológicas ocasionadas por ele. De percebe-se que houve aumento percentual significativo acordo com a revista britânica Nature, em sua recente de óbitos decorrentes da epilepsia no período pesquisa publicada no ano de 2022 3, revelou-se que a pós-COVID-19, entre 2020 a 2022. Busca-se evidenciar infecção pelo Sars-CoV-2 pode alterar o cérebro, como o SARS-CoV-2 pode corroborar no causando uma diminuição da massa cinzenta e desenvolvimento desse problema; alguns estudos infectando regiões do sistema nervoso central. comprovam modificações decorrentes da infecção pelo Em paralelo, de acordo com a professora Kara Melmed, vírus no sistema nervoso. da Universidade de Nova York, apesar de não haver comprovação científica direta entre a manifestação do Metodologia COVID-19 e de crises epilépticas, a resposta inflamatória Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter sistêmica pós-infecciosa pode corroborar para o descritivo, com uma abordagem qualitativa, envolvendo aumento dos ataques epilépticos. as decorrências da epilepsia no Sul do Tocantins no Por fim, era esperado que as taxas durante o COVID mundo pré e pós COVID-19. diminuíssem, por eventual subnotificação, visto que o contexto pandêmico e suas devidas restrições Resultados e Discussão dificultavam esse trabalho. Entretanto, houve um A epilepsia vitimou 60 pessoas entre o período de aumento significativo e evidente das taxas de óbito em janeiro de 2017 a junho de 2022 no estado do Tocantins. decorrência da epilepsia no Tocantins no mundo Dados comparativos mostram 14 óbitos de 2017 a 2019 pós-COVID. e 46 de 2020 a 2022. Do total de óbitos, 53,3% (32) casos de óbitos em homens e 46,7% casos de óbitos em Agradecimentos mulheres2. Agradecemos à Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia (LANN - UnirG) e ao nosso Orientador Rafael Honorio e Silva pelos auxílios prestados durante a produção deste trabalho.
Ding D, et al. Standards for epidemiologic studies and surveillance of epilepsy. Narture, Epilepsia. 2011;52:2-26. 2. Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em http://www.datasus.gov.br [Acessado em 22 de agosto de 2022] 3. DOUAUD, Gwenaëlle.SARS-CoV-2 is associated with changes in brain structure in UK Biobank. Inglaterra, 07 de Figura 01. Óbitos por epilepsia no período pré e pós março de 2022. pandêmico
“Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência e Tecnologia e Inovação no Brasil”