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QUESTÕES SOBRE A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO

PARA O CAPITALISMO

1. (EFOA MG/2000) Na transição do feudalismo ao capitalismo, algumas pré-


condições históricas e um conjunto de fatores se fizeram necessários. Das
alternativas abaixo, assinale a que expressa o fator que NÃO esteve presente
na desagregação do sistema feudal e na consequente constituição do sistema
capitalista:
a) O símbolo de riqueza passou a ser o dinheiro e não mais a posse da terra.
b) A centralização do poder feudal foi substituída pela descentralização com a
formação das monarquias absolutas.
c) A passagem somente foi decisiva quando as revoluções políticas
sancionaram juridicamente as mudanças.
d) A evolução não se deu sem graves conflitos, muita violência no campo e nas
cidades, na luta pela tomada do poder.
e) Ao mesmo tempo em que surgiam características do novo regime, persistiam
aspectos do regime anterior.

2. (GAMA FILHO RJ/1995) As mudanças estruturais ocorridas durante a


passagem do feudalismo para o capitalismo relacionam-se com o(a):
a) enfraquecimento urbano.
b) diminuição do comércio.
c) fortalecimento dos senhorios.
d) ascensão da burguesia.
e) crítica ao liberalismo.

3. (UFPEL RS/1999) “Diante da crise agrária fazia-se necessária a conquista de


novas áreas produtoras. Diante da crise demográfica fazia-se necessário o
domínio sobre as populações não-europeias. Diante da crise monetária fazia-se
necessária a descoberta de novas fontes de minérios. Diante da crise social
fazia-se necessário um monarca forte, controlador das tensões e das lutas
sociais. Diante da crise político-militar fazia-se necessária uma força
centralizadora e defensora de toda a nação. Diante da crise clerical fazia-se
necessária uma nova Igreja. Diante da crise espiritual fazia-se necessária uma
nova visão de Deus e do homem. Começavam os novos tempos.”
Fonte: FRANCO JR., Hilário. O Feudalismo, São Paulo: Brasiliense. p. 93
As crises que são referidas no texto caracterizaram:
a) a transição do feudalismo para o capitalismo comercial, na Europa, no início
da Idade Moderna.
b) a formação do feudalismo, na Europa Ocidental, no início da Idade Média.
c) a substituição do escravismo clássico pela servidão, na área geográfica
correspondente ao antigo Império Romano.
d) o pleno domínio econômico, político e social da burguesia europeia durante a
Revolução Industrial.
e) a manutenção da hegemonia da Igreja Católica e a revitalização do poder
político dos senhores feudais na Europa renascentista.

4. (UFU MG/2008) “Para a camada superior da humanidade, o tempo é um


inimigo, e [...] a sua principal atividade é matá-lo; ao passo que, para os outros,
tempo e dinheiro são quase sinônimos”.
Henry Fielding. An enquiry into the causes of late increase of robbers, 1751,
citado por:
THOMPSON, Edward P. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular
tradicional.
Trad. de Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.267.
Sobre as noções de tempo e de disciplina de trabalho, marque a alternativa
correta.
a) As mudanças na vida cotidiana, no século XVIII, relacionadas às novas
manufaturas inglesas, não alteraram a percepção do tempo, tanto a noção de
tempo mensurável e mecanizado, sintetizada no relógio, quanto cíclico e natural,
expressa na separação entre dia e noite.
b) Segundo a tradição medieval, o tempo pertencia a Deus e, portanto, apenas
o clero e o rei absoluto poderiam usá-lo em benefício do dinheiro e da usura.
c) Na chamada transição do feudalismo para o capitalismo, as mudanças lentas
e profundas nas formas e relações de trabalho alteraram amplamente não só o
mundo do trabalho, mas também as expressões culturais, como a própria ideia
de tempo.
d) As formas de observação e medida do tempo são exclusivas das sociedades
conhecidas como modernas, pois somente nelas o controle do trabalho passou
a ser necessário, devido ao uso de máquinas e ferramentas manuais.

5. (UFRN/2012) Leia com atenção a definição abaixo:


Capitalismo: sistema econômico e social predominante na maioria dos países
industrializados ou em industrialização. Neles, a economia baseia-se na
separação entre trabalhadores juridicamente livres, que dispõem apenas da
força de trabalho e a vendem em troca de salário, e capitalistas, os quais são
proprietários dos meios de produção e contratam os trabalhadores para produzir
mercadorias (bens dirigidos para o mercado) visando à obtenção de lucro.
SANDRONI, Paulo (Org. e sup.). Dicionário de economia. São Paulo: Círculo do
Livro, 1992. p. 40.
Considerando as características apresentadas acima, o modelo socioeconômico
do feudalismo europeu na Idade Média se diferencia do modelo capitalista, pois,
entre outros elementos,
a) as demandas do comércio internacional por produtos agrícolas possibilitaram
aos camponeses grandes lucros com a venda de excedentes da produção.
b) as revoltas camponesas do século XV aboliram as taxações feudais e
favoreceram a adoção do sistema de colonato no regime feudal.
c) a maioria da mão de obra era empregada no campo, dedicando-se a uma
produção de subsistência e ligando-se por laços servis à classe aristocrática.
d) a burguesia urbana enriquecida comprava títulos de nobreza e agravava a
exploração da classe camponesa, submetida à servidão.

6. (Mackenzie SP/2012) “O ar da cidade torna os homens mais livres”


O provérbio medieval acima denota uma mudança no cenário europeu com o
declínio do feudalismo e ressurgimento das cidades. As alterações que
ocorreram no final da Idade Média refletiam a nova visão do homem desse tempo
perante o mundo. Considerando o provérbio acima e as transformações
decorrentes da transição do feudalismo para o capitalismo, é correto afirmar que,
a) graças ao Renascimento Comercial, verificado na Baixa Idade Média, as
cidades medievais ficaram livres do pagamento das antigas taxas e tributos
feudais, liberando os ocupantes das cidades de tais encargos monetários.
b) em virtude das Cruzadas (1096-1270), aumentou o intercâmbio religioso entre
Oriente e o Ocidente, ocasionando uma maior tolerância religiosa nas cidades
medievais, que passaram a se espelhar no modelo de Jerusalém.
c) enquanto a vida no campo era marcada por uma estrutura social estratificada,
nos novos centros urbanos, o desenvolvimento comercial e artesanal criaram
condições para a possibilidade de ascensão social para o homem urbano.
d) por contar com seu próprio conjunto de leis e jurisprudência, livres da
influência dos senhores feudais, as cidades medievais proporcionaram liberdade
a todos quantos se sentiam oprimidos pelo modelo social feudal da época.
e) enquanto fazia parte da condição servil, trabalhar nas terras do senhor e a ele
entregar parte da colheita, nas cidades, já no século XII, as relações de trabalho
eram totalmente assalariadas.

7. (UFAM/2015) A crise econômica dos séculos XIV-XV produziu uma profunda


inquietação intelectual, que se traduziu, nos campos filosófico, artístico e
literário, pela ideia de renovação cultural. Este fenômeno, parte integrante de um
processo histórico mais amplo – o início da transição feudalismo/capitalismo –
iniciou-se nas Repúblicas Italianas, por volta de 1350, estendendo-se mais tarde,
a outras áreas da Europa Ocidental. A expressão Renascimento é comumente
utilizada para designar esta ideia de renovação, profundamente comprometida
com a ressurreição das letras e das artes da Antiguidade Clássica, e que,
segundo os humanistas da época renascentista, teria representado uma ruptura
com a ‘ignorância bárbara’, que prevalecera durante a Idade Média. São
características do movimento renascentista, EXCETO:
a) A utilização das novas línguas nacionais, derivadas do latim, como o
espanhol, o português, o francês e o italiano.
b) A renovação do romance de cavalaria, valorizando o amor cortês.
c) A valorização do hedonismo em detrimento do ascetismo e misticismo
medievais.
d) A grande preocupação com a figura humana, valorizando-se o nu, além do
realismo, da harmonia, do senso de equilíbrio e proporção na arte.
e) A busca de uma interpretação do mundo através de novas teorias como o
racionalismo, fugindo às explicações religiosas do período anterior.

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