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ALUNO: BIENVENIDO JERONIMO NGUEMA NDONG AYANG

TEXTO: FRANCISCO J. FALCON. A FORMAÇÃO DO MUNDO MODERNO

LONDRINA

2023
A etapa chamada Idade Moderna apresenta-se com uma fase de transição do sistema
feudal para o capitalismo. Os acontecimentos mais importantes dessa transição são as
cidades e a origem dos burgueses que, como consequência da crise do feudalismo,
ganharam maior relevância e importância mudando dessa maneira as relações sociais,
políticas, econômicas e religiosas. A força impulsionadora dessas transformações foi o
movimento Renascentista que retornava aos clássicos e valorizava as produções da
ciência e da arte. As novas políticas econômicas corroboraram para a concretização
dessa transição do feudal ou do antigo para o novo ou moderno, destacando-se os
diferentes tipos de mercantilismo. A cisma religiosa proporcionou o fortalecimento dos
Estados e proporcionou aos seguidores dessas novas doutrinas a mudança de visão em
relação ao acúmulo de capital. Por fim, a caída do Antigo Regime que não mais
encontrava espaço dentro dessas novas relações sociais.
Neste capítulo, o autor destaca os dois principais processos que caracterizaram o
período de transição da idade moderna no âmbito econômico, tais processos são:
As transformações estruturais durante a transição do feudalismo para o
capitalismo e a expansão do mercantismo.
O autor mostra também que além de ser processos distintos, estão também
minimamente relacionados entre si.
Agora, em relação ao processo de transformações estruturais durante a transição do
feudalismo para o capitalismo, entende-se pela caracterização da fase final do
feudalismo (XVII-XVIII), que foi um período marcado por vários acontecimentos
históricos que no processo de dita transição não são iguais. A crise desse sistema se
inicia com a desestruturação das relações feudais juntamente de inúmeros conflitos
sociais durante os séculos XIV e XV, seguido de uma retomada do aumento
populacional e uma expansão econômica, acompanhados de mudanças culturais e
religiosas diretamente relacionadas ao humanismo, ao renascimento e as reformas.
Em resumo, a etapa final do feudalismo e representada pela existência de práticas e
características típicas do feudalismo em processo de ruptura e de outras características
capitalistas em processo de ascensão.
Com respeito a expansão mercantil, primeiramente, o autor procura explicar os
principais precedentes do processo para que nos possamos entender o contexto político,
social e cultural da época, assim como o impacto dessas transformações para as diversas
nações europeias que fizeram parte deste processo.
Tanto a expansão demográfica quanto a introdução e o aperfeiçoamento de novas
técnicas agrícolas foram relevantes para incentivar a expansão econômica, dado que
desenlaçaram alterações nas relações feudais entre senhores e servos, processo
conhecido como liberação da mão de obra camponesa. Essas alterações, junto ao surto
comercial e ao crescimento urbano da época, levaram ao aumento das transações
comerciais entre campo e cidade, o que foi altamente importante para o começo de uma
economia mercantil e monetária. Posteriormente, as rotas mercantis se espalharam,
levando ao acúmulo de capital e ao desenvolvimento de novas formas de comercio.
Em relação as grandes rotas e trocas comerciais, a formação e a expansão dos circuitos
dentro e fora da Europa foram dois fatores que tiveram uma maior influência no
desenvolvimento do capital comercial. A primeira rota, dominante até meados de 1750,
compreendia uma quantia muito pequena de exportações e um volume crescente de
importações. Já o segundo, cujo auge ocorreu no século XVIII, incluíam três áreas,
sendo estas a América, Indias e China.
As rotas fora da Europa relacionam-se aos efeitos das grandes navegações e
descobrimentos durante os séculos XV e XVI, que impactaram fortemente na expansão
econômica dos países europeus, devido ao acúmulo de metais preciosos, as inovações
em setores produtivos, a introdução de novas técnicas agrícolas e o investimento para a
produção comercial de mercadorias para a explotação como alguns exemplos que nesse
tempo deram forca ao capital comercial.
Outra consequência das navegações e da colonização de terras nos tempos do
mercantilismo, foi a formação das hegemonias mercantis.
Do ponto de vista do autor, o mercantilismo deve ser entendido como um conjunto de
ideias e práticas políticas, econômicas que caracterizam a história da Europa e
principalmente a política econômica dos chamados estados modernos europeus entre os
séculos XV, XVI e XVIII.
BIBLIOGRAFIA
Francisco J.Falcon. (2006). A Formação do mundo moderno. Elsevier editora Ltda.

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