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Sociologia e Transformações no Mundo do Trabalho

Transformações contemporâneas
Fatores para a mudança na relação de trabalho:
● desenvolvimento das tecnologias no processo produtivo
● terceirização do trabalho
● precarização do trabalho

David Harvey
Na estrutura capitalista tradicional:
A socialização do trabalhador é o controle social sobre suas capacidades físicas e mentais,
essas eram influenciadas por ideologias propagadas pelos meios de comunicação como,
por exemplo, a lealdade aos colegas de trabalho, sentimento de nacionalismo e busca pela
identidade por meio do trabalho.

Claus Offe
Na sociedade pós-industrial, período com grande ampliação de serviços sob condições
ruins:
Acaba com a função socializadora do trabalho e com a ideia de usar o trabalho para
desenvolver identidades individuais. Além disso, a redução da importância do trabalho
assalariado regular causa:
● perda do trabalho como fator central de organização social
● baixa nas morais dos indivíduos
● diminuição de referências sociais

André Gorz
Na sociedade contemporânea, após segunda guerra mundial, com a crise estrutural do
capitalismo:
A sociedade do trabalho se torna a “sociedade do conhecimento”, ou seja, o conhecimento
técnico e científico toma o lugar do trabalho.Isso levou ao enfraquecimento e a
fragmentação da classe trabalhadora, o que Gorz chama de “somos todos precários”.

Ricardo Antunes
Mudanças no processo de trabalho ocorreram junto com mudanças políticas e ideológicas.
Durante o século XX, havia uma tendência neoliberal que foi a base da chamada sociedade
pós-industrial. Essa reestruturação foi culpada por:
● flexibilizar os contratos e o tempo de trabalho
● trazer a multifuncionalidade e a precarização
● resultar no desemprego estrutural e no trabalho heterogêneo (que não pertencia ao
modelo tradicional de trabalho formal), que envolve a informalidade e a terceirização
Segundo Antunes, essas mudanças são resultado da crise estrutural do capitalismo.

Robert Castel
“Institucionalização do precariado”, processo que teria convertido o proletariado em
trabalhadores em condições precárias.
Para o autor, esse processo ocorreu por meio da construção do exército de trabalhadores
de “reserva”, em que o empregador despede cada vez mais trabalhadores que ficam sem
condição de conseguir um novo emprego -muitas vezes resultando no fenômeno de
desemprego de longa duração-, o que ele chama de “desfiliação social”. Além disso, para
Castel o desemprego de um indivíduo traria não só a perda de identidade vinda do trabalho,
mas uma fragilização e transição que muitas vezes leva a exclusão social.

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