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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
[...]
Art. 197- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça:
I- a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria,
ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em
determinados dias:
Pena- detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena
correspondente à violência:
[...]
Art. 198- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a
celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não
adquirir de outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola:
Pena- detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena
correspondente à violência.
[...]
Art. 203- Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado
pela legislação do trabalho:
Pena- detenção de um anoa dois anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.
§ 1º Na mesma pena incorre quem:
I- obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado
estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do
serviço em virtude de dívida;
II- impede alguém de se desligar de serviços de qualquer
natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus
documentos pessoais ou contratuais.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor
de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência
física ou mental.
fixado pelo Congresso Nacional. No entanto, cada Estado pode estipular o seu
piso salarial, não podendo ser inferior ao nacional.
O pagamento do salário in natura é a desculpa dada pelos
empregadores que utilizam a mão-de-obra pobre, de pouca cultura e
informação nas relações de trabalho onde se caracteriza o trabalho análogo à
de escravo para se escusarem das sanções impostas pela lei já que muitas
vezes pagam valor inferior ao mínimo ou nada pagam.
A medida típica para o combate do trabalho análogo à de escravo é
a limitação da Jornada de Trabalho. Tal limitação pode ser vista em vários
documentos, a saber: a Resolução do congresso Geral dos Trabalhadores
Norte-Americanos de 1866; a resolução do congresso Operário Internacional
de Genebra; a Encíclica RerumNovarum do Papa Leão XIII e a Convenção n. 1
da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A limitação da jornada de trabalho é essencial para o trabalhador
descansar, ter acesso ao lazer, ter acesso a cultura e combater problemas de
natureza biológica.
De acordo com Silva (2009, p. 74):
Indubitável é que essas regras pertinentes à jornada de trabalho são
desrespeitadas quando se fala em trabalho forçado. No meio rural,
onde há maior concentração, as jornadas iniciam-se antes do raiar do
sol, a depender do tipo do cultivo. A ordenha é, geralmente, realizada
às quatro horas da manhã, a colheita, às cinco horas. O horário para
a alimentação é variável e cinge-se a poucos minutos. Não é
realizada em refeitórios apropriados, mas em meio à própria
plantação, sob o sol quente ou a chuva. E a comida, se ofertada pelo
patrão, é, geralmente, inapropriada; em alguns casos, há relatos de
que são servidas as mesmas comidas destinadas aos animais. Em
seguida, retornam ao trabalho na terra até a hora em que for
necessário, podendo a jornada chegar a 18 horas por dia, em alguns
casos. É de verificar-se, portanto, que também o intervalo entre
jornadas não é cumprido.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEA3C02B43F4D/p_
19930917_13.pdf. Acesso em: 12 de maio.2013.
LOTTO, Luciana Aparecida. Ação Civil Pública Trabalhista.1 ed. São Paulo:
Ltr, 2008.
MELO, Luís Antonio Camargo de; SIMÓN, Sandra Lia. Direitos humanos e
trabalho escravo no Brasil. 1 ed. São Paulo, 2004.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo:
Malheiros Editores, 2011.