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TRABALHO DE PESQUISA

Petrolina/PE
2023
Nome: Ijuliane Araujo – 1º ano A Escola: Sesi Petrolina

Trabalho compulsório : Escravidão

Petrolina/PE
2023
Trabalho forçado

Explicações e conceitos

O trabalho forçado se refere a


situações em que as pessoas são
coagidas a trabalhar por meio do uso de
violência ou intimidação, ou até mesmo
por meios mais sutis, como a servidão
por dívidas, a retenção de documentos
de identidade ou ameaças de denúncia
às autoridades de imigração.
Trabalho forçado, formas
contemporâneas de escravidão, servidão
por dívida e tráfico de seres humanos
são termos relacionados, embora não
idênticos em sentido jurídico. A maioria
das situações de trabalho escravo ou
tráfico de pessoas é, contudo, abrangida pela definição de trabalho forçado da OIT.
De acordo com a Convenção sobre Trabalho Forçado ou Obrigatório da OIT ( Nº 29,
adotada em 1930), trabalho forçado ou compulsório é todo trabalho ou serviço exigido de uma
pessoa sob a ameaça de uma sanção e para o qual a pessoa não se ofereceu espontaneamente.
Sua exploração pode ser feita por autoridades do Estado, pela economia privada ou por pessoas
físicas. O conceito é amplo e, portanto, abrange um vasto leque de práticas coercitivas de
trabalho, que ocorrem em todos os tipos de atividades econômicas e em todas as partes do
mundo.
O trabalho forçado pode resultar de movimento transfronteiriço interno e externo, o que
torna certos(as) trabalhadores(as) particularmente vulneráveis ao recrutamento enganoso e a
práticas trabalhistas coercitivas. Ele também afeta pessoas em suas áreas de origem, onde
nascem ou são manipuladas para viver em estado de escravidão ou servidão.
O trabalho forçado inclui
serviços sexuais forçados. Além
de ser uma grave violação dos
direitos humanos fundamentais,
a imposição de trabalho forçado
é crime.
Além de definir o conceito
de trabalho escravo, a
Convenção nº 29 da OIT prevê
algumas exceções, como o
serviço obrigatório militar, a
prestação de deveres cívicos, o
trabalho realizado para lidar com
uma situação de emergência e o
trabalho prisional realizado em certas condições. A OIT também possui outra Convenção sobre o
tema, a sobre Abolição do Trabalho Forçado (Nº 105, aprovada em 1957), que impõe aos
Estados a obrigação de abolir: o trabalho forçado como meio de coerção ou de educação política;
a punição para pessoas que expressem opiniões políticas ou participem em greves; a utilização
de trabalho forçado para o desenvolvimento econômico e sua realização como forma de
discriminação racial, social, nacional ou religiosa.
Não estar sujeito a trabalho forçado é um direito humano fundamental: todos os
Estados-membros da OIT têm, por força da Declaração da OIT sobre Princípio e Direitos
Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento, a obrigação de respeitar o princípio da eliminação
do trabalho forçado, independentemente da ratificação dessas Convenções
O trabalho forçado é diferente de uma mera irregularidade trabalhista. Vários indicadores
podem ser usados para determinar quando uma situação equivale a trabalho forçado, como
restrições à liberdade de circulação, retenção de salários ou de documentos de identidade,
violência física ou sexual, ameaças e intimidações, dívidas fraudulentas que os(as)
trabalhadores(as) não conseguem pagar, entre outros.

História

A escravidão é uma prática antiga que tem sido registrada em várias culturas e sociedades
em todo o mundo. A história da escravidão é longa e complexa, mas vou tentar fornecer uma
visão geral.
A escravidão começou a ser praticada por volta do século XVIII a.C. na Mesopotâmia, onde
as pessoas eram consideradas propriedade e eram compradas e vendidas como bens materiais.
A prática se espalhou rapidamente, e os gregos e romanos também fizeram uso da escravidão
para realizar trabalhos pesados e outros serviços.
No entanto, foi durante a Era Moderna, especialmente durante a exploração do Novo Mundo
pelos europeus, que a escravidão atingiu sua forma mais brutal e sistemática. A partir do século
XVI, os europeus começaram a importar africanos escravizados para trabalhar nas plantações de
açúcar, tabaco e algodão nas Américas, e esse comércio de escravos continuou por mais de três
séculos.
Os escravos africanos eram capturados em suas aldeias e transportados por navios
superlotados para as Américas, em condições desumanas e muitas vezes mortais. Uma vez
chegados, eram vendidos em leilões para os proprietários das plantações, que os tratavam de
maneira brutal e muitas vezes os submetiam a condições de trabalho extremamente difíceis e
perigosas.
A escravidão foi abolida em diferentes momentos em diferentes partes do mundo. Na Europa,
a escravidão foi gradualmente abolida durante a Idade Média, e a última forma de escravidão foi
abolida na Rússia em 1861.
Nos Estados Unidos, a questão da escravidão foi um ponto de discórdia entre o Norte
industrializado e o Sul agrícola durante a primeira metade do século XIX. Em 1861, os Estados
Confederados da América se separaram dos Estados Unidos em parte por causa da questão da
escravidão, o que levou à Guerra Civil Americana. A escravidão foi formalmente abolida nos
Estados Unidos com a 13ª Emenda à Constituição em 1865.
A luta contra a escravidão também ocorreu em outros países do mundo, e a escravidão foi
abolida em muitos lugares durante o século XIX e XX. No entanto, mesmo após a abolição formal,
muitas formas de trabalho forçado continuaram a existir em todo o mundo, e a luta contra a
escravidão e o trabalho forçado continua até hoje.

Problemas causados pela escravidão

A escravidão teve um impacto significativo e duradouro nos países e nas pessoas afetadas por
ela. Entre os problemas sociais causados pela escravidão, podemos citar:

1. Desumanização: A escravidão tratava os seres humanos como propriedade e, portanto,


negava-lhes a dignidade e os direitos humanos mais básicos. Isso levou a uma desumanização
das pessoas escravizadas e uma degradação moral daqueles que praticavam a escravidão.

2. Racismo: A escravidão, especialmente a escravidão transatlântica de africanos, criou uma


hierarquia racial que persiste até hoje. As ideias de superioridade racial e branquitude foram
justificativas para a escravidão e, posteriormente, para a discriminação racial que se seguiu.

3. Pobreza: A escravidão privou muitas pessoas de suas habilidades e conhecimentos, o que os


impediu de desenvolver habilidades necessárias para prosperar na sociedade. Após a abolição
da escravidão, muitas pessoas foram deixadas sem nada e sem a educação ou recursos
necessários para melhorar suas vidas.
4. Violência e opressão: Os escravos eram frequentemente sujeitos a espancamentos, estupros e
outras formas de violência e opressão. Mesmo após a abolição da escravidão, muitos indivíduos
foram sujeitos a violência e opressão por causa da cor de sua pele.

5. Desigualdade: A escravidão criou desigualdades sociais e econômicas que ainda existem em


muitos países hoje. As pessoas de cor frequentemente têm menos acesso à educação, emprego
e serviços públicos de qualidade e, portanto, menos oportunidades para melhorar suas vidas.

Em resumo, a escravidão causou uma série de problemas sociais, políticos e econômicos que
ainda afetam as pessoas e as sociedades em todo o mundo até hoje. A luta contínua contra a
discriminação racial, a desigualdade e a violência é essencial para superar os efeitos destrutivos
da escravidão.

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