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Comunicação Social-Jornalismo
Eugenia Maria Mariano da Rocha Barichello is Professor at the Graduate Programme in Media
and Communication, Federal University of Santa Maria (UFSM, Brazil), and has been its
coordinator for 7 years (2007-2013). She is Research Fellow at the National Council for
Scientific and Technological Development (CNPq). PhD in Communicati… more
Nos dias de hoje, nossas informações são armazenadas e podem ser facilmente acessadas e
manipuladas, são fáceis e baratas. Alguns logaritmos são criados apenas para conseguir moldar
e duplicar essas informações sem prejudicar o dado original. Formando assim um ciclo, em que
poucos podem vigiar muitos.
A própria rede favorece a vigilância. Ao acessar a rede uma trilha de dados digitais é deixada
na internet, facilitando assim esses dados de seres recolhidos sem a necessidade de presença
ou contato físico entre o observador e observado. Dessa forma, os processos de visibilidade e
legitimidade passam a ser também apreendidos por meio do “olhar” dos serviços de
busca/buscadores. O investimento em algoritmos, pelas empresas responsáveis por
mecanismos de busca, é constante, pois eles são responsáveis pela “varredura” de páginas na
Web e, como têm caráter mercadológico, possuem lógicas próprias, sendo algumas
confidenciais. (P5)
Um importante passo é temos noção dessa vigilância e da sua proporção, pois a partir do
momento que essa vigilância não for percebida como existente no nosso sistema, mais
informações serão coletadas. Não ser visto é usado como estratégia que garante a veracidade
do conteúdo recolhido.
Os pressupostos da Media Ecology podem ser resumidos em duas ideias centrais: a) os meios
de comunicação constituem um entorno (o medium como ambiência) que modifica nossa
percepção e nossa cognição; b) os meios são as espécies que vivem em um ecossistema e
estabelecem relações entre si e com os sujeitos que nele interagem (Scolari 2010). Ou seja, um
meio não opera apenas no nível da mediação entre o sujeito e o mundo, pois cria, por meio de
lógicas e códigos específicos, uma forma diferente de relação entre os sujeitos e o mundo. Essa
forma de relação pode ser interpretada como o processo que tem sido denominado como
midiatização, resultante da exacerbação das múltiplas mediações operadas pelas tecnologias
de comunicação e informação. (Pg6)
Outro fator que surgiu com as redes foi a digitalização, que ampliou as possibilidades de cada
pessoa com um dispositivo digital poder expressar sua opinião com outros indivíduos em sites
ou redes sociais. Passando assim pela mídia hegemônica que age como local de legitimação e
reconhecimento.
Ao finalizar, ressalto que a perspectiva ecológica, centrada nos meios, ancora-se, neste
trabalho, na aceitação de que falar nos media é compreendê-los por um prisma sociotécnico e
cultural, como artefatos humanos.