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Biografia
Nasceu na capital da Sicília com o nome de Giuseppe
Ingegneri e quando ainda pequeno sua família emigrou à
Argentina. Em 1892, já havendo finalizado seus estudos Nascimento 24 de abril de 1877
secundários, fundou o periódico La Reforma e um ano depois, Palermo
1893, ingressou como aluno na Faculdade de Medicina de Morte 31 de outubro de 1925
Buenos Aires, da qual recebeu em 1897 o grau de (48 anos)
farmacêutico e em 1900 de médico com sua tese Simulación Buenos Aires
en la lucha por la vida. Sepultamento Cemitério da Chacarita
Seus ensaios sociológicos, El Hombre Mediocre e ensaios críticos e políticos, como Al margen de la
ciencia, Hacia una moral sin dogmas, Las Fuerzas Morales, Evolución de las ideas argentinas e Los
tiempos nuevos tiveram um grande impacto no ensino ao nível universitário na Argentina e obtiveram uma
grande adesão moral entre a juventude latinoamericana.
Além de dirigir seu periódico bimestral, "Seminario de Filosofía", mesclou sua paixão pela ciência com
uma ética social acentuada. Em suas múltiplas atividades demonstrou uma capacidade e penetração
notórias, sendo considerado um intelectual de peso em seu tempo.
Durante a Reforma Universitária iniciada em 1918 foi eleito Vicedecano da Facultade de Filosofia e Letras,
com amplo apoio do movimento estudantil.
Em 1914 José Ingenieros se casa com Eva Rutenberg em Lausana, Suíça; ainda que o noivado tenha se
realizado em Buenos Aires. Do matrimônio nasceram quatro filhos, Delia, Amalia, Julio e Cecilia. Sua
mulher Eva Rutenberg ainda viveu 30 anos, sua filha menor Cecilia faleceu em 1995 e a maior Delia em
1996.
Em 1919 renunciou a todos os cargos docentes e començou até 1920 sua etapa de luta política, participando
de maneira ativa em favor do grupo progressista "Claridad", de tendência comunista.
Em 1925, a poucos meses de sua morte, criou o periódico mensal "Renovación" contra o imperialismo,
assinando com os pseudónimos de Julio Barreda Lynch e de Raúl H. Cisneros.
Ao passar do tempo discordou das posturas do socialismo de Estado e começou a colaborar com periódicos
anarquistas, chegando a ser abertamente um simpatizante do anarquismo, várias de suas obras literárias
refletem esta aproximação.
Obra
Ingenieros foi um representante destacado do pensamento positivista, sobretudo em seus primeiros anos.
Também foi um dos fundadores do socialismo na Argentina, ainda que não tenha participado
organicamente na atividade partidária.
A partir da década de 20 começou a aprofundar uma linha de pensamento mais relacionada com os aspectos
morais e políticos, ambos aspectos que Ingenieros via intimamente relacionados, inspirando à juventude
latinoamericana que realizou a reforma universitária desde 1918 e o nomeou Maestro de la Juventud de
América Latina.
Bibliografia
Bagú, Sergio (1936). Vida de José Ingenieros, Buenos Aires: Claridad
Agost, Héctor P. (1958). Ingenieros ciudadano de la juventud, Buenos Aires: Hemisferio
Ponce, Aníbal (1974). «Para una historia de José Ingenieros», en Obras Completas de
Aníbal Ponce, pp 139–210, Buenos Aires: Yunque.
Calhau, Lélio Braga. Criminologia positiva e a obra de José Ingenieros (https://web.archive.
org/web/20090220174739/http://novacriminologia.com.br/artigos/leiamais/default.asp?id=23
75).
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