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LIBRAS
INTERMEDIÁRIO
Ficha Técnica
Ebook - LIBRAS INTERMEDIÁRIO
Autor: Professor Arlesson Oliveira Santos
Revisão Pedagógica e EAD: Prof. Dr. Wender Antônio da Silva
INTRODUÇÃO
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LIBRAS INTERMEDIÁRIO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................3
UNIDADE I ........................................................................................6
1.1 O QUE SÃO AS LÍNGUAS DE SINAIS E QUEM
SÃO SEUS USUÁRIOS.............................................................................. 6
1.2 LÍNGUA X LINGUAGEM: OS MITOS DA LIBRAS.............................. 8
1.3 PARÂMETROS DA LIBRAS................................................................. 8
1.4 SISTEMA PRONOMINAL................................................................... 10
1.5 ADVÉRBIOS........................................................................................ 12
1.6 VERBOS.............................................................................................. 12
1.7 NÚMEROS.......................................................................................... 13
UNIDADE II .......................................................................................15
2.1CORRENTES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS................ 15
2.1.1 ORALISMO...................................................................................... 15
2.1.2 COMUNICAÇÃO TOTAL................................................................. 15
2.1.3 BILINGUÍSMO................................................................................. 15
2.2 CULTURA E IDENTIDADE SURDA..................................................... 16
2.2.1 CULTURA SURDA........................................................................... 16
2.2.2 LITERATURA SURDA...................................................................... 16
2.2.3 BATISMO NA CULTURA SURDA.................................................... 17
UNIDADE IV.......................................................................................22
4. ESTUDO DE LIBRAS............................................................................. 22
4.1 CLASSIFICADORES OU DESCRIÇÃO IMAGÉTICA............................ 22
4.1.1 CLASSIFICADORES......................................................................... 22
4.1.2 DESCRIÇÃO IMAGÉTICA................................................................ 24
4.2 AMBIGUIDADE E DESAMBIGUAÇÃO............................................... 24
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4.2.1 HOMONÍMIA.................................................................................. 24
4.2.2 POLISSEMIA.................................................................................... 25
4.2.3 DESAMBIGUAÇÃO......................................................................... 25
4.3 ADJETIVOS EM LIBRAS...................................................................... 27
4.3.1 ADJETIVOS....................................................................................... 27
4.3.2 ADJETIVOS COMPARATIVOS......................................................... 27
4.3.3 A FORMA CONDICIONAL SI (SE)................................................... 27
4.3.4 MAIS E SEUS CONTEXTOS............................................................. 28
REFERÊNCIAS....................................................................................29
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UNIDADE I
Língua natural ;
Língua gestual visual;
Papel fundamental no desenvolvimento cognitivo da pessoa com surdez;
EGOV - DF
Na Antiguidade, o Filósofo Aristóteles (384
– 322 a.c) dizia que “de todas as sensações,
é a audição que contribui mais para a
inteligência e o conhecimento, […]
portanto, os nascidos surdos-mudos
se tornam insensatos e naturalmente
incapazes de razão”. (strobel, 2009, p.
18-19).
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dsc.inf.furb.br
MITO 2: A LIBRAS É MÍMICA?
Definitivamente NÃO! Um exemplo claro é a conversação entre os surdos
não é transparente para pessoas que não sabem Libras.
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Alfabeto manual:
Pronomes pessoais:
Pronomes possessivos:
Pronomes Interrogativos:
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1.5 ADVÉRBIOS
Os Advérbios estão organizados em, de lugar, de tempo e de modo. E é o
que explicaremos nessa unidade.
Não há marcas de tempo nas formas verbais, é como se os verbos sempre
ficassem no infinitivo: acontecer, inaugurar, duvidar, etc. O tempo é marcado
sintaticamente através dos advérbios de tempo que indicam se a ação está
acontecendo no presente: hoje, agora; passado: ontem, anteontem; ou futuro:
amanhã.
Desta maneira, o advérbio aparece, quase sempre no início da frase. Mas
também podem aparecer no final.
1.6 VERBOS
Os verbos direcionaisão concordam com as pessoas da sentença, mas não
incorporam o locativo. A direção do sinal é realizada do sujeito para o objeto da
sentença. Com isso a direção do movimento destes verbos sempre irá variar com
a posição das pessoas que estão envolvidas.
Quadros (1999) inclui os verbos espaciais neste mesmo grupo de verbos com
concordância.
Ex:
Ir;
Chegar.
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1.7 NÚMEROS
Números Cardinais: O numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1,
como o livro 1, que é diferente de PRIMERO-LUGAR, que é diferente do numeral
PRIMEIRO, que é diferente de PRIMEIRO-ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO-
GRAU, que é diferentes de MÊS-1.
Os números ordinais do PRIMEIRO até o NONO tem a mesma forma dos cardinais,
mas aqueles possuem movimentos enquanto estes não possuem. Os ordinais do
PRIMEIRO até o QUARTO tem movimentos para cima e para baixo e os ordinais
do FATEC – Faculdade de Teologia e Ciências 13 13 Gramática da LIBRAS QUINTO
até o NONO tem movimentos para os lados.
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UNIDADE II
2.1.1 ORALISMO
Esta corrente filosófica acredita que o sujeito Surdo para dimunuir as barreiras
comunicativas da sociedade, é preciso que ele seja oralizado.
Assim o Oralismo visa a integração do Surdo na comunidade ouvinte, dando-
lhes condições de desenvolver a língua oral, percebendo a surdez como uma
deficiência que pode ser minimizada pela estimulação auditiva. Ou sej, o objetivo
maior do Oralismo é levar a criança surda a uma possível “normalidade”, uma
realidade aceitável para a sociedade.
2.1.3 BILINGUÍSMO
O Bilinguísmo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser bilíngue, ou
seja, deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a
língua natural dos surdos, e como segunda língua, a língua oficial do seu país.
Alguns autores acreditam que a língua de sinais deve ser dquirida em convívio
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das crianças surdas com outros surdos mais velhos, que dominem a língua de
sinais. Desta maneira a criança terá uma referência identitária com transmissão
de valores culturais.
O que é Cultura?
“[...] o jeito de o Surdo entender o mundo e modificá-lo a fim de torná-lo acessível
e habitável ajustando-o com suas percepções visuais, que contribuem para
a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas.”
(STROBEL, 2008, p. 30).
HUMOR SURDO
Morgan (2011, p.54) classificou em cinco diferentes formas do humor surdo
na literatura surda: Imitação de filmes, de pessoas, de animais, de objetos que
possam ser incorporados e retratados a partir de expressões corporais e faciais;
Brincadeiras com configurações do alfabeto ou de números; Brincadeiras com o
Movimento; Brincadeiras com temas tabus; Anedotas que vão passando de mão
em mão e de país para país, entre os surdos.
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UNIDADE III
3. ESTUDO E CONTEXTUALIZAÇÃO DE VOCÁBULOS
SAÚDE;
DOENTE;
PANDEMIA;
VÍRUS; ÁREA DE RISCO;
CONTAMINAR-SE;
GRIPE;
DIAGNÓSTICO;
CORONAVÍRUS;
ESPIRRAR;
AGLOMERAÇÃO; ISOLAMENTO;
ÁLCOOL EM GEL PACIENTE;
PACIENTE INFECTADO;
PACIENTE SUSPEITO;
PREVENÇÃO;
QUARENTENA;
SINTOMAS;
TRATAMENTO;
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TRANSPORTE; CARRO;
MOTOCICLETA; AVIÃO;
TREM ÔNIBUS;
BICICLETA; HELICÓPTERO;
TÁXI; METRÔ;
NAVIO; BARCO;
TRATOR; CARRO DE POLÍCIA;
PROFESSOR; ADVOGADO;
ASSISTENTE SOCIAL; BOMBEIRO;
CABELELEIRO; MÉDICO;
POLICIAL; VETERINÁRIO;
PSICÓLOGO; INFLUENCIADOR DIGITAL;
YOUTUBER; ARQUITETO;
ENGENHEIRO; PEDAGOGO;
COACHING; TÉCNICO DE INFORMÁTICA;
ENFERMEIRO; VENDEDOR;
GERENTE;
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EX:
- O ônibus está demorando? Nossa! Está demorando demais.
- Você chegou aqui rápido né? Sim, tive que correr muito rápido.
Teve algum trabalho hoje no colégio? Sim, teve muitos trabalhos.
- Você viu a foto do novo celular bonito que anunciaram? Eu vi sim, mas não
achei muito bonito, achei ele bonitinho.
Adjetivos e Sentimentos:
GOIÁS - GOIÂNIA;
MARANHÃO - SÃO LUÍS;
MATO GROSSO - CUIABÁ;
MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE;
MINAS GERAIS - BELO HORIZANTE;
PARÁ - BELÉM;
PARAÍBA - JOÃO PESSOA;
PARANÁ - CURITIBA;
PERNAMBUCO - RECIFE;
PIAUÍ - TERESINA;
RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO;
RIO GRANDE DO NORTE - NATAL;
RIO GRANDE DO SUL - PORTO ALEGRE;
RONDÔNIA - PORTO VELHO;
RORAIMA - BOA VISTA;
SANTA CATARINA - FLORIANÓPOLIS;
SÃO PAULO - SÃO PAULO;
SERGIPE - ARACAJU;
TOCANTINS - PALMAS.
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UNIDADE IV
4. ESTUDO DE LIBRAS
4.1 CLASSIFICADORES OU DESCRIÇÃO IMAGÉTICA
4.1.1 CLASSIFICADORES
Descrição Visual
Uso de uma ou das duas mãos;
Ex:
A forma, a textura e o tamanho da mochila;
A forma e o paladar do abacaxi;
A forma e a força do jacaré;
Etc.
Descritivo Locativo
São usados como uma ou duas configurações de mãos.
Ex:
Carro batendo no poste;
Moto voando na pista;
Árvore sendo cortada;
Surfando.
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CLASSIFICADORES ESPECIFICADORES
A sua função é descrever visualmente a forma, o tamanho, a textura, o paladar,
o cheiro, os sentimentos, o “olhar”, os “sons” do material, do corpo da pessoa e
dos animais.
Ex:
Som do relógio do despertador;
Forma Humana;
Etc.
CLASSIFICADORES DE PLURAL
A configuração de mão substitui o objeto em si sendo repetido várias vezes.
Exemplos com a incorporação do objeto repetido várias vezes:
-Um conjunto de potes lado a lado, quadros espalhados na parede.
-Indicando vários livros na estante na posição vertical;
-Engarrafamento de carros;
-Em movimento para cima indicando vários livros epilhados;
CLASSIFICADORES INSTRUMENTAIS
É a incorporação do instrumento descrevendo a ação gerada por ele.
EX:
Usar uma furadeira;
Usar um revólver;
Pintar a parede com rolo;
Escovar o cabelo;
Escovar os dentes;
CLASSIFICADORES DE CORPOS
É o classificador que descreve como uma ação acontece na realidade por meio
da expressão corporal de seres animados.
Ex:
O andar do cachorro;
O andar do elefante;
O cabelo grande com uma faixa;
O cabelão;
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EXEMPLO DE HOMONÍMIA:
4.2.2 POLISSEMIA
EXEMPLO DE POLISSEMIA:
4.2.3 DESAMBIGUAÇÃO
É de conhecimento geral que as línguas de sinais são da modalidade gestual-
visual e com isso os “sinais manuais” são produzidos em um espaço ou ponto
de articulação, no entanto “a face do sinalizador é raramente neutra.” Ou seja,
quando um sinal é produzido quase sempre vem acompanhado por uma marca
não-manual que segundo Souza (2014), “são de fundamental importância para o
real entendimento do enunciado.”
“[...] as expressões não-manuais referem-se aos movimentos da face, olhos,
cabeça ou tronco e tais expressões possuem dois papéis de diferenciação
nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas (como marcação de
sentença interrogativa, orações relativas, topicalizações, concordância, foco) e
diferenciação entre os itens lexicais.” (SOUZA, 2014, p.34 e 35).
As MNMs podem também ser utilizadas como as marcas do discurso. Ou seja, elas,
“regulam o fluxo da conversação, as trocas entre os interlocutores, verificando se
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DISCUTIR- POLÍTICA
O sinal DISCUTIR (Deit, p. 839) se realiza com as “Mãos em 1 na horizontal, palmas
para trás. Em seguida movê-las alternadamente para cima e para baixo.” O sinal
POLÍTICA (p. 1770) tem a mesma descrição, no entanto, o sinal DISCUTIR apresenta
marcação não-manual não descrita no Deit, como se vê nas figuras abaixo:
Sinal DISCUTIR
Sinal POLÍTICA
Três tipos:
Sinais desambiguados com recursos a outros sinais;
Sinais desambiguados via MNMs;
Sinais de difícil desambiguação;
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São sinais que formam uma classe específica na Libras, ficando sempre na
forma neutra, por isso, não marcam o gênero (masculino e feminino), e número
(singular e plural).
Exemplos:
PASSADO EU MAGR@ POUCO-COMER, AGORA EU GORD@ NÃO PARAR COMER
PAPAGAI@ COR CORPO VERDE PERIGOS@
GAT@ PEQUEN@, COR BRANC@, DENGOS@
Exemplos:
VOCÊ MAIS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ MENOS VELH@ DO-QUE EL@
VOCÊ-2 BONIT@ IGUAL (me)
IGUAL (md)
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REFERÊNCIAS
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