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Minayo e Guerriero CSC 2014


Iara C Z Guerriero

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 Ethics, Bioethics, Research Ethics, Reflexivity, Qualitative Research

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Original PDF Summary Related

DOI: 10.1590/1413-81232014194.18912013 1103


 R 
Reflexividade como éthos da pesquisa qualitativa T 
I  
 G
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Reflexivity as the ethos of qualitative research A 
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I  
 C 

Maria Cecília de Souza Minayo 1


Iara Coelho Zito Guerriero 2

Abstract This paper seeks to promote reflection Resumo  Este ensaio, cuja finalidade é subsidiar a
on ethics in anthropological and qualitative re- reflexão sobre a ética em pesquisa antropológica e
search and emphasize the comprehensive, rela- qualitativa, busca ressaltar o caráter compreensi-
tional and reflective character of this process, as vo, relacional e reflexivo desse processo, assim como
well as the advantages and problems that arise as vantagens e os problemas que advêm das lógicas
 from different logic and often conflicting interests diferentes e, muitas vezes, dos interesses conflitan-
between researchers and their interlocutors. The tes entre o pesquisador e seus interlocutores. O texto
text is divided into four parts and addresses the se divide em quatro partes e contempla: (a) o sen-
ethical: (a) significance of these approaches; (b) tido ético dessas formas de abordagem; (b) o com-
behavior of the researcher in the field; (c) analy-  portamento ético do pesquisador no campo; (c) a
sis of the empirical material; and (d) consider- ética na análise do material empírico; (d) cuida-
ations in the preparation of results of anthropo- dos éticos na elaboração dos resultados de estudos
logical and qualitative studies, using some classic  antropológicos e qualitativos, valendo-se de alguns
examples from the international literature. The exemplos clássicos da literatura internacional. O
 paper concludes by reflecting on the distinction texto conclui refletindo sobre a distinção entre as
between the requirements of the Ethics Commit- exigências dos Comitês de Ética e a Ética da pes-
tee and the Ethics of research itself. It must be quisa propriamente dita: é preciso ter claro que o
clear that the comprehensive sense of ethics which sentido abrangente da ética que inclui a responsa-
includes the responsibility of the researcher can- bilidade do pesquisador não pode ser condensado
not be condensed in the instruments required for  nos instrumentos exigidos para julgamento dos
the judgment of projects because the following el-  projetos porque estão em jogo, além do desenvolvi-
ements are involved in the development of re- mento da pesquisa, o sentido social do trabalho, as
1
 Centro Latino-Americano search, namely the social significance of the work, relações institucionais com os financiadores, a for-
de Estudos de Violência e
Saúde Jorge Careli, Escola the institutional relations with fund providers, ma de tratar a equipe de pesquisa, os estudantes
Nacional de Saúde Pública how to treat staff and research students in aca- nela incluídos e os compromissos com a comuni-
Sergio Arouca, Fundação
Oswaldo Cruz. Av. Brasil
demic work and commitments with the scientific  dade científica.
4036/700, Manguinhos. community. Palavras-chave Pesquisa qualitativa, Pesquisa
HOME 21.040-361 Rio de Janeiro
RJ Brasil.
Key MENTIONS
words Qualitative research, Anthropolo- ANALYTICS
antropológica, Reflexividade, Ética, Ética em pes- TOOLS
gical research Reflexivity Ethics Ethics in quisa com seres humanos
cecilia@claves.fiocruz.br
 gical research, Reflexivity, Ethics, Ethics in quisa com seres humanos
2
 Instituto de Medicina research involving human beings
Tropical d e São Paulo, USP.

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Se não colocar em números, não é ciência. conflitos e contradições, ainda que a pluralidade
   M de formas de fazer ciência e conceber a realidade
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   M
Introdução venha
XX, desde
tenha a Antiguidade
sido debatida de e, no início
forma do século
primorosa por
Weber4 em uma de suas obras primas: “Os fun-
Este texto trata da reflexividade nas pesquisas damentos da sociologia compreensiva”.
antropológicas e abordagens qualitativas e privi- Para nomear resumidamente apenas uma das
legia o tipo de investigação que inclui a presença controvérsias que aqui nos interessam, citamos o
do pesquisador na cena e sua relação de inter- grande embate entre o pensamento das ciências
subjetividade com os grupos sociais, do ponto naturais e a visão das ciências sociais compreensi-
de vista ético. A atenção constante sobre como e vas. Os cientistas naturais costumam se interro-
o que ocorre no contexto empírico afeta o pes- gar sobre a plausibilidade de se poder tratar – de
quisador e sua obra o que, por sua vez, afeta o forma científica – uma realidade na qual todos
campo e a vida social e recebe o nome de “reflexi- nós somos agentes: essa ordem de conhecimento
vidade”. Nesses
nhecimento casos não
produzido da épessoa
possível
queisolar o co-
o produ- não escaparia radicalmente
de objetivação? perguntam-sea eles.
todaJápossibilidade
os cientistas
ziu, portanto a prática da reflexividade é perma- sociais que fazem trabalhos empíricos se inda-
nente1. No texto se distinguem também as exi- gam se, imitar as normas e regras de objetivação
gências de um Comitê de Ética (CEP) e a Ética da adequadas às ciências naturais não descaracteri-
pesquisa propriamente dita. zaria o que há de essencial nos fenômenos e pro-
Discutimos aqui o fato de que abordagens cessos sociais e humanos marcados pela inter-
antropológicas e qualitativas, por mais bem fun- subjetividade e pela solidariedade universal.
damentadas que sejam e mesmo atendendo a Entendemos que, para os dois grandes cam-
todas as demandas de um Comitê, não corres- pos científicos, a cientificidade, assim como a éti-
ponderem a todos os desafios éticos que um in- ca, tem que ser pensada como uma ideia regula-
vestigador encontra no trabalho empírico. A éti- dora de alta abstração e não como sinônimo de
ca
to não é “algo”
e nem queaseprocedimentos
se reduz injeta num projeto
1
. Ao já escri-
contrá- modelos
da ciênciaerevela
normasnãoa um
serem seguidos.
“a priori” nas A história
formas de
rio, deve fazer parte da sua elaboração e estar agir, mas o que foi produzido em determinado
contida na tessitura do texto – desde a definição momento histórico, com toda a relatividade do
do objeto até a publicação dos resultados. Em- processo de conhecimento.
bora um comitê só possa agir a partir das infor- Poderíamos dizer, em resumo, que o labor
mações que tem, o compromisso do pesquisa- científico caminha sempre em duas direções:
dor vai além da conformação técnica de seu tra- numa, elabora teorias, métodos, princípios e es-
balho: precisa contemplar o sentido social do tabelece resultados; noutra, inventa, ratifica seu
estudo, as relações institucionais com os financi- caminho, abandona certas vias e encaminha-se
adores, a forma de tratar sua equipe – os estu- para outras direções. Ao fazer tal percurso, os
dantes nela incluídos – por exemplo, dando cré- investigadores aceitam os critérios de historici-
dito
menosa todos os que participam
importante, do trabalho.
não deve surrupiar Não
a produ- dade, da colaboração
da humildade de queme, sobretudo, revestem-se
sabe que qualquer co-
ção alheia e precisa utilizar corretamente os re- nhecimento é aproximado e construído3.
cursos que recebe2. Defendemos, pois, não apenas a importância
Consideramos que a ciência compreensiva e de respeitar as diferentes tradições de pesquisa,
reflexiva constitui um campo científico como to- mas também os atores envolvidos no processo
dos os outros, pois “a cientificidade não pode ser de produção de conhecimento. Consideramos
reduzida a só uma forma de conhecer”3 . Essa que numa situação na qual apenas o modelo bi-
reflexão é importante porque existe uma tendên- omédico é considerado correto, falta respeito aos
cia dos Comitês de Ética de tratarem como uni- pesquisadores das ciências sociais que trabalham
versais os procedimentos necessários aos estu- com abordagens empíricas.
dos biomédicos, numa busca de hegemonia ou Igualmente, assinalamos, por óbvio, que as
de homogeneização
raízes de procedimentos
muito mais profundas que tem
que se extravasam pesquisas
unívocas: em ciências
adotam sociais métodos
diferentes e humanas não são
e técnicas
de forma naturalizada nos CEP. baseados numa grande diversidade das constru-
É preciso ter em mente que o campo científi- ções teóricas. Porém, teoria e método são insepa-
co, apesar de sua normatividade, é permeado por ráveis, devendo ser tratados de maneira integrada

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e apropriada quando se escolhe um tema, um obje- pos (história, sociologia, antropologia, saúde  o
l  
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to ou um problema de investigação3. Assim, opta- pública, psicologia, até administração). Geralmen- i  
 v
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 ,

mos por discutir aspectos teóricos, éticos e me- te, as estratégias utilizadas para coleta ou geração  9 
 (  

 )  
todológicos conjuntamente. de material são várias: observação, entrevista, gru-  : 


 0 
Este texto contempla: o sentido ético das abor- pos focais, uso de material secundário, entre ou-  3 
-


dagens antropológicas e qualitativas; o compor- tros. Os estudiosos costumam valer-se de dife- 1 

 ,2 
tamento ético do pesquisador no campo; a ética rentes instrumentos de registro: anotações, gra-  0 


na análise do material empírico; os cuidados éti- vações, fotografias, por exemplo. Existe ainda uma
cos necessários na elaboração dos resultados das diversidade de maneiras de tratar o material como
pesquisas empíricas e alguns exemplos de dile- é o caso das análises de conteúdo, de enunciação,
mas vividos pelos antropólogos e pesquisadores de discurso, fenomenológicas, hermenêutico-di-
qualitativos. aléticas, sendo que cada uma das modalidades se
filia a teorias específicas. A variedade de técnicas e
O sentido ético das bases das pesquisas de referenciais evidencia que cada tipo de estudo,
antropológicas e qualitativas teoria ou método deve adequar-se à compreen-
são do objeto – que é sempre sujeito.
O sentido ético das pesquisas antropológicas Apesar da pluralidade, todas as abordagens
e qualitativas é dado pelo seu caráter humanísti- antropológicas e qualitativas confluem para um
co, inter-relacional e empático. No campo da saú- único objetivo: compreender o sentido ou a lógi-
de, elas oferecem subsídios para a compreensão ca interna que os sujeitos atribuem a suas ações,
do ponto de vista dos usuários, profissionais e representações, sentimentos, opiniões e crenças.
HOME MENTIONS
gestores sobre os mais diferentes aspectos: a lógi-
ca do sistema, a qualidade dos serviços, as con-
No campo da Saúde ANALYTICS
Coletiva, que é essencial-
mente interdisciplinar, a pesquisa que ouve os
TOOLS
ca do s ste a, a qua dade dos se v ços, as co e te te d sc p a , a pesqu sa que ouve os
cepções envolvidas nas tomadas de decisões e na diferentes atores é fundamental, pois incorpora
prestação de serviços e nas representações sobre a questão do significado e da intencionalidade como
saúde, adoecimento, morte, entre outros temas. inerente aos atos, as relações, e as estruturas soci-
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O número de pesquisas antropológicas e de Package
ais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu ad- Translate 
estudos qualitativos na área de saúde vem cres- vento quanto na sua transformação, como cons-
cendo significativamente no Brasil e no mundo3,5,6. truções humanas significativas3. A construção de
Apesar disso, ainda é grande o desconhecimento significados, por sua vez, é central para enten-
sobre seus pressupostos e bases teóricas, em es- dermos as questões relativas à saúde e à doença6,
pecial na área da saúde, profundamente marcada uma vez que as crenças têm efeitos sobre o cor-
pelo paradigma positivista. Minayo7 e Nunes5 dis- po, como nos lembra Thomas10 quando alguém
cutem diferentes referenciais teóricos relaciona- acredita que algo é real, ele se torna real nas suas
dos a esse tipo de abordagem. Nunes aponta o consequências.
estudo de Henry Mathew, conduzido entre 1851 e As pesquisas compreensivas empíricas têm
1862, como um dos mais antigos. Denzin e Linco- como termos estruturantes os substantivos  ex-
ln  consideram que na America do Norte, tanto  periência, vivências, senso comum e  ação social ,
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os estudos antropológicos como a pesquisa qua- termos que constituem seu chão e sua base; e os
litativa operam num campo histórico complexo verbos compreender  e interpretar  que orientam a
que toma corpo ao longo do século XX, embora ação de qualquer trabalho de campo e de toda
tenham raízes muito mais antigas. análise, independente do tipo de abordagem3.
Segundo os citados autores, as abordagens Compondo a ação de compreender e interpretar,
antropológicas e as pesquisas qualitativas estão esse tipo de estudos requer a contextualização
fortemente conectadas com os desejos, as necessi- dos sujeitos e dos fenômenos no tempo e no es-
dades, os objetivos e as promessas de uma socie- paço, e uma postura interativa e em intersubjeti-
dade democrática, pois os pesquisadores que atu- vidade por parte do pesquisador11.
am nesses campos devem assumir compromissos Das observações tecidas decorre que nada é
de cidadania com as pessoas e os temas com os “dado” em estudos antropológicos e qualitati-
quais trabalham. No campo da saúde coletiva, em vos: tudo é construído e construído por alguém
especial, os investigadores que trabalham com es- que é sujeito, tem interesses e ideologia3 e que,
tudos compreensivos desenvolvem forte vincula- por isso, mesmo interfere nas dinâmicas sociais
ção com os diversos atores que estudam9. que estuda que, por sua vez, interferem sobre ele.
A pesquisa social empírica e compreensiva é Desta forma, muitos autores se referem à “gera-
realizada por pesquisadores de diferentes cam- ção do material”, ao invés de “coleta de dados” e

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a “interlocutores” no campo, em lugar de “infor- pólogos são alertados quanto às consequências
   M mantes”. de perderem a capacidade de estranhar, compro-
  o
  y
  a
  n
   i metendo seus estudos.
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O comportamento ético do pesquisador Fine12  discute alguns tipos de envolvimento
no campo pessoal dos pesquisadores no campo, como é o
caso das relações amorosas entre o investigador
Três questões são tratadas neste item, ressal- e algum participante do estudo. A própria ami-
tando-se a reflexividade dos processos: (1) o en- zade entre pesquisadores e interlocutores traz
volvimento do pesquisador com o campo; (2) a desafios para interpretação dos fatos. O que o
análise do material; e (3) o relato que brota do pesquisador pode publicar das informações ob-
conhecimento empírico. tidas no contexto de intimidade? Como lidar com
Embora seja um aspecto pouco discutido, faz os vínculos de lealdade que frequentemente se
parte da ética, a necessidade de o pesquisador opõem aos protocolos já conhecidos pela comu-
observar-se a si mesmo e a seu comportamento nidade cientifica? São discussões de temas com-
no campo, visando a uma postura de respeito plexos que trazem consequências para a cientifi-
para com seus interlocutores, num movimento cidade dos estudos e atravessa toda a história da
conhecido como “reflexividade”1,11. A rigor, nes- antropologia, de forma particular.
ses estudos empíricos há um processo de mão Outro aspecto importante diz respeito ao pro-
dupla: tanto o pesquisador conhece as pessoas e cesso de compreensão e interpretação do mate-
as comunidades em estudo, quanto se torna co- rial. Whyte16 conta que discutia suas análises com
nhecido por elas. Igualmente não só os indivídu- Doc, personagem central de sua obra clássica So-
os e as comunidades se modificam diante do pes- ciedade de Esquina a quem, o autor, denominava
quisador, como também o pesquisador modifi- colaborador. Whyte chega a afirmar que foi im-
ca a si mesmo e a sua atuação, dependendo da possível discriminar as contribuições de Doc no
empatia e do envolvimento que cria com os in- seu texto. Por causa de um envolvimento mais
terlocutores12. Nesse tipo de trabalho, tanto o profundo de certos interlocutores, alguns auto-
investigador quanto os participantes são simul- res optam inclusive por publicar seus trabalhos
taneamente sujeito e objeto de investigação3,9,13,14. incluindo nomes de um ou mais participantes
A intersubjetividade e a reflexividade sobre como coautores. No entanto, esse é um tema con-
os vários componentes de uma pesquisa antro- troverso. Mesmo estudiosos muito fiéis ao senti-
pológica ou qualitativa são importantes porque do da intersubjetividade como Schutz17 criaram
elas incluem a reflexão sobre o self  e sobre o ou- uma categoria “construto de segunda ordem” para
tro de forma interativa. ressaltar o ônus que compete ao pesquisador na
Dessa maneira o self se torna “othered ”, um contextualização e na análise de seus dados.
objeto de estudo, enquanto ao mesmo tempo, o O “construto de segunda ordem” não signifi-
outro, por causa da familiaridade e da diferente ca que o texto desdenhe da contribuição dos in-
abordagem do campo, se torna parte do self 15. terlocutores. O que Schutz17 quis explicitar é mais
No mesmo sentido, Whyte16  afirma que há ou menos o que Gadamer11 disse sobre a com-
casos em que a própria interação de campo pode preensão hermenêutica: a narrativa do sujeito é
modificar a maneira de viver de ambos (pesqui- sempre marcada pela sua perspectiva particular
sador e seu interlocutor) levando à substituição e não contém a verdade total sobre os fenôme-
da ação imediata pela ação reflexiva: nos em estudo. Por isso, compreender não é ape-
Você me fez diminuir a velocidade desde que nas buscar as intenções do sujeito nem contem-
está aqui. Agora, quando faço alguma coisa, te- plar de forma passiva sua fala ou sua ação, pois
nho que pensar o que Bill Whyte gostaria de sa- esse não se esgota na conjuntura em que vive e
ber sobre isso e como explicar a ele. Antes eu nem seus pensamentos e inserção social são me-
costumava fazer tudo por instinto. ros frutos de sua vontade, personalidade e dese-
Quanto às mudanças no comportamento do  jo. Ao pesquisador que detém ao mesmo tempo
pesquisador, são conhecidas histórias de antro- um conhecimento empírico mais amplo e for-
pólogos (acontece menos com pesquisadores que mulado por vários atores e um conhecimento
fazem abordagens qualitativas pouco intensas) teórico que coloca seu objeto na cena científica
que se tornaram “nativos” ao realizarem a etno- nacional e internacional, cabe a ele a compreen-
grafia das comunidades que estudaram. Essa mu- são aprofundada da lógica interna do fenômeno
dança de status entre pesquisador e “nativo” é ou dos grupos e, ao mesmo tempo, respeitar as
uma possibilidade tão séria que os jovens antro- diferenciações internas enunciadas pelos interlo-

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